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Tipos de trabalhos académicos

Regras de escrita e formatação

Sandra Valadas e Carla Vilhena


DPCE, FCHS, Universidade do Algarve

Documento Orientador para todos os


estudantes do curso de 1º ciclo (licenciatura)
em Ciências da Educação e da Formação

Faro, fevereiro de 2016


Agradecimentos

A realização deste documento teve o contributo inestimável de alguns colegas da


Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, cujos comentários e sugestões não só
enriqueceram o conteúdo do mesmo, mas também nos fizeram aprender regras de escrita,
formatação, discurso, entre outras.
Agradecemos, por isso, ao António Fragoso de Almeida, ao Célio Conceição, à Gabriela
Gonçalves e ao Jorge Baptista.

Sandra Valadas
Carla Vilhena

2
Índice
Págs.
Introdução......................................................................................................................... 4
Questões éticas................................................................................................................. 5
Plágio e auto plágio..................................................................................................... 5
Regras básicas de linguagem............................................................................................ 7
Regras de formatação....................................................................................................... 8
Notas de rodapé........................................................................................................... 8
Tabelas......................................................................................................................... 8
Figuras......................................................................................................................... 9
Estrutura do trabalho........................................................................................................ 10
Citações............................................................................................................................ 12
Referências Bibliográficas............................................................................................... 14
Tipos de trabalhos académicos......................................................................................... 16
Artigo científico........................................................................................................... 16
Ensaio........................................................................................................................... 17
Projeto.......................................................................................................................... 17
Recensão...................................................................................................................... 17
Relatório....................................................................................................................... 17
Referências bibliográficas................................................................................................ 18

3
INTRODUÇÃO

São considerados trabalhos académicos todos os solicitados no âmbito de uma Unidade


Curricular (UC) que integre um Plano de Estudos de um curso e que sirvam de elemento de
avaliação dos conhecimentos adquiridos e das competências desenvolvidas pelos estudantes.

Em todos esses trabalhos são respeitadas regras gerais de elaboração, formatação e


apresentação de trabalhos escritos, que poderão sofrer ligeiras variações de docente para
docente.

Ainda assim existem alguns elementos obrigatórios, como sejam o resumo, a introdução,
a revisão da literatura, a reflexão/conclusão e as referências bibliográficas. A par destes,
poderão ser solicitados outros elementos pelo(a) docente da UC.

Este documento (que segue as regras nele constantes, pelo que serve de exemplo)
pretende orientar os estudantes ao longo do seu percurso académico no que se refere à
realização dos diversos trabalhos que lhes vão sendo solicitados. Ainda que em Ciências da
Educação, bem como em diversas Ciências Sociais, as regras que aqui se apresentam sejam
consensuais, tal não invalida a adoção de estilos de escrita alternativos.

Inicia-se com uma breve reflexão sobre as questões éticas da investigação, relacionadas
com o respeito pela liberdade individual e com o plágio. Segue-se a apresentação de algumas
regras básicas de linguagem e formatação. Uma parte substancial deste documento é dedicada
à estrutura do texto de um trabalho académico, onde são explicitadas todas as partes
constituintes do mesmo. Descrevem-se, por fim, diversos tipos de trabalhos académicos
(recensões, relatórios, ensaios, projetos, artigos científicos).

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QUESTÕES ÉTICAS

Em Ciências da Educação e Psicologia, bem como em outras Ciências Sociais, a


referência em termos de normas de realização de trabalhos académicos (ensaios, projetos,
dissertações, artigos, textos, etc.) tem sido o Manual da American Psychology Association
(APA). O Estilo APA surgiu nos finais dos anos vinte do século passado, numa tentativa de
encontrar um conjunto de procedimentos simples que permitissem uniformizar os alguns
aspetos da escrita científica no contexto das Ciências Sociais.

Atualmente, as mais diversas entidades como institutos científicos (incluindo


universidades portuguesas), editoras, revistas científicas e grupos de investigação na área das
Ciências Sociais adotaram o Estilo APA como norma/padrão do texto científico.
Para uma correta utilização do Estilo APA e o esclarecimento de todas as dúvidas,
recomenda-se a consulta do manual APA [Publication Manual of the American Psychological
Association – 6th Edition (2010)], ou a página web oficial da American Psychological
Association (http://www.apastyle.org/).

Muito do Manual de Publicação APA dirige-se ao estilo de escrita científica. Ao estilo


não está inerente o que é correto ou errado. É uma mera convenção (existem muitas outras
que variam de área científica para área científica) de apresentar informação, concebida para
facilitar a comunicação.
Inversamente, os princípios éticos e legais básicos estão subjacentes a toda a
investigação e escrita académica. Esses princípios visam atingir três objetivos:

1. Assegurar a exatidão do conhecimento científico.


2. Proteger os direitos e bem-estar dos participantes na investigação.
3. Proteger os direitos de propriedade intelectual.

Plágio e auto plágio

Os investigadores não utilizam palavras e ideias de outros como se fossem suas. Devem
ser usadas aspas para indicar as palavras exatas de outros (transcrições) e para as paráfrases
devem sempre remeter o leitor para a fonte original, fazendo a referência adequada.

5
O auto plágio (referir ideias expressas noutras publicações do autor como se fossem
novas) também não é aceite.

Em Portugal, plagiar trabalhos de outros constitui crime público, devidamente


regulamentado, exigindo-se a comunicação de ocorrência ao Ministério Público sempre que
tal seja detetado.
O Regulamento Avaliação da Universidade do Algarve, no seu Artigo 15º, refere o
seguinte: “A conduta fraudulenta, incluindo plágio, na realização de provas e demais
elementos de avaliação por parte dos estudantes comina automaticamente a sua nulidade, sem
prejuízo de eventual procedimento disciplinar subsequente, nos termos previstos no
regulamento disciplinar da Universidade do Algarve e legislação subsidiária” (p. 23831).

Como evitar o plágio e o auto plágio:


Ao serem identificadas todas as fontes de informação utilizadas, deixa de existir a
possibilidade de ocorrência de situações de plágio (utilização de ideias de terceiros como se
fossem do autor do texto, omitindo a devida autoria), ou de auto plágio (quando se utilizam
ideias do próprio autor já anteriormente publicadas como se fossem ideias novas). Cada
trabalho científico deve assumir-se como um contributo original para o avanço do
conhecimento em determinada área ou domínio.

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REGRAS BÁSICAS DE REDAÇÃO

O DISCURSO deve ser simples, claro, preciso, conciso, direto, rigoroso e não
tendencioso.

Devem ser respeitadas as normas gramaticais da língua (morfológicas, semânticas,


sintáticas e ortográficas) (Caldeira, 2008).

Devem ser evitados parágrafos longos com frases excessivamente longas (exige-se
coerência e consistência do discurso). Também se devem evitar parágrafos de uma única
frase.

A escrita deve ter uma sequência e lógica claras, respeitando a estrutura clássica
(introdução, corpo do texto, conclusão/discussão, referências). O texto deve ser organizado,
dentro de cada um dos pontos, do geral para o mais específico.

Algumas regras particulares:


a) evitar expressões coloquiais cujo significado não é exato;
b) evitar o uso de calão;
c) ter cuidados particulares no que se refere ao uso de pronomes (este, aquele),
pois podem confundir o leitor, a não ser que seja óbvio;
d) utilizar desejavelmente a primeira pessoa do plural (nós), pois evita
ambiguidade.

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REGRAS DE FORMATAÇÃO

Por norma, existe um conjunto de regras gerais de formatação relativas a margens,


tamanho e tipo de letra, espaçamento, alinhamento, indentação, paginação (todos os trabalhos
são obrigatoriamente paginados) e cabeçalhos/rodapés, que devem ser respeitadas e constar
das regras de avaliação estabelecidas no início do semestre para a UC em causa. Estas regras
devem ser disponibilizadas atempadamente pelo docente da UC, para que os estudantes
conheçam de forma detalhada quais os critérios de avaliação do trabalho e o que se espera
que conste do mesmo.

O Manual da APA dá algumas indicações claras sobre estas regras, pelo que se aconselha
a consulta do mesmo.

Também os programas de processamento de texto (Word, por exemplo) costumam ter já


formatações por defeito, que podem ser alteradas pelos utilizadores.

Ainda assim, normalmente, o texto deve ser apresentado com a fonte Times New Roman
(ou similar), tamanho 12 ou Arial tamanho 11. O espaçamento entre linhas deve ser de 1,5 cm
e o texto deve estar justificado, com avanço de 0,75 cm na primeira linha de cada parágrafo.

Nas notas de rodapé, figuras, tabelas, etc., deve ser utilizado um tamanho de letra inferior
e espaçamento simples.

Notas de rodapé

As notas de rodapé são utilizadas ocasionalmente para suportar ou complementar alguma


informação que surja ao longo do corpo do texto1.

Tabelas

Regras gerais para utilização de tabelas:

a) se necessitar de apresentar 3 ou menos números, utilize uma frase;


b) se necessitar de apresentar 4 a 20 números, considere o uso de uma tabela;
c) se tem mais de 20 números para apresentar, recorra ao uso de gráficos.

1 Graficamente, surgem na página onde consta o texto que suportam, sem título e letra tamanho 10.

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Exemplo:

Tabela 1
Médias, desvios-padrão e t de student em função do género (N = 566)
Género
Escalas/subescalas M (N = 218) F (N = 348) t (564) p
M DP M DP
Abordagem Profunda 15.38 1.65 15.55 1.54 -1.238 0.216
Procura de significado 15.65 2.04 15.91 1.92 -1.522 0.129
Relacionar ideias 14.96 2.28 14.84 2.01 0.646 0.518
Uso de dados 15.85 2.00 16.08 1.72 -1.444 0.149
Interesse por ideias 15.07 2.29 15.38 2.10 -1.637 0.102
Abordagem Superficial Apática 12.38 2.06 12.11 2.14 1.505 0.133
Falta de objectivo 10.55 3.30 9.85 3.57 2.318 0.021*
Falta de compreensão 11.25 2.63 10.80 2.79 1.908 0.057
Restrição ao programa 13.28 2.88 12.27 2.76 4.149 0.000*
Medo do fracasso 14.46 2.77 15.51 2.60 -4.558 0.000*
Abordagem Estratégica 13.72 1.82 14.65 1.81 -5.951 0.000*
Estudo organizado 12.47 2.54 13.82 2.56 -6.144 0.000*
Gestão do tempo 12.76 2.96 13.99 2.79 -4.946 0.000*
Atenção às exigências de avaliação 13.92 2.31 14.31 2.30 -1.956 0.051
Realização 13.81 2.54 14.72 2.48 -4.193 0.000*
Monitorização da eficácia 15.65 2.33 16.43 1.95 -4.302 0.000*

Figuras

Existem diversos tipos de figuras: gráficos, diagramas, mapas, desenhos, fotografias.

O padrão de utilização deve respeitar a simplicidade, clareza, continuidade e o seu valor


informativo. A legenda deverá aparecer sempre na parte inferior da figura, assumindo a
função de título. Deve indicar-se sempre as fontes de onde se retirou a figura.

Todas as tabelas e figuras são numeradas e devem ser referidas no corpo do texto. O
texto de legenda, caso haja, pode ter um título, seguido de um texto explicativo, mas sucinto,
do conteúdo da figura. Em certos casos, a legenda pode conter a explicação de símbolos
usados em mapas (gráficos e figuras).

A legenda deve ser redigida em letra tamanho 10 ou inferior, enquanto o numero e título
podem ser destacados.

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ESTRUTURA DO TRABALHO

Os trabalhos escritos são sempre constituídos por três partes distintas: pré- texto, corpo
do texto e pós- texto.

A parte pré-textual deve englobar todos os elementos que antecedem o corpo do texto:

• Capa (obrigatória): nunca paginada; inclui o título (deve sumariar a ideia


principal do trabalho e ser completamente explicativo por si só), autor(es), elementos
de identificação relacionados com a UC, curso, ano, semestre; local e data.
• Agradecimentos (facultativos)
• Resumo (obrigatório nos trabalhos de final de curso / facultativo nos restantes
casos): texto conciso, no qual são destacados os aspetos mais relevantes do trabalho,
permitindo que qualquer leitor conheça o essencial do conteúdo, sem necessitar de
consultar o restante texto. Trata-se de uma breve descrição dos elementos mais
importantes do documento e é apresentado num único bloco de texto.

Num relatório/trabalho de investigação devem constar, obrigatoriamente, os


seguintes elementos: a) objetivo do estudo – hipóteses, problema geral, objetivo; b)
breve descrição do estudo/experiência; c) resultados, incluindo dados específicos; d)
conclusões importantes ou questões que ficaram em aberto após a realização do
estudo/experiência.

Por norma, um resumo não deve exceder as 150/200 palavras e no final devem
constar até 5 palavras-chave. Só se consegue resumir o que se fez depois de estar feito
o trabalho, pelo que o resumo é sempre a última secção de um trabalho a ser redigida.

• Abreviaturas e símbolos (quando existam no texto);


• Índice(s) (obrigatório(s)) – geral, de figuras, gráficos, tabelas, etc.: após a lista
de abreviaturas e símbolos, caso exista; devem conter os títulos e subtítulos do
trabalho; todas as secções/capítulos devem ser numerada(o)s, com exceção da
Introdução, conclusão, bibliografia e anexos e/ou apêndices.

O corpo do texto deve ser organizado em diferentes partes/secções/capítulos,


dependendo da natureza do trabalho.

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O corpo do texto inicia-se sempre numa nova página (normalmente, na página 3, uma
vez que se contabiliza a capa e a folha de rosto), enquanto que as subsecções do corpo do
texto não se iniciam em novas páginas.

• Introdução: deve focar os aspetos principais do tema tratado e abordar


de forma breve a fundamentação teórica. A introdução deve tornar visível a
relevância e pertinência do tema, pelo que a referência aos objetivos principais
é obrigatória. Na parte final, deve ser apresentada brevemente a estrutura do
trabalho, complementada com uma breve descrição das suas partes
constituintes (partes/secções/capítulos). Em síntese, a introdução deve conter,
obrigatoriamente, os seguintes elementos: explicitação e fundamentação do
tema/assunto abordado, definição dos principais objetivos do trabalho e
caracterização breve da estrutura do trabalho.
• Desenvolvimento: o desenvolvimento do trabalho pode ser constituído
por diferentes partes/secções/capítulos.
• Conclusão: deve assumir-se como um texto sintético, reflexivo e
crítico, onde se retoma o assunto principal do trabalho, destacando-se não só
os principais aspetos trabalhados, mas sobretudo os resultados obtidos. A
avaliação final do trabalho deve ser feita de forma crítica, reflexiva e
fundamentada, o que exige que o autor se reporte aos objetivos do trabalho e
ao enquadramento teórico do mesmo. Devem também constar limitações e ser
identificadas questões deixadas em aberto.

A parte pós- texto inclui:

• Referências/Referências Bibliográficas: iniciam-se sempre numa página


ímpar.
• Anexos: dizem respeito a documentos utilizados no decurso do trabalho que,
pela sua extensão, natureza ou conteúdo, não possam ser incluídos no corpo do texto
(e.g. legislação, poemas, textos literários, transcrições de entrevistas, tabelas densas,
etc.). Os Anexos nunca são da autoria do próprio, distinguindo-se, por isso, dos
Apêndices (todo e qualquer material construído pelo(s) autor(es) do trabalho (e.g.
questionários, guiões de entrevistas, testes, etc.).

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CITAÇÕES

As citações dizem respeito a informações retiradas de outras obras/livros/textos/artigos,


devendo ser sempre privilegiadas as fontes originais. Podem ser apresentadas de forma
direta, sendo o texto transcrito na íntegra no mesmo formato do original; ou indireta
(parafraseadas), quando é apenas apresentada, e não transcrita, a ideia do autor original); em
ambos os casos deve ser sempre referenciada a fonte ou fontes onde se recolheu a
informação.

A citação direta inclui sempre: autor e ano de publicação, aspas para identificar
exatamente as palavras do autor e páginas ou número de parágrafo para o caso em que não
apresenta página (APA, 2010).

Ao parafrasear um texto está-se a escrever por palavras próprias a ideia ou pensamento


de um ou mais autores. O método utilizado por norma é autor-data, constituído pelo apelido
do autor (ou autores), seguido(s) da data de publicação do documento.

Exemplos:

Citação direta (menos de 40 palavras): É de salientar que as estratégias utilizadas no


âmbito da educação para a maternidade, cujo principal objetivo é tornar todas as mães, como
afirma Ferreira (2000, p. 132) “mais esclarecidas e conscientes dos seus deveres maternos”,
possuem um elemento de classe.

Citação direta (40 palavras ou mais): Nas transcrições longas de textos de outros
autores (com mais de 40 palavras) não se utilizam aspas e estas são normalmente
apresentadas num novo parágrafo com um avanço da margem esquerda, igual ao da
indentação de parágrafo.
Como refere Ó (2003, p. 74):
a invenção das instituições disciplinares (…) foi acompanhada pela promulgação de
programas de tipo assistencial a cargo de um leque variado de cientistas que
defendiam a necessidade de conhecer objectivamente a atividade económica, a vida
familiar e a moral individual para, com propriedade, as poder enquadrar nos
parâmetros da virtude pública.

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Citação indireta (1 autor): A existência dessa distância, entre o que somos e o que
deveríamos ser, é, por sua vez, como afirma Rose (1999), geradora de ansiedades, ansiedades
essas sobre as quais os peritos vão actuar, indicando a cada um como deve proceder, de
forma a atingir a normalidade.

Citação indireta (2 autores ou mais): A importância conferida ao meio,


designadamente ao ambiente familiar, mas sobretudo, por influência das teorias da
vinculação e da psicanálise, à relação mãe-criança na construção dessa mesma normalidade,
justifica que essa intervenção se expanda e abarque a família que se torna alvo de um
conjunto de programas cuja principal finalidade é garantir a saúde mental, presente e futura,
das crianças (Burman, 2000; Groenendijk & Bakker, 2002; Hendrick, 2007; Rose, 1999).

Nota: Os autores devem ser ordenados alfanumericamente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Todos os autores referidos ao longo do trabalho, sejam em citações diretas ou


parafraseadas, devem constar da lista final de referências bibliográficas. Esta lista é
organizada por ordem alfabética pelo apelido do primeiro autor. Quando não existe autoria, a
organização faz-se alfabeticamente pelo título do trabalho.

Sempre que existam dois ou mais autores, utiliza-se o & entre os dois últimos e inclui-se
uma vírgula antes do &.

Os exemplos que se seguem foram adaptados do Manual da APA (6ª edição).

Tipo de referência Exemplo


Livro de um autor Arocena, J. (1986). Le Développement par l’initiative
local: Le cas Français. Paris: L’Harmattan.
Livro de dois a cinco Bogdan, R., & Biklen, S. (1991). Investigação
autores qualitativa em educação. Uma introdução à teoria e aos
métodos. Porto: Porto Editora.
Livro de autoria de um American Psychological Association (1972). Ethical
grupo standards of psychologists. Washington, DC: American
Psychological Association.
Capítulo de livro Atkinson, P., & Hammersley, M. (1998). Ethnography
and participant observation. In Norman K. Denzin &
Yvonna Lincoln (Eds.), Strategies of qualitative inquiry
(pp. 110-136). Thousand Oaks: Sage Publications.
Artigo num livro de Guinon, C. B. (1998). Existentialism. In E. Craig (Ed.),
referência ou numa Routledge encyclopedia of philosophy (Vol. 3, pp. 493-
enciclopédia 502). London: Routledge.
Artigo de revista científica Bornschier, V., & Trezzini, B. (1997). Social
stratification and mobility in the world system: Different
approaches and recent research. International Sociology,
12(4), 429-455.
Artigo de revista científica LeDoux, J. E. (1995). Emotion: Clues from the brain.
online com DOI2 (Digital Annual Review of Psychology, 46, 209-235.
Document Identifier) doi: 10.1146/annurev.ps.46.020195.001233
Documento não periódico Library and Archives Canada (2002). Celebrating
na Internet women’s achievements: Women artists in Canada.
Acedido em Dezembro 16, 2004, in
http://www.collectionscanada.ca/women/h12-500-e.html
Artigo de jornal ou revista Silva, A. (2005, Fevereiro, 21). O rescaldo das eleições:
de divulgação Novo governo começa já a sofrer contestação. O
Expresso, p. 34-R.

2O sistema DOI permite identificar o artigo independentemente do local onde está arquivado. Quando se utiliza,
não é necessário utilizar qualquer outra informação de recuperação da informação na internet (utilizar o DOI em
vez da URL).

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Vídeo online Cedar Lake Contemporary Ballet (2011, Janeiro, 28).
The cold song [Ficheiro vídeo]. Recolhido
em http://www.youtube.com/watch?v=NIIwct9QNi4
Citação de recursos do (Riggs, 1999a, 1999b, 1999c; Riggs & Zhang, 1999)
mesmo autor, publicados
na mesma data

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TIPOS DE TRABALHOS ACADÉMICOS

Artigo científico

Os artigos científicos podem assumir-se como o resultado de trabalhos de investigação


originais (estudos empíricos) ou revisões da literatura (avaliações críticas de temas já
publicados).

Tabela 2
Elementos de um artigo científico

Fonte: Diapositivos de apoio às aulas de Metodologias e Técnicas de Investigação em Educação I.

Recomenda-se, uma vez mais, a consulta do Manual da APA, bem como de revistas e
jornais de circulação científica (todos têm regras claras de instrução aos autores que desejem
submeter artigos para publicação).

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Ensaio
Ensaio é um texto onde se expõem ideias, críticas e reflexões a propósito de um
determinado tema. Definido por Ortega y Gasset (2002) como a “ciência sem prova
explícita”, o ensaio pode ser literário, filosófico, antropológico, sociológico, etc.

Projeto

Consideram-se projetos os trabalhos que permitam estruturar/organizar atividades


individuais ou coletivas, adequadamente planificadas para atingir um fim particular (por
norma, uma intervenção). Os projetos são sempre desenvolvidos em determinados contextos
institucionais e incluem a descrição exaustiva de todas as etapas e tarefas a serem realizadas,
devidamente reportadas a objetivos e ao enquadramento teórico.

Independentemente dos objectivos do projeto, utilizam-se as regras gerais constantes


neste documento.

Recensão
Uma recensão é um trabalho de apresentação de um livro, ensaio, texto ou artigo, que o
autor resume e, sobre o qual, em simultâneo, faz uma avaliação crítica, considerando pontos
fortes e fracos.
Existem recensões de divulgação (até 1500 palavras), que permitem, de certa forma,
“vender” o documento analisado; e recensões científicas (até 5000 palavras), nas quais se
avalia cientificamente o documento.

Relatório

Consideram-se relatórios os trabalhos que reflitam não só a descrição, mas também


análises e avaliações de desempenhos, atividades, projetos e intervenções, desenvolvidos
num determinado contexto, que pode ser uma instituição. Mais do que uma mera descrição de
atividades, um relatório deve permitir que o leitor fique esclarecido relativamente às tarefas
executadas, o local de realização das mesmas, as aprendizagens efetuadas e as competências
adquiridas, bem como dificuldades encontradas ao longo do percurso.

Também neste caso, independentemente dos objetivos, deverão respeitar-se as regras


gerais constantes neste documento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

American Psychological Association (2010). APA Style (6th. Edition). Washington, DC: APA.

Arco, A.R. (Coord.), Silva da Costa, A., Costa Pinto, B., Oliveira Martins, M., & Telo de
Arriaga, M. (2010). Normas de elaboração e apresentação de trabalhos escritos. Documento
aprovado em reunião do CTC (Deliberação CTC 16/2010) da Escola Superior de Saúde,
Instituto Politécnico de Portalegre.

Caldeira, P.Z. (2008). Regras e Concepção para a Escrita Científica. Lisboa: Climepsi
Editores.

Diário da República, 2.ª Série – N.º 162 de 20 de agosto de 2015.

Ortega y Gasset, J. (2002). O que é o Conhecimento? Lisboa: Fim de Século.

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