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Aula

CIRCUITOS EM CA

PROF. JOSÉ CARLOS NUNES DE MELLO


CAPACITOR EM CA (1)
Em corrente contínua um capacitor atua como um armazenador de
energia elétrica. No capacitor ligado em C. A., os elétrons são armazenados
primeiro de um lado do capacitor e, em seguida, sobre o outro, permitindo
assim que a corrente alterna flua no circuito, devido a troca de polaridade.
Assim em CC, tem se a impressão que o capacitor comporta-se como se
estivesse aberto e em C.A. estaria fechado.
REATÂNCIA CAPACITIVA (XC)
Os processos de carga e descarga sucessivas de um capacitor
ligado em corrente alternada dão origem a uma resistência à
passagem da corrente no circuito. Essa resistência é
denominada de reatância capacitiva sendo expressa em
OHMS, onde:
1 1
XC = (Ω) ou XC = (Ω) ; 𝜋 = 3,14.
2𝜋𝑓𝐶 𝜔𝐶
EXEMPLO:
Qual a reatância capacitiva oferecida por um capacitor de 25 µF ligada
a uma fonte cuja frequência é de 10 KHz?
1 1 1 1
XC = → = = = 0,636 Ω
2𝜋𝑓𝐶 2 𝑥 3,14 𝑥 10 𝑥 103 𝑥 25 𝑥 10−6 1570 𝑥 10−3 1,570
REATÂNCIA INDUTIVA (XL)
Oposição específica a circulação de corrente alternada,
proporcionada pelo indutor, onde:
XL = 2πfL (Ω) ou XL = ωL (Ω).
𝜋 = 3,14. A reatância indutiva é expressa em OHMS (Ω).
EXEMPLO:
Qual a reatância indutiva oferecida por uma bobina de 20 mH
ligada a uma fonte de 100 V, 60 Hz?
XL = 2πfL
XL = 2 x 3,14 x 60 x 20 x 10-3
XL = 7536 x 10-3 ou 7,536 Ω
.
SUSCEPTÂNCIA (SC)
É o inverso da Reatância cuja unidade é o Siemens (S), podendo ser
capacitiva ou indutiva.

1 1
SC = (SIEMENS) ; SC = (SIEMENS)
𝑋𝐶 𝑋𝐿

Reatância (X): Pode ser utilizado para designar o conjunto das


reatâncias.
IMPEDÂNCIA (Z)
Oposição que um circuito elétrico faz à passagem de corrente
elétrica quando é submetido a uma tensão alternada. É
expresso em ohms (Ω).
A lei de OHM quando aplicada aos circuitos com Corrente
Alternada, passa a ter as seguintes expressões:
𝑈 𝑈
U=Z.I ; I= e Z=
𝑍 𝐼
O inverso da impedância é a Admitância (Y), cuja unidade é o
Siemens (S):
1
Y= (SIEMENS)
𝑍
RESISTOR EM CA

Em um resistor ligado a CA, não há defasagem entre tensão e


corrente, logo o ângulo de defasagem é nulo.
CAPACITOR EM CA (2)
Em um capacitor ligado a CA, a tensão está atrasada em 90 graus em
relação a corrente (obs: os ângulos de defasagem medidos em
relação a corrente).
INDUTOR EM CA
Em um indutor ligado a CA, a tensão está adiantada em 90 graus em
relação a corrente (obs: os ângulos de defasagem medidos em
relação a corrente).
CÁLCULOS EM CA
Devido à defasagem entre tensão e corrente, não podemos realizar
somas algébricas para cálculos de tensão e Impedância total. O
recurso matemático é a Soma Vetorial. Devido a relação de fase entre
tensão e corrente, No plano vetorial consideramos XC e VC como
negativos e XL e VL positivos.

EXEMPLO: CIRC

RLC SÉRIE
CÁLCULOS EM CA
A projeção das linhas gera um vetor resultante cujo valor da
grandeza a ser calculada, será obtido por meio da aplicação do
Teorema de Pitágoras para triângulo-retângulo.
Então:
Z =√ R2 + ( Xc – XL)2 e VT= √ VR2 + (Vc-VL) 2
O ângulo Ѳ pode ser calculado por meio da função
trigonométrica arco-tangente:
𝑉𝐿−𝑉𝐶 𝑋𝐿−𝑋𝐶
Ѳ= arc tg =
𝑉𝑅 𝑅
Tg θ = cateto oposto/cateto adjacente
Arc tg θ = inverso da tangente (tg −1)
CÁLCULOS EM CA
A projeção das linhas gera um vetor resultante cujo valor da
grandeza a ser calculada, será obtido por meio da aplicação do
Teorema de Pitágoras para triângulo-retângulo.
Então:

Z =√ R2 + ( Xc – XL)2 e VT= √ VR2 + (Vc-VL) 2


O ângulo Ѳ pode ser calculado por meio da função trigonométrica arco-
tangente:
𝑉𝐿−𝑉𝐶 𝑋𝐿−𝑋𝐶
Ѳ= arc tg =
𝑉𝑅 𝑅
Tg θ = cateto oposto/cateto adjacente
Arc tg θ = inverso da tangente (tg −1)
CÁLCULOS EM CA
CÁLCULOS EM CA
RESSONÂNCIA (f0 ou fR)
Variando a frequência em circuitos compostos por capacitores e
indutores, em um momento XL será igual a XC (as reatâncias iguais
em módulo com sinais contrários) ocorrendo a anulação da
impedância. A frequência do momento é conhecida como Frequência
de Ressonância (fo) e pode ser calculada por meio da fórmula:

Sendo L dado em Henries (H) C em Farads (F) e f0 em Hertz (Hz).


Esta fórmula é válida para circuitos com capacitores e indutores em
série e em paralelo.
RESSONÂNCIA EM CIRUITOS SÉRIE E PARALELO

As reatâncias se cancelam entre si e a impedância do


circuito será igual ao valor do resistor, a qual é um valor
muito pequeno.
Z=R

No circuito ressonante paralelo, a associação


paralela do indutor com o capacitor, na frequência
de ressonância, gera uma impedância infinita.
Nesta situação, o circuito também ficará resistivo.
Z=R
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
É a análise do comportamento de um circuito ou componente
quanto ao seu ganho e fase em diferentes frequências do sinal que
está recebendo.
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA

Para obtenção da resposta em frequência, aplica-se na entrada


do circuito ou componente, um sinal periódico com tensão fixa (Ve) e
sem distorção. Este sinal tem sua frequência alterada para uma
escala de valores pré-determinados. A tensão de saída (Vs) é
monitorada e medida para cada valor de frequência. Para cada
medição, o ganho é calculado (Gv = Vs/Ve), sendo adimensional.
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
O ganho adimensional pode ser substituído por uma unidade
logarítmica denominada Decibel (dB). O Decibel é usado para
comparar dois valores de uma mesma grandeza. As formulas para
ganhos em Decibel, são obtidas pelas expressões:
𝑉𝑠 𝐼𝑠 𝑃𝑠
Av (dB) =20 x log10 Ai (dB) =20 x log10 Ap (dB) =10 x log10
𝑉𝑒 𝐼𝑒 𝑃𝑒

Valores em dB negativos indicam atenuação.


RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
Um gráfico relacionando ganho e escala de frequências pode ser desenhado
num papel logarítmico. Esse gráfico é denominado de Resposta em Frequência.

A frequência de corte (fc) é definida como a frequência na qual a proporção


saída e entrada tem um valor de 0,707 ou 2 do ganho total. A Largura de
Banda (LB) expressa a faixa de frequência estabelecida pela diferença entre Fc2 -
Fc1 ou faixa de frequências que um sistema conduz essencialmente sem
atenuação. Esse valor quando convertido para decibéis é igual a –3dB
(20.log.0,707), frequentemente referido como o ponto de queda de 3dB.
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
Uma técnica de representação gráfica logarítmica da curva de
resposta em frequência é o Diagrama de Bode. O Diagrama de Bode
representa o ganho e fase em diferentes frequências do circuito
analisado.

oitava é definida como


O valor 0 dB uma duplicação ou
representa que o redução pela metade
ganho é unitário. de um valor de
frequência. Uma
década é definida dez
vezes (ou um décimo
de) qualquer
quantidade (ou faixa de
frequência).
FILTROS
São circuitos que permitem que certos sinais com valores de
frequências (ou bandas de frequência) passem inalteradas da
entrada para a saída, enquanto outras frequências são amortecidas.
Os filtros podem ser:
PASSIVOS: Composto por resistores, capacitores e indutores. Não
precisam de fonte externa para operação e não amplificam o sinal
de saída.
ATIVOS: Composto por semicondutores. Necessitam de fonte
externa para operação e amplificam a saída do sinal.
FILTRO PASSA BAIXA - FPB

Permite apenas a passagem


das frequências abaixo da
Frequência de Corte (Fc).
FILTRO PASSA ALTA - FPA

Permite apenas a
passagem das
frequências acima da
Frequência de Corte (Fc).
FILTRO PASSA BANDA - FPB
Permite apenas a passagem de
uma faixa de frequências
específicas, determinadas por
Frequência de Corte Inferior(FCI) e
Frequência de Corte Superior
(FCS).
FILTRO REJEITA FAIXA - FRF
Rejeita a Largura de Banda.
FILTROS – RESUMO DAS FORMAS DE ONDA DE SAÍDA
FATOR DE QUALIDADE (Q)
Todo indutor possui uma pequena resistência além de sua
indutância. Quanto menor o valor desta resistência, melhor a
qualidade da bobina. O fator de qualidade ou o Fator Q de um
indutor na frequência de operação ω é definida como a razão
entre a reatância da bobina e sua resistência.
Assim, para um indutor, fator de qualidade é expresso como:
𝑋𝐿 2𝜋𝐹𝐿
Q= ou (Adimensional)
𝑅 𝑅

Na ressonância, quando Q é maior, a banda passante é mais


estreita.
DIVISORES DE FREQUÊNCIA
São circuitos constituídos por filtros e são utilizados para
separar sinais de acordo com a faixa de frequência.
DISTORÇÃO HARMÔNICA
A partir de um sinal com frequência fundamental (tom puro) surgem
outros sinais com frequências multíplas inteiras chamadas de
frequências harmônicas. As harmônicas são multíplos inteiros (x2,
x3, x4...) da frequência fundamental. Por exemplo, a partir de um
sinal fundamental de 1KHz, a saída conterá:
Fundamental: 1 KHz
Harmônico par 2 ( x2): 2 KHz
Harmônico impar 3 (x3): 3 KHz
Harmônico par 4 (x4): 4 KHz
DISTORÇÃO HARMÔNICA
Harmônicas surgem em circuitos com dispositivos semicondutores ou
que consomem apenas uma parte do ciclo de forma de onda, que
trabalham com sinais periódicos. Esses dispositivos distorcem
(modificam) a forma do sinal que recebem produzindo a chamada
Distorção Harmônica Total – THD (Total Harmonic Distortion) .
Quanto menor for o números de harmônicos na saída, melhor será o
desempenho do circuito.

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