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GROUND SHCOOL

Esta instrução foi elaborada como guia operacional


para piloto que inclui dados suplementares
fornecidos pela Embraer. Como tal, não se destina
a substituir uma instrução de vôo adequada e
competente, ou os conhecimentos das diretrizes de
aeronavegabilidade aplicáveis e os requisitos
operacionais de tráfego aéreo, como também não
se constituem num guia para instrução básica de
vôo ou manual de treinamento, só devendo ser
utilizado para o devido fim.
 Os EMB-711 A e EMB- 711 C “CORISCO”, são
aeronaves monomotoras, de asa baixa, equipados
com trem de pouso retrátil, inteiramente
metálicos, dispondo de acomodações para no
máximo até 4 ocupantes e de um bagageiro com
capacidade de 91 Kgf (200 lb).
 Generalidades:

 1.1 – MOTOR
Número de motores.................01
Fabricante...............................Lycoming
Potência máx...........................200 HP
Rotação máx...........................2700 RPM
Cilindrada.......................5916 cm³ (361 pol³)

Tipo de motor:
4 cilindros opostos horizontalmente, transmissão
direta, refrigerado a ar e com injeção direta de
combustível.
 2.1 – HÉLICES (n/s 711001 a 711190):
Número de hélices........................01
Fabricante....................................Hartzell
Número de pás.............................02
Diâmetro da hélice (máx)..............187,96 cm
Diâmetro da hélice (mín)...............184,15 cm
Tipo de hélice: rotação constante, acionada
hidraulicamente.

OBS: nas aeronaves equipadas com hélices


Hartzell, evite operações contínuas entre 2000 e
2350 RPM (faixa vermelha).
 2.2 – HÉLICES (N/S 711191 a 711219):
Número de hélices......................01
Fabricante..................................McCauley
Número de pás...........................02
Diâmetro da hélice (máx)............187,96 cm
Diâmetro da hélice (mín).............185,42 cm
Tipo de hélices: rotação constante, acionado
hidraulicamente.

OBS: nas aeronaves equipadas com hélices


McCauley, evite operações contínuas entre 1500 e
1950 RPM, abaixo de 15 pol.Hg de pressão de
admissão.
 3.1 – COMBUSTÍVEL:
Capacidade total....................189,2 litros (50 Us Gal)
Comb. Utilizável (total)...........181,7 litros (48 Us Gal)
Octanagem (gasolina tipo de aviação):
Índice mínimo........................100 - verde ou
100 LL – Azul
Comb. Alternativo: consultar o manual do motor
(Lycoming) instrução de serviço nº 1070.
 4.1 – LUBRIFICANTE:

Capacidade total...................7,57 litros (8 Us quarts)

Especificação: consultar o manual do motor


(Lycoming) instrução de serviço nº 1014.
Viscosidade do óleo lubrificante:
 5.1 – PESOS MÁXIMOS:

Peso máx. de decolagem.............1202 Kgf (2650 lb)


Peso máx. de aterrisagem............1202 Kgf (2650 lb)
Peso máx de bagagem.................91 Kgf (200 lb)
 6.1 – PESOS –PADRÃO:

Peso vazio básico: (peso do avião-padrão, incluindo


combustível não utilizável, fluidos de operação e
óleos completos).......................694 Kgf (1531 lb)

Carga útil máx: )a diferença entre o peso máx. de


decolagem e o peso vazio).........507 Kgf (1119 lb)
OBS: Estes valores são aproximados e variam de
aeronave para aeronave. Veja a ficha de pesagem
para os valores de peso vazio básico e carga útil a
serem usados no cálculo do CG da aeronave
especificada. Caso aeronave tenha sofrido
modificações, consulte a “carta de variações do
peso vazio básico”.
 7.1 – COMPARTIMENTO DE CARGA E BAGAGEM:

Capacidade volumétrica.......................0,62 m³
Largura da porta.................................56 cm
Altura da porta....................................51 cm
 7.2 – CARGAS ESPECÍFICAS:

Carga alar (carga máx. admitida por metro


quadrado)............................76 Kgf/m² (15,6 lb/ft²)

Carga de potência.............6,01 Kgf/HP (13,25 lb/HP)


 Símbolos, abreviaturas e terminologia:

Nesta parte estudaremos os símbolos, abreviaturas


e terminologia utilizadas nesta instrução e outros
que possam ser de grande significância para o
piloto.
 1.1 – TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA DAS
VELOCIDADES:

- Vc (velocidade calibrada) – é a velocidade


indicada, corrigida quanto aos erros de posição e
do instrumento. A velocidade calibrada é igual à
velocidade verdadeira na atmosfera-padrão ao
nível do mar.
- Nós Vc – é a velocidade calibrada expressa em
nós.
- Vsolo – é a velocidade da aeronave em relação ao
solo.
- Vi (velocidade indicada) – é a velocidade lida no
instrumento, corrigida quanto ao erro de
instrumento. Os valores de velocidade indicada
constante nesta instrução consideram nulo o erro
de instrumento.
- Nós Vi – é avelocidade indicada expressa em nós.
- Va (velocidade verdadeira) – é a velocidade
relativa à atmosfera calma, ou seja, é a Vc corrigida
quanto à altitude, temperatura e efeitos de
compressibilidade.
- VA (velocidade máx. de manobra) – é a
velocidade na qual a aplicação total dos controles
aerodinâmicos disponíveis não exceda a resistência
estrutural da aeronave.
- VFE (velocidade máx. com flape estendido) –
é máx. velocidade na qual aeronave pode voar com
determinada posição de flape estendido.
- VLE (velocidade máx. com trem de pouso
estendido) – é a máx. velocidade na qual
aeronave pode voar seguramente com o trem de
pouso estendido.
- VLO (velocidade máx. de operação do trem de
pouso) – é a máx. velocidade na qual o trem de
pouso pode ser seguramente recolhido ou
estendido.
- VNE (velocidade que não deve ser excedida) –
é o limite de velocidade que nunca deve ser
excedido.
- VNO (velocidade máx. estrutural de cruzeiro)
– é a velocidade que não deve ser excedida, a não
ser em atmosfera calma e, mesmo assim, com
cautela.
- VR (velocidade de rotação) – é a velocidade na
qual o piloto inicia a mudança de atitude da
aeronave com intenção de decolar.
- V50 (velocidade a 15m (50 pés) de altura) –
é a velocidade a ser atingida a 15m (50 pés) de
altura acima da pista e mantida durante a
trajetória de vôo na decolagem, enquanto supera
os obstáculos existentes.
- Vsso (velocidade de saída do solo) – é a
velocidade na qual aeronave deixa de fazer
contato com a pista, na decolagem.
- Vs (velocidade de estol) – é a mín. velocidade
constante de vôo na qual aeronave, ainda é
controlável.
- Vso (velocidade de estol) - é a mín. velocidade
constante de vôo na qual aeronave, em
configuração de pouso, ainda é controlável.
- Vx (velocidade de melhor ângulo de subida)
– é a velocidade que possibilita o maior ganho de
altitude na menor distância horizontal percorrida.
- Vy (velocidade de melhor razão de subida) –
é a velocidade que possibilita o maior ganho de
altitude no menor intervalo de tempo.
- Vcruz (velocidade de cruzamento) – é a
velocidade em que aeronave deve cruzar a
cabeceira da pista e uma altura de 15m (50 pés)
acima do solo, na aterrisagem.
 2.1 – TERMINOLOGIA DE REGIME DE POTÊNCIA:

- POTÊNCIA DE DECOLAGEM – é a potência máx.


permitida para decolagem.
- POTÊNCIA DE 55%, 65% e 75% - são
porcentagens de potência de decolagem que
podem ser utilizadas para operação da aeronave
em vôos de cruzeiro, de acordo com a “tabela de
ajuste de potência de cruzeiro”.
- POTÊNCIA MÁX. CONTÍNUA – é a potência máx.
na qual pode ser operado o motor em regime
contínuo.
- P.A (pressão de admissão – manifold
pressure) – é a pressão da mistura
ar/combustível, medida antes da entrada dos
cilindros.
- EGT – temperatura dos gases de escapamento
(Exhaust Gas temperature).
 3.1 – TERMINOLOGIA DE PESO E
BALANCEAMENTO

- PLANO DE REFERÊNCIA – é um plano vertical


imaginário, a partir da qual são medidas as
distâncias horizontais para fins de balanceamento.
- ESTAÇÃO – é um local designado ao longo da
fuselagem da aeronave, dado em termos de
distância do plano de referência.
- BRAÇO – é a distância entre o plano de referência
e o centro de gravidade (CG) do item.
- MOMENTO – é o produto do peso de um item
multiplicado pelo seu braço.
- ÍNDICE – é um número que representa o
momento. É obtido dividindo-se o momento por
uma constante e é usado para simplificar os
cálculos de balanceamento pela redução do
número de dígitos.
- COMBUSTÍVEL UTILIZÁVEL – é o combustível
disponível para o planejamento do vôo.
- PESO VAZIO EQUIPADO – é a soma do peso da
estrutura, do grupo motopropulsor, dos
instrumentos, dos sistemas básicos, de decoração
interna e dos equipamentos e sistemas opcionais
(se instalados).
- PESO VAZIO BÁSICO – é a soma do peso vazio
equipado com os pesos do fluido hidráulico total,
óleo total de motor e combustível não utilizável.
- PESO DE OPERAÇÃO – é a soma do peso vazio
básico com os pesos dos itens móveis que,
substancialmente, não se alteram durante o vôo.
Estes itens incluem tripulantes, bagagem do
tripulante, equipamentos extras e de emergência
que possam ser necessários.
- PESO DE DECOLAGEM – é a soma do peso de
operação com os pesos dos itens de carregamento
variáveis e consumíveis. Estes itens incluem
bagagem, combustível e passageiros.
- PESO MÁX. DE DECOLAGEM – é o maior peso
aprovado para início da corrida de decolagem.
- PESO MÁX. DE RAMPA – é o maior peso aprovado
para manobras no solo (inclui o peso do
combustível de partida, táxi e aquecimento do
motor)
- PESO DE ATERRISAGEM – é o peso de decolagem
menos o peso do combustível consumido durante o
vôo.
- PESO MÁX. DE ATERRISAGEM – é o maior peso
aprovado para o toque no solo durante o pouso.
- CARGA PAGA – é a carga transportada; inclui
passageiros, bagagem e/ou carga.
- CARGA ÚTIL – é a diferença entre o peso de
decolagem e o peso vazio básico.
- CARGA ESTÁTICA NORMAL – é a soma do peso
vazio básico com o peso do combustível utilizável.
 LIMITAÇÕES:

Nesta seção estudaremos as limitações


operacionais, marcações nos instrumentos,
código de cores e inscrições técnicas básicas,
aprovados pelo CTA, que são necessários à
operação da aeronave e de seus sistemas.
 1.1 – LIMITAÇÕES DE
Vi Vc
VELOCIDADE:
Nós (Mph) Nós (Mph)

Velocidade que não deve ser excedida (VNE) * 186 (214)


Velocidade máx. estrutural de cruzeiro (VNO) 151 (173) 148 (170)
Velocidade máx. de manobra (VA) com 1202 Kgf 116 (133) 114 (131)
Velocidade máx. com flapes estendidos (VFE) 110 (127) 109 (125)
Veloc.máx. de abaixamento do trem de pouso (VLO) 133 (153) 130 (150)
Veloc. Máx. de recolhimento do trem de pouso (VLO) 110 (127) 109 (125)
Veloc. Máx. com trem de pouso abaixado (VLE) 133 (153) 130 (150)
Vi
 2.1 – MARCAÇÕES DO
VELOCÍMETRO Nós (Mph)

Linha radial vermelha (nunca exceder) 186 (214)*


Arco amarelo (faixa de operação com
cuidado) 151 (173) a 186 (214)*

Arco verde (faixa de operação normal) 53 (61) a 151 (173)


Arco branco (faixa de operação com flapes
abaixados) 46 (53) a 110 (127)

* Por não ter sido feita a determinação de erro de posição da tomada estática em vôo picado,
a velocidade indicada de 186 nós (214 Mph) não deve ser excedida em qualquer operação.
 3.1 – LIMITAÇÕES DO GRUPO MOTOPROPULSOR:

- Número de motores.............................01
- Fabricante...........................................Lycoming
- Potência máx......................................200 HP
- Rotação máx......................................2700 RPM
- Temp. máx. do óleo.........................118°C (245°F)
- Pressão de óleo mín. (faixa vermelha)...........25 psi
- Pressão de óleo máx. (faixa vermelha)..........90 psi
- Pressão de comb. mín. (faixa Vermelha)........14 psi
- Pressão de comb. máx. (faixa vermelha)........45 psi
 4.1 – MARCAÇÕES NOS INSTRUMENTOS DO
GRUPO MOTOPROPULSOR:

TACÔMETRO (aeronaves equipadas com hélices


Hartzell):
- Arco verde (faixa normal)........500 a 2100 RPM e
2350 a 2700 RPM
- Arco vermelho............................2100 a 2350 RPM
- Linha vermelha (potência máx. contínua).2700 RPM
TACÔMETRO (aeronaves equipadas com hélices
McCauley):

- Arco verde (faixa normal)..............500 a 2700 RPM


- Linha vermelha (potência de decolagem)..2700 RPM
 5.1 – INDICADOR DE TEMP. DO ÓLEO:

- Arco verde (faixa normal).............24° a 118°C


(75° a 245°F)

- Linha vermelha (máximo)............118°C (245°F)


 6.1 – INDICADOR DE PRESSÃO DE ÓLEO:

- Arco amarelo (faixa de operação com cuidado –


marcha lenta)...............................25 psi a 60 psi
- Arco verde (faixa normal)...............60 psi a 90 psi
- Linha vermelha (mín).....................25 psi
- Linha vermelha (máx)....................90 psi
 7.1 – INDICADOR DE PRESSÃO DE COMBUSTÍVEL:

- Arco verde (faixa normal).................14 psi a 45 psi


- Linha vermelha (mín).......................14 psi
- Linha vermelha (máx)......................45 psi
 8.1 – LIMITES DO C.G.:

PESO LIMITE DIANTEIRO LIMITE TRASEIRO

(Kgf) (lb) (m) (m)

1202 (2650) 2,217 2,362

1044 (2300) 2,083 2,362

817 (1800) 2,032 2,362


OBS:

- Entre os pontos dados a variação do C.G. é linear.


- O plano de referência está situado a 1,991 m à
frente do bordo de ataque da asa, na junção das
seções reta e afiladas.
- É responsabilidade do proprietário e/ou do piloto
certificar-se de que a mesma está corretamente
carregada.
 9.1 – LIMITES DE MANOBRA:

São proibidas manobras acrobáticas, inclusive


parafusos.
 10.1 – FATORES DE CARGA EM VÔO:

- Fator de carga positivo (máx.)...............3,8 G


- Fator de carga negativo (máx.)..............são
proibidas manobras invertidas.
 11.1- TIPOS DE OPERAÇÕES:
Esta aeronave está aprovada para os tipos de
operações descritos abaixo, quando o equipamento
requerido pelos requisitos operacionais aplicáveis,
estiver instalado e funcionando.
- VFR diurno; obs: não são aprovados vôos
- VFR noturno; em condições de formação
- IFR diurno; de gelo.
- IFR noturno.
 12.1 – LIMITAÇÕES DE COMBUSTÍVEL:

- Capacidade total..................189,2 litros (50 Us Gal)


- Comb. Não utilizável.............7,5 litros (2 Us Gal)
O comb. Não utilizável nesta aeronave, foi fixado
em 3,785 litros (1,0 Us Gal) em cada asa, em
altitudes de vôo críticas.
- Combustível utilizável..........181,7 litros (48 Us Gal)
O combustível utilizável nesta aeronave, foi fixado
em 90,8 litros (24 Us Gal) em cada tanque.

OBS: com os indicadores de combustível marcando


zero, o combustível restante não oferece
segurança ao vôo.
 PROCEDIMENTOS NORMAIS:

Nesta fase estudaremos os procedimentos


recomendados para as operações normais dos
EMB-711 A e EMB-711 C “CORISCO”. São aqui
apresentados tanto os procedimentos constantes
dos requisitos aplicáveis (regulamentos do CTA),
como aqueles necessários à operação da aeronave,
em função de suas características operacionais de
projeto.
 INSPEÇÃO
DE PRÉ-VÔO:

Item
obrigatório
antes de
cada
decolagem.
 LISTA CONDENSADA DE VERIFICAÇÃO DE PRÉ-
VÔO:

* Cabine de comando:
- Manche........................................solte os cintos
- Freio de estacionamento................aplique
- Todos os interruptores...................desligados (OFF)
- Chave de partida...........................DESL
- Equip. eletrônicos..........................desligados (OFF)
- Manete de mistura......................corte
- Interruptor geral.........................ligue (ON)
- Ind. de quantidade de comb........verif. quantidade
- Painel de alarmes........................verif. luzes acesas
- Interruptor geral.........................desligue (OFF)
- Comandos primários de vôo.........verif. operação
adequada
- Flapes........................................verif. operação
adequada e recolha
- Compensadores...............................verif. operação
adequada e posicione em neutro
- Janelas...........................................verif. quanto a
limpeza
- Documentos necessários..................verif. se estão
a bordo
* Asa direita:
- Condição das superfícies.......................ausência
de gelo e neve
- Flapes e articulações...........................verifique
- Aileron e articulações..........................verifique
- Descarregadores de estática................verifique
- Ponta de asa e luzes...........................verifique
- Tanque de combustível.......................abra,
verifique quantidade, cor e feche a tampa
- Suspiro do tanque de combustível........desobstruído
- Dreno rápido do tanque de comb.........drene
- Amarração e calço da roda...................remova
- Perna do trem de pouso principal..........verif.
distensão normal (5,0 ± 0,6 cm)
- Pneu...................................................verifique
- Sistema de freio
(tubulações, bloco, e disco)...................verifique
- Entrada de ar de ventilação da cab......desobstruída
* Nariz:
- Condições gerais...............................verifique
- Capota do motor...............................verifique
- Pára-brisas........................................limpos
- Hélices e spinner...............................verifique
- Entrada de ar....................................desobstruídas
- Correia do alternador........................verif. a tensão
- Farol de pouso..................................verifique
- Calço da roda...................................remova
- Perna do trem de pouso..........................verif.
distensão normal (5,0 ± 0,6 cm)
- Pneu......................................................verifique
- Vedação da chapa
defletora do motor..................................verifique
- Óleo.......................................................verif. a
quantidade
- Vareta de nível de óleo............................encaixada
adequadamente
* Asa esquerda:
- Condições das superfícies....................livre de gelo
e neve
- Entrada de ar de ventilação da cab......desobstruída
- Amarração e calço da roda..................remova
- Perna do trem de pouso principal.........verif. a
distensão normal (5,0 ± 0,6 cm)
- Pneu..................................................verifique
- Sistema de freio
(tubulações, bloco e disco)................verifique
- Tanque de combustível.......................abra,
verifique quantidade, cor e feche a tampa
- Suspiro do tanque de comb.................desobstruído
- Dreno rápido do tanque de comb.........drene
- Tomada pitot-estática..........................remova a
capa protetora e inspecione os orifícios quanto a
obstruções
- Ponta da asa e luzes..............................verifique
- Aileron e articulações.............................verifique
- Flape e articulações...............................verifique
- Descarregadores de estática...................verifique
* Cone de cauda:
- Antenas...........................................verifique
- Empenagem.....................................livre de gelo
e neve
- Carenagens e janelas de insp............verifique
- Entrada de ar ventilação (deriva).......desobstruída
- Condições das superfícies..................verifique
- Luzes da cauda.................................verifique
- Estabilizador e compensador..............verifique
- Leme de direção....................................verifique
- Amarração.............................................remova
- Garfo de reboque e bagagem.................acondicione
adequadamente no bagageiro
- Porta do bagageiro................................feche e
trave
* Diversos:
- Dreno do filtro de comb.........................drene
- Combustível (drenado do filtro)...............verif.
visualmente e elimine-o
- Interruptor geral....................................ligue (ON)
- Iluminação externa................................verifique
- Interruptor de aquecimento da
tomada de pitot-estática........................ligue (ON)
(máx. 3 min)
- Aquecimento da tomada
pitot-estática....................................verifique
- Interruptor de aquecimento da
tomada de pitot-estática....................desligue(OFF)
- Buzina de alarme de estol..................verifique
- Interruptor geral...............................desligue (OFF)
- Passageiros......................................a bordo
- Porta...............................................feche e trave
- Cintos de segurança
(abdominais e de ombro)....................aperte/ajuste
e verifique a carretilha inercial
- Cintos de passageiros.........................apertados
- Cintos das poltronas vazias.................aperte
 1.1 – ANTES DA PARTIDA DO MOTOR:

- Freio de estacionamento........................aplicado
- Manete de hélice...................................máx. RPM
- Seletora de combustível.........................selecionada
para o tanque mais cheio
- Entrada alternativa de ar........................fechada
 2.1 – PARTIDA DO MOTOR FRIO:
- Manete de potência.................avançada (±1,5 cm)
- Interruptor geral.....................ligue (ON)
- Interruptor da bomba
elétrica de combustível............ligue (ON)
- Manete de mistura..................rica (até indicação
de fluxo) depois corte
- Motor de partida.....................acione
- Manete de mistura..................rica
- Manete de potência.........................ajuste para
1400 RPM
- Pressão de óleo...............................verifique –
corte o motor se não houver indicação dentro de 30
segundos
 3.1 – PARTIDA DO MOTOR QUENTE:
- Manete de potência..................avançada (±1,5 cm)
- Interruptor geral......................ligue (ON)
- Interruptor da bomba
elétrica de combustível.............ligue (ON)
- Manete de mistura...................corte
- Motor de partida......................adicione
- Manete de mistura...................avance
- Manete de potência......................ajuste para 1400
RPM
- Pressão de óleo............................verifique – corte
o motor se não houver indicação dentro de 30
segundos
 4.1 – PARTIDA COM MOTOR AFOGADO:
- Manete de potência..........................máx.
- Interruptor geral..............................ligue (ON)
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível................................desligue
- Manete de mistura..........................corte
- Motor de partida.............................acione
- Manete de mistura..........................avance
- Manete de potência..........................ajuste para
1400 RPM
- Pressão de óleo................................verifique –
corte o motor se não houver indicação dentro de 30
segundos
 5.1 – PARTIDA DO MOTOR COM FONTE EXTERNA
(PEP):
- Interruptor geral...............................desligue
- Todo equip. elétrico..........................desligue
- Terminais do cabo da fonte
externa...........................................conecte na
fonte externa (vermelho-positivo; perto-negativo)
- Tomada do cabo da fonte
externa..........................................insira no
soquete
- Proceda à partida normal
- Tomada do cabo de fonte externa........desconecte
do soquete
- Interruptor geral..................................ligue
- Amperímetro.......................................verifique
indicação de corrente
- Manete de potência.............................ajuste para
1400 RPM
- Pressão de óleo...................................verifique –
corte se não houver indicação dentro de 30 seg.
 6.1 – Aquecimento do motor:

- Manete de potência.....................1400 a 1500 RPM


 7.1 – TÁXI:

- Área de táxi.......................................livre
- Manete de potência............................avance
lentamente
- Manete de hélice................................máx RPM
- Freios................................................verifique
- Comando direcional............................verifique
 8.1 – VERIFICAÇÕES DE SOLO:
- Manete de hélice...............................máx. RPM
- Manete de potência...........................ajuste para
2000 RPM
- Magnetos.........................................verifique:
queda máx. 175 RPM; diferença máx. 50 RPM
- Pressão de sucção............................verifique – 5,0
± 0,1 pol.Hg
- Temperatura de óleo............................verifique
- Pressão de óleo....................................verifique
- Luzes do painel de alarme.....................teste
- Manete de hélices.................................verifique
atuação do governador e posicione em máx. RPM
- Entrada alternativa de ar.......................feche
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível.....................................desligue
- Pressão de óleo....................................verifique
- Manete de potência..............................recue
 9.1 – ANTES DE DECOLAR:

- Interruptor geral...................................ligue
- Instrumentos de vôo.............................verifique
- Seletora de combustível.........................selecionada
para o tanque mais cheio
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível......................................ligue
- Instrumentos do motor..........................verifique
- Entrada alternativa de ar.....................feche
- Poltronas............................................na vertical
- Manete de mistura..............................rica
- Manete de hélice................................máx. RPM
- Poltronas desocupadas.......................aperte os
cintos de segurança
- Flapes...............................................ajuste para
10° (primeiro dente)
- Compensador do profundor......................ajuste
- Comandos...............................................verifique
movimentos corretos
- Portas.....................................................fechadas
e travadas
 1.1 – VELOCIDADES DE SEGURANÇA
OPERACIONAL:

As velocidades apresentadas nesta instrução são


as velocidades importantes para a segurança
operacional da aeronave. Os valores referem-se à
aeronave-padrão com peso total, 1202 Kgf (2650
lb), sob condições de atmosfera-padrão ao nível do
mar.
O desempenho de uma aeronave específica
poderá diferir dos valores publicados, dependendo
do equipamento instalado, das condições do
motor, da aeronave e equipamentos, condições
atmosféricas e da técnica de pilotagem.
- Velocidade de melhor razão de subida:

* Trem de pouso e flapes recolhidos........84 nós Vi

* Trem de pouso abaixado,


flapes recolhidos.................................80 nós Vi
- Velocidade de melhor ângulo de subida:

* Trem de pouso e flapes recolhidos..........82 nós Vi

* Trem de pouso abaixado,


Flapes recolhidos...................................70 nós Vi
- Veloc. de operação em turbulência........116 nós Vi
- Veloc. máx. com flapes
totalmente estendidos.........................110 nós Vi
- Veloc. de aproximação final de aterrisagem
(flapes estendidos)..............................75 nós Vi
- Veloc. máx. de vento
cruzado demonstrada..........................17 nós Vi
 1.1 – DECOLAGEM NORMAL:
- Flapes....................................ajustados (1º dente)
- Compensador do profundor.....um pouco atrás da
posição neutra
- Manete de potência................máx.
Acelere para 52 a 61 nós Vi, dependendo do peso
da aeronave.
- Manche.................................puxe para a atitude
de subida.
 2.1 – PISTA CURTA COM OBSTÁCULOS:
- Flapes....................................25º (segundo dente)
Acelere para 52 a 56 nós Vi, dependendo do peso
da aeronave.
- Manche..................................puxe para a atitude
de subida
Após a saída do solo, acelere para a velocidade de
melhor ângulo de subida (70 nós Vi) e suba para
livrar os obstáculos.
- Seletora do trem de pouso...................em cima
Acelere para a velocidade de melhor razão de
subida (84 nós Vi)
- Flapes ................................................recolha
lentamente
 3.1 – PISTA MOLE COM OBSTÁCULOS:
- Flapes..................................25º (segundo dente)
Acelere e rode aeronave assim que possível.
- Manche................................puxe para proceder a
saída do solo com menor velocidade possível
Após a saída do solo, acelere para a velocidade de
melhor ângulo de subida (70 nós Vi) e suba para
livrar os obstáculos
- Seletora do trem de pouso.......................em cima
Acelere para a velocidade de melhor razão de subida
(84 nós Vi)
- Flapes....................................................recolha
lentamente
 4.1 – PISTA MOLE SEM OBSTÁCULOS:
- Flapes...................................25º (segundo dente)
Acelere e rode aeronave assim que possível.
- Manche.................................puxe para proceder a
saída do solo com menor velocidade possível
- Seletora do trem de pouso......em cima
Após a saída do solo, acelere para a velocidade de
melhor razão de subida (84 nós Vi) continue
subindo.
- Flapes....................................recolha lentamente
 5.1 – SUBIDA:
- Velocidade de melhor razão de subida – 1202 Kgf
* Com trem de pouso embaixo...............80 nós Vi
* Com trem de pouso em cima...............84 nós Vi

- Velocidade de melhor ângulo de subida – 1202 Kgf


* Com trem de pouso embaixo...............70 nós Vi
* Com trem de pouso em cima...............82 nós Vi
- Velocidade de subida em rota..............94 nós Vi
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível..................................desligue
(OFF) – na altitude desejada
 6.1 – CRUZEIRO:
Consulte as cartas de desempenho, e a tabela de
ajustes de potência de cruzeiro.
- Potência...........................................máx. de
cruzeiro normal 75%
- Potência (regime desejado)...............ajuste de
acordo com a tabela de ajuste de potência de
cruzeiro
- Manete de mistura............................ajuste
 7.1 – APROXIMAÇÃO E ATERRISAGEM:
- Seletora de combustível.......................selecionada
para o tanque mais cheio
- Poltronas............................................vertical
- Cintos de segurança............................afivelados
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível....................................ligue (ON)
- Manete de mistura..............................rica
- Manete de hélice.................................máx. RPM
- Seletora do trem de pouso.....................embaixo
(133 nós Vi máx.)
- Flapes ..................................................estendidos
(110 nós Vi máx.)
Compense para 75 nós Vi
 8.1 – CORTE DO MOTOR:

- Flapes.............................................recolhidos
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível.................................desligue (OFF)
- Equipamentos eletrônicos.................desligue (OFF)
- Manete de hélice..............................máx. RPM
- Manete de potência..........................mín.
- Manete de mistura..................................corte
- Chave de partida....................................DESL
- Interruptor geral....................................desligue
(OFF)
 9.1 – ESTACIONAMENTO:
- Freio de estacionamento....................aplique
- Manches...........................................imobilizados
com os cintos de segurança
- Flapes .............................................recolhidos
- Calços das rodas...............................colocados
- Cabos de amarração.........................aplicados
 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA:

Nesta fase estudaremos os procedimentos


recomendados para enfrentar em condições
satisfatórias os vários tipos de emergências e
situações críticas; como também são apresentados
todos os procedimentos de emergência conforme
requisitos de homologação aplicáveis, assim como
aqueles necessários à operação da aeronave, em
função das suas características operacionais.
 1.1 – LISTA CONDENSADA DE VERIFICAÇÕES
DOS PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA:

* Fogo no motor durante a partida:


- Motor de partida..................................acione
- Manete de mistura...............................corte
- Manete de potência..............................máx.
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível.....................................desligue
- Seletora de combustível....................COMB. FECH.

ABANDONE A AERONAVE, CASO O FOGO


PERSISTA.
 2.1 – FALHA DO MOTOR NA DECOLAGEM:

Se houver pista suficiente para uma aterrisagem


normal, deixe o trem de pouso abaixado e pouse
diretamente em frente.

Se o terreno em frente for acidentado, ou se


houver necessidade de ultrapassar obstáculos:
- Seletora do trem de pouso.....................em cima
Se tiver ganho de altura suficiente para tentar uma
nova partida (se houver parada do motor):
- Mantenha uma velocidade segura
- Seletora de combustível........................selecione
para outro tanque que contenha combustível
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível.....................................verif. Ligue
- Manete de mistura................................verif. Rica
- Entrada alternativa de ar.......................aberta

CASO A POTÊNCIA NÃO SEJA RESTAURADA,


PROCEDA UMA ATERRISAGEM SEM POTÊNCIA
 3.1 – FALHA DO MOTOR EM VÔO:
- Seletora de combustível............................selecione
para o outro tanque que contenha combustível
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível.........................................ligue
- Manete de mistura...................................rica
- Entrada alternativa de ar..........................aberta
- Instrumentos do motor............................verifique
a indicação quanto à causa da falha do motor
Se não houver indicação de pressão de combustível,
verifique a posição da seletora do tanque para
certificar-se de que a mesma está selecionada para
um tanque que contenha combustível.
* Após restaurar a potência:
- Entrada alternativa de ar...........................fechada
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível..........................................desligue
- Manete de mistura.....................................ajuste
conforme necessário.
 4.1 – ATERRISAGEM SEM POTÊNCIA:

- Compense a aeronave para 91 nós Vi


- Desça em espiral
- Voe a 1000 pés sobre a área a favor do vento, para
uma aproximação normal
- Quando a aterrisagem estiver assegurada, reduza a
velocidade para 78 nós Vi com flapes estendidos;
para obter uma corrida de aterrisagem mais curta
 5.1 – ATERRISAGEM DE EMERGÊNCIA COM TREM
DE POUSO ABAIXADO:
Se as condições permitirem, pouse com os flapes
totalmente estendidos para obter uma corrida de
aterrisagem mais curta.
*Quando a aterrisagem estiver decidida:
- Seletora do trem de pouso......................embaixo
- Flapes...................................................conforme
desejado
- Manete de potência............................mín.
- Manete de mistura.............................corte
- Chave de partida...............................DESL
- Interruptor geral...............................desligue
- Seletora de combustível.....................COMB. FECH.
- Cintos de segurança..........................aperte

Com o interruptor geral desligado (OFF), o trem de


pouso não pode ser recolhido.
 6.1 – ATERRISAGEM DE EMERGÊNCIA COM O
TREM DE POUSO RECOLHIDO:
Se as condições permitirem, pouse com os flapes
totalmente estendidos para obter uma corrida de
aterrisagem mais curta.
- Flapes......................................conforme desejado
- Manete de potência...................mín.
- Manete de mistura....................corte
- Chave de partida......................DESL
- Interruptor geral..............................desligue
- Seletora de combustível....................COMB. FECH.
- Cintos de segurança.........................aperte

TOQUE NO SOLO NA MÍNIMA VELOCIDADE


POSSÍVEL.
 7.1 – FOGO EM VÔO:

- Origem do fogo.................................verifique
 8.1 – FOGO NO SISTEMA ELÉTRICO (FUMAÇA A
BORDO):

- Interruptor geral...............................desligue
- Ventilação da cabine.........................abra
- Comando de aquecimento
da cabine........................................fechado

ATERRIZE ASSIM QUE FOR POSSÍVEL.


 9.1 – FOGO NO MOTOR:
- Seletora de combustível.....................COMB.FECH.
- Manete de potência...........................mín.
- Manete de mistura............................corte
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível.................................verifique –
desligue.
- Comandos de aquecimento
de cabine e desembaciamento............fechado
 10.1 – PERDA DE PRESSÃO DE ÓLEO:

- Aterrize assim que possível e investigue a causa

- Prepare-se para uma aterrisagem sem potência


 11.1 – PERDA DE PRESSÃO DE COMBUSTÍVEL:
- Interruptor da bomba elétrica
de combustível.....................................ligue
- Manete de mistura................................rica
- Seletora de combustível........................verifique o
posicionamento em um tanque que contenha
combustível
 12.1 – ALTA TEMPERATURA DE ÓLEO:

- Pouse no aeródromo disponível mais próximo e


investigue o problema

- Prepare-se para uma aterrisagem sem potência


 13.1 – FALHA DO ALTERNADOR:
- Verifique o defeito
- Reduza a carga elétrica tanto possível
- Disjuntores do alternador......................verifique
- Interruptor do alternador......................desligue –
após 1 segundo ligue (reset)
* Se não houver indicação de corrente:
- Interruptor do alternador......................desligue
- Reduza a carga elétrica e pouse assim que possível
- Se a bateria estiver totalmente descarregada,
aplique o procedimento para abaixamento do trem
de pouso em emergência. As luzes indicadoras de
posição do trem de pouso não acenderão.
 14.1 – DISPARO DE HÉLICE:
- Manete de potência............................recue
- Pressão de óleo..................................verifique
- Manete de hélice................................mín. RPM,
em seguida ajuste se houver algum comando
- Velocidade.........................................reduza
- Manete de potência............................conforme
necessário – manter abaixo de 2700 RPM
 15.1 – ABAIXAMENTO DO TREM DE POUSO EM
EMERGÊNCIA:
*Antes do procedimento de abaixamento do trem de
pouso em emergência:
- Interruptor geral..............................verif. Ligue
- Disjuntores......................................verifique
- Luzes do painel................................desligue
(durante o dia)
- Lâmpadas indicadoras do
trem de pouso.....................................verifique
- Velocidade...........................................abaixo de
84 nós Vi
- Seletora do trem de pouso....................embaixo
- Alavanca de emergência
do trem de pouso.................................emergência
embaixo
* Se o trem baixar normalmente e não travar
embaixo:
- Alavanca de emergência do
trem de pouso................................verif. em cima
- Seletora do trem de pouso..............em cima,
depois embaixo
Se o trem ainda não travar, guine aeronave de um
lado para o outro, com o leme.
Se o trem de pouso de nariz não travar embaixo
usando o procedimento acima, reduza a
velocidade da aeronave ao menor valor dentro da
faixa de segurança que possa ser atingido, usando
o menor ajuste de potência necessário para a
operação com segurança e execute o seguinte:
- Seletora do trem de pouso............em cima, depois
embaixo
 16.1 – RECUPERAÇÃO DE “PARAFUSO”:
- Leme de direção..............totalmente no sentido
oposto à direção de rotação
- Manche...........................totalmente à frente
enquanto neutraliza os ailerons
- Manete de potência..........mín.
- Leme de direção...............em posição neutra
(quando cessar a rotação)
- Manche.........................conforme necessário para
recuperar suavemente a atitude de vôo nivelado
 17.1 – PORTA ABERTA EM VÔO:

Se ambas as travas, a superior e a lateral,


estiverem destravadas, a porta poderá ficar
ligeiramente aberta, acarretando numa pequena
redução de velocidade da aeronave.
* Para fechar a porta em vôo:

- Reduza a velocidade para 87 nós Vi


- Ventilação da cabine.................................feche
- Janela de mau tempo................................abra
- Se a trava superior da
porta estiver destravada............................trave
- Se a trava lateral da
porta estiver destravada............................puxe a
porta pelo descanso de braço e, ao mesmo
tempo, mova a maçaneta da porta para posição
travada
- Se ambas as travas estiverem
destravadas.............................................aplique
a trava lateral e em seguida a trava superior
 DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO DA
AERONAVE E DE SEUS SISTEMAS:
Nesta etapa faremos uma familiarização da
aeronave e seus sistemas principais.

A familiarização da aeronave é fundamental para


o sucesso do piloto tanto na operação normal
quanto a de emergência.
 1.1 – ESTRUTURA:

Com exceção do berço do motor, de partes do trem


de pouso, de diversos outros componentes que são
de aço e de partes construídas em material
plástico, tais como: carenagem do motor e pontas
das asas, da deriva e do estabilizador, toda
estrutura primária da aeronave é de liga de
alumínio.
Sua fuselagem é de estrutura semi-monocoque e
incorpora uma porta dianteira no lado direito, para
acesso à cabine, e uma porta de carga situada na
parte traseira desse mesmo lado.

Quando totalmente recolhidos, os flapes ficam


travados e o flape direito pode ser utilizado como
degrau de acesso à cabine. Cada asa contém um
tanque de combustível.
A empenagem é composta de uma deriva, de um
leme de direção e de um estabilizador inteiramente
móvel que atua como profundor. O profundor
incorpora um compensador anti-servo, que
proporciona maior estabilidade e equilíbrio
longitudinais. Esse compensador atua na mesma
direção do profundor, porém com um curso maior
em relação e este último.
 2.1 – GRUPO MOTOPROPULSOR:

Equipado com um motor Lycoming modelo IO-


360-C1C (aeronaves n/s 711001 a 711190) e IO-
360-C1C6 (aeronaves n/s 711191 a 711219) de 4
cilindros opostos horizontalmente, de transmissão
direta, com injeção de combustível e potência
nominal de 200 HP a 2700 RPM.
Possui um motor de partida, um alternador de 60
amp./14 volts, ignição blindada, bomba de vácuo,
bomba de combustível, governador de hélice e um
filtro seco tipo automotivo para o ar de admissão.

Equipado com uma hélice de velocidade


constante e de passo variável; sua manete está
localizada na caixa de manetes, entre as manetes
de mistura e de potência.
O sistema de escapamento é confeccionado em
aço inoxidável do tipo interconexo, o qual reduz a
contrapressão e melhora o desempenho. Conta
ainda com dois coletores de ar quente que
proporcionam o aquecimento da cabine e o
desembaciamento do pára-brisas.

O radiador de óleo está localizado na parte


dianteira inferior direita da parede de fogo, com
entrada de ar no lado direito da capota inferior.
Para comandar o motor, a aeronave dispõe de
uma manete de potência, uma manete de hélice e
uma manete de mistura;
que estão situados
na caixa de manetes,
na parte inferior
central do painel
de instrumentos.
A manete de potência é utilizada para ajustar a
pressão de admissão. Incorporado e a manete
existe um interruptor da buzina de alarme do trem
de pouso recolhido, que entra em ação durante o
último trecho do curso da manete de potência
para a posição “MIN”. Isso ocorre se o trem de
pouso não estiver travado embaixo, o alarme
continuará enquanto existir essa condição ou até
que a manete de potência seja avançada ou o
trem de pouso trave embaixo.
A manete de hélice é utilizada para ajustar a
rotação da hélice.

A manete de mistura é utilizada para ajustar a


relação ar/combustível. A mesma possui uma trava
para impedir que seja acionada ao invés do
comando de passo.
 3.1 - TREM DE POUSO:

Esta aeronave está equipada com um trem de


pouso triciclo, acionado hidraulicamente por uma
bomba elétrica reversível. A bomba é acionada por
uma alavanca seletora localizada no painel de
instrumentos, à esquerda da caixa de manetes. O
tempo de duração para ser recolhido ou abaixado é
de 7 segundos.
Em caso de emergência do trem de pouso,
quando comandado, existe uma alavanca que alivia
a pressão hidráulica para permitir que o trem de
pouso abaixe por gravidade, sendo que o trem de
nariz é ainda auxiliado por uma mola. Quando
atuada a alavanca deverá ser mantida na posição
“ABAIXADA” para o abaixamento do trem de pouso
em emergência até obter a indicação do trem de
pouso abaixado e travado.
A posição do trem de pouso embaixo e travado é
indicado por três luzes verdes, localizadas abaixo
da seletora do trem de pouso. Luzes de
advertência, sendo uma amarela (IN TRANSIT) e
uma vermelha (GEAR UNSAFE) localizada na parte
superior do painel, em operação normal, quando
colocamos a seletora na posição “EMBAIXO” a luz
amarela acende indicando que o trem de pouso
está em trânsito, se caso não houver o travamento
de uma das pernas do trem em baixo a luz
vermelha acenderá.
Quando todas as luzes verdes, amarelas e
vermelhas estiverem apagadas significa que o
trem de pouso está recolhido.

A roda de nariz detém o comando direcional da


aeronave no solo, com uma deflexão máxima de
30º para cada lado, por meio dos pedais do leme.
Quando recolhido o trem o sistema direcional é
desacoplado, reduzindo assim os esforços no pedal
do leme em vôo.
O sistema normal de freios é atuado nos pedais
do leme. Com a ponta dos pés contra a parte de
cima dos pedais tanto comandante como co-piloto
atuam o freio. Um freio de estacionamento logo
abaixo e perto do centro do painel permite manter
a aeronave freada sem o manter os pés no pedal.
Para acionar esse sistema é necessário puxar a
alavanca e simultaneamente pressionar a trava
existente na parte superior da alavanca.
 4.1 – COMANDOS DE VÔO:

Esta aeronave está equipada com um sistema


duplo de comando, através de cabos que atuam
diretamente na superfície.
A compensação é realizada através de um
volante do compensador localizado no pedestal de
comandos de vôo, entre as duas poltronas
dianteiras.
Os ailerons são providos de deflexão
diferencial; tal característica reduz o efeito de
guinada adversa em curvas, facilitando a
coordenação.
Os flapes são estendidos manualmente através
de cabos de comando e recolhidos com auxílio
de um mecanismo provido de mola.
 5.1 – SISTEMA DE COMBUSTÍVEL:

Provido de dois tanques de combustível, um em


cada asa, com uma capacidade de 94,6 litros cada,
resultando num total de 189,2 litros e ventilados
individualmente. O bocal
de abastecimento encontra-se
situado no extradorso
da asa próximo da raiz.
Cada tanque possui um dreno localizado no
intradorso da asa próximo do trem de pouso
principal. O filtro de combustível também possui
um sistema de dreno
rápido, localizado
na parte inferior
esquerda do parede
de fogo.
A seletora de combustível permite ao piloto
selecionar o tanque de combustível para sua
operação. Encontra-se situado no lado esquerdo
na cabine do piloto e é dotada de três posições:
COMB. FECH. / TANQUE ESQ. / TANQUE DIR.
Em condições normais, o combustível é fornecido
ao motor através de uma bomba elétrica, acionada
pelo piloto.
A quantidade e
pressão são mostrados
em indicadores
localizados no painel
de instrumentos.
 6.1 – SISTEMA ELÉTRICO:

Todos os interruptores estão localizados em um


painel acima da caixa de manetes e no lado
direito do painel de instrumentos encontra-se o
painel de disjuntores, sendo cada um devidamente
identificado para mostrar qual circuito protege.
O interruptor geral está situado no painel de
interruptores e tem duas posições: BAT / ALT.
Quando em “BAT” significa que a alimentação
elétrica vem da bateria e quando em “ALT”
significa que a alimentação elétrica vem do
alternador; sendo que este ultimo é utilizado em
emergência e sua função está descrita em “falha
do alternador”.
Sua fonte de alimentação elétrica primária vem
de um alternador de 14 V / 60 A que é protegido
por um regulador de voltagem e um de
sobrevoltagem. Mesmo em baixas rotações o
alternador mantém sua carga máxima, com isso,
permite uma melhor operação dos equipamentos
elétricos e de rádio.
Sua fonte de alimentação elétrica secundária
vem de uma bateria de bordo de 12 V / 25 A/h.
 7.1 – SISTEMA DE SUCÇÃO:

Este sistema fornece pressão de sucção para


operar os instrumentos giroscópicos, que são eles:
indicador de atitude e o giro direcional.
O sistema consiste em uma bomba de sucção
acionada pelo motor da aeronave, um regulador,
um filtro e tubulações.
 8.1 – SISTEMA PITOT-ESTÁTICO:

Este sistema fornece a pressão dinâmica e a


pressão estática ao velocímetro, bem como
pressão estática ao altímetro e ao indicador de
razão de subida (se instalado).
 9.1 – PAINEL
DE
INSTRUMENTOS:
 10.1 – ALARME DE ESTOL:

A proximidade de um estol é alertada por uma


buzina, que entra em funcionamento entre 5 e 10
nós acima da velocidade de estol.
Esta instrução foi elaborada por:

Wanier Santos Guedes

Com base de dados retirado do manual de


operações e manual de vôo da Embraer 711 A,C
corisco.

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