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Consumíveis de Soldagem

CONSUMÍVEIS DE
SOLDAGEM

OBJETIVO

Através do estudo deste módulo, o leitor deve tornar-se apto, a:

1 – Definir o que é um consumível.

2 – Definir o que é a especificação AWS para consumíveis e o campo de aplicação das especificações mais
usuais

3 – Definir o que é a classificação AWS de consumíveis.

4 – Interpretar a classificação AWS para consumíveis.

5 – Saber qual a diferença entre as classificações AWS de consumíveis e as classificações estabelecidas pelo
código ASME.

6 – Efetuar exame visual e dimensional nos consumíveis.

7 - Analisar o sistema de controle de armazenamento, secagem e manuseio dos consumíveis a partir de plano
previamente elaborado.

8 – Efetuar inspeção nas condições de armazenamento, secagem e manuseio.

9 – Efetuar inspeção nas instalações e equipamentos envolvidos no sistema de armazenamento, secagem e


manutenção da secagem dos consumíveis.

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Consumíveis de Soldagem

SUMÁRIO

1. CONCEITO ...........................................................................................................................3

2. NOÇÕES SOBRE ESPECIFICAÇÕES AMERICAN WELDING SOCIETY – AWS ..........................4

3. FAMILIARIZAÇÃO COM AS CLASSIFICAÇÕES AWS ...............................................................6

4. AGRUPAMENTO DOS METRAIS DE ADIÇÃO (ELETRODOS, ARAMES, FLUXOS E ETC) ..........48

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1 - CONCEITO

1.1 - INTRODUÇÃO
De acordo com a definição já estudada no Módulo 2 (Terminologia), Consumíveis de
Soldagem são todos os materiais empregados na deposição ou proteção da solda, tais
como: eletrodos revestidos, varetas, arames sólidos (eletrodos nus) e arames (eletrodos)
tubulares, fluxos, gases e anéis consumíveis.

A seleção dos consumíveis depende, principalmente, do processo de soldagem que, por


sua vez, é escolhido em função de vários fatores, entre os quais:

- Metal de base;
- Geometria e tipo de junta;
- Espessura da peça a ser soldada;
- Posição de soldagem;
- Tipo de fonte de energia;
- Produtividade;
- Habilidade do soldador, etc.

1.2 - TIPOS DE CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM EM FUNÇÃO DO PROCESSO DE


SOLDAGEM
Os próximos sub-itens apresentarão os consumíveis de soldagem relativos ao processo de
soldagem em evidência.

1.2.1 - Utilizados em Soldagem a Gás (processo de soldagem que utiliza energia


termoquímica)

- Gases combustíveis: Acetileno, Propano, Butano, Gás Natural, entre outros;


- Gases comburentes: Oxigênio, Ar atmosférico (quase nunca usado);
- Varetas;
- Fluxos (Fundentes).

1.2.2 - Utilizados em Soldagem a Arco Elétrico (processo de soldagem que utiliza


energia elétrica)

1.2.2.1 - Arco elétrico entre o eletrodo refratário (não consumível) e a peça:

- Soldagem GTAW (TIG)

NOTA: Este processo de soldagem foi inicialmente desenvolvido para usar gases do tipo
inertes (exemplo: argônio e hélio) para proteger a poça de fusão e o arco elétrico da ação
dos gases encontrados na ar atmosférico. Por esta razão, ele foi batizado como T.I.G.
(Tungsten Inert Gas). Anos mais tarde, houve a introdução dos gases ativos (CO2 e/ou O2)
nos gases inertes, juntamente com o desenvolvimento de eletrodos de tungstênio ligados a
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óxidos de tório, cério, entre outros, este processo passou a ser chamado de Gas Tungsten
Arc Welding (GTAW).
 Vareta, maciça ou fluxada (GTAW manual) e arame, não energizado (GTAW
mecanizado);
 Gases puros (Argônio, Hélio) e misturas gasosas (Argônio e/ou Hélio + CO2;
Ar + O2; Ar + CO2 + O2).

1.2.2.2 - Arco elétrico entre o eletrodo consumível e a peça:

- Soldagem Manual com Eletrodo Revestido (SMAW)

 Eletrodo Revestido

1.2.2.3 - Arco elétrico entre o eletrodo consumível nu e a peça:

- Soldagem a Arco Submerso (SAW)


 Eletrodos (nus e compostos) e Fluxo

- Soldagem com Proteção Gasosa (GMAW) [MIG/MAG]


 Eletrodo (ou arame) sólido (nu) e arame tubular com núcleo metálico (metal-
cored)
 Gases puros e misturas gasosas

- Soldagem com Arame Tubular (FCAW) com ou sem Proteção Gasosa


 Com Proteção Gasosa
 Eletrodo (ou arame) tubular
 Gases puros e misturas gasosas (ver processo de soldagem GMAW);

 Sem Proteção Gasosa (Autoprotegido)


 Eletrodo (ou arame) tubular

2 - NOÇÕES SOBRE ESPECIFICAÇÕES DA AMERICAN WELDING SOCIETY (AWS)


Os metais de adição são agrupados em função da composição química do metal
depositado ou do consumível e do processo de soldagem.

Todos os consumíveis de soldagem existentes geralmente estão cobertos pela


especificação AWS. Importante informar que a AWS não prevê todos os tipos de metais de
adição disponíveis, pois alguns têm formulação recente e outros têm suas características
mantidas como segredo de fabricação. A Tabela 5.1 fornece exemplos de algumas
especificações AWS.

O código ASME (American Society for Mechanical Engineering), quando utiliza da


especificação AWS, ela emprega a abreviatura SF (do inglês, “Specification”) antes do
código de especificação AWS.

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Tabela 5.1 - Exemplo de Especificações ASME/AWS

DESIGAÇÃO:
ASME Seção II Parte C ESPECIFICAÇÃO PARA:
- AWS -
SFA-5.1 / A-5.1 Eletrodos de Aço ao Carbono para Soldagem Manual a Arco
com Eletrodo Revestido (SMAW)
SFA-5.2 / A-5.2 Varetas de Aços ao Carbono e Baixa Liga para Soldagem Oxi-
Gás (OFW)
SFA-5.4 / A-5.4 Eletrodos de Aço Inoxidável para Soldagem Manual a Arco com
Eletrodo Revestido (SMAW)
SFA-5.5 / A-5.5 Eletrodos de Aço Baixa Liga para Soldagem Manual e Arco com
Eletrodo Revestido (SMAW)
SFA-5.9 / A-5.9 Eletrodos Nus e Varetas para Soldagem de Aço Inoxidável

SFA-5.12 / A-5.12 Eletrodos de Tungstênio e suas Ligas para Soldagem e Corte a


Arco
SFA-5.17 / A-5.17 Eletrodos de Aço ao Carbono e Fluxos para Soldagem a Arco
Submerso (SAW)
SFA-5.18 / A-5.18 Metais de Adição de Aço ao Carbono para Soldagem a Arco com
Gás de Proteção
SFA-5.20 / A-5.20 Eletrodos de Aço ao Carbono para Soldagem a Arco com Arame
Tubular (FCAW)
SFA-5.22 / A-5.22 Eletrodos de Aço Inoxidável para Soldagem a Arco com Arame
Tubular (FCAW) e Varetas com Núcleo Fluxado de Aço
Inoxidável para Soldagem TIG (GTAW)
SFA-5.23 / A-5.23 Eletrodos de Aço Baixa-Liga e Fluxos para Soldagem a Arco
Submerso (SAW)
SFA-5.25 / A-5.25 Eletrodos de Aços ao Carbono e Baixa-Liga e Fluxos para
Soldagem Eletro-Escória (ESW)
SFA-5.26 / A-5.26 Eletrodos de Aços ao Carbono e Baixa-Liga para Soldagem
Eletro-Gás (EGW)
SFA-5.28 / A-5.28 Eletrodos e Varetas de Aço Baixa-Liga para Soldagem a Arco
com Gás de Proteção
SFA-5.29 / A-5.29 Eletrodos de Aço Baixa-Liga para Soldagem a Arco com Arame
Tubular (FCAW)

2.1 - DIFERENÇA ENTRE “ESPECIFICAÇÃO” E “CLASSIFICAÇÃO”

A especificação indica os requisitos para os consumíveis de acordo com seu emprego.

Para enquadrarem-se numa especificação AWS, os consumíveis devem atender a


requisitos específicos, tais como:

- Propriedades mecânicas do metal depositado (ensaio de tração, de dobramento, de


impacto);
- Composição química do consumível de soldagem ou do metal depositado;

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- Sanidade do metal depositado, verificada por meio de exame radiográfico.

A especificação AWS estabelece as condições de testes para os consumíveis a serem


realizados pelo fabricante, a fim de verificar se a solda produzida apresenta as
propriedades mecânicas mínimas exigidas.

Desta forma, a especificação, além de classificar os consumíveis, determina que os


mesmos atendam a requisitos de:

- Fabricação;
- Critérios de aceitação;
- Composição química do metal depositado;
- Propriedades mecânicas do metal depositado;
- Exame radiográfico do metal depositado;
- Embalagem;
- Identificação;
- Garantia, etc.

Por outro lado, a classificação AWS refere-se a um consumível e a respeito do mesmo,


fornece, em valores aproximados, algumas de suas propriedades mecânicas (limite de
resistência, impacto), como também sua composição química e particularidades relativas
ao revestimento, ou seja, fornecendo ao consumível uma designação lógica, que permita
identificá-lo mais facilmente e suas características principais.

Portanto, a diferença entre especificação e classificação é:

A ESPECIFICAÇÃO AWS determina de maneira exata as características de um


consumível e dá garantias sobre suas propriedades.

ENQUANTO QUE:

A CLASSIFICAÇÃO AWS apresenta uma maneira lógica de designar um consumível.

3 - FAMILIARIZAÇÃO COM AS CLASSIFICAÇÕES AWS DE CONSUMÍVEIS


Nas especificações AWS, os consumíveis são designados por um conjunto de algarismos
e letras com um dos seguintes prefixos:

E - Eletrodo para soldagem a arco elétrico (“electrode”);


R - Vareta para soldagem a gás (“rod”);;
B - Metal de adição para brasagem (“brazing”);
F - Fluxo para arco submerso (“flux”);
ER - Indica a possibilidade de aplicação com eletrodo nu (arame) ou vareta;
SG - Gás de proteção (“shielding gas”);

A seguir, serão dados exemplos de critérios e sistemas de classificação de alguns dos


consumíveis que foram listados na Tabela 5.1.

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3.1 – CLASSIFICAÇÃO DOS GASES DE PROTEÇÃO DE ACORDO COM AS


ESPECIFICAÇÃO AWS A5.32-97

3.1.1 – Generalidades
Na seleção de gases de proteção adequados para a soldagem de determinados materiais,
os seguintes fatores devem se considerados: composição química e espessura do metal
de base, posição de soldagem e tipo de corrente.

Os gases de proteção para soldagem são de dois tipos: Inertes e Reativos.

3.1.1.1 – Potencial de Ionização (P.I.) dos Gases de Proteção para a Soldagem

A Tabela 5.2 apresenta os valores de potencial de ionização (volts) dos gases de proteção
mais empregados na soldagem de materiais metálicos.

O Potencial de Ionização é a tensão que um determinado gás necessita para ser ionizado
no interior do arco elétrico. Quanto maior for este potencial, mais difícil é a abertura do arco
elétrico, como também mais difícil a sua manutenção.

Comparando os potenciais de ionização do Hélio e do Argônio, constata-se que o P.I. do


Hélio é, aproximadamente, 1,5 vezes maior do que o do Argônio.

Tabela 5.2 - Potencial de Ionização Gases para a Soldagem

Gás Potencial de
Ionização (V)
Hélio 24,58

Argônio 15,75

CO2 14,40

Nitrogênio 15,50

Hidrogênio 15,60

O2 12,50

3.1.2 - Gases Inertes

Os gases inertes são aqueles que não reagem com o metal líquido da poça de fusão. Os
gases inertes mais utilizados na soldagem são: Argônio e Hélio.

A - Argônio
O Argônio (símbolo químico: Ar) é um gás inerte, monoatômico pesado, com peso atômico
igual a 40 (aproximadamente 1,4 vez mais pesado do que ar). Este gás pode ser usado
sozinho, como também combinado com um outro gás. O Ar pode ser usado na soldagem
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de metais ferrosos e não ferrosos (alumínio, cobre, níquel, magnésio e suas ligas). O baixo
potencial de ionização (15,75 eV) requer baixas tensões de arco elétrico, favorecendo a
abertura e estabilidade do arco. Esse gás é obtido da atmosfera pela liquefação do ar e
purificado até o estágio de 99,995% (grau solda).

O argônio é muito utilizado na soldagem de material de fina e média espessura,


principalmente na soldagem do alumínio, cobre, magnésio e suas ligas. Em metais
ferrosos, o argônio no estado puro deve ser evitado, devido, principalmente, à baixa fluidez
da poça de fusão. Para contornar este problema, procura-se, então adicionar um gás ativo
como, por exemplo, o Oxigênio e/ou CO2 (dióxido de carbono), que, além de proporcionar
uma maior fluidez à poça de fusão, produzindo um cordão de solda com melhor
acabamento visual, estas adições também melhoram a condutibilidade elétrica do arco
elétrico, aumentando sua estabilidade elétrica. Por estas razões, o processo MIG não é
indicado na soldagem dos aços.

O baixo potencial de ionização do Ar implica numa baixa condutibilidade térmica deste gás,
o que faz com o Ar produza um cordão de solda com uma baixa penetração em suas
bordas e um boa penetração na direção da coluna do arco. Baixa condutibilidade térmica
do gás requer uma menor tensão do arco, o que faz com o arco seja aberto mais
rapidamente e que seja mantido aberto com uma boa estabilidade.

As misturas de Ar + CO2, Ar + O2 e Ar + CO2 + O2 mais utilizadas na indústria foram


desenvolvidas em função de testes em diferentes tipos de materiais, estando, hoje,
definidas conforme indicado na Tabela 5.3.

Tabela 5.3 - Composições da Mistura Ar + CO2, Ar + O2 e Ar + CO2 + O2 em função dos


Metais de Base
Ar (%) CO2 (%) O2 (%) Metal de Base
Aço ao carbono
98 - 2 Aço baixo carbono de alta resistência
Aço Inoxidável
Aço ao carbono
95 - 5 Aço baixo carbono de alta resistência
Aço Inoxidável, classe 300
Aço ao carbono
90 10 - Aço baixo carbono de alta resistência

Aço ao carbono
88 9 3

Aço ao carbono
75 25 - Aço baixo carbono

O argônio misturado ao CO2 proporciona maior estabilidade do arco, sendo muito utilizado
na soldagem MAG de aço carbono. O CO2 é misturado ao argônio em percentagens
variáveis de 8 a 25%, melhorando sensivelmente as propriedades mecânicas da junta
soldada. A mistura 75% de Ar + 25% CO2 é muito empregada no processo de soldagem

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com arame tubular, pois proporciona excepcional estabilidade do arco e acelera a


solidificação da poça de fusão.

B - Hélio
O Hélio (símbolo químico: He) é um gás inerte, monatômico, muito leve, tendo peso
atômico igual a 5. Ele é 0,14 vezes a densidade do ar. Este gás é usado quando se
necessita aportes térmicos de grandes valores. Possui uma excelente condutibilidade
térmica e o seu potencial de ionização é o mais elevado entre todos os gases de proteção
usados na soldagem. Devido a isto, o He exige uma tensão no arco mais elevada do que o
Ar, para o mesmo comprimento de arco e intensidade de corrente, favorecendo, portanto, a
utilização de maiores velocidades de soldagem. A desvantagem do He apresentar um alto
potencial de ionização é que esta característica dificulta a abertura do arco elétrico.

Pelo fato do He ser bem mais leve do que a ar atmosférico, isto exige que a sua vazão
seja, aproximadamente, de 2 a 3 vezes maior do que a do Ar para fornecer a mesma
proteção. Também por esta característica, o He é indicado na soldagem de juntas na
posição sobre-cabeça.

Apesar da alta condutibilidade térmica gerada pelo He, o cordão de solda produzido não
apresenta grandes penetrações, como aqueles produzidos pelo Ar e CO2. Os cordões
produzidos pelo He apresentam uma baixa relação: largura / profundidade. Os altos
valores de aporte térmico gerado pelo He ajuda a produzir soldas com uma penetração
“arredondada” e reforços com baixa dimensão.

O He pode ser usado sozinho como gás de proteção, porém, na prática, ele estará sempre
sendo usado em combinação com Ar. Hoje em dia, já existem misturas gasosas formadas
por He e CO2.

Esse gás é obtido a partir do gás natural e purificado até alcançar 99,99% de pureza. Tem
como vantagem o maior rendimento, porém, seu uso é limitado a soldagens que utilizem
corrente contínua. Este gás, quando utilizado sozinho, produz uma transferência metálica
do tipo “globular”.

Devido ao maior custo do gás He em relação ao argônio, o hélio é empregado apenas


quando suas características físicas se fazem necessárias, ou seja, na soldagem de metais
que possuem alta condutibilidade térmica, como o cobre e suas ligas e o alumínio e suas
ligas.

3.1.3 - Gases Reativos


Os gases reativos são aqueles que reagem com o metal líquido da poça de fusão,
podendo alterar as propriedades mecânicas do metal de solda. Os gases reativos podem
ser de dois tipos: Ativos e Redutores.

3.1.3.1 - Gás Ativo

A - CO2 (Gás Carbônico)


O gás ativo mais empregado na soldagem é o Gás Carbônico (símbolo químico: CO 2) que,
além de poder ser utilizado sozinho na proteção da poça de fusão, pode também ser
utilizado com o Ar (soldagem de aços ao carbono e baixa liga) e o He (soldagem dos aços

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inoxidáveis série 300). O CO2 é um gás barato e, por isso, é o gás de proteção mais usado
no Brasil.

É preciso informar que à temperatura ambiente, o CO2 não é um gás ativo. Quando este
gás passa pelo arco elétrico (quando a temperatura se encontra acima de 3.000ºC), o CO 2
se dissocia sob a forma de CO (monóxido de carbono) e oxigênio atômico. É exatamente o
oxigênio, em seu estado livre, que irá produzir uma ação oxidante (ou ativa) no interior do
arco elétrico. Devido a esta atmosfera altamente oxidante, o metal líquido (poça de fusão)
tende a se oxidar, gerando FeO (óxido de ferro), que irá se direcionar para a escória.

Fe + O  FeO (1)

Após esta reação de oxidação (1), o carbono (C) encontrado na poça-de-fusão irá reagir
com o oxigênio encontrado no FeO, pois o C é mais ávido pelo oxigênio do que o ferro
(Fe). Tem-se a seguinte reação química:

C + FeO  Fe + CO (gás)  (2)

A reação (2) fará com que o Fe volte à sua condição como metal puro e produzirá uma
quantidade de monóxido de carbono sob a forma gasosa, que se direcionará para a
atmosfera.

Como a solidificação do metal líquido ocorre em uma velocidade muito elevada, isto faz
com que uma parte do CO produzido fique retido no interior do cordão de solda, sob a
forma de poros. Além desse problema, a reação entre o C e o FeO irá diminuir a
quantidade de carbono no metal de solda, o que contribuirá para uma diminuição da
resistência mecânica da junta soldada. A fim de eliminar (ou diminuir ao máximo) estes
problemas, ou seja, a produção de poros e a diminuição do teor de C, faz-se necessário a
adição de elementos desoxidantes na composição química do consumível de soldagem,
tais como: Mn e Si, que reagem com o FeO através das seguintes reações:

Si + 2FeO  2Fe + SiO2 (3)

Mn + FeO  Fe + MnO (4)

Desta forma, a quantidade de CO produzido na reação (1) será muito menor, quando da
presença dos elementos desoxidantes: Mn e Si.
Elementos como alumínio (Al), titânio (Ti) e zircônio (Zr) também podem ser introduzidos
na composição do consumível na função de “desoxidantes”.

A maior desvantagem do uso do CO2 é a tendência em produzir um arco instável


eletricamente, podendo gerar, desta forma, uma grande quantidade de respingos.

B - O2 (Oxigênio)
O Oxigênio também é um gás ativo, mas nunca é utilizado sozinho. Este geralmente é
combinado com o argônio (mistura binária: Ar + O2) ou com o argônio mais CO2 (mistura
ternária: Ar + CO2 + O2).

3.1.3.2 - Gás Redutor

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O Hidrogênio (símbolo químico: H2) é um gás redutor, ou seja, reduz os óxidos metálicos
ao seu estado puro. O Hidrogênio pode ser adicionado ao Ar ou He em quantidades que
pode variar de 1 a 35%, objetivando aumentar a temperatura do arco. É comum na Europa
a utilização de adições de até 15% H2 na soldagem do níquel pelo processo GTAW, mas o
risco desta quantidade produzir poros no metal de solda é muito grande.

A explicação para o aumento da temperatura do arco, quando da utilização do H2, é a


seguinte: o hidrogênio (em sua forma molecular - H2), ao passar pelo arco elétrico a
elevadas temperaturas, se dissocia tornando-se em hidrogênio atômico (HO); no momento
em que estes atingem as regiões mais frias do arco (próximo ao metal de base), os
hidrogênios atômicos reagem entre si, formando novamente o hidrogênio molecular (H2),
reação essa que é acompanhada de uma grande liberação de energia (reação
exotérmica).

3.1.4 – Comparação entre Argônio e CO2, quando utilizados isoladamente

A Tabela 5.4 apresenta a influência dos gases Argônio e CO2 nas variáveis de soldagem,
como também em algumas características do cordão de solda.

Tabela 5.4 - Influência dos gases Argônio e CO2 nas variáveis de soldagem e
características do cordão de solda
VARIÁVEIS E CARACTERÍSTICAS Argônio CO2
Potencial de ionização Maior menor
Comprimento de arco (função da tensão do arco) Maior menor
Perdas de temperatura do arco por radiação Maiores menores
Temperatura da poça de fusão menor Maior
Penetração do cordão de solda menor Maior
Seção transversal do arco elétrico menor Maior
Largura do cordão menor Maior
Altura do cordão Maior menor
Acabamento do cordão de solda Melhor pior
Estabilidade do arco Maior menor
Dureza do cordão de solda Maior menor
Temperatura do metal líquido na poça de fusão menor Maior

NOTA: As misturas utilizando argônio e CO2 têm influência intermediária.

3.1.5 – Profundidade de Fusão dos Cordões de Solda em função do Gás ou Mistura


Gasosa usada na Soldagem

A profundidade de fusão (ou “penetração”) dos cordões de solda é função das variáveis de
soldagem, a saber: intensidade de corrente elétrica, tensão do arco, velocidade de
soldagem, e, nos processos onde se usa gases de proteção, é função também do tipo de
gás (ou mistura gasosa) empregado na soldagem. Ver Figura 5.1.

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Figura 5.1: Comparação das penetrações dos cordões de solda em função do gás de
proteção

Chama-se a atenção para o profundidade de fusão produzida pelo gás Ar em relação aos
demais gases. Apesar do mesmo possuir um baixo potencial de ionização, como também
uma baixa condutibilidade térmica, o Ar produz em cordão com uma profundidade maior do
que a do Hélio. A maior diferença entre esses dois gases é que o Ar produz uma
penetração chamada de “Finger Point” (ponta de dedo), ou seja, a penetração ocorre
principalmente na direção do prolongamento do consumível. Nas laterais do arco, a
penetração é pequena. O mesmo já não ocorre com o He; o cordão de solda produzido
pelo He possui uma penetração aproximadamente homogênea, diminuindo um pouco nas
extremidades do arco. Dentre os gases apresentados, o CO2 é gás que produz a maior
penetração.

3.1.6 – Classificação dos Gases de Proteção

3.1.6.1 – Critérios de Classificação


Os gases de proteção empregados na soldagem são classificados em função de suas
composições químicas.

Notas:

1. Os gases de proteção, integrantes da Especificação AWS A5.32, contendo já uma


classificação definida, estes não poderão ter uma segunda classificação nessa
Especificação.

2. Os gases classificados nesta Especificação são designados para serem usados


como gás de proteção na soldagem a arco elétrico, porém, eles não estão proibidos
de serem empregados em qualquer outro processo (corte, tratamento térmico, etc.),
no qual possam ser aplicáveis.

A Tabela 5.5 apresenta os gases de proteção mais empregados na soldagem a arco


elétrico sob proteção gasosa, com seus respectivos: grau de pureza, umidade máxima,
ponto de orvalho.
Tabela 5.5 – Gases de Proteção e suas características
Pureza Umidade Ponto de Orvalho
Gás Classificação Estado do
mínima (%) máxima (ppm) máx. a 760
AWS Produto
mmHg (ºC)
Argônio SG–A Gás 99,997 10,5 -60

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Líquido 99,997 10,5 -60


Dióxido de Carbono SG–C Gás 99,8 32 -51
(CO2) Líquido 99,8 32 -51
Hélio SG–He Gás 99,995 15 -57
Líquido 99,995 15 -57
Hidrogênio SG–H Gás 99,95 32 -51
Líquido 99,95 32 -51
Nitrogênio SG–N Gás 99,9 32 -51
Líquido 99,9 4 -68
Oxigênio SG–O Gás 99,5 Não Aplicável -48
Líquido 99,5 Não Aplicável -63

3.1.6.2 - Sistema de Classificação

i – Gás (Simples)
SG - B
Onde:
SG – Essas letras significam “Gás de Proteção”;
B – Esta letra representa, logo após o hífen, o gás de proteção (único) que
será empregado durante a soldagem (Ver Tabela 5.5). Exemplo: SG-A
ii – Mistura Gasosa

SG – BXYZ – % / % / %
Onde:

SG – Essas letras significam “Gás de Proteção”;

B – Esta letra representa, logo após o hífen, o gás principal da mistura gasosa.

XYZ – Estas letras representam os gases, em menor quantidade, que fazem parte da
mistura gasosa. A colocação de cada gás na seqüência (XYZ) está relacionada
com a quantidade de cada um, em uma ordem decrescente.

%/%/%– Estes caracteres representam a percentagem, em ordem decrescente, dos


gases que fazem parte da mistura gasosa, que possuem as menores
quantidades. Uma barra é usada para separar o percentual de cada gás.

A percentagem relativa ao gás principal da mistura será a diferença entre


100% e o somatório dos gases secundários participantes da mistura.

Exemplo: SG-AC-25

A Tabela 5.6 apresenta exemplos de como este sistema de classificação para gases de
proteção funciona.

Tabela 5.6 – Exemplos de funcionamento do Sistema de Classificação dos Gases de


Proteção

Classificação Misturas Gasosas


Gás
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AWS Típicas
SG-AC-25 75/25 Argônio + Dióxido de Carbono
SG-AO-2 98/2 Argônio + Oxigênio
SG-Ahe-10 90/10 Argônio + Hélio
SG-AH-5 95/5 Argônio + Hidrogênio
SG-HeA-25 75/25 Hélio + Argônio
SG-HeAC-7,5/2,5 90/7,5/2,5 Hélio + Argônio + CO2
SG-ACO-8/2 90/8/2 Argônio + CO2 + O2
SG-A-G Especial Argônio + Mistura

Nota: Os gases participantes da mistura gasosa, não sendo o gás principal da mistura,
suas percentagens devem ter uma tolerância de ± 10%.
Exemplo:
SG-AC-25

Mistura: Argônio – 75% / CO2 – 25%


 10% de 25% = 2,5%

Conclusão: O teor de CO2 na mistura deve se encontrar entre 22,5% e


27,5%.

iii – Mistura Gasosa Especial

SG – B – G
Onde:

SG – Essas letras significam “Gás de Proteção”;

B – Esta letra representa, logo após o hífen, o gás principal da mistura gasosa.

G – Esta letra (quando colocada após o gás principal) significa que a mistura gasosa é
especial; o gás base deve ser identificado. Os gases menores não precisam ser
identificados, desde que sejam um dos gases listados na Tabela 5.5.

Exemplo: SG-H-G

Obs.: Os outros gases que fazem parte desta mistura são: CO2 e O2.

Quando a mistura gasosa for composta por algum gás não listado na Tabela 5.5, o
Sistema de Classificação da mistura será:

SG – BX – G (X = Gás Específico)
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Onde:

SG – Essas letras significam “Gás de Proteção”;

B – Esta letra representa, logo após o hífen, o gás principal da mistura gasosa.

X – Esta letra representa um gás que não está listado na Tabela 5.5. O gás
representado pelo “X” deve aparecer entre parêntesis. Exemplo: Kriptônio, Neônio,
Xenônio, etc.

Exemplo: SG-AX-G (X = Kriptônio)


A percentagem de cada gás na mistura gasosa deve estar de acordo entre o
comprador e o fornecedor.

3.2 – Classificação Dos Eletrodos De Aços Ao Carbono Para Soldagem Manual A Arco
Com Eletrodo Revestido, De Acordo Com A Especificação Aws A5.1-91

3.2.1 – Generalidades

Antes de iniciar a análise da especificação AWS A5.1, serão apresentados algumas


informações técnicas a respeito dos eletrodos revestidos, por exemplo, como são
fabricados, a função e os diferentes tipos de revestimentos.

3.2.1.1 – Breve descrição sobre a fabricação de eletrodos revestidos

É importante observar que o eletrodo revestido é composto de duas partes: uma metálica
(chamada de “alma”) e outra na forma de massa (chamada de “revestimento”).

Tanto na soldagem de aços ao carbono, quanto na soldagem de aços de baixa-liga, a


composição química da alma é comum para ambos os materiais, ou seja, aço contendo
baixo teor de carbono. No caso da soldagem de aços inoxidáveis, é possível também o
emprego deste tipo de alma, quando são denominados de “eletrodos sintéticos”. A alma do
eletrodo revestido pode ser feita por um aço do tipo efervescente (maioria das vezes) ou
do tipo “acalmado”. No revestimento, estão contidos os elementos destinados à
estabilização do arco, ação desoxidante da poça de fusão, formação de escória, que
podem modificar a resistência mecânica, ductilidade e tenacidade do metal de solda.

15
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A expansão dos gases contidos no aço efervescente da alma, mais outros elementos que
integram o revestimento do eletrodo, favorecem a transferência do metal durante a sua
fusão, sobretudo na posição sobre-cabeça e vertical.

Para a fabricação dos eletrodos, primeiro mistura-se os diferentes elementos que


compõem o revestimento. A seguir, de acordo com tipo de eletrodo que se deseja elaborar,
se agrega o aglomerante que pode ser silicato de sódio (Na) ou silicato de potássio (K).
Constituída a massa e remetida para as prensas de extrusão, onde o revestimento é
prensado em torno da alma metálica, tem-se o eletrodo revestido. Após esta etapa,
procede-se a secagem a temperaturas que variam de acordo com o tipo de revestimento.

3.2.1.2 - Funções do Revestimento

Os revestimentos são constituídos de produtos bastante complexos, combinados em


proporções adequadas, que exercem, durante a soldagem, inúmeras funções. De uma
maneira geral, pode-se classificar as funções do revestimento em 3 grupos: elétrica, física
e metalúrgica.

a - Função Elétrica: o revestimento é mau condutor de eletricidade; ele isola a alma do


eletrodo e evita aberturas de arco laterais. O revestimento contém silicato de sódio (Na) ou
silicato de potássio (K) que ionizam a atmosfera do arco, facilitando a abertura e
estabilidade do arco elétrico, tanto em corrente contínua como em alternada. Estes
silicatos atuam também como aglomerantes do revestimento.

b - Funções Física e Mecânica: formação de fumos mais densos que o ar para proteger,
tanto o metal em transferência durante a soldagem, como o banho de metal fundido, da
contaminação pelo hidrogênio (H2), nitrogênio (N2) e oxigênio (O2) encontrados no ar
atmosférico. Os fumos contribuem também na transferência metálica nas posições de
soldagem desfavorecidas pelo efeito da gravidade. A escória líquida produzida pelo
revestimento flutua sobre a poça de fusão, separando esta do contato com a atmosfera
também durante a solidificação e o resfriamento da solda. O peso da escória molda a poça
de fusão, proporcionando cordões lisos, regulares e do boa aparência. A escória líquida
age sobre o valor da tensão superficial do metal fundido, melhorando a estética nos
trabalhos fora da posição plana.

c - Função Metalúrgica: introduz elementos químicos que refinam a estrutura do metal


depositado retirando as impurezas, em forma de escórias, provenientes do metal de base e
do próprio metal de adição, assim como os óxidos originados durante a operação de
soldagem. Prover de elementos de liga o metal com o objetivo de obter a composição
química desejada.
A Tabela 5.7 apresenta várias substâncias encontradas no revestimento do eletrodo
revestido.

3.2.1.3 – Tipos de Revestimento

Em função da constituição química do revestimento, podem-se distinguir os seguintes tipos


de eletrodos revestidos: ácido, celulósico, rutílico e básico.

a - Revestimento Ácido:

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Este revestimento é constituído, principalmente, por óxido de ferro (Fe2O3 - Hematita),


elementos escorificantes à base de sílica (SiO2) na forma de caulim, feldspato e quartzo, e
ferro-ligas. Pode conter pó de ferro no revestimento, o que contribui para o aumento do
rendimento do eletrodo. É de fácil manuseio, principalmente nas posições plana (junta de
topo e solda em ângulo), como também na posição horizontal (solda em ângulo). Produz
uma escória volumosa , de fácil remoção e porosa, em seu interior. O depósito com este
eletrodo tem boas propriedades mecânicas, sempre que utilizado em aços de boa
qualidade, do contrário são suscetíveis a formar trincas. Hoje, nenhum fabricante de
eletrodos revestidos no Brasil produz este tipo de revestimento.

b - Revestimento Celulósico:
Este tipo de revestimento é constituído de matérias orgânicas sob a forma de celulose
(C6H10O5) [composto mais importante, usualmente excedendo 30% do peso total do
revestimento], dióxido de titânio, escorificantes à base de sílica, entre outros. Visto que o
volume de escória líquida é pequeno, isto produz uma escória fina, o que possibilita o uso
deste eletrodo na posição vertical descendente. A remoção desta escória é relativamente
fácil. Vantagens deste tipo de revestimento: produz um cordão de solda com uma grande
penetração e confere ao eletrodo boa facilidade de uso. Dadas as características
apresentadas, o eletrodo com revestimento celulósico é o preferido na soldagem de
oleodutos e gasodutos. Desvantagem: introduz grande quantidade de hidrogênio no metal
de solda, o que limita a aplicação desses eletrodos somente aos aços doces. As correntes
máximas recomendadas para eletrodos celulósicos são inferiores às dos outros tipos,
devido à queima precoce da celulose e à elevada perda por salpicos que ocorreriam nas
altas intensidades de corrente.

Tabela 5.7 – Tipos das substâncias encontradas no revestimento

Componente Fórmula
Celulose (Hidrocarbonetos) C6H10O5

Argamassa

Talco

Óxido de Titânio TiO2

Óxido de Ferro Fe2O3, Fe3O4

Carbonato de cálcio CaCO3

Dolomita CaCO3 + MgCO3

Fluorita CaF2

Ferro-Manganês Fe-Mn

Ferro-Silício Fe-Si

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Óxido de manganês MnO

Sílica (quartzo) SiO2

Silicato de Potássio K2SiO3

Silicato de Sódio Na2SiO3

c - Revestimento Rutílico:
O constituinte mais importante na composição deste revestimento é o dióxido de titânio
(TiO2), conhecido como “rutilo”. Há também em sua composição ferro-ligas e escorificantes
à base de sílica. Duas das principais características deste material são: facilitar a abertura
do arco elétrico, como também manter o arco estável durante a transferência metálica seja
em corrente alternada como contínua. Este tipo de revestimento é indicado na união de
componentes que apresentam problemas de montagem, ou seja, fornece boas condições
em unir componentes que tenham grandes aberturas de raiz. A penetração do arco é
relativamente baixa, o que pode acarretar em falta de penetração nas soldas em ângulo;
esta característica torna este revestimento ideal na soldagem de chapas finas. Produz
cordões de solda com ótima aparência, sendo por isso indicado para passes de
acabamento. O mesmo é de fácil manuseio, podendo ser utilizado em todas as posições. A
sua escória não apresenta resistência ao destacamento, principalmente, os eletrodos da
classe AWS E7014, cuja escória pode ser auto destacável. Este revestimento apresenta
muita similaridade aos ácidos nas características de emprego e nas propriedades
mecânicas. Os eletrodos rutílicos se destinam à soldagem de aços doces, devendo ser
consideradas as limitações anteriormente mencionadas. São especialmente indicados para
a soldagem em ângulo posição horizontal, com um só passe, em altas intensidades de
corrente e altas velocidades, devido ao seu fácil manuseio e habilidade em cobrir frestas
provenientes de má preparação de juntas.

d - Revestimento Básico:
Os principais componentes deste tipo de revestimento são: carbonato de cálcio (CaCO3) e
fluorita (CaF2); estes representam entre 70 e 80% do peso do revestimento. Fazem parte
também da composição do revestimento elementos desoxidantes e dessulfirizantes, sob a
forma de ferro-ligas (Fe-Mn, Fe-Si), que têm a função de diminuir drasticamente o teor de
impurezas do metal de solda. Uma outra substância que também pode participar desse
revestimento é a Dolomita (CaCO3 + MgCO3) Outra característica deste revestimento é a
produção de cordões de solda com baixíssimo teor de hidrogênio. Dada as características
anteriormente mencionadas, os cordões de solda obtidos com este revestimento
apresentam excelentes propriedades mecânicas (tenacidade – resistência ao impacto),
tornando-o o mais indicado na soldagem de aços de alta resistência e de grãos finos. Por
serem altamente higroscópicos, ou seja, absorvem com facilidade a umidade do ambiente,
estes eletrodos devem ser conservados em ambientes secos e ressecados antes de serem
utilizados. A soldagem é executada em qualquer posição de soldagem e o tipo de corrente
preferencial para este revestimento é a corrente contínua, polaridade inversa (eletrodo
ligado ao pólo positivo). Por apresentarem forma de transferência metálica globular,
requerem mão-de-obra perfeitamente treinada e qualificada. O arco calmo tem moderada
penetração; a perda por salpicos é mínima.

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3.2.2 - Critérios de Classificação

Os eletrodos cobertos pela especificação AWS A5.1 são classificados tendo como base:

1º. Tipo de corrente;


2º. Tipo de revestimento;
3º. Posição de soldagem; e
4º. Propriedades mecânicas do metal de solda na condição “como soldado” ou
“envelhecido”*.
*
“Envelhecimento” é uma operação quando se faz necessária a retirada do hidrogênio
difusível encontrado no interior da junta recém soldada.

3.2.3 - Sistemas de Classificação

A classificação genérica de um eletrodo tem a seguinte forma:

E X X X X
---- ------------- ---- ----
1 2 3 4
Onde:

Dígito 1: A letra E designa um eletrodo;

Dígito 2: Este dígito, composto por 2 algarismos, indica o limite de resistência à tração
mínimo do metal de solda em "ksi" (1 ksi = 1.000 psi). Alguns exemplos podem ser vistos
na Tabela 5.8.

Tabela 5.8 - Exemplos na representação do Dígito 2 na codificação para classificação


AWS
(1)
ELETRODO LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO (Mínimo)
2
REVESTIDO psi (lb/pol ) MPa
E60XX 60.000 414
E70XX 70.000 482
(1)
Toda a preparação da chapa de teste, envolvendo desde a escolha do metal de base, do tipo e
dimensões do cobre-junta até as condições de soldagem (intensidade de corrente, geometria do
chanfro, posição de soldagem, diâmetro do eletrodo, etc.) são padronizadas, cujas informações se
encontram na especificação em questão.

Dígito 3: Designa a posição de soldagem na qual o eletrodo revestido pode ser


empregado com resultados satisfatórios. Ver tabela 5.9.

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Tabela 5.9 - Significado do Dígito 3 na codificação para classificação AWS


ELETRODO POSIÇÃO DE SOLDAGEM

E-XX1X Todas as posições.

E-XX2X Plana e Horizontal (especialmente solda em ângulo-horizontal).

E-XX4X Todas as posições (especialmente a vertical descendente para


os eletrodos de baixo hidrogênio).

Dígito 4: Este dígito pode variar de 0 (zero) a 9 (nove). Em combinação com o Dígito
3 designam:

- Tipo de corrente elétrica, com a qual o eletrodo pode ser usado;


- Tipo de revestimento.

Sobre o significado dos Dígitos 3 e 4, consultar a Tabela 5.10.

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Tabela 5.10 - Significado da combinação dos Dígitos 3 e 4 na codificação para classificação de especificação AWS 5.1.91.

a
Caracterís- 10 11 12 13 14 15 16 18 18M 19 20 22 24 27 28 48
tica
Tipo de b
CC+ CC+ CC- CC+/- CC+/- CC+ CC+ CC+ CC+ CC+/- CA CC- CC- CC+/- CC+/- CC+ CC+
Corrente CA CA CA CA CA CA CA c CA CA CA CA CA
CA CC+/-

Tipo de Arco e Forte, Forte, Médio, Suave Suave Médio, Médio, Suave, Suave, Suave Suave sem Suave Suave Suave Médio, Médio
Transferência Salpicos Salpicos poucos sem sem poucos poucos poucos muito sem Salpicos sem muito muito poucos poucos
(elevada (elevada Salpicos Salpicos Salpicos Salpicos Salpicos salpicos, pouco Salpicos spray Salpicos pouco pouco Salpicos, Salpicos
corr.) corr.) spray spray spray globular globular globular salpico, spray spray Salpicos Salpicos globular globular
spray spray globular spray spray

Penetração Profunda Profunda Pouca Pouca Pouca Média Média Média Média Alta Média-Alta Alta Baixa Média Média Média

Celulósic Celulósic Rutílico Rutílico Rutílico Básico Básico Básico Básico Rutilo- Ácido com Ácido Rutílico Ácido Básico Básico
o com o com com com com com com com com Pó ácido Silicato de com com com com com
Tipo de Silicato Silicato Silicato Silicato Silicato Silicato Silicato Silicato de Ferro com K Silicato Silicato Silicato Silicato Silicato
Revestimento de Na de K de Na de K de K e de Na de K de K e Silicato de K de K e de K e de K e de K e
25-40% 25-40% de K 50% de 50% de 50% de 25-40%
de Pó de de Pó de Pó de Pó de Pó de de Pó de
Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro

Teor de Alto Alto Médio 15 Médio 15 Médio 15 Baixo 2 Baixo 2 Baixo 2 Baixo 2 Médio 15 Médio 15 ml Médio 15 Médio 15 Médio 15 Baixo 2 Baixo 2
d
Hidrogênio 20 ml 20 ml ml /100g ml /100g ml /100g ml / 100g ml / 100g ml / 100g ml / 100g ml /100g /100g ml /100g ml /100g ml /100g ml /100g ml /100g
/100g /100g

a)
Para passe único;
b)
Para solda em ângulo posição Horizonta
c)
Para solda em ângulo posição Plana;
d)
Volume do Hidrogênio Difusível em 100 g de metal depositado.

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A Tabela 5.11 mostra a composição química do metal depositado enquanto a tabela 5.12
indica o significado dos sufixos com relação às propriedades mecânicas dos eletrodos
especificados na norma AWS A 5.1-91.

Tabela 5.11 - Requisitos de composição química do metal depositado para os eletrodos da


especificação AWS 5.1-91
a
Classificação PERCENTUAL EM PESO (%) Limite
para a
AWS combinação
C Mn Si P S Cr Mo Ni V Mn+Ni+Cr+Mo+V
E-6010
E-6011
E-6012
E-6013
E-6019 Não Especificado (NE)
E-6020
E-6022
E-6027
E-7014
E-7015 NE 1,25 0,90 NE NE 0,20 0,30 0,30 0,08 1,50
E-7024
E-7016
E-7018 NE 1,60 0,75 NE NE 0,20 0,30 0,30 0,08 1,75
E-7027
E-7028
E-7048 NE 1,60 0,90 NE NE 0,20 0,30 0,30 0,08 1,75
E-7018M 0,12 0,40 a 0,80 0,030 0,020 0,15 0,35 0,25 0,05 NE
1,60
a
Valores unitários representam valores máximos.

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Tabela 5.12 - Requisitos de propriedades mecânicas do metal depositado para os eletrodos de especificação AWS 5.1-91
Ensaio de Tração Ensaio de Impacto
Classificação Limite de Resistência à Alongamento Valor Médio - Mínimo Valor Individual Mínimo
AWS Escoamento Tração (50,8mm)

MPa Ksi MPa Ksi (%) (J) ( oC) (J) (oC)

E6010 331 48 414 60 22 27 -29 20 -29


E6011 331 48 414 60 22 27 -29 20 -29
E6012 331 48 414 60 17 NE NE NE NE
E6013 331 48 414 60 17 NE NE NE NE
E6019 331 48 414 60 22 27 -18 20 -18
E6020 331 48 414 60 22 NE NE NE NE
E6022 NE NE 414 60 NE NE NE NE NE
E6027 331 48 414 60 22 27 -29 20 -29
E7014 399 58 482 70 17 NE NE NE NE
E7015 399 58 482 70 22 27 -29 20 -29
E7016 399 58 482 70 22 27 -29 20 -29
E7018 399 58 482 70 22 27 -29 20 -29
E7024 399 58 482 70 17 NE NE NE NE
E7027 399 58 482 70 22 27 -29 20 -29
E7028 399 58 482 70 22 27 -18 20 -18
E7048 399 58 482 70 22 27 -29 20 -29
E7018M 365-496 53-72 482 70 24 67 -29 54 -29
E7016-1 399 58 482 70 22 27 -46 20 -46
E7018-1 399 58 482 70 22 27 -46 20 -46
E7024-1 399 58 482 70 17 27 -18 20 -18

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3.3 – CLASSIFICAÇÃO DOS ELETRODOS DE AÇOS DE BAIXA LIGA PARA


SOLDAGEM MANUAL A ARCO COM ELETRODO REVESTIDO, DE ACORDO
COM AS ESPECIFICAÇÕES AWS A5.5-96

3.3.1 – Generalidades

Todas as informações apresentadas nos itens 3.2.1.1, 3.2.1.2 e 3.2.1.3, relativas à


especificação AWS A5.1, também são válidas para a especificação em análise.

3.3.2 - Critérios de Classificação

Os eletrodos cobertos pela especificação AWS A5.5 são classificados tendo como base:

1º. Tipo de corrente;


2º. Tipo de revestimento;
3º. Posição de soldagem;
4º. Composição química do metal de solda;
5º. propriedades mecânicas do metal de solda na condição "como soldado" ou
como tratado termicamente pós-soldagem"

Importante salientar que um eletrodo que tenha sido enquadrado com uma classificação
dentro desta especificação, este não poderá ter outra classificação.

3.3.3 - Sistemas de Classificação

A classificação genérica de um eletrodo tem a seguinte forma:

E X X X X-X
---- --------------------- ---- ---- ----
1 2 3 4 5
onde:

Dígito 1: A letra E designa um eletrodo;

Dígito 2: Este dígito, em número de dois ou três, indicam o limite de resistência à tração
mínimo de metal de solda em "ksi" (1 ksi = 1.000 psi). Alguns exemplos podem ser vistos
na Tabela 5.13.
Tabela 5.13 - Exemplos na representação do 2o dígito na codificação para classificação
AWS
(1)
ELETRODO LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO (Mínimo)
2
REVESTIDO psi (lb/pol ) MPa
E70XX 70.000 480
E80XX 80.000 550
E90XX 90.000 620
E100XX 100.000 690
E110XX 110.000 760
E120XX 120.000 830

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(1)
Toda a preparação da chapa de teste, envolvendo desde a escolha do metal de base, do tipo e
dimensões do cobre-junta até as condições de soldagem (intensidade de corrente, geometria do
chanfro, posição de soldagem, diâmetro do eletrodo, etc.) são padronizadas, cujas informações se
encontram na especificação em questão.

Dígito 3: Designa a posição de soldagem na qual o eletrodo revestido pode ser


empregado com resultados satisfatórios. Ver tabela 5.15.

Tabela 5.14 - Significado do Dígito 3 na codificação para classificação AWS


ELETRODO POSIÇÃO DE SOLDAGEM

E-XX1X Todas as posições.

E-XX2X Plana e Horizontal (especialmente solda em ângulo-horizontal).

E-XX4X Todas as posições (especialmente a vertical descendente para


os eletrodos de baixo hidrogênio).

Apesar dos eletrodos do tipo E-XX1X e E-XX4X serem indicados em todas as posições,
na prática, isto não é muito recomendado. Eletrodos com diâmetros maiores do que 4,8
mm não são indicados na soldagem fora-de-posição. Esta informação serve para todos os
eletrodos revestidos, independentemente do tipo de material que está sendo soldado.

Dígito 4: Este dígito pode variar de 0 (zero) a 9 (nove). Em combinação com o Dígito 3
designam:

- Tipo de corrente elétrica, com a qual o eletrodo pode ser usado;


- Tipo de revestimento.

Sobre o significado dos Dígitos 3 e 4, consultar a Tabela 5.10.

Dígito 5 – É composto de letras e algarismos que indicam a composição química do metal


depositado. A tabela 5.15 mostra o significado do dígito 5 para alguns eletrodos revestidos
enquadrados na especificação AWS A5.5.

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Tabela 5.15 - Composição química do metal depositado, definida pelo dígito 5, para
consumíveis de especificação AWS 5.5-96.
Classificação C Mn Si P S Cr Mo Ni V
AWS
Eletrodos para aços ao Carbono-Molibdênio
E7010-A1 0,12 0,60 0,40 0,03 0,04 - 0,40-0,65 - -
E7011-A1 0,12 0,60 0,40 0,03 0,04 - 0,40-0,65 - -
E7015-A1 0,12 0,90 0,60 0,03 - - -
0,04 0,40-0,65
E7016-A1 0,12 0,90 0,60 0,03 - - -
E7018-A1 0,12 0,90 0,80 0,03 0,04 - 0,40-0,65 - -
E7020-A1 0,12 0,60 0,40 0,03 0,04 - 0,40-0,65 - -
E7027-A1 0,12 1,00 0,40 0,03 0,04 - 0,40-0,65 - -
Eletrodos para aços ao Cromo-Molibdênio
E8016-B1 0,05-0,12 0,90 0,60 0,03 0,03 0,40-0,65 0,40-0,65 - -
E8018-B1 0,05-0,12 0,90 0,80 0,03 0,03 0,40-0,65 0,40-0,65 - -
E8016-B2 0,05 0,90 1,00 0,03 0,03 1,00-1,50 0,40-0,65 - -
E8018-B2 0,05-0,12 0,90 0,60 0,03 0,03 1,00-1,50 0,40-0,65 - -
E7015-B2L 0,05-0,12 0,90 1,00 0,03 0,03 1,00-1,50 0,40-0,65 - -
E7016-B2L 0,05 0,90 0,60 0,03 0,03 1,00-1,50 0,40-0,65 - -
E7018-B2L 0,05 0,90 0,80 0,03 0,03 1,00-1,50 0,40-0,65 - -
E9015-B3 0,05-0,12 0,90 1,00 0,03 0,03 2,00-2,50 0,90-1,20 - -
E9016-B3 0,05-0,12 0,90 0,60 0,03 0,03 2,00-2,50 0,90-1,20 - -
E9018-B3 0,05-0,12 0,90 0,80 0,03 0,03 2,00-2,50 0,90-1,20 - -
E8015-B3L 0,05 0,90 1,00 0,03 0,03 2,00-2,50 0,90-1,20 - -
E8018-B3L 0,05 0,90 0,80 0,03 0,03 2,00-2,50 0,90-1,20 - -
E8015-B4L 0,05 0,90 1,00 0,03 0,03 1,75-2,25 0,40-0,65 -
E8016-B5 0,07-0,15 0,40-0,70 0,30-0,60 0,03 0,03 0,40-0,60 1,00-1,25 - 0,05
Eletrodos para aços ao Níquel
E8016-C1 0,12 1,25 0,60 0,03 0,03 - - 2,00-2,75 -
E8018-C1 0,12 1,25 0,80 0,03 0,03 - - 2,00-2,75 -
E7015-C1L 0,05 1,25 0,50 0,03 0,03 - - 2,00-2,75 -
E7016-C1L 0,05 1,25 0,50 0,03 0,03 - - 2,00-2,75 -
E018-C1L 0,05 1,25 0,50 0,03 0,03 - - 2,00-2,75 -
E8016-C2 0,12 1,25 0,60 0,03 0,03 - - 3,00-3,75 -
E8018-C2 0,12 1,25 0,80 0,03 0,03 - - 3,00-3,75 -
E7015-C2L 0,05 1,25 0,50 0,03 0,03 - - 3,00-3,75 -
E7016-C2L 0,05 1,25 0,50 0,03 0,03 - - 3,00-3,75 -
E7018-C2L 0,05 1,25 0,50 0,03 0,03 - - 3,00-3,75 -
E8016-C3 0,12 0,40-1,25 0,80 0,03 0,03 0,15 0,35 0,80-1,10 0,05
E8018-C3 0,12 0,40-1,25 0,80 0,03 0,03 - - 0,80-1,10 0,05
Eletrodos para aços ao Níquel-Molibdênio
E-8018-NM1 0,10 0,80-1,25 0,60 0,02 0,02 0,10 0,40-0,65 0,80-1,10 0,02
Eletrodos para aços ao Manganês-Molibdênio
E-9015-D1 0,12 1,00-1,75 0,60 0,03 0,04 - 0,25-0,45 0,90 -
E-9018-D1 0,12 1,00-1,75 0,80 0,03 0,04 - 0,25-0,45 0,90 -
E-10015-D2 0,15 1,65-2,00 0,60 0,03 0,04 - 0,25-0,45 0,90 -
E-10016-D2 0,15 1,65-2,00 0,60 0,03 0,04 - 0,25-0,45 0,90 -
E-10018-D2 0,15 1,65-2,00 0,80 0,03 0,04 - 0,25-0,45 0,90 -
E-8016-D3 0,12 1,00-1,80 0,60 0,03 0,04 - 0,40-0,65 0,90 -
E-8018-D3 0,12 1,00-1,80 0,80 0,03 0,04 - 0,40-0,65 0,90 -
Eletrodos para todos os outros aços de baixa liga
E-XX10-G(A) - 1,00 min. 0,80 min - - 0,30 min. 0,20 min. 0,50 min. 0,10 min.
E-XX11-G(A) - 1,00 min 0,80 min - - 0,30 min. 0,20 min. 0,50 min. 0,10 min.
E-XX18-G(A) - 1,00 min 0,80 min - - 0,30 min. 0,20 min. 0,50min. 0,10 min.
E-9018-M(B) 0,10 0,60-1,25 0,80 0,030 0,030 0,15 0,35 1,40-1,80 0,05
E-10018-M - 0,75-1,70 0,60 0,030 0,030 0,35 0,25-0,50 1,40-2,10 0,05
E-11018-M - 1,30-1,80 0,60 0,030 0,030 0,40 0,25-0,50 1,25-2,50 0,05
E-12018-M - 1,30-2,25 0,60 0,030 0,030 0,30-1,50 0,30-0,55 1,75-2,50 0,05
E-7018-W1(C) 0,12 0,40-0,70 0,40-0,70 0,025 0,025 0,15-0,30 0,30-0,55 0,20-0,40 0,08

26
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Consumíveis de Soldagem

NOTAS: (A) As letras XX usadas na classificação estabelecem diferentes níveis de


resistências à tração (70, 80, 90, 100, 110 e 120) dos eletrodos. A fim de
atender às exigências de liga do grupo de sufixo G, o metal depositado
precisa ter o teor mínimo de apenas um dos elementos listados. Os requisitos
adicionais de composição química podem ser estabelecidos, por acordo, entre
o comprador e o fornecedor ou fabricante;

(B) As ligas do grupo de sufixo M são previstas para atender aos requisitos das
classificações cobertas pelas especificações militares norte-americanas (MIL-
E-22200/1 e MIL-E-22200/10);

3.4 - CLASSIFICAÇÃO DE VARETAS DE AÇOS AO CARBONO E BAIXA LIGA PARA


SOLDAGEM A OXI-GÁS DE ACORDO COM A ESPECIFICAÇÃO AWS A5.2-92

3.4.1 - Critério de Classificação


As varetas para a soldagem a oxi-gás são classificadas tendo como base as propriedades
mecânicas do metal de solda na condição “como soldado”.

As varetas classificadas para esta especificação são para serem usadas no processo de
soldagem a oxi-gás. No entanto, não é proibido o seu uso para qualquer outro processo,
no qual eles sejam apropriados.

3.4.2 - Sistema de Classificação


A classificação AWS de uma vareta genérica tem a seguinte forma:

R X X
----- -----------------------
1 2
onde:
1 - R representa uma vareta para soldagem a gás;

2 - Este dígito pode estar representado por 2 ou 3 algarismos, designando,


aproximadamente, o limite de resistência à tração mínimo do metal de solda, em ksi (1
ksi = 1.000 psi).

A Tabela 5.16 mostra alguns exemplos de classificação, enquanto a Tabela 5.17 apresenta
a composição química da vareta, de acordo com a norma AWS A5.2-92.

Tabela 5.16 – Requisitos de limite de resistência mínimo à tração e de alongamento do


metal de solda (Especificação AWS A5.2-92)

Vareta Limite de Resistência, mínimo Alongamento


(psi) (MPa) Mínimo, em 25,4
mm (%)
R 45 NR *6 NR NR
R 60 60.000 410 20
R 65 65.000 450 16
R100 100.000 690 14
R XXX – G *1 xxx ---- NR

27
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Consumíveis de Soldagem

*1
NR: Não requerido.
R 45
 A vareta R 45 é um aço com um baixo teor de carbono contendo pequenas
quantidades de Cu, Cr, Ni, Mo e Al, usado na soldagem de aços ao carbono e C-
Mn de baixa resistência, onde o limite de resistência requerido não exceda 45 ksi
(310 MPa). Esta vareta também pode ser usado na soldagem do ferro forjado.

R 60
 A vareta R 60 possui uma composição química diferente da composição da vareta
R 45, principalmente para os elementos C, Mn e Si. É comumente utilizada na
soldagem de tubos de aços carbono e outras estruturas que exigem maiores
requisitos de tenacidade.

R 65
 A vareta R 65 é utilizada na soldagem a gás de aços carbono e de baixa liga, onde
o limite de resistência à tração mínimo é de 65.000 psi.

R 100
 A vareta R 100 é uma vareta que por sua composição química destina-se a
soldagem de aços de baixa liga e alta resistência. Possui baixo teor de impurezas.
Usuários deste consumível deve estar atentos pois os resultados de tratamentos
térmicos realizados no equipamento podem gerar propriedades mecânicas
diferentes entre o metal de base e o metal de solda.

R XXX-G
 A vareta R XXX - G não possui requisitos de composição química. Sua definição
pode ser estabelecida em acordo entre o comprador e o fornecedor ou fabricante.
O valor da resistência a tração será dado de acordo com o resultado do ensaio de
tração do metal de solda. Estes valores devem estar limitados aos seguintes
números: 45, 60, 65, 70, 80, 90 e 100.
*6
NR: Não requerido.

Tabela 5.17 - Requisitos de composição química das varetas de especificação AWS A5.2-
92
a)
Classificação Percentual (%), em peso
AWS
C Mn Si P S Cu Cr Ni Mo Al

R 45 0,08 0,50 0,10 0,035 0,040 0,30 0,20 0,30 0,20 0,02
0,90 0,10
R 60 0,15 a a 0,035 0,035 0,30 0,20 0,30 0,20 0,02
1,40 0,35
0,90 0,10
R 65 0,15 a a 0,035 0,035 0,30 0,40 0,30 0,20 0,02
1,60 0,70
0,18 0,70 0,20 0,40 0,40 0,15
R 100 a a a 0,025 0,025 0,15 a a a 0,02
0,23 0,90 0,35 0,60 0,70 0,25
R XXX-G NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR

28
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a)
Valores unitários representam valores máximos;

3.5 - CLASSIFICAÇÃO DOS ELETRODOS DE AÇO INOXIDÁVEL PARA A


SOLDAGEM MANUAL A ARCO COM ELETRODO REVESTIDO DE ACORDO
COM A ESPECIFICAÇÃO AWS A5.4-92

3.5.1 - Critério de Classificação

Os eletrodos revestidos são classificados tendo como base:

a) Composição química de metal de solda não diluído (Ver Tabela 5.18);


b) Tipo de corrente e posição de soldagem.

3.5.2 - Sistema de Classificação

A classificação de um eletrodo genérico, tem a seguinte forma:

E X X X -X X
---- ------------------------------------ ---- ----
1 2 3 4
Onde:

Dígito 1 – A letra E designa um eletrodo;

Dígito 2 – Este dígito pode ser formado ou só por algarismos, ou uma composição entre
algarismos e letras, e se refere à composição química do metal de solda não diluído (ver
Tabela 5.18). Os algarismos iniciais referem-se à composição química definida de acordo
com a classificação (designação) AISI [American Iron and Steel Institute].

Exemplos:

- E-308: metal de solda com composição nominal de 19%Cr e 10%Ni para a


soldagem dos aços de composição similar tal como 301, 302, 304 e 305 da
classificação AISI.

- E-309L: metal de solda com composição nominal de 23,5%Cr e 13%Ni, mas que
tem restrições com respeito ao conteúdo de carbono, não podendo exceder
0,04%C. Por isto, a denominação 309 vai acompanhada da letra “L”, inicial de
LOW, do inglês “baixo” significando baixo carbono.

- E-310H: o metal de solda produzido por este eletrodo é similar ao do E310, com
composição nominal de 26,5% Cr e 21% Ni. Neste eletrodo, o teor de carbono é
alto, por isso a letra “H” é inicial de High, do inglês “alto”, significando alta
percentagem de carbono em peso. Neste caso, entre 0,35 a 0,45%C.

29
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- E-347: o depósito realizado por este eletrodo é similar ao E-308, contendo


adicionalmente elementos estabilizantes como Nióbio ou Nióbio + Tântalo,
objetivando diminuir a possibilidade de precipitação de carbonetos de cromo e o
aparecimento de corrosão intergranular. Os elementos estabilizantes podem estar
presente na seguinte faixa: valor mínimo - 8 vezes a percentagem do carbono; valor
máximo – 1,0%.
Dígito 3 - Este dígito refere-se às posições em que o eletrodo pode ser empregado com
resultados satisfatórios.

- EXXX-1X: o algarismo 1 (um) indica que o eletrodo pode ser usado em todas as
posições, porém na prática, os eletrodos apresentam desempenho satisfatório para
soldagem em todas as posições apenas para os diâmetros até 4 mm. Para
diâmetros superiores a 4 mm, o desempenho só é satisfatório nas posições
horizontal (apenas para solda em ângulo) e plana.

- EXXX-2X: o algarismo 2 (dois) indica que o desempenho do eletrodo só é


satisfatório na posição horizontal (apenas para solda em ângulo) e na posição
plana.

Tabela 5.18 - Composição química do metal depositado, percentual em peso, de alguns


consumíveis enquadrados na especificação AWS 5.4-9

30
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Consumíveis de Soldagem

Classificação C Mn Cr Ni Mo Nb + Ta Si P S Cu Ni
AWS
E219-XX 0,06 8,0-10,0 19,0-21,5 5,5-7,0 0,75 -- 1,00 0,04 0,03 0,75 0,10-0,30
E307-XX 0,04-0,14 3,30-4,75 18,0-21,5 9,0-10,7 0,5-1,5 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E308-XX 0,08 0,5-2,5 18,0-21,0 9,0-11,0 0,75 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E308L-XX 0,04 0,5-2,5 18,0-21,0 9,0-11,0 0,75 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E308Mo-XX 0,08 0,5-2,5 18,0-21,0 9,0-12,0 2,0-3,0 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E308MoL-XX 0,04 0,5-2,5 18,0-21,0 9,0-12,0 2,0-3,0 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E309-XX 0,15 0,5-2,5 22,0-25,0 12,0-14,0 0,75 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E309L-XX 0,04 0,5-2,5 22,0-25,0 12,0-14,0 0,75 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E309Nb-XX 0,12 0,5-2,5 22,0-25,0 12,0-14,0 0,75 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E309Mo-XX 0,12 0,5-2,5 22,0-25,0 12,0-14,0 2,0-3,0 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E310MoL-XX 0,04 0,5-2,5 22,0-25,0 12,0-14,0 2,0-3,0 -- 0,90 0,03 0,03 0,75 --
E310-XX 0,08-0,20 1,0-2,5 25,0-28,0 20,0-22,0 0,75 -- 0,75 0,03 0,03 0,75 --
E310H-XX 0,35-0,45 1,0-2,5 25,0-28,0 20,0-22,0 0,75 -- 0,75 0,03 0,03 0,75 --
E310Nb-XX 0,12 1,0-2,5 25,0-28,0 20,0-22,0 0,75 0,70 - 1,0 0,75 0,03 0,03 0,75 --
E310Mo-XX 0,12 1,0-2,5 25,0-28,0 20,0-22,0 2,0-3,0 -- 0,75 0,04 0,03 0,75 --
E312-XX 0,15 0,5-2,5 28,0-37,0 8,0-10,5 0,75 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E316-XX 0,08 0,5-2,5 17,0-20,0 11,0-14,0 2,0-3,0 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E316L-XX 0,04 0,5-2,5 17,0-20,0 11,0-14,0 2,0-3,0 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E317-XX 0,08 0,5-2,5 18,0-21,0 12,0-14,0 3,0-4,0 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E317L-XX 0,04 0,5-2,5 18,0-21,0 12,0-14,0 3,0-4,0 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E318-XX 0,08 0,5-2,5 17,0-20,0 11,0-14,0 2,0-3,0 6 x C-1,0max 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E320-XX 0,07 0,5-2,5 19,0-21,0 32,0-36,0 2,0-3,0 8 x C-1,0max 0,60 0,04 0,03 3,5 --
E330-XX 0,18-0,25 1,0-2,5 14,0-17,0 33,0-37,0 0,75 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E330H-XX 0,35-0,45 1,0-2,5 14,0-17,0 33,0-37,0 0,75 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E347-XX 0,08 0,5-2,5 18,0-21,0 9,0-11,0 0,75 8 x C-1,0max 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E410-XX 0,12 1,0 11,0-13,5 0,7 0,75 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --
E430-XX 0,10 1,0 15,0-18,0 0,6 0,75 -- 0,90 0,04 0,03 0,75 --

31
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Consumíveis de Soldagem

Dígito 4 - Este dígito refere-se ao tipo de corrente em que o eletrodo deve ser utilizado, e
em combinação com o anterior indica os tipos e/ou características do revestimento.

- EXXX-15: este eletrodo deve ser utilizado em corrente contínua e ligado ao pólo
positivo (CC+), ou seja, polaridade inversa. Os elementos químicos da composição
destes eletrodos estão totalmente incorporados na alma e o revestimento está
constituído por elementos calcários, similar ao E-7015 da especificação AWS
A5.1.91.

- EXXX-16: este eletrodo pode ser utilizado em corrente alternada (CA) ou em


corrente contínua com polaridade inversa (CC+). Iguais aos anteriores, estes
eletrodos têm elementos químicos totalmente integrados a alma e o revestimento
está constituído por dióxido de titânio (TiO2) e silicato de potássio (K), similar ao
E6013 da especificação AWS A5.1-91.

- EXXX-17: o revestimento destes eletrodos é uma modificação do EXXX-16, onde


parte do dióxido de titânio é substituído por sílica (SiO2), similar ao E-6019 da
especificação AWS A5.1-91. Operam com corrente alternada (CA) e contínua (CC+)
e embora sejam recomendados para uso em todas as posições, os eletrodos de
diâmetros maiores de 4,8 mm não são recomendados para as posições vertical e
sobre-cabeça.

- EXXX-25: as características operacionais e o tipo de revestimento deste eletrodo é


similar a designação 15, só que a alma está constituída por um arame de aço doce
e os elementos de liga se encontram no revestimento. Por este motivo, usa-se
intensidades de corrente maiores, quando comparados com o EXXX-15. Os
eletrodos EXXX-25 são recomendados somente para serem usados nas posições
plana (topo e ângulo) e horizontal (solda de ângulo).

- EXXX-26: tanto o tipo de revestimento como as características operativas destes


eletrodos são similares ao eletrodo EXXX-16, só que, como no caso anterior, a
alma está constituída por um aço doce e os elementos de liga estão no
revestimento. Por este motivo, usa-se intensidades de corrente maiores, quando
comparados com o EXXX-16. Os eletrodos EXXX-26 são recomendados para
serem usados nas posições plana (topo e ângulo) e horizontal (solda de ângulo).

NOTA: Os eletrodos EXXX-25 e EXXX-26 também são denominados “Eletrodos


Sintéticos”.

3.6 - CLASSIFICAÇÃO DOS ELETRODOS NUS (ARAMES) E VARETA DE AÇO


INOXIDÁVEL PARA SOLDAGEM DE AÇO INOXIDÁVEL DE ACORDO COM A
ESPECIFICAÇÃO AWS A5.9-93

Esta especificação apresentam as exigências para a classificação dos seguintes


consumíveis de aço inoxidável: eletrodo nu (arame), vareta, fita e metal cored (tipo de
arame tubular que possui núcleo metálico).

3.6.1 - Critérios de Classificação

Os consumíveis do tipo arame, vareta e fita enquadrados nesta especificação são


classificados tendo como base a composição química do próprio consumível.

32
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Consumíveis de Soldagem

Para o consumível "metal cored", este é classificado tendo como base a composição
química do metal depositado.

3.6.2 - Sistema de Classificação

A classificação de um eletrodo/vareta genérica tem a seguinte forma:

E R X X X
---- ---- ------------------------------------
1 2 3
Onde:

Dígito 1 - A letra E designa um eletrodo;

Dígito 2 - A letra R designa uma vareta;

Dígitos 1 + 2 - As letras ER, quando utilizadas juntas, referem-se ao consumível que pode
ser fornecido ou sob a forma contínua (exemplo: arame [eletrodo nu], fita,
metal cored) ou sob a forma de vareta. São os seguintes processos de
soldagem que se utilizam destes consumíveis: GTAW, GMAW e, SAW.

NOTA:

Quando o consumível a ser utilizado for do tipo "metal cored", a letra "R"
deverá ser substituída pela letra "C": EC.

Quando o consumível a ser utilizado for do tipo "fita", a letra "R" deverá ser
substituída pela letra "Q": EQ.

Dígito 3 – Este dígito pode ser formado ou só por algarismos, ou uma composição
entre algarismos e letras, e se refere à composição química do consumível
de soldagem (caso dos arames, varetas e fitas) ou se refere à composição
química do metal de solda não diluído (caso do “metal cored”). Os
algarismos iniciais referem-se à composição química definida de acordo com
a classificação (designação) AISI [American Iron and Steel Institute]. Ver
Tabela

33
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Consumíveis de Soldagem

5.19 – Composição Química do Metal de Adição (para arames, varetas e fitas) ou do Metal Depositado (para "metal cored"), percentual em peso, de
alguns consumíveis enquadrados na Especificação AWS A5.9-93
COMPOSIÇÃO, peso (%) OUTROS ELEMENTOS

AWS UNS C Cr Ni Mo Mn Si P S N Cu Elemento Quantidade


Classification Number
ER209 S20980 0,05 20,5-24,0 9,5-12,0 1,5-3,0 4,0-7,0 0,90 0,03 0,03 0,10-0,030 0,75 V 0,10-0,30
ER307 S30780 0,04-0,14 19,5-22,0 8,0-10,7 0,5-1,5 3,3-4,75 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER308 S30880 0,08 19,5-22,0 9,0-11,0 0,75 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER308H S30880 0,04-0,08 19,5-22,0 9,0-11,0 0,50 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER308L S30883 0,03 19,5-22,0 9,0-11,0 0,75 1,0-2,5 0,30-065 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER308Mo S30882 0,08 18,0-21,0 9,0-12,0 2,0-3,0 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER308Lmo S30886 0,04 18,0-21,0 9,0-12,0 2,0-3,0 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER309 S30980 0,12 23,0-25,0 12,0-14,0 0,75 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER309L S30983 0,03 23,0-25,0 12,0-14,0 0,75 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER309Si S30981 0,12 23,0-25,0 12,0-14,0 0,75 1,0-2,5 0,65-1,00 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER309Lsi S30988 0,03 23,0-25,0 12,0-14,0 0,75 1,0-2,5 0,65-1,00 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER310 S31080 0,08-0,15 25,0-28,0 20,0-22,5 0,75 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER316 S31680 0,08 18,0-20,0 11,0-14,0 2,0-3,0 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER316H S31680 0,04-0,08 18,0-20,0 11,0-14,0 2,0-3,0 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER316L S31683 0,03 18,0-20,0 11,0-14,0 2,0-3,0 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER316Si S31681 0,08 18,0-20,0 11,0-14,0 2,0-3,0 1,0-2,5 0,65-1,00 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER316LSi S31688 0,03 18,0-20,0 11,0-14,0 2,0-3,0 1,0-2,5 0,65-1,00 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER318 S31980 0,08 18,0-20,0 11,0-14,0 2,0-3,0 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 Cb 8 x C min/1,0 max
ER320 N08021 0,07 19,0-21,0 32,0-36,0 2,0-3,0 2,5 0,60 0,03 0,03 - 3,0-4,0 Cb 8 x C min/1,0 max
ER321 S32180 0,08 18,5-20,5 9,0-10,5 0,75 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 Ti 9 x C min/1,0 max
ER330 N08331 0,18-0,25 15,0-17,0 34,0-37,0 0,75 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER347 S34780 0,08 19,0-21,5 9,0-11,0 0,75 1,0-2,5 0,30-0,65 0,03 0,03 - 0,75 Cb 10 x C min/1,0 max
ER347Si S34788 0,08 19,0-21,5 9,0-11,0 0,75 1,0-2,5 0,65-1,00 0,03 0,03 - 0,75 Cb 10 x C min/1,0 max
ER383 N08028 0,025 26,5-28,5 30,0-33,0 3,2-4,2 1,0-2,5 0,50 0,02 0,03 - 0,70-1,5 - -
ER409 S40900 0,08 10,5-13,5 0,6 0,50 0,8 0,8 0,03 0,03 - 0,75 Ti 10 x C min/1,5 max
ER409Cb S40490 0,08 10,5-13,5 0,6 0,50 0,8 1,0 0,04 0,03 - 0,75 Cb 10 x C min/0,75 max
ER410 S41080 0,12 11,5-13,5 0,6 0,75 0,6 0,5 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER502 S50280 0,10 4,6-6,0 0,6 0,45-0,65 0,6 0,5 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER505 S50480 0,10 8,0-10,5 0,5 0,8-1,2 0,6 0,5 0,03 0,03 - 0,75 - -
ER630 S17480 0,05 16,0-16,75 4,5-5,0 0,75 0,25-0,75 0,75 0,03 0,03 - 3,25-4,00 Cb 0,15-0,30

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Consumíveis de Soldagem

Exemplos:

ER308 - Composição química conforme Tabela 5.19.

ER308L - Mesma composição química do ER308, mas com menor teor de carbono.

ER308MoL - Mesma composição química do ER308L, mas com teor de molibdênio de 2 a


3%.

3.7 - CLASSIFICAÇÃO DOS ELETRODOS DE AÇO CARBONO E FLUXOS PARA


SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO DE ACORDO COM A ESPECIFICAÇÃO AWS
A5.17-97

3.7.1 - Critério de Classificação:

Os arames e fluxos cobertos por esta especificação são classificados tendo como base:

1. Propriedades mecânicas do metal de solda, usando o fluxo em combinação com


qualquer um dos eletrodos classificados nesta especificação.
2. Condição do tratamento térmico no qual as propriedades mecânicas são obtidas.
3. Composição química do eletrodo, para o caso de arames sólidos, ou do metal de solda
(utilizando um determinado fluxo) para os eletrodos compósitos (exemplo: arame
tubular).

Nota: Importante salientar que, quando um fluxo é fabricado, ele não tem, a princípio, uma
classificação AWS. Quando este fluxo é utilizado com um determinado arame, este fluxo
terá uma classificação AWS de acordo com os resultados alcançados nesta combinação
(fluxo – arame). Combinando este fluxo em questão com um novo arame (outra
classificação AWS), uma nova classificação AWS para este fluxo será designada, visto que
este segundo arame usado possuía diferente composição química daquele primeiro arame.

3.7.2 - Sistema de Classificação

A classificação de uma combinação genérica de um fluxo com um arame tem a seguinte


forma:

F X X X - E X X
---- ---- ---- ---- ---- --- ---- ------------- ----
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Onde:

Dígito 1 - A letra F designa um fluxo;

Dígito 2 - A letra S indica se o fluxo em uso foi produzido pela trituração de uma
escória previamente fabricada ou produzido por uma mistura formada por
uma parte triturada e uma parte “virgem”. A omissão da letra S significa que
o fluxo em questão é do tipo “virgem”.

35
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Consumíveis de Soldagem

Dígito 3 - Este dígito refere-se ao limite de resistência à tração mínimo do metal


depositado proveniente de uma combinação entre fluxo e arame.

Exemplos:

FX6X - EXXX -Faixa do limite de resistência à tração entre 60.000 e 80.000 psi (430 e 560
MPa), onde o algarismo 6 indicado tem relação com o limite mínimo da
faixa.

FX7X - EXXX -Faixa do limite de resistência à tração entre 70.000 e 95.000 psi (480 e 660
MPa), onde o algarismo 7 indicado tem relação com o limite mínimo da
faixa.

Dígito 4 - Designa a condição de tratamento térmico na qual os testes foram


conduzidos: “A” refere-se à condição “Como Soldado” e “P” ao tratamento
térmico após soldagem. O tempo e a temperatura deste tratamento térmico
estão contemplados no corpo da especificação A5.17.

Dígito 5 - Este dígito refere-se à menor temperatura em que se efetuou o ensaio de


impacto (charpy com entalhe em V), obtendo-se valores de no mínimo 27J
para o metal de solda.

Exemplos:

- FXXXZ - EXXX - A letra Z refere-se a ensaio de impacto não requerido;

- FXXX0 - EXXX - O algarismo 0 (zero) refere-se à temperatura mínima de 0ºC para o


ensaio;
- FXXX2 - EXXX - O algarismo 2 refere-se à temperatura mínima de -20ºC para o
ensaio;
- FXXX3 - EXXX - O algarismo 3 refere-se à temperatura mínima de -30ºC para o
ensaio;
- FXXX4 - EXXX - O algarismo 4 refere-se à temperatura mínima de -40ºC para o
ensaio;
- FXXX5 - EXXX - O algarismo 5 refere-se à temperatura mínima de -50ºC para o
ensaio;
- FXXX6 - EXXX - O algarismo 6 refere-se à temperatura mínima de -60ºC para o
ensaio.

Dígito 6 - A letra E designa um eletrodo, e as letras EC indicam eletrodo composto


(similar ao arame tubular). A omissão da letra “C” indica que o consumível
em questão é um arame sólido.

Dígito 7 - As letras L, M e H, que podem aparecer neste campo, referem-se a:

L (low) - Eletrodo com baixo teor de manganês (faixa: 0,25% - 0,60%);


M (medium) - Eletrodo com médio teor de manganês (faixa: 0,80% - 1,40%);
H (high) - Eletrodo com alto teor de manganês (faixa: 1,30% - 2,20%).

Dígito 8 - Este dígito, representado por 1 ou 2 algarismos, refere-se ao teor de

36
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Consumíveis de Soldagem

carbono do eletrodo, quando os consumíveis são do tipo “sólido”, ou, ao teor


de carbono do metal depositado (ou metal de solda não diluído), quando os
consumíveis são do tipo “núcleo fluxado”, conforme Tabela 5.20;

Dígito 9 - A letra K indica que o eletrodo foi fabricado com aço acalmado ao silício.

3.7.3 - Eletrodos

A especificação prevê 12 tipos de eletrodos agrupados em 3 classes como mostrado na


Tabela 5.20.

Tabela 5.20 - Composição química dos eletrodos para soldagem a arco submerso de
classificação AWS A 5.17-97

(a) (b)
CLASSIFICAÇÃO COMPOSIÇÃO QUÍMICA - PERCENTUAL EM PESO
(c)
AWS Carbono Manganês Silício Enxofre Fósforo Cobre

EL8 0,10 0,25 a 0,60 0,07 0,030 0,030 0,35


EL8K 0,10 0,25 a 0,60 0,10 a 0,25 0,030 0,030 0,35
EL12 0,04 a 0,14 0,25 a 0,60 0,10 0,030 0,030 0,35

EM11K 0,07 a 0,15 1,00 a 1,50 0,65 a 0,85 0,030 0,025 0,35
EM12 0,06 a 0,15 0,80 a 1,25 0,10 0,030 0,030 0,35
EM12K 0,05 a 0,15 0,80 a 1,25 0,10 a 0,35 0,030 0,030 0,35
EM13K 0,06 a 0,16 0,90 a 1,40 0,35 a 0,75 0,030 0,030 0,35
(d)
EM14K 0,06 a 0,19 0,90 a 1,40 0,35 a 0,75 0,025 0,025 0,35
EM15K 0,10 a 0,20 0,80 a 1,25 0,10 a 0,35 0,030 0,030 0,35

EH11K 0,06 a 0,15 1,40 a 1,85 0,80 a 1,15 0,030 0,030 0,35
EH12K 0,06 a 0,15 1,50 a 2,00 0,25 a 0,65 0,025 0,025 0,35
EH14 0,10 a 0,20 1,70 a 2,20 0,10 0,030 0,030 0,35

(e)
EC1 0,15 1,80 0,90 0,035 0,035 0,35

NOTAS:

a) Os valores individuais expressam as percentagens máximas;

b) Devem ser feitas análises para se determinar o teor dos elementos, cujos valores estão
especificados na tabela. Se no decorrer da análise for detectada a presença de outros
elementos, estes devem ser registrados, não sendo permitido que o somatório de seus
teores seja superior a 0,50%;

c) O limite para o Cobre inclui qualquer tipo de revestimento de cobre que pode ser
aplicado ao eletrodo;

d) Titânio: faixa - 0,03 a 0,17%Ti;

37
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Consumíveis de Soldagem

e) Eletrodo composto, trata-se de arames tubulares para aplicação em soldagem a arco


submerso.

3.7.4 - Fluxos

Os fluxos são compostos do tipo granular, mineral fusível de várias proporções e


quantidades, podendo ser fabricado por diferentes métodos existentes. Os seguintes
compostos normalmente são encontrados na composição química dos fluxos: aluminato-
rutilo, aluminato-básico, ou fluoreto básico. São homogeneizados e granulometricamente
controlados. As misturas variam segundo formulação de cada fabricante. Alguns fluxos
podem conter ingredientes metálicos para desoxidar a poça de fusão. Mudanças na tensão
do arco durante a soldagem alterará a quantidade de fluxo consumido; quanto maior a
tensão, maior o consumo de fluxo. Isto significa que alterações na tensão do arco irá
modificar a composição química do metal de solda.

As funções básicas dos fluxos são: proteger a poça de fusão do contato com os gases
integrantes do ar atmosférico pela geração de gases; proteger o metal de solda recém
solidificado pela escória fundida; purificar a poça de fusão; modificar a composição química
do metal depositado e influenciar no acabamento do cordão de solda, como também suas
propriedades mecânicas.

De acordo com o processo de fabricação, os fluxos podem ser dos seguintes tipos:

- Fundido (fused flux): é formado por óxidos de Mn, Al, Si, Zr. Para a obtenção deste
tipo de fluxo, toda a mistura é aquecida a altas temperaturas, quando é resfriada
para produzir um material vítreo metálico. Quando resfriado, o material é então
moído até que se atinja a partículas com uma granulometria previamente
determinada.

- Aglomerado (agglomerated flux): é composto por diferentes minerais como óxidos


de Si, de Mn, de Zr, de Al), por elementos desoxidantes encontrados nas ligas Fe-
Mn e Fe-Si, como também de silicatos de potássio ou de sódio, com a função de
agentes aglutinantes. Para a obtenção deste tipo de fluxo, todo o material é
reduzido a um tamanho adequado e é misturado a seco. Após esta ação, um
aglutinante cerâmico é introduzido na mistura e, logo em seguida, uma quantidade
de água também é adicionada ao material. Este é aquecido a temperaturas
inferiores àquelas estabelecidas para a fabricação de fluxos fundidos, até que
pelotas (pellets) sejam produzidas.

- Misturado mecanicamente (mechanically mixed flux): é composto por uma mistura


mecânica de dois ou mais tipos dentre aqueles apresentados anteriormente. A
desvantagem deste tipo de fluxo é que não se consegue garantir uma perfeita
homogeneização entre os diferentes materiais presentes na mistura, o que pode
gerar metais de solda, de uma mesma junta, com diferentes composições químicas.

Desses, os mais utilizados são os fluxos aglomerados e, os menos empregados, os


misturados.

Os fluxos também podem ser dos tipos neutro, ativo ou ligado.

38
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Como já foi visto, há uma flexibilidade no critério de classificação dos fluxos, pois essa
classificação depende de condições específicas de testes, resultante da avaliação do
desempenho do fluxo em combinação com um determinado tipo de arame.

3.8 - CLASSIFICAÇÃO DOS METAIS DE ADIÇÃO DE AÇOS AO CARBONO PARA A


SOLDAGEM POR ARCO COM GÁS DE PROTEÇÃO DE ACORDO COM A
ESPECIFICAÇÃO AWS 5.18-2001

3.8.1 - Critério de Classificação

Os metais de adição desta especificação do tipo arame sólido e vareta são classificados
com base na composição química dos próprios consumíveis e nas propriedades
mecânicas do metal de solda, na condição “como soldado”.

Os metais de adição desta especificação do tipo metal cored (similar ao arame tubular,
porém com seu núcleo formado por material totalmente metálico) são classificados com
base na composição química e nas propriedades mecânicas do metal de solda, na
condição “como soldado”.

3.8.2 - Sistema de Classificação

A classificação genérica de um arame sólido ou vareta para soldagem a arco com gás de
proteção de aços ao carbono tem a seguinte forma:

E R X X S -X
------------- ------------ ----- -----
1 2 3 4
Onde:

Dígito 1 - As letras ER, quando utilizadas juntas, referem-se ao consumível na forma


de eletrodo, vareta ou arame, aplicável em processos de soldagem GMAW
(MIG / MAG), GTAW e PAW (Plasma);
Dígito 2 - Estes dígitos indicam o limite de resistência à tração do metal depositado,
em Ksi (1 Ksi = 1.000 psi). Exemplo: ER70S-X = 70.000 Lbs/pol2 = 500 MPa
Dígito 3 - A letra S designa vareta ou arame sólido;
Dígito 4 - Este sufixo indica a composição química do arame ou vareta.

A classificação genérica relativa ao consumível do tipo “metal cored” (similar ao arame


tubular) para soldagem a arco com gás de proteção de aços ao carbono tem a seguinte
forma:

39
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E X X C -X X
---- ------------- ----- ---- -----
1 2 3 4 5
Onde:

Dígito 1 - A letra E designa um eletrodo;


Dígito 2 - Estes dígitos indicam o limite de resistência à tração do metal depositado,
em Ksi (1 Ksi = 1000 psi). Exemplo: ER70S-X=70.000 Lbs/pol2 = 500 MPa;
Dígito 3 - A letra C designa um consumível composto do tipo “metal cored”;
Dígito 4 - Este dígito indica a composição química do metal de solda.

Dígito 5 - Este dígito pode apresentar a letra “C” que representa o gás CO2 (100%) e
a letra “M” representa uma mistura gasosa do tipo 75 ~ 80% Argônio com
balanço com CO2.

A Tabela 5.21 mostra a composição química do arame sólido e da vareta (ERXXS-S),


como também a do metal de solda (EXXC-X). A Tabela 5.22 apresenta as propriedades
mecânicas do metal de solda da especificação AWS A 5.18-2001

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Tabela 5.21 - Composição química do arame sólido e da vareta (ERXXS-S), como também a do metal de solda (EXXC-X) de acordo com a
especificação AWS 5.18-2001 1)

Classificação
C Mn Si P S Ni Cr Mo V Cu
AWS
2)
ER70S-2 0,07 0,90 a 1,40 0,40 a 0,70 0,025 0,035 0,15 0,15 0,15 0,03 0,50
ER70S-3 0,06 a 0,15 0,90 a 1,40 0,45 a 0,70 0,025 0,035 0,15 0,15 0,15 0,03 0,50
ER70S-4 0,07 a 0,15 1,00 a 1,50 0,65 a 0,85 0,025 0,035 0,15 0,15 0,15 0,03 0,50
ER70S-6 0,07 a 0,15 1,40 a 1,85 0,80 a 1,15 0,025 0,035 0,15 0,15 0,15 0,03 0,50
ER70S-7 0,07 a 0,15 1,50 a 2,00 0,50 a 0,80 0,025 0,035 0,15 0,15 0,15 0,03 0,50
3)
ER70S-G N. E. N. E. N. E. N. E. N.E. N. E. N. E. N. E. N.E. N. .E
4)
E70C-3X 0,12 1,75 0,90 0,03 0,03 0,50 0,20 0,30 0,08 0,50
4)
E70C-6X 0,12 1,75 0,90 0,03 0,03 0,50 0,20 0,30 0,08 0,50
3,5)
E70C-G(X) N. E. N. E. N. E. N. E. N.E. N. E. N. E. N. E. N.E. N. .E

Nota:
1)
– Os consumíveis do tipo ERXXS-X são homologados com o gás CO2; aqueles do tipo EXXC-XX são homologados com a mistura gasosa
75 ~ 80% Argônio / Balanço CO2;
2)
– Ti: 0,05 ~ 0,015%; Zr: 0,02 ~ 0,12%; Al: 0,05 ~ 0,15%;
3)
– Acordo entre Comprador e Fabricante do consumível;
4)
– O somatório dos elementos Ni, Cr, Mo e V não pode ser superior a 0,50%;
5)
– As letras “C” e “M” podem ser omitidas.

41
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Consumíveis de Soldagem

Tabela 5.22 - Exemplos de propriedades mecânicas de metal depositado para consumíveis de especificação AWS 5.18-2001

Ensaio de Tração Ensaio de Impacto


Gás de
Proteção
Limite de Resistência à Alonga- Valor Médio Valor Individual Mínimo
Classificação
Escoamento Tração mento
AWS

MPa Ksi MPa Ksi S/4 diam. J T (ºC) Ft-Lb T (ºF) J T (ºC) Ft-Lb T (ºF)
(%)

ER70S-2 CO2 400 58 480 70 22 27 -30º 20 -20º 20 -30º 15 -20º


ER70S-3 CO2 400 58 480 70 22 27 -20º 20 0º 20 -20º 15 0º
ER70S-4 CO2 400 58 480 70 22 NR NR NR NR NR NR NR NR
ER70S-6 CO2 400 58 480 70 22 27 -30º 20 20 20 -30º 15 -20º
ER70S-7 CO2 400 58 480 70 22 27 -30º 20 20 20 -30º 15 -20º
(a)
ER70S-G 400 58 480 70 22 (a) (a) (a) (a) (a) (a) (a) (a)
(b)
E70C-3X 400 58 480 70 22 27 -30º 20 -20º 20 -30º 15 -20º
(b)
E70C-6X 400 58 480 70 22 27 -20º 20 0º 20 -20º 15 0º
(a)
E70C-G(X) NR NR 480 70 NR NR NR NR NR NR NR NR NR

Nota:
(a)
– Gás de proteção: acordo entre o comprador e o fabricante.
(b)
– Mistura gasosa: 75 ~ 80% Argônio / Balanço CO2;

42
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Avenida João Ramalho, 1533 – Pq.São Vicente – 09371-520 – Mauá/SP.
(11) 2786-1440 / 2786-1442

3.9 - CLASSIFICAÇÃO DOS ELETRODOS DE AÇO AO CARBONO PARA


SOLDAGEM A ARCO COM ARAME TUBULAR DE ACORDO COM A
ESPECIFICAÇÃO AWS A5.20-95

3.9.1 - Critério de Classificação

Os eletrodos tubulares para soldagem a arco de aço-carbono estão classificados com


base nos seguintes fatores:

a) Propriedades mecânicas do metal de solda, na condição de “como soldado”;


b) Posição de soldagem;
c) Uso ou não de uma proteção externa;
d) A adequabilidade para aplicações de um único passe, ou em passes múltiplos;
e) Tipo de corrente.

3.9.2 - Sistema de Classificação

A classificação genérica de um eletrodo tubular para soldagem de aços carbono tem a


seguinte forma:

E X X T -X
----- ----- ----- ----- ------------- ------
1 2 3 4 5 6
Onde:

Dígito 1 - A letra E designa um eletrodo;

Dígito 2 - Este dígito indica o limite de resistência à tração mínimo do metal


depositado 10 ksi (1 ksi = 1.000 psi) nas condições de como soldado,
ver
Tabela 5.23

Tabela 5.23- Exemplo do significado do 1o e 2o dígito, para consumíveis de


especificação
AWS A5.20-95
CLASSIFICAÇÃO LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO MÍNIMO
AWS Lb/pol2 (psi) MPa

E6XT-X 60.000 415


E7XT-X 70.000 480

Dígito 3 - Este dígito indica a posição de soldagem para o qual o eletrodo é


recomendado;

0 - Posição plana e horizontal (solda em ângulo)

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1 - Todas as posições

Dígito 4 - Indica um eletrodo tubular com núcleo fluxado;

Dígito 5 - Indica a utilização e a característica de desempenho, ver Tabela 5.25.

Tabela 5.24 - Significado do 5o dígito na especificação AWS A5.20-95


CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA, PROTEÇÃO E POLARIDADE
AWS Técnica Operativa Proteção Externa Corrente / Polaridade

E XX T-1 Passes simples ou múltiplos CO2 c.c. / inversa


E XX T-1M Passes simples ou múltiplos 75~80%Ar /bal. CO2 c.c. / inversa
E XX T-2 Passe simples CO2 c.c. / inversa
E XX T-3 Passe simples Nenhuma c.c. / inversa
E XX T-4 Passes simples ou múltiplos Nenhuma c.c. / inversa
E XX T-5 Passes simples ou múltiplos CO2 c.c. / inversa ou direta
E XX T-6 Passes simples ou múltiplos Nenhuma c.c. / inversa
E XX T-7 Passes simples ou múltiplos Nenhuma c.c. / direta
E XX T-8 Passes simples ou múltiplos Nenhuma c.c. / direta
E XX T-9 Passes simples ou múltiplos CO2 c.c. / inversa
E XX T-10 Passe simples Nenhuma c.c. / direta
E XX T-11 Passes simples ou múltiplos Nenhuma c.c. / direta
E XX T-G Passes simples ou múltiplos *(A) *(A)
E XX T-GS Passe simples *(A) *(A)

NOTA (A): Os requisitos de proteção gasosa, corrente e polaridade podem ser


estabelecidos, em acordo entre o comprador e o fornecedor ou fabricante.

Dígito 6 - Indica se o arame tubular foi homologado com uma mistura gasosa do
tipo
75 ~ 80% Argônio / balanço CO2.

3.10 - CLASSIFICAÇÃO DOS ELETRODOS DE AÇO INOXIDÁVEL PARA A


SOLDAGEM A ARCO COM ARAME TUBULAR E VARETAS COM NÚCLEO
FLUXADO DE AÇO INOXIDÁVEL PARA SOLDAGEM GTAW (TIG) DE
ACORDO COM A ESPECIFICAÇÃO AWS A5.22-95

3.10.1 - Critério de Classificação

Os arames tubulares e varetas de núcleo fluxado para soldagem de aços resistentes à


corrosão, ao cromo e ao cromo-níquel estão classificados com base nos seguintes
fatores:

a) Composição química do metal de solda,


b) Posição de soldagem;
c) Meio de proteção empregado durante a soldagem,e
d) Tipo de corrente utilizada.

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3.10.2 - Sistema de Classificação

A classificação genérica de um eletrodo tubular para soldagem de aço cromo e aço


cromo-níquel tem a seguinte forma:

E X X X T X -X
----- ------------------------------------ ----- ----- -----
1 2 3 4 5
Onde:

Dígito 1 - A letra E designa um eletrodo;

Dígito 2 – Este dígito pode ser formado ou só por algarismos, ou uma composição
entre algarismos e letras, e se refere à composição química do
consumível de soldagem (caso dos arames, varetas e fitas) ou se refere
à composição química do metal de solda não diluído (caso do “metal
cored”). Os algarismos iniciais referem-se à composição química
definida de acordo com a classificação (designação) AISI [American Iron
and Steel Institute].

Dígito 3 Indica se tratar de um eletrodo tubular com núcleo fluxado;

Dígito 4 - Refere-se a posição de soldagem:

0 - Posição plana e horizontal (solda em ângulo)


1 - Todas as posições.

Dígito 5 - Indica o meio de proteção, a corrente e polaridade empregadas durante


a
soldagem e o processo de soldagem. Os meios de proteção cobertos
por
esta especificação incluem:

Classificação
Meio de Proteção Corrente / Polar. Processo
AWS
EXXXTX-1 CO2 CC / Inversa FCAW
EXXXTX-3 Sem proteção externa CC / Inversa FCAW
EXXXTX-4 75 ~ 80% Ar + CO2 CC / Inversa FCAW
RXXXTX-5 100% Ar CC / Direta GTAW
EXXXTX-G Não especificada Não especificada FCAW
RXXXT1-G Não especificada Não especificada GTAW

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3.11 - CLASSIFICAÇÃO DOS ELETRODOS DE AÇO BAIXA LIGA PARA


SOLDAGEM A ARCO COM ARAME TUBULAR DE ACORDO COM A
ESPECIFICAÇÃO AWS A5.29-98

3.11.1 - Critério de Classificação

Os eletrodos tubulares para a soldagem a arco de aços baixa liga são classificados
com base nos seguintes fatores:

a) Propriedades mecânicas do metal de solda;


b) Posição de soldagem;
c) Uso de gás para proteção externa;
d) Tipo de corrente;
e) Composição química do metal depositado ou metal de solda não diluído.
3.11.2 - Sistema de Classificação

A classificação genérica de um eletrodo tubular para soldagem de aços baixa liga tem a seguinte
forma:

E X XX TX XT - X
X- X
-----
----- -------------
------------- -----
----- ----
---- ----
---- -----
----- -----
-----
11 22 33 44 55 66 77
Onde:

Dígito 1 - A letra E designa um eletrodo;

Dígito 2 - Este dígito pode ser representado com um ou dois algarismos e se


refere a
faixa de valores de resistência à tração do metal de solda em 10 ksi (1
ksi =
1000 psi) nas condições como soldado, ver Tabela 5.25.

Tabela 5.25 - Significados do 2o dígito para consumíveis de especificação AWS A5.29-


98

Classificação FAIXA DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO


AWS Lb/pol2 MPa
E 6XTX-X 60.000 a 80.000 410 a 550
E 7XTX-X 70.000 a 90.000 480 a 620
E 8XTX-X 80.000 a 100.000 550 a 690
E 9XTX-X 90.000 a 110.000 620 a 760
E 10XTX-X 100.000 a 120.000 690 a 830
E 11XTX-X 110.000 a 130.000 760 a 900
E 12XTX-X 120.000 a 140.000 830 a 970
E XXXTX-X *(a) *(a)

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NOTA: Os requisitos de resistência à tração deste eletrodo será estabelecido em


acordo entre o comprador e o fornecedor ou fabricante.

Dígito 3 - Este dígito indica a posição de soldagem para o qual o eletrodo é


Recomendado.

0 - Posição plana e horizontal


1 - Todas as posições

Dígito 4 - Indica se tratar de um arame tubular com núcleo fluxado;

Dígito 5 - Indica a utilização e o desempenho do consumível, ver Tabela 5.26.

Tabela 5.26 - Significado do 5o dígito para consumíveis enquadrados na especificação


AWS A5.29-86

Classificação Técnica Operativa Proteção Externa Corrente / Polaridade


AWS

E XXT1-X Passe simples ou múltiplos CO2 CC / inversa


E XXT1-XM Passe simples ou múltiplos 75~80%Ar+ CO2 CC / inversa
E XXT4-X Passe simples ou múltiplos Nenhuma CC / inversa
E XXT5-X Passe simples ou múltiplos CO2 CC / inversa
. . . .
. . . .
E XXT8-X Passe simples ou múltiplos Nenhuma CC / direta
E XXTG-X Passe simples ou múltiplos N.E. N.E.

Dígito 6 - Este dígito designa a composição química do metal depositado ou metal


de
solda não diluído.

NOTA: As composições químicas específicas nem sempre são identificadas na


especificação, com as propriedades mecânicas específicas. A especificação
exige que o fornecedor inclua as propriedades mecânicas para um eletrodo
particular, na classificação desse eletrodo. Assim, por exemplo, uma
designação de um eletrodo como E80T5-Ni3, EXXT5, não é uma
classificação completa.

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Dígito 7 - Indica se o arame tubular foi homologado com uma mistura gasosa do
tipo
75 ~ 80% Argônio / balanço CO2.

4 - AGRUPAMENTO DOS MATERIAIS DE ADIÇÃO (ELETRODOS, ARAMES,


FLUXOS, ETC)

O código ASME (American Society of Mechanical Engineers [Sociedade Americana de


Engenheiros Mecânicos]) Seção II Parte C utiliza o mesmo sistema de especificações
e classificações da AWS (American Welding Society [Sociedade Americana de
Soldagem]), como por exemplo:

ASME AWS

Especificação: SFA-5.1 = A 5.1


Classificação: E 7018 = E 7018

Utilizando as especificações AWS, o código ASME agrupa os metais de adição e os


designa com um número denominado F Number. Esta designação ordena os metais
de adição em função da dificuldade que oferecem aos soldadores e operadores de
soldagem, quanto à execução de soldas isentas de defeitos. Ver Tabela 5.27. Os F
Numbers listados nessa tabela são relativos apenas aos consumíveis utilizados na
soldagem de aços ao carbono e inoxidáveis.

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Tabela 5.27 – F Number de eletrodos, arames, para qualificação de Soldadores e


Operadores

F ESPECIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO AWS OBS


NUMBER AWS
SFA-5.1 EXX20/22/24/27/28 Eletrodos de diversos revestimentos que
1 trabalham em posição plana e horizontal
SFA-5.4 EXXX(X)-25/26 Eletrodo para aço inoxidável.
SFA-5.5 EXX20-X/27-X Aços baixa-liga
2 SFA-5.1 EXX12/13/14/19 Eletrodos de revestimento rutílico e rutilo-
ácido
SFA-5.5 E(X)XX13-X Eletrodos de revestimento rutílico
3 SFA-5.1 EXX10/11 Eletrodos de revestimento celulósico
SFA-5.5 E(X)XX10-X/11-X
SFA-5.1 EXXX-15/16/18/18M/48 Eletrodos de revestimento básico (baixo
hidrogênio)
4 SFA-5.4 EXXX(X)-15/16/17 Eletrodos outros sem ser austeníticos e
duplex
SFA-5.5 E(X)XX15-X/16-X/18- Eletrodos de revestimento básico (baixo
X/18M/18M1 hidrogênio)
5 SFA-5.4 EXXX(X)-15/16/17 Eletrodos austeníticos e duplex
SFA-5.2/SFA-5.9/
SFA-5.17/ SFA-5.18
6 SFA-5.20/ SFA-5.22 * *
SFA-5.23/ SFA-5.25
SFA-5.26

NOTA:
* Neste F Number 6, se agrupam todos os outros consumíveis de soldagem, tais
como: arames sólidos e tubulares para soldagem com proteção gasosa ou não,
processos GMAW e FCAW; varetas para soldagem GTAW; arames e fluxos para
soldagem a arco submerso SAW; arames para solda oxi-gás FOW, etc.

Esse agrupamento visa reduzir, sempre que possível, a quantidade das qualificações
de desempenho, o que não significa que os metais de adição, ainda que pertencendo
a um mesmo grupo, possam substituir indiscriminadamente os metais usados nos
testes de qualificação. (Este tema é tratado mais amplamente no Módulo 11:
“Qualificação de Procedimentos e Soldadores”).

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