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Henry Kissinger

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Henry Alfred Kissinger ( /ˈkɪsᵻndʒər/;[1]


alemão: [ˈkɪsɪŋɐ]; nascido Heinz Alfred
Henry Kissinger
Kissinger, Fürth, 27 de maio de 1923 – Kent,
29 de novembro de 2023[2]) foi um político,
diplomata e especialista em geopolítica
americano que serviu como Secretário de
Estado e Conselheiro de Segurança Nacional
dos Estados Unidos nos governos dos
presidentes Richard Nixon e Gerald Ford.[3]
Um refugiado de uma família judia que fugiu
da Alemanha Nazista em 1938, Kissinger se
destacou academicamente, recebendo um
diploma de bacharelado, summa cum laude, da
Universidade Harvard em 1950, estudando sob
William Yandell Elliott. Ele recebeu um MA e
um PhD de Harvard em 1951 e 1954,
respectivamente. Por suas ações negociando
um cessar-fogo em Vietnã, Kissinger recebeu o
prêmio Nobel da Paz em 1973 sob
circunstâncias controversas.[4] Henry Kissinger c. 1973
56.º Secretário de Estado dos Estados Unidos
Um praticante de Realpolitik,[5] Kissinger
Período 22 de setembro de 1973
desempenhou um papel proeminente na política a 20 de janeiro de 1977
externa dos Estados Unidos entre 1969 e 1977,
sendo pioneiro na política de détente com a Presidentes Richard Nixon (1973–1974)
Gerald Ford (1974–1977)
União Soviética, orquestrando uma abertura de
relações com a República Popular da China, Antecessor(a) William P. Rogers
engajando no que ficou conhecido como Sucessor(a) Cyrus Vance
"shuttle diplomacy" ("diplomacia de
8.º Conselheiro Nacional de Segurança
transporte") no Oriente Médio após a Guerra
do Yom Kippur e a negociação dos Acordos de Período 20 de janeiro de 1969
a 3 de novembro de 1975
Paz de Paris, que encerrou o envolvimento
americano na Guerra do Vietnã. Kissinger Presidentes Richard Nixon (1969–1974)
também se viu associado a políticas Gerald Ford (1974–1975)
controversas como o envolvimento dos Estados Antecessor(a) Walt Whitman Rostow
Unidos no Golpe de Estado no Chile em 1973, Sucessor(a) Brent Scowcroft
deu sinal verde para a Junta Militar Argentina
em sua Guerra Suja e garantiu apoio americano Dados pessoais
ao Paquistão durante a Guerra de Nome completo Heinz Alfred Kissinger
Independência de Bangladesh apesar do Henry Alfred Kissinger
genocídio perpetrado pelos paquistaneses.[6]
Depois de deixar o governo, ele formou a Nascimento 27 de maio de 1923
Kissinger Associates, uma firma de consultaria Fürth, Baviera, Alemanha
geopolítica. Kissinger escreveu pelo menos Morte 29 de novembro de 2023 (100 anos)
uma dúzia de livros sobre história diplomática e Kent, Connecticut, Estados Unidos
relações internacionais. Progenitores Mãe: Paula Stern
Pai: Louis Kissinger
Henry Kissinger continuou sendo uma figura
controversa e polarizadora na política Alma mater Universidade Harvard
americana, venerado por alguns como um Prêmio(s) Nobel da Paz (1973)
Secretário de Estado altamente eficaz[7] e Esposas Ann Fleischer (1949–1964)
condenado por outros por supostamente tolerar Nancy Maginnes (1974–2023)
ou apoiar crimes de guerra cometidos por
Filhos(as) 2
nações aliadas durante seu mandato.[5][8][9]
Uma pesquisa feita em 2015 por estudiosos de Partido Republicano
relações internacionais, conduzida pelo College Religião Judaísmo
of William & Mary, classificou Kissinger como Assinatura
o secretário de Estado dos Estados Unidos mais
eficaz nos cinquenta anos anteriores até Serviço militar
2015.[7] Com a morte do centenário George
Lealdade Estados Unidos
Shultz em fevereiro de 2021, foi, até sua morte,
o ex-membro do gabinete dos Estados Unidos Serviço/ramo Exército dos Estados Unidos
mais velho vivo e o último membro Anos de serviço 1943–1946
sobrevivente do Gabinete de Nixon.[10] Graduação Sargento
Unidade 970º Corpo de Contra-Inteligência
Juventude
Em 1938, devido às perseguições antissemitas na Alemanha nazista, seus pais emigram com ele para os
EUA. Cinco anos depois, ele obtém sua cidadania americana em 19 de junho de 1943.[4]

Depois de servir na Segunda Guerra Mundial, fez o seu doutoramento pela Universidade Harvard em
1954, tornando-se imediatamente instrutor na mesma instituição; depois de alguns anos, obteve o título de
professor.

Kissinger foi conselheiro de relações exteriores de todos os presidentes dos EUA, de Eisenhower a Gerald
Ford, sendo Secretário de Estado dos Estados Unidos (cargo equivalente ao de Ministro das Relações
Exteriores, no Brasil,[11] e de Ministro dos Negócios Estrangeiros, em Portugal), conselheiro político e
confidente de Richard Nixon.[12]

Em 1973, ganhou, com Le Duc Tho, o Prêmio Nobel da Paz, pelo seu papel na obtenção do acordo de
cessar-fogo na Guerra do Vietnam. Le Duc Tho recusou o prêmio.[13]

Henry Kissinger esteve envolvido em uma intensa atividade diplomática com a República Popular da
China, o Vietnã, a União Soviética e a África. É considerado uma figura polêmica e controversa, tendo
alguns de seus críticos acusado-o de ter cometido crimes de guerra durante sua longa estadia no governo,
como dar luz verde à invasão indonésia de Timor (1975) e aos golpes de estado no Chile, no Camboja[14] e
no Uruguai (1973), sendo que, por diversas vezes, Kissinger usava uma política tortuosa, em que parecia
jogar com um "pau de dois bicos". Entre tais críticos, incluem-se o jornalista Christopher Hitchens (no livro
The Trial of Henry Kissinger) e o analista Daniel Ellsberg (no livro Secrets). Apesar de essas alegações não
terem sido provadas perante uma corte de justiça, considera-se um ato perigoso, para Kissinger, entrar em
alguns países da Europa e da América do Sul.[15]
Henry Kissinger foi um dos mentores – ou mesmo o mentor – da chamada Operação Condor, para a
América do Sul, além de ter dado apoio ao regime da ditadura militar argentina,[16] tendo o mesmo dito,
certa vez ao ministro das relações exteriores argentino da época, que: “Se há coisas que precisam ser feitas,
vocês devem fazê-las rapidamente”, referindo-se à eliminação e à repressão a quem era contra a ditadura,
incluindo-se aí, obviamente, métodos como torturas e mortes.[17]

Política externa

Abertura diplomática da China

Kissinger inicialmente tinha pouco interesse na China quando


começou o seu trabalho como Conselheiro de Segurança Nacional
em 1969, e a força motriz por trás da reaproximação com a China
foi Nixon.[18] Em abril de 1970, tanto Nixon quanto Kissinger
prometeram a Chiang Ching-kuo, filho do Generalíssimo Chiang
Kai-shek, que nunca abandonariam Taiwan ou fariam quaisquer
compromissos com Mao Zedong, embora Nixon falasse vagamente
de seu desejo de melhorar as relações com o país asiático.[18]
Kissinger, mostrado aqui com Zhou
Enlai e Mao Zedong, negociou a Kissinger fez duas viagens à República Popular em julho e outubro
reaproximação com a China. de 1971 (a primeira das quais foi feita em segredo) para conversar
com o primeiro-ministro Zhou Enlai, então responsável pela
política externa da RPC. Durante a sua visita a Pequim, a questão
principal acabou por ser Taiwan, pois Zhou exigiu que os Estados Unidos reconhecessem que Taiwan era
uma parte legítima da RPC, retirassem as forças dos EUA de Taiwan e acabassem com o apoio militar ao
regime do Kuomintang. Kissinger cedeu ao prometer retirar as forças dos EUA de Taiwan, dizendo que
dois terços seriam retirados quando a Guerra do Vietnã terminasse e o resto seria retirado à medida que as
relações sino-americanas melhorassem.[19]

Em Outubro de 1971, quando Kissinger fazia a sua segunda viagem à República Popular, a questão de qual
governo chinês merecia ser representado nas Nações Unidas. surgiu novamente Preocupados em não serem
vistos abandonando um aliado, os Estados Unidos tentaram promover um compromisso sob o qual ambos
os regimes chineses seriam membros da ONU, embora Kissinger tenha chamado isso de "uma ação de
retaguarda essencialmente condenada".[19] Enquanto o embaixador americano na ONU, George H. W.
Bush, fazia lobby pela fórmula das "duas Chinas", Kissinger retirava referências favoráveis ​a Taiwan de
um discurso que o então secretário de Estado William P. Rogers preparava, pois esperava que o país fosse
expulso do país. a ONU. Durante a sua segunda visita a Pequim, Kissinger disse a Zhou que, de acordo
com uma sondagem de opinião pública, 62% dos americanos queriam que Taiwan continuasse a ser
membro da ONU e pediu-lhe que considerasse o compromisso das "duas Chinas" para evitar ofender a
opinião pública americana. Zhou respondeu afirmando que a República Popular era o governo legítimo de
toda a China e que nenhum acordo era possível com a questão de Taiwan. Kissinger disse que os Estados
Unidos não poderiam romper totalmente os laços com Chiang, que foi aliado na Segunda Guerra
Mundial.[19]

As viagens de Kissinger abriram caminho para a cúpula histórica de 1972 entre Nixon, Zhou e do Partido
Comunista Chinês, o presidente Mao Zedong, bem como para a formalização das relações entre os dois
países, encerrando 23 anos de isolamento diplomático e hostilidade mútua. O resultado foi a formação de
uma aliança estratégica anti-soviética tácita entre a RPC e os Estados Unidos.[20] A diplomacia de
Kissinger levou a intercâmbios económicos e culturais entre os dois lados e ao estabelecimento de
"gabinetes de ligação" na RPC e nas capitais americanas, embora a plena normalização das relações com a
RPC não ocorresse até 1979.[21]

Golpe de Estado no Chile em 1973


O Golpe de Estado de 11 de Setembro, ocorrido no Chile em 1973,
foi um golpe militar que derrubou o regime democrático
constitucional do Chile e de seu presidente, Salvador Allende,
tendo sido articulado conjuntamente por oficiais sediciosos da
marinha e do exército chileno, com apoio militar e financeiro do
governo dos Estados Unidos e da CIA, bem como de organizações
terroristas chilenas, como a Patria y Libertad, de tendências
nacionalistas-neofascistas,[22][23][24][25][26] tendo sido encabeçado
pelo general Augusto Pinochet, que se proclamou presidente.
Bombardeio ao Palácio de La
Guerra Suja na Argentina Moneda durante o Golpe de Estado
no Chile, em 11 de setembro de
1973
Guerra Suja na Argentina ou Guerra Suja (em espanhol: Guerra
Sucia) (1976-1983) foi o regime adotado em meio a ditadura militar
argentina, caracterizado por violência indiscriminada, perseguições,
tortura, terrorismo de Estado, desaparecimentos forçados etc.
Conhecido também como Processo de Reorganização Nacional
segundo a ditadura, foi marcado por várias mortes,
desaparecimentos e pelos voos da morte, em que pessoas eram
jogadas ao mar vivas.

Vítimas da violência incluíram vários milhares de ativistas de


esquerda, incluindo sindicalistas, estudantes, jornalistas, marxistas e
os guerrilheiros peronistas[27] e simpatizantes.[28] Cerca de 10 mil Fotografias de vítimas da ditadura
desaparecidos sob a forma dos Montoneros, guerrilheiros do argentina
Exército Revolucionário do Povo (ERP) foram mortos.[29][30] As
estimativas para o número de pessoas que foram mortas ou
"desapareceram" variam de 9 000 a 30 000.[31][32]

A denominação refere-se ao caráter informal de confronto entre os militares - desligados da autoridade civil
-, contra os civis e muitas organizações guerrilheiras, que em qualquer momento foi considerado uma
explícita guerra civil. O uso sistemático da violência e sua extensão contra alvos civis no âmbito da tomada
de poder político e burocrático por parte das forças armadas, determinou a imediata suspensão dos direitos
constitucionais e conduziu à aplicação de táticas de guerra irregular e procedimentos a toda população.

No entanto, a sua designação como uma "guerra" é contestada por algumas organizações políticas e dos
direitos humanos, argumentando que se trata de um argumento original pelo regime militar para justificar a
repressão indiscriminada. Uma das considerações tidas em conta é a disparidade de vítimas de ambos os
lados, o que torna inadequada a definição de "guerra", ao invés, a jurisprudência moderna da Argentina,
definiu-a como "genocídio".

O terrorismo de Estado foi realizado principalmente pela ditadura militar de Jorge Rafael Videla, como
parte da Operação Condor, um plano patrocinado pelo governo dos Estados Unidos na época (assim como
o FBI e a CIA) para realizar vários golpes de Estado na América do Sul. No entanto, os atos de repressão,
tortura e os assassinatos continuaram depois até o retorno ao regime civil em 1983.
A cronologia exata da repressão ainda está em discussão, no entanto, como os sindicalistas foram alvo de
assassinato em 1973, e casos isolados de violência patrocinada pelo Estado contra o peronismo e à
esquerda pode ser rastreado pelo menos ao bombardeio da Plaza de Mayo na década de 1950. O Massacre
de Trelew de 1972, as ações da Aliança Anticomunista Argentina desde 1973 e os "decretos de
aniquilação" de Isabel Martínez de Perón contra os guerrilheiros de esquerda durante o Operativo
Independencia em 1975, tem sido sugerido como datas para o início da guerra suja.

Ditadura militar brasileira

A ditadura militar brasileira foi o regime instaurado no Brasil em 1 de abril de 1964 e que durou até 15 de
março de 1985, sob comando de sucessivos governos militares. De caráter autoritário e nacionalista, a
ditadura teve início com o golpe militar[33][34] que derrubou o governo de João Goulart, o então presidente
democraticamente eleito.[35] O regime acabou quando José Sarney assumiu a presidência, o que deu início
ao período conhecido como Nova República (ou Sexta República).

Apesar das promessas iniciais de uma intervenção breve, a ditadura militar durou 21 anos. Além disso, a
ditadura foi se intensificando por meio da publicação de diversos Atos Institucionais, culminando com o
Ato Institucional Número Cinco (AI-5) de 1968, que vigorou por dez anos. A Constituição de 1946 foi
substituída pela Constituição de 1967 e, ao mesmo tempo, o Congresso Nacional foi dissolvido, liberdades
civis foram suprimidas e foi criado um código de processo penal militar que permitia que o Exército
brasileiro e a Polícia Militar pudessem prender e encarcerar pessoas consideradas suspeitas, além de
impossibilitar qualquer revisão judicial.[36]

O regime adotou uma diretriz nacionalista, desenvolvimentista e anticomunista. A ditadura atingiu o auge
de sua popularidade na década de 1970, com o "milagre econômico", no mesmo momento em que o
regime censurava todos os meios de comunicação do país e torturava e exilava dissidentes. Na década de
1980, assim como outros regimes militares latino-americanos, a ditadura brasileira entrou em decadência
quando o governo não conseguiu mais estimular a economia, controlar a hiperinflação crônica e os níveis
crescentes de concentração de renda e pobreza provenientes de seu projeto econômico,[37] o que deu
impulso ao movimento pró-democracia. O governo aprovou uma Lei de Anistia para os crimes políticos
cometidos pelo e contra o regime, as restrições às liberdades civis foram relaxadas e, então, eleições
presidenciais indiretas foram realizadas em 1984, com candidatos civis e militares. O regime militar
brasileiro inspirou o modelo de outras ditaduras por toda a América Latina, através da sistematização da
"Doutrina de Segurança Nacional", a qual justificava ações militares como forma de proteger o "interesse
da segurança nacional" em tempos de crise.[38] Desde a aprovação da Constituição de 1988, o Brasil
voltou à normalidade institucional. Segundo a Carta, as Forças Armadas voltam ao seu papel institucional: a
defesa do Estado, a garantia dos poderes constitucionais e (por iniciativa desses poderes) da lei e da
ordem.[39]

Apesar do combate aos opositores do regime ter sido marcado por torturas e assassinatos, as Forças
Armadas sempre mantiveram um discurso negacionista.[40] Só admitiram oficialmente a possibilidade de
tortura e assassinatos em setembro de 2014,[41] em resposta à Comissão Nacional da Verdade. No entanto,
apesar das várias provas, os ofícios internos da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea
Brasileira, foram uníssonos em afirmar que em suas investigações não encontraram evidências que
"corroborassem ou negassem" a tese de que houve "desvio formal de finalidade no uso de instalações
militares". Em maio de 2018, o Departamento de Estado dos Estados Unidos divulgou um memorando de
11 de abril de 1974 que afirma que a cúpula da ditadura não apenas sabia, como também autorizava as
torturas e assassinatos que foram cometidos contra opositores.[42] Estima-se que houve 434 mortos e
desaparecidos políticos durante o regime,[43][44] além de um genocídio de povos nativos que matou mais
de 8,3 mil indígenas brasileiros por negligência e por ações específicas visando ao massacre
indígena.[45][46]

Operação Condor

A Operação Condor (em inglês: Operation Condor; em castelhano:


Operación Cóndor, também conhecida como Plan Cóndor) foi
uma campanha de repressão política e terror de Estado levada a
cabo pelas ditaduras de direita do Cone Sul, com o apoio dos
Estados Unidos.[47] A operação envolveu operações de
inteligência e assassinato de opositores políticos exilados em outros
países. Foi formalmente implementada em novembro de 1975 a
pedido do ditador chileno Augusto Pinochet.[48]
Augusto Pinochet cumprimento
Em novembro de 1975, Manuel Contreras, chefe da DINA, a Kissinger em 1976
polícia secreta do Chile, convidou 50 oficiais de inteligência do
Chile, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil para o Chile
para implementar formalmente a Operação Condor.[48] Mais tarde, o Equador e o Peru juntaram-se à
operação com funções mais periféricas.[49][50] A fase principal da operação ocorreu entre 1976 e 1978. As
relações entre o Chile e a Argentina tornaram-se tensas em 1978, levando ao eventual colapso da rede mais
ampla da Condor, embora as operações tenham continuado até 1981.[48]

Devido à sua natureza clandestina, o número exato de mortes diretamente atribuíveis à Operação Condor é
altamente contestado. Algumas estimativas indicam que pelo menos 50 000 mortes, 30 000 desaparecidos e
400 000 prisioneiros podem ser atribuídos ao Condor, cerca de 30 000 das mortes na Argentina.[51][52][53]
os Arquivo do Terror documenta o sequestro, tortura, estupro, assassinato e desaparecimento de pelo menos
763 pessoas.[48][54] O cientista político americano J. Patrice McSherry dá um número de pelo menos 402
mortos em operações Condor que atravessaram as fronteiras nacionais numa fonte de 2002,[47] e menciona
numa fonte de 2009 que daqueles que "foram para o exílio" e foram "raptados, torturados e mortos em
países aliados ou ilegalmente transferidos para os seus países de origem para serem executados... centenas,
ou milhares, de tais pessoas — o número ainda não foi finalmente determinado — foram raptadas,
torturadas e assassinadas em operações Condor". As vítimas incluíam dissidentes e pessoas de esquerda,
líderes sindicais e camponeses, padres e freiras, estudantes e professores, intelectuais e suspeitos de serem
guerrilheiros.[47]

Embora tenha sido descrito pela Central Intelligence Agency (CIA) como "um esforço cooperativo dos
serviços de inteligência/segurança de vários países sul-americanos para combater o terrorismo e a
subversão",[55] os guerrilheiros foram usados como desculpa, pois nunca foram suficientemente
substanciais para controlar o território, obter apoio material de qualquer potência estrangeira, ou ameaçar de
qualquer outra forma a segurança nacional.[56][57][58]

O governo dos Estados Unidos forneceu planeamento, coordenação, formação sobre tortura[59] e apoio
técnico, e forneceu ajuda militar às Juntas durante as administrações Johnson, Nixon, Ford, Carter e
Reagan. Tal apoio era frequentemente encaminhado através da CIA.

Programa brasileiro de armas nucleares

Kissinger era a favor do programa de armas nucleares na década de 1970 do Brasil. Kissinger justificou sua
posição argumentando que o Brasil era um aliado dos EUA e alegando que isso beneficiaria atores privados
da indústria nuclear nos EUA. A posição de Kissinger sobre o Brasil estava fora de sincronia com vozes
influentes no Congresso dos EUA, no Departamento de Estado e a Agência de Controle de Armas e
Desarmamento.[60]

Timor-Leste

O processo de descolonização português chamou a atenção dos


EUA para a ex-colónia portuguesa de Timor-Leste, que declarou a
sua independência em 1975. O presidente indonésio Suharto
considerava Timor-Leste como parte legítima da Indonésia. Em
dezembro de 1975, Suharto discutiu planos de invasão durante uma
reunião com Kissinger e o presidente Ford na capital indonésia de
Jacarta. Tanto Ford quanto Kissinger deixaram claro que as
Suharto com Gerald Ford e Kissinger
relações dos EUA com a Indonésia permaneceriam fortes e que não
em Jacarta em 6 de dezembro de
se oporiam à anexação proposta.[61] Eles só queriam que fosse feita
1975, um dia antes da invasão
"rapidamente" e propuseram que fosse adiada até depois de terem
indonésia de Timor-Leste.
retornado a Washington.[62] Assim, Suharto atrasou a operação por
um dia. Finalmente, em 7 de dezembro, as forças indonésias
invadiram a antiga colónia portuguesa. As vendas de armas dos EUA para a Indonésia continuaram e
Suharto prosseguiu com o plano de anexação. De acordo com Ben Kiernan, a invasão e ocupação
resultaram na morte de quase um quarto da população timorense de 1975 a 1981.[63]

Morte
Kissinger morreu aos 100 anos em 29 de novembro de 2023, na
sua residência no estado de Connecticut, nos Estados Unidos.[2]

Sua morte motivou notas por políticos do mundo inteiro. Joe Biden
falou sobre o intelecto de Kissinger, com o qual discordava
frequentemente, e que continuou dando sua opinião muito depois
de se aposentar.[64] George W. Bush relembrou seu status de
refugiado, que fugiu dos nazistas. Vladimir Putin falou sobre a
política pragmática de relações exteriores, que permitiu formar
acordos entre os Estados Unidos e a União Soviética.[65] O
embaixador do Chile, Juan Gabriel Valdes, escreveu sobre sua
"profunda miséria moral".[66]

Na internet, houve grande repercussão na mídia e redes sociais.


Memes sobre sua morte já circulavam bem antes dele morrer,
devido a sua longevidade, envolvendo personagens como o
Kissinger em setembro de 2019
ceifador e satã. Quando a morte finalmente aconteceu, grande parte
dos memes tiveram tom de celebração.[67][68] Na Wikipédia em inglês, editora que atualizou a biografia de
Kissinger informando sobre a morte recebeu dezenas de congratulações e medalhas virtuais.[69]

Escritos: livros importantes

Memórias
1979. The White House Years. ISBN 0316496618 (National Book Award, History
Hardcover)
1982. Years of Upheaval. ISBN 0316285919
1999. Years of Renewal. ISBN 0684855712

Políticas públicas
1957. A World Restored: Metternich, Castlereagh and the Problems of Peace, 1812–22.
ISBN 0395172292
1957. Nuclear Weapons and Foreign Policy. ISBN 0865317453 (1984)
1961. The Necessity for Choice: Prospects of American Foreign Policy. ISBN 0060124105
1965. The Troubled Partnership: A Re-Appraisal of the Atlantic Alliance. ISBN 0070348952
1969. American Foreign Policy: Three Essays. ISBN 0297179330
1981. For the Record: Selected Statements 1977–1980. ISBN 0316496634
1985. Observations: Selected Speeches and Essays 1982–1984. ISBN 0316496642
1994. Diplomacy. ISBN 067165991X
1999. Kissinger Transcripts: The Top Secret Talks With Beijing and Moscow (Henry
Kissinger, William Burr). ISBN 1565844807
2001. Does America Need a Foreign Policy? Toward a Diplomacy for the 21st Century.
ISBN 0684855674
2002. Vietnam: A Personal History of America's Involvement in and Extrication from the
Vietnam War. ISBN 0743219163
2003. Crisis: The Anatomy of Two Major Foreign Policy Crises: Based on the Record of
Henry Kissinger's Hitherto Secret Telephone Conversations. ISBN 978-0743249119
2011. On China (Nova York: Penguin Press, 2011). ISBN 978-1594202711.
2014. World Order (Nova York: Penguin Press, Set. 9, 2014). ISBN 978-1594206146.

Referências
1. «Kissinger – Definition from the Merriam-Webster Online Dictionary» (http://www.merriam-w
ebster.com/dictionary/Kissinger). Merriam-Webster. Consultado em 23 de outubro de 2009
2. «Dr. Henry Kissinger Dies at Age 100» (https://finance.yahoo.com/news/dr-henry-kissinger-d
ies-age-013400740.html). Yahoo Finance (em inglês). 30 de novembro de 2023. Consultado
em 29 de novembro de 2023
3. «The Nobel Peace Prize 1973» (https://www.nobelprize.org/prizes/peace/1973/kissinger/bio
graphical/). NobelPrize.org. Consultado em 4 de fevereiro de 2019
4. Encyclopædia Britannica Online, Inc. - "Henry A. Kissinger" (http://www.britannica.com/EBch
ecked/topic/319464/Henry-A-Kissinger). Página acessada em 7 de fevereiro de 2023.
5. «Henry Kissinger: Realpolitik and Kurdish Genocide» (https://kurdistantribune.com/henry-kis
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de março de 2019
6. Bass, Gary (21 de setembro de 2013). «Blood Meridian» (https://www.economist.com/news/
books-and-arts/21586514-new-history-sheds-fresh-light-shameful-moment-american-foreign
-policy-blood). The Economist. Consultado em 13 de fevereiro de 2016
7. «The Best International Relations Schools in the World» (https://foreignpolicy.com/2015/02/0
3/top-twenty-five-schools-international-relations/). Foreign Policy. 3 de fevereiro de 2015.
Consultado em 8 de agosto de 2015
8. «Protesters Heckle Kissinger, Denounce Him for 'War Crimes' » (https://www.timesofisrael.co
m/protesters-heckle-kissinger-denounce-him-for-war-crimes/). The Times of Israel. 30 de
janeiro de 2015. Consultado em 14 de dezembro de 2015
9. Nevius, James (13 de fevereiro de 2016). «Does Hillary Clinton see that invoking Henry
Kissinger harms her campaign?» (https://www.theguardian.com/commentisfree/2016/feb/13/
hillary-clinton-henry-kissinger-harms-her-campaign). The Guardian. Consultado em 23 de
outubro de 2016
10. Robertson, Nicky; Cole, Devan (7 de fevereiro de 2021). «Former Secretary of State George
Shultz dead at age 100» (https://www.cnn.com/2021/02/07/politics/george-shultz-former-secr
etary-of-state-dead/index.html). CNN. Consultado em 21 de fevereiro de 2021
11. «Foreign Relations of the United States, 1969–1976, Volume E–11, Part 2, Documents on
South America, 1973–1976 - Office of the Historian» (https://history.state.gov/historicaldocum
ents/frus1969-76ve11p2/d99). history.state.gov. Consultado em 11 de dezembro de 2021
12. Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais: "O legado de Henry
Kissinger, por Paulo Roberto de Almeida" (http://mundorama.net/2008/05/31/o-legado-de-he
nry-kissinger-por-paulo-roberto-de-almeida/)
13. UOL Educação. Biografia: "Político alemão, naturalizado norte-americano Henry Kissinger"
(http://educacao.uol.com.br/biografias/henry-kissinger.jhtm)
14. Fred Branfman (16 de abril de 2013). «America Keeps Honoring One of Its Worst Mass
Murderers: Henry Kissinger» (http://www.alternet.org/news-amp-politics/america-keeps-hono
ring-one-worst-mass-murderers-all-time-henry-kissinger). AlterNet (em inglês). AlterNet.
Consultado em 28 de janeiro de 2015. "As the Khmer Rouge were conducting genocide in
Cambodia, Mr. Kissinger told the Thai Foreign Minister on November 26, 1975 that “how
many people did (Khmer Rouge Foreign Minister Ieng Sary) kill? Tens of thousands … you
should tell the Cambodians that we will be friends with them. They are murderous thugs, but
we won’t let that stand in the way. We are prepared to improve relations with them. Tell them
the latter part, but don’t tell them what I said before.”"
15. "Sudeste Asiático - Uma guerra local" - Nosso Tempo, Volume II. Páginas 532-541. Editora
Klirck Editora. São Paulo - (1995)
16. Here are 7 fascist regimes enthusiastically supported by America (https://www.rawstory.com/
2015/02/here-are-7-fascist-regimes-enthusiastically-supported-by-america/)
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de tais militares se aproximava ao dos negacionistas do Holocausto, pois ambos negavam
fatos limites, ou seja, acontecimentos que estão comprovados empiricamente, como por
exemplo, a tortura, o golpe e a própria ditadura. No entanto, o que ambos os grupos
buscavam era negar a memória dos seus oponentes, para legitimar suas próprias
memórias, construídas segundo interesses políticos e ideológicos, provocando novo embate
pelo passado. Se escoravam em máximas simplistas e generalistas, como a de que as
rememorações dos judeus ou dos torturados pela ditadura civil-militar não estavam imunes
às emoções dos ressentimentos ocasionados pelos traumas ocorridos, o que é mais do que
evidente pois, a memória forma-se de tais “feridas abertas, interrogações atuais e
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Bibliografia
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Ligações externas
«Perfil no sítio oficial do Nobel da Paz 1973» (http://nobelprize.org/nobel_prizes/peace/laur
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Resenha do livro "O julgamento de Kissinger". Boitempo Editorial (http://boitempoeditorial.c
om.br/livro_completo.php?isbn=85-85934-98-0)
«Perfil de Henry Kissinger» (http://www.olympic.org/en/content/The-IOC/Members/Mr-Henry-
KISSINGER/) (em inglês). no site do Comitê Olímpico Internacional

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