Você está na página 1de 19

Relatório Laboratorial 2

44631 Inês Maia

44703 Inês Meira

Engenharia e Gestão Industrial

Eletricidade e Magnetismo
Docente Sérgio Santos
5 de janeiro de 2023

IMP.GE.211.1
Relatório Laboratorial 2

Leis de Kirchhoff e Medições de Corrente e Tensões

Inês Maia, Inês Meira

5 de janeiro de 2023

IMP.GE.211.1
CONTEÚDO

ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................................................................................. 4


ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................................................................................ 5
RESUMO ........................................................................................................................................................................................ 6
INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................................................. 7
INTRODUÇÃO TEÓRICA ......................................................................................................................................................... 8
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................................................................................................................. 10
EQUIPAMENTOS DE MEDIDA ............................................................................................................................................ 10
QUESTÕES PRÉ LABORATORIAIS .................................................................................................................................... 10
ATIVIDADE LABORATORIAL ............................................................................................................................................. 15
QUESTÕES PÓS LABORATORIAIS .................................................................................................................................... 16
FIGURA 15: VALORES FALSTAD ....................................................................................................................................... 17
CONCLUSÃO............................................................................................................................................................................... 18

IMP.GE.211.1
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Circuito de Exemplificação............................................................................................. 8


Figura 2: Lei dos Nós .................................................................................................................... 9
Figura 3: Lei das Malhas ............................................................................................................... 9
Figura 4: a) Multímetro b) Placa de Montagem e os seus componentes.................................... 10
Figura 5: Circuito Experimental ................................................................................................... 10
Figura 6: Definição das Correntes .............................................................................................. 11
Figura 7: Definição dos Nós ........................................................................................................ 11
Figura 8: Circuito Final Com Dados ............................................................................................ 12
Figura 9: Resistência Equivalente 1............................................................................................ 13
Figura 10: Resistência Equivalente 2.......................................................................................... 14
Figura 11: Resistência Equivalente 3.......................................................................................... 14
Figura 12: Resistência Equivalente Total.................................................................................... 14
Figura 13: Circuito Experimental com Instrumentos de Medição................................................ 15
Figura 14: Circuito Montado na AP ............................................................................................. 16
Figura 15: Valores Falstad .......................................................................................................... 17

IMP.GE.211.1
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Dados Malhas ............................................................................................................. 12


Tabela 2: Valores Finais da Corrente e Tensão ......................................................................... 12
Tabela 1: Valores Obtidos na Experiência .................................................................................. 12

IMP.GE.211.1
RESUMO

O presente relatório foi realizado no âmbito da unidade curricular Eletricidade e Magnetismo, e


teve como principal objetivo a consolidação de conteúdos programáticos e adquiridos sobre
aprendizagens lecionados ao longo do semestre do presente ano letivo.

No enquadramento aborda-se a temática sobre as Leis de Kirchhoff e Medições de Corrente e


Tensões, com a apresentação da experiência criada em sala de aula. O relatório pretende
motivar no desenvolvimento e conhecimento sobre o tema, na abordagem ao espirito-critico
acerca dos resultados obtidos.

Desta forma, esta experiência laboratorial deu a oportunidade de analisar circuitos elétricos
utilizando-se as Leis de Kirchhoff e comparando os resultados obtidos na prática com os
resultados da teoria.

IMP.GE.211.1
INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como principal objetivo a consolidação de conteúdos programáticos


adquiridos acerca das Leis de Kirchhoff e Medições de Corrente e Tensões. Para tal,
desenvolveu-se uma atividade laboratorial em que se aplica os pressupostos desenvolvidos ao
longo do semestre.

A atividade laboratorial teve como objetivos a aprendizagem na medição de tensões e correntes


elétricas através de um multímetro de um circuito montado na placa de montagem (ProtoBoard)
com resistências e fios de conexão.

Para facilitar a compreensão, dividiu-se o relatório da seguinte maneira: I) Introdução Teórica,


em que se faz uma breve introdução acerca do conteúdo teórico desenvolvido; II) Procedimento
Experimental, que se apresenta subdividido nos equipamentos de medida usados, nas questões
pré-laboratoriais, na atividade laboratorial e ainda as questões pós-laboratoriais; III) Conclusão,
onde comenta-se e analisa-se os resultados obtidos e uma breve reflexão acerca da atividade.

IMP.GE.211.1
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

De uma forma geral, quando se faz uma análise de um circuito este consiste em calcular a

corrente ou a diferença de potencial em cada resistência e a carga ou diferença de potência em

cada condensador. Com essas grandezas também é possível determinar a potencia que está a

ser dissipada nas resistências e a energia armazenada nos condensadores. Para tal, usa-se as

Leis de Kirchhoff para determinar parâmetros como os mencionados em circuitos complexos,

formados por ramos, malhas e nós. Desta forma, existem duas Leis de Kirchhoff, sendo estas a

Lei das Malhas e a Lei dos Nós.

Para se conseguir compreender estas leis, é necessário primeiro entender o que são nós, ramos

e malhas dos circuitos elétricos. Sendo assim, um Nó (N) é um ponto do circuito onde existe

ligação entre três ou mais ramos, um Ramo (R) é a conexão entre nós consecutivos e onde a

corrente (I) é sempre constante, a Malha (M) é um caminho fechado, que vai de um nó até a

outro nó, ou seja, formado por vários ramos. Como é possível observar pela Fig.1 a

exemplificação do que foi referido acima.

Figura 1: Circuito de Exemplificação

A primeira lei, a Lei dos Nós ou Lei das Correntes, estabelece que a soma das correntes que

entram num nó é igual à soma das correntes que dele saem. Na Fig.2, onde existe o nó

representado, há também uma corrente 𝐼! a entrar no nó e duas correntes 𝐼" e 𝐼# a sair. Então,

a Lei dos Nós demonstrada na equação (1) implica:

IMP.GE.211.1
𝐼! = 𝐼" + 𝐼# (1)

Figura 2: Lei dos Nós

A segunda lei definida por Lei das Malhas ou Lei das Tensões, estabelece que a soma das

diferenças de potencial, em qualquer malha num circuito, é sempre nula. A partir da Fig.3

observa-se que as subidas ou as descidas de potencial nas resistências dependem das

correntes arbitradas para os respetivos ramos, demostrada também na equação (2).

Σ𝐸 − ΣRI − ΣV = 0 (2)

𝐸! − 𝑅! × 𝐼! + 𝑅" × 𝐼# − 𝐸! + 𝑅# × 𝐼$ = 0

Figura 3: Lei das Malhas

IMP.GE.211.1
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1. EQUIPAMENTOS DE MEDIDA

Antes de dar início à atividade experimental um dos pontos mais importantes é o conhecimento

dos instrumentos de medida. Para tal, nesta experiencia serão utilizados medidores como o

Multímetro e a Placa de Montagem representados respetivamente na Fig.4. O Multímetro, este

irá permitir que se meça a tensão e para isso é necessário estar ligado paralelamente com o

elemento cuja a tensão queremos medir, a intensidade corrente elétrica que passa num ponto e

que para isso insere-se em série no ponto do circuito em que se deseja medir a corrente e a

resistência. Por fim, a Placa de Montagem é o equipamento em que se utiliza para as montagens

de circuitos experimentais.

Figura 4: a) Multímetro b) Placa de Montagem e os seus componentes

2.2. QUESTÕES PRÉ LABORATORIAIS

Na Fig.5 está representado o circuito experimental para a atividade.


4,7KΩ

47KΩ 47KΩ 10KΩ


3,3𝑉

Figura 5: Circuito Experimental

De acordo com o protocolo facultado pelo docente iremos responder às questões com a ordem

apresentada do mesmo.

10

IMP.GE.211.1
a) Para ser possível definir as correntes no circuito é necessário recorrer à Fig.5 para

demostrar para tal está representado na Fig.6.


4,7K
4,7Ku
Ω
𝑖# 𝑖%
𝑖! 𝑖" 𝑖# 𝑖$
10Ku
47K
47Ku
Ω
47Ku
47K Ω 10K Ω
3,3𝑉

Figura 6: Definição das Correntes

b) Neste circuito existem dois nós estando estes representados na Fig.7.

Nó-1 4,7KΩ Nó-2

47KΩ 47KΩ 10KΩ


3,3𝑉

Nó-3

Figura 7: Definição dos Nós

c) O método mais eficiente para analisar este circuito é o Método das Malhas, quando

não nos é dado nenhum valor acerca das correntes do circuito e é nos fornecido o

valor da fonte de tensão, que neste caso a fonte de tensão nos terminais é de 3,3V.

Realçar que, com o desenvolvimento da resolução a partir do Método das Malhas

percebe-se que utiliza-se também o Método dos Nós.

d) Para ser possível determinar o valor das correntes do circuito é necessário identificar

o número de malhas, arbitrar um sentido da corrente em cada malhas, arbitrar o

sentido face à polaridade das fontes de tensão, escrever a lei das Malhas e por fim,

recorrer à lei de Ohm para solucionar o valor das correntes. Na Fig.8 é representado

o circuito com as informações necessárias, de forma a resolver a questão.

11

IMP.GE.211.1
4,7KΩ V2 Nó-2
Nó-1
Nó-1

10KΩ
47KΩ 47KΩ
V4
3,3V V1 V3
V

Malha-1 Malha-2 Malha-3

Nó-3

Figura 8: Circuito Final Com Dados

e) Na seguinte Tab.1 escreveu-se de acordo com a Lei das Malhas e recorreu-se à Lei

de Ohm para cada malha definida. De seguida, foi resolvido através tanto do Método

dos Nós como também a partir da Lei de Ohm.

Tabela 1: Dados Malhas

Para a Malha-1 Para a Malha-2 Para a Malha-3

𝑉 = 𝑅𝐼 𝑉 = 𝑅𝐼 𝑉 = 𝑅𝐼

𝑉 = 𝑉! 𝑉! + 𝑉" − 𝑉# = 0 𝑉# − 𝑉$ = 0

A partir da Fig.8 percebe-se que V1 está em paralelo com a fonte de tensão V, o que significa

que as suas tensões serão iguais, tal como está descrito na Tab.1.

𝑉 = 𝑉! = 3,3𝑉

𝑉 3,3
𝐼= ⇔ 𝐼! = ⇔ 𝐼! = 0,07 𝑚𝐴
𝑅 47

Pelo Método das Tensões, há a necessidade de descobrir o valor da tensão que passa em V3.

𝑉! − 𝑉# 𝑉# 𝑉#
− − =0
𝑅" 𝑅# 𝑅$

3,3
3,3 − 𝑉# 𝑉# 𝑉# 4,7 × 10#
− − = 0 ⇔ 𝑉# = ⇔ 𝑉# = 2,10𝑉
4,7 × 10 # 47 × 10# 10 × 10# 1 1 1
+ +
4,7 × 10# 47 × 10# 10 × 10#

12

IMP.GE.211.1
𝑉! − 𝑉# 3,3 − 2,10
𝐼" = ⇔ 𝐼" = ⇔ 𝐼" = 0,255 𝑚𝐴
𝑅" 4,7

𝑉" = 𝑅 × 𝐼" ⇔ 𝑉" = 4,7 × 0,255 ⇔ 𝑉" = 1,20 𝑉

𝑉# 2,10
𝐼# = ⇔ 𝐼# = ⇔ 𝐼# = 0,045𝑚𝐴
𝑅# 47

𝑉# 2,10
𝐼$ = ⇔ 𝐼$ = ⇔ 𝐼$ = 0,210 𝑚𝐴
𝑅$ 10

Salientar que as tensões em V3 e V4 serão as mesmas visto, e como já foi referido, em circuitos

com resistências em paralelo, estes apresentam a mesma tensão.

Sendo assim, e para facilitar a melhor compreensão, na Tab.2 abaixo estão referidos os

respetivos valores finais encontrados para cada ponto.

Para encontrar o valor da corrente na fonte de tensão, através da simplificação para os circuitos

mistos, isto é, aqueles que apresentam resistências em paralelo e em série em simultâneo. .

Para tal, reduzimos a complexidade do mesmo até obter a resistência equivalente ou resistência

total a fim de obter uma só malha.

Passo 1: Na Fig.9 está sombreado a primeira resistência equivalente em que as

resistências sombreadas estão em paralelo.


𝑅𝑒𝑞!
4,7KΩ

47KΩ 47KΩ 10KΩ


3,3V

Figura 9: Resistência Equivalente 1

47 × 10# × 10 × 10#
𝑅𝑒𝑞! = = 8,25 × 10# Ω
47 × 10# + 10 × 10#

Passo 2: Simplifica-se a primeira resistência equivalente e na Fig.10 está sombreado a

segunda resistência equivalente em que as resistências sombreadas estão em série.

13

IMP.GE.211.1
𝑅𝑒𝑞"

4,7KΩ
8,25 × 10# Ω
3,3V 47KΩ

Figura 10: Resistência Equivalente 2

𝑅𝑒𝑞" = 8,25 × 10# + 4,7 × 10# = 1,30 × 10$ Ω

Passo 3: Simplifica-se a segunda resistência equivalente e na Fig.11 está sombreado a

terceira resistência equivalente em que as resistências sombreadas estão em paralelo.

𝑅𝑒𝑞#

47𝐾Ω 1,30 × 10$ Ω


3,3V

Figura 11: Resistência Equivalente 3

1,30 × 10$ × 47 × 10#


𝑅𝑒𝑞# = = 1,02 × 10$ Ω
1,30 × 10$ + 47 × 10#

Passo 4: Simplifica-se a terceira resistência equivalente e na Fig.12 está sombreado a

quarta resistência equivalente que será a ultima, ou seja, a resistência total.

𝑅𝑒𝑞$ = 𝑅𝑒𝑞&

1,02 × 10$ Ω

Figura 12: Resistência Equivalente Total

14

IMP.GE.211.1
𝑅𝑒𝑞& = 1,02 × 10$ Ω
𝑉 = 3,3𝑉

𝑉 𝑉 3,3
𝑅= ⇔𝐼= ⇔𝐼= ⇔ 𝐼 = 0,325 𝑚𝐴
𝐼 𝑅𝑒𝑞 & 1,02

Tabela 2: Valores Finais da Corrente e Tensão

Ponto Corrente I/mA Ponto Tensão V/V

V 0,325 V 3,3

V1 0,07 V1 3,3

V2 0,255 V2 1,20

V3 0,045 V3 2,10

V4 0,210 V4 2,10

2.3. ATIVIDADE LABORATORIAL

Na Fig.13 está representado o circuito utilizado na experiência com instrumentos de medição.


V2

4,7KΩ
V0
V3
10KΩ
V4
3,3V 47KΩ
47KΩ
V1

Figura 13: Circuito Experimental com Instrumentos de Medição

Utilizou-se para esta experiência os seguintes materiais: placa de montagem, fonte de

alimentação, resistências, multímetro, fios e cabos para a conexão na placa de montagem.

Os procedimentos foram os seguintes: primeiramente, calculou-se através do multímetro os

valores das resistências para as colocar de forma correta na placa de montagem. De seguida,

montou-se o circuito na placa de montagem, representado na Fig.14. conectou-se as fontes de

tensão no circuito para ser possível medir através do multímetro as tensões nos componentes

do circuito e as correntes nos respetivos pontos.

15

IMP.GE.211.1
Para se obter o valor das correntes inseriu-se o multímetro em série com o circuito, para isto foi

necessário abri-lo, ligou-se a fonte e retirou-se os valores em cada ponto. Da mesma forma, para

saber os valores das tensões em cada resistência, inseriu-se, de novo, o multímetro em paralelo

com a resistência a ser medida, ligou-se a fonte e retirou-se a leitura. Na Tab.3 está representado

os valores encontrados para a corrente e para a tensão.

Figura 14: Circuito Montado na AP1

Tabela 3: Valores Obtidos na Experiência

Pontos do Circuito Corrente I (mA) Pontos do Circuito Tensão V(V)

V 0,31 V1 3,31

V1 0,05 V2 1,17

V2 0,24 V3 2,10

V3 0,03 V4 2,10

V4 0,19

2.4. QUESTÕES PÓS LABORATORIAIS

g) Conforme é possível perceber tanto pela Tab.2 como pela Tab.3 os valores obtidos
são bastante similares para a mesmas grandezas. Usou-se o software Falstad e fomos capazes
de entender que o erro entre a resolução teórica e a atividade-prática foi muito baixo, estando os
valores muito próximos, na Fig.15 é possível perceber.

1
Aula-Prática

16

IMP.GE.211.1
Figura 15: Valores Falstad

h) Ao longo da resposta à alínea d) foi usado o método das correntes, sendo que para o
nó-1 e para a resistência de 10 KΩ, a sua corrente será de 0,21 mA.

17

IMP.GE.211.1
CONCLUSÃO

Primeiramente, reforçar que toda a experiência em sala de aula foi bastante enriquecedora a
nível acadêmico e futuramente a nível profissional. Com a experiência fomos capazes de abordar
de uma forma prática o desenvolvimento de conteúdos que foram elaborados ao longo do
semestre.

Os resultados obtidos na forma teórica do circuito foram bastante similares àquilo que tivemos
na experiência, logo pode-se afirmar que o erro percentual, no que toca à diferença de valores
entre a teórica e a prática, foi muito baixo.

Recorremos também ao software apresentado em sala de aula pelo docente, Falstad para
confirmar, uma vez mais, aquilo que já foi referido, que os valores são praticamente iguais aos
da experiência.

Em suma, todo o trabalho, desde a realização da atividade laboratorial como o relatório acerca
da mesma, foram bastante incentivadores para o grupo. Desta forma, na opinião do grupo, tudo
aquilo que foi desenvolvido e os principais objetivos propostos foram atingidos e ajudaram uma
vez mais, no aprofundamento dos conteúdos programáticos lecionados na Unidade Curricular
Eletricidade e Magnetismo.

18

IMP.GE.211.1
IMP.GE.211.1

Você também pode gostar