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Aula: Psicologia Institucional

Professora: Patricia
Aluno: Nícolas Gomes Tanzanian
Material de estudo selecionado: Frantz Fanon

Pela proposta estabelecida em aula, irei relatar um pouco do que considero interessante e
pertinente sobre o autor em questão e as temáticas que ele aborda.

Vou ir tentar articulando conforme o texto estes pontos, mas considero de suma importancia dois
aspectos da vida de Fanon que é seu envolvimento em lutas antirraciais e sua profissão como
psiquiatra. Dois aspectos que a qual na história da psiquiatria não andavam juntos de maneira
alguma e muitas das a própria disciplina psiquiatríca apostava em práticas eugenistas e de
segregação raciais, então como pode um autor conseguir conciliar ambas?

Pelo que entendi é propondo um novo modelo de pensamento clínico que busque não atomizar a
experiência subjetiva do indíviduo em seu meio social, principalmente pensar que as estruturas
complexas do capitalismo estão correlacionadas ao sofrimento psíquico. Nisto permitirá ele
pensar formas de alienação social dentro do contexto colonial. Esta empreitada ao meu ver me
chama atenção por duas coisas: o fato de ser um pensamento original, como próprio Safatle
menciona na entrevista que nos foi exposta, Fanon se caracteriza como um pensador marxista
justamente por estar pensando nos modos de produção de sofrimento psíquico pelo sistema
capitalista e o próprio Safatle salienta uma curiosidade, mas uma curiosidade transvestida de
racismo, que é que Fanon não foi um autor muito lido, ou melhor falando, incorporado nas
transmissões e produções intelectuais/acadêmicas.
Aqui no Brasil se fala muito sobre Foucault e suas elaborações sobre o conceito de biopolítica
mas não incorporados ao colonialismo mas nem ao próprio autor, que como fala Safatle apenas
menciona rapidamente e de maneira pouco elaborada, o que é estranho tendo em vista que o
conceito de biopolítica (e por consequência a necropolítica) é basicamente o tronco da
problemática racial na política dos dias contemporâneos.

Não citei muito sobre o papel institucional explicitamente mas acho que esse ponto da
incorporação, no nosso caso a instituição acadêmico, de autores que são ofuscados por outros
que apesar da elaboração intelectual de respeito acabam defasando aqueles que partiram de
analises por menores como a clínica e a psicoterapia institucional que conseguiram extrair
diversos impasses que estudamos hoje.

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