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Hoje vou apresentar a cantiga de amigo “A meu amigo, que eu sempr'amei” de João Garcia,
juntamente com a canção “Someone like you”, em português “Alguém como tu”, da Adele.
Relativamente à estrutura interna, o poema pode ser dividido em 2 partes de acordo com o
desenvolvimento do assunto, sendo que a primeira parte corresponde às primeiras 2 estrofes e a
segunda parte à última estrofe.
Na 1ª parte, o sujeito poético introduz o seu amigo, o único que sempre amou, muito mais do que a
ela própria ou qualquer outra pessoa (A meu amigo, que eu sempr'amei, des que o vi, mui mais ca
mim nem al,) e refere que este foi encontrar-se com outra mulher, deixando o sujeito poético em
grande sofrimento, tristeza e angústia.
Na 2ª parte conclui e menciona Deus, ao dizer que só Deus sabe que o coração do “eu” lírico
apenas tem lugar para o “amigo” (Sab'ora Deus que no meu coraçom nunca rem tiv[i] ẽno seu
logar). O que o sujeito poético fez e que repete no final de todas as estrofes, ou seja, no refrão, foi
chorar até mais não poder, visto que não sabia de que outra forma se podia vingar.
Ainda relativamente à estrutura interna, há que destacar que esta é uma cantiga paralelística
imperfeita visto que não respeita as regras do paralelismo perfeito e não segue as normas do leixa-
pren, embora haja a repetição de certos versos do poema.