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Problemas principais para o desenvolvimento do A-380.

O Airbus A-380 é um avião super jumbo, e o maior de passageiros que o mundo já viu.

Tem um piso superior e um inferior, com cabines de 6,5m de largura por 50m de comprimento, com
capacidade para 853 passageiros, 35% a mais que seu concorrente.

Sua Asa tem a maior envergadura de todos os aviões, porém se fossem dimensionadas
convencionalmente como os outros aviões, ele seria proporcionalmente maior. O que impede que seu
projeto tenha asas convencionais são as infraestruturas dos aeroportos que não suportaria,
proporcionando o risco de colisão com outras aeronaves. Devido a isso, os aeroportos internacionais
têm restrições ao tamanho de aviões, permitindo uma envergadura máxima de 80m.

Para resolver esse problema e adequar a envergadura do A-380 as restrições dos aeroportos
internacionais, foi desenvolvido um componente aerodinâmico, que é posicionado na extremidade das
asas, diminuindo o arrasto induzido relacionado ao vórtice de ponta de Asa, permitindo a redução da
envergadura. Esse dispositivo se chama WINGLET, é uma forma de aba vertical ou inclinada.

Outro problema para o Airbus A-380 são seu tamanho e peso, que onera os custos de operação.
Devido a isso, seus revestimentos são menos espessos, porém há riscos de impacto com aves, algo que
poderia causar a despressurização e queda da aeronave.

Após estudos foram desenvolvidos materiais mais leves, porém resistentes, conhecido como
composites. Grande parte de seus revestimentos são feitos de um laminado de fibra e metal, onde o
alumínio proporciona dureza e a fibra de vidro a resistência.

Por ser um avião muito alto, uma possível evacuação de emergência se tornaria longa. Para cumprir
regulamentos internacionais, 853 passageiros devem evacuar a aeronave em 90 segundos através de
suas 16 portas de emergência. Noventa segundos (90s) é o tempo médio de sobrevivência antes de um
incêndio, assim, as mangas de fuga devem insuflar em 6 segundos.

Para alcançar esse tempo insuflando mangas tão grandes, fez-se o uso de foguetes, onde o ar passa
por um aspirador funil. No ponto estreito o gás do foguete acelera, gerando uma quebra de pressão,
que provoca um vácuo aspirador do ar circundante que enche a manga. Dois terços (2/3) do gás que
enche o saco são ar respirado pelo funil, com esse mecanismo as mangas se enchem em 4 segundos.

Os desafios do A-380 mais uma vez coloca os engenheiros a pensar, como pousar uma aeronave com
560 toneladas? Algo muito complexo, porém resolvido de maneira simplista, consegue pousar 853
pessoas no chão.

O trem de pouso do A-380 baseia-se no mesmo princípio de um mecanismo simples, que usamos para
encher os pneus de uma bicicleta. Quando a aeronave aterrissa, o trem de pouso absorve o choque da
mesma maneira que uma bomba de encher pneu de bicicleta, porém ele tem 5 amortecedores, um em
cada conjunto de rodas. Seu sistema de amortecimento é preenchido com óleo bem espesso ao invés
de ar, absorvendo choques maiores, pousando 560T sem que as 853 pessoas sintam qualquer impacto.

O Airbus 380 é um triunfo da Engenharia mais avançada.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=kirNZfCB3MU

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