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PAME 034

Este trabalho enquadra-se no módulo FT9 – Noções de


Estruturas e Sistemas de Aeronaves, sendo que o nosso
trabalho se refere apenas aos Sistemas Elétricos, no
decorrer deste trabalho iremos abordar diversas
temáticas fundamentais para a compreensão dos
mesmos.

No caso especifico do nosso trabalho, iremos basear em


aviação generalista e um pouco de militar, referindo
aspetos elétricos de seis aviões diferentes mas que na
realidade bastante similares no que toca à parte elétrica
Mirage F1, Jaguar, Alphajet, Concorde, A 330 e o
Boeing 787.

O nosso trabalho está organizado da seguinte forma:

1. Sistemas elétricos.
1.1. Cablagem.
1.1.1. Especificidade em Aviónica.
1.1.1.1. Características Elétricas dos condutores.
1.1.1.2. Zonas críticas.
1.2. Barramentos.
1.2.1. Barramento de Aviónica.
1.3. Interruptores.
1.3.1. Tipos
1.4. Fusíveis.
1.5. Regulador de voltagem.
1.6. Equipamento de Navegação e Comunicação.
2. Fontes de Energia.

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2.1. Baterias.
2.2. Geradores e Alternadores.
2.3. Fontes Externas (Poupar as Baterias antes do
arranque do(s) motor(s)
2.4. Conexões entre si.
3. Iluminação.
3.1. Iluminação Exterior.
3.1.1. Luzes de Posição.
3.1.2. Luzes de Anticolisão.
3.1.3. Faróis de Aterragem e de taxi.
3.1.4. Outras, por exemplo para inspeção das
asas (gelo, etc...).
3.2. Iluminação Interior.
3.2.1. Iluminação dos Instrumentos
3.2.2. Iluminação da Cabine, do Cockpit e das
áreas de serviço.
3.2.3. Iluminação de Emergência.
3.3. A utilização de Leds e vantagens.
3.4. Conclusão
3.5. Bibliografia

1. Sistemas Elétricos

Na aviação quando falamos em sistemas elétricos,


falamos de todos os componentes que são necessários
para a produção, transporte, receção e receção da
mesma. Desde 1903/1906 quando se realizou o primeiro
voo, realizado pelos Irmãos Wright e Alberto Santos
Dumont, até à atualidade a aviação melhorou bastante a

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nível de sistemas elétricos. Pois hoje em dia um avião


está repleto de sistemas elétricos.

1.1. Cablagem.

As cablagens dos aviões são fabricadas de acordo


com o modelo padrão especificado pelo AWG
(American Wire Gage). Estas cablagens por norma
veem em bitolas.

1.1.1. Especificidade em Aviónica.


1.1.1.1. Características Elétricas dos condutores.

Na aviação generalista e militar, os condutores


mais utilizados são o cobre e o alumínio. Cada um
possui características próprias que tornam o seu
uso vantajoso sob certas circunstâncias. Existem
duas formas de os identificar, a identificação do
tipo significante e a identificação do tipo não
significante.

Para os condutores do tipo significante, a forma


de as identificar é através dos seus termopares,
aplicando assim os sufixos: CHROM – Cromel;
ALML – Alumel; IRON – Ferro; CONST –
Constantan; COP – Cobre; nos condutores de
alumínio à sigla "ALUM" deve ser acrescentado o
símbolo de identificação.

Para os condutores do tipo não significante, a


forma de identificar é só feita de duas formas;
W002 cablagem elétrica e W003 cablagem
eletrônica. Os condutores que pertencem ao

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mesmo cabo, são codificados por cores através


de riscas, faixas ou inteiramente coloridos,
devem ser designados com o mesmo número
identificador.

1.1.1.2. Zonas críticas.


Na composição da aeronave podemos
encontrar algumas zonas criticas sendo, que
as próximas seis são as mais cruciais a asa,o
nariz, compartimento hidráulico, Nacele do
trem de aterragem (de nariz e principal),
onde todas as cablagens são protegidas.
Estas zonas como estão sujeitas a diversos
fatores, bastante propícios a sua
degradação, o ar, poeiras, água e alguns
vapores inflamáveis, provenientes dos
tanques de combustível situados nas asas,
fuselagem central, mas para estas zonas
criticas existem meios para minimizar a
probabilidade de ignição destes vapores e
restantes causas e os danos que podem
ocorrer a partir do mesmo.
Como tal estas cablagens elétricas são
colocadas dentro de outros tubos, que são
compostos por fluorocarbono, que são usados
em temperaturas que podem oscilar entre os
- 95ºF (-70ºC) e os + 500ºF (+ 260ºC).
1.2. Barramentos.
1.2.1. Barramento de Aviónica.

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Os barramentos tornaram-se onipresentes nas


comunicações de dados em aeronaves. Mesmo
que muitos padrões existam há décadas, eles
ainda apresentam desafios e devem ser testados
para garantir a confiabilidade em quaisquer
condições. Os problemas de camada física podem
fazer com que mensagens incorretas sejam lidas
no receptor, ou uma sequência incorreta de
eventos pode confundir o receptor. Existem
também barramentos específicos de espaço
aéreo e aviônico, estes existem devido a elevada
complexidade das redes de dados das aeronaves
terem aumentado bastante nestes últimos anos.
Alguns dos mais usados atualmente são o ARINC
429 e MIL-STD-1553 e o SpaceWire. Os
osciloscópios R&S®RTE e R&S®RTO oferecem
suporte a todos esses barramentos.
1.3. Interruptores.
Os interruptores são dispositivos que abrem e
fecham circuitos. A corrente no circuito flui
quando os contatos são fechados. Quando o
interruptor controla elementos móveis de
aeronaves, como o trem de aterragem, a
alternância deve se mover na mesma direção que o
movimento desejado.

1.3.1. Tipos
Single-pole single-throw (SPST) - abre e fecha
um único circuito.

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Duplo pólo single-throw (DPST) - virar dois


circuitos dentro e fora com uma alavanca.
Single-pole double-throw (SPDT)- corrente do
circuito corre para qualquer um dos dois
caminhos.
Double-pole double-throw (DPDT) - ativa dois
circuitos separados ao mesmo tempo.
1.4. Fusíveis.
Um fusível consiste numa tira de metal que é
fechado dentro de uma caixa de vidro ou de
plástico. A tira de metal tem um ponto de fusão
baixo e geralmente é feita de chumbo, estanho ou
cobre. Quando a corrente excede a capacidade do
fusível a tira do metal aquece acima e quebra.
Como resultado disso, o fluxo de corrente no
circuito acaba por parar.
Existem dois tipos básicos de fusíveis: atuação
rápida e lenta. Os de ação rápida abrem muito
rapidamente quando sua classificação atual e
específica é excedida. Isto é importante para os
dispositivos elétricos que podem ser rapidamente
destruídos, quando fluxos demasiado elevados
passam através deles. Os de ação lenta têm uma
construção enrolada. Estes são projetados para
abrir apenas com uma sobrecarga contínua, como
um curto-circuito.

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1.5. Reguladores de voltagem


O regulador de voltagem permite ao alternador
carregar a bateria em segurança, estabilizando o
output de voltagem, independentemente das RPMs
do motor.
1.6. Equipamento de Navegação e Comunicação.
Radionavegação
As aeronaves equipadas com aparelhos de
navegação de rádio (NAVAIDS), os pilotos
podem navegar com mais precisão. O rádio
NAVAIDS é usado em condições de baixa
visibilidade e reage como um método de backup
adequado para os pilotos. Em vez de voar a
partir do ponto de verificação para posto de
controle, os pilotos podem voar de uma linha reta
para uma "correção" ou um aeroporto.
Gps
O sistema de posicionamento global tornou-se o
método mais valioso de navegação no mundo da
aviação moderna. O GPS provou ser
tremendamente preciso e é provavelmente o
sistema de radionavegação mais comum hoje em
dia.
2. Fontes de Energia.
2.1. Baterias.

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As baterias de 14/28 Volt são as utilizadas para a


ignição ou para energizar o equipamento quando o
motor não está a funcionar.
Principal fonte primária até que um RAT seja
implantado.
Uma das fontes de energia que também são usadas
é a RAT, Ram Air Turbine é uma pequena turbina
que é instalado na aeronave e usada como uma
fonte de energia hidráulica ou elétrica de
emergência. A RAT gera energia a partir da
corrente aérea com base na velocidade da aeronave
e está ligado a um gerador elétrico ou a uma bomba
hidráulica.
2.2. Geradores e Alternadores.
Alternador ou Gerador é girado pelo motor e
providencia energia aos sistemas eléctricos e
também recarrega a bateria.
2.3. Fontes Externas (Poupar as Baterias antes do
arranque do(s) motor(s).
O AFT external power só é usado para ligar os
motores, não pode ser usado para fornecer
corrente aos main buses. No gráfico, mostra que
está conectado aos Large Motor power systems e
ás hydraulic pumps , cabin air compresssores, right
engine starter generators, e pode iniciar o motore
do lado direito.
Quando a fonte de energia externa está ligada ao
avião e a knob do APU vira-se para o START e

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depois ON. No painel digital verificamos que um


dos geradores da APU está pronto a começar.
Quando a turbina esquerda é acionada, os
geradores tornam-se a fonte de energia principal
para os buses do lado esquerdo e a APU deixa de
fornecer energia e fica como backup.
3. Iluminação.
Os sistemas de iluminação das aeronaves, fornecem
iluminação para uso exterior e interior. As luzes no
exterior fornecem a iluminação para operações como a
aterragem na noite, inspeção de condições da crosta
de gelo, e segurança da colisão do midair. A iluminação
do interior refere-se à iluminação dos instrumentos,
do cockpit, das cabines e outras seções ocupadas por
tripulantes e passageiros. Certas luzes especiais, como
indicadores e luzes de alerta, indicam o status de
operação do equipamento.
3.1. Iluminação Exterior.
As luzes de Exterior Lights Position, anticolisão,
pouso e luzes de táxi são exemplos comuns de luzes
exteriores de aeronaves. Algumas luzes são
necessárias para operações noturnas. Outros tipos
de luzes exteriores, tais como luzes da inspeção da
asa, são do grande benefício para operações de vôo
especializada.
3.1.1. Luzes de Posição.
A Position Lights Aircraft quando é operando à
noite deve ser equipada com luzes de posição que
atendam aos requisitos. Nalguns tipos de

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instalações, um interruptor no cockpit prevê a


operação constante ou piscando as luzes de
posição position lights. As posições consistem
em, um vermelho, um verde, e uma luz branca.
A unidade branca é geralmente localizada no
estabilizador vertical numa posição onde é
claramente visível através de um grande ângulo
da parte traseira da aeronave.
As luzes da posição são igualmente conhecidas
como luzes da navegação.
3.1.2. Luzes de Anticolisão.
Um sistema de luzes de anticolisão, pode
consistir em uma ou mais luzes. Estas luzes de
feixe intermitente, são geralmente instalados
em cima da fuselagem ou na cauda em tal local
que a luz não afete a visão do piloto ou diminua a
visibilidade das luzes de posição. Aeronaves de
transporte de pessoas ou mercadorias usam uma
luz anticolisão em cima e uma na parte inferior
da aeronave.
3.1.3. Faróis de Aterragem e de taxi.
As luzes de aterragem são instaladas nos aviões
para iluminar pistas de decolagem durante
aterragens da noite. Estas luzes são muito
poderosas e são dirigidas a partir de um refletor
parabólico num ângulo que fornece uma escala
máxima da iluminação. Cada luz pode ser
controlada por um interruptor, ou pode ser
conectada diretamente no circuito elétrico. Em

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algumas aeronaves, a luz de pouso é montada na


mesma área com um semáforo.
3.1.4. Outras, por exemplo para inspeção das
asas
Alguns aviões são equipados com as luzes da
inspeção da asa para iluminar a borda principal
das asas para permitir a observação da crosta
de gelo e da condição geral destas áreas durante
o vôo. Estas luzes permitem a deteção visual da
formação do gelo em bordas principais da asa ao
voar à noite. São controlados geralmente
através de um interruptor de alternância on/off
na cockpit. Alguns sistemas de luz de inspeção
de asa podem incluir ou ser complementados por
luzes adicionais, às vezes chamadas de luzes
nacelle, que iluminam áreas adjacentes, como
retalhos de capuz ou trem de pouso. Estes são
normalmente o mesmo tipo de luzes e podem ser
controlados pelos mesmos circuitos.
3.2. Iluminação Interior.
As aeronaves estão equipadas com luzes interiores
para iluminar a cabine. Muitas vezes, são
fornecidas configurações de luz branca e vermelha.
Aeronaves comerciais têm sistemas de iluminação
que ilumina a cabine principal, um sistema de
iluminação independente para que os passageiros
possam ler quando as luzes da cabine estão
apagadas, e um sistema de iluminação de

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emergência no chão da aeronave para ajudar os


passageiros da aeronave durante uma emergência.
3.2.1. Iluminação dos Instrumentos
Existem dois tipos de iluminação para os
instrumentos, as lâmpadas elétricas situadas no
painel e cobertas com um segundo painel
protetor de reflexão; e as lâmpadas elétricas
instaladas em anéis refletores acondicionadas
nos próprios mostradores dos instrumentos.
3.2.2. Iluminação da Cabine, do Cockpit e das
áreas de serviço.
Diversos interruptores controlam as diferentes
luzes exibidas por um avião. Os controles de
iluminação externos estão no painel superior de
fácil alcance, tanto para o piloto como para o
copiloto. As luzes internas da cabine de
passageiros possuem os seus controles num
painel na estação dos comissários.
3.2.3. Iluminação de Emergência.
Diversas luzes de emergência estão localizadas
tanto dentro como fora da aeronave. A sua
principal função é promover a iluminação do
interior, rotas de fuga e saídas de emergência
em caso de queda do fornecimento principal de
eletricidade. Ao realizar o primeiro voo do dia,
os pilotos, ou equipe de manutenção, devem
checar o funcionamento dessas luzes.
3.3. A utilização de Leds e vantagens.

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As companhias aéreas estão a mudar para luzes


LED. As novas luzes consomem muito menos energia
do que as lâmpadas mais antigas (para uma
aeronave, isso significa menos demanda nos
geradores elétricos e menos queima de
combustível). A maior razão é que os LEDs duram
muito mais do que as lâmpadas incandescentes.
Isso corresponde a menores custos de reposição e
manutenção.
3.4. Conclusão

3.5. Bibliografia

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