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As cantigas de amigo, escritas em galego-português na idade média, são poesias simples que
têm origem popular e eram escritas para serem cantadas. As estrofes são quase sempre de
dois versos, seguidos de refrão. É uma poesia com estrutura paralelística. Neste tipo de
cantigas o sujeito poético é uma donzela, no entanto o autor é um homem.
A donzela (o “eu lírico”) exprime os seus sentimentos pelo amigo (amado). Isto é, manifesta
saudade, desgosto, alegria, paixão, ciúme… Ela pode-se dirigir ao amigo, à mãe, às amigas ou à
natureza. A mãe, as amigas ou a natureza são as suas interlocutoras e confidentes. Fala e
desabafa com elas sobre a partida do amigo, a ida ao rio lavar a roupa ou a ida à romaria ou ao
Santuário?.
A donzela manifesta os seus sentimentos à natureza, sendo esta assim a sua cúmplice já que se
identifica com ela, parecendo partilhar da sua tristeza ou alegria.
Existem cinco subgéneros das cantigas de amigo: a Bailia, que apresenta um ambiente de baile
(composta para ser dançada), a Romaria, em que a menina, muitas vezes com a mãe, ou com
as amigas vai a uma romaria, a Barcarola, em que é referido o mar e a ausência do amado que
partiu e cujo regresso se deseja, a Alba que elege o alvorecer como o momento central da
cantiga e a Pastorela, em que a menina é pastora ou dialoga com um pastor .
Martin Codax
Paralelismo anafórico