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sobre o tema
Contabilidade de Custos
para tomada de decisão
Prof. Afonso H. B Azzola
Prof. Afonso Azzola
• Bacharel em Ciências Contábeis pela UNIUBE;
• MBA em Finanças e Estratégias empresariais pela UFU;
• MBA em Coaching e Liderança Empresarial pela UNIUBE;
• Mestrando em Gestão Empresarial pela FAGEN-UFU;
• Sócio e Consultor na Prospera Consultoria;
• Instrutor CRCMG

afonsoazzola
Orientações
Anote as suas dúvidas no chat.
01 Elas serão respondidas ao final de cada capítulo.

02 Teremos um intervalo no decorrer do curso.

03 Aproveitem o conteúdo e vamos começar!


Conceitos e Definições
Vamos conhecer um pouco sobre o conteúdo deste curso.
O que é a contabilidade de custos?

A contabilidade de custos é um ramo da contabilidade que produz


informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade; auxilia
as funções de determinação de desempenho, de planejamento e
controle das operações e de tomada de decisão.

Este ramo da contabilidade classifica, coleta e registra dados


operacionais, denominados dados internos, e, em alguns casos, coleta e
organiza dados externos da organização (Leone, 2000)
Como surgiu a contabilidade de custos?

Foi demandada pela Revolução Industrial, com o surgimento da indústria, máquinas e o aumento
da produção no século XVIII.

A tarefa de avaliar os estoques de produtos se mostrou


complicada, então o contador da época passou a se
preocupar com elementos de custos como o preço de
aquisição, e não somente, a verificação do montante
pago pela compra do produto para avaliar seu estoque,
ou seja, o objetivo daquela época não era tornar a
contabilidade de custos um instrumento gerencial
(NETO, 2011).
Como surgiu a contabilidade de custos?

De acordo com Crepaldi (2009, p. 3),


“surgiu da contabilidade geral,
justamente pela necessidade de se ter
um controle maior sobre os valores a
serem atribuídos aos estoques de
produtos na indústria e, também, pela
necessidade de tomar decisões quanto
ao que, como e quando produzir”
Qual a sua relevância?

Entre as finalidades mais relevantes da contabilidade de custos, tem-se:


1. a avaliação dos estoques;
2. o auxílio na determinação dos preços;
3. o controle e a avaliação de desempenho de produtos/serviços ou unidades de
negócios.

Neste sentido, estas informações produzidas ensejam para os


instrumentos gerenciais de planejamento e controle de uma
organização (Lima, 2014).

Com o forte aumento da concorrência entre empresas, em virtude da globalização e


das recentes crises, as empresas foram obrigadas a dar mais atenção para a gestão
dos custos como ferramenta de gestão estratégica de custos (Silva & Lins, 2014).
Qual a sua opinião sobre isso?
Terminologias mais utilizadas

Custos

Despesas

Investimento

Gastos

Desembolso

Perdas
Tipos de custos: Custo Direto

• Abrange os gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação


ligados diretamente na fabricação dos produtos, são facilmente identificados e
não necessita de critérios de rateios como matéria-prima, embalagem e mão de
obra direta, etc.

Materiais

Custo
direto
Gastos
Mão de
gerais p/
obra
fabricação
Tipos de custos: Custo Indireto

• Abrange os gastos como materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação


ligados indiretamente na fabricação dos produtos, ou seja, são gastos que
necessitam de critérios de rateios para aloca-los pois beneficiam a fabricação de
diversos produtos ao mesmo tempo, não sendo possível identificar o consumo
referente cada produto fabricado, são exemplos aluguel da fábrica, energia
elétrica, salários e encargos dos chefes de seção e dos supervisores.

10% para administrativo


Aluguel

20% para o estoque

70% para a fábrica


Tipos de custos: Custo Fixo

• Permanecem inalterados independentemente da quantidade produzida, sendo


necessários ao desenvolvimento do processo industrial em geral, se repetindo
todos os meses do ano, sofrendo apenas reajustes periódicos de cláusulas
contratuais, mas são definidos como fixos por serem classificados em relação ao
volume da produção. Exemplos; aluguel da fábrica, energia elétrica utilizada na
iluminação da fábrica, salários e encargos dos colaboradores que trabalham na
manutenção e limpeza da fábrica, seguro do imóvel, etc.

Exemplo:
Valor do aluguel = R$ 10 mil
Se produz duas peças = R$ 5.000,00/ cada
Se produz cinco peças = R$ 2.000,00/ cada 1/5 1/5
1/2 1/2 1/5 1/5
1/5
Tipos de custos: Custo Variável

• são aqueles que variam de acordo com o volume produzido, também


denominados custos diretos. Um exemplo é a matéria-prima, quanto maior for a
quantidade fabricada, maior será seu consumo e consequentemente, maior o
seu custo.

Exemplo:
Matéria prima = R$ 1,00
Se produz uma peça = R$ 1,00/ cada
Se produz cinco peças = R$ 1,00/ cada x 5, R$ 5,00

5
1
Tipos de custos: Custo Semifixo

• São aqueles que são fixos até determinado nível de produção. A partir desse
ponto o aumento da produção gera aumento nestes custos. Exemplo: Um
supervisor consegue supervisionar 10 funcionários, acima de 10 funcionários é
necessária a contratação de um novo supervisor gerando aumento de custos.
Tipos de custos: Custo Semifixo
Tipos de custos: Custo Semivariável

• São aqueles que possuem uma parte fixa e outra variável. A energia elétrica da
fábrica é um exemplo, uma pequena parcela será gasta independente da
produção e a outra parte será gasta na produção.
Despesas

• Segundo Martins (2010), despesa pode ser entendida como um bem ou serviço
que é consumido, seja de maneira direta ou indireta, com o intuito de obter
receitas. Trata-se, assim, do valor desembolsado para a aquisição de bens e
serviços que se relacionam à manutenção da atividade da empresa e às
atividades relacionadas à obtenção de receitas por meio da venda da produção.

• Podem se classificar em:


– Despesas administrativas;
– Despesas comerciais;
– Despesas financeiras.
Investimentos

• São gastos com bens e serviços em função de um benefício futuro. Considera-se


investimentos sacrifícios devido aquisição de bens que incluem os ativos da
empresa para baixa ou amortização de sua venda, consumo, desaparecimento
ou desvalorização.

• São classificados em:


a) Circulantes, estoque de matéria-prima e produtos para revenda.
b) Permanentes, aquisição de máquinas, equipamentos e instalações.
Gastos

• Aquisição de um bem ou serviço havendo o reconhecimento contábil da dívida


ou da redução do ativo dado em pagamento. Além disso, representa tanto um
custo como uma despesa. São exemplos; gasto com mão de obra, gasto com
aquisição de mercadoria para revenda, gasto com aquisição de matéria-prima,
gasto com energia elétrica, aluguel, comissão sobre venda.
Desembolso

• Representa a saída financeira da empresa seja ela à vista ou a prazo, e pode


ocorrer antes, durante ou após a entrada do bem ou serviço comprado.
Pagamento de uma fatura é um exemplo de desembolso, porém, na compra a
prazo, o gasto ocorre de imediato, já o desembolso ocorrerá somente no
pagamento.
Perdas

• Gastos não intencionais decorrentes de fatores externos como incêndio,


obsoletismo de estoques, enchente, furto, restos de matérias que são
descartados na fabricação do produto, considerados como perda inevitável.
Quadro resumo
Momento
Tira-dúvidas
Estudo de caso sobre
Formação do preço de
venda
Formação de preços
A correta formação do preço de venda é uma questão fundamental para a
sobrevivência e o crescimento das empresas, independentemente do porte e da
área de atuação. Com uma política eficiente de preços, as empresas podem
atingir seus objetivos de lucro, crescimento em longo prazo, qualificação no
atendimento dos clientes, dentre outras melhorias (Cunha & Fernandes, 2007).

Bortoluzzi et al (2020) nos traz um estudo de caso relacionado a uma padaria.


Método de custeio utilizado
Para apuração do custo total de produção, aplicou-se o método de custeio por absorção:
alocação de custos diretos e indiretos, para cada produto, a fim de encontrar o valor unitário
por quilo em cada um dos produtos analisados e, posteriormente, formular o preço de venda.
Imobilizado setor vendas/administrativo

A depreciação foi calculada por meio do método linear, de acordo com as taxas
de depreciação, previstas pela Receita Federal do Brasil, de 20% ao ano para os
equipamentos e veículo, e taxa de 10% ao ano para os móveis e utensílios, e 4%
ao ano para o prédio.
Imobilizado setor de produção

Utilizou-se a taxa de depreciação de 10% ao ano para os utensílios e


equipamentos e de 4% ao ano para o prédio.
Custos indiretos setor de produção

Recomenda-se utilizar um critério de rateio diferente para determinadas


categorias, por exemplo: quantidade de pessoas para ratear o seguro do prédio e
IPTU, o faturamento para contador, dedetização e manutenção.
Custos com matéria-prima: Pão francês

Foram descritos acima os ingredientes utilizados no processo de produção


Do produto bem como sua unidade de medida e o custo de aquisição, além do
material secundário utilizado no momento do cozimento de cada produto,
apresentando a quantidade mensal e por porção de cada ingrediente.
Custos com salários e encargos

O custo total do salário do funcionário que trabalha no setor de produção é de R$


2.539,54, considerando o salário bruto e os encargos. O outro custo é o pró-labore
do proprietário com incidência de INSS, pois é o proprietário quem faz as vendas.
Formação do preço de venda

Nesta formação de preço foram utilizados


apenas os impostos, o custo unitário e a
margem de lucro desejada, mas outros fatores
podem e irão interferir na precificação:

a) Taxa de cartão de crédito e débito;


b) Perda de matéria prima e de produto
acabado;
c) Comissão sobre vendas;
d) Custo com entregas.
Demonstração do Resultado do Exercício

A tabela ao lado mostra um exemplo


de DRE para apresentação gerencial,
nesta estão dispostos os principais
produtos, recomenda-se no máximo 5
produtos e o restante agrupado em
outros produtos.
Acréscimo ao conteúdo: Marca

Devemos pensar no valor


da marca baseado em
uma estimativa de valor
de ganhos hoje ou no
futuro ou no fluxo de
caixa que se espera ser
gerado pela marca.

Para isso, é preciso


pensar nos ganhos reais
que podem ser atribuídos
à marca, no presente, no
passado e no futuro.
Momento
Tira-dúvidas
Margem de contribuição
e ponto de equilíbrio
Margem de contribuição

Marques (2013, p. 63), define a margem de contribuição (MC), como “a parcela do preço de
venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis e que contribui para a absorção dos
custos fixos e, ainda para formar o lucro”.

PV = Preço de venda
CV = Custo variável
DV = Despesa variável
Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio em possui três ramificações:


➢ Ponto de equilíbrio contábil (PEC): é o ponto de igualdade entre receita total e custo total, pois
são levados em conta todos os custos e despesas articulados ao funcionamento da empresa.
Quando há volume financeiro suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas, nesse
ponto não terá lucro nem prejuízo.
Ponto de equilíbrio

➢ Ponto de equilíbrio econômico (PEE): confronta outras opções de investimento ao mostrar a


rentabilidade real que a empresa traz. O PEE ocorre quando se tem a existência de lucro na
empresa, assim, busca comparar a taxa de atratividade que o mercado financeiro proporciona
ao capital que foi investido através da demonstração do lucro.
Ponto de equilíbrio

➢ Ponto de equilíbrio financeiro (PEF): Considerando que os resultados contábeis e econômicos


não são iguais aos financeiros, os custos considerados no PEF são apenas os custos
desembolsados que podem endividar a empresa. Desta forma, ele é representado pelo volume
de vendas necessárias para que a empresa possa cumprir com suas responsabilidades
financeiras.
Ponto de equilíbrio
Custeio variável
Vendas brutas
(-) Impostos, devoluções, abatimentos O custeio variável surgiu em razão
(=) Vendas líquidas
do gestor solicitar informações
(-) Custos variáveis
(-) Despesas variáveis
mais pertinentes ao processo
(=) Margem de contribuição gerencial.
(-) Custos fixos
(-) Despesas fixas Nele os custos são classificados em
(=) Resultado operacional fixos e variáveis, mas somente os
(+/-) Resultado financeiro custos variáveis são alocados aos
(+/-) Perdas e ganhos não operacionais
produtos, e os custos fixos são
(=) Lucro antes do imposto de renda e contribuição social
(-) Imposto de renda e contribuição social relacionados como despesas do
(=) Lucro líquido período.
Custeio variável
Vendas brutas
(-) Impostos, devoluções, abatimentos
(=) Vendas líquidas
(-) Custos variáveis Produto A
(-) Despesas variáveis Produto B
(=) Margem de contribuição
(-) Custos fixos A margem de contribuição
(-) Despesas fixas dos dois deve pagar os
(=) Resultado operacional custos de despesas fixas.
(+/-) Resultado financeiro
(+/-) Perdas e ganhos não operacionais
(=) Lucro antes do imposto de renda e contribuição social
Onde entra o rateio nessa
(-) Imposto de renda e contribuição social
história?
(=) Lucro líquido
Uso da margem de contribuição

Valor por unidade Produto A Produto B


Baixar a margem para ganhar no giro ? Valor de venda R$ 50,00 R$ 80,00
Impostos s/ venda (17,53%) R$ 8,77 R$ 14,02
Comissão s/ venda (5%) R$ 2,50 R$ 4,00
CMV R$ 28,00 R$ 50,00
Frete s/ venda (8%) R$ 4,00 R$ 6,40
Aumentar a margem prejudica as vendas ? Margem de contribuição R$ 6,74 R$ 5,58
% Margem de contribuição 13,47% 6,97%

Qual o mínimo de margem a empresa tem


que ter?
Uso da margem de contribuição
O aumento de preços pode reduzir a quantidade vendida se
Valor por unidade Produto A Produto B forem produtos que tenham facilidade de serem substituídos
Valor de venda R$ 50,00 R$ 80,00 ou se os preços ficarem muito altos o consumidor repensa a
Impostos s/ venda (17,53%) R$ 8,77 R$ 14,02 marca. É sempre importante olhar o mercado, mas sempre
Comissão s/ venda (5%) R$ 2,50 R$ 4,00 tomar cuidado com preços muito baixos.
CMV R$ 28,00 R$ 50,00
Frete s/ venda (8%) R$ 4,00 R$ 6,40
Margem de contribuição R$ 6,74 R$ 5,58
% Margem de contribuição 13,47% 6,97%

Quantidade de vendas mês 980 1200

Faturamento mensal R$ 49.000,00 R$ 96.000,00


Margem de contribuição R$ 6.600,30 R$ 6.691,20

Custos e Despesas Fixas R$ 15.000,00

Resultado operacional -R$ 1.708,50


Uso da margem de contribuição

Os impostos também afetam a margem, se a empresa


Valor por unidade Produto A Produto B conseguir algum benefício fiscal ou mudar o regime de
Valor de venda R$ 50,00 R$ 80,00 tributação poderá ter benefícios diretos. O oposto também é
Impostos s/ venda (17,53%) R$ 8,77 R$ 14,02
verdadeiro.
Comissão s/ venda (5%) R$ 2,50 R$ 4,00
CMV R$ 28,00 R$ 50,00
Frete s/ venda (8%) R$ 4,00 R$ 6,40
Margem de contribuição R$ 6,74 R$ 5,58
% Margem de contribuição 13,47% 6,97%

Quantidade de vendas mês 980 1200

Faturamento mensal R$ 49.000,00 R$ 96.000,00


Margem de contribuição R$ 6.600,30 R$ 6.691,20

Custos e Despesas Fixas R$ 15.000,00

Resultado operacional -R$ 1.708,50


Uso da margem de contribuição
Outo fator que pode impactar a margem é ter uma política de
Valor por unidade Produto A Produto B comissão de acordo com o tipo de produto. Alguns produtos
Valor de venda R$ 50,00 R$ 80,00 aceitam margens maiores, outros não. Portanto o empresário
Impostos s/ venda (17,53%) R$ 8,77 R$ 14,02 precisa ficar atento para acertar o percentual com o time de
Comissão s/ venda (5%) R$ 2,50 R$ 4,00 vendas.
CMV R$ 28,00 R$ 50,00
Frete s/ venda (8%) R$ 4,00 R$ 6,40
Margem de contribuição R$ 6,74 R$ 5,58
% Margem de contribuição 13,47% 6,97%

Quantidade de vendas mês 980 1200

Faturamento mensal R$ 49.000,00 R$ 96.000,00


Margem de contribuição R$ 6.600,30 R$ 6.691,20

Custos e Despesas Fixas R$ 15.000,00

Resultado operacional -R$ 1.708,50


Uso da margem de contribuição

O CMV é outro fator que possui grande impacto na margem,


Valor por unidade Produto A Produto B em geral representam o maior valor dos custos, qualquer
Valor de venda R$ 50,00 R$ 80,00 oscilação neste item possui grande impacto positivo ou
Impostos s/ venda (17,53%) R$ 8,77 R$ 14,02
negativo na margem.
Comissão s/ venda (5%) R$ 2,50 R$ 4,00
CMV R$ 28,00 R$ 50,00
Frete s/ venda (8%) R$ 4,00 R$ 6,40
Margem de contribuição R$ 6,74 R$ 5,58
% Margem de contribuição 13,47% 6,97%

Quantidade de vendas mês 980 1200

Faturamento mensal R$ 49.000,00 R$ 96.000,00


Margem de contribuição R$ 6.600,30 R$ 6.691,20

Custos e Despesas Fixas R$ 15.000,00

Resultado operacional -R$ 1.708,50


Uso da margem de contribuição

Valor por unidade Produto A Produto B Assim como as demais despesas variáveis, o frete pode ser
Valor de venda R$ 50,00 R$ 80,00 outro fator de impacto direto na margem, seja esse impacto
Impostos s/ venda (17,53%) R$ 8,77 R$ 14,02 positivo ou não.
Comissão s/ venda (5%) R$ 2,50 R$ 4,00
CMV R$ 28,00 R$ 50,00
Frete s/ venda (8%) R$ 4,00 R$ 6,40
Margem de contribuição R$ 6,74 R$ 5,58
% Margem de contribuição 13,47% 6,97%

Quantidade de vendas mês 980 1200

Faturamento mensal R$ 49.000,00 R$ 96.000,00


Margem de contribuição R$ 6.600,30 R$ 6.691,20

Custos e Despesas Fixas R$ 15.000,00

Resultado operacional -R$ 1.708,50


Uso da margem de contribuição

A contribuição marginal é a margem unitária vezes a


Valor por unidade Produto A Produto B quantidade vendida e esse número somado de todos os
Valor de venda R$ 50,00 R$ 80,00 produtos vendidos é o valor que irá contribuir com o
Impostos s/ venda (17,53%) R$ 8,77 R$ 14,02
pagamento dos custos e despesas fixas.
Comissão s/ venda (5%) R$ 2,50 R$ 4,00
CMV R$ 28,00 R$ 50,00
Frete s/ venda (8%) R$ 4,00 R$ 6,40
Margem de contribuição R$ 6,74 R$ 5,58
% Margem de contribuição 13,47% 6,97%

Quantidade de vendas mês 980 1200

Faturamento mensal R$ 49.000,00 R$ 96.000,00


Margem de contribuição R$ 6.600,30 R$ 6.691,20

Custos e Despesas Fixas R$ 15.000,00

Resultado operacional -R$ 1.708,50


Uso da margem de contribuição

Prós: caso a empresa tenha capacidade ociosa e uma boa


Baixar a margem para ganhar no giro ? liquidez, essa estratégia pode funcionar bem para ganhar
mercado.

Contras: o controle financeiro e o risco de inadimplência


aumentam, pois o fluxo aumenta muito e pode causar
aumento de custo fixo, exemplo: administrativo.
Aumentar a margem prejudica as vendas ?

Aumentar a margem prejudica as vendas ?


Uso da margem de contribuição

Baixar a margem para ganhar no giro ? Dependendo do produto sim, as vendas poderão cair. Essa
queda estará relacionada a vários fatores: Número de
concorrentes e produtos similares, desempenho do time de
vendas, forma de pagamento, logística, atendimento ao cliente
e visão de marca.

Aumentar a margem prejudica as vendas ?

Aumentar a margem prejudica as vendas ?


Uso da margem de contribuição

Essa pergunta é feita por muitos empresários e pode ser


Baixar a margem para ganhar no giro ? analisada da seguinte maneira: É melhor ter R$ 0,01 de
margem em um produto ou perder a venda?

Se a empresa já atingiu seu ponto de equilíbrio no mês ela


pode fazer algumas promoções para queimar estoque, mas
Aumentar a margem prejudica as vendas ? por outro lado, pode aumentar a margem para ganhar mais
dinheiro.

Tudo isso dependerá do capital de giro disponível e da sua


necessidade de recursos no curto prazo.

Qual o mínimo de margem a empresa tem


que ter?
Momento
Tira-dúvidas
Principais indicadores
para tomada de decisão
Excesso de dados e informações

Demonstrar aqui um problema que os gestores tem de ter muitos dados


e pouca informação ou compreensão.
Análise Horizontal e Vertical
Análise Horizontal

Valor por unidade Produto A - Maio Produto A - Junho Variação


Valor de venda R$ 50,00 R$ 51,00 2,00%
Impostos s/ venda (17,53%) R$ 8,77 R$ 8,94 2,00%
Comissão s/ venda (5%) R$ 2,50 R$ 2,55 2,00%
CMV R$ 28,00 R$ 30,00 7,14%
Frete s/ venda (8%) R$ 4,00 R$ 4,08 2,00%
Margem de contribuição R$ 6,74 R$ 5,43 -19,38%
% Margem de contribuição 13,47% 10,65%

Compara um período com o outro e demonstra a variação ao longo do tempo.

O gestor pode analisar o que aumentou ou diminuiu ao longo do tempo para explicar os impactos na
margem. Isso permitirá que ele saiba a raiz do problema.
Análise Horizontal e Vertical
Valor por unidade Produto A - Maio Variação
Valor de venda R$ 50,00 100,00%
Impostos s/ venda (17,53%) R$ 8,77 17,53%
Comissão s/ venda (5%) R$ 2,50 5,00% Análise Vertical
CMV R$ 28,00 56,00%
Frete s/ venda (8%) R$ 4,00 8,00%
Margem de contribuição R$ 6,74 13,47%
% Margem de contribuição 13,47%

Compara os custos e despesas com o valor de venda.

Demonstra o peso que cada item que compõem os custos e despesas representa na venda e auxilia o gestor
a saber onde focar esforços, pois não adianta começar a análise por itens de pouca relevância.
Custos e Despesas fixas

Forma de apresentar os relatórios: Ordem alfabética ou por valores?

4. Custos e Despesas fixas -R$ 186.348,33 4. Custos e Despesas fixas -R$ 186.348,33
ALUGUEL -R$ 62.415,20 13º SALÁRIO -R$ 15.211,12
DEDETIZAÇÃO -R$ 46.218,38 ÁGUA E ESGOTO -R$ 22.417,48
ÁGUA E ESGOTO -R$ 22.417,48 ALUGUEL -R$ 62.415,20
13º SALÁRIO -R$ 15.211,12 ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS -R$ 8.141,21
ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS -R$ 8.141,21 ANUIDADE DE CARTÃO -R$ 4.073,20
ENERGIA ELÉTRICA -R$ 7.980,32 BRINDES PARA FUNCIONÁRIOS -R$ 5.805,75
COMBUSTÍVEIS -R$ 6.975,22 CERTIFICADOS -R$ 2.967,75
BRINDES PARA FUNCIONÁRIOS -R$ 5.805,75 COMBUSTÍVEIS -R$ 6.975,22
CORREIOS E ENTREGAS -R$ 4.085,70 CONVENIO MEDICO/ ODONTOLOGICO -R$ 57,00
ANUIDADE DE CARTÃO -R$ 4.073,20 CORREIOS E ENTREGAS -R$ 4.085,70
CERTIFICADOS -R$ 2.967,75 DEDETIZAÇÃO -R$ 46.218,38
CONVENIO MEDICO/ ODONTOLOGICO -R$ 57,00 ENERGIA ELÉTRICA -R$ 7.980,32
Custos e Despesas fixas

4. Custos e Despesas fixas -R$ 186.348,33 Sempre que for apresentar ao gestor, ordene
ALUGUEL -R$ 62.415,20 do maior para o menor, assim facilita a
DEDETIZAÇÃO -R$ 46.218,38 visualização dos gastos.
ÁGUA E ESGOTO -R$ 22.417,48
13º SALÁRIO -R$ 15.211,12 A ordem alfabética é um critério de
ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS -R$ 8.141,21 organização pouco relevante nesse caso.
ENERGIA ELÉTRICA -R$ 7.980,32
COMBUSTÍVEIS -R$ 6.975,22
BRINDES PARA FUNCIONÁRIOS -R$ 5.805,75
CORREIOS E ENTREGAS -R$ 4.085,70
ANUIDADE DE CARTÃO -R$ 4.073,20
CERTIFICADOS -R$ 2.967,75
CONVENIO MEDICO/ ODONTOLOGICO -R$ 57,00
Gráficos de evolução

Inclua uma média do período para ter uma base de comparação.


Gráficos de evolução

Compare o crescimento anual com a inflação para saber o crescimento real da empresa.
Gráficos de evolução

Gráfico de custos variáveis devem ser mostrados em percentual sobre vendas. É pouco relevante apresentar
em valores, pois eles irão oscilar em relação as vendas.
Gráficos de evolução

Custos e Despesas fixas precisam ser monitorados com frequência. O uso da média também ajuda a
identificar problemas e tendência.
Gráficos de evolução

Lucro demonstrado em valores monetários representa: Lucro por unidade vendida x Giro do produto, então
temos duas variáveis agindo, a eficiência de custos e o mercado. Alto giro pode esconder problemas de
eficiência operacional e má precificação.
Gráficos de evolução

Lucro em percentual representa a eficiência na gestão da empresa, quanto maior o percentual, melhor para
a organização.
Gráficos de evolução

Correlacione as vendas com o lucro para identificar se o crescimento das vendas está refletindo em lucros
maiores.
Qual a sua opinião sobre isso?
Contato
afonso.azzola@live.com
afonsoazzola

(34) 9.9188-4455
Bibliografia
• BORTOLUZZI, Citania Aparecida Pilatti et al. Contabilidade de custos e formação do preço de venda: um estudo de
caso em uma padaria. ABCustos, v. 15, n. 1, p. 176-206, 2020.
• CREPALDI, Silvio aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 4. Ed. São Paulo, Atlas, 2009.
• CUNHA, M. C. F., & Fernandes, M. S. A. (2007). A utilização da contabilidade de custos na formação do preço de
venda. Anais do X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA. UFPB – PRG. Recuperado em 04 março, 2017,
de: <http://www.classecontabil.com.br/artigos/a-utilizacao-da-contabilidade-de-custos-na-formacao-do-preco-de-
venda>.
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