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18/09/2023

TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E


COMPUTADORES

TECNOLOGIAS APLICADAS

UFCD 6019: Eletrónica de potência - dispositivos

Professor/a: Hélder Sampaio

EPF.MOD.064/04

DÍODOS DE POTÊNCIA
 Os díodos de potência são dispositivos semicondutores capazes de conduzir
corrente elétrica apenas num sentido, funcionando como interruptores.
 São compostos por duas camadas, uma de um cristal tipo P ( carregado
positivamente) e uma camada de cristal N ( carregado negativamente), a
junção criada entre eles permite a passagem da corrente elétrica num único
sentido.
 A diferença dos díodos de potência dos díodos comuns é uma terceira
camada denominada N extra, esta camada possibilita que os díodos de
potência possam suportar tensões elétricas mais elevadas.
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DÍODOS DE POTÊNCIA

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DÍODOS DE POTÊNCIA
 A junção extra N é uma camada de metal geralmente cromo, platina ou
tungstênio.
 Essa camada possibilita que o díodo trabalhe com tensões elevadas e com
correntes maiores, permitindo que estes díodos trabalhem em circuitos de
grande potência.
 Uma outra função desta camada extra é a de facilitar a dissipação de calor
dos díodos, uma vez que conduzem grande quantidade de corrente elétrica.

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DÍODOS DE POTÊNCIA
 O funcionamento de um díodo de potência é muito semelhante ao de díodo
convencional, a diferença dá-se na camada N, camada extra de metal
abordada anteriormente. Esta camada tem a função de um cristal do tipo N,
exercendo o papel da camada N no funcionamento do díodo.

 Para saber se um díodo de potência está a trabalhar como interruptor


fechado ou aberto, basta ter em atenção as seguintes configurações de
polarização:

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DÍODOS DE POTÊNCIA
 Para saber se um díodo de potência está a trabalhar como interruptor
fechado ou aberto, basta ter em atenção as seguintes configurações de
polarização:

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DÍODOS DE POTÊNCIA - APLICAÇÕES


 Os díodos de potência são largamente utilizados na indústria, principalmente
em circuitos retificadores de alimentação não controlados ou semi-
controlados.
 Outra aplicação muito comum é o caminho de retorno para cargas indutivas,
um exemplo desta aplicação é o díodo de potência conhecido como roda livre
que trabalha para proteger os circuitos de acionamento através conversores
DC de grandes bobines.

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DÍODOS DE POTÊNCIA - APLICAÇÕES


 Quando essas bobinas são desligadas o campo magnético remanescente no
indutor gera uma tensão reversa, capaz de danificar os tirístores dos
conversores.
 Quando a tensão reversa é gerada, o díodo ligado em paralelo com o terra,
passa a ser polarizado diretamente e descarrega a tensão para terra
protegendo os tirístores do equipamento.

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DÍODOS DE POTÊNCIA - CARATERÍSTICAS


 As principais características destes semicondutores são a alta capacidade de
conduzir elevadas correntes elétricas, suportando grandes intensidades de
tensão reversa sem danificar seu funcionamento.
 Os díodos de potência geralmente promovem uma maior queda de tensão
quando polarizados diretamente. Os valores variam de acordo com o tipo de
díodo e sua potência, sendo valor da queda de tensão fornecido pelo próprio
fabricante.
 O comportamento das curvas dos díodos de potencia são semelhantes aos
restantes díodos.
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TIRÍSTOR
 A função de um tirístor é de abrir e fechar circuitos com grandes cargas,
como motores, eletroímanes, aquecedores, converter CA em CC, CC em CA.
 Os tirístores trabalham sempre entre dois

estados de funcionamento: o corte e a condução,


por isso podemos dizer que são dispositivos de
comutação.

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TIRÍSTOR
 Tipos de tirístor:
 SCR (Silicon Controlled Rectifier)

 Díodo de quatro camadas

 SCS (Silicon Controlled Switch)

 GTO (Gate Turn Off)

 Foto SCR

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 É o principal dos tirístores pelo número e aplicações.

 Permite não só retificar uma corrente alternada mas também controlar a


corrente que passa por ele e pela carga ligada em série com ele.

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO

A
É constituído por quatro camadas de material
semicondutor PNPN (silício), originando três
junções PN. Possui três terminais designados por G
Ânodo (A), Cátodo (K) e Gate (G) ou Porta.

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


O circuito equivalente de um SCR
corresponde a dois transístores
complementares, em que o coletor de um
está ligado à base do outro e o coletor do
outro na base do primeiro. Uma das bases
corresponde ao terminal de disparo, gate
ou porta.

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


O funcionamento do SCR é semelhante ao do díodo. Para além do ânodo e
cátodo estarem polarizados diretamente (ânodo a um potencial positivo em
relação ao cátodo) é necessário ainda aplicar uma tensão positiva adequada
na gate, para que circule corrente entre ânodo e cátodo.
Cátodo

Gate

K A Ânodo
G
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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 Condições para que o SCR funcione:
 Em polarização inversa o SCR está bloqueado (não conduz) quer se aplique ou
não tensão na gate.
 Em polarização direta, o SCR está bloqueado, salvo quando se aplica uma
tensão adequada na gate, entrando assim num estado de condução.
 Depois do SCR entrar em condução pode suprimir-se o sinal na gate que ele
continua a conduzir.
 O SCR deixa de estar em condução quando a corrente que o percorre baixa a
um valor inferior à corrente mínima de manutenção (IH) indicada pelo fabricante.

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 Disparo síncrono ou disparo a tensão nula
 O disparo do tirístor produz-se neste sistema de controlo de potência entregue à
carga, quando a tensão ânodo – cátodo está a zero.
 A carga e o tirístor estão ligados em série com a alimentação da corrente
alternada e só pode passar corrente na carga durante os semicíclos em que o
ânodo é positivo em, relação ao cátodo e na porta (ou gate) se aplica um
impulso positivo de corrente. O impulso na gate (ou porta) controla o período de
condução do tirístor.
 Se na porta se aplicarem impulsos positivos de corrente que coincidam com o
início de cada semicíclo positivo, o tirístor conduzirá todos os semicíclos
positivos.
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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO

 Disparo síncrono ou

disparo a tensão nula

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 Controlo de fase

 Enquanto que no disparo síncrono os impulsos de corrente aplicados na


porta coincidem com o início de todos ou de alguns dos semicíclos
positivos, no controlo de fase os impulsos da corrente de disparo têm
lugar dentro de cada semiciclo positivo da tensão de alimentação.
 O ângulo α para o qual se inicia a condução designa-se por ângulo de
disparo, enquanto o ângulo θ durante o qual o tirístor se encontra à
condução denomina-se de ângulo de condução.

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO

 Controlo de fase

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 Circuito de disparo de um tirístor com um DIAC
 Neste circuito as resistências R1 e R2, juntamente
com o condensador C, formam um circuito RC de
constante de tempo (tau) igual a (R1 + R2) x C.
 O condensador carrega-se nos semi-cíclos positivos
e nos terminais do mesmo aparece uma tensão
que, por sua vez, deriva para o circuito formado
pelo DIAC, a resistência R3 e a gate do tirístor, já
que estão em derivação com o condensador C.

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 Circuito de disparo de um tirístor com um DIAC
 A gate do tirístor está contudo isolada dos impulsos
do condensador pelo DIAC até que este entre em
condução.
 Quando a tensão aos terminais do condensador
ultrapassa a tensão de rutura do DIAC
(normalmente à volta dos 30 Volt) este conduz e a
corrente é aplicada à gate do tirístor, originando o
disparo deste, passando a circular corrente através
da carga (Rc).

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 Circuito de disparo de um tirístor com um DIAC

 O instante de disparo depende da constante de tempo (R1 + R2) x C, sendo R2


variável, isto é, variando a posição do cursor de R2, ajusta-se o tempo de carga
de C e portanto o ângulo de disparo  do tirístor.
 Para ângulos de condução (θ) elevados o DIAC tem de disparar no início de cada
semi-ciclo positivo. Nestas condições de funcionamento o valor de R2 terá de ser
nulo para que o condensador C se carregue rapidamente. Do exposto deduz-se
que o valor de R1, juntamente com o valor mínimo de R2, terá de proporcional
uma constante de tempo tal que o condensador se carregue num tempo mínimo.

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 Circuito de disparo de um tirístor com um DIAC

 O díodo impede a corrente inversa através da gate do tirístor e assegura


um disparo estável ao descarregar-se o condensador C durante cada semi
ciclo negativo. A resistência R3, limita a intensidade da corrente de pico na
gate do tirístor a um valor seguro.

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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 Curva caraterística estática de um SCR
 Para tensões inversas aplicadas (3º
quadrante do gráfico), o cristal semicondutor
comporta-se como qualquer díodo de
junção.
 Há uma corrente de fuga muito reduzida, até
que atingindo-se a tensão de zener, a
corrente aumenta bruscamente e ligeiras
variações de tensão dão origem a grandes
variações de corrente.
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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 Curva caraterística estática de um SCR
 Com tensões diretas (1º quadrante do gráfico) o
caso é diferente. Para pequenas tensões
começa também a aparecer uma pequena
corrente de fuga, mas quando a tensão atinge
um valor VRO, observa-se um aumento brusco
de corrente, baixando imediatamente a queda de
tensão interna no tirístor para um valor pequeno
(VT). Chama-se a VRO a tensão de rutura,
sendo de notar que a letra O de VRO significa
“Open” (aberto). Tudo isto se passa portanto com
a gate aberta. O tirístor passa a conduzir
fortemente, uma vez atingida a tensão VRO.
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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 Considerações

 Na prática não se aplica ao tirístor uma tensão tão alta como VRO, pois
isso pode danificar o dispositivo. O que se faz é aplicar um impulso
positivo à gate e, ainda que seja relativamente baixa a tensão direta
(muito inferior a VRO) o SCR passa rapidamente ao estado de condução.
 Quando o tirístor entra em franca condução a tensão da fonte vai
praticamente ficar aplicada integralmente na carga do circuito, pois uma
vez que a resistência interna cai a um valor muito baixo, também assim
acontece à tensão entre o ânodo e o cátodo.
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SCR – RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO


 Caraterísticas técnicas
 VDRM - Tensão máxima repetitiva em estado de não condução.
 ITRMS - Corrente eficaz máxima em condução.
 IGT - Corrente máxima de disparo na gate.
 VGT - Tensão máxima de disparo na gate.
 VTM - Queda de tensão máxima em condução.
 IH - Corrente de manutenção.
 ITSM - Corrente máxima transitória.
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DÍODO SCHOCKLEY OU DÍODO DE QUATRO CAMADAS

 A utilização do díodo de quatro camadas leva a circuitos de disparo mais


complicados.
 O díodo Schockley ou de quatro camadas é um SCR sem gate preparado
para disparar por tensão.

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SCS (SILICON CONTROLLED SWITCH)

 As iniciais SCS significam interruptor controlado de silício.

 É um tirístor semelhante ao SCR, mas com dois terminais


de disparo, a gate (ou porta) de ânodo, Ga, e a gate (ou
porta) de cátodo, Gk, permitindo disparo por impulsos
negativos ou positivos, respetivamente.
 Não é muito comum, sendo geralmente de baixa potência.

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GTO (GATE TURN OFF)


 Se aplicarmos um impulso positivo na gate o tirístor conduz, se
aplicarmos um impulso negativo na gate o tirístor deixa de
conduzir.
 Todos os tirístores só se desligam quando a corrente cai abaixo
da corrente mínima de manutenção (IH), o que exige em certos
casos circuitos especiais para desligar. O GTO permite ser
desligado por impulso negativo de alta corrente na gate, em geral
produzido através da descarga de um condensador.

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FOTO SCR
 Também é designado por SCR controlado por luz ou LASCR (Light Activation
SCR).
 Trata-se de um SCR cujo disparo é realizado mediante uma radiação
luminosa.
 Se expusermos a junção PN central à luz, através de uma janela e lente,
esta se comportará como um foto díodo, disparando o SCR.

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TRIAC
 O TRIAC, tal como o tirístor, é um componente usado para o controlo de potência.
O TRIAC é um tirístor de AC também designado por díodo controlado de silício
bidirecional.
 O tirístor conduz a corrente só num sentido. Para regular a corrente alternada numa
carga, com dispositivos semicondutores de potência, é necessário o uso de dois
tirístores, logicamente montados em paralelo e em oposição. Para realização
destes dois dispositivos num só criou-se o TRIAC.

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TRIAC
 Mediante um só TRIAC é possível o controlo de onda completa, com o que se
obtém notáveis vantagens sobre o emprego de tirístores.
 Vantagens do TRIAC face a dois tirístores:
 Utilização de um só componente e, portanto, um só dissipador.
 Circuitos de disparo mais simples.
 Estas duas vantagens traduzem-se logicamente numa redução do preço do
equipamento e numa maior fiabilidade.
 No entanto, a corrente necessária a aplicar à gate do TRIAC para conduzir é
superior 2 a 4 vezes à que é necessária aplicar à gate de um tirístor.

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TRIAC - FUNCIONAMENTO
 A comutação do estado de bloqueio ao estado de condução do
TRIAC pode ser conseguido tanto com o terminal MT1 positivo em
relação a MT2, como na situação inversa e com impulsos
positivos ou negativos na gate (G).
 Os TRIACs comuns precisam apenas de alguns miliamperes de
corrente na gate para disparar, controlando correntes que podem
chegar a centenas de amperes.
 Para manter o TRIAC no estado de condução, uma vez suprimido
o sinal de disparo na gate, é necessário que a corrente que
atravessa o componente seja superior à corrente de manutenção
indicada pelo fabricante (IH).

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TRIAC
 Constituição e aspeto exterior

 O triac é constituído por material semicondutor (silício) e tem dois terminais


principais MT1 (ou T1) e MT2 (ou T2) e um terminal de gate (G).
 As séries TIC (da Texas) e MCR (da Motorola) são as mais comuns.

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TRIAC – CURVA CARATERÍSTICA


Vamos em primeiro lugar supor que não há
tensão aplicada na gate.
Se formos elevando a tensão entre MT1 e
MT2 verifica-se a existência de uma pequena
corrente de fuga. Porém se continuarmos a
aumentar a tensão, atinge-se um valor (VRO)
em que se dá a rutura. O TRIAC passa do
estado de não condução (estado de alta
impedância interna) para um estado de
condução (baixa impedância interna).
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TRIAC – CURVA CARATERÍSTICA


A tensão interna cai imediatamente e o TRIAC
passa a trabalhar na zona retilínea (característica
de condução). Aqui a pequenas variações de
tensão, correspondem grandes variações de
corrente. O TRIAC mantém-se no estado de
condução até que a corrente através dos
terminais principais MT1 e MT2 caia a um valor
inferior ao da corrente mínima de manutenção
(IH) indicada pelo fabricante. Quando tal
acontece o TRIAC regressa ao estado de não
condução e alta impedância.
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TRIAC – CURVA CARATERÍSTICA


Se invertermos a tensão nos terminais do TRIAC
e procedermos da maneira descrita,
trabalharemos no 3º quadrante, mas com uma
característica inteiramente simétrica. Tudo se
processará de forma idêntica, inverteu-se a
tensão, inverteu-se a corrente e nada mais.

NOTA: A tensão alternada do circuito em que o


TRIAC trabalha deve ter um valor de pico inferior
a VRO.
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TRIAC – CARATERÍSTICAS TÉCNICAS


 VDRM - Tensão máxima repetitiva em estado de não condução

 ITRMS - Corrente eficaz máxima em condução

 IGT - Corrente máxima de disparo na gate

 VGT - Tensão máxima de disparo na gate

 VTM - Queda de tensão máxima em condução

 IH - Corrente de manutenção

 ITSM - Corrente máxima transitória


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TRIAC – UTILIZAÇÃO
 O TRIAC é usado em circuitos de corrente alternada, para controlar a
corrente na carga.
 É usado por exemplo nos reguladores de intensidade luminosa (light
dimmer), no controlo da velocidade de motores e no controlo de resistências
de aquecimento.

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CONTROLO DE ILUMINAÇÃO DE UMA LÂMPADA COM


UM TRIAC DISPARADO POR UM DIAC
Este circuito funciona de forma idêntica ao controlo da potência na carga que
emprega um SCR, com a diferença de que o TRIAC pode controlar tanto os
semiciclos positivos como os semiciclos negativos da tensão da rede.

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CONTROLO DE ILUMINAÇÃO DE UMA LÂMPADA COM


UM TRIAC DISPARADO POR UM DIAC
O TRIAC está em série com a carga e quando for disparado (ou seja, quando for
aplicado um impulso na gate) deixará passar a corrente em ambos os sentidos,
limitando-se a sua função a controlar a passagem da corrente através da lâmpada
(controlo de fase).

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CONTROLO DE ILUMINAÇÃO DE UMA LÂMPADA COM


UM TRIAC DISPARADO POR UM DIAC
O seu funcionamento é o seguinte: o condensador carrega-se em mais ou menos
tempo consoante o valor da resistência do potenciómetro. Ao atingir a tensão de
disparo do DIAC, o condensador descarrega-se, e através do DIAC será aplicado um
impulso na gate do TRIAC que o colocará em condução.

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