Escreve uma breve exposição, de 120 a 150 palavras, na qual estabeleças uma comparação

entre o sujeito poético presente nas cantigas de amigo e nas cantigas de amor.

A tua exposição deve incluir:

• uma introdução ao tema;

• um desenvolvimento no qual apresentes duas características, referindo exemplos de

cantigas estudadas;

• uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

Observações relativas ao Grupo III:

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única
palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2015/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de 120 e um máximo de 150 palavras –, há
que atender ao seguinte:

– um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até cinco pontos);

– um texto com extensão inferior a 80 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

Inseridas na poesia trovadoresca, as cantigas de amor e as cantigas de amigo

apresentam sujeitos de enunciação bastante díspares.

Na cantiga de amor, o “eu” é masculino e chora infeliz por não ser correspondido no
amor que sente pela sua “senhor”, amando-a incondicionalmente. Nestes cantares, o sujeito
poético mostra-se apaixonado e desesperado, pela ausência da sua amada, como é exemplo a
cantiga de D. Dinis “Que soidade de mha senhor ei”.

Já na cantiga de amigo, o sujeito lírico é sempre feminino, a donzela, jovem “fermosa”

e enamorada, que, por vezes, desespera pela falta do seu amigo, desabafando com a mãe (“Ai
madre, moiro d’ amor”) ou baila feliz na romaria (“Bailemos nós já todas três ai amigas”).

Em jeito de conclusão, pode afirmar-se que, nestes dois géneros trovadorescos,

embora os sujeitos de enunciação sejam diferentes, o sentimento que os domina é
semelhante: o amor.

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