Você está na página 1de 56

AULA 9 -

Dimensionamento
Pavimentos Asfálticos:
Método Empírico
PTR 3322 - Pavimentação Rodoviária
Profa. Kamilla Vasconcelos
Profa. Liedi Bernucci

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE
TRANSPORTES Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY
INTRODUÇÃO
PROJETO
LOCAL MATERIAIS CONSTRUÇÃO MANUTENÇÃO
PAVIMENTO

Prof. Kamilla Vasconcelos 2


QUAL O OBJETIVO DO DIMENSIONAMENTO?
✓ Determinar as camadas (reforço de subleito, sub-base, base e revestimento), de forma a resistir,
transmitir e distribuir as pressões do tráfego, sem sofrer rupturas, deformações ou desgastes
excessivos.
✓ Determinar espessuras de camadas e os tipos de materiais de modo a conceber uma estrutura
capaz de suportar um volume de tráfego pré-estabelecido, nas condições climáticas locais.
✓ Limitar as tensões e deformações na estrutura do pavimento, por meio da combinação de materiais
e espessuras das camadas constituintes.

Prof. Kamilla Vasconcelos 3


QUAL O OBJETIVO DO DIMENSIONAMENTO?

Problema de alto grau de dificuldade


para dimensionamento de pavimentos
devido a grande quantidade de
variáveis de natureza diversas

Pavimento Ruptura prematura Maior custo de


Subdimensionado conservação

Pavimento Maior custo inicial


Desperdício
Superdimensionado
Prof. Kamilla Vasconcelos 4
QUAL O OBJETIVO DO DIMENSIONAMENTO?
Calcular e/ou verificar espessuras e compatibilizar os materiais de forma que a vida útil
corresponda a um certo número projetado de repetições de carga

A vida útil de um pavimento é o período após o qual este atinge um grau inaceitável de
deterioração, quer sob o aspecto estrutural, quer sob o aspecto funcional

Prática Atual Estado da Arte

Mecanístico-
Empírico Mecanístico
Empírico

Estado da Prática Prof. Kamilla Vasconcelos 5


AASHO ROAD TEST
Final da década de 50

Prof. Kamilla Vasconcelos 6


AASHO ROAD TEST
Em 2005

Prof. Kamilla Vasconcelos 7


AASHO ROAD TEST
Exemplo de um das pistas da AASHO – Loop 5

Prof. Kamilla Vasconcelos 8


AASHO ROAD TEST
Dados de entrada e fatores intervenientes

(FHWA)
Prof. Kamilla Vasconcelos 9
AASHO ROAD TEST
Material - SUBLEITO

Average CBR = 2.9%


CBR Range = 1.9 - 3.5%
Average Saturation = 85%
Average Compaction = 98.5%
Average Water Content = 13.8%

Prof. Kamilla Vasconcelos 10


AASHO ROAD TEST - CLIMA

Average Mean Temperature (July) 24.5oC (76oF)

Average Mean Temperature (January) -2.8oC (27oF)


837 mm
Annual Average Rainfall
(34 inches)
Average Depth of Frost 711 mm
(for fine-grained soil) (28 inches)
Prof. Kamilla Vasconcelos 11
AASHO ROAD TEST - TRÁFEGO
Exemplos de veículos utilizados para teste nas pistas da AASHO

A avaliação estrutural e funcional de serventia era feita logo após a construção e periodicamente
após um certo número de solicitações do tráfego de teste. Avaliavam-se as alterações do estado de
superfície e suas consequências na percepção do conforto ao rolamento dos usuários.

Prof. Kamilla Vasconcelos 12


AVALIAÇÃO FUNCIONAL - SERVENTIA
Serventia: a capacidade de servir ao usuário quanto ao conforto ao rolamento decai
com o tempo e/ou tráfego

Serventia
5

2 ou 2,5 Limite de aceitação


1 Limite de trafegabilidade

Tráfego e/ou tempo

Prof. Kamilla Vasconcelos 13


AVALIAÇÃO FUNCIONAL – EQUIPAMENTOS
IRREGULARIDADE
O primeiro equipamento para a avaliação da irregularidade usado na pista da
AASHO levou seu nome: AASHO Road Test Perfilometer.

Apud Carey, Huckins e Leathers, 1962

Prof. Kamilla Vasconcelos 14


AVALIAÇÃO FUNCIONAL – EQUIPAMENTOS
IRREGULARIDADE
Exemplos dos registros do Perfilômetro da AASHO:

Pavimento com alta irregularidade

Pavimento com baixa irregularidade

Apud Carey, Huckins e Leathers, 1962

Prof. Kamilla Vasconcelos 15


AASHO ROAD TEST – AVALIAÇÃO DE DEFEITOS

Avaliação de Defeitos e Registros


(Performance)
Prof. Kamilla Vasconcelos 16
AVALIAÇÃO ESTRUTURAL - EQUIPAMENTOS
Exemplos dos registros

Medida de Deflexão com a Viga de Benkelman

Prof. Kamilla Vasconcelos 17


DIMENSIONAMENTO EMPÍRICO
Dimensionamento de Estruturas de Pavimentos – Guia de 1962

Capacidade estrutural e Efeito climático

SN = f (Tráfego, CBR e PSI)

Structural Number Serventia - Funcional

Prof. Kamilla Vasconcelos 18


DIMENSIONAMENTO EMPÍRICO
Dimensionamento de Estruturas de Pavimentos – Guia de 1962

SN = f (Tráfego, CBR e PSI)

Prof. Kamilla Vasconcelos 19


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)

Prof. Kamilla Vasconcelos 27


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
• Baseado no PRINCÍPIO DE PROTEÇÃO DO SUBLEITO À RUPTURA POR CISALHAMENTO OU
AFUNDAMENTO EXPRESSIVO (final da década de 20 na Califórnia – era o principal problema
dos pavimentos asfálticos)

Carga P

Espessura H2
σ2

Subleito

H2 > H1, e σ2 <<< σ1

Portanto, Espessura Total em função da Capacidade


de Suporte do Subleito, dada pelo CBR Prof. Kamilla Vasconcelos 28
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
O método do DNIT é uma adaptação efetuada pelo Eng. Murillo Lopes de Sousa em 1966
do método desenvolvido pelo USACE que utiliza algumas conclusões da pista
experimental da AASHO (1958 a 1960).

As seguintes 4 etapas de trabalho fazem parte do dimensionamento de pavimentos


flexíveis de acordo com o referido método.

(1) DEFINIÇÃO DA CAPACIDADE DE SUPORTE DO SUBLEITO (aula anterior)


(2) DEFINIÇÃO DOS MATERIAIS (aulas anteriores)
(3) DETERMINAÇÃO DO TRÁFEGO (aula anterior)
(4) DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO DA PISTA DE ROLAMENTO E ACOSTAMENTOS

Prof. Kamilla Vasconcelos 29


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
4) DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO DA PISTA DE ROLAMENTO E ACOSTAMENTOS

Aos materiais constitutivos do pavimento são designados coeficientes de equivalência


estrutural, K, tendo como base o valor 1,0 para base granular.
- Materiais com maior rigidez (base ou revestimento de concreto betuminoso) são
associados a maiores valores de K (2,0 para CBUQ ou CA).
- Materiais com menor rigidez como sub-base e reforço do subleito podem ser
associados a valores menores do que 1,0 (neste caso 0,77 e 0,71, respectivamente).

Prof. Kamilla Vasconcelos 30


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
4) DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO DA PISTA DE ROLAMENTO E ACOSTAMENTOS

COEFICIENTE DE EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL

QUE COEFICIENTE UTILIZAR


QUANDO O MATERIAL NÃO
CONSTA NA TABELA?

Prof. Kamilla Vasconcelos 31


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
Existem dimensões mínimas para o revestimento betuminoso R (considerando K = 2,00)
em função do número N de operações:

Prof. Kamilla Vasconcelos 32


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
Espessura total de pavimento é dada em função do
N e da capacidade de suporte (CBR ou IS = Índice de
Suporte dado como a média do ISCBR = CBR e o ISIG
que é tabelado de acordo com o IG, notando que IS
≤ ISCBR), em termos de base granular (K = 1,00).

Entra-se com o valor de N na abscissa e traçasse


uma reta vertical até atingir o valor de suporte em
causa.
Ordenada correspondente é a espessura do
pavimento necessária para proteger um material
com o CBR utilizado.

A hipótese é de drenagem adequada e lençol


subterrâneo rebaixado em relação ao greide.

Prof. Kamilla Vasconcelos 33


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)

Prof. Kamilla Vasconcelos 34


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
Determina-se de acordo com o ábaco anteriormente apresentado as espessuras Hm, Hn, e
H20.
R é determinada de acordo com as especificações de espessura mínima para o
revestimento. As espessuras B, hn, e h20 são obtidas pela resolução das seguintes
inequações:

Prof. Kamilla Vasconcelos 35


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
Requisitos dos materiais e serem selecionados para as camadas de pavimento
Materiais constituintes do subleito
Expansão ≤ 2%
CBR ≥ 2%

Materiais usados para reforço do subleito


CBR necessariamente maior que o do subleito
Expansão ≤ 2%

Materiais usados para sub-base


CBR ≥ 20%
Índice de grupo = 0
Expansão ≤ 1%

Materiais usados para base


CBR ≥ 80%
Expansão ≤ 0,5% Limite de liquidez ≤ 25
Índice de plasticidade ≤ 6

Prof. Kamilla Vasconcelos 36


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
EXEMPLO
Dados: Tráfego: N = 106;
Subleito: CBR = 3%; Quais materiais? Qual
o valor dos
Reforço do subleito: CBR = 10%; coeficientes
estruturais?
Subbase: CBR = 20%;
Base: CBR = 60%.
Dimensionar o pavimento considerando um revestimento betuminoso por
penetração.

Prof. Kamilla Vasconcelos 37


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
Existem dimensões mínimas para o revestimento betuminoso R (considerando K = 2,00)
em função do número N de operações:

Prof. Kamilla Vasconcelos 38


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO

Dados:
25
Tráfego: N = 106;
Subleito: CBR = 3%;
Ref. do subleito: CBR = 10%;
Subbase: CBR = 20%;
Base: CBR = 60%.

Sub-base (CBR = 20)


H20 = 25 cm

Prof. Kamilla Vasconcelos 39


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO

Dados:
Tráfego: N = 106;
41
Subleito: CBR = 3%;
Ref. do subleito: CBR = 10%;
Subbase: CBR = 20%;
Base: CBR = 60%.

Sub-base (CBR = 20)


H20 = 25 cm
Reforço (CBR = 10)
H10 = 41 cm

Prof. Kamilla Vasconcelos 40


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO

Dados:
Tráfego: N = 106;
Subleito: CBR = 3%;
Ref. do subleito: CBR = 10%;
Subbase: CBR = 20%;
Base: CBR = 60%. 75

Sub-base (CBR = 20)


H20 = 25 cm
Reforço (CBR = 10)
H10 = 41 cm
Subleito (CBR = 3)
H3 = 75 cm
Prof. Kamilla Vasconcelos 41
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)

betuminoso por penetração ?

CBR = 60% ?

CBR = 20% ?

CBR = 10% ?

CBR = 3% ?

Prof. Kamilla Vasconcelos 42


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO

Para proteger subbase (CBR = 20) precisa-se de: H20 = 25 cm (direto do gráfico)
Para proteger reforço (CBR = 10) precisa-se de: H10 = 41 cm (direto do gráfico)
Para proteger subleito (CBR = 3) precisa-se de: H3 = 75 cm (direto do gráfico)

Base:
Revestimento betuminoso por penetração (K = 1,2); camadas granulares (K = 1,0).
R × KR + B × KB ≥ H20

Prof. Kamilla Vasconcelos 43


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO

Para proteger subbase (CBR = 20) precisa-se de: H20 = 25 cm (direto do gráfico)
Para proteger reforço (CBR = 10) precisa-se de: H10 = 41 cm (direto do gráfico)
Para proteger subleito (CBR = 3) precisa-se de: H3 = 75 cm (direto do gráfico)

Base:
Revestimento betuminoso por penetração (K = 1,2); camadas granulares (K = 1,0).
R × KR + B × KB ≥ H20
2,5

TABELA DA ESPESSURA MÍNIMA DE R


Prof. Kamilla Vasconcelos 44
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO

Para proteger subbase (CBR = 20) precisa-se de: H20 = 25 cm (direto do gráfico)
Para proteger reforço (CBR = 10) precisa-se de: H10 = 41 cm (direto do gráfico)
Para proteger subleito (CBR = 3) precisa-se de: H3 = 75 cm (direto do gráfico)

Base:
Revestimento betuminoso por penetração (K = 1,2); camadas granulares (K = 1,0).
R × KR + B × KB ≥ H20
2,5 × 1,2 +

TABELA DO COEFICIENTE DE
EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL

Prof. Kamilla Vasconcelos 45


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO

Para proteger subbase (CBR = 20) precisa-se de: H20 = 25 cm (direto do gráfico)
Para proteger reforço (CBR = 10) precisa-se de: H10 = 41 cm (direto do gráfico)
Para proteger subleito (CBR = 3) precisa-se de: H3 = 75 cm (direto do gráfico)

Base:
Revestimento betuminoso por penetração (K = 1,2); camadas granulares (K = 1,0).
R × KR + B × KB ≥ H20
2,5 × 1,2 + B × 1,0 ≥

TABELA DO COEFICIENTE DE
EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL

Prof. Kamilla Vasconcelos 46


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO

Para proteger subbase (CBR = 20) precisa-se de: H20 = 25 cm (direto do gráfico)
Para proteger reforço (CBR = 10) precisa-se de: H10 = 41 cm (direto do gráfico)
Para proteger subleito (CBR = 3) precisa-se de: H3 = 75 cm (direto do gráfico)

Base:
Revestimento betuminoso por penetração (K = 1,2); camadas granulares (K = 1,0).
R × KR + B × KB ≥ H20
2,5 × 1,2 + B × 1,0 ≥ 25 cm

ÁBACO DE DIMENSIONAMENTO
(OU EQUAÇÃO)

Prof. Kamilla Vasconcelos 47


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO

Para proteger subbase (CBR = 20) precisa-se de: H20 = 25 cm (direto do gráfico)
Para proteger reforço (CBR = 10) precisa-se de: H10 = 41 cm (direto do gráfico)
Para proteger subleito (CBR = 3) precisa-se de: H3 = 75 cm (direto do gráfico)

Base:
Revestimento betuminoso por penetração (K = 1,2); camadas granulares (K = 1,0).
R × KR + B × KB ≥ H20
2,5 × 1,2 + B × 1,0 ≥ 25 cm ∴ B ≥ 25 - 3 = 22 cm
USAR SEMPRE NA UNIDADE
(EM TERMOS CONTRUTIVOS
NÃO HÁ PRECISÃO NA CASA
DECIMAL)

Prof. Kamilla Vasconcelos 48


DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO
Para proteger subbase (CBR = 20) precisa-se de: H20 = 25 cm (direto do gráfico)
Para proteger reforço (CBR = 10) precisa-se de: H10 = 41 cm (direto do gráfico)
Para proteger subleito (CBR = 3) precisa-se de: H3 = 75 cm (direto do gráfico)

Base:
Revestimento betuminoso por penetração (K = 1,2); camadas granulares (K = 1,0).
R × KR + B × KB ≥ H20
2,5 × 1,2 + B × 1,0 ≥ 25 cm ∴ B ≥ 25 - 3 = 22 cm

Sub-base:
R × KR + B × KB + h20 × KS ≥ Hn
2,5 × 1,2 + 22 × 1,0 + h20 × 1,0 ≥ 41 cm ∴ h20 ≥ 41 - 25 = 16 cm

Reforço do Subleito:
R × KR + B × KB + h20 × KS + hn × KRef ≥ Hm
2,5 × 1,2 + 22 × 1,0 + 16 × 1,0 + h10 × 1,0 ≥ 75 cm ∴ h10 ≥ 75 - 41 = 34 cm Prof. Kamilla Vasconcelos 49
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO
Para proteger subbase (CBR = 20) precisa-se de: H20 = 25 cm (direto do gráfico)
Para proteger reforço (CBR = 10) precisa-se de: H10 = 41 cm (direto do gráfico)
Para proteger subleito (CBR = 3) precisa-se de: H3 = 75 cm (direto do gráfico)

Base:
Revestimento betuminoso por penetração (K = 1,2); camadas granulares (K = 1,0).
R × KR + B × KB ≥ H20
2,5 × 1,2 + B × 1,0 ≥ 25 cm ∴ B ≥ 25 - 3 = 22 cm

Sub-base:
R × KR + B × KB + h20 × KS ≥ Hn
2,5 × 1,2 + 22 × 1,0 + h20 × 1,0 ≥ 41 cm ∴ h20 ≥ 41 - 25 = 16 cm

Reforço do Subleito:
R × KR + B × KB + h20 × KS + hn × KRef ≥ Hm
2,5 × 1,2 + 22 × 1,0 + 16 × 1,0 + h10 × 1,0 ≥ 75 cm ∴ h10 ≥ 75 - 41 = 34 cm Prof. Kamilla Vasconcelos 50
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)

betuminoso por penetração 2,5cm

CBR = 60% 22cm

CBR = 20% 16cm

CBR = 10% 34cm

CBR = 3% ꝏ

51
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)

EXERCÍCIO EM
GRUPO

52
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
EXERCÍCIO
I. Fixação de Conceitos:

1) Se você tivesse que conceber um método de dimensionamento, como


procederia?
2) O que é um método de dimensionamento de pavimentos empírico (baseado em
experiências, dados experimentais, medidas laboratoriais ou de campo)?
3) Seria possível estabelecer um método de dimensionamento de pavimentos
teórico-empírico (mecanicista-empírico, denominado por alguns pesquisadores
de mecanístico-empírico)?

53
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
EXERCÍCIO
II. Aplicação de Conceitos

4) Dimensione uma estrutura de pavimento flexível pelo método do DNER-66 (revisto em 1981),
para um tráfego de 2 × 107 repetições de carga do eixo padrão para um período de projeto de 15
anos. O CBR de projeto do subleito (calculado a partir de vários dados de CBR determinado com os
materiais coletados na pista) é de 4% e expansão de 1,2%. Para valores de CBR de projeto inferior a
2%, ou para expansão superior a 2%, são feitas substituições de solo.

54
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
EXERCÍCIO
II. Aplicação de Conceitos

Tem-se para fazer os pavimentos os seguintes materiais e facilidades:

• Usina de asfalto para CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente – Concreto Asfáltico) e PMQ
(Pré-misturado a Quente);
• Equipamentos para tratamento superficial;
• Usina de brita graduada simples com material “A” com CBR 90% e material “B” com CBR de 64%
(ensaios realizados na energia modificada);
• Jazida de cascalho natural com CBR de 28% na energia intermediária;
• Jazida de solo laterítico argiloso tipo LG’ (na classificação de solos tropicais desenvolvida por
Nogami e Villibor em 1981), com CBR de 10% na energia intermediária.

55
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
EXERCÍCIO
II. Aplicação de Conceitos

Algumas regras:

• Para N ≥ 106 repetições de carga do eixo padrão, o material de base deve apresentar CBR ≥ 80%,
para N < 106 o material de base deve apresentar CBR ≥ 60%. A expansão de material de base deve
ser menor ou igual a 0,5%.
• Para a sub-base, obrigatoriamente o material deve apresentar CBR ≥ 20%.
• Para compactar uma camada de solo ou material granular, recomenda-se que a espessura seja de
no mínimo 10 cm e no máximo de 20cm.
• As camadas de revestimento usinado a quente devem ser executadas com um mínimo de 2 cm
(depende das dimensões do material graúdo utilizado) e no máximo de 8 cm.

56
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
Existem dimensões mínimas para o revestimento betuminoso R (considerando K = 2,00)
em função do número N de operações:

57
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)

58
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
EXERCÍCIO

CONCRETO BETUMINOSO ?
CBR ≥ 80%
?
BGS com material “A” (CBR = 90%)
CBR ≥ 20%
?
Cascalho natural (CBR = 28%)

CBR não fala nada


Solo laterítico argiloso tipo LG’ ?
(CBR = 10%)
CBR = 4%
?

59
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)

VALOR MÁXIMO
PARA CÁLCULO:
CBR = 20

60
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
RESOLUÇÃO
Para proteger subbase (CBR = 28 🡪 20) precisa-se de: H20 = 30 cm (direto do gráfico)
Para proteger reforço (CBR = 10) precisa-se de: H10 = 45 cm (direto do gráfico)
Para proteger subleito (CBR = 4) precisa-se de: H4 = 77 cm (direto do gráfico)

Base:
Concreto betuminoso (K = 2,0); camadas granulares (K = 1,0).
R × KR + B × KB ≥ H20
10,0 × 2,0 + B × 1,0 ≥ 30 cm ∴ B ≥ 30 - 20 = 10 cm

Sub-base:
R × KR + B × KB + h20 × KS ≥ Hn
10,0 × 2,0 + 10 × 1,0 + h20 × 1,0 ≥ 45 cm ∴ h20 ≥ 45 - 30 = 15 cm

Reforço do Subleito:
R × KR + B × KB + h20 × KS + hn × KRef ≥ Hm
10,0 × 2,0 + 10 × 1,0 + 15 × 1,0 + h10 × 1,0 ≥ 77 cm ∴ h10 ≥ 77 - 45 = 32 cm

61
DIMENSIONAMENTO – MÉTODO DO CBR (DNIT)
EXERCÍCIO

CONCRETO BETUMINOSO 10cm


CBR ≥ 80%
10cm
BGS com material “A” (CBR = 90%)
CBR ≥ 20%
15cm
Cascalho natural (CBR = 28%)
CBR não fala nada
32cm
Solo laterítico argiloso tipo LG’ (CBR = 10%)

CBR = 4% ꝏ

62
Muito Grata!
PTR 3322 - Pavimentação Rodoviária
Profa. Kamilla Vasconcelos
Profa. Dra. Liedi Bernucci

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE
TRANSPORTES Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY

Você também pode gostar