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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

ESCOLA DE MINAS
CAMPUS MORRO DO CRUZEIRO
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ALESSANDRA CRISTINA DE CASTRO DOS SANTOS


ANA LAURA SILVA SANTOS
GUSTAVO HENRIQUE COSTA DE CARVALHO

SEMINÁRIO I
ARQUITETURA MODERNISTA NO BRASIL
Jorge Machado Moreira

OURO PRETO, MG
2022
ALESSANDRA CRISTINA DE CASTRO DOS SANTOS
ANA LAURA SILVA SANTOS
GUSTAVO HENRIQUE COSTA DE CARVALHO

SEMINÁRIO I
ARQUITETURA MODERNISTA NO BRASIL
Jorge Machado Moreira

Trabalho apresentado no curso de graduação em


Arquitetura e Urbanismo, na disciplina “Projeto
Arquitetônico IV” (ARQ 133), ministrada pelo Prof.
Clécio Magalhães do Vale e Monique Sanches
Marques. Comentado [PJ1]: Tem certeza?

OURO PRETO, MG
2022

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………04

2 FORMAÇÃO DO ARQUITETO…………………………………………………………..04

3 REFERÊNCIAS DO ARQUITETO……………………………………………………….05

3.1 Le Corbusier……………………………………………………………………05

3.2 Mies Van Der Rohe…………………………………………………….……….06

3.3 Walter Gropius…………………………………………………….……………06

4 PRINCIPAIS OBRAS……………………………………………………………….……..07

4.1 Residência Sérgio Corrêa da Costa (1951-1957)................................................07

4.2 Residência Antônio Ceppas (1951-1958)............................................................10

4.3 Cidade Universitária (1949-1962).......................................................................15

5 CONTRIBUIÇÃO PARA A ARQUITETURA BRASILEIRA……………………………20

REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………...…21

3
1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho terá como escopo o arquiteto Jorge Machado Moreira, importante
para o histórico da arquitetura modernista no Brasil (Figura 1). O arquiteto foi ativo em sua
jornada de criações, e colocou em prática seus projetos em um período em que o mundo
vivenciava grandes mudanças, Jorge Machado Moreira nasceu em 23 de fevereiro de 1904 em
Paris e veio para o Brasil aos 3 anos de idade.
Produto da geração vanguardista, atuante perante os preceitos de Le Corbusier e
integrante do movimento que buscou, através de uma “Nova Arquitetura”, uma ferramenta de
confronto ao conservadorismo. A arquitetura de Jorge Machado Moreira parte de princípios Comentado [PJ2]: Melhor termo seria tradicionalismo.

dos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna, onde transitou desde etapas


experimentais até por fim apresentar modelos com postura mais ortodoxa. Entre o seu acervo
de projetos, o mais memorável abrangeu a Universidade do Brasil, com o projeto para a Cidade
Universitária (RAGASSON et al,2020). Comentado [PJ3]: Copiado.
Não foi uma citação indireta, essas são as palavras que
estão no artigo pesquisado.

Figura 1: Jorge Machado Moreira

Fonte: < http://arquitetablog.blogspot.com/2011/05/jorge-machado-moreira.htm >


Acesso: 09 de setembro de 2022

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2 FORMAÇÃO DO ARQUITETO

Jorge Moreira iniciou seus estudos acadêmicos no curso de medicina em Montevidéu,


no Uruguai, porém não concluiu o curso, logo após formou-se em 1932 na Enba (Escola
Nacional de Belas Artes) no Rio de Janeiro, como engenheiro-arquiteto. Na Enba, Jorge
Moreira fazia parte do diretório acadêmico como vice-presidente e acompanhou a reforma
modernizadora promovida por Lucio Costa (1902-1998) entre 1930 e 1931, a qual ele defendia
de forma destemida.
Após se formar, construiu alguns edifícios no Rio de Janeiro enquanto dirigia, como
arquiteto, a Companhia Construtora Baerlein, de 1933 a 1937. Em 1935 participa, em parceria
com Ernani Vasconcellos (1909-1988), do concurso para realizar o edifício do Ministério da
Educação e Saúde (MES), seu projeto foi abertamente moderno e desclassificado pelo júri.
Porém, em 1936 foi convidado por Lucio Costa a fazer parte da equipe que realizaria o projeto
do MES -marco na história da arquitetura moderna brasileira-, neste mesmo ano também foi
convidado para fazer o estudo para o campus da Universidade do Brasil (atual UFRJ). Tanto o
projeto do MES quanto o estudo para o campus da Universidade do Brasil, tiveram consultoria
de Le Corbusier (1887-1965).
Em 1944, juntamente com Affonso Eduardo Reidy (1909-1964), venceu o concurso
para a sede administrativa da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, porém o projeto não foi
executado Comentado [PJ4]: Essa não é uma informação sobre a
fomação do arquiteto, mas sobre sua atuação.

3 REFERÊNCIAS DO ARQUITETO

As principais referências arquitetônicas são Le Corbusier, Mies Van Der Rohe e Walter
Gropius, Jorge seguirá em seus projetos traços e formas desses arquitetos. Comentado [PJ5]: Nunca se usa o primeiro nome.

3.1 Le Corbusier

Presenciou no Rio de Janeiro o art nouveau, a divulgação do estilo colonial, porém ele Comentado [PJ6]: Neocolonial

não simpatiza com estes movimentos, e ainda como estudante começa a se interessar pelos
movimentos vanguardistas que produziram arquitetos como Auguste Perret, Le Corbusier,
Frank Lloyd Wright, Mies van der Rohe e Gropius (POSTINGHER,2012). Comentado [PJ7]: Copiado.

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O arquiteto franco-suíço Le Corbusier é tido como um dos maiores arquitetos do século
XX e pioneiro da arquitetura moderna mundial.
Após ter estabelecido, através de vários projetos e estudos, uma arquitetura
tecnicamente fundamentada e capaz de atender aos reclamos físicos do homem, começou a
ocupar-se da dimensão social e psicológica do ser humano tornando-se um idealista em
demanda de um mundo mais harmônico (FONSECA,2002). Comentado [PJ8]: Outro trecho copiado como citação
indireta.
As principais características que serve para referências em seus projetos de Le
Corbusier são:
● "A forma segue a função"
● Destaque das superfícies lisas;
● Prevalência de formas geométricas;
● Existência de contornos regulares;
● Influência do construtivismo. Comentado [PJ9]: ?????

3.2 Mies Van Der Rohe

Nascido em Aachen, Alemanha, a carreira de Mies começou no estúdio de Peter


Behrens, onde trabalhou ao lado de dois outros grandes nomes do modernismo, Walter Gropius
e Le Corbusier. Por quase um século, o estilo minimalista de Mies provou ser muito popular;
seu famoso aforismo "menos é mais" ainda é amplamente proferido, mesmo por aqueles que
desconhecem sua origem, Mies começou a desenvolver seu estilo durante a década de 1920,
combinando as preocupações industriais funcionalistas de seus contemporâneos modernistas
com um impulso estético em direção aos elementos mínimos – rejeitando os sistemas
tradicionais de cômodos fechados e confiando fortemente no vidro para dissolver a fronteira
entre o interior e o exterior (ArchDaily Team, 2021). Comentado [PJ10]: Trecho copiado do site.

As principais características que serve para referências em seus projetos de Mies Van
Der Rohe são:

● Fachada livre;
● Janelas em fita;
● Pilotis;
● Terraço jardim;
● Planta livre. Comentado [PJ11]: Esses são os 5 pontos da
arquitetura de Le Corbusier.

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3.3 Walter Gropius

Depois que se afastou do serviço público, talvez influenciado pela parceria com a
esposa Giuseppina Pirro, experimentou a linguagem que Mies van der Rohe adotara em seus
projetos experimentais dos anos 1920 e também algumas das formas menos contidas de Le
Corbusier. Sempre, é bom destacar, tendo como referência técnica e construtiva os projetos de
Gropius (POSTINGHER,2012). Comentado [PJ12]: Copiado.

As principais características que serve para referências em seus projetos de Walter


Gropius são:

● Adaptabilidade ao meio e à paisagem;


● Transparência, repetições de padrões;
● Utilização mínima ou eliminação total de ornamentos;
● Uso de pré-fabricados, como aço e vidro e plantas baixas abertas.

Vale ressaltar que as inspirações de Jorge estão ligadas com contexto histórico onde no
qual o mundo passa por transformações ,o movimento modernista foi uma tendência artística
do século XX que contava com obras mais críticas, o mundo passava por transformações
tecnológicas e desigualdades sociais evidentes, por tantoportanto, o arquiteto era visto naquela
época como um agente transformador e precisava ter sensibilidade de trazer para aquele
momento não somente projetos visualmente bonitos, mas o principal nesse momento é o Comentado [PJ13]: Os arquitetos modernistas não
estavam preocupados com beleza.
conteúdo a funcionalidade, a adaptação do projeto ao lugar e ao contexto histórico e as
Comentado [PJ14]: De forma alguma, o modernismo
necessidades sociais. pregava uma arquitetura internacional, sem
preocupação com contexto histórico.

4 PRINCIPAIS OBRAS

4.1 Residência Sérgio Corrêa da Costa (1951-1957)

A residência Sérgio Corrêa da Costa foi um dos principais projetos de Jorge Machado
Moreira, foi construída entre 1951 e 1957, nas Laranjeiras, no Rio de Janeiro. A casa foi
projetada para o advogado, diplomata e historiador Sérgio Corrêa da Costa (1919-2005).

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Com paisagismo de assinatura de Burle Marx (1909-1994) e três pavimentos divididos
de forma setorizada por suas funcionalidades. No térreo funciona a parte de serviços da casa, Comentado [PJ15]: Parece estar faltando algo nesta
frase. Está incompleta.
junto ao seu jardim. Podemos perceber pela vista do lado de fora da casa, uma clara intenção
de Moreira de esconder esse pavimento se aproveitando do declive natural do terreno (Figura
2).

Figura 2: Corte Transversal.

Fonte: https://casasbrasileiras.files.wordpress.com/2011/11/res-scc-moreira-11-cpia-2.jpg

Acesso: 09 de setembro de 2022

O primeiro pavimento, onde se tem os acessos à residência, uma área social, área de
lazer com piscina, estúdio e um pátio de contemplação para o jardim do pavimento abaixo, é
suspenso por três pilotis aparentes (Figura 3).

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Figura 3: Planta baixa do primeiro pavimento. Comentado [PJ16]: Imagem muito pequena.

Fonte: https://casasbrasileiras.files.wordpress.com/2011/11/cpia-2-de-res-scc-moreira-17.jpg

Acesso: 09 de setembro de 2022

Já o pavimento superior, é dedicado à parte privada da residência e conta com três


suítes, um dormitório e dois vestiários (Figura 4). Sua fachada principal é voltada para o jardim, Comentado [PJ17]: Banheiros?

proporcionando uma vista privilegiada para seus moradores.

Figura 4: Planta baixa do pavimento superior.

Fonte: https://casasbrasileiras.files.wordpress.com/2011/11/cpia-2-de-res-scc-moreira-17.jpg

Acesso: 09 de setembro de 2022

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4.2 Residência Antônio Ceppas (1951-1958)

A residência Antônio Ceppas foi projetada por Jorge Machado Moreira em 1951 e
construída em 1958, o paisagismo foi projetado por Roberto Burle Marx (1909-1994), para
Antonio Ceppas e Rosinda de Pádua Soares Ceppas residirem com seus cinco filhos em um
terreno de 432,35m² localizado na Praça Atahualpa 30, Leblon - Rio de Janeiro (RJ). O terreno
tinha pequenas dimensões para a demanda do projeto, a fim de resolver esse problema, Jorge
Moreira elabora um projeto colado as às divisas do terreno para ampliar a área construída,
possuindo recuos frontal e posterior com subsolo e mais quatro pavimentos, a área construída
tornou-se 1354,07m².
A residência é disposta por setores definidos: junto às fachadas localizava-se os
cômodos sociais e íntimos, os cômodos de serviço e circulações se encontravam no centro e a
iluminação natural e ventilação estavam nas laterais da residência. No subsolo encontravam-se
a garagem e a caixa de máquinas (figura 6); no primeiro pavimento permanecia o acesso
principal e área de serviço (figura 5); no segundo pavimento dispunham os espaços sociais e
um setor de serviço (figura 6); no terceiro pavimento estava as áreas íntimas (figura 6) e no
quarto pavimento o setor de hóspedes e espaço de lazer (figura 6). Na circulação da residência,
Jorge Moreira projetou escadas diferentes para social e serviço e incluiu um elevador que
acessava todos os pavimentos.

Figura 5: Primeiro pavimento.

Fonte:< http://www.casasbrasileiras.arq.br/csaceppas.html >


Acesso em: 18 de setembro de 2022.

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Figura 6: Planta baixa residência Antônio Ceppas. Comentado [PJ18]: Todas as plantas estão muito
pequenas.

Fonte:< http://www.casasbrasileiras.arq.br/csaceppas.html >


Acesso em: 18 de setembro de 2022.

Na entrada (figura 7), havia um caminho a ser percorrido através do pilotis com vários
elementos arquitetônicos, como espelhos d’água, piso em desnível, jardins (projetado por Burle
Marx), escada, muro em pedra e os pilares de seção circular - que por sua vez se fazem muito
presentes e é de grande importância na expressão desta obra. Após a entrada, se encontrava um
hall de acesso (figura 8) com pé direito duplo, laje recortada, grandes esquadrias, uma escada
helicoidal, um jardim interno e um externo protegido por pérgula e um painel cerâmico (figura
8) também projetado por Burle Marx. Ao percorrer pela a residência, era possível transitar por
espaços de movimento, provocado pelas paredes curvas, pelo uso dos pilares de seção circular
e pelas escadas deslocadas uma das outras.

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Figura 7: Entrada da Residência Antônio Ceppas.

Fonte:< http://www.casasbrasileiras.arq.br/csaceppas.html >


Acesso em: 18 de setembro de 2022.

Figura 8: Hall de acesso com painel cerâmico por Burle Marx.

Fonte:< http://www.casasbrasileiras.arq.br/csaceppas.html >


Acesso em: 18 de setembro de 2022.

O fato de a residência ser alinhada ao limite do terreno não prejudicou a iluminação ou


ventilação. Jorge Machado Moreira utilizou janelas nas laterais - na lateral sudeste (figura 9)
utilizou pequenas janelas altas para iluminação e uma pequena abertura para o compartimento
do ar condicionado da caixa de maquinas; já na lateral noroeste (figura 10) utilizou uma grande
esquadria de vidro para ampliar o pé direito do hall de acesso, além de aproveitar a vista do
exterior. Outra forma de aproveitamento do cenário do exterior utilizada por Jorge Moreira foi
a abertura retangular do terraço (figura 11), atribuindo à casa o caráter de mirante, onde possuía
vista para o céu, o mar, as montanhas da Serra da Carioca, o Pico Dois Irmãos e a paisagem
construída.

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Figura 9: Lateral sudeste.

Fonte:< http://www.casasbrasileiras.arq.br/csaceppas.html >


Acesso em: 18 de setembro de 2022.

Figura 10: Lateral noroeste.

Fonte:< http://www.casasbrasileiras.arq.br/csaceppas.html >


Acesso em: 18 de setembro de 2022.

Figura 11: Terraço.

Fonte:< http://www.casasbrasileiras.arq.br/csaceppas.html >


Acesso em: 18 de setembro de 2022.

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O tratamento da fachada (figura 12) (brises, inclinação do último pavimento, varandas
e esquadrias) é utilizado não só como uma forma de reduzir o peso da composição, mas também
como forma de identificar os pavimentos internos: o agrupamento de uma faixa para identificar
o segundo e terceiro pavimento e o tratamento único para identificar a cobertura e o pavimento
térreo. Jorge Moreira Machado lidava com as condições climáticas, a orientação solar, o Comentado [PJ19]: Machado Moreira ou Moreira
Machado?
formato do terreno e a paisagem do entorno em conjunto muito bem. O quarto do casal se
encontrava na face posterior devido à orientação solar, com isso era possível que o quarto
recebesse a iluminação matinal. O uso dos brises móveis verticais e horizontais protegiam as
salas e quartos do sol vespertino, além de formar um jogo de sombras que auxiliava na
diminuição da temperatura dos ambientes.

Figura 12: Fachada da residência Antônio Ceppas.

Fonte: < http://www.casasbrasileiras.arq.br/csaceppas.html>


Acesso em: 18 de setembro de 2022.

Neste projeto Jorge Machado Moreira utilizou principais artifícios modernistas


cariocas: os brises para proteção solar, o acesso composto por pilotis, paredes curvas, a
composição horizontal, a geometria pura do volume (cubista) (figura 13), a fachada horizontal
livre, o terraço jardim, o uso de cerâmicas, pilares de seção circular, a laje plana de cobertura,
o uso de esquadrias em veneziana e o abundante uso do vidro. O modernista projeto da
Residência Antônio Ceppas recebeu o primeiro prêmio na categoria de habitação individual na
Exposição Internacional de Arquitetura da VI Bienal Internacional em São Paulo, em 1961.
Porém, atualmente a Residência Antônio Ceppas não se encontra em seu endereço, por ser ter
sido demolida em 1980, dando lugar ao edifício Condomínio Jardim dos Lírios, concluído em
novembro de 1983.
Figura 13: Volumetria da residência Antônio Ceppas.

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Fonte:< http://www.casasbrasileiras.arq.br/csaceppas.html >
Acesso em: 18 de setembro de 2022.

4.3 Cidade Universitária (1949-1962) Comentado [PJ20]: O texto sobre o Campus da


Universidade do Brasil está todo copiado!

Figura 14 : Vitral do Universidade do Brasil Comentado [PJ21]: Essa imagem é do hall do prédio
da FAU,que fica no campus da UFRJ, antiga
Universidade do Brasil. O grupo confundiu o campus
com a FAU, inclusive na apresentação oral.

Fonte:< http://arquitetablog.blogspot.com/2011/05/jorge-machado-moreira.html >


Acesso em: 10 de setembro de 2022.

A cidade universitária teve a data de início do projeto na data de 1949 e conclusão em


1962. O tema da Cidade Universitária da Universidade do Brasil na Ilha do Fundão é
significativo como marco que inaugurou a espacialização de um programa relativo ao lugar da
academia dentro de um contexto urbano, seus recintos e pré-requisitos, utilizando os conceitos
modernos da arquitetura e urbanismo no Brasil. No momento em que a Cidade Universitária
se idealizava, a cidade do Rio de Janeiro era ainda a capital do Brasil, desta forma isso também
contribuiu para que a cidade tivesse um campus moderno, anseio do Ministro Capanema Comentado [PJ22]: Copiado

(POSTINGHER,2012).

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O projeto da Cidade Universitária teve quatro momentos importantes, o primeiro plano
de 49 a 52 mostrae que o arquiteto experimentou a relação direta entre conceitos extremos do
racional e do orgânico do natural e do artificial no caso de porte Urbano a resposta veio por um
projeto simples com soluções geométricas retas e algumas curvas. Vale ressaltar que Jorge Comentado [PJ23]: Não se usa o primeiro nome!

pensou na datação da Ilha as suas condições ambientais, o perfil são que usaria a questão da
adaptabilidade do local a obra era presente no projeto de Jorge um fator importante a ser
pontuado é a questão da demanda ambiental preservando as dimensões e características das
margens naturais das ilhas componentes que formam com seu orgânico Contorno predomínio
da artificialidade do Aterro a relação paisagística entre o mar e a montanha passou a ser
referência valiosa importante na composição do plano da Ilha (ALICE, 2004). Comentado [PJ24]: Confuso demais!

“O planejamento físico para a Cidade Universitária no Fundão teve quatro momentos


importantes e em épocas diferentes: o plano inicial de 49 a 52; uma primeira versão em 54; a
segunda entre 56 e 60, coincidindo com a conclusão da primeira etapa de implantação do
Campus; a versão 70 até a situação atual. Do plano original à segunda versão, o
desenvolvimento ficou por conta do redimensionamento e da melhor definição do traçado do
sistema de circulação. Houve alterações que interferiram substancialmente nas tipologias das
construções, com consequências diretas no tratamento do espaço aberto, variando propostas
desde edifícios padronizados e unidos pelos térreos- como no plano de Lucio Costa para a
Quinta- até em construções isoladas e autônomas como as de hoje. ” (ALICE, 2004, p. 103).

Figura 15: Ilha do Fundão: à esquerda, versão inicial da implantação; à direita, segunda versão da
implantação.

Fonte:< https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.064/421 >

Acesso em: 10 de setembro de 2022.

Em sua origem, (figura 15) o projeto foi concebido para abrigar mil alunos no que seria
a Faculdade Nacional de Arquitetura, isto é, um centro maior de formação de profissionais

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arquitetos que atuariam depois em todo o país como “líderes nacionais”, propagando os
ensinamentos ali aprendidos.
Grandioso também no sentido de nobre. Não é casual que, no mesmo ano de sua
construção, esta obra tenha recebido o primeiro prêmio na categoria de edifícios públicos na
Exposição Internacional de Arquitetura da IV Bienal Internacional de São Paulo.
O edifício é inteiramente concebido com medidas múltiplas, que vão desde a dimensão
das cerâmicas de revestimento de piso ao ritmo da estrutura. Daí a precisão dos detalhes e
acabamentos, a harmonia e a composição impecável do conjunto: um bloco vertical sobrepõe-
se a um bloco horizontal (Figura 16) numa volumetria muito próxima ao projeto não realizado
de Le Corbusier para a sede do Ministério de Educação e Saúde na av. Beira Mar, uma evidente
homenagem do arquiteto Jorge Machado Moreira ao mestre. Um terceiro bloco independente,
mas não construído, abrigaria o Museu de arquitetura comparada. A mostra o bloco vertical,
construído sobre pilotis duplos, é destinado aos ateliês e salas para ensino teórico. Cada um dos
seus seis andares corresponderia a um ano do ensino da graduação, sendo o último destinado
ao curso de pós-graduação. O bloco horizontal, desenvolvido em dois níveis, abrigaria a
biblioteca, administração, auditórios, oficinas, laboratórios e o museu técnico. Todos os
espaços de articulação, halls, pilotis, galerias e pátios são extremamente generosos, abertos ao
horizonte, permitindo ao olhar cruzar o espaço e voar ao longe, dando uma qualidade pública
ao edifício (OLIVEIRA & BUTIKOFER,2005). Comentado [PJ25]: Copiado.

Figura 16: planta pavimento térreo e planta tipo

Fonte:< https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.064/421 >

Acesso em: 10 de setembro de 2022.


Une-se a isto uma excepcional mestria da iluminação natural (figura xxx), controlada
através de uma sucessão de eventos que ocorrem, podemos dizer, em sentido decrescente desde
o exterior verso o interior ou desde os espaços mais públicos aos espaços mais privativos. A

17
começar pelo espaço sobre pilotis com pé-direito duplo, situado na entrada do edifício (Figura
18), passando pelo hall principal envidraçado, galerias de distribuição transparentes e pátios de
diferentes dimensões. Estes tamizam a luz e acostumam a retina, fazendo a transição de acesso
aos recintos onde se exige maior atenção e concentração: tal como o museu técnico (hoje atelier
de pintura da Escola de Belas Artes), a biblioteca e os laboratórios, iluminados zenitalmente,
com sheds e claraboias (OLIVEIRA & BUTIKOFER,2005). Comentado [PJ26]: Copiado.

Figura 17: Hall principal e escada de acesso à biblioteca

Fonte:< https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.064/421 >

Acesso em: 10 de setembro de 2022.

Figura 18: Hall principal e escada

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Fonte:< https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.064/421 >

Acesso em: 10 de setembro de 2022.

Tais espaços, conectados à a pátios e jardins corredores com combogós (figura 19)
respondem a condições climáticas específicas, demonstrando a preocupação do arquiteto com
critérios hoje considerados fundamentais e perseguidos desde uma ótica do desenvolvimento
durável: qualidade do ar e da luz, conforto térmico e espacial, economia de meios e energia,
criação de espaços verdes vitais, flexibilidade. Estas questões funcionais ou racionais não se
desligam de questões humanas ou espirituais: aqui a noção de conforto é associada ao belo
natural, à um mundo generoso natural e vital. Vale lembrar que o edifício foi concebido junto
aos magníficos jardins de Burle Marx e a presença destes jardins hoje é fundamental para
consolidar o caráter nobre, público, generoso e durável deste edifício (OLIVEIRA & Comentado [PJ27]: Copiado

BUTIKOFER,2005).

Figura 19: Corredor e pavimento térreo, vista do pátio

Fonte:<

https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.064/421 >
Acesso em: 10 de setembro de 2022.

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5 CONTRIBUIÇÃO PARA A ARQUITETURA BRASILEIRA

Jorge Moreira Machado foi bastante importante, apesar de pouco citado, no desenvolvimento
da arquitetura moderna no nosso país e assim como vários modernistas da época, ele enfrentou
vários desafios para que seus modos de pensar arquitetura tivessem uma boa aceitação na
época.

Ele foi fundamental na difusão de uma arquitetura que prezava pela concepção estrutural bem
clara, de variações geométricas contidas e centradas em formas cúbicas, como a gente viu nos Comentado [PJ28]: Coloquial demais.

dois exemplos de residências, servindo de inspiração para arquitetos importantes como Lúcio
Costa.

Além disso, o projeto das edificações da UFRJ na Ilha do Fundão é de autoria de Jorge
Machado Moreira. Comentado [PJ29]: Informação que se encontra no
trabalho.

Ele também fez parte da equipe do Lúcio Costa para projetar a sede do Ministério da Educação
e Saúde, o MES, que é considerado por muitos como o início da arquitetura moderna com
traços e características tipicamente brasileiras.

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REFERÊNCIAS

ALICE, Edson Zanckin. Cidade Universitária da Ilha do Fundão: seus planos, seus
edifícios. Dissertação Mestrado-UFRGS 2004.

ArchDaily Team. "Menos é mais: Mies van der Rohe, pioneiro do movimento
moderno" [Less is More: Mies van der Rohe, a Pioneer of the Modern Movement] 27 Mar
2021. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo) Acessado 19 Set 2022. <
https://www.archdaily.com.br/br/959169/menos-e-mais-mies-van-der-rohe-pioneiro-do-
movimento-moderno > ISSN 0719-8906

FONSECA, Maurício A. Le Corbusier e a conquista da América. Disponível em <


https://vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/01.001/3271 >. Acesso em: 11 de
setembro de 2022.

HECK, Márcia. As Casas Cariocas e a Arquitetura Moderna: panorama da arquitetura


de residências unifamiliares no Rio de Janeiro: 1945-1975. In: SEMINÁRIO DOCOMOMO
BRASIL, 5. 2003, Porto Alegre. Anais [...]. São Carlos: Docomomo Brasil, 2003. p. 8-9.

JORGE Machado Moreira. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura


Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Disponível
em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa26092/jorge-machado-moreira. Acesso em:
19 de setembro de 2022. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

OLIVEIRA, Olivia de; Serge, BUTIKOFER; Uma viagem pela arquitetura brasileira
(1), 2005. Disponível em < https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.064/421 >.
Acesso em: 11 de setembro de 2022.

POSTINGHER, Débora Carla. Jorge Machado Moreira e o projeto da Cidade


Universitária da Universidade do Brasil - 1949-1952. 2012. 170 f. Dissertação (Mestrado) -
Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
2012.

RAGASSON, Milena Maria; KREMER, Mônica Larissa Mattos; JOHANN, Maria


Regina. A Atuação de Jorge Machado Moreira no Movimento Arquitetônico Brasileiro.

O grupo não sabe a diferença entre citação direta e indireta. São vários os trechos copiados ao
longo do texto, sendo que o trecho sobre o campus da UFRJ é cópia pura.

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