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Universidade Federal do Amazonas - (UFAM)

Instituto de Ciências Exatas - (ICE)


Laboratório de Física III - (IEF816)
Professor Teonis Silva de Paiva

Leis de Kirchhoff

Aluno: Edson Darlan M. ferreira - 21950129


Aluno: Luís Felipe Reis de Souza - 21951677

Manaus, 21 de março de 2022


Sumário
1 Introdução 5

2 Fundamentação Teórica 5
2.1 Gustav Robert Kirchhoff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Leis de Kirchhoff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

3 Objetivos 8

4 Parte Experimental 8
4.1 Material Necessário: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.2 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

5 Resultados e Discussões 9

6 Conclusão 11

Referências 11
Lista de Figuras
1 Gustav Robert Kirchhoff (1824 - 1887) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Circuito elétrico - 1°lei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3 Circuito elétrico - 2°lei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6 Resistores R 1 = R 2 = 680Ω e R 3 = 1000Ω, respectivamente. . . . . . . . . . . . . . . . 8
7 Equipamento usado para tirar as medidas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Lista de Tabelas
1 Dados obtidos em laboratório. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2 Resultados obtidos após usar as leis de Kirchhoff. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1 Introdução
Neste relatório, pretende-se calcular as correntes e tensões de um circuito usando as
leis de Kirchhoff, a primeira é a lei dos "nós", onde há conservação de carga, e a segunda, lei das
malhas, tal que, há conservação de energia potencial elétrica. Está divido em fundamentação
teórica onde será descrito mais sobres as leis de Kirchhoff. Nos objetivos, no qual estabelecemos
que, é determinar as correntes e tensões usando as leis. Na parte experimental descreveremos o
caminho que foi percorrido durante o experimento e quais medidas foram obtidas. Resultados e
discussões, mostraremos os cálculos feitos usando as duas leis e discutiremos os valores. E por
fim, uma conclusão, na qual será comentado se foi possível ou não chegar no objetivo proposto
neste experimento e porque.

2 Fundamentação Teórica
2.1 Gustav Robert Kirchhoff
Gustav Robert Kirchhoff(1) foi um físico alemão nascido em Konigsberg no dia 12 de
março de 1824, tendo falecido em Berlim a 17 de outubro de 1887.Estudou a emissão de radia-
ção dos corpos negros e a teoria da elasticidade (modelo de placas de Kirchhoff–Love). Kirchhoff
propôs o nome de "radiação do corpo negro"em 1862.É autor de duas leis fundamentais da teoria
clássica dos circuitos elétricos e da emissão térmica. Formulou as leis dos nós e das malhas na
análise de circuitos elétricos (Leis de Kirchhoff) em 1845, quando ainda era um estudante. Propôs
a lei da emissão de radiação térmica em 1859, comprovando-a em 1861 [2].

Figura 1: Gustav Robert Kirchhoff (1824 - 1887)


Fonte:explicatorium.com/biografias/gustav-kirchhoff.html

2.2 Leis de Kirchhoff


Algumas definições podem ser feitas como: Nó: é um ponto do circuito onde se co-
nectam no mínimo três elementos. É um ponto onde várias correntes se juntam ou se dividem.
Ramo ou braço: é um trecho de um circuito compreendido entre dois nós consecutivos. Todos
os elementos pertencentes ao ramo são percorridos pela mesma corrente elétrica. Malha: é um
trecho de circuito que forma uma trajetória eletricamente fechada [1] [3].

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Uma boa introdução à Primeira Lei de Kirchhoff já foi vista no circuito paralelo. Num
dado nó entrava a corrente total do circuito e do mesmo nó partiam as correntes parciais para
cada resistor. Como no nó não há possibilidade de armazenamento de cargas ou vazamento das
mesmas, tem-se que a quantidade de cargas que chegam ao nó é exatamente igual a quantidade
de cargas que saem do no. Desta constatação surge o enunciado da primeira lei de Kirchhoff: A
soma algébrica das correntes em um só nó é sempre igual a zero.
n
X
Ii = 0 (1)
i =0

Por convenção, consideram-se as correntes que entram em um nó como positivas e as


que saem como negativas. Considerado a figura (2), ao se aplicar a lei de Kirchhoff das correntes
aos nós B e F, obtém-se:

No nó B : I 1 + I 2 − I 3 = 0

No nó F : −I 1 − I 2 + I 3 = 0

Figura 2: Circuito elétrico - 1°lei


Fonte:files.eletrow.webnode.com/200000003-3e0bc3f060/eb-capitulo-6.pdf

Observa-se que as equações dos nós B e F são na realidade as mesmas, ou seja, a apli-
cação da lei das correntes de Kirchhoff ao nó F não aumenta a informação sobre o circuito. Assim,
o número de equações independentes que se pode obter com a aplicação da lei das correntes de
Kirchhoff em um circuito elétrico é igual ao número de nós menos um.
A lei de Kirchhoff das tensões ou segunda lei, é aplicada nas malhas.Ela já foi usada
no estudo dos circuitos de resistores em série, onde a soma das quedas de tensão nos resistores é
igual a força eletromotriz (F.E.M.) da fonte. Se no circuito existe mais de uma fonte de F.E.M deve-
se determinar a resultante das mesmas, ou seja, somá-las considerando os seus sentidos relativos.

Figura 3: Circuito elétrico - 2°lei

6
E = V AB + VBC + VC D
Como a tensão em um resistor pode ser calculada pela lei de Ohm, temos:

E 1 − E 2 = R1 I + R2 I + R3 I

−E 1 + E 2 + R 1 I + R 2 I + R 3 I = 0
Entenda-se que, na fonte, uma forma de energia não-elétrica é convertida para elétrica
cedendo energia para as cargas, ou seja, colocando as cargas em um potencial mais elevado. Nas
quedas de tensão as cargas se dirigem para um potencial mais baixo havendo o consumo da ener-
gia das cargas convertendo-a para uma forma de energia não-elétrica, por exemplo, calor, luz, etc.
Assim, ao percorrer uma malha fechada, percebe-se que toda a energia entregue as cargas num
trecho do circuito elétrico é dissipada num outro trecho. A tensão, por definição, está associada à
energia cedida as cargas ou retirada das mesmas durante o seu movimento. Daí é obtido o enun-
ciado da Segunda Lei de Kirchhoff: A soma algébrica das tensões ao longo de uma malha elétrica
é igual a zero.
n
X
Vi = 0 (2)
i =0

Para a aplicação da lei de Kirchhoff das tensões, faz-se necessário adotar alguns procedimentos
que são descritos a seguir:

1. Atribuir sentidos arbitrários para as correntes em todos os ramos;

2. Polarizar as fontes de F.E.M. com positivo sempre na placa maior da fonte;

Figura 4:

3. Polarizar as quedas de tensão nos resistores usando a convenção de elemento passivo e sen-
tido convencional de corrente elétrica. Isto equivale a colocar a polaridade positiva da queda
de tensão no resistor no terminal por onde a corrente entra no mesmo;

Figura 5:

4. Montar a equação percorrendo a malha e somando algebricamente as tensões. O sinal da


tensão corresponde ao sinal da polaridade pela qual se ingressa no componente, indepen-
dente do sentido da corrente elétrica.

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3 Objetivos
Determinar as correntes e tensões nos resistores de um circuito por meio das leis de Kirchhoff.

4 Parte Experimental
4.1 Material Necessário:
• Duas fontes de tensão

• Um multímetro

• Uma caixa de conexões elétricas

• Cabos elétricos

• Três resistores, dois de 680Ω e um de 1000Ω

4.2 Procedimento Experimental


Foi iniciado a montagem do circuito inserido as resistências R 1 e R 2 (6) com valores
semelhantes na caixa de conexões elétricas, e em seguida foi colocado a resistência R 3 de maior
valor de resistência. Foi conectado primeiro a malha 1 o negativo da fonte, que foi a saída com
cor preta, na R 1 , e retomamos nessa malha, representada pelos fios vermelhos, para o positivo da
fonte. Em seguida, foi montado a segunda malha do circuito com o positivo da fonte representada
pela saída vermelha, na resistência R 2 , e a saída da resistência R 3 para o negativo da fonte, onde
essa malha foi representada pelos cabos de cor azul como mostra a figura (7).

Figura 6: Resistores R 1 = R 2 = 680Ω e R 3 = 1000Ω, respectivamente.

As fontes foram reguladas, de tal forma que ϵ1 = 6V e ϵ2 = 3V . Foi iniciado então as


medidas, que foi verificado primeiramente a tensão no resistor R 1 com o multímetro na função
voltímetro, em seguida no resistor R 2 , e por fim, no resistor R 3 . Em todas essas as medições foi
usado o voltímetro em paralelo coma as resistências. Medimos também a corrente em cada resis-
tor, para isso, foi colocado na função amperímetro em série com o resistor R 1 , depois com o R 2 , e
por fim, Com o R 3 . A tabela (1) mostra os valores das medidas obtidos.

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Figura 7: Equipamento usado para tirar as medidas.

Tensão (V) Corrente I (mA)


R1 4,7 6,7
R2 1,5 2,0
R3 4,5 4,5

Tabela 1: Dados obtidos em laboratório.

5 Resultados e Discussões
Usando a lei dos nós I 1 = I 2 + I 3 e a lei das malhas ϵ1 = I 1 R 1 + I 2 R 2 para uma das malhas
e ϵ2 = −I 2 R 2 + I 3 R 3 e como ϵ1 = 6, 0V , ϵ2 = 3, 0V , podemos calcular os valores de I 1 , I 2 , I 3 , logo
teremos

6, 0 = 680I 2 + 680I 1 (3)

3, 0 = −680I 2 + 1000I 3 (4)

I1 = I2 + I3 (5)
Somando as equações (3) e (4), obtemos

9 = 680I 1 + 1000I 3 (6)


Substituindo a equação (5) na equação (6), obteremos

9 = 680I 1 + 1000(I 1 − I 2 ) (7)


mas da equação (3), temos que

6 − 680I 1
I2 = (8)
680
Substituindo a equação (8) na (7), obteremos
µ ¶
6 − 680I 1
9 = 680I 1 + 1000I 1 − 1000 (9)
680

9
Portanto, a corrente I 1 , será

I 1 = 6, 65m A (10)
Fazendo agora a substituição da equação (10) na equação (3), obteremos a corrente I 2 ,
logo

6 = 680I 2 + 6, 65 × 680

I 2 = 2, 17m A (11)
E por fim, para obter a corrente I 3 , substituímos a equação (11) na equação (4), logo,
teremos

3 = −2, 17 × 680 + 1000I 3

I 3 = 4, 47m A (12)
Com os valores das das correntes encontradas (10), (11), (12), podemos obter a dife-
rença de potencial nos resistores R 1 , R 2 e R 3 usando a lei de Ohm V = R I , logo
Para V1

V1 = R 1 I 1
V1 = 680 × 6, 65

V1 = 4, 52V (13)
Para V2

V2 = R 2 I 2
V2 = 680 × 2, 17

V2 = 1, 47V (14)
Para V3

V3 = R 3 I 3
V3 = 4, 47 × 1000

V3 = 4, 47V (15)

Tensão (V) Corrente I (mA)


R1 4,52 6,65
R2 1,47 2,17
R3 4,47 4,47

Tabela 2: Resultados obtidos após usar as leis de Kirchhoff.

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6 Conclusão
Comparando os resultados obtidos na tabela 1, que são os valores das tensões e cor-
rentes medidos em laboratório, com os da tabela 2 que são valores calculados quando ϵ1 = 6V e
ϵ2 = 3V , que também foram usados para os valores medidos, percebe-se que as tensões e correntes
possuem valores muitos próximos, pois os valores calculados estão aproximadamente semelhan-
tes aos valores medidos quando usamos as leis dos nós e a lei das malhas. Portanto, de acordo
com a tabela 2, os valores calculados seguem as leis de Kirchhoff.
Referências
[1] David Halliday, Robert Resnick, and Kenneth S Krane. Física. Vol. 3 . Grupo Gen-LTC, 2000.

[2] Herch Moysés Nussenzveig. Curso de física básica: Mecânica (vol. 1), volume 394. Editora
Blucher, 2013.

[3] ZEMANSKY SEARS and FREEDMAN YOUNG. Física 3 e física 4.

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