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Para o caso da vaca é obviamente ridículo, entretanto, nas nossas organizações essa atitude
nem sempre é tão ridícula assim. Me lembro de um de nossos projetos onde avaliávamos um
processo de faturamento. O objetivo do processo era compilar despesas, emitir uma nota
fiscal e mandar a cobrança para o cliente. Havia várias interações nebulosas no processo, como
a falta de um meio formal de se coletar as informações necessárias para se faturar o cliente,
dificuldades para separar procedimentos diferentes para diferentes tipos de produtos, enfim, a
vaca subia e descia bastante a procura do seu riacho.
Uma das primeiras ideias de nossos clientes (que foi rejeitada após nossos conselhos) era de
instalar um software de ERP milagroso que iria automatizar tudo e acabar com todos os
problemas. Eles queriam nada mais do que pavimentar o caminho da vaca. O software não ia
evitar os problemas que eles tinham. Ele não ia criar uma maneira de se coletar as informações
necessárias, nem estratificar os tipos de produtos diferentes. Ele ia apenas fazer com que os
erros acontecessem no ambiente virtual.
As empresas, assim como as vacas, possuem diversas razões para a ineficiência de seus
processos. Podem ser razões históricas ou até culturais, porém nem sempre (e quase nunca) a
tecnologia pode resolvê-los completamente. Se queremos automatizar algo, temos que
estudar o processo como um todo antes, definindo qual é o caminho mais curto “do pasto até
o riacho” e somente depois disso asfaltar.