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Formador: Sistema,

Contextos e Perfil
Formação Pedagógica Inicial de Formadores

09/01/2018
OBJETIVOS DO MÓDULO
- Caracterizar os sistemas de qualificação com base nas
finalidades, no público-alvo, nas tecnologias utilizadas e no tipo
e modalidade de formação pretendida;
- Identificar a legislação, nacional e comunitária, que
Regulamenta a Formação Profissional;
- Enunciar as competências e capacidades necessárias à atividade
de formador;
OBJETIVOS DO MÓDULO
- Discriminar as competências exigíveis ao formador no sistema
de formação;
- Identificar os conceitos e as principais teorias, modelos
explicativos do processo de aprendizagem;
- Identificar os principais fatores e as condições facilitadoras da
aprendizagem;
- Desenvolver um espírito crítico, criativo e empreendedor.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

“… um conjunto de atividades que proporcionam a


oportunidade e os meios para habilitar pessoas com as
competências profissionais necessárias ao bom
desempenho de uma atividade produtiva, num
determinado contexto de organização produtiva,
económica e social.”
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
ENQUADRAMENTO
Mudanças a nível técnico e ideológico

Rápida evolução - Desactualização rápida dos


do mundo do trabalho conhecimentos técnicos e
profissionais

Desenvolvimento
das Ciências - Aumento da necessidade de pessoas
e das tecnologias especializadas

Adaptação do Homem:
- novas situações
- novas tecnologias
- novos conhecimentos
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Impacto da formação profissional…

O mercado de emprego é cada vez mais global e tenderá a


ser mais exigente nas qualificações profissionais dos
indivíduos. A formação profissional contínua e a
certificação das qualificações representam fatores
determinantes para o desenvolvimento dos países.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Vantagens do investimentos das organizações na
Formação Profissional dos seus colaboradores:
• Aplicações inovadoras das novas tecnologias e implementação
com maior rapidez;
• Melhorias da qualidade e da produtividade;
• Melhor relação custo-benefício das ações de formação;
• Desenvolvimento dos recursos humanos e melhores
oportunidades de carreira profissional.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Políticas Europeias e nacionais de


educação/formação
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Fundo Social Europeu (FSE)

Principal instrumento financeiro que permite à União


Europeia concretizar os objetivos estratégicos da sua
politica de emprego.
O FSE auxilia as pessoas a melhorar as suas competências e
as suas perspetivas de emprego.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Missão FSE:
✓Apoiar as medidas de prevenção e de luta contra o
desemprego;
✓Desenvolver os Recursos Humanos;
✓Contribuir para a integração social no mercado de
trabalho, a fim de promover um elevado nível de emprego,
a igualdade entre homens e mulheres, o desenvolvimento
sustentável e a coesão económica e social.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

A 12 de Maio de 2009, foi aprovado um novo quadro


estratégico para a cooperação europeia nas áreas da educação
e formação (2010-2020).

O que traz de novo a Estratégia Europa 2020?

Um novo tipo de crescimento (inteligente, sustentável e


inclusivo), que visa sobretudo:

• Melhorar o nível das qualificações e a Aprendizagem ao


Longo da Vida (ALV);
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

• Incentivar a investigação e a inovação;

• Fomentar a utilização de redes inteligentes e a economia


digital;

• Modernizar a indústria;

• Promover a eficiência em matéria de energia e recursos.


FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Em 2017 o Governo lança o

• Recuperar a educação de adultos, na sequência da interrupção


do programa Novas Oportunidades
• Abranger cerca de 600 mil pessoas até 2020
• 300 centros a funcionar até 2017
• Atingir uma taxa de participação de adultos em ações de
aprendizagem ao longo da vida de 15% em 2020
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Em 2017 o Governo lança o programa QUALIFICA

• Garantir que até 2020 metade da população ativa do país


conclua o ensino secundário
• Permitir que na faixa etária dos 30 aos 34 anos existam 40% de
diplomados do ensino superior;
• Garantir a frequência de 50% dos alunos do ensino secundário
em percursos profissionais de dupla certificação até 2020.

www.qualifica.gov.pt
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O Programa Qualifica é um programa vocacionado para a


qualificação de adultos que tem por objetivo melhorar os
níveis de educação e formação dos adultos, contribuindo
para a melhoria dos níveis de qualificação da população
e a melhoria da empregabilidade dos indivíduos.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Os Centros Qualifica são centros especializados em


qualificação de adultos, vocacionados para a informação, o
aconselhamento e o encaminhamento para ofertas de
educação e formação profissional de adultos com idade
igual ou superior a 18 anos que procuram uma
qualificação.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

É um instrumento (digital) de orientação e registo individual


de qualificações e competências, que permite:
- registar as qualificações obtidas pelo adulto ao longo da sua
vida,
- simular percursos de qualificação possíveis e organizar
o percurso de qualificação efetuado ou a efetuar
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Decreto-Lei n.º 396/2007


Atividade de Formação Profissional
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Sistema Nacional de Qualificações (SNQ)
Recuperar com rapidez um pesado atraso…

•Mais de 485 mil jovens entre os 18 e 24 anos a trabalhar sem


o 12º ano
•3,5 milhões de ativos com um nível de escolaridade inferior
ao ensino secundário
•2,5 milhões de ativos não tem a escolaridade obrigatória (9º
ano) – cerca de metade da população ativa.
•Apenas cerca de 20% da população ativa tem o ensino
secundário, enquanto que a média dos países da OCDE se situa
nos 70%.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Sistema Nacional de Qualificações (SNQ)
Promove a organização da formação profissional inserida no sistema
educativo e no mercado de trabalho, integrando-a com objetivos e
instrumentos comuns e sob um novo enquadramento institucional

PROPÓSITO
- aumentar o nível de qualificação da população portuguesa (dando
prioridade à generalização do nível secundário como qualificação mínima
da população)

- aposta na qualificação de dupla certificação


-Cursos de Educação e Formação Profissional (Jovens e Adultos)
-RVCC
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ)

Instrumento dinâmico de gestão estratégica das


qualificações de nível não superior que visa promover:

• A produção de competências críticas para a competitividade


e modernização de economia e das organizações

• O acesso à qualificação (escolar e profissional) sobretudo


para jovens e adultos pouco qualificados
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ)

Integra um vasto número de qualificações profissionais que


abrangem 40 áreas de educação e formação e apresenta para
cada qualificação o Perfil Profissional, o Referencial de Formação e
o Referencial de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências (Componente de base e tecnológica).
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

www.catalogo.anq.gov.pt/
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Quadro Nacional das Qualificações
Portaria nº782/2009, de 23 de Julho

“Instrumento concebido para a classificação de qualificações segundo


um conjunto de critérios para a obtenção de níveis específicos de
aprendizagem”

Define a estrutura de níveis de qualificação, os


respetivos requisitos de acesso e a habilitação escolar a
que corresponde
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Quadro Nacional das Qualificações


Portaria nº782/2009, de 23 de Julho

Assume os princípios do Quadro Europeu de


Qualificações (QEQ)

• 8 níveis de qualificação
• 3 descritores de resultados de aprendizagem
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Quadro Nacional das Qualificações
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Quadro Nacional das Qualificações
Descritores de resultados de aprendizagem
FORMAÇÃO PROFISSIONAL - Inicial

FORMAÇÃO PROFISSIONAL - Contínua


FORMAÇÃO PROFISSIONAL - Inicial

Visa a aquisição de saberes, competências e capacidades


indispensáveis para poder iniciar o exercício qualificado de uma
ou mais atividades profissionais

- Qualificação

- Aprendizagem

- Educação e Formação

- Educação e Formação de Adultos


FORMAÇÃO PROFISSIONAL - Contínua
Permite ao indivíduo aprofundar competências profissionais e
relacionais, tendo em vista uma melhor adaptação às mutações
tecnológicas e organizacionais e o reforço da sua
empregabilidade

- Aperfeiçoamento - Especialização

- Reciclagem - Promoção

- Atualização - Reconversão
MODALIDADES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Formação em Competências Básicas (FCB)

Os programas de Formação em Competências Básicas (FCB) visam a


aquisição, por parte dos adultos, de competências básicas de leitura,
escrita, cálculo e uso de tecnologias de informação e comunicação.

Condições de acesso Duração


Idade igual ou superior a 18 anos. Entre 150 horas e
Adultos que não frequentaram o 300 horas.
1.º ciclo do ensino básico
MODALIDADES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Educação e Formação de Jovens (CEF)
Oportunidade para os jovens concluírem a escolaridade obrigatória,
através de um percurso flexível e ajustado aos seus interesses, ou para
prosseguir estudos ou formação que permitam uma entrada
qualificada no mundo do trabalho
Quatro componentes de formação:
- sociocultural
- científica
- tecnológica
- prática em contexto de trabalho
Condições de acesso Duração
Idade igual ou superior a 15 anos e Entre 440 horas e
inferior a 23. 2390 horas.
MODALIDADES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Educação e Formação de Adultos (EFA)


Oferta de educação e formação para adultos que pretendam elevar
as suas qualificações.
- EFA Escolar permite completar o 1.º, 2.º ou 3.º ciclos do ensino
básico ou o ensino secundário.
- EFA de Dupla Certificação permite adquirir uma habilitação escolar
e certificação profissional.

Condições de acesso
Duração
Idade igual ou superior a 18 anos.
Entre 440 horas e
Excecionalmente com idade
2390 horas.
inferior a 18 anos, desde que
inseridos no mercado de trabalho
MODALIDADES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Formações Modulares (FM)


Destinam-se a adultos sem a conclusão do ensino básico ou
secundário ou sem a qualificação profissional adequada com vista a
uma (re)inserção ou progressão no mercado de trabalho.
São capitalizáveis e permitem também a obtenção de uma ou mais
qualificações constantes no CNQ.

Condições de acesso Duração


Idade igual ou superior a 18 anos. Entre as 25 e as 600
Excecionalmente com idade horas (compostas por
inferior a 18 anos, desde que UFCDs de 25h ou de
inseridos no mercado de trabalho 50h)
MODALIDADES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Reconhecimento, Validação e Certificação de Competência (RVCC)


Consiste no reconhecimento de competências escolares e
profissionais adquiridas pelos adultos, ao longo da vida, tendo em
vista a respetiva certificação.
Permite reconhecer, validar e certificar os conhecimentos e as
competências resultantes da experiência adquirida em contextos
não formais e informais.

Condições de acesso
Adultos (caso tenham idades compreendidas entre os 18 e
23 anos só poderão realizar um processo RVCC se tiverem
no mínimo 3 anos de experiência profissional).
MODALIDADES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL)


Dar resposta ao requisito de conhecimento da língua portuguesa
previsto nos regimes jurídicos para aquisição de nacionalidade
portuguesa, concessão de autorização de residência permanente e
estatuto de residência de longa duração, bem como à promoção do
domínio da Língua Portuguesa, no âmbito da leitura, escrita e
oralidade
Condições de acesso
Cidadãos de nacionalidade estrangeira que comprovem não
possuírem nacionalidade portuguesa e tenham:
- Título válido de residência com permanência em Portugal +
Idade igual ou superior a 18 anos + Requisito de escolarização e
ou alfabetização do seu país de origem.
MODALIDADES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Cursos de Especialização Tecnológica (CET)


Formações pós-secundárias não superiores que preparam para uma
especialização científica ou tecnológica numa determinada área de
formação.

Condições de acesso
Curso do ensino secundário ou de habilitação
Duração
legalmente equivalente;
Entre as 1200 horas e
- Nível 4 de qualificação do QNQ;
- Ter estado inscrito no 12.º ano de um curso de ensino as 1560 horas
secundário ou de habilitação legalmente equivalente
sem o concluir;
- Diploma de ET ou de um grau ou diploma de ensino
superior e pretender uma requalificação profissional.
MODALIDADES DA INTERVENÇÃO FORMATIVA
Presencial E-learning

B-learning
Sites para consulta
• Instituto de Emprego e Profissional (IEFP) – www.iefp.pt
• NetForce - http://netforce.iefp.pt/
• Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) –
http://www.anqep.gov.pt/default.aspx
• Catálogo Nacional das Qualificações - http://www.catalogo.anqep.gov.pt/
• Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) -
www.dgert.mtss.gov.pt
• Certificação de Entidades Formadoras http://certifica.dgert.mtss.gov.pt/
• Portal da União Europeia - http://europa.eu
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Os Formandos na Formação Profissional são
ADULTOS
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Educação Vs. Formação


FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Educação Vs. Formação
Programas
Rígidos: Conteúdos constantes; Flexíveis: Conteúdos adaptáveis às
Gerais necessidades do público-alvo;
Específicos
Espaços / Equipamentos
Rígidos: Equipamentos disponíveis Flexíveis: Equipamentos adaptados
ao contexto de formação

Metodologias
Método mais expositivo; mais Diversidade de métodos,
teórico do que prático preocupação na adaptação ao
público-alvo, mais prático
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Educação Vs. Formação
Público-alvo
Geral; maior definição dos graus de Direcionado: Menor definição dos
aprendizagem; Nível etário mais graus de aprendizagem; Nível
equilibrado; Maior homogeneidade etário menos equilibrado; Menor
homogeneidade
Avaliação
Mais teórica; Mais quantitativa; Mais prática; Mais qualitativa;
Implica passagem de nível Enriquecimento de competências
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Educação Vs. Formação
Postura do Professor / Formador
Rígida; Mais distante Flexível; Mais próxima

Concetualização
Professor Formador
Aula Sessão
Aluno Formando
Dúvida Pergunta/Questão
”Eu”/”Vocês” “Nós”
O FORMADOR
O FORMADOR
Entende-se por Formador o profissional que, na realização
de uma acção de formação, estabelece uma relação
pedagógica com os formandos, favorecendo a aquisição de
conhecimentos e competências, bem como o
desenvolvimento de atitudes e formas de comportamento
adequados ao desempenho profissional.

Legislação de Enquadramento:
DR n.º 66/94 de 18 de Novembro e n.º 26/97 de 18 de Junho
O FORMADOR
O FORMADOR

O exercício da atividade de formador exige:

A. Competências Pedagógicas
B. Competências Psicossociais
C. Competências Profissionais/Técnicas
D. Posse do Certificado de Competências Pedagógicas de Formador
(CCP)
O FORMADOR

A) Competências Pedagógicas
1. Saber – Fazer, ensinando a partir de:
✓ Mecanismos e processos de aprendizagem;
✓ Métodos e técnicas pedagógicas;
✓ Objetivos pedagógicos;
✓ Comunicação interpessoal;
✓ Dinâmica de grupos;
✓ Planeamento da formação.
O FORMADOR

A) Competências Pedagógicas
2. Formar, tendo em conta outras funções:
✓ Planear/preparar a formação
✓ Desenvolver/ animar a formação
✓ Avaliar a formação
O FORMADOR

B) Competências Psicossociais
1. Saber-estar em situação profissional
✓Assiduidade / Pontualidade;
✓Apresentação Pessoal;
✓Postura Profissional;
✓Responsabilidade e autonomia;
✓Espírito de Equipa;
✓Capacidade de negociação;
✓Autodesenvolvimento pessoal e profissional
O FORMADOR

B) Competências Psicossociais
2. Possuir capacidade de relacionamento com os outros e
consigo próprio
✓Comunicação Interpessoal;
✓Empatia;
✓Liderança;
✓Estabilidade Emocional e resistência à Frustração;
✓Autoconfiança e Autocrítica;
✓ Sentido ético e profissional.
O FORMADOR

B) Competências Psicossociais
3. Ter capacidade de relacionamento com o objeto de
trabalho
✓Criatividade;
✓Flexibilidade;
✓Espírito de iniciativa e aberto à mudança;
✓Capacidade de análise e de síntese;
✓Capacidade de planificação e organização;
✓Capacidade de resolução de problemas/tomada de decisão.
O FORMADOR

C) Competências Técnicas
1. Ser capaz de compreender e integra-se no contexto técnico;
2. Ser capaz de adaptar-se a diferentes contextos;
3. Ser capaz de planificar e preparar as sessões de formação;
4. Ser capaz de conduzir/mediar o processo de formação;
5. Ser capaz de gerir a progressão na aprendizagem dos
formandos;
6. Ser capaz de avaliar a eficiência e eficácia da formação.
O FORMADOR

D) Certificado de Competências Pedagógicas de


Formador
✓ Emissão:
- pela via da formação (cursos de formação pedagógica de
formadores presencial ou b-learning)
- pela via da experiência profissional
✓ Emitido pelo IEFP
✓ Vitalício
O FORMADOR
Direitos do formador:
a) Os definidos no contrato de Prestação de serviços;
b) Apresentar propostas com vista à melhoria das atividades formativas,
nomeadamente através da participação no processo de
desenvolvimento e nos critérios de avaliação da ação de formação, de
acordo com o plano geral institucionalmente definido
c) Obter documento comprovativo, emitido pela entidade formadora, da
sua atividade enquanto formador em ações por ela desenvolvidas
O FORMADOR
Direitos do formador:
d) Ser Integrado na sua Bolsa de Formadores
e) Ser remunerado de acordo com a função que desempenha nos termos
definidos no contrato de prestação de serviços celebrado
f) Ter acesso a apoio técnico, material ou documental, dentro das
possibilidades da entidade formadora, necessários ao cumprimento dos
objetivos fixados nos programas de formação.
g) Proceder a reclamações e Sugestões de Melhoria, dirigidas ao Diretor
Geral da Formação, que depois de a apreciar, procederá seu adequado
encaminhamento.
O FORMADOR
Deveres do formador:
a) Procurar atingir os objetivos da ação, tendo em consideração os
destinatários;
b) Cooperar com as entidades beneficiárias e promotoras, bem como com
outros intervenientes no processo formativo, no sentido de assegurar a
eficácia da ação de formação;
c) Preparar, de forma adequada e prévia, cada ação de formação,
prevendo diferentes hipóteses do seu desenvolvimento, a
documentação pedagógica, os métodos e meios utilizados,
bem como os momentos de avaliação;
O FORMADOR
Deveres do formador:
d) Assumir padrões de comportamento que favoreçam a criação de um
clima de confiança e compreensão mútua entre os intervenientes no
processo formativo;
e) Assegurar a reserva sobre dados e acontecimentos relacionados com o
processo de formação e seus intervenientes;
f) Zelar pelos meios materiais e técnicos postos à sua disposição;
g) Ser assíduo e pontual;
h) Cumprir a legislação e os regulamentos aplicáveis à formação
O FORMADOR

Algumas (des) ilusões com que formadores se


deparam
1. Quanto mais eu falar mais eles aprendem.

2. Se é fácil para mim, também o é para eles.

3. Não é possível alguém não gostar desta matéria.

4. Isto está a correr bem, estão todos atentos!

5. Consegui dar todo o programa.

6. Se eles não aprendem a culpa… É deles!


O FORMADOR

Algumas (des) ilusões com que formadores se


deparam

7. Fui tão claro que ninguém me colocou questões!

8. Irão ler toda a documentação que lhes distribuí…

9. Já não estão em idade de aprender isto.


APRENDIZAGEM

Segundo Monteiro & Santos (1995) a Aprendizagem pode


ser definida como:
"uma mudança relativamente estável e duradoura do
comportamento e do conhecimento. Esta mudança do
comportamento relaciona-se com as experiências e
exercícios, podendo ocorrer de forma consciente ou
inconsciente, num processo individual ou interpessoal".
Teorias da Aprendizagem
Grandes conceções de aprendizagem

• Teorias Comportamentais
• Condicionamento Clássico
• Condicionamento Operante
• Aprendizagem Social

• Teorias Cognitivas
• Teorias Humanistas
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
TEORIA Comportamentalistas/Behavoristas
Condicionamento clássico

Pavlov - Há um estímulo que à partida não tem


relação com a resposta. “Campainha” não tem
relação com “salivar”.
Por outro lado, existe um estímulo (carne) que
provoca uma reação fisiológica (salivar).

Aprendizagem como um processo de desenvolvimento de reflexos


condicionados que se obteriam substituindo os estímulos não
condicionados por estímulos condicionados.
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
TEORIA Comportamentalistas/Behavoristas
Condicionamento clássico

Implicações para a formação:


✓ O comportamento é em função do estímulo

✓ No ensino/aprendizagem fornecimento de estímulos


adequados: o formador teria de os fornecer

✓ A aprendizagem depende apenas dos estímulos


TEORIAS DA APRENDIZAGEM
TEORIA Comportamentalistas/Behavoristas
Condicionamento operante

Skinner – O estabelecimento de um certo tipo de


comportamento ocorre em função de um
estímulo dado. Se existe reforço o
comportamento é mantido. Se não existe (ou
existe punição) tende a desaparecer.
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
TEORIA Comportamentalistas/Behavoristas
Condicionamento operante

Implicações para a formação:


✓ O formador faz surgir o comportamento ótimo usando os
estímulos e reforços apropriados

✓ Diminui o papel do indivíduo enquanto construtor da própria


aprendizagem

✓ O reforço nem sempre funciona devido aos

diferentes significados e consequências para cada um


TEORIAS DA APRENDIZAGEM
TEORIA Comportamentalistas/Behavoristas
Aprendizagem social

Bandura - A Aprendizagem ocorre a partir de


exemplos sociais observados, sendo que o seu
comportamento tem uma função informadora
para o sujeito que observa.

Ao ser exposto às atividades de modelos significativos e ao


apreender as consequências que eles obtêm para os seus atos,
o indivíduo desenvolve representações simbólicas das
atividades modeladas que irão guiar o seu comportamento
futuro em situações semelhantes ou em contextos cujas regras
sejam as mesmas.
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
TEORIA Comportamentalistas/Behavoristas
Aprendizagem social

Implicações para a formação:


✓ A aprendizagem pode ocorrer em situações sociais, mas
nem todas as aprendizagens

✓ Muitos comportamentos podem ser facilmente ensinados


por exposição ao modelo

✓ Os indivíduos intervêm no processo da aprendizagem


TEORIAS DA APRENDIZAGEM
TEORIA Cognitiva
Kurt Lewin - A aprendizagem não será significativa se for
meramente imposta do exterior, sem que haja descoberta do
significado, descoberta que deverá ser o reflexo de uma mudança
interior, cognitiva, baseada na experiência do sujeito, nas suas
expectativas e na sua interação com o meio.

Processo
Aprendizagem sistemático e Articulação
activo

Novo Conhecimento
conhecimento adquirido
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
TEORIA Cognitiva

Implicações para a formação:


✓ Identificam as várias estruturas e processos subjacentes
ao ato de aprender

✓ Enfatizam o papel das características de cada indivíduo e a


sua experiência anterior

✓ A aprendizagem é uma atribuição de significados e é


intencional
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
TEORIA Humanista

A preocupação do formador deve centrar-se na aprendizagem do


formando numa perspetiva de desenvolvimento da pessoa
humana.
A aprendizagem do formando deve estar centrada nas suas
necessidades, na sua vontade, nos seus sentimentos.
Torna-se importante aproveitar e articular as capacidades
individuais de cada formando, promover o trabalho conjunto e a
cooperação visando a evolução efetiva do grupo de formação
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
TEORIA Humanista

Implicações para a formação:


✓ A aprendizagem é perspetivada como um processo
individualizado

✓ Considera a compreensão do contexto da aprendizagem e


da relação pedagógica como fatores decisivos para a
eficácia da formação

✓ Enfatiza a importância do grupo


TEORIAS DA APRENDIZAGEM

Comportamentalismo – Formador-cêntrica

Cognitivismo – Formando-cêntrica

Humanismo – Interação Formador/Formando


ANDRAGOGIA

Os adultos constituem uma população com


características diferentes das crianças e dos jovens o que
levou ao desenvolvimento da ANDRAGOGIA, bem como
à constituição de um sistema de ensino diferente do da
escola-tradicional
ANDRAGOGIA

Princípios da Andragogia:

• O adulto aprende desde que esteja ativo e motivado;


• Os métodos = aprender fazendo;
• O adulto possui uma experiência de vida rica;
• O adulto precisa de saber os motivos da aprendizagem e não
aprender por aprender;
ANDRAGOGIA
Princípios da Andragogia:

• O adulto é autónomo, independente, pelo que tem o poder


de aderir ou não à formação;
• Ter em conta as características individuais de cada adulto e as
suas diferentes histórias de vida;
• O ambiente de uma formação de adultos deve ser de sucesso
pois, normalmente, possuem uma menor
resistência ao fracasso.
ANDRAGOGIA
O formador na formação de adultos:
✓ Apresenta-se como o elemento facilitador da aprendizagem;
✓ Promove o saber (ensina a aprender);
✓ Cria responsabilidade;
✓ Utiliza técnicas de grupo;
✓ Propõe objetivos e planifica em função do grupo;
✓ Preocupa-se com o processo de aprendizagem;
✓ Cria estímulos, transmite reforços positivos, favorece
a relação pedagógica.
Qual o seu estilo de aprendizagem?
PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Caraterísticas do processo de
Aprendizagem

Global Pessoal

Dinâmico Gradativo

Contínuo Cumulativo
eficácia exige interacção entre os
diferentes tipos de saberes:
conhecimentos, capacidades e atitudes.

85
O formando só aprende se participar
activamente no processo, quer na
execução quer internamente
(actividade mental, física, afectiva e
emocional).

86
A aprendizagem
acompanha o
indivíduo toda a
vida,

dando resposta
assim às suas
necessidades
físicas, biológicas,
psicológicas e
sociais.
Joana Tavares CFPIF 87
... Pessoal

A aprendizagem depende essencialmente de quem


aprende. O formador deverá ter presente a individualidade
de cada um dos formandos, as suas diferentes motivações.

Joana Tavares CFPIF 88


A aprendizagem é um processo
que se realiza através de
operações cada vez mais
complexas

A experiência actual se associa às


experiências anteriores na aquisição
de novos conhecimentos, de novos
comportamentos.

Joana Tavares CFPIF 89


RECORDAMOS…

10 % 20 % 30 %
DO QUE DO QUE DO QUE
LEMOS OUVIMOSa VEMOS

90 %
50 % 80%
DO QUE
DO QUE DO QUE
DIZEMOS E
VEMOS E DIZEMOS
FAZEMOS
OUVIMOS
FACILITADORES DA APRENDIZAGEM

A Amélia

91
FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
Motivação
✓ A motivação é uma razão para agir

▪ Curiosidade
▪Autonomia/Iniciativa
▪ Competição
▪ Convívio
▪ Assertividade
▪ Perceção das finalidades
▪ Definição clara dos objetivos
▪ Dinamismo
FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
Atividade
✓ Uma das variáveis fundamentais no sucesso da formação-
Criação de situações de aprendizagem reais/vivenciais
▪ Recolher Informações
▪ Explorar situações
▪ Pesquisar
▪ Efetuar aplicações
▪ Estruturar e integrar
conhecimentos anteriores
▪ Aplicar novas formas de ação
FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
Conhecimento dos objetivos
✓ Cria um guião orientador para a sessão torna os formandos
mais conscientes do que lhes vai ser exigido
✓ Fornece pontos de referência para calcular avaliar e ajustar
os progressos
✓ Permite distinguir os elementos essenciais dos periféricos
FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
Conhecimento dos resultados
✓ Fornece aos formandos informações importantes sobre o
que aprenderam e como aprenderam melhor.
✓ Fonte de motivação e garantia de sucesso nas
aprendizagens
✓ Corrigir aprendizagens e caminhar para o alcance dos
objetivos.
FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
Reforço
✓ O formador pode fazer surgir o comportamento desejado
usando os estímulos e reforços apropriados
Reforço Verbal:
• Palavras / Expressões como Certo, Bom
trabalho, Boa intervenção;
• Utilizar a resposta do formando para o
desenvolvimento da sessão.

Reforço Não-Verbal:
• Utilização da linguagem corporal
como forma a incentivar a
participação do formando (olhar)
FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
Domínio dos Pré-requistos
✓ Capacidades ou os conhecimentos prévios, para uma
aprendizagem de sucesso

✓ Se os formandos sentirem que a formação está além das


suas capacidades e conhecimentos, que lhes faltam “bases”,
não serão capazes de aprender convenientemente
FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
Estruturação e Progressividade
✓ Ordenar sequencialmente o tema a abordar

A aprendizagem deve ser de forma


estruturada e numa sequência crescente
relativamente a:
✓ Dificuldade
✓ Quantidade
✓ Estruturação Lógica
✓ Atividade
✓ Expectativa
FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
Redundância
✓ Repetição de um conceito ou de um comportamento
✓ Facilita a sua memorização e reprodução
✓ Deve ser realizada de diferentes modos adequando ao
público
✓ Aprendizagens psicomotoras, de reprodução ou de
aplicação
100
PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
A PNL estuda como o cérebro e a mente funcionam, como
criamos os nossos pensamentos, sentimentos, estados
emocionais e comportamentos e como podemos
direcionar e otimizar este processo.

Estuda como o ser humano funciona e como ele pode


escolher a maneira como quer funcionar
PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
Cada um de nós possui um "mapa" ou modelo do mundo e um
conjunto de pressuposições a partir das quais comunicamos.
Essas pressuposições pessoais são comunicadas pelo nosso
comportamento.

É através dos sentidos que estabelecemos o contacto com o


mundo exterior e que captamos a informação. A visão, a
audição, o paladar, o olfato e o tato constituem
verdadeiras pontes para a perceção da realidade.
PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)

O movimento que fazemos com os olhos tem uma relação


estreita com a nossa maneira de pensar. Eles são indicadores,
não do conteúdo do pensamento, mas dos processos que
estão na base do pensamento.
PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
“O que dizem os seus olhos?”
PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)

Detalhes
fisiológicos do
movimento dos
olhos que nos
permitem
conhecer os
processos de
pensamento
dos nossos
interlocutores:

Nota: do ponto de vista do observador


EMPREENDEDORISMO E CRIATIVIDADE NA FORMAÇÃO

Em formação, buscam-se profissionais que desenvolvam novas


habilidades e competências, com coragem de arriscar e aceitar
novos valores, descobrindo e transpondo os seus limites.

O formador empreendedor é aquele que promove a reflexão e


desenvolve o senso crítico do formando, é capaz de liderar e
mobilizar as pessoas.
EMPREENDEDORISMO E CRIATIVIDADE NA FORMAÇÃO
O FORMADOR EMPREENDEDOR:

✓ É determinado e focado no objetivo


✓ Ultrapassa os obstáculos
✓ Aceita riscos calculados
✓ É otimista e corajoso
✓ É realista e responsável
✓ Utiliza os erros e falhanços enquanto ferramentas de
aprendizagem
✓ Age, não planeia apenas
EMPREENDEDORISMO E CRIATIVIDADE NA FORMAÇÃO
Criatividade (q.b.) de forma a que a aprendizagem surja como atrativa.
Ficam algumas sugestões:
1. Uma história para começar ou uma imagem visual interessante;
2. Um problema para iniciar;
3. Uma pergunta prévia;
4. Títulos;
5. Exemplos e analogias;
6. Apoio Visual;
7. Desafios momentâneos;
8. Atividades ilustrativas.
EMPREENDEDORISMO E CRIATIVIDADE NA FORMAÇÃO

“Ponha o espírito criativo e


empreendedor à prova”
EMPREENDEDORISMO E CRIATIVIDADE NA FORMAÇÃO

Vendam de uma ação de formação à vossa escolha.

Tenham em conta os seguintes pontos:

✓ Escolher uma ação de formação a vender;


✓ Criar uma brochura/panfleto de divulgação;
✓ Pensar numa estratégia de venda e publicitação do produto;

✓ Apresentação do produto/brochura.
Ninguém é tão ignorante que não tenha

algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que

não tenha algo a aprender.

Blaise Pascal

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