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GESTÃO

EFICIENTE DE
CUSTOS
GESTÃO EFICIENTE DE
CUSTOS
Neste curso prático de gestão de custos, você aprenderá métodos
eficientes para o gerenciamento correto de custos.

Você aprenderá:
• Investimentos .................................................. 6

• Cuidados entre custos e despesas ................ 10


• Classificação por decisões especiais ............ 21
• Custeio variável (direto) .................................. 25
• Formação de preços ....................................... 42

Assista este conteúdo com o instrutor Tiago de


Vasconcelos, Doutor em Administração pelo
Mackenzie, Mestre em Contabilidade e Controladoria
pelo Mackenzie. Aponte a câmera para o código QR
ou acesse: www.cefis.com.br
Gestão eficiente de
custos
• Contabilidades: gerencial ,
financeira e de custos
• A Contabilidade nasceu gerencial. No início o principal usuário
da informação era o dono do negócio, da terra, etc.
• Com o desenvolvimento das organizações e das sociedades o
papel da Contabilidade passou a agregar a função financeira.
• A Contabilidade de Custos contempla tanto o papel gerencial
quanto o papel financeiros:
Função Gerencial:
• Decisão sobre preço de produto
• Decisão sobre lançar produtos
• Avaliar o custo de atividades
• Avaliar o processo de produção

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Gestão eficiente de
custos
• Contabilidade de custos:
no segmento industrial e de
serviços
• Não há diferenças fundamentais com relação aos aspectos
conceituais e de análise de custos entre empresas do
segmento industriais e de serviços:
• Em ambos os segmentos há custos fixos e variáveis, diretos e
indiretos
• As ferramentas da contabilidade gerencial são aplicáveis tanto
às empresas de serviços quanto as industriais
• Orçamentos, custo-padrão, custeio por atividades, apuração de
margens de contribuição, análise do ponto de equilíbrio, fator
limitativo da produção de serviços etc.
• Normalmente as prestadoras de serviços não mantêm
estoques de matérias-primas ou produtos acabados, embora
possam ocorrer serviços em andamento ao final do período em
algumas áreas do setor de serviços.

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Gestão eficiente de
custos
• Principais termos usados em
custos
Gastos: Compra/aquisição de recursos. Sempre envolve
obrigações.
Desembolso: Liquidação de obrigação com utilização de recursos
financeiros.
Investimento: Compra/aquisição de Ativos que irão gerar benefício
econômico futuro.
Custo: Consumo de recursos na aquisição ou produção de
produtos/serviços
Despesa: Consumo de recursos em atividades administrativas
e/ou comerciais
Perda: Consumo de recursos de forma inesperada, imprevisível e
não recorrente

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Gestão eficiente de
custos
• Gastos
• Sacrifício financeiro realizado pela empresa para a obtenção de
um produto ou serviço qualquer, mediante a entrega ou
promessa de dinheiro (ou outro ativo).
• Conceito amplo que se realiza quando da passagem para a
propriedade da empresa de todos os bens e serviços recebidos.

• Desembolso
• pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.
• pode ocorrer antes, durante ou após a entrada daquilo que foi
comprado.

• Investimentos
• gastos “ativados” em função de sua vida útil ou de benefícios
atribuíveis a futuros períodos.
• são gastos em bens ou serviços que geram retornos para a
empresa;

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Gestão eficiente de
custos
• Investimentos
• são “estocados” nos ativos da empresa e são “baixados” a
medida que são vendidos, consumidos, desaparecem ou
desvalorizam;
Exemplos:
• a matéria prima é um gasto classificado como investimento na
forma de estoque, até ser consumida;
• uma máquina é um investimento classificado em Ativo
Permanente.

• Despesas
• bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a
obtenção de receitas.
• tem a principal de característica de representarem sacrifícios
para a obtenção de receitas. São meios para a obtenção de
receitas.
Ex.: despesas com vendas, despesas administrativas, etc.

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Gestão eficiente de
custos
• Despesas
• Contabilmente, os custos se transformam em despesas quando
da entrega/venda da mercadoria a que se referem. Na DRE, o
CPV aparece como sendo uma despesa.

• Despesas fixas vs despesas


variáveis
• As despesas podem ser classificadas como fixas ou variáveis,
porém definidas em função do volume de vendas e não do
volume de produção.
Exemplos:
• as comissões pagas aos vendedores são consideradas como
despesas variáveis, uma vez que variam de acordo com o
volume de vendas da empresa;
• o aluguel do escritório da administração é uma despesa fixa,
posto que deverá ser pago independentemente das vendas
realizadas.

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Gestão eficiente de
custos
• Custos
• gastos relativos à bens ou serviços utilizados na produção de
outros bens ou serviços.
• também é um gasto, que já pode ter sido um investimento, mas
passa que a ser reconhecido como custo no momento da sua
utilização na fabricação de um produto ou na execução de um
serviço.
• são todos os gastos utilizados na produção.
Exemplos:
• salários do pessoal da produção;
• matéria-prima utilizada no processo produtivo;
• combustíveis e energia utilizados na produção;
• aluguéis e seguros do prédio da fábrica;
• depreciação dos equipamentos da fábrica;
• gastos com a manutenção do maquinário produtivo.

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Gestão eficiente de
custos
• Perda
• Representam bens ou serviços consumidos de forma anormal.
Exemplo:
I - Um gasto não intencional decorrente de fatores externos
extraordinários – devem ser considerados como despesas e
lançados diretamente contra o resultado do período;
II - Atividade produtiva normal da empresa – devem ser
classificados como custo de produção do período.

• Cuidados entre custos e


despesas
a) Valores irrelevantes devem ser considerados como despesas
(princípios do conservadorismo e materialidade);
b) Valores relevantes que tem sua maior parte considerada como
despesa, com a característica de se repetirem a cada período,
devem ser considerados na sua íntegra (princípio do
conservadorismo);

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Gestão eficiente de
custos
• Cuidados entre custos e
despesas
c) Valores com rateio extremamente arbitrário também devem ser
considerados como despesa do período;
d) Gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos
podem ter dois tratamentos: como despesas do período em que
incorrem, ou como investimento para amortização na forma de
custo dos produtos a serem elaborados futuramente.

• Razões da contabilidade de
custos
• Determinação do lucro: empregando dados originários dos
registros convencionais contábeis, ou processando-os de
maneira diferente, tornando-os mais úteis à administração;
• Controle das operações: e demais recursos produtivos como os
estoques, com a manutenção de padrões e orçamentos,
comparações entre previsto e realizado;
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Gestão eficiente de
custos
• Razões da contabilidade de
custos
• Tomada de decisões: o que envolve produção (o que, quanto,
como e quando fabricar); formações de preços, escolha entre
fabricação própria ou terceirizada.

• Classifique os gastos
• Consumo de matéria-prima em uma indústria – Variável
• Seguro da planta industrial - Fixo
• Comissões sobre vendas - Variável
• Salários administrativos - Fixo
• Fretes de insumos produtivos - Variável
• Fretes de entregas - Variável

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Gestão eficiente de
custos
• Classificação por unidade
• Diretos: diretamente incluídos no cálculo dos produtos;
materiais diretos e mão de obra direta; perfeitamente
mensuráveis de maneira objetiva.
• Indiretos: necessitam de aproximações, rateio.
• Primários: apenas incluem a matéria prima e a mão-de-obra
direta.
• De transformação: igualmente denominados custos de
conversão ou custos de agregação. Consistem no esforço
agregado pela empresa na obtenção do produto. Exemplos:
mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação.

• Custos fixos
• São aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o
volume de produção da empresa.
Exemplo: aluguel da fábrica: será cobrado pelo mesmo valor,
qualquer que seja o nível da produção, mesmo sendo inexistente.

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Gestão eficiente de
custos
• Custos fixos
• obs.: esses custos são fixos em relação ao volume de
produção, mas podem variar no decorrer do tempo. Ex.: o
aluguel da fábrica pode ser reajustado ano a ano, mas não
deixa de ser um custo fixo, pois terá o mesmo valor qualquer
que seja a produção do mês.
Outros exemplos: Imposto Predial, Depreciação dos Equipamentos,
salários de vigias e porteiros da fábrica, prêmios de seguros, etc.

• Custos variáveis
• são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de
produção da empresa;
Exemplo: matéria prima consumida. Se não houver quantidade
produzida, o custo variável será nulo.
• os custos variáveis aumentam à medida que aumenta a
produção.

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Gestão eficiente de
custos
• Custos variáveis
Outros exemplos: materiais indiretos consumidos, depreciação
dos equipamentos quando esta for feita em função das
horas/máquina trabalhadas, gastos com horas-extras na
produção.

• Custos fixos e variáveis – em


termos totais

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Gestão eficiente de
custos
• Custos fixos e variáveis – em
termos unitários

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Gestão eficiente de
custos
• Comportamento dos custos
1. Assume-se normalmente que os Custos Variáveis (CV) sejam
diretamente proporcionais à quantidade produzida. Isso faz com
que o Custo Variável Unitário (CVu), ou seja, o custo variável
dividido pela quantidade produzida seja constante (fixo).
2. Por outro lado, o Custo Fixo (CF), é constante qualquer que seja
o volume de produção. Entretanto, o Custo Fixo Unitário (CFu), ou
seja, o custo fixo dividido pela quantidade produzida, é sempre
decrescente.
Ex.: O contador da Cia. Beta, fez o seguinte quadro para apresentar
os custos de produção de 0 a 100 unidades, em R$:
Cia Beta: CF, CV e CT - Observações:
• O Custo Fixo (CF) é sempre R$ 100,00, qualquer que seja o
volume de produção.
• O Custo Variável (CV = CVu x Qtde.) é sempre crescente com o
volume de produção, pois quanto mais a empresa produz, mais
insumos variáveis ela vai utilizar;

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Gestão eficiente de
custos
• Comportamento dos custos
• O Custo Total (CF = CF + CV) também aumenta com o volume
da produção, exclusivamente devido à variação do custo
variável.
• Considerando essas definições e o quadro de custos preparado
pelo contador, podemos elaborar uma representação gráfica
para o comportamento dos custos da Cia. Beta...
Cia Beta: CF, CV e CT – Representação Gráfica:

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Gestão eficiente de
custos
• Comportamento dos custos
Cia Beta: CFu, CVu e CMe - Observações:
• O Custo Fixo Unitário (CFu = CF/Qtde.) decresce à medida que
a produção aumenta, posto que resulta da divisão de um valor
fixo (CF) por quantidades produzidas cada vez maiores;
• O Custo Variável Unitário (CVu) é sempre constante, qualquer
que seja o volume de produção, pois é o mesmo para cada
produto produzido, não varia em função da quantidade.
• Já o Custo Médio (CMe = CFu + CVu) também decresce à
medida que a produção aumenta, em função do decréscimo
dos custos fixos unitários.

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Gestão eficiente de
custos
• Comportamento dos custos
Principais Fórmulas
CT = CF + CV
CV = CVu x Q (quantidade)
CT = CF + (CVu x Q)
CMe = CT/Q
CMe = CFu + CVu

• Classificação por controle


• Controláveis: quando podem ser controlados por uma pessoa,
dentro de uma escala hierárquica predefinida. O responsável
poderá ser cobrado de eventuais desvios não previstos.
• Não controláveis: quando fogem ao controle do responsável
pelo departamento. Por exemplo, rateio do aluguel. Em uma
escala hierárquica superior todos os custos são controláveis.

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Gestão eficiente de
custos
• Classificação por decisões
especiais
• Incrementais: também denominados diferenciais ou marginais,
incorridos adicionalmente em função de uma decisão tomada.
• De oportunidade: benefício relegado em decorrência da escolha
de uma outra alternativa.
• Evitáveis: custos que serão eliminados se a empresa deixar de
executar alguma atividade.
• Inevitáveis: independentemente da decisão a ser tomada, os
custos continuariam existindo.
• Empatados: também denominados sunk costs ou custos
afundados. Por já terem sido incorridos e sacramentados no
passado, não devem influir em decisões para o futuro por
serem irrelevantes.

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Gestão eficiente de
custos
• Classificação por bases
monetárias
• Históricos: custos em valores originais da época em que
ocorreu a compra, de acordo com a Nota Fiscal.
• Históricos corrigidos: custos acrescidos de correção monetária,
trazidos para o valor monetário atual.
• Correntes: também denominados custos de reposição. Custo
necessário para repor um item no total.
• Estimados: custos previstos para o futuro.
• Custo padrão: custo estimado com maior eficiência, valor ideal
a ser alcançado.

• Sistemas: grau de absorção


• Por absorção: quando os custos indiretos são transferidos aos
produtos ou serviços.

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Gestão eficiente de
custos
• Sistemas: grau de absorção
• Direto: quando no cálculo do custo dos produtos ou serviços
produzidos não são considerados custos indiretos. Apenas os
custos diretos são incorporados. Custos indiretos são
lançados diretamente na Demonstração de Resultado.

• Custeio por absorção


• É o único aceito pelo Imposto de Renda e pela Auditoria
Externa, por atender aos seguintes princípios contábeis:
• Princípio da Realização da Receita: Ocorre a realização da
receita quando da transferência do bem vendido para terceiros;
• Princípio da Confrontação: Os custos/despesas devem ser
reconhecidas à medida que são realizadas as receitas que
ajudam a gerar (direta ou indiretamente);
• Princípio da Competência: Os custos/despesas e receitas
devem ser reconhecidas nos períodos a que competirem, ou
seja, no período em que ocorrer o seu fato gerador.

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Gestão eficiente de
custos
• Custeio por absorção
• Consiste na apropriação de todos os custos (sejam eles fixos
ou variáveis) à produção do período. Os gastos não fabris
(despesas) são excluídos;
• a distinção principal no custeio por absorção é entre custos e
despesas. Essa separação é importante porque: as despesas
são contabilizadas imediatamente contra o resultado do
período,
• somente os custos relativos aos produtos vendidos terão o
mesmo tratamento.
• a seguir temos um exemplo da importância da distinção entre
custos e despesas...

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Gestão eficiente de
custos
• Custeio variável (direto)
• Aqui só são apropriados à produção os custos variáveis.
• Os custos fixos são contabilizados diretamente à débito
(reduzindo) na conta de resultados, juntamente com as
despesas;
• Procede-se dessa forma sob à alegação (fundamentada) de
que estes custos ocorrerão independentemente do volume de
produção da empresa;
• Por isso é um método utilizado para tomada de decisões;
• Fere os princípios contábeis da Realização, Competência e
Confrontação, porque os custos fixos são reconhecidos como
despesas mesmo que nem todos os produtos fabricados
tenham sido vendidos;
• Por isso, não é aceito pela Receita ou Auditoria.
• Esse método, também conhecido como Custeio Direto, é um
tipo de custeamento que consiste em considerar como Custo
de Produção do Período, apenas os Custos Variáveis incorridos.

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Gestão eficiente de
custos
• Custeio variável (direto)
• Desse modo, o Custo dos Produtos Vendidos só conterá
custos variáveis daquilo que foi vendido;
• Outro ponto de diferenciação com o Custeio por Absorção,
está na maneira de se apresentar a DRE.

• Sistemas: momento de
apuração
• Pós–calculados: custos reais apurados no final do período.
• Pré-calculados: custo alocado ao produto por meio de taxas
predeterminadas de CIF, elaboradas com base na média dos
CIFs passados, em possíveis mudanças futuras e no volume de
produção.
• Padrão: custo cientificamente predeterminado.

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Gestão eficiente de
custos
• Custo de produção do
Período
São os custos incorridos no processo produtivo num determinado
período de tempo.
• Material Direto (MD): todo material que pode ser alocado
diretamente à unidade do produto que está sendo fabricado e
que sai da fábrica incorporado ao produto. Exemplo:
embalagem.
• Mão de Obra Direta (MOD): todo o salário pago ao operário que
trabalha diretamente no produto, cujo tempo pode ser
identificado com a unidade que está sendo produzida.
• Despesas Indiretas de Fabricação (DIF): todas as despesas
relacionadas com a fabricação e que não podem ser
economicamente separadas entre as unidades que estão sendo
produzidas.

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Gestão eficiente de
custos
• Material direto
O material direto, ou, simplesmente, MD, é formado pelas matérias-
primas, embalagens, componentes adquiridos prontos e outros
materiais utilizados no processo de fabricação.

• Três problemas básicos de


MD
a) avaliação: qual o montante a atribuir quando várias unidades
são compradas por preços diferentes, como contabilizar sucatas
etc.
b) controle: como distribuir as funções de compra, pedido,
recepção e uso, como organizar o kardex de controle, como
inspecionar para verificar o efetivo consumo;
c) programação: quanto comprar, como comprar, fixação de lotes
econômicos de aquisição, definição de estoques mínimos de
segurança etc.

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Gestão eficiente de
custos
• Avaliação de MD
• Sistema de inventário periódico: quando a empresa não
mantém um controle contínuo dos estoques.
• Consumo de material direto = Estoque Inicial + Compras –
Estoque Final
• Sistema de inventário permanente: existe o controle contínuo
da movimentação do estoque.

• Não são elemento de custos


Despesas diversas: não podem ser alocadas ao produto final:
• despesas com vendas;
• salário do pessoal administrativo;
• água e luz do escritório.

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Gestão eficiente de
custos
• Estoques ativos (CPC16/
IAS02):
• Mantidos para venda no curso normal dos negócios.
• Em processo de produção para venda.
• Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou
transformados no processo de produção ou na prestação de
serviços.
• São bens adquiridos para a venda.
• Compreendem produtos acabados, em processo de produção, e
incluem matérias-primas e materiais que aguardam utilização
no processo de produção.
• Em prestação de serviço, devem incluir os custos do serviço.
• Devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor
realizável líquido, dos dois o menor.
• O custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e
de transformação, bem como outros custos incorridos para
trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

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Gestão eficiente de
custos
• Estoques ativos (CPC16/
IAS02):
• Custo de aquisição compreende o preço de compra, os
impostos de importação e outros tributos (exceto os
recuperáveis ao fisco) e os custos de transporte e serviços.
Descontos comerciais e abatimentos devem ser deduzidos na
determinação do custo de aquisição.
• Custos de transformação incluem os custos diretamente
relacionados com as unidade produzidas ou com a linha de
produção e os custos indiretos de produção, fixos e variáveis,
relacionados à transformação dos materiais em produtos
acabados.
As classificações comuns de estoque são:
• Mercadorias
• Bens de consumo de produção
• Materiais
• Produtos em elaboração

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Gestão eficiente de
custos
• Estoques ativos (CPC16/
IAS02)
• Produtos acabados
• Estoque em elaboração (para prestadores de serviços)

• Critérios de avaliação de
estoque
• UEPS: último a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, Last In, First
Out (LIFO). (legislação fiscal brasileira não permite).
• PEPS: primeiro a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, First In,
First Out (FIFO).
• Custo Médio Ponderado: pode ser móvel ou fixo. O custo a ser
contabilizado representa uma média dos custos de aquisição.

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Gestão eficiente de
custos
• Controle
• Precisamos controlar esses 3 estoques e lembrar que na
prestação de serviços temos algo semelhante, ou seja, material
a ser utilizado, prestação do serviço e conclusão.
• A diferença básica e que não estocamos serviços acabados!!

• Cálculo matéria prima


MP = EI + C – EF
Onde:
MP = Matéria Prima
EI = Estoque Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final
• O valor encontrado da MP será transferido para o Estoque de
Produtos em Processo, afinal é onde utilizamos a matéria
prima.

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Gestão eficiente de
custos
• Cálculo produtos e processo /
elaboração
A lógica do controle de estoque de produtos em elaboração, é a
mesma da matéria prima, porém, precisamos lembra que para
elaborar um produto precisamos de vários fatores:
• Matéria Prima;
• Mão de Obra;
• Custos Indiretos de Fabricação / Produção
Como temos vários fatores devemos “substituir” o item compras
utilizado no controle de estoque de MP, por todos estes fatores.

• Como fica a nossa fórmula?


CPAP = EI + MP + MOD + CIF – EF
Onde:
CPAP = Custo da Produção Acabada no Período
EI = Estoque Inicial de Produtos em Processo
MP = Matéria Prima

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Gestão eficiente de
custos
• Como fica a nossa fórmula?
CIF / CIP = Custos Indiretos de Fabricação / Produção
EF = Estoque Final de Produtos em Processo
O valor encontrado de CPAP será transferido para o Estoque de
Produtos em Acabados, afinal estão prontos para venda.
Nesta fórmula também podemos encontrar o CPP (Custo de
Produção do Período), este custo é formado pelos valores de MP +
MOD + CIF.

• Custo do produto vendido


Nosso “último” cálculo será referente ao Custo do Produto
Vendido, é dele que precisamos para saber se a empresa terá um
bom resultado.
Continuamos utilizando a mesma lógica da MP e no caso dos
produtos acabados ou prontos para a venda o cálculo será tão
simples quanto o primeiro.

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Gestão eficiente de
custos
• Cálculo CPV
CPV = EI + CPAP – EF
Onde:
CPV = Custo do Produto Vendido
EI = Estoque Inicial de produtos acabados
CPAP = Custo do Produto Acabado no Período
EF = Estoque Final de Produtos Acabados
O valor encontrado como CPV será utilizado na Demonstração do
Resultado do Exercício, para saber se a atividade da empresa esta
com lucro ou prejuízo.

• Classificação ABC
• Itens A: de elevado valor relativo e que, portanto, merecem um
controle mais rigoroso que os demais.
• Itens B: valores não são tão representativos como os estoques
dos itens A, mas representam, também, uma elevada aplicação
de recursos.

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Gestão eficiente de
custos
• Classificação ABC
• Itens C: representam estoques numerosos em termos de itens,
porém pouco representativos em termos de valor.

• Mão de obra direta (MOD)


• Refere-se apenas ao pessoal que trabalha diretamente sobre o
produto em elaboração, "desde que seja possível a mensuração
do tempo despendido e a identificação de quem executou o
trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou
rateio" (Martins, 1998: 143).
No cálculo da MOD, é importante considerar:
• restrições e imposições da legislação;
• encargos sociais;
• “No Brasil, o trabalhador custa caro mas ganha pouco.”

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Gestão eficiente de
custos
• Custos indiretos de
fabricação (CIF)
São os gastos identificados com a função de produção ou
elaboração do serviço a ser comercializado e que, como o próprio
nome já revela, não podem ser associados diretamente a um
produto ou serviço específico.
• Exemplo:
• alguns gastos de depreciação,
• salários de supervisores de diferentes
• linhas de produção etc.
Grandes Problemas de CIF
• Rateio: extremamente problemático.
• Custeio Direto: não rateia nada;
• RKW ou ABC estratégico:
rateia tudo, inclusive despesas.

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Gestão eficiente de
custos
• Custo padrão
• os custos são apropriados à produção não pelo seu valor
efetivo (ou real) mas sim por uma estimativa do que deveriam
ser (custo-padrão);
• pode ser utilizado quer a empresa adote o Custeio por
Absorção, quer o Custeio Variável.
• a diferenciação e análise Custo Real X Custo Padrão, se dá
principalmente com o objetivo de controle de gastos e medida
de eficiência.
• O custo-padrão é um custo estabelecido pela empresa como
meta para os produtos de sua linha de fabricação, levando-se
em consideração:
1 - as características tecnológicas do processo produtivo de cada
produto;
2 - a quantidade e os preços dos insumos necessários para a
produção e o respectivo volume desta;
o histórico dos custos precedentes.

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Gestão eficiente de
custos
• Custo padrão
• É calculado normalmente pela área de engenharia de produção
ou de controladoria das empresas e tem como principal
objetivo servir como um parâmetro para o controle dos custos
reais;
• É um instrumento para as empresas detectarem suas
ineficiências.

• Análise custo padrão X custo


real
• Trata-se de uma das principais ferramentas de controle
possibilitadas pelo custeio padrão.

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Gestão eficiente de
custos
• Custo estimado Vs custo
padrão
• Custo estimado: estabelecido com base em custos de períodos
anteriores, ajustados em função de expectativas de ocorrências
futuras
• Custo padrão: estabelecido com mais critério, representando o
custo que determinado produto deveria custar, em condições
normais de eficiência da
mão-de-obra e dos equipamentos.

• Ferramentas de planejamento
estratégico
• Curva de Aprendizagem.
• Ciclo de vida.
• Matriz BCG.
• Cinco forças de Porter

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Gestão eficiente de
custos
• Formação de preços
O que é preço?
• É o volume de dinheiro cobrado por um produto ou serviço.
• É a soma dos valores que os consumidores trocam pelo
benefício de possuir ou fazer uso de um produto ou serviço.
• Quantidade de dinheiro que o consumidor desembolsa para
adquirir um produto e que a empresa recebe em troca da
cessão do mesmo.
Objetivo dos Preços:
Proporcionar, a longo prazo, o maior lucro possível:
• empresas buscam a perpetuidade;
• cuidados com preços de curto prazo para maximizar lucros;
Permitir a maximização lucrativa da participação de mercado:
• faturamento e lucros devem ser aumentados;
• efeitos negativos sobre os lucros : excesso de estoques, fluxo
de caixa negativo concorrência agressiva, sazonalidade etc.

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Gestão eficiente de
custos
• Formação de preços
Maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios de
modo auto sustentado:
• o retorno do capital dá-se por lucros auferidos ao longo do
tempo. Assim, somente por meio da correta fixação e
mensuração dos preços de venda é possível assegurar o
correto retorno do investimento efetuado.

• Tratamento dos impostos


Dedução sobre vendas
Não cumulativos:
• ICMS - Estadual (cálculo por dentro)
• IPI - Federal (cálculo por fora)
Cumulativos:
• PIS - Federal (sobre receita bruta mensal + receita Financeira)
• COFINS - Federal (sobre receita bruta mensal)
• ISS - Municipal

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Gestão eficiente de
custos
• Tratamento dos impostos
• Dedução sobre os resultados
• Imposto de renda
• Contribuição social

• Papel dos custos dos


produtos nas decisões de
preços
1 - Entender como os custos dos produtos devem ser analisados é
muito importante para decisões de preço e mix de produtos
quando uma empresa pode estabelecer os preços ou os preços
são estabelecidos pelo mercado.
2 - Dois tipos de empresas: os que estabelecem os preços (price
setter) e os que seguem os preços (price taker)
3 - Cuidado na consideração das capacidades disponíveis dos
recursos das atividades para equilibrar com a demanda destes
recursos.
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Gestão eficiente de
custos
• Papel dos custos dos
produtos nas decisões de
preços
• recursos compromissados para as atividades são fixos a curto
prazo
• atenção deve ser dada ao período no qual a capacidade está
compromissada. Compromissos podem restringir
oportunidades mais rentáveis.

• Decisões de mix de produtos


a curto prazo
1 - Decisão de quem segue os preços (price taker) é vender tanto
quanto possível quando seus custos estão abaixo dos preços.
Duas considerações:
quais custos são relevantes? Todos custos dos produtos ou
somente variáveis a curto prazo?

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Gestão eficiente de
custos
• Decisões de mix de produtos
a curto prazo
• quão flexíveis são as capacidades dos recursos das atividades?
2 - O critério usado para decidir os produtos mais rentáveis para se
produzir é a margem contribuição unitária do recurso mais restrito.
Não é a margem unitária do produto.
3 - A previsão de demanda direciona a decisão do mix de produtos.
4 - O produto que tem a menor margem de contribuição unitária do
recurso restrito deve ser sacrificado em uma situação de custo de
oportunidade.
5 - Em uma licitação para um pedido especial, receita incremental
deve ser maior que os custos incrementais.

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Gestão eficiente de
custos
• Decisões de preço a longo
prazo
Quais são os benefícios da informação do custo total (full cost)?
Isto pode ser justificado em 3 situações:
a) contratos governamentais e precificação nas industrias
regulamentadas especificam preços como sendo custo total +
mark up
b) a longo prazo, as empresas tem maior flexibilidade em ajustar o
nível de capacidade para todos os recursos das atividades
c) as flutuações de preço nas demandas a curto prazo tendem a
equalizar, a longo prazo, o preço baseado no custo total.
O montante de mark up pode variar dependendo de:
a) demanda > oferta = maior mark up
b) demanda elástica, sensível a preço = menor mark up
c) intensa concorrência = mark up reduz porque torna se difícil
sustentar preços muito maior que seus custos incrementais

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Gestão eficiente de
custos
• Decisões de preço a longo
prazo
d) estratégia de marketing: skimming- maior preço dos clientes
dispostos apagar mais pelo privilégio; penetração- menor preço
para conquistar mercado de um estabelecido produto.
• Decisões de adicionar ou retirar produtos existentes
frequentemente causam implicações na estrutura de custo da
empresa a longo prazo
• Recursos compromissados nas atividades de suporte da
manufatura não podem ser facilmente mudados a curto prazo.
Mudança de mix não pode ser feita rapidamente.
• Clientes podem querer que a empresa mantenha um linha
inteira de produtos. Alguns produtos não rentáveis devem ser
mantidos na linha.
• Retirar produtos somente ajudará rentabilidade caso os
gerentes eliminem ou redirecionem os recursos das atividades
não mais exigidas para suportar estes produtos.

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