Você está na página 1de 8

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/216806806

Neuropsicometria: modelos nomotético e idiográfico

Chapter · January 2010

CITATIONS READS

23 7,091

3 authors:

Vitor Geraldi Haase Gustavo Gauer


Federal University of Minas Gerais Universidade Federal do Rio Grande do Sul
220 PUBLICATIONS 1,722 CITATIONS 83 PUBLICATIONS 538 CITATIONS

SEE PROFILE SEE PROFILE

Cristiano Mauro Assis Gomes


Federal University of Minas Gerais
230 PUBLICATIONS 7,869 CITATIONS

SEE PROFILE

All content following this page was uploaded by Vitor Geraldi Haase on 23 May 2014.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


2
NEUROPSICOMETRIA:
MODELOS NOMOTÉTICO
E IDIOGRÁFICO

Vitor Geraldi Haase

Gustavo Gauer

Cristiano Mauro Assis Gomes

A s questões psicométricas em neuro-


psicologia são complexas e invaria-
velmente conectadas à lógica inferencial
Diversas escolas de avaliação neuropsico-
lógica se baseiam mais ou menos explicita-
mente no modelo nomotético-nomológico
da disciplina. Uma tradição que remonta a (Milberg, Hebben e Kaplan, 2009; Reitan e
Windelband (1901) classifica as ciências Wolfson, 2009; Tranel, 2009). A escola no-
sociais e comportamentais em nomotéti- motética mais radical, entretanto, é aquela
cas e idiográficas. No enfoque nomotético derivada do trabalho de Halstead e Reitan
em neuropsicologia, o desempenho dos (Reitan e Wolfson, 2009). A partir dos anos
pacientes individuais em diversos testes 1930, Halstead, Reitan e seus colaborado-
neuropsicológicos é comparado a um refe- res iniciaram um trabalho minucioso de
rencial normativo populacional. Esta pers- desenvolver testes psicológicos que dis-
pectiva é também chamada de nomotéti- tinguissem amostras de indivíduos com
co-nomológica, uma vez que sua validade lesão cerebral de grupos de controles. O
depende de uma ampla rede de suposi- trabalho se iniciou através da observação
ções teórico-metodológicas que susten- informal do comportamento de pacientes
tam o processo inferencial do comporta- com lesões cerebrais nos mais diversos ti-
mento observado aos construtos avaliados pos de situações da vida cotidiana. A partir
(Cronbach e Meehl, 1955). destas observações qualitativas foram en-

_Book_Malloy.indb 31 01.10.09 16:33:41


32 Malloy-Diniz, Fuentes, Mattos, Abreu & cols.

tão desenvolvidas tarefas, as quais foram dificultando também a realização de infe-


analisadas com as melhores técnicas es- rências teoricamente fundamentadas que
tatísticas e psicométricas sucessivamente orientem o processo de reabilitação; 2) As
disponíveis. Deste trabalho originaram-se peculiaridades do processo diagnóstico
diversas baterias de testes neuropsicológi- neuropsicológico, discutidas mais adian-
cos para as mais diversas situações clínicas te neste capítulo, inviabilizam a adoção
(vide revisão em Reitan e Wolfson, 2009). de uma abordagem puramente psicomé-
trica; 3) De uma perspectiva puramente
A ênfase do trabalho de Halstead-Reitan quantitativista deriva o risco de transfor-
recaiu sobre uma forma de validade de mar a avaliação neuropsicológica em um
critério, a acurácia, sendo a validade de processo estéril e mecânico, tipo “receita
construto relativamente negligenciada. de bolo”, principalmente quando os testes
A acurácia diz respeito à habilidade que são aplicados por psicometristas – como
o teste apresenta para discriminar entre ainda ocorre em muitas clínicas nos EUA
amostras de indivíduos que apresentam –, quando é adotada uma bateria fixa de
ou não apresentam uma dada condição testes e quando são negligenciados os as-
(tomada como critério ou “padrão-ouro”). pectos qualitativos do desempenho do pa-
Enquanto grande número de testes neu- ciente, não sendo usada uma abordagem
ropsicológicos apresenta taxas de classi- de teste de hipóteses ao diagnóstico.
ficação correta da ordem de 70% (Ferrei-
ra, Lima, Lana-Peixoto e Haase, 2008), os Segundo Crawford (2004) alguns dos prin-
indicadores de acurácia para a Bateria de cipais fatores que limitam a aplicação da
Halstead-Reitan são maiores do que 90%, abordagem nomotética em neuropsicolo-
aproximando-se do nível de desempenho gia são: 1) o número considerável de fun-
dos testes laboratoriais biomédicos. As evi- ções a serem avaliadas, que é da ordem de
dências disponíveis indicam que os testes uma dúzia, podendo haver interferências
de Halstead-Reitan conseguem discriminar entre as diversas tarefas; 2) o risco de co-
confiavelmente não apenas a presença ou meter erros inferenciais de tipo falso po-
ausência de comprometimento, mas a sua sitivo na realização de comparações entre
localização hemisférica direita/esquerda, os resultados de múltiplos testes; 3) a in-
anterior/posterior, cortical/subcortical, disponibilidade de normas confiáveis ou
bem como distinguir o curso progressi- a inexistência de um tamanho amostral
vo/não-progressivo da doença, podendo, mínimo de indivíduos no grupo normati-
eventualmente, identificar a etiologia ou vo cujas características sociodemográficas
a entidade nosológica subjacente (Reitan sejam comparáveis às do paciente inves-
e Wolfson, 2009). tigado; 4) o simples desconhecimento de
muitas correlações anátomo-clínicas no
Alguns problemas são, entretanto, ineren- cérebro, sendo a descoberta destas no-
tes a uma abordagem puramente nomoté- vas correlações estrutura-função uma das
tica (McKenna e Warrington, 2009), mere- questões mais importantes na pesquisa
cendo destaque: 1) A negligência relativa neuropsicológica.
da validade de construto evidencia-se na
natureza extremamente complexa de mui- As limitações eventualmente associadas
tas tarefas, fazendo com que sua interpre- ao modelo nomotético-nomológico não
tação teórica, em termos de processamen- diminuem sua importância. Ao contrário,
to de informação, seja obscura e indireta, ninguém discute a importância de funda-

_Book_Malloy.indb 32 01.10.09 16:33:41


Avaliação Neuropsicológica 33

mentar, sempre que possível, a avaliação funcional é interpretado em termos de um


neuropsicológica em instrumentos váli- modelo de processamento de informação.
dos, confiáveis, padronizados e normatiza- O modelo cognitivo serve para gerar hipó-
dos. O referencial nomotético-nomológico teses, as quais são subsequentemente tes-
foi, inclusive, adotado pelo Conselho Fe- tadas por novas tarefas. Muitas das tarefas
deral de Psicologia, através da Resolução empregadas precisam ser construídas ad
02/2003, que inaugurou a regulamentação hoc, uma vez que nem todas as correla-
do uso, elaboração e comercialização de ções estrutura-função são conhecidas e
testes psicológicos (Conselho Federal de apenas para uma minoria delas estão dis-
Psicologia, 2003). poníveis testes normatizados. Finalmente,
os resultados do modelo cognitivo vali-
Mas é importante não ignorar a perspec- dado são correlacionados com os dados
tiva idiográfica à avaliação neuropsicoló- anatômicos de exames de neuroimagem
gica, a qual pode e precisa ser utilizada de ou descritos previamente na literatura. A
forma complementar ao enfoque nomoté- validade do processo é garantida através
tico-nomológico. A perspectiva idiográfica do planejamento quase-experimental da
à avaliação psicológica foi desenvolvida investigação, da comparação do desempe-
inicialmente na terapia comportamental, nho do paciente com o de controles pare-
a partir de uma perspectiva experimental ados sociodemograficamente, bem como
(Kazdin, 1996). O comportamento de um pela comparação dos perfis de desempe-
cliente é observado, sendo registrada a nho entre diversos pacientes.
frequência de um comportamento proble-
mático. A seguir são levantadas hipóteses Os modelos de processamento de infor-
quanto às funções do comportamento mação constituem o elo intermediário que
problemático no contexto individual, a permite fazer a conexão entre a perturba-
partir de modelos de reforçamento clás- ção funcional, caracterizada no nível do
sico e operante. Posteriormente, são en- comportamento do paciente, e a estrutura
tão realizadas diferentes intervenções, as do cérebro-mente (Haase et al., 2008). Ao
quais variam sistematicamente de forma refinarem o nível psicológico de descrição
quase-experimental, sendo os resultados funcional, possibilitando caracterizações
analisados comparativamente ao com- formais e quantitativas dos sintomas,
portamento do indivíduo nas diversas si- os modelos cognitivos permitem que as
tuações criadas. Os terapeutas comporta- correlações estrutura-função sejam esta-
mentais privilegiam a inspeção visual de belecidas de forma mais precisa e válida
gráficos de frequência nas suas análises (Shallice, 1988). A utilização de modelos
(Kazdin, 1996). de processamento de informação imprime
também um caráter de teste de hipóteses
A perspectiva idiográfica foi também ado- ao processo diagnóstico em neuropsicolo-
tada a partir da década de 1960 na neuro- gia.
psicologia cognitiva (Shallice, 1988). O
diagnóstico cognitivo-neuropsicológico Os objetivos da neuropsicologia cognitiva
serve-se dos dados de história clínica, ob- são duplos (Shallice, 1988). Por um lado há
servações do comportamento e resultados o interesse teórico em utilizar evidências
de testes neuropsicológicos para definir o de pacientes no processo de modelização
perfil de funções comprometidas e preser- das funções mentais em termos de proces-
vadas. A seguir, o padrão de dissociação samento de informação. Em segundo lu-

_Book_Malloy.indb 33 01.10.09 16:33:41


34 Malloy-Diniz, Fuentes, Mattos, Abreu & cols.

gar, o objetivo prático é derivar um perfil Ao serem comparadas medidas de ten-


das funções comprometidas e intactas, o dência central em estudos de grupos de
qual oriente o processo reabilitador em pacientes, a variabilidade interindividual
termos de estratégias de restituição fun- é obscurecida e dissociações teoricamen-
cional ou compensação. te relevantes podem ser ignoradas (Cara-
mazza, 1984). Em função da capacidade
Um exemplo da relevância teórica da de evidenciar duplas dissociações, os es-
neuropsicologia cognitiva é representado tudos quase-experimentais de caso são
pela síndrome da memória verbal de curto então considerados de especial relevância
prazo descrita por Warrington e Shallice em neuropsicologia cognitiva. Apesar da
(1969). Já era conhecido que pacientes com sua flexibilidade e do potencial teórico na
lesões bilaterais do lobo temporal medial geração de hipóteses, a abordagem idio-
apresentam déficits na memória episódi- gráfica à avaliação neuropsicológica se
ca (amnésia) com preservação relativa da caracteriza também por limitações. Uma
memória de curto prazo. No caso descrito primeira limitação é prática. Os estudos
por Warrington e Shallice a paciente apre- cognitivo-neuropsicológicos de caso im-
sentava comprometimento da memória de põem demandas em termos de perícia,
curto prazo verbal e preservação da apren- planejamento e recursos que podem invia-
dizagem relacionada à memória episódica bilizá-los fora do contexto acadêmico.
de longo prazo.
Outras dificuldades são de natureza teó-
O perfil complementar de funções defi- rica. A análise de casos cada vez mais pu-
citárias e preservadas apresentado pela ros, ou seja, com déficits extremamente
paciente de Warrington e Shallice e pe- específicos, pode resultar numa infinidade
los casos de amnésia após lesão bilateral de duplas-dissociações, potencialmente
do lobo temporal medial constitui um associadas com múltiplos aspectos do pro-
exemplo de dupla-dissociação, ou seja, do cessamento cujo significado neurofuncio-
padrão-ouro de evidências em neuropsi- nal pode não ser claro. O risco incorrido é
cologia cognitiva. É dito que ocorre uma o da multiplicação de módulos, por falta
dupla-dissociação sempre que: 1) um indi- de um critério de parada. Os métodos da
víduo com a lesão A apresenta a função neurociência cognitiva podem ajudar a
A’ comprometida e a função B’ preservada, resolver o problema da multiplicação dos
enquanto 2) um indivíduo com a lesão B módulos. O critério de validação para os
apresenta a função B’ comprometida e a diferentes componentes do processamen-
função A’ preservada. As duplas-dissocia- to de informação e de suas correlações
ções são interpretadas em neuropsicolo- funcionais passa ser a convergência mul-
gia cognitiva como evidências para uma timetodológica entre neuropsicologia, re-
organização modular do cérebro. Ou seja, des neurais, psicofarmacologia, neuroima-
se diferentes aspectos do processamen- gem funcional e estimulação magnética
to de informação podem ser clinicamen- transcraniana (Humphreys e Price, 2001).
te segregáveis em pacientes com perfis
neuropatológicos distintos, isto pode ser A principal dificuldade, entretanto, é de
interpretado como evidência para o en- natureza psicométrica e se refere aos cri-
volvimento de diferentes redes neurais na térios estatísticos de validação das du-
implementação de processos psicológicos plas dissociações. Como estabelecer que
distintos. uma dupla dissociação não é fortuita e

_Book_Malloy.indb 34 01.10.09 16:33:41


Avaliação Neuropsicológica 35

se reveste de significado teórico? Shallice Uma solução igualmente eficiente, porém


(1988) propôs que as duplas dissociações mais versátil, foi proposta por Crawford e
fossem categorizadas em clássicas, fortes Howell (1998), a partir de uma fórmula que
e fracas. Uma dupla-dissociação é clássica permite calcular um teste t para amostras
quando, por exemplo, o paciente A apre- independentes, na qual o escore individual
senta um desempenho abaixo do ponto é tratado como se fosse uma amostra de
de corte para normalidade no teste A’, tamanho n⫽1, a qual não contribui para a
sendo seu desempenho normal no teste estimativa da variância intragrupo. O mé-
B’; ao mesmo tempo em que o paciente B todo foi generalizado para comparações
tem desempenho normal em A’ e abaixo intraindividuais dos escores em dois testes
do ponto de corte em B’. A dupla disso- distintos (Crawford, Howell e Garthwaite,
ciação forte caracteriza a situação na qual 1998). Estudos com simulações de Monte
o desempenho em um ou dois testes de Carlo mostram que o método é confiável
melhor rendimento não chega a ser nor- para comparações entre o desempenho de
mal, mas as diferenças entre os melhores um paciente e uma pequena amostra de
e os piores desempenhos são de magnitu- controle a partir de 5-10 indivíduos (Cra-
de estatisticamente elevada. Nas duplas wford, 2009). A abordagem foi posterior-
dissociações fracas o desempenho em um mente desenvolvida, incluindo procedi-
ou dois testes de melhor rendimento não mentos para homogeneizar as escalas de
é normal e as diferenças entre os melhores diferentes teses de modo a permitir com-
e os piores desempenho não são estatisti- parações, controlar estatisticamente a pro-
camente significativas. babilidade de erros de tipo falso positivo,
estabelecer intervalos de confiança para
Os critérios de Shallice para a validade as diferenças observadas entre os escores,
estatística das duplas dissociações coloca- bem como estimativas da frequência po-
ram na ordem do dia o desenvolvimento pulacional (ou anormalidade) das mesmas
de procedimentos estatísticos para a aná- (Crawford, 2004).
lise de estudos de caso. Willmes (1998)
propôs que as respostas dos pacientes aos Através de uma homepage de acesso li-
itens individuais poderiam ser considera- vre, Crawford (2009) disponibilizou supor-
das como observações independentes em te teórico e programas de computador de
uma amostra, sendo as diferenças analisa- fácil execução que permitem ao neuro-
das por meio de testes não-paramétricos psicólogo realizar comparações entre os
para respostas dicotômicas. O teste exa- resultados do seu cliente e uma pequena
to de Fisher é usado para a comparação amostra de comparação, bem como evi-
entre dois pacientes em um mesmo teste denciar estatisticamente dissociações de
e o teste de McNemmar é usado para a desempenho entre dois testes. O maior
comparação dos escores do mesmo pa- esforço exigido é a aplicação dos mesmos
ciente em dois testes diferentes. O méto- testes a um grupo de 5-10 indivíduos com-
do funciona, originando resultados teori- paráveis, cujo desempenho servirá de re-
camente significativos, mas é trabalhoso, ferencial. A flexibilidade e exequibilidade
exigindo a construção de duas tarefas es- dos procedimentos de análise propostos
pecíficas, com o mesmo número de itens por Crawford fazem com que o uso dos
e um número suficiente de itens para ga- mesmos esteja se generalizando (Temple
rantir o poder estatístico (Deloche e Will- e Sanfilippo, 2003, Tressoldi, Rosati e Lu-
mes, 2000). cangeli, 2007).

_Book_Malloy.indb 35 01.10.09 16:33:41


36 Malloy-Diniz, Fuentes, Mattos, Abreu & cols.

A análise dos benefícios e custos associa- Caramazza, A. (1984). The logic of


dos a cada abordagem psicométrica em neuropsychological research and the
problem of patient classification in aphasia.
neuropsicologia sugere que uma abor-
Brain & Language, 21, 9-20.
dagem integrativa tal como proposta por
Conselho Federal de Psicologia. (2003).
Warrington seja a mais recomendável Resolução CFP N.º 002/2003. Define e
(McKenna e Warrington, 2009). Ao longo regulamenta o uso, a elaboração e a
de mais de 50 anos de carreira e 199 pu- comercialização de testes psicológicos
blicações listadas na Pubmed (junho de e revoga a Resolução CFP n° 025/2001.
2009), Warrington vem se utilizando de Acessado em 27 jun. 2009, em http://
www.pol.org.br/pol/export/sites/default/
uma estratégia de três passos para a in-
pol/legislacao/legislacaoDocumentos/
vestigação neuropsicológica. A partir da resolucao2003_02.pdf.
investigação de pacientes individuais são Crawford, J.R. (2004). Psychometric
formuladas hipóteses sobre novas corre- foundations of neuropsychological
lações estrutura-função ou modelos teóri- assessment. In L.H. Goldstein & J.E.
cos, as quais são testadas inicialmente em McNeil (Orgs.), Clinical neuropsychology:
estudos quase-experimentais de caso. A A practical guide to assessment and
management for clinicians (pp. 121-140).
seguir são realizados estudos com as mes-
Chichester: Wiley.
mas tarefas em grupos de pacientes. Final- Crawford, J.R. (2009). Single-case methodology
mente, são desenvolvidos e normatizados in neuropsychology. Acessado em 27 jun.
testes conforme o modelo nomotético- 2009, em http://www.abdn.ac.uk/~psy086/
nomológico. dept/SingleCaseMethodology.htm.
Crawford, J.R., & Howell, D.C. (1998).
Outro exemplo bem-sucedido de aplica- Comparing an individual’s test score against
ção de uma abordagem integrativa diz norms derived from small samples. Clinical
Neuropsychologist, 12, 483-486.
respeito ao papel do córtex pré-frontal
Crawford, J.R., & Howell, D.C., & Garthwaite,
ventromedial na tomada de decisão e sua P.H. (1998). Payne and Jones’ revisited:
operacionalização através da Iowa Gam- Estimating the abnormality of test scores
bling Task (IGT). Observações iniciais de differences using a modfied paired samples
pacientes individuais contribuíram para t test. Journal of Clinical and Experimental
formular a hipótese de que o córtex pré- Neuropsychology, 20, 898-905.
frontal ventromedial desempenhasse um Cronbach, L., & Meehl, P. (1955). Construct
validity in psychological tests. Psychological
papel na representação do valor reforçató-
Bulletin, 52, 281-302
rio dos comportamentos, a qual foi inves-
Deloche, G., & Willmes, K. (2000). Cognitive
tigada experimentalmente através da IGT, neuropsychological models of adult
permitindo, posteriormente, a validação e calculation and number processing: The
a normatização de instrumentos psicomé- role of the surface format of numbers.
tricos (Bechara e Bar-On, 2006). European Child & Adolescent Psychiatry, 9,
II27-II40. (Suppl. 2)
REFERÊNCIAS Ferreira, F.O., Lima. E. de P., Lana-Peixoto,
M.A., & Haase, V.G. (2008). O uso de testes
Bechara, A., & Bar-On, R. (2006). Neurological neuropsicológicos na esclerose múltipla
substrates of emotional and social e epilepsia do lobo temporal: Relevância
intelligence: Evidence from patients with da estimativa de magnitude do efeito.
focal brain injury. In J.T. Cacioppo, P.S. Visser, Interamerican Journal of Psychology, 42,
& C.L. Pichett (Orgs.), Social neuroscience: 1-16.
People thinking about thinking people (pp.
Haase, V.G., Pinheiro-Chagas, P., Gonzaga,
13-40). Cambridge: MIT Press.
D.M., da Mata, F.G., Silva, J.B.L, Géo, L.A., et

_Book_Malloy.indb 36 01.10.09 16:33:41


Avaliação Neuropsicológica 37

al. (2008). Um sistema nervoso conceitual disorders (3rd ed., pp. 3-24). New York:
para o diagnóstico neuropsicológico. Oxford University Press.
Contextos Clínicos, 1(2), 125-138. Shallice, T. (1988). From neuropsychology to
Humphreys, G.W., & Price, C.J. (2001). mental structure. Cambridge: Cambridge
Cognitive neuropsychology and functional University Press.
brain imaging: Implications for functional Temple, C.M., & Sanfilippo, P.M. (2003).
and anatomical models of cognition. Acta Executive skills in Klinefelter’s syndrome.
Psychologica, 107, 119-153. Neuropsychologia, 41(11), 1547-1559.
Kazdin, A.E. (1996). Metodi di ricerca in Tranel, D. (2009). The Iowa-Benton school of
psicologia clinica. Bologna: Il Mulino. neuropsychological assesment. In I. Grant
McKenna, P., & Warrington, K. (2009). The & K.M. Adams (Eds.), Neuropsychological
analytical approach to neuropsychological assessment of neuropsychiatric and
assessment. In I. Grant & K.M. Adams neuromedical disorders (3rd ed., pp. 66-83).
(Eds.), Neuropsychological assessment New York: Oxford University Press.
of neuropsychiatric and neuromedical Tressoldi, P.E., Rosati, M., & Lucangeli,
disorders (3rd ed., pp. 25-41). New York: D. (2007). Patterns of developmental
Oxford University Press. dyscalculia with or without dyslexica.
Milberg, W.P., Hebben, H., & Kaplan, E. Neurocase, 13, 217-225.
(2009). The Boston Process Approach to Warrington, E.K., & Shallice, T. (1969). The
neuropshychological assessment. In I. Grant selective impairment of auditory verbal
& K.M. Adams (Eds.), Neuropsychological short-term memory. Brain, 92, 885-896.
assessment of neuropsychiatric and Willmes, K. (1998). Methodological and
neuromedical disorders (3rd ed., pp. 42-65). statisical considerations in cognitive
New York: Oxford University Press. linguistics. In B. Stemmer & H.A. Whitaker
Reitan, R.M., & Wolfson, D. (2009). The (Orgs.), Handbook of neurolinguistics (pp.
Halstead-Reitan Neuropsychological 67-70). San Diego: Academic.
Test Battery for Adults: Theoretical, Windelband, W. (1901). A history of philosophy
methodological, and validational with special reference to the formation
bases. In I. Grant & K.M. Adams (Eds.), and development of its problems and
Neuropsychological assessment of conceptions. New York: Macmillan.
neuropsychiatric and neuromedical

_Book_Malloy.indb
View publication stats 37 01.10.09 16:33:41

Você também pode gostar