Você está na página 1de 43

P-Fólio – Época Normal fevereiro 2018

1 – Determine o vencimento médio referente aos seguintes capitais, pressupondo uma taxa de
avaliação de 8% ao ano:

 2.000 euros vencíveis daqui por 1 ano


 2.500 euros vencíveis daqui por 15 meses
 3.000 euros vencíveis daqui por 18 meses

Resolução:

Temos uma sucessão de 3 capitais:

 C 1=2.000 €
 C 2=2.500 €
 C 3=3.000 €

Com os seguintes vencimentos, respetivamente:

 t 1=1 ano

 t 2=15 meses=1 ano e 3 meses= 1+ ( 14 ) anos=1 , 25 anos


 t 3=18 meses=1 ,5 anos

Convertidos na unidade temporal ano, uma vez que a taxa de avaliação de 8% é anual,
r =0 , 08
O capital único de substituição da sucessão de capitais considerados é dado por:

C comum=C 1+C 2 +C3 =2000+2500+3000=7.500 €

Sendo t o vencimento médio, isto é o vencimento associado ao capital comum calculado


acima, podemos determinar t a partir da fórmula:
3
C comum=(1+ r)t ∑ C k (1+r )−t ⇔ k

k=1

t −1 −1 ,25 −1, 5
⇔ 7500=1 , 08 ∗[2000∗(1 , 08) +2500∗(1 , 08) + 3000∗(1 , 08) ]⇔

( ) ( ) ( )
1 1 ,25 1 ,5
t 1 1 1
⇔ 7500=1 , 08 ∗[2000∗ +2500∗ +3000∗ ]⇔
1 , 08 1 ,08 1 ,08
t
⇔ 7500=1 , 08 ∗( 2000∗0,925925926+2500∗0,908281159+ 3000∗0,890972638 )
t
⇔ 7500=1 , 08 ∗(1 851 , 85+2 270 ,70+ 2672 , 92)⇔
t
⇔ 7500=1 , 08 ∗6 795 , 47 ⇔
t 7500
⇔ 1, 08 = ⇔
6 795 , 47
t
⇔ 1, 08 =1,104
Aplicando ln a ambos os membros da igualdade acima, obtemos:
t
ln 1 , 08 =ln 1,104 ⇔
⇔ tln1 , 08=ln 1,104 ⇔
ln 1,104
⇔ t= ⇔
ln 1, 08
0,098939948
⇔ t= ⇔
0,076961041
⇔ t=1,286 anos
Proceda-se à conversão da parte decimal de t (0,286 anos ) em meses. Com efeito, através da
relação de proporcionalidade

1 ano 12 meses
=
0,286 anos x meses
x=12∗0,286=3,432meses
Por outro lado, convertendo a parte decimal de x (0,432 meses) em dias, vem que

1 mês 30 dias
=
0,432 meses y dias
y=30∗0,432=12 ,96 ≈ 13 dias
2 – Uma empresa contraiu um empréstimo de 10.000 euros para amortizar durante 2 anos. Foi
acordado que seriam pagos juros mensais à taxa de 10% ao ano e que o capital seria devolvido
no final do prazo.

a) Identifique a modalidade de amortização em causa

Resolução:

A modalidade de amortização é única com pagamentos periódicos de juros simples

b) Calcule:
i. O montante de juro a entregar em cada mês
ii. O montante total pago a título de juros
iii. O montante a entregar na última prestação

Resolução:

i. O montante de juro a entregar em cada mês

Temos um empréstimo inicial C 0=10.000 € , amortizado durante um período


t=2 anos=2∗12meses=24 meses, com uma taxa de juro anual i anual=10 %=0 ,1

Deste modo, em cada um dos 24 meses, é pago um juro, J k , k =1 , … ., 24

10000∗i anual 10000∗0 , 1


J k =C0∗i mensal= = =10000∗0,008333333=83 , 33 euros
12 12
Resposta: o juro a entregar em cada mês é de 83,33€.

ii. O montante total pago a título de juros


De acordo com o valor calculado em i), o montante total de juros pagos ao fim das 24
mensalidades é de:
24

∑ J k =24∗83 , 33=1.999 ,92 euros


k =1

iii. O montante a entregar na última prestação

Na última prestação é entregue o valor do empréstimo acrescido do juro mensal, isto é:

C 0+ J k =10000+ 83 ,33=10.083 ,33 euros

3 – Uma empresa de mobiliário emitiu um empréstimo obrigacionista, titulado com obrigações


de valor nominal de 5 euros. A empresa pagará cupões trimestrais à taxa anual de 8% e a
amortização será efetuada ao par, através de quotas trimestrais constantes de capital no valor
de 15.000 euros, durante os próximos 18 meses.

a) Determine o número total, N , de obrigações emitidas

Resolução:

O empréstimo obrigacionista em questão é titulado com obrigações de valor nominal V n=5 € ,


e a amortização realizada mediante pagamento de quotas trimestrais, no valor constante
18
M =15.000 € , durante 18 meses. Isto significa que n= =6 trimestres ou períodos de
3
amortização estão contemplados.

Deste modo, calculamos o número total, N , de obrigações emitidas, através da fórmula:

N∗V n
M= ⇔
n
N∗5
⇔ 15000= ⇔
6
15000∗6
⇔N= ⇔
5
⇔ N =18.000
Resposta: no total são emitidas 18.000 obrigações

b) Elabore o quadro de amortização do empréstimo, contemplando os 8 itens seguintes:


 1 - Tempo
 2 - Nº Obrigações vivas
 3 - Valor nominal das Obrigações vivas
 4 - Juros ( J k ¿
 5 - Nº Obrigações a amortizar
 6 - Amortização ( M ¿
 7 - Prestação (C k ¿
 8 - Nº de Obrigações mortas

Resolução:
Na medida em que a amortização é efetuada ao par, não ocorre prémio de reembolso por
obrigação titulada, isto é V n=V r=5 €

Para elaborar o quadro de amortização, temos de proceder a alguns cálculos que justifiquem
os valores atribuídos.

Item 1 – Tempo

Temos os trimestres 1 a 6 - n=6

Item 5 – Nº de Obrigações a amortizar

Tem de se determinar o valor associado em cada trimestre. Na medida em que 18.000


obrigações são tituladas no total, e que 6 trimestres estão contemplados, então:

18000
=3.000 obrigações são amortizadas por trimeste
6
Assim, podemos preencher os itens 2 e 8, Nº Obrigações vivas e Nº de Obrigações mortas, que
designaremos por N viv e N mor , respetivamente. Com efeito, partindo inicialmente dum total
de 18.000 obrigações vivas e 0 obrigações mortas, ocorre um decréscimo de 3.000 obrigações
vivas por trimestre, o que é compensado com um acréscimo do mesmo número para as
obrigações mortas, até que no final todas as 18.000 obrigações sejam amortizadas.

Item 3 – Valor nominal das Obrigações vivas

Multiplica-se o número de obrigações vivas, N viv , pelo seu valor nominal individual V n, isto é
V nviv =N viv∗V n=N viv∗5 €

V nviv 1=18.000∗5=90.000

V nviv 2=15.000∗5=75.000

V nviv 3=12.000∗5=60.000

V nviv 4=9.000∗5=45.000

V nviv 5=6.000∗5=30.000

V nviv 6=3.000∗5=15.000

Item 4 – Juros

Juros trimestrais produzidos, de acordo com a taxa de juro anual aplicada de 8%, i anual=0 ,08 .
Para o efeito, há que converter esta taxa de juro na trimestral correspondente, através de:

i anual 0 ,08
i trim= = =0 , 02
4 4
Assim, o juro produzido em cada trimestre é dado por:

J k =V nviv∗i trim=V nviv∗0 , 02, k =1 , … ,6

J k 1=90.000∗0 , 02=1.800

J k 2=75.000∗0 , 02=1.500
J k 3=60.000∗0 , 02=1.200

J k 4 =45.000∗0 , 02=900

J k 5=30.000∗0 , 02=600

J k 6=15.000∗0 , 02=300

Item 6 – Amortização

É constante, M , sendo o seu valor de 15.000€ em cada trimestre

Item 7 – Prestação

Valor pago trimestralmente acrescido do juro produzido, isto é, C k =M +J k , k=1 , … , 6

C k 1=15.000+1.800=16.800

C k 2=15.000+1.500=16.500

C k 3=15.000+1.200=16.200

C k 4=15.000+ 900=15.900

C k 5=15.000+600=15.600

C k 6=15.000+300=15.300

Tempo Nº Obrig. Valor Nom. Juros Nº Obrig. Amortiz. Prestaçã Nº Obrig.


vivas ( Obrig. vivas (Jk) a (M ) o mortas
N viv ¿ (V nviv ¿ [V nviv∗0 , amortiz.
02] (C k ) (N mor )
[N ¿¿ viv∗5 € ]¿ [ M+Jk]
1 18.000 90.000€ 1.800€ 3.000 15.000€ 16.800€ 3.000
2 15.000 75.000€ 1.500€ 3.000 15.000€ 16.500€ 6.000
3 12.000 60.000€ 1.200€ 3.000 15.000€ 16.200€ 9.000
4 9.000 45.000€ 900€ 3.000 15.000€ 15.900€ 12.000
5 6.000 30.000€ 600€ 3.000 15.000€ 15.600€ 15.000
6 3.000 15.000€ 300€ 3.000 15.000€ 15.300€ 18.000

4 – Determinado empréstimo é amortizado com quotas de capital constante através de 4


trimestralidades e com juros calculados à taxa anual nominal de 8%.

a) Qual o montante do empréstimo C 0, que produz um juro de 5.000 euros na primeira


trimestralidade?

Resolução:

Temos uma taxa de juro anual i anual=0 ,08 e um juro J 1=5.000 euros produzidos na 1ª
trimestralidade. Podemos determinar C 0, a partir da fórmula para o cálculo de J 1. Para o
efeito, há que converter a taxa de juro anual na correspondente trimestral, através de:

i anual 0 ,08
i trim= = =0 , 02
4 4
Assim, temos:

J 1=C 0∗i trim ⇔

⇔ 5000=C 0∗0 , 02 ⇔

5000
⇔ C0 = =250.000 €
0 , 02
Resposta: para produzir um juro de 5.000€ na primeira trimestralidade, é necessário um
empréstimo de 250.000€.

b) Tendo em conta o valor obtido anteriormente, calcule a carga financeira total. (Nota:
se não resolveu a), considere C 0=250.000 euros )

Resolução:

De acordo com a), C 0=250.000 € . Uma vez que o empréstimo é amortizado com quotas de
capital constante, M , ao longo de 4 trimestralidades (n=4 ), temos:

C 0 250.000
M= = =62.500 €
4 4
Sabemos ainda que i trim=0 , 02, por a).

Então a fórmula de cálculo da carga financeira total, CFT , dada por:


4
Jt
CFT =∑ , com J t =[ C 0−( t−1 ) M ]∗i trim
t =1 (1+i trim)t

Sabemos, por a), que J 1=5.000 € . Calculemos então J 2 , J 3 e J 4. Com efeito,

J t =[ 250.000− ( t−1 )∗62.500 ]∗0 , 02 ,t=2 , 3 , 4

Pelo que,

J 2=( 250.000−62.500 )∗0 , 02=3.750 €

J 3= (250.000−2∗62.500 )∗0 ,02=2.500 €

J 4 =( 250.000−3∗62.500 )∗0 , 02=1.250 €

Logo, o valor da carga financeira total é dado por:

5000 3750 2500 1250


CFT = 1
+ 2
+ 3
+ 4

(1+ 0 , 02) (1+ 0 , 02) (1+0 , 02) (1+0 , 02)
5000 3750 2500 1250
⇔ CFT = + + + ⇔
1 , 02 1,0404 1,061208 1,082432
⇔ CFT =4 901 , 96+3 604 , 38+2 355 , 81+1154 , 81⇔
⇔ CFT =12 016 , 96 €
P-Fólio – Época Recurso julho 2018

1 – Um banco coloca à disposição três capitais para investimento: 2.500 euros e 5.000 euros
vencíveis daqui por 2 anos e um terceiro capital de montante desconhecido vencível dentro de
5 anos. Sabendo que o vencimento médio referente aos capitais anteriores ronda os 2 anos e 3
meses, determine o montante do terceiro capital, pressupondo uma taxa de avaliação de 7%
ao ano.

Resolução:

Sucessão de 3 capitais:

C 1=2.500 € ,C 2=5.000 € e C3 =montante desconhecido, com vencimentos:


t 1=t 2=2 anos e t 3=5 anos , respetivamente.

Assim, temos um vencimento médio de:

t=2 anos e 3 meses= 2+ ( 14 ) anos=2 , 25 anos


E uma taxa de avaliação anual de 7%, r =0 , 07.

O capital único de substituição da sucessão de capitais considerados é dado por:

C comum=C 1+C 2 +C3 =2.500+5.000+C 3=7.500+C 3

A partir do conhecimento do montante do capital comum, podemos determinar C 3 com base


na fórmula:
3
C comum=(1+ r)t ∑ C k (1+r )−t ⇔ k

k=1

2 ,25 −2 −2 −5
⇔ 7 500+C3 =(1+0 , 07) ∗[2500∗( 1+0 , 07 ) + 5 000∗(1+0 , 07) +C3∗(1+0 ,07) ]⇔
2 ,25−2 2 ,25−2 2 , 25−5
⇔ 7 500+C3 =1 ,07 ∗2 500+1 ,07 ∗5 000+1 , 07 ∗C3 ⇔
−2 , 75
⇔ 7 500+C3 =1,017058525∗2 500+1,017058525∗5 000+1 , 07 ∗C3 ⇔
2 ,75
1
⇔ 7 500+C3 =2542 , 65+5 085 , 29+( ) ∗C3 ⇔
1 , 07
⇔ 7 500+C3 =7 627 , 94+ 0 ,83 C 3 ⇔

⇔ ( 1−0 , 83 ) C3 =7 627 , 94−7 500 ⇔

127 , 94
⇔ C 3= ≈ 752 ,59 euros
0 ,17
Resposta: o montante do 3º capital colocado à disposição para investimento é de 752,59
euros.

2 – Uma empresa pretende contrair um empréstimo por cerca de 3 anos, tendo sido acordado
que serão pagos juros mensais à taxa de 7,5% ao ano e o capital devolvido no final do prazo.

a) Qual o valor máximo do montante do empréstimo C 0, por forma a que a empresa não
pague mais do que 50 euros de juros mensais?

Resolução:

Como os juros são pagos mensalmente, há que considerar no seu cálculo a taxa de juro efetiva
mensal, obtida a partir da taxa de juro anual dada, i anual=0,075

C 0∗i anual C0∗0,075


J k =C0∗i mensal= = =C 0∗0,00625
12 12
Na medida em que os juros mensais não podem exceder o valor de 50€, então:

50
J k ≤50 € ⇔C 0∗0,00625 ≤50 € ⇔C 0 ≤ ⇔ C 0 ≤ 8 000 €
0,00625
Resposta: o valor máximo do montante do empréstimo terá de ser 8.000€.

b) Considerando o valor determinado em a) para o montante do empréstimo, sobre o


qual pagamentos mensais de 50 euros de juros são efetuados, calcule:
i. O montante total pago a título de juros
ii. O montante a entregar na última prestação

Nota: se não resolveu a), considere C 0=8 000 euros

Resolução:

i. O montante total pago a título de juros

Como o empréstimo é amortizado em 3 anos = 3∗12 meses=36 meses, então são pagos 36
juros mensais no valor de 50€.

Deste modo, o montante total pago a título de juros é de:


36

∑ J k =36∗50 € =1 800 euros


k =1

ii. O montante a entregar na última prestação

Na última prestação é entregue o valor do empréstimo acrescido do juro mensal, isto é:

C 0+ J k =8 000+50=8 050 euros


3 – Uma dada empresa emitiu um empréstimo obrigacionista, titulado por 20.000 obrigações,
de valor nominal de 6 euros. A empresa pagará cupões semestrais à taxa anual de 10% e a
amortização será efetuada acima do par, através de quotas semestrais constantes de capital,
durante 2 anos, com prémio de reembolso no valor de 0,50 euros por obrigação, pago
separadamente.

a) Determine o valor da quota a amortizar e do prémio de reembolso em cada semestre

Resolução:

O empréstimo obrigacionista em questão é titulado com N=20.000 obrigações, cada uma de


valor nominal V n=6 euros.

Sendo a amortização realizada mediante pagamento de quotas semestrais durante 2 anos, isto
24
é, 24 meses, então n= =4 semestralidades ou períodos de amortização.
6
Deste modo, de acordo com o formulário, a quota de capital em cada semestre tem o valor de:

N∗V n 20 000∗6
M= = =30 000 euros
n 4
Na medida em que a amortização é efetuada acima do par, V n <V r , ocorre prémio de
reembolso no valor de V r −V n=0 , 50 € por obrigação.

Sendo m o número de obrigações amortizadas em cada semestre, temos:

N 20 000
m= = =5 000
n 4
Logo, o prémio de reembolso nesse período tem o valor de:

m∗0 ,50=5 000∗0 ,50=2 500 €


b) Elabore o quadro de amortização do empréstimo, contemplando os 9 itens seguintes:
 1 - Tempo
 2 - Nº Obrigações vivas
 3 - Valor nominal das Obrigações vivas
 4 - Juros ( J k ¿
 5 - Nº Obrigações a amortizar
 6 - Amortização ( M ¿
 7 - Prestação (C k ¿
 8 - Nº de Obrigações mortas
 9 – Prémio do Reembolso

Resolução:

Para elaborar o quadro de amortização, temos de proceder a alguns cálculos que justifiquem
os valores atribuídos.

Item 1 – Tempo

Temos os trimestres 1 a 4 - n=4

Item 5 – Nº de Obrigações a amortizar


É constante em cada semestre, m , sendo 5.000 o seu valor, como vimos em a).

Assim, podemos preencher os itens 2 e 8, Nº Obrigações vivas e Nº de Obrigações mortas, que


designaremos por N viv e N mor , respetivamente. Com efeito, partindo inicialmente dum total
de 20.000 obrigações vivas e 0 obrigações mortas, ocorre um decréscimo de 5.000 obrigações
vivas por semestre, o que é compensado com um acréscimo do mesmo número para as
obrigações mortas, até que no final todas as 20.000 obrigações sejam amortizadas.

Item 3 – Valor nominal das Obrigações vivas

Multiplica-se o número de obrigações vivas, N viv , pelo seu valor nominal individual V n, isto é
V nviv =N viv∗V n=N viv∗6 €

V nviv 1=20.000∗6=120.000

V nviv 2=15.000∗6=90.000

V nviv 3=10.000∗6=60.000

V nviv 4=5.000∗6=30.000

Item 4 – Juros

Juros semestrais produzidos, de acordo com a taxa de juro anual aplicada de 10%, i anual=0 ,1.
Para o efeito, há que converter esta taxa de juro na semestral correspondente, através de:

i anual 0 ,1
i sem= = =0 ,05
2 2
Assim, o juro produzido em cada trimestre é dado por:

J k =V nviv∗i trim=V nviv∗0 , 05, k =1 , … , 4

J k 1=120.000∗0 , 05=6.000

J k 2=90.000∗0 , 05=4.500

J k 3=60.000∗0 , 05=3.000

J k 4 =30.000∗0 , 05=1.500

Item 6 – Amortização

É constante, M , sendo o seu valor de 30.000€, de acordo com a).

Item 7 – Prestação

Valor pago semestralmente acrescido do juro produzido, isto é, C k =M +J k , k=1 , … , 4

C k 1=30.000+6.000=36.000

C k 2=30.000+ 4.500=34.500

C k 3=30.000+3.000=33.000

C k 4=30.000+ 1.500=31.500
Tempo Nº Obrig. Valor Nom. Juros Nº Obrig. Amortiz. Prestaçã Nº Obrig. Prémio de
vivas ( Obrig. vivas (Jk) a (M ) o mortas Reembolso
N viv ¿ (V nviv ¿ [V nviv∗0 , amortiz.
02] (C k ) (N mor )
[N ¿¿ viv∗5 € ]¿ [ M+Jk]
1 20.000 120.000€ 6.000€ 5.000 30.000€ 36.000€ 5.000 2.500€
2 15.000 90.000€ 4.500€ 5.000 30.000€ 34.500€ 10.000 2.500€
3 10.000 60.000€ 3.000€ 5.000 30.000€ 33.000€ 15.000 2.500€
4 5.000 30.000€ 1.500€ 5.000 30.000€ 31.500€ 20.000 2.500€

4 – Determinado empréstimo é amortizado com quotas de capital constante através de 4


semestralidades e com juros calculados à taxa anual nominal de 5%.

a) Qual o montante do empréstimo C 0, que produz um juro de 2.000 euros na última


prestação?

Resolução:

Temos uma taxa de juro anual, i anual=0 ,05 e um juro J 4 =2.000 € , produzido na 4ª, ou última
semestralidade.

Na medida em que o empréstimo é amortizado mediante pagamentos semestrais há que


converter a taxa de juro anual na correspondente taxa semestral, através da fórmula:

i anual 0 , 05
i sem= = =0,025
2 2
Podemos determinar C 0 com base no formulário aplicado a J 4

J 4 =( C 0−3 M )∗i sem= C0− ( 3∗C 0


4 ) C
∗0,025= 0 ∗0,025=C 0∗0,00625
4

Deste modo, substituindo J 4 pelo seu valor, obtemos:

2 000
2 000=C 0∗0,00625 ⇔C 0= ⇔ C 0=320 000 €
0,00625
Resposta: para produzir um juro de 2.000€ na última semestralidade é necessário um
empréstimo de 320.000€.

b) Tendo em conta o valor obtido anteriormente, calcule a carga financeira total. (Nota:
se não resolveu a), considere C 0=320.000 euros )

Resolução:

De acordo com a), C 0=320.000 € e i sem=0,025

Uma vez que o empréstimo é amortizado com quotas de capital constante, M , ao longo de 4
semestralidades (n=4 ), temos:

C 0 320.000
M= = =80.000 €
4 4
Então a fórmula de cálculo da carga financeira total, CFT , dada por:
4
Jt
CFT =∑ , com J t=[ C 0− (t−1 ) M ]∗i sem
t =1 (1+i sem)t

Sabemos, por a), que J 4 =2.000 € . Calculemos então J 1 , J 2 e J 3 . Com efeito,

J t =[ 320.000− ( t−1 )∗80.000 ]∗0,025 , t=1 ,2 , 3

Pelo que,

J 1=320.000∗0,025=8.000 €

J 2=( 320.000−80.000 )∗0,025=6.000 €

J 3= (320.000−2∗80.000 )∗0,025=4.000 €

Logo, o valor da carga financeira total é dado por:

8000 6000 4000 2000


CFT = 1
+ 2
+ 3
+ 4

(1+ 0,025) (1+0,025) (1+ 0,025) (1+0,025)
8000 6000 4000 2000
⇔ CFT = + + + ⇔
1,025 1,050625 1,076891 1,103813
⇔ CFT =7 804 ,88+ 5710 , 89+3 714 , 40+1 811, 90 ⇔
⇔ CFT =19 042 , 07 €
P-Fólio – Época Normal fevereiro 2019

1 – Uma sociedade financeira coloca à disposição os seguintes capitais para investimento:

 3.000€ vencíveis daqui por 9 meses


 4.500€ vencíveis daqui por 12 meses e 45 dias
 6.000€ com período de vencimento (t 3) desconhecido

Sabendo que o vencimento médio referente aos capitais anteriores ronda os 15 meses,
determine o período de vencimento do 3º capital (t 3), pressupondo uma taxa de avaliação de
7% ao ano.

Resolução:

A sociedade dispõe de uma sucessão crescente de capitais: C 1=3.000 € , C 2=4.500 € e


C 3=6.000 € , com períodos de vencimento: t 1=9 meses , t 2=12 meses e 45 dias e
t 3=desconhecido , respetivamente. Sabe-se ainda que o vencimento médio, t , é de 15 meses,
t=15 meses , e que a taxa de avaliação é de 7%, r =0 , 07.
Para determinar t 3, há que reportar todas as unidades temporais ao ano, já que a taxa de
avaliação é anual. Num contexto financeiro, 1 ano=12meses=360 dias

9
t 1=9 meses= anos=0 , 75 anos
12

t 2=12 meses e 45 dias= 1+ ( 45


360 )
anos=1,125 anos
15
t 3=15 meses= anos=1 , 25 anos
12
De acordo com o formulário, o valor do capital único de substituição da sucessão de capitais
considerados é dado por:

C comum=C 1+C 2 +C3 =3.000+4.500+ 6.000=13.500 €

Por outro lado C comum satisfaz a outra fórmula fornecida, dependente da sucessão de capitais e
seus períodos de vencimento, a qual resultará numa equação em t 3, após substituição das
variáveis de valor conhecido.
3
C comum=(1+ r) ∑ C k (1+r )−t ⇔
t k

k=1

1 ,25 −0 ,75 −1,125 −t 3


⇔ 13500=(1+ 0 , 07) ∗[3000∗(1+ 0 ,07) +4500∗(1+ 0 ,07) +6000∗(1+ 0 , 07) ]⇔

1 ,25−0 ,75 1 , 25−1,125 1 ,25 −t 3


⇔ 13500=3000∗(1 , 07) +4500∗(1 ,07) +6000∗(1 , 07) ∗(1 ,07) ⇔

0 ,5 0,125
13500−3000∗(1 , 07) −4500∗(1 , 07)
−t 3
⇔(1 , 07) = ⇔
6000∗(1 ,07)1 , 25

−t 3 13500−3000∗1,034408043−4500∗1,008493195
⇔(1 , 07) = ⇔
6000∗1,088252622

−t 3 13500−3 103 ,22−4 538 , 22


⇔(1 , 07) = ⇔
6 529 , 52

⇔(1 , 07)−t ≈ 0,8972 ⇔


3

⇔ ln (1 , 07)−t ≈ ln ⁡(0,8972)⇔
3

⇔−t 3∗ln ⁡(1 , 07)≈ ln ⁡(0,8972)⇔

ln ⁡(0,8972)
⇔ t 3 ≈− ⇔
ln ⁡(1 , 07)
−0,108476476
⇔ t 3 ≈− ⇔
0,067658648
⇔ t 3 ≈ 1 ,6 anos

Proceda-se agora à conversão da parte decimal de t 3 ( 0 , 6 anos ) em meses, através da relação


de proporcionalidade:
1 ano 12 meses
=
0 , 6 anos x meses
x=12∗0 , 6=7 , 2 meses
Por outro lado, convertendo a parte decimal de x ( 0 ,2 meses ) emdias

1 mês 30 dias
=
0 ,2 meses y dias
y=30∗0 , 2=6 dias
Resposta: o 3º capital vence após 1 ano, 7 meses e 6 dias.

2 – Uma instituição contraiu um empréstimo no valor de 15.750€ que pretende amortizar


durante 1 ano e meio, por meio de pagamento de juros simples mensais, sendo o capital
devolvido no final do prazo. Sabendo que 16.000€ foi o montante entregue na última
prestação pela instituição calcule, justificando:

i. O montante de juro a entregar em cada mês

Resolução:

A instituição contrai um empréstimo de 15.750€, C 0=15.750 € , que pretende amortizar


mediante pagamentos de juros simples mensais de valor constante, J .

Se o capital do empréstimo, C 0 , é devolvido no final do prazo, então na última mensalidade é


pago o capital C 0 acrescido do juro mensal, J , isto é, o montante C 0+ J . Uma vez que se sabe,
por hipótese, que o valor desse montante foi de 16.000€, então:

C 0+ J =16.000 € ⇔ J =16.000−C 0 ⇔ J=16.000−15.750=250 €

Resposta: o montante de juro a entregar em cada mês é de 250€.

ii. O montante total pago a titulo de juros

Resolução:

A amortização do empréstimo é efetuada ao longo de:

t=1 ,5 anos=1, 5∗12meses=18 meses


E, de acordo com i), em cada mês são pagos 250€ em juros

J k =J =250 € , k=1 , … , 18

Assim, ao longo dos 18 meses de amortização do empréstimo, o montante total pago a titulo
de juros é de:
18 18

∑ J k =∑ J=18∗J =18∗250=4.500 €
k =1 k=1

iii. A taxa de juro anual aplicada

Resolução:
Tendo em conta que os pagamentos de juros ocorrem mensalmente, expressemos a taxa de
juro mensal, i mensal em função da taxa de juro anual, i anual, com base na relação de
proporcionalidade entre ambas. Com efeito, atendendo a que 1 ano tem 12 meses, temos:

i anual
i mensal =
12
Assim, calculamos i anual com base no cálculo do juro mensal:

15.750∗i anual 250∗12


J=C 0∗i mensal ⇔ 250= ⇔ i anual= ≈ 0 , 19
12 15.750
Resposta: a taxa de juro anual aplicada é de 19%.

3 – Uma multinacional emitiu um empréstimo obrigacionista, titulado por obrigações de valor


nominal individual de 8€. A multinacional pagará cupões quadrimestrais, à taxa anual de 12% e
a amortização será efetuada acima do par, através de quotas quadrimestrais de capital
constante, durante 16 meses, com prémio de reembolso no valor de 0,50€ por obrigação e no
valor de 2.000€ por quadrimestre, pago separadamente.

a) Determine, justificando:
i. O número de obrigações, m , a amortizar em cada quadrimestre

Resolução:

Uma vez que o prémio de reembolso é de 2.000€ por quadrimestre e de 0,50€ por obrigação,
então o número de obrigações, m , a amortizar em cada quadrimestre, é dado por:

2.000 €
m= =4.000 obrigações
0 , 50 €
ii. O número total, N , de obrigações emitidas

Resolução:

No período de duração de amortização do empréstimo, 16 meses, existem:

16 meses
=4 quadrimestralidades
4 meses
Ou seja, ocorrem 4 prestações para pagamento das quotas quadrimestrais.

Uma vez que, por i), 4.000 obrigações são amortizadas em cada prestação, então, o número
total, N , de obrigações emitidas nas 4 prestações da amortização do empréstimo, é dado por:

N=4.000∗4=16.000 obrigações
iii. O valor da quota quadrimestral de capital, M , a amortizar

Resolução:
Tendo em conta que, por hipótese, o valor nominal de cada obrigação é de 8€, V n=8 € , e que,
de acordo com i), 4.000 obrigações são amortizadas em cada quadrimestre, m=4.000, então
o valor da quota de capital, M , a amortizar em cada quadrimestre, é dado por:

M =m∗V n=4.000∗8 € =32.000 €

b) Elabore o quadro de amortização do empréstimo, contemplando os 9 itens seguintes:


1 - Tempo
2 - Nº Obrigações vivas
3 - Valor nominal das Obrigações vivas
4 - Juros ( J k ¿
5 - Nº Obrigações a amortizar
6 - Amortização ( M ¿
7 - Prestação (C k ¿
8 - Nº de Obrigações mortas
9 – Prémio do Reembolso

Resolução:

Para elaborar o quadro de amortização, temos de proceder a alguns cálculos que justifiquem
os valores atribuídos.

Item 1 – Tempo

Temos os quadrimestres 1 a 4 - n=4

Item 5 – Nº de Obrigações a amortizar

É constante em cada quadrimestre, m , sendo 4.000 o seu valor, como vimos em a)i).

Assim, podemos preencher os itens 2 e 8, Nº Obrigações vivas e Nº de Obrigações mortas, que


designaremos por N viv e N mor , respetivamente. Com efeito, tendo em conta o número total de
obrigações emitidas, N=16.000 , de acordo com a)ii), partimos inicialmente dum total de
16.000 obrigações vivas e 0 obrigações mortas, ocorrendo um decréscimo de 4.000 obrigações
vivas por quadrimestre, o que é compensado com um acréscimo do mesmo número para as
obrigações mortas, até que no final todas as 16.000 obrigações sejam amortizadas.

Item 3 – Valor nominal das Obrigações vivas

Multiplica-se o número de obrigações vivas, N viv , pelo seu valor nominal individual V n, isto é
V nviv =N viv∗V n=N viv∗8 €

V nviv 1=16.000∗8=128.000

V nviv 2=12.000∗8=96.000

V nviv 3=8.000∗8=64.000

V nviv 4=4.000∗8=32.000

Item 4 – Juros
Juros quadrimestrais produzidos, de acordo com a taxa de juro anual aplicada de 12%,
i anual=0 ,12. Para o efeito, há que converter esta taxa de juro na quadrimestral
correspondente, através de:

i anual 0 , 12
i quad = = =0 , 04
3 3
12meses
Atendendo a que 1 ano possui 3 quadrimestres, já que =3
4 meses
Assim, o juro produzido em cada quadrimestre é dado por:

J k =V nviv∗i quad =V nviv∗0 , 04 , k =1 , … , 4

J k 1=128.000∗0 , 04=5.120

J k 2=96.000∗0 , 04=3.840

J k 3=64.000∗0 , 04=2.560

J k 4 =32.000∗0 , 04=1.280

Item 6 – Amortização

É constante, M , sendo o seu valor de 32.000€, de acordo com a)iii).

Item 7 – Prestação

Valor pago quadrimestralmente acrescido do juro produzido, isto é, C k =M +J k , k=1 , … , 4

C k 1=32.000+5.120=37.120

C k 2=32.000+3.840=35.840

C k 3=32.000+2.560=34.560

C k 4=32.000+ 1.280=33.280

Item 9 – Prémio de reembolso

Será o valor do reembolso pago em cada quadrimestre, isto é, 2.000€.

Tempo Nº Obrig. Valor Nom. Juros Nº Obrig. Amortiz. Prestaçã Nº Obrig. Prémio de
vivas ( Obrig. vivas (Jk) a (M ) o mortas Reembolso
N viv ¿ (V nviv ¿ amortiz.
[V nviv∗0 , 02] (C k ) (N mor )
[N ¿¿ viv∗5 € ]¿ [ M+Jk]
1 16.000 128.000€ 5.120€ 4.000 32.000€ 37.120€ 4.000 2.000€
2 12.000 96.000€ 3.840€ 4.000 32.000€ 35.840€ 8.000 2.000€
3 8.000 64.000€ 2.560€ 4.000 32.000€ 34.560€ 12.000 2.000€
4 4.000 32.000€ 1.280€ 4.000 32.000€ 33.280€ 16.000 2.000€

4 – Uma empresa necessitou contrair um empréstimo, no montante de 20.000€, que será


amortizado, mediante o pagamento de quotas semestrais de capital constante, com juros
calculados à taxa de 6% ao ano, que se sabem ter o valor de 450€ na 2ª prestação.
a) Determine o número, n , de prestações ou semestralidades da amortização

Resolução:

Foi contraído um empréstimo no montante de 20.000€, C 0=20.000 € com uma taxa de juro
anual aplicada de 6%, i anual=0 ,06 e um juro, J 2=450 € produzido na 2ª prestação de
pagamento da quota semestral.

Como o período de prestação da amortização é semestral, converta-se a taxa de juro anual,


i anual, na taxa de juro semestral, i sem, proporcional.

i anual 0 , 06
i sem= = =0 , 03
2 2
Atendendo a que 1 ano possui 2 semestres.

De acordo com o formulário, o capital fixo, M , de cada quota semestral tem o valor de:

C0
M=
n
Onde n é o número de prestações ou semestralidades da amortização.

Deste modo, a fórmula fornecida para o juro J 2 permite escrever:

J 2=( C 0−M )∗i sem ⇔ J 2 = C 0− ( C0


n ) ( )
1
∗i sem ⇔ J 2=C0∗ 1− ∗i sem
n
Substituindo os valores conhecidos, podemos determinar n , resolvendo a equação obtida:

450 € =20.000 €∗ 1− ( 1n )∗0 , 03 ⇔


1 450 €
⇔ 1− = ⇔
n 20.000 €∗0 , 03
1
⇔ =1−0 , 75⇔
n
1
⇔ =0 ,25 ⇔
n
1 1
⟺ = ⟺
n 4
4∗1
⟺ n= ⇔
1
n=4
Resposta: o empréstimo é amortizado mediante n=4 semestralidades

b) Tendo em conta o valor obtido anteriormente, calcule a carga financeira total.

Resolução:
C 0=20.000 € e em a) vimos que i sem=0 ,03 e n=4

Deste modo, o montante fixo de capital, M , associado a cada quota semestral é:

C 0 20.000 €
M= = =5.000 €
n 4
A fórmula de cálculo da carga financeira total, CFT , é dada por:
4
Jt
CFT =∑ , com J t =[ C 0−( t−1 ) M ]∗i sem
t =1 (1+i sem)t

Sabemos que, J 2=450 € , pelo que calculamos J 1 , J 3 e J 4:

J 1=20.000 €∗0 , 03=600 €

J 3=(20.000 € −2∗5.000 € )∗0 , 03=300 €

J 4 =(20.000 € −3∗5.000 € )∗0 ,03=150 €


Logo, o valor da carga financeira total é de:

600 € 450 € 300 € 150 €


CFT = 1
+ 2
+ 3
+ 4

(1, 03) (1 , 03) (1 , 03) (1 , 03)
⇔ CFT =582,524271845+ 424,168159110+274,542497806+ 133,273057187 ⇔
⇔ CFT =1 414 ,51 €
P-Fólio – Época Recurso julho 2019

1 – Um banco dispõe uma sucessão crescente de três capitais para investimento, com períodos
de vencimento: t 1=180 dias, t 2=1 ano e 3 meses e t 3=27 meses .

Sabe-se que o montante do 1º capital, C 1, é de 2.000€ e que os montantes do 2º e 3º capitais,


C 2 e C 3, embora desconhecidos, diferem de 500€ (i.e. C 3−C 2=500 € ).

Pressupondo um vencimento médio de 15 meses e uma taxa de avaliação de 12% ao ano para
a sucessão de capitais considerada, determine C 2 e C 3.

Resolução:

C 1=2.000 €

C 3=C 2+500 €

180
t 1=180 dias= anos=0 ,5 anos
360
3
t 2=1 ano e 3 meses=(1+ )anos=1 , 25 anos
12
27
t 3=27 meses= anos=2, 25 anos
12
Atendendo a que 1 ano = 12 meses = 360 dias.
Sabemos que o vencimento médio é:

15
t=15 meses= anos=1 , 25 anos
12
E que a taxa de avaliação é r =0 ,12 . Sendo esta uma taxa anual, converteu-se todas as
unidades temporais em anos.

O valor do capital único de substituição da sucessão de capitais considerados é dado por:

C comum=C 1+C 2 +C3 =2.000 € +C 2 +C 2+500 € =2.500 € + 2C 2

Por outro lado, C comum satisfaz a outra fórmula fornecida, dependente da sucessão de capitais
e seus períodos de vencimento, a qual resultará numa equação em C 2, após substituição das
variáveis de valor ou expressão conhecidos.
3
C comum=(1+ r) ∑ C k (1+r )−t ⇔
t k

k=1

1, 25 −0 , 5 −1 , 25 −2 , 25
⇔ 2.500 € + 2C 2=(1, 12) ∗[2.000 €∗(1 , 12) + C2∗(1 , 12) + ( C 2 +500 € )∗(1 ,12) ]⇔
1 ,25−0 ,5 1 ,25−1 ,25 1 ,25−2 ,25
⇔ 2.500 € + 2C 2=2.000 €∗(1 ,12) +C 2∗(1 ,12) + ( C2 +500 € )∗(1 , 12) ¿⇔
0 ,75 −1 −1
⇔ 2.500 € + 2C 2=2.000 €∗(1 , 12 ) +C 2+C 2∗( 1 , 12 ) +500 €∗(1 ,12) ⇔

⇔ [ 2−1−(1 ,12)−1 ]∗C2=2.000 €∗(1 , 12)0 , 75+500 €∗(1 , 12)−1−2.500 € ⇔


0 , 75 −1
2000∗( 1 ,12 ) +500∗( 1 ,12 ) −2500
⇔ C 2= −1

1−( 1 ,12 )

( )
1
0 ,75 1
2000∗( 1 , 12 ) + 500∗ −2500
1, 12
⟺ C 2= 1

1
1−( )
1, 12
500∗25
2000∗1,088713271+ −2500
28
⟺ C 2= ⟺
25
1−
28
12500
2 177,426542+ −2500
28
⟺ C 2= ⟺
28−25
28
60 967,943176+12500−70000
28
⟺ C 2= ⟺
3
28
3 467,943176
28
⟺ C 2= ⟺
3
28
123,855113429
⟺ C 2= ⟺ 1 155 , 98
0,107142857
Assim,

C 3=C 2+500 € =1.155 ,98 € +500 €=1.655 ,98 €

Resposta: Os montantes do 2º e 3º capitais, C 2 e C 3, são de 1.155,98€ e de 1.655,98€,


respetivamente.

2 – Uma empresa contraiu um empréstimo que será amortizado mediante pagamentos de


juros mensais simples, no valor de 250€, sendo o capital devolvido no final do prazo. Sabendo
que 4.500€ foi o montante total pago a titulo de juros e 20.000€ o montante entregue na
última prestação da amortização, calcule, justificando:

i. O período de amortização do empréstimo

Resolução:

Seja n o número de meses ao longo dos quais o empréstimo é amortizado.

Uma vez que J k =250 € é o valor do juro mensal e que 4.500€ é o montante total pago a titulo
de juros, então:
n

∑ J k =4.500 € ⇔ n∗250 € =4.500 € ⇔ n= 4.500


250 €

=18 meses
k =1

Resposta: o período de amortização do empréstimo é de 18 meses (ou de 1 ano e meio).

ii. O montante do empréstimo

Resolução:

Seja C 0 o montante do empréstimo.

Uma vez que, na última prestação da amortização, é pago o capital C 0 acrescido do juro
mensal, J k =250 € , e que tal corresponde a 20.000€, temos:

C 0+ J k =20.000 € ⇔C 0 +250 € =20.000 € ⇔C 0=20.000 € −250 € =19.750 €

Resposta: o montante do empréstimo tem o valor de 19.750€.

iii. A taxa de juro anual aplicada

Resolução:

A partir do montante do empréstimo, C 0, e da taxa de juro mensal, i mensal aplicada, a fórmula


do cálculo do juro simples mensal, J k , é dada por:
J k =C0∗i mensal

Uma vez que se pretende saber a taxa de juro anual e por meio da relação de
proporcionalidade, temos:

i anual
i mensal =
12
Atendendo que 1 ano tem 12 meses.

De acordo com ii), temos J k =250 € e C 0=19.750 €

€∗i anual 250 €


250 € =19.750 ⇔ i anual= ∗12 ≈ 0,152
12 19.750 €
Resposta: a taxa de juro anual aplicada é de 15,2%.

3 – Uma seguradora emitiu um empréstimo obrigacionista, titulado com obrigações de valor


nominal individual de 4€. A seguradora pagará cupões bimensais, à taxa anual de 15% e a
amortização será efetuada ao par, através de quotas bimensais constantes de capital, durante
1 ano. Sabe-se que o juro que recai sobre as obrigações amortizadas em cada bimensalidade é
do valor de 300€.

a) Determine, justificando:
i. O número de obrigações, m , a amortizar em cada bimensalidade

Resolução:

O valor nominal de cada obrigação é V n=4 € , a seguradora paga cupões bimensalmente, a


uma taxa de juro anual de 15%, i anual=0 ,15 e o juro que recai sobre as obrigações
amortizadas em cada bimensalidade é J bimensal =300 € .

Como o juro é aplicado bimensalmente (2 meses) e por meio da relação de proporcionalidade,


temos:

i anual 0 ,15
i bimensal = = =0,025
6 6
12
Atendendo a que 1 ano ou 12 meses é composto por =6 bimensalidades
2
Sendo m o número de obrigações a amortizar em cada bimensalidade e cujo valor nominal
correspondente é m∗V n, então o juro, J bimensal é de:

J bimensal =m∗V n∗i bimensal

Assim temos,

300 €
300 € =m∗4 €∗0,025 ⇔ m= =3.000 obrigações
0 ,1 €
Resposta: em cada bimensalidade são amortizadas 3.000 obrigações.

ii. O número total, N , de obrigações emitidas

Resolução:
De acordo com i), em cada bimensalidade (2 meses) são amortizadas m=3.000 obrigações

Uma vez que o período de amortização é de 1 ano e que este é composto por
12
=6 bimensalidades, então o número total N de obrigações emitidas é:
2
N=3.000∗6=18.000 obrigações
iii. O valor da quota bimensal de capital, M , a amortizar

Resolução:

O valor da quota bimensal de capital, M , corresponde ao valor nominal das obrigações


emitidas em cada bimensalidade e tendo em conta que m=3.000 obrigações , de acordo com
i) e que V n=4 € , temos:

M =m∗V n=3.000∗4 € =12.000 €

b) Elabore o quadro de amortização do empréstimo, colocando os 8 itens seguintes:


1 - Tempo
2 - Nº Obrigações vivas
3 - Valor nominal das Obrigações vivas
4 - Juros ( J k ¿
5 - Nº Obrigações a amortizar (m )
6 - Amortização ( M ¿
7 - Prestação (C k ¿
8 - Nº de Obrigações mortas

Resolução:

Para elaborar o quadro de amortização, temos de proceder a alguns cálculos que justifiquem
os valores atribuídos.

Item 1 – Tempo

Temos 6 bimensalidades 1 a 6 - n=6

Item 5 – Nº de Obrigações a amortizar

É constante em cada bimensalidade, m , sendo 3.000 o seu valor, como vimos em a)i).

Assim, podemos preencher os itens 2 e 8, Nº Obrigações vivas e Nº de Obrigações mortas, que


designaremos por N viv e N mor , respetivamente. Com efeito, tendo em conta o número total de
obrigações emitidas, N=18.000 , de acordo com a)ii), partimos inicialmente dum total de
18.000 obrigações vivas e 0 obrigações mortas, ocorrendo um decréscimo de 3.000 obrigações
vivas por bimensalidade, o que é compensado com um acréscimo do mesmo número para as
obrigações mortas, até que no final todas as 18.000 obrigações sejam amortizadas.

Item 3 – Valor nominal das Obrigações vivas

Multiplica-se o número de obrigações vivas, N viv , pelo seu valor nominal individual V n, isto é
V nviv =N viv∗V n=N viv∗4 €

V nviv 1=18.000∗4=72.000
V nviv 2=15.000∗4=60.000

V nviv 3=12.000∗4=48.000

V nviv 4=9.000∗4=36.000

V nviv 5=6.000∗4=24.000

V nviv 6=3.000∗4=12.000

Item 4 – Juros

Juros bimensais produzidos, de acordo com a taxa de juro bimensal, i bimensal =0,025 , calculada
em a)i), são dados por:

J k =V nviv∗i bimensal =V nviv∗0,025, k =1 , … ,6

J k 1=72.000∗0,025=1.800

J k 2=60.000∗0,025=1.500

J k 3=48.000∗0,025=1.200

J k 4 =36.000∗0,025=900

J k 5=24.000∗0,025=600

J k 6=12.000∗0,025=300

Item 6 – Amortização

É constante, M , sendo o seu valor de 12.000€, de acordo com a)iii).

Item 7 – Prestação

Valor pago bimensalmente acrescido do juro produzido, isto é, C k =M +J k , k=1 , … , 6

C k 1=12.000+1.800=13.800

C k 2=12.000+1.500=13.500

C k 3=12.000+1.200=13.200

C k 4=12.000+ 900=12.900

C k 5=12.000+600=12.600

C k 6=12.000+300=12.300

Tempo Nº Obrig. Valor Nom. Juros Nº Obrig. Amortiz. Prestaçã Nº Obrig.


vivas ( Obrig. vivas (Jk) a (M ) o mortas
N viv ¿ (V nviv ¿ [V nviv∗0 , amortiz.
02] (C k ) (N mor )
[N ¿¿ viv∗5 € ]¿ [ M+Jk]
1 18.000 72.000€ 1.800€ 3.000 12.000€ 13.800€ 3.000
2 15.000 60.000€ 1.500€ 3.000 12.000€ 13.500€ 6.000
3 12.000 48.000€ 1.200€ 3.000 12.000€ 13.200€ 9.000
4 9.000 36.000€ 900€ 3.000 12.000€ 12.900€ 12.000
5 6.000 24.000€ 600€ 3.000 12.000€ 12.600€ 15.000
6 3.000 12.000€ 300€ 3.000 12.000€ 12.300€ 18.000

4 – Determinado empréstimo é amortizado mediante pagamentos de quotas trimestrais no


valor de 10.000€, durante 1 ano, e com juros no valor de 300€ na última prestação.

a) Calcule a taxa de juro anual aplicada na amortização

Resolução:

Temos M =10.000 € que é o valor do capital fixo de cada quota trimestral para amortização
do empréstimo.

12
Uma vez que o período da amortização é de 1 ano =4 trimestres , então temos
3
n=4 prestações e o juro relativo à última prestação tem o valor de J 4 =300 € .
Como o juro é aplicado trimestralmente e por meio da relação de proporcionalidade, temos:

i anual
i trim=
4
Assim, podemos calcular o valor do capital do empréstimo, C 0, por meio de:

C0 C0
M= ⇔10.000 €= ⇔C 0=10.000 €∗4=40.000 €
n 4
Por outro lado, o valor de J 4 é dado por:

J 4 =( C 0−3∗M )∗i trim

Assim, temos:

( 40.000 €−3∗10.000 € )∗i anual 10.000 €


300 € = ⇔300 € = ∗i anual ⟺ 300 € =2.500 €∗i anual ⇔
4 4
300 €
⇔ i anual= =0 ,12
2.500 €
Resposta: a taxa de juro anual aplicada na amortização é de 12%.

b) Tendo em conta o valor obtido anteriormente, calcule a carga financeira total.

Resolução:

Temos, M =10.000 € e de acordo com a), temos: n=4 , C 0=40.000 € e i anual=0 ,12.

Sabemos igualmente que podemos obter o valor da taxa juro trimestral i trim, através de:

i anual 0 ,12
i trim= = =0 , 03
4 4
A carga financeira total, CFT , é dada por:
4
Jt
CFT =∑ com J t =[ C 0−( t−1 ) M ]∗i trim
t =1 (1+i trim)t

Sabemos que J 4 =300 € , pelo que calculamos J 1 , J 2 e J 3

J t =[ 40.000 €− ( t−1 )∗10.000 € ]∗0 ,03 , t=1 , 2, 3

Pelo que,

J 1=40.000 €∗0 , 03=1.200 €

J 2=(40.000 €−10.000 € )∗0 ,03=900 €

J 3=(40.000 € −2∗10.000 € )∗0 , 03=600 €


Assim, o valor da carga financeira total é de:

1.200 € 900 € 600 € 300 €


CFT = 1
+ 2
+ 3
+ 4

(1, 03) (1, 03) ( 1, 03) (1, 03)
1.200 € 900 € 600 € 300 €
⇔ CFT = + + + ⇔
1, 03 1,0609 1,092727 1,12550881
⇔ CFT =1 165,048543689+848,336318220+549,084995612+266,546114375⇔
⇔ CFT =2 829 , 02 €
P-Fólio – Época Normal fevereiro 2020

1 – Foi efetuado um depósito de 50.000€ que gerou, passados 14 meses, o juro líquido de
2.707€. A taxa de juro começou por ser de 4,2% (anual nominal líquida composta
mensalmente), taxa que se manteve durante um período de tempo. Depois foi alterada para
6,161% (anual efetiva bruta, capitalizações trimestrais, juros sujeitos a IRS à taxa liberatória de
21,5%, tributação efetuada período a período) e manteve-se assim até ao final do depósito.

a) Calcule as taxas mensais efetivas líquidas para cada um dos períodos.

Resolução:

i anual 0,042
1º período – taxa mensal efetiva líquida é i mensal = = ≈ 0,0035
12 12
2º período – taxa trimestral bruta é
3 3 1
12
i trim bruta=(1+ i anual bruta) 12 −1= (1+ 0,06161 ) −1=1,06161 4 −1=1,015058916−1 ≈ 0,015059
.

A taxa trimestral líquida é i trim liq=itrim bruta ( 1−t imposto )=0,015059 (1−0,215)≈ 0,011821
1 1
A taxa mensal líquida é i 3
=(1+i trim liq ) −1=( 1+0,011821 ) −1 ≈ 0,003925
3
mensal liq

b) Quantos meses decorreram entre o inicio do depósito e a alteração da taxa de juro?


(Caso não tenha calculado a alínea a), considere que os valores aí obtidos sejam 0,3% e
0,4%).
Resolução:
n
O capital acumulado ao fim dos n meses do 1º período é C n=50.000(1+0,0035) e, ao fim
de 14 meses é C 14=50.000+2.707=52.707

Como o 2º período tem 14−n meses , temos:


14−n
C 14=C n (1+0,003925)
n 14−n
⇔ 52.707=50.000∗1,0035 ∗1,003925 ⇔
n
52.707 1,0035 14
⇔ = ∗1,003925 ⇔
50.000 1,003925n
1,05414 n
⇔ =0,999577 ⇔
1,056374
ln0,997885
⇔n≈ ⇔
ln0,999577
−0,002117
⇔n≈ ⇔
−4,230895
⇔ n ≈ 5 meses
2 – Uma livrança com vencimento a 60 dias foi reformada parcialmente tendo o subscritor
procedido à entrega de 25% do seu valor nominal. Nessa data foi emitida uma nova livrança a
30 dias, cujos encargos de desconto ascendem a 56,85€. A entidade tomadora pratica as
seguintes condições:

 8,75% nas operações de desconto por financiamento


 10,25% no desconto de livranças de reforma

Sabendo que em ambas as operações os juros foram tratados autónoma e postecipadamente,


calcule a quantia total que o subscritor teve que despender na data de vencimento da livrança
primitiva.

Resolução:

Os juros foram tratados autónoma e postecipadamente, pelo que os valores nominais das
livranças não incluem encargos.

Os encargos de desconto da livrança de reforma, que ascendem a 56,85€, são dados pela
expressão:

t +2
D FR=VN R ( d)(1+ IS )
360
30+2
⇔ 56 , 85=VN R ( ∗0,1025)(1+0 , 04) ⇔
360
56 , 85
⇔ VN R ≈ ⇔
0,009476
⇔ VN R ≈ 5.999,36682 euros
O valor nominal da livrança de reforma corresponde ao valor nominal da livrança primitiva,
VN I , menos 25% desse valor que foi liquidado:

VN R =VN I −0 , 25 VN I = (1−0 , 25 ) VN I =0 ,75 VN I

VN R 5999,36682
Pelo que resulta: VN I = = ≈ 7.999,15576 euros
0 ,75 0 , 75
O valor a despender pelo subscritor é 25% do valor nominal da livrança primitiva, acrescido do
montante do desconto por financiamento (com t=60 e d=8 ,75 % ):

t +2
VL=0 , 25 VN I + D F =0 , 25VN I +VN I ( d )(1+ IS)
360
60+2
VL=0 , 25∗7999,15576+7999,15576∗( ∗0,0875)(1+ 0 ,04 )
360
VL≈ 1999,78894 +125,36455
VL≈ 2.125 , 15 euros
3 – Um crédito à habitação foi contraído nas seguintes condições:

 Prazo – 25 anos = 25∗12 meses=300 prestações


 Montante – 130.000€
 Reembolso – através de prestações mensais constantes e postecipadas
 Taxa de juro (anual nominal composta mensalmente) – 5,123%

a) Calcule o valor de cada prestação mensal

Resolução:

i anual 0,05123
A taxa mensal é i mensal = = ≈ 0,004269
12 12
O pagamento de prestações constantes corresponde ao sistema francês. O número de
prestações mensais é n=25∗12=300 e a taxa fixa C é dada por:
−n
1−(1+i)
C 0=C
i
−300
1−(1+0,004269)
⇔ 130000=C ⇔
0,004269
300
1
1−( )
1,004269
⇔ 130000=C ⇔
0,004269
⇔ 130000=C 1−¿ ¿
1−0,278601156
⇔ 130000=C ⇔
0,004269
130000
⇔C≈ ⇔
168,985442
⇔ C ≈ 769 ,30 euros
Resposta: o valor de cada prestação mensal é de 769,30 euros.

b) Desdobre a 6ª prestação em amortização de capital e juro

Resolução:

J 1=i C0 =0,004269∗130000=554 ,97 euros

M 1 é dada por: C=J 1 + M 1

M 1 ⇔ M 1=C−J 1=769 , 30−554 , 97=214 , 33 euros


6 −1 5
Logo, a 6ª amortização é M 6=M 1 (1+i) =214 , 33∗1,004269 ≈ 218 , 94 euros
E, o juro da 6ª prestação é C−218 , 94=769 , 30−218 , 94=550 , 36 euros

c) Calcule a totalidade dos juros pagos ao longo do prazo do empréstimo (admitindo que
não ocorre qualquer alteração)

Resolução:

A totalidade das prestações pagas, 300∗C=300∗769 ,30=230.790 euros , corresponde à


amortização do empréstimo e ao pagamento de juros. Assim, a totalidade dos juros pagos é
230790−130000=100.790 euros
d) Calcule o capital em dívida imediatamente após o pagamento da 6ª prestação

Resolução:

O capital em dívida depois de paga a 6ª prestação é:


−m
1−(1+i)
D6=C
i
Para m=300−6=294
−294
1−(1,004269)
D6=769 ,30 ⇔
0,004269
294
1
1−( )
1,004269
⇔ D6=769 , 30 ⇔
0,004269
294
1−(0,995749147)
⇔ D6=769 , 30 ⇔
0,004269
1−0,285813841
⇔ D6=769 , 30 ⇔
0,004269
⇔ D6=769 , 30∗167,295891075 ⇔

⇔ D6 ≈ 128 700 , 73 euros


e) Imagine que imediatamente depois de paga a 6ª prestação, a taxa de juro passa para
5,345%. De que valor será cada uma das prestações seguintes?

Resolução:

Depois de paga a 6ª prestação, faltam n=294 prestações e a taxa de juro passa para 5,345%,
0,05345
pelo que i mensal = =0,004454
12
Assim, em analogia com o que foi feito na alínea a), as prestações C serão dadas por:
−294
1−(1,004454)
128700 , 73=C ⇔
0,004454
294
1
1−( )
1,004454
⇔ 128700 ,73=C ⇔
0,004454
294
1−(0,995565750)
⇔ 128700 ,73=C ⇔
0,004454
1−0,270747542
⇔ 128700 ,73=C ⇔
0,004454
⇔ 128700 ,73=C∗163,729784 ⇔
128700 ,73
⇔C≈ ⇔
163,729784
⇔ C ≈ 786 , 06 euros
4 – Um empréstimo obrigacionista foi emitido nas seguintes condições:

 Número de obrigações emitidas – 300.000


 Valor nominal – 10€
 Prémio de reembolso – 0,50€ incluído no valor da prestação
 Taxa de cupão – 15% ao ano
 Amortização – 3 quotas anuais constantes de capital

a) Elabore o quadro de amortização do empréstimo, incluindo as colunas relativas a:


Tempo, Número de obrigações vivas, Valor nominal das obrigações vivas, Juro,
Número de obrigações a amortizar, Amortização, Prestação, Número de obrigações
mortas

Resolução:

1 - Tempo
2 - Nº Obrigações vivas
3 - Valor nominal das Obrigações vivas
4 - Juros ( J k ¿
5 - Nº Obrigações a amortizar (m )
6 - Amortização ( M ¿
7 - Prestação (C k ¿
8 - Nº de Obrigações mortas

Para elaborar o quadro de amortização, temos de proceder a alguns cálculos que justifiquem
os valores atribuídos.

Item 1 – Tempo

Temos 1 a 3 - n=3

Item 5 – Nº de Obrigações a amortizar

N 300000
É constante em cada ano, m= = =100.000 obrigações
n 3
Item 2 – Nº de Obrigações vivas

Subtraindo sucessivamente o valor de m=100.000

Item 3 – Valor nominal das Obrigações vivas

Multiplica-se o número de obrigações vivas, N viv , pelo seu valor nominal individual V n, isto é
V nviv =N viv∗V n=N viv∗10 €

V nviv 1=300.000∗10=3.000 .000

V nviv 2=200.000∗10=2.000 .000

V nviv 3=100.000∗10=1.000 .000

Item 4 – Juros

Juros periódicos são calculados com base no valor nominal das obrigações vivas pela taxa
i=15 % :
J k =V nviv∗i=V nviv∗0 , 15, k =1 , … ,3

J k 1=3.000 .000∗0 , 15=450.000

J k 2=2.000 .000∗0 , 15=300.000

J k 3=1.000 .000∗0 , 15=150.000

Item 6 – Amortização

Sendo as quotas constantes de capital, a amortização também vai ser constante, M . Como há
um prémio de reembolso que é incluído no valor da prestação, a amortização será calculada
pelo valor de reembolso das obrigações, isto é, pela soma do seu valor nominal e do prémio de
reembolso:

M =mV r =m ( V n+ 0 ,5 )=100.000∗( 10+0 , 5 )=1.050 .000 €

Item 7 – Prestação

Cada linha a prestação é dada pela soma do juro e da amortização, isto é, C k =J k + M

C k 1=450.000+1.050 .000=1.500 .000


C k 2=300.000+1.050 .000=1.350 .000

C k 3=150.000+1.050 .000=1.200 .000

Tempo Nº Obrig. Valor Nom. Juros Nº Amortiz. Prestação Nº


vivas ( Obrig. vivas (Jk) Obrig. a (M ) (C k ) Obrig.
N viv ¿ (V nviv amortiz. [ M+Jk] mortas
(N mor )
1 300.000 3.000.000€ 450.000€ 100.000 1.050.000€ 1.500.000€ 100.000
2 200.000 2.000.000€ 300.000€ 100.000 1.050.000€ 1.350.000€ 200.000
3 100.000 1.000.000€ 150.000€ 100.000 1.050.000€ 1.200.000€ 300.000

b) Determine a vida mínima, a vida máxima e a vida média das obrigações

Resolução:

A vida mínima corresponde ao período que vai da emissão até ao 1º reembolso, o que, neste
caso, é 1 ano.

A vida máxima é o espaço de tempo entre a emissão e o último reembolso, isto é, n=3 anos

Como neste caso m k =m para todos os tempos k , a vida média das obrigações é dada pela
expressão:
3
1 100000+ 200000+300000
V média = ∑
300000 k=1
k∗100000=
300000
=2 anos

P-Fólio – Época Recurso julho 2020

1 - A Associação Todos Juntos decidiu obter rendimento das quotas dos seus associados e
aplicou 1 500 euros durante 2 anos em regime de juro composto. A instituição financeira a que
recorreu ofereceu o seguinte plano: durante o primeiro ano da aplicação a taxa anual nominal
bruta foi de 3,6% e as capitalizações foram mensais (estando os juros sujeitos a IRS à taxa
liberatória de 21% e sendo a tributação efetuada período a período), e durante o segundo ano
a taxa mudou e as capitalizações foram trimestrais (estando os juros sujeitos a IRS à taxa
liberatória de 21% e sendo a tributação efetuada período a período). Tendo aderido a este
plano, a Associação Todos Juntos recebeu no final do prazo os juros líquidos de 102 euros.

a) Calcule a taxa mensal líquida para o 1º ano

Resolução:

0,036
Para o 1º ano, a taxa mensal bruta é: i mensal bruta = =0,003
12
Pelo que a taxa mensal líquida é: i mensal liq =0,003 ( 1−0 ,21 ) =0,00237=0,237 %

b) Calcule a taxa trimestral líquida que vigorou no 2º ano.

Resolução:
12
O capital acumulado ao fim do 1º ano é C 1=1500(1+0,00237) =1543,22049
4
Ao fim do 2º ano é C 2=1543,22049(1+i trim liq ) , onde i trim liq é a taxa trimestral líquida que
vigorou no 2º ano. Logo, temos:
4
1500+102=1543,22049(1+i trim liq ) ⇔
1
1602
⇔ itrim liq =( ) 4 −1 ⇔
1543,22049
⇔ itrim liq ≈ 0,009389151 ≈ 0 , 94 %

c) Qual a taxa de juro anual nominal bruta que vigorou no 2º ano?

Resolução:

0,009389151
A taxa trimestral bruta que vigorou no 2º ano foi i trim bruta= ≈ 0,011885001
1−0 ,21
A taxa anual nominal foi de i anual nom bruta=0,011885001∗4 ≈ 4 ,75 %

2 - O João comprou equipamento informático para o seu escritório entregando a pronto 1000€
e pagando 24 prestações mensais constantes, no montante de 43€ cada uma, as quais incluem
juros calculados à taxa anual nominal de 6%.

a) Qual o preço do equipamento informático?

Resolução:

0 , 06
A taxa mensal a considerar para as prestações é i mensal = =0,005
12
E o preço do equipamento é a soma do montante a pronto e de:
−24
43∗1−(1+0,005)
R ( 0) = ⇔
0,005
24
1
43∗1−( )
1,005
⇔ R ( 0 )= ⇔
0,005
43∗1−0,887185677
R ( 0) = ⇔
0,005
⇔ R ( 0 )=43∗22,5628646 ⇔
⇔ R ( 0 )=970 , 20 €
Ou seja, 1000+970 ,20=1.970 ,20 €

b) Determine a trimestralidade a pagar caso, em alternativa, o João pagasse o


equipamento através de 8 trimestralidades constantes, ocorrendo a primeira no
momento do contrato, e considerando que a taxa anual nominal se mantém.

Resolução:
0 , 06
A taxa trimestral a considerar para as prestações é i trimestral= =0,015 e a prestação é
4
dada pela equação:

1970 , 20= R̈ (0)


−8
1−(1+ 0,015)
⇔ 1970 ,20=( 1+0,015 ) T ⇔
0,015
1970 ,20
∗0,015
1,015
⇔T= −8

1−(1,015)
941,083743842∗0,015
⇔ T =1 8

1
1−( )
1,015
941,083743842∗0,015
⇔ T =1 ⇔
0,112288876
⇔ T =1941,083743842∗0,133584025 ⇔
⇔ T ≈ 259 , 30 €
3 - A empresa SPA contraiu um empréstimo no montante de 250 000 euros pelo prazo de 8
anos, a ser reembolsado através do sistema de amortizações constantes, em prestações
trimestrais (postecipadas) de amortização mais juro.

a) Sabendo que a 5ª trimestralidade é de 12.406,25€, calcule a taxa anual nominal


aplicada ao empréstimo.

Resolução:

O número de prestações trimestrais é de n=8∗4=32 e, estando no sistema de amortizações


constantes, temos:

C 0 250000
M= = =7812 , 50 €
n 32
O valor da 5ª trimestralidade é de 12406 , 25=C 5=J 5 + M , de onde resulta que o juro pago
na 5ª trimestralidade é J 5=12406 ,25−7812 ,50=4593 , 75 €

Sendo J 5= [ 32−( 5−1 ) ] M i=28∗7812 , 50i=218750 i, obtemos:

4593 , 75
i= =0,021=2 ,1 % que é a taxa trimestral aplicada, Assim, a taxa anual nominal
218750
será de 4∗2, 1=8 , 4 %

b) Imediatamente após o pagamento da 10ª trimestralidade, o reembolso seguiu o


sistema de amortizações constantes trimestrais de acordo com as seguintes
transformações:
 O prazo do empréstimo foi alargado em 1 ano
 A taxa de juro passou para 10,5% (anual efetiva)
 Os juros serão pagos de uma só vez no final do novo prazo

Calcule o novo valor da amortização trimestral e o valor dos juros pagos no novo
término do empréstimo.

Resolução:
1
A taxa de juro trimestral é dada por i=(1+0,105) 4 −1 ≈ 0,025275.

Após o pagamento da 10ª trimestralidade, o capital em dívida é de


250000−10∗7812 , 50=171.875 € , e as trimestralidades restantes são 26, correspondendo
às 22 em falta antes desta transformação mais as 4 do novo ano acrescentado ao prazo do
empréstimo.

171875
Assim, a nova amortização trimestral constante é M = ≈ 6610,57692 €
26
Tendo como data referência o fim do pagamento do empréstimo, o montante em dívida tem o
valor acumulado de 171875(1+ 0,025275)26 ≈ 328898,7886 €

Este valor tem de coincidir com a soma do juro a pagar, J , mais o valor pago durante as 26
prestações que, à data de referência, é dado pela renda de acumulação:
26
(1+0,025275) −1
6610,57692 ≈ 238946,6461 €
0,025275
Portanto, o juro pago no final será J=328898,7886−238946,6461=89.952 ,14 €

4 - A empresa IPOP, SA vai emitir um empréstimo obrigacionista, sendo de 50 000 o número de


obrigações e 10€ o valor nominal de cada obrigação. A amortização será realizada nos
próximos 4 anos por redução do valor nominal. O valor de emissão das obrigações é de 9,70€ a
taxa de cupão é de 8,5% ao ano.

a) Elabore o quadro de amortização do empréstimo, incluindo as colunas relativas a:


Tempo, Valor nominal das obrigações vivas, Juro, Montante do valor nominal a
amortizar, Prestação, Valor nominal amortizado

Resolução:

1 - Tempo
2 - Valor nominal das Obrigações vivas
3 - Juros ( J k ¿
4 - Montante a amortizar (m )
5 - Prestação (C k ¿
6 – Valor nominal amortizado

Para elaborar o quadro de amortização, temos de proceder a alguns cálculos que justifiquem
os valores atribuídos.

Item 1 – Tempo

Temos 1 a 4 - n=4 e i=8 , 5 %


Item 2 – Valor nominal das Obrigações vivas

500000
A redução do valor nominal das obrigações, por período, será de =125.000 €
4
Item 3 – Juros

Juros periódicos são calculados com base no valor nominal das obrigações vivas pela taxa
i=8 , 5 %:
J k =V nviv∗i=V nviv∗0,085 , k =1 , … , 4

J k 1=500.000∗0,085=42.500

J k 2=375.000∗0,085=31.875

J k 3=250.000∗0,085=21.250

J k 4 =125.000∗0,085=10.625

Item 4 – Montante a amortizar

O montante global do empréstimo é C 0=N∗V n=50000∗10=500.000 €

Item 5 – Prestação

Cada linha a prestação é dada pela soma do juro e da amortização, isto é, C k =J k +125000

C k 1=42.500+125.000=167.500

C k 2=31.875+125.000=156.875

C k 3=21.250+125.000=146.250

C k 4=10.625+ 125.000=135.625

Tempo Valor Nom. Juros Montante Prestação Valor nom


Obrig. vivas (Jk) a (C k ) amortizado
amortizar
1 500.000 42.500 125.000 167.500 125.000
2 375.000 31.875 125.000 156.875 250.000
3 250.000 21.250 125.000 146.250 375.000
4 125.000 10.625 125.000 135.625 500.000

b) Formalize a expressão que lhe permitiria encontrar a taxa de custo efetiva desta fonte
de financiamento, sabendo que, aquando da emissão, a empresa emitente suportou
um custo de 2,6% do valor nominal do empréstimo.

Resolução:

O valor de emissão das obrigações é V e =9 , 70 € e, portanto, o financiamento obtido pela


empresa emitente é N∗V e =50000∗9 ,70=485.000 € sendo as despesas de emissão
D0=2, 6 %∗C 0=2 , 6 %∗50000=13.000 €
Como os encargos a pagar em cada período são nulos, D k =0 € , para k entre 1 e 4, então a
taxa de custo efetiva r deste empréstimo obrigacionista poderia ser obtida a partir de:
4
Ck
485000−13000=∑
k=1 (1+r )k
167500 156875 146250 135625
⇔ 472000= + + +
1+r 2
(1+r ) (1+ r)
3
(1+ r)
4

c) Antes de proceder à emissão do empréstimo, a empresa IPOP, SA concluiu que o custo


efetivo do crédito bancário de médio e longo prazo, para o mesmo montante de
financiamento, era de 11% ao ano. Decida qual das modalidades será mais vantajosa
para a empresa.

Resolução:

A vantagem relativa das obrigações é:


n
C k + Dk
VRO=N V e −D0−∑
k=1 (1+ g)k
Onde g=11 % é o custo efetivo da fonte de financiamento alternativa.

Assim:
4
Ck
VRO=485000−13000−∑ ⇔
k=1 (1+0 , 11)k
167500 156875 146250 135625
⇔ VRO=472000− + + + ⇔
1 ,11 (1 ,11)2 (1 , 11)3 (1 , 11)4

⇔ VRO=472000−150 900,9009−127 323,2692−106 936,7395−89 340,3884 ⇔


⇔ VRO=−2501 , 30 €
Resposta: como a vantagem relativa das obrigações é negativa, então é mais vantajoso
recorrer ao crédito bancário do que ao empréstimo obrigacionista.

Atividade Formativa 3

1 – Um empréstimo obrigacionista foi emitido nas seguintes condições:

 Número de obrigações emitidas – 200.000,00€


 Valor nominal – 10€
 Prémio de reembolso – 0,50€, incluído no valor da prestação
 Taxa de cupão – 9% ao ano
 Amortização – 4 quotas anuais constantes de capital

a) Elabore o quadro de amortização do empréstimo, incluindo as colunas relativas a:


tempo, número de obrigações vivas, valor nominal das obrigações vivas, juro, número
de obrigações a amortizar, amortização, prestação, número de obrigações mortas.

Resolução:
O número de obrigações emitidas é N=200.000 e o seu valor nominal é V n=10 € , pelo que
o montante global do empréstimo é C 0=N∗V n=200000∗10=2.000 .000 , 00 € . Estes
valores são os dois primeiros da linha 1 do quadro de amortização.

O número de períodos é n=4 e, como a amortização é anual, temos i=9 %

Como a amortização é feita através de quotas constantes de capital, calculamos m , o número


constante de obrigações a amortizar em cada ano, pelo quociente
N 200000
m= = =50.000 obrigações . Este é o valor que preenche toda a coluna do nº de
n 4
obrigações a amortizar.

A coluna do nº de obrigações mortas corresponde ao acumular das obrigações a amortizar em


cada período e terá, para o tempo k , o valor k m .

Subtraindo sucessivamente o valor m=50.000 , completamos a coluna do nº de obrigações


vivas e, multiplicando por 10€, obtemos os valores da coluna seguinte, V n das obrigações
vivas.

O juro periódico é calculado com base no valor nominal das obrigações vivas. Logo, em cada
linha o valor de J k é obtido multiplicando o valor da coluna V n das obrigações vivas pela taxa
i=9 % .
Neste caso de quotas constantes de capital, a amortização vai ser também constante, M .
Como há um prémio de reembolso que é incluído no valor da prestação, a amortização será
calculada pelo valor de reembolso das obrigações, isto é, pela soma do seu valor nominal e do
prémio de reembolso:

M =mV r =m ( V n+ 0 ,5 )=50000∗( 10+0 , 5 )=525.000 €

Por fim, em cada linha a prestação é dada pela soma do juro e da amortização, C k =J k + M

O quadro de amortização é:


Nº V n obrig. Juro ( J k Nº Amortiz. Prest.
Obrig.
Tempo Obrig. vivas ) Obrig. (M ) (C k )
mortas
vivas (euros) (euros) amort. (euros) (euros)
1 200.000 2.000.000 180.000 50.000 525.000 705.000 50.000
2 150.000 1.500.000 135.000 50.000 525.000 660.000 100.000
3 100.000 1.000.000 90.000 50.000 525.000 615.000 150.000
4 50.000 500.000 45.000 50.000 525.000 570.000 200.000

b) Determine a vida mínima, a vida máxima e a vida média das obrigações

Resolução:

A vida mínima corresponde ao período que vai da emissão até ao primeiro reembolso, o que,
neste caso, é um ano. A vida máxima é o espaço de tempo entre a emissão e o último
reembolso, isto é, n=4 anos. A vida média das obrigações é dada pela média:
n 4
1 1
V média = ∑ k m= 200000
N k=1
∑ k∗50000 ⇔
k=1

1∗50000+2∗50000+ 3∗50000+ 4∗50000


⇔ V média = =2 , 5 anos
200000
c) Elabore o quadro de amortização do empréstimo para o caso de, em alternativa, a
amortização ser efetuada ao par. Inclua as colunas relativas a: tempo, número de
obrigações vivas, valor nominal das obrigações vivas, juro, número de obrigações a
amortizar, amortização, prestação, número de obrigações mortas.

Resolução:

Os dados desta alínea coincidem com os da alínea a) excetuando o prémio de reembolso, que
neste caso não existe. Portanto os cálculos são coincidentes com os da alínea a), isto é, as
colunas do quadro de amortização são iguais, exceto no que toca à amortização e à prestação.

A amortização é dada pela fórmula:

M =mV n=50000∗10=500.000 €

E a prestação é dada pela soma do juro e da amortização:

C k =J k + M

O quadro de amortização é:


Nº V n obrig. Juro ( J k Nº Amortiz. Prest.
Obrig.
Tempo Obrig. vivas ) Obrig. (M ) (C k )
mortas
vivas (euros) (euros) amort. (euros) (euros)
1 200.000 2.000.000 180.000 50.000 500.000 680.000 50.000
2 150.000 1.500.000 135.000 50.000 500.000 635.000 100.000
3 100.000 1.000.000 90.000 50.000 500.000 590.000 150.000
4 50.000 500.000 45.000 50.000 500.000 545.000 200.000

2 – Uma multinacional emitiu um empréstimo obrigacionista, titulado por obrigações de valor


nominal individual de 8€. A multinacional pagará cupões quadrimestrais, à taxa anual de 12%,
e a amortização será efetuada acima do par, através de quotas quadrimestrais de capital
constante, durante 16 meses, com prémio de reembolso no valor de 0,50€ por obrigação e no
valor de 2.000€ por quadrimestre, pago separadamente.

a) Determine, justificando:
i) O número de obrigações a amortizar em cada quadrimestre
ii) O número total de obrigações emitidas
iii) O valor da quota quadrimestral de capital a amortizar

Resolução:

i) Como a amortização é feita através de quotas constantes de capital, o número de


obrigações a amortizar em cada período (quadrimestre) é uma constante m .
Sendo 0,50€ o prémio de reembolso de cada obrigação, então o valor do prémio
de reembolso em cada quadrimestre, o montante de 2.000€ é dado pelo produto
2000
0 , 50∗m, o que equivale a m= =4.000 obrigações
0 , 50
ii) A duração do empréstimo é 16 meses, o que corresponde a 16 (meses) / 4 (meses
por quadrimestre) = 4 quadrimestres. Portanto, o número de períodos é n=4 e o
número total de obrigações é N=n∗m=4∗4000=16.000 obrigações
iii) Neste caso, a amortização é realizada através de quotas constantes de capital e,
portanto, a amortização M k é, em todos os períodos k , igual a uma constante M .
Como o prémio de reembolso não é incluído no valor da prestação, a amortização
será calculada com base no valor nominal das obrigações, V n=8 €
M =mV n=4000∗8=32.000 €
b) Elabore o quadro de amortização do empréstimo, contemplando os 9 itens seguintes:
 Tempo
 Número de obrigações vivas
 Valor nominal das obrigações vivas
 Juros
 Número de obrigações a amortizar
 Amortização
 Prestação
 Número de obrigações mortas
 Prémio do reembolso

Resolução:

Com os valores obtidos em a) podemos preencher as seguintes colunas do quadro de


amortização:

 Nº de obrigações vivas – primeira linha com N=16.000 obrigações e subtraindo


m=4.000 obrigações de linha para linha
 V n das obrigações vivas – multiplicando a coluna anterior pelo valor nominal de cada
obrigação, V n=8 €
 Nº de obrigações a amortizar – onde todas as entradas são iguais a
m=4.000 obrigações
 Amortização – onde todas as entradas são iguais a M =32.000 €
 Nº de obrigações mortas – começando na primeira linha com m=4.000 obrigações e
somando, de linha para linha, esse mesmo valor
 Prémio do reembolso – onde todas as entradas são iguais a 2.000€

Como o período é quadrimestral, a taxa dada é i anual=12 % e um ano tem 3 quadrimestres,


12 %
temos i quadrimestral = =4 %.
3
Nota: nos empréstimos obrigacionistas, a menos de informação em contrário, a taxa anual
dada é nominal. Portanto, obtemos taxas de juro para outros períodos, que não o ano, através
de uma proporção.

O juro J k é obtido multiplicando o valor da coluna V n das obrigações vivas pela taxa i=4 %.

Por fim, em cada linha a prestação é dada pela soma do juro e da amortização, C k =J k + M .
O quadro de amortização é:

Nº Prémio
Nº V n obrig. Juro ( J k Nº Amortiz. Prest.
Obrig. reembolso
Tempo Obrig. vivas ) Obrig. (M ) (C k )
mortas (euros)
vivas (euros) (euros) amort. (euros) (euros)
1 16.000 128.000 5.120 4.000 32.000 37.120 4.000 2.000
2 12.000 96.000 3.840 4.000 32.000 35.840 8.000 2.000
3 8.000 64.000 2.560 4.000 32.000 34.560 12.000 2.000
4 4.000 32.000 1.280 4.000 32.000 33.280 16.000 2.000

3 – Uma empresa vai emitir um empréstimo obrigacionista nas seguintes condições:

 Número de obrigações emitidas – 10.000


 Valor nominal – 50€
 Amortização – nos próximos 4 anos por redução do valor nominal
 Valor de emissão das obrigações – 49,60€
 Taxa de cupão – 10% ao ano
a) Elabore o quadro de amortização do empréstimo, incluindo as colunas relativas a:
tempo, valor nominal das obrigações vivas, juro, montante do valor nominal a
amortizar, prestação, valor nominal amortizado.

Resolução:

O número de obrigações emitidas é N=10.000 e o seu valor nominal é V n=50 € , pelo que o
montante global do empréstimo é C 0=N∗V n=10000∗50=500.000 € . Este valor é o
primeiro da linha 1 do quadro de amortização.

O número de períodos é n=4 e, como a amortização é anual, temos i=10 % .

Como a amortização é feita por redução do valor nominal das obrigações, calculamos a
100 % 100 %
percentagem de redução em cada período: = =25 %. Em termos de valor
n 4
nominal, a redução por período será então de 25 %∗500000=125.000 euros

Este valor corresponde a todas as entradas da coluna montante do V n a amortizar e,


subtraindo sucessivamente este valor em cada tempo, preenchemos a coluna V n das
obrigações vivas. Multiplicando k por este valor, onde k é o tempo, preenchemos ainda a
última coluna.

O juro periódico é calculado com base no valor nominal das obrigações vivas. Logo, em cada
linha o valor de J k é obtido multiplicando o valor da coluna V n das obrigações vivas pela taxa
i=10 % .
Por fim, em cada linha a prestação é dada pela soma do juro e do montante do V n a amortizar,
C k =J k +125000

O quadro de amortização é:

V n obrig. Juro ( J k Valor nom.


Montante Prestação
Tempo vivas ) amortizado
V n a amort. (C k )
(euros) (euros)
1 500.000 50.000 125.000 175.000 125.000
2 375.000 37.500 125.000 162.500 250.000
3 250.000 25.000 125.000 150.000 375.000
4 125.000 12.500 125.000 137.500 500.000

b) Sabendo que, aquando da emissão, a empresa emitente suportou um custo de 3% do


valor nominal do empréstimo, formalize a expressão que lhe permitiria encontrar a
taxa de custo efetiva desta fonte de financiamento.

Resolução:

Neste exemplo o valor de emissão das obrigações é V e =48 ,60 euros, menor do que o seu
valor nominal (emissão abaixo do par). Logo, o financiamento obtido pela empresa emitente é
N∗V e =10000∗49 , 60=496.000 € .

Quanto às despesas de emissão, temos D 0=3 %∗C0 =3 %∗500000=15.000 euros. Por


outro lado, os encargos a pagar em cada período são nulos, D k =0 euros, para todo o k .

Portanto, a taxa de custo efetiva r deste empréstimo obrigacionista poderia ser obtida a partir
da expressão:
n
C k + Dk
N V e −D0=∑
k=1 (1+ r)k
4
Ck
⇔ 496000−15000=∑ ⇔
k=1 (1+ r)k
175000 162500 150000 137500
⇔ 481000= + + +
1+r 2
(1+r ) (1+ r)
3
(1+ r)
4

c) Antes de proceder à emissão do empréstimo, a empresa concluiu que o custo efetivo


do crédito bancário de médio e longo prazo, para o mesmo montante de
financiamento, era de 12% ao ano. Decida qual das modalidades será a mais vantajosa
para a empresa.

Resolução:

A vantagem relativa das obrigações VRO é calculada pela fórmula:


n
C k + Dk
VRO=N V e −D0−∑
k=1 (1+ g)k
Onde g é o custo efetivo da fonte de financiamento alternativa.

Neste caso, g=12 % e a expressão fica


4
Ck
VRO=496000−15000−∑ ⇔
k=1 (1+0 , 12)k
175000 162500 150000 137500
⇔ 481000− − − − ⇔
1, 12 2 3
(1 ,12) (1 ,12) (1 , 12)
4
≈ 481000−156250−129544,0051−106767,0372−87383,73578 ⇔
≈ 1.055 , 23 euros
Resposta: como a vantagem relativa das obrigações é positiva, então é mais vantajoso recorrer
ao empréstimo obrigacionista do que ao crédito bancário.

Cábulas:

Números decimais em fração:

0 , 2 0 ,2∗10 2 1
0 , 2= = = =
1 1∗10 10 5
0 , 75 0 ,75∗100 75 3
0 , 75= = = =
1 1∗100 100 4
0,625 0,625∗1000 625 5
0,625= = = =
1 1∗1000 100 8
1 , 12 1 , 12∗100 112 28
1 ,12= = = =
1 1∗100 100 25

2 ,35 2 , 35∗100 235 47


2 , 35= = = =
1 1∗100 100 20
0 , 35 0 ,35∗100 35 7 40 7 47
2+ =2+ =2+ =2+ = + =
1 1∗100 100 20 20 20 20

Você também pode gostar