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Maio de 2002

TL
Revestimentos com ligas de zinco/níquel 244
Requisitos para a proteção de superfícies
VOLKSWAGEN

50 22 3
Palavras chave: Zinco, níquel, proteção à corrosão, proteção da superfície
Título do original:
Zink/Nickel-Legierungsüberzüge
Oberflächenschutzanforderungen

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tradução e o texto original prevalecerá o
disposto neste último!

Modificações
As seguintes modificações foram feitas com relação à TL 244: 12-1995:
- introdução de camadas conversíveis livres de Cr(VI)em função das determinações de carros antigos nos EEUU (vide
tabela 2)
- substituição da Sup.-r640 pela Sup -r642 e Sup -r643
- lacração para Sup -r645 não é mais admissível
- documentação complementar atualizada
- norma foi reestruturada

Edições anteriores
10-1987; 05 -1992; 11-1993; 12-1995

1 Campo de aplicação
A presente norma estabelece os requisitos para a segregação eletrolítica sobre peças de aço e ferro de revestimentos de
liga de zinco/níquel passivadas livres de Cr (VI), com uma resistência á tração de Rm ≤ 100 n/mm² conforme letra de
identificação r da VW 137 50..
Estes revestimentos de proteção forte à corrosão (classe de resistência 6) são apropriados principalmente para
componentes e sistemas de condutores e rosqueamentos, onde são esperados, além de uma solicitação superior da
corrosão também uma carga de temperatura elevada de até 150 °C (na área do compartimento do motor e freio), bem
como nas conexões elétricas (conexões de massas). Adicionalmente são apropriados principalmente ao emprego nos
contatos com materiais de alumínio devido à sua resistência eletroquímica.

2 Designação
vide VW 137 50, item 2.
3 Requisitos

3.1 Tipos de proteção


São válidos os tipos de proteção especificados na tabela 1. Como substituto dos tipos inválidos de proteções com Cr(VI)
vide tabela 2.
OBSERVAÇÃO: De acordo com a necessidade poderá vir a ser utilizado um eletrólito fracamente ácido em
conformidade com acordos feitos com o laboratório central (K-QS-32) da VW AG e /ou com o laboratório de ensaio (I-
/GQ-32)da Audi AG, (por exemplo para peças fundidas).

Elaboração do original: Tradução: Distribuição desta tradução:

Central de Normas Volkswagen AG IVM do Brasil Ltda. Infotec / NORMAS


Volkswagen do Brasil Ltda.

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normas exclusivamente através do respectivo setor de Compras.

VOLKSWAGEN DO BRASIL LTDA . Página 01 de 05


TL 244, edição 05/02 - página 02 de 05

Tabela 1
Tipo de proteção Característica e aparência
Sup -r642 Revestimento zinco/níquel, segregado de eletrólitos alcalinos (vide requisitos
excepcionais do teor de níquel), incolor passivado livre de Cr (VI), (aparência
transparente até azulado iridescente)
Sup -r643 Revestimento zinco/níquel, segregado de eletrólitos alcalinos (vide requisitos
excepcionais sob item 3.8 teor de níquel), incolor passivado livre de Cr (VI) e
adicionalmente selado, (aparência transparente até azulado iridescente)
Sup -r645 Como r642 porém com tratamento adicional lubrificante (vide VW 011 10)
Sup -r672 Revestimento zinco/níquel, segregado de eletrólitos alcalinos, preto passivado livre de
Cr (VI)
Sup -r673 Revestimento zinco/níquel, segregado de eletrólitos alcalinos, preto passivado livre de
Cr (VI) e adicionalmente lacrado
Sup -r677 Como r672 porém com tratamento adicional lubrificante (vide VW 011 10)

Tabela 2
Para novos projetos, tipos de proteção não mais Para projetos novos tipos de proteção substitutos
admissíveis- contendo Cr (VI) recomendáveis- livres de Cr (VI)
Sup -r640a Sup -r642 ou r643
- Sup -r645b
Sup -r650 Sup -r642 ou r643
Sup -r660 Sup -r642 ou r643
Sup -r665 Sup -r645
Sup -r670 Sup -r672 ou r673
Sup -r675 Sup -r677
a
O tipo de proteção de superfícies r640 no sentido da TL 244: 1995-12, futuramente será substituído por dois
sistemas diferentes de composição diferente, ou seja através do r642 (sem lacração) e r643 (com lacração).
b
O tipo de proteção de superfícies r645 permanece inalterado em relação à TL 244: 1995-12, porém basicamente sem
lacração

3.2 Requisitos básicos


Peças de aço de alta resistência com uma resistência à tração de Rm > 1000 N/mm² e elementos de conexão (por
exemplo parafusos) com uma dureza de superfície de > 370 HV não podem ser revestidos com estas ligas. Também
se tornam inadequados na utilização para revestimentos em elementos de vedação dos sistemas condutores de gases,
como por exemplo, o condicionador de ar, em função de suas microrachaduras.
Peças revestidas deste tipo não podem ser esmagadas, flexionadas, rebordadas ou submetidas a processos plásticos
semelhantes.
Aprovação para fornecimento, fornecimento inicial e modificação conforme VW 011 55.
Supressão de substâncias nocivas conforme VW 911 01.
Para uma análise completa são necessárias10 peças acabadas.
O processo de revestimento zinco/níquel a ser aplicado (eletrólito) deve ser acertado previamente com o laboratório
central (K-QS-32) da VW AG e/ou com o laboratório de ensaio (I/GQ-32) da AUDI AG.
Desde que partes específicas de peças, que não tenham sido determinadas nos desenhos para serem excluídas do
tratamento de superfícies, estas deverão possuir, por toda sua superfície, as características prescritas da proteção de
superfícies. Os revestimentos devem estar firmemente fixados ao material de base.
Peças rosqueáveis devem apresentar uma tolerância à espessura correspondente em relação á camada de
revestimento, peças métricas rosqueáveis preferencialmente conforme VW 116 24. Depois do revestimento a camada
de posicionamento h não poderá ser ultrapassada e a camada H não poderá deixar de ser atingida.
O processo de acabamento deve ser montado e comandado de tal forma que as características de emprego da peça
acabada não seja influenciada.
As camadas de proteção não devem apresentar poros, rachaduras, danos ou quaisquer outros defeitos que
comprometam a proteção contra a corrosão e/ou sua aparência.
Em montagens técnicas corretas não poderão surgir danos dos revestimentos que conduzam a uma influência
funcional e/ou redução da proteção contra a corrosão recomendada.
O processo para o tratamento de superfícies deve ser aplicado da tal forma que danos causados por encruamento
retardado (hidrogenização) sejam excluídos. A comprovação é feita através de ensaio de tensionamento conforme
DIN 50 969.
TL 244, edição 05/02 - página 03 de 05

3.3 Elementos de conexão


Em parafusos e elementos de conexão rápida são válidos os seguintes requisitos de ensaio apenas para a cabeça e/ou
superfícies de contato de chaves, para porcas apenas para o topo e/ou superfícies de contato de chaves. Para peças de
formas semelhantes e com rosca, como por exemplo, parafusos prisioneiros, aplicam-se os requisitos de ensaio
apenas para as superfícies de topo.
Para as áreas de pontos fracos condicionados ao processo do revestimento em elementos de conexão como haste e
rosca, os requisitos minimizados são aplicados conforme item 3.11.
Nos demais casos devem ser obedecidos os dados da DIN EN ISO 4042 sobre a espessura máxima possível do
revestimento galvânico no perfil rosqueável.
Estes requisitos minimizados de ensaio são válidos igualmente para elementos de conexão rápida.
Elementos de conexão com rosca milimétrica devem ser tratados com produto lubrificante conforme TL 521 32 para
a regulagem de números constantes de atrito. O ensaio dos valores de atrito é feito de acordo com VW 011 29.
Outras indicações vide VW 011 10, item 2.

3.4 Processo zinco/níquel


Para componentes de formatos geométricos complicados são recomendados os revestimentos oriundos
principalmente dos sistemas de camadas alcalinas segregadas. Estes se apresentam por uma melhor capacidade
dispersiva (distribuição de metal). Portanto atinge-se , por todo o campo de densidade de corrente, uma razão
uniforme de deposição de níquel.
Caso a segregação direta, como por exemplo sobre materiais de ferro fundido, seja possível apenas mediante medidas
inconvenientes, a ativação da superfície através da segregação de uma pré-zincagem, com um eletrólito de zinco ou
liga deste e de acidez fraca é permissível. A utilização de um eletrólito acidamente fraco de Zn/Ni deverá ser
combinado com o laboratório central (K-QS-32) da VW AG e/ou com o laboratório de ensaio (I/GQ-32) da AUDI
AG.

3.5 Camadas de conversão livres de Cr (VI)


Em revestimentos zinco/níquel de segregação eletrolítica, o melhoramento da resistência à corrosão em relação à
água salgada e à água condensada, é feito freqüentemente através de um tratamento técnico posterior, em soluções
passivadas. A solução passivada utilizada não pode conter ligações de Cr (VI) para garantir que a camada formada de
conversão seja livre de Cr (VI).

3.6 Tratamentos posteriores


Como para peças pertencentes ao campo visual do cliente a aparência das peças não pode ser influenciada por
grandes oscilações de cores e iridescências, pode se recorrer a um tratamento posterior da camada de conversão por
meio de uma lacração. Este acarreta ao mesmo tempo em um aumento da proteção contra a corrosão. A ampliação
em espessura da camada pode ser incrementada em 0,5 µm até 2µm mas não poderá influenciar a funcionalidade da
superfície.
Caso sejam exigidos, paralelamente à proteção contra a corrosão, outras características funcionais da superfície como
por exemplo exeqüibiliadde de laqueação, resistência aos meios, características lubrificantes, comportamento ao
rosqueamento, capacidade de vulcanização, comportamento à temperatura ou capacidade de condução elétrica, então
devem ser feitos ensaios específicos para as peças ou ensaios funcionais.
Através dos tratamentos posteriores não podem remanescer sobre as superfícies das peças quaisquer tipos de defeitos
aparentes como gotículas geradas pela cristalização e/ou formação do filme.

3.7 Material básico


Vide desenho.

3.8 Teor de níquel


Ensaio conforme PV 1214 e/ou PV 1216 (apenas em ensaios de primeiras amostras).
Ensaio com processos de fluorescência de raios X com utilização de aparelhos de medição em analogia ao DIN EN
ISO 3497.
Requisito: 12 % até 15 %.
Em casos excepcionais um teor de níquel de 10 % até 15 % é admissível quando os revestimentos são segregados de
sistemas fracamente ácidos. Isto deve ser combinado com o laboratório central (K-QS-32) da VW AG e/ou com o
laboratório de ensaio (I-/GQ-32) da AUDI AG.
TL 244, edição 05/02 - página 04 de 05

3.9 Espessuras das camadas do revestimento galvânico


Ensaio conforme DIN EN ISO 1463, DIN EN ISO 2178 e DIN EN ISO 3497 (vide ítem 4).
Requisito: 8 µm até 25 µm (para componentes de todos os tipos)
8 µm até 15 µm (para peças rosqueáveis, ponto de medição conforme DIN EN ISO 4042).

3.10 Solidez de aderência


Ensaio choque térmico em analogia à DIN EN ISO 2819.
A peça de ensaio é armazenada por 30 min a (300±10) °C e posteriormente mergulhada em água com uma
temperatura de 15°C até 25 °C.
Requisito: sem desprendimento de áreas maiores do revestimento de zinco nem formação de bolhas.
3.11 Comportamento à corrosão
A resistência à corrosão dos sistemas deve ser garantida tanto no estado de fornecimento como no armazenamento
térmico por 24 horas à 120 °C.Os requisitos são previsões mínimas e devem ser obedecidos em todos os casos.
Ensaio conforme DIN 50 021-SS, avaliação conforme DIN EN 12 329.
Para a avaliação das camadas passivadas e da lacração valem os tempos de ensaio e requisitos da tabela 3.
Para a avaliação dos revestimentos zinco/níquel inclusive as camadas passivadas e lacração vale:
- sem oxidação do metal de base depois de um ensaio de 720 h com todos os tipos de proteção conforme TL 244
- sem corrosão de zinco depois dos tempos de ensaio da tabela 3.
Para a avaliação dos campos de hastes e roscas de elementos de conexão rápida e rosqueamento vale:
- sem oxidação do metal de base depois de um tempo de ensaio de 480 h.

Tabela 3 – Tempos de ensaio e requisitos para a avaliação de


camadas passivadas e lacração
Tipo de proteção Tempo de ensaio em h Requisito
produto produto de
tamboreado a grade
Sup -r642, r672 120 240 sem corrosão de zinco depois do
Sup -r645, r677 tempo recomendado de ensaio,
modificação óptica fraca (véu
Sup -r643, r673 240 240 cinzento ) é admissível

a
O conceito de produto tamboreado se refere a peças pequenas que em função de sua geometria não podem ser
revestidas como produtos de grade e são revestidos como produtos a granel.
OBSERVAÇÃO: Especificamente para os componentes podem ser admitidos requisitos minimizados, como por
exemplo para áreas de fundidos do cavalete do freio valem requisitos reduzidos de 120 h de resistência à corrosão em
relação à corrosão do zinco.

4 Indicação de ensaio para a medição da espessura de camadas


Deve-se utilizar o equipamento para medição de espessuras de camadas conforme o processo de raio X fluorescente
de acordo com DIN EN ISO 3497 (por exemplo, Fischerscope, da empresa Helmut Fischer GmbH & Co.) que
permite a avaliação simultânea da espessura do revestimento e do conteúdo de zinco.
O tempo de medição é selecionado de tal forma que a precisão de repetição é menor ou igual a 0,5 % do peso de
zinco. A precisão de repetição é o desvio padrão de valores de medição sob condições repetitivas (mesmo
observador, mesmo equipamento, mesmo ensaio com a mesma posição de medição, curto intervalo de tempo entre as
medições).
Quando da medição da espessura da camada através do processo magneto-indutivo, conforme DIN EN ISO 2178, a
espessura da camada é determinada com a apalpação de uma sonda. Em ensaios com superfícies ásperas devem ser
feitas na superfície de referência algumas (no mínimo 5) medições avulsas. O resultado da medição é a espessura
local da camada. O aparelho de medição deve ser calibrado com ensaios de comparação em intervalos regulares ou
antes do início de uma série de medições.
TL 244, edição 05/02 - página 05 de 05

5 Documentação complementar

PV 1214 Revestimentos de ligas zinco/níquel; determinação do teor de níquel


PV 1216 Revestimentos de ligas zinco/níquel; determinação do teor de níquel com ICP-OES
TL 521 32 Lubrificante para rosca; requisitos para materiais
VW 011 10 Uniões aparafusadas, conexões de parafusos altamente solicitadas , projeto e garantia do
processo
VW 011 29 Valores limite dos coeficientes de atrito; elementos de conexão mecânicas com roscas
métricas ISO
VW 011 55 Peças veiculares de fornecimento em geral; aprovação fornecimento inicial e modificação
VW 116 24 Rosca métrica ISO; medidas limite para campo de tolerância 6G/6f
VW 137 50 Proteção de superfície para peças metálicas; tipos de proteção, abreviações, requisitos
VW 911 01 Norma veicular de proteção ambiental, peças veiculares, materiais, materiais operacionais,
supressão de substâncias nocivas
DIN 50 021 Ensaio de névoas com diferentes soluções de sódio clorídrico
DIN 50 969 Solidez de componentes altamente resistentes de aço contra rompimentos porosos induzidos
por hidrogênio
DIN EN 12 329 Revestimentos galvânicos de zinco em materiais de ferro com tratamento adicional
DIN EN ISO 1463 Camadas de óxidos e de metal; medição da espessura de camadas; processo microscópico
DIN EN ISO 2178 Revestimentos não magnéticos sobre metais básicos magnéticos – medição da espessura da
camada – processo magnético
DIN EN ISO 2819 Revestimentos metálicos em metais básicos; revestimentos químicos e galvânicos; resumo
dos métodos de ensaio da solidez de aderência
DIN EN ISO 3497 Camadas metálicas – medição da espessura de camadas – processo fluorescente de raios X
DIN EN ISO 4042 Elementos de conexão; revestimentos galvânicos

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