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Curso Conclusão 12º Ano

CP 4 – Identidade e Alteridade 15/12/2022


Módulo/UFCD Data

Formador Anabela Reis


Formando

FICHA DE TRABALHO
Guia de trabalho

“O país de acolhimento não é uma página em branco, nem uma página


escrita. É uma página que se está a escrever”
Amin Maalouf

O binómio identidade-alteridade, estruturado a partir da sua vertente mais


negativa, está igualmente presente no mundo laboral. Muitas são as situações
que surgem em contexto de trabalho – racismo, xenofobia, discriminação,
intolerância - cuja origem reside nas diferenças culturais de cada um. Se pretos
e brancos, judeus e muçulmanos, portugueses e imigrantes se unissem
fraternalmente em humanidade, poder-se-ia vivenciar experiências de amizade
e tolerância, que, no campo profissional, dariam asas a interações
multiculturais capazes de enriquecer as formas de trabalho conhecidas e
praticadas, em Portugal.

Ao longo das nossas experiências profissionais somos confrontados com


desafios multiculturais, relacionados com a necessidade de trabalhar com
pessoas de outros credos e culturas. Estes desafios vinculados ao fenómeno
da imigração exigem uma cidadania estruturada a partir de uma lógica
inclusiva, que seja capaz de superar a discriminação cultural e racial, que ainda
afeta a sociedade portuguesa.

Desta forma, propomos-lhe que reflita sobre as seguintes situações:

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 Situação de intolerância, em termos profissionais, que tenha vivenciado
ou da qual tenha conhecimento (O que sentiu? Como reagiu? Como foi
afetada a relação?)

Aconteceu-me quando entrei nesta empresa há 9 anos atrás. As coisas também


funcionavam de maneira diferente, embora a minha empresa sempre teve um código
deontológico e de conduta muito presente, hoje mais do que antes, sem dúvida, mas
ocorreu comigo e com todas as pessoas novas que entravam neste departamento, e
respondiam a esta pessoa em particular. De frisar que na minha empresa o código de
conduta e de entreajuda é muito valorizado, e ninguém pode ser tratado de maneira
diferente. Tanto o é que desde a camada mais baixa, aos chefes , diretores, inclusivé
diretor geral, toda a gente se trata por TU. Não existe a diferenciação de cargo, de
tratarmos alguém por você dentro da empresa. Todos são tratados de maneira igual,
independentemente do cargo que ocupam.

Temos coordenadoras e chefias. Mas com quem dialogávamos mais era e é, com as
coordenadoras. Quando entrei, esta coordenadora em particular era super agressiva,
falava muito mal. Sempre que havia uma dúvida, o que era normal ao início de se
desempenhar um trabalho, era sempre muito pouco amigável. Não digo que não fosse
prestável, ou não explicasse as coisas quando havia uma questão. Mas a forma
agressiva de falar, de dizer “ Não sei- responde-me tu. Neste caso o que farias? “, ou
“pensa lá bem”… era sempre a forma em 1º lugar de responder. No meu caso em
particular, nunca chegou ao ponto de ter de apresentar queixa, mas houve quem o
fizesse, desta coordenadora. Mais do que uma pessoa, até. Resultado? Foi chamada
aos RH. Se a atitude dela mudou? Mudou com o tempo sem dúvida alguma, tornou-se
uma pessoa mais calma, mais tolerante. Com menos agressividade na voz. Qual a
minha posição, ou de que forma ultrapassei? Simples, cheguei a um ponto em que até
suspirava sempre que tinha alguma dúvida, sobre um procedimento. Pensar em
questioná-la? Fora de questão ….Não me apetecia ouvir a reposta, que já sabia de
antemão qual seria. Então a minha forma de ultrapassar, foi falando com os outros
departamentos, questionando a este àquele, e conseguia chegar à solução, que
pretendia. O que me trouxe? Um profundo conhecimento dos outros departamentos, da
forma como a empresa num todo trabalha, comecei a desempenhar o meu trabalho de
forma muito mais autónoma, até não necessitar mais de tirar dúvidas. Portanto por um
lado, para mim, foi Bom. Pois para não ter de enfrentar esta pessoa, acabei por
aprender muito mais, sozinha, de como efetuar e desempenhar o mau trabalho.

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 Situação da sua vida profissional em que procure integrar no seu local
de trabalho pessoas oriundas de outros países (Qual o seu
comportamento para com o outro? Que atitudes toma? Qual o seu grau
de disponibilidade? Como contribui para a integração do outro no local
de trabalho?)

Como indicado anteriormente, na minha empresa temos uma política de entreajuda e


regemo-nos por um código de conduta que é para ser cumprido. Temos pessoas
oriundas de todas as raças, religiões. A empresa faz por isso. Não é por ser branco ou
preto, que não vai ser contratado. Somos uma empresa sediada em 30 Países com
mais de 50 anos de experiência no ramo Automóvel. Aquilo que interessa sem dúvida é
a forma como desempenhamos o trabalho, e se trabalhamos efetivamente, ou se
fingimos que o fazemos. Existem números diários de desempenho individual, mas
existe objetivos como empresa que têm de ser cumpridos. Números estes que estão
afetos a um premio anual. O meu comportamento é de ajuda, sendo uma das pessoas
com algum “know how”, acabo por dar muita formação a quem entra,
Acompanhamento diário de início. Se gosto, não, não gosto. Pessoalmente não tenho
paciência para dar formação, nem tão pouco tenho perfil para o fazer. Mas de um
modo geral existe sem dúvida um acompanhamento, disponibilidade, e boa integração
na minha empresa. Ninguém é descriminado, essas políticas não entram pela porta. E
caso haja alguma situação de descrimição, a pessoa afetada pode fazer uma denúncia
ao RH, e pedir para não ser identificada. Portanto somos inclusivé protegidos desta
forma, caso seja necessário denunciar e tenhamos receio de o fazer, ou que a pessoas
ou pessoas que denunciamos, venham a saber.

BOM TRABALHO
Anabela Reis

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