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 4.3.

Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da chuva e das águas de escorrência:

Abarrancamento – Capadócia (Turquia) Abarrancamento


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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da chuva e das águas de escorrência:

Caos de blocos
Importância da rede de diaclases
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da chuva e das águas de escorrência:

Importância da rede de diaclases


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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da chuva e das águas de escorrência:

Geotécnica - 2016 – UERJ Pedra bolideira

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da chuva e das águas de escorrência:

Penedo Pedunculado

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da chuva e das águas de escorrência:

Formação e evolução das chaminés de fada

Chaminé de fada
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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da chuva e das águas de escorrência:

Chaminé de fada
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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Cursos tributários:
Limite
Sub-afluentes
da bacia
 Os cursos de água
não são agentes Afluentes
isolados, organizam-
se em conjuntos Bacia Fluvial
maiores, definindo
bacias fluviais.
Curso principal

Esquema de uma bacia fluvial


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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Classificação quanto ao regime de água:


 Arreicas (regiões sem rede fluvial – ex. desertos de
areia);

 Endorreicas (a rede fluvial converge para uma zona


interior, lago, e portanto, não são drenadas para o mar);

 Exorreicas (regiões drenadas por bacias fluviais que


desaguam no mar – são as mais comuns).

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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:
Cursos de água:
 Traçados temporários:
 Torrentes.
 Traçados mais ou menos permanentes:
 Córregos;
 Riachos;
 Ribeiros;
 Rios.

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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:
Erosão regressiva

Bacia de recepção

Canal de escoamento

Cone de dejecção

Esquema de uma torrente


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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Cone de dejecção
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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Rios:
 Trecho ou curso superior (predomina a erosão);
 Trecho ou curso médio (predomina o transporte);
 Trecho ou curso inferior (predomina a
sedimentação), depósitos aluviais ou aluviões.

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:
 Erosão regressiva (a ação erosiva no trecho superior, ou cabeceira, faz
com que esta recue constantemente);
 Perfil de equilíbrio (à medida que se regulariza o leito a ação erosiva
diminui, praticamente estabilizando);
 Nível de base (ponto mais baixo em função do qual se dá a regularização
do seu perfil de equilíbrio).
 Nível de base geral (nível médio das águas oceânicas);
 Nível de base local (ponto de confluência de dois cursos de água).

Perfil de equilíbrio relativamente ao nível de base a partir do qual se regularizou


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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Recuo por erosão regressiva do


Abarrancamento recuando as vale mais vigoroso (2) prestes a
cabeceiras dos vales intersectar vale a montante (1)

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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:
Hierarquização da rede:
 Equilíbrio do traçado da rede;
 Clima;
 Geologia da região.

Estes fatores condicionam outros fatores, como seus


dependentes:
 Regime fluvial;
 O tipo e intensidade da cobertura vegetal;
 A densidade e a amplitude de acidentes tectónicos.
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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:
Rios e ribeiras:
 Fase juvenil (predomina a erosão;
perfil longitudinal irregular e declive
acentuado);
 Fase de maturidade (grande
capacidade de transporte; declive menor
e os vales são profundos; perfil
longitudinal mais regularizado);
 Fase senil (vales amplos, de
vertentes muito afastadas e degradadas;
predomina a sedimentação).
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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Rio Mondego
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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Rio Mondego na cidade de Coimbra


Rio Mondego na sua Foz na
cidade da Figueira da Foz
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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:
Leito (espaço que pode ser ocupado pelas suas águas):
 Leito maior, leito ou planície de inundação – todo o
espaço do vale inundável nos períodos de cheia;
 Leito aparente – definido pelo sulco rasgado na planície
de inundação e é onde, habitualmente, circulam as águas e
materiais arrastados;
 Leito menor ou canal de estiagem – corresponde à
estreita faixa, geralmente sinuosa e mutável, que persiste no
interior do leito aparente e representa a menor drenagem do
rio.

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:
Meandros (sinuosidades maiores Meandros profundamente encaixados
ou menores e mais ou menos
profundas existentes em certos
trechos dos rios):
 Meandros encaixados ou de
vale (traçado sinuoso do leito
resulta do mesmo traçado do
vale);
 Meandros divagantes
(instalados nas grandes planícies
aluviais, podendo aí alterar o seu
traçado).
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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Evolução de um meandro

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Braço morto

Fases sucessivas do desenvolvimento e modificação do traçado dos meandros

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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Areia

Silte

Detritos grosseiros (cascalhos) e


finos (argilas)
Tamanho relativo das
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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Prismática
ou
Blocos
Colunar
Subangulares

Lamelar Granular

Diferentes tipos de estrutura de partículas


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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

Modalidades normais de transporte:


 Rolamento para balastros;
 Saltação para areias;
 Suspensão para os elementos mais finos (siltes e
argilas).

 Os materiais sólidos transportados ajudam os


cursos de água na erosão dos respectivos leitos.

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:
Marmitas de gigantes – buracos circulares escavados pelo
redemoinhar dos seixos que ali ficam temporariamente cativos,
exercendo intensa ação abrasiva, sob o efeito da corrente, e onde eles
próprios se arredondam.

Esquema de formação de uma


Geotécnica - 2016 – UERJ marmita

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

A intensidade da erosão pelos detritos transportados


depende de:

 Carga sólida (quantidade de detritos transportados


por unidade de volume do fluido);

 Competência (avaliada pela maior dimensão dos


detritos transportados);

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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

 Esses parâmetros são função do débito (volume de


água que passa por unidade de tempo) do declive, do
perfil do leito, da natureza das rochas que o formam,
etc..

 As variações do débito permitem caracterizar o regime


de curso de água.

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:

 A velocidade da corrente
necessária para pôr um
detrito em movimento
(erosão) é maior do que
a necessária para o
manter em movimento
(transporte).

Curvas experimentais de KJULTROM


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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos cursos de água:
Anguloso

Subanguloso

Sub-rolados

Rolados

Bem rolados

Formas de detritos
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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos lagos:
 Os lagos praticamente não exercem ação de erosão
e transporte, sendo sobretudo receptáculos de
sedimentação;
 Os lagos ou bacias límnícas (pontos de
convergência da drenagem e como tal recebem parte
da carga detrítica);
 Precipitação de substâncias dissolvidas por excesso
de concentração ou evaporação.
 Lagos de passagem (alargamentos localizados no
traçado de certos rios;
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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação das vagas sobre o litoral:
 A erosão e transporte litorais
fazem-se, essencialmente, sob a
ação das vagas. As correntes de
marés e as correntes marinhas
têm um papel subordinado.

 As vagas, desencadeadas por


ação do vento, transmitem até
ao litoral a energia acumulada e
exercem aí ação de erosão e de
transporte.
Ilha de São Miguel - Açores
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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação das vagas sobre o litoral:
Arriba

Blocos

Praia-mar Cascalho
Areias
Baixa-mar Plataforma de abrasão marinha

Acções da vaga sobre o litoral

Movimento das areias ao longo do litoral


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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação das vagas sobre o litoral:

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação das vagas sobre o litoral:

 Formas de deposição litoral:


 Praias;
 Cordões litorais ou restingas;
 Tômbolos.

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação das vagas sobre o litoral:

Cordões litorais da laguna de Restinga ou cabedelo da


Faro-Olhão Foz do Douro

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Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação das vagas sobre o litoral:

Tômbolo de Peniche
“Halff-delta” de Aveiro
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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação das vagas sobre o litoral:

Ambiente litoral

Ambiente nerítico Ambiente batial

Ambiente abissal

Ambientes marinhos
Ambiente litoral – refere-se à zona da costa limitada pelas marés;
Ambiente nerítico – correspondente ao domínio da plataforma continental;
Ambiente batial – referente ao talude ou vertente continental;
Ambiente abissal – correspondente aos grandes fundos das bacias oceânicas.

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações das águas subterrâneas:
 O subsolo encerra sempre maiores ou menores
quantidades da água que nele se infiltra e que mantém
uma circulação subterrânea complexa que é função do
clima, do tipo e estrutura das rochas e da topografia.

 A água infiltra-se por gravidade, parcialmente


contrariada por fenómenos de capilaridade, até
encontrar uma zona mais impermeável, acima da qual
constitui aquíferos ou lençóis de água por
impregnação dos vazios dos maciços.
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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações das águas subterrâneas:
 Ao circularem entre as rochas, as águas dissolvem
maiores ou menores quantidades de certos sais que
incorporam na sua composição (ação de dissolução
subterrânea). Isto é particularmente sensível em rochas
como calcários, gesso e sal gema.

 As águas subterrâneas podem, indiretamente, provocar


escorregamentos e avalanches, pelo fato de,
impregnando os terrenos, lhes aumentarem a
plasticidade, diminuindo-lhes a estabilidade.
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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações das águas subterrâneas:
Morfologia cársica:
 Algar (A);
 Dolinas (D);
 Galerias e grutas (G);
 Lapiás (L);
 Uvala (U);
 Sumidouro (S);
 Terra rossa (t.r.). Esquema de alguns acidentes cársicos

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações das águas subterrâneas:
Morfologia cársica:
• Polje – extensa planície cársica fechada, rebaixada no interior dos
maciços calcários;
• “Hum” – pequenos relevos abruptos isolados e dispersos no interior
do polje;
• Ponor ou sumidouro.

Esquema de um polje

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações das águas subterrâneas:

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações das águas subterrâneas:

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações das águas subterrâneas:

Estalactites – formam-se a partir do teto;


Estalagmites – formam-se a partir do chão.
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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações das águas subterrâneas:

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos glaciares:

Regiões afetadas por fenómenos glaciários:

 Regiões polares (Continente Antárctico e Gronelândia);

 Regiões montanhosas (limite das neves persistentes:


4.000 a 5.000 m nas regiões intertropicais e 3.000 m
nos Alpes).

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos glaciares:
 “Inlandsis” são as maiores extensões
permanentemente geladas
(15.000.000 km2 e 2.000 m de
espessura);
 Línguas de gelo ou glaciares de vale:
 Calotes glaciárias de montanha;
 Glaciares de circo ou circos glaciários
(de dimensão reduzida, localizados em
pequenas reentrâncias da montanha).
 “Icebergs”.

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos glaciares:

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos glaciares:

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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos glaciares:

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos glaciares:

Circo glaciário e começo de língua glaciária


Geotécnica - 2016 – UERJ Língua glaciária ou glaciar de vale

 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos glaciares:

Moreias (alinhamentos de pedras e


outros detritos) na superfície da língua
glaciária):
 Moreia lateral (ml);
 Moreia mediana (mm);
 Moreia interna (mi);
 Moreia de fundo (mf no corte);
 Moreia frontal ou terminal (mf). Esquema de um glaciar de vale e
um corte transversal esquemático

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos glaciares:

Geotécnica - 2016 – UERJ Glaciar

 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos glaciares:
 A ação erosiva do glaciar e a sua capacidade de transporte
dependem do fluxo de gelo, da sua espessura e da natureza
litológica do leito;
 O glaciar desgasta o leito rochoso pela ação abrasiva, em
especial, da moreia de fundo, cujos materiais se vão
fragmentando, estriando e pulverizando à medida que vão
desgastando, polindo e estriando as rochas do leito.
 Sempre que o glaciar desde a altitudes onde a elevação da
temperatura conduz à sua fusão, a massa de gelo alimenta
um curso fluvial que continua a transportar os materiais mais
pequenos para os quais tem competência.
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos glaciares:
 O perfil longitudinal é irregular e geralmente formado por
socalcos largos, de fundo deprimido, que se sucedem
através de trechos apertados e acentuado declive;
 O perfil transversal típico dos vales glaciários é em forma
de U (os vales fluviais são em forma de V).

Perfil longitudinal de um vale glaciário


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Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações dos glaciares:

Vale glaciário em “U” do rio Zêzere – Serra da Estrela - Portugal


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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:
 O ar em movimento (vento) tem certa capacidade de
transporte para detritos compreendidos entre
determinadas dimensões, capacidade essa que varia
consoante a sua velocidade (ex. elevação de poeiras
do solo em dias de vento e as areias do litoral);

 Além da ação de transporte, o vento provoca erosão,


principalmente, através do efeito abrasivo dos
materiais que transporta consigo.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:
 Estas ações fazem-se sentir em regiões onde existam,
simultaneamente, ventos com importância e
persistência suficientes e haja material detrítico solto e
em quantidade que, incorporando-se na corrente de
ar, lhe confira e alimente a capacidade erosiva.

 Esta ação erosiva é tanto mais eficaz quanto mais


árida for a região, isto é, quanto mais escassa for a
vegetação.
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:

Egipto

Acção erosiva:
 Processo de deflação;
 Processo de corrosão.
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:
 Deflação – é a remoção das areias e poeiras soltas,
sopradas e varridas pelo vento. A superfície rochosa
acaba por ficar a nu e sujeita, quer a outras ações
erosivas, quer à desagregação.

 Corrosão – é a abrasão exercida pelos materiais


arrastados pelo vento.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:

Progressão dos grãos de areia sob acção do vento

Esquema de facetamento de um calhau sujeito à corrosão eólica


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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:
 O vento confere à areia uma dada velocidade, função
da sua energia e do diâmetro das partículas que, em
conjugação com a ação da gravidade, têm como
resultante imprimir aos grãos trajetórias parabólicas
mais ou menos longas.

 A areia tomba, então, para voltar a saltar, até que,


quando a velocidade do vento diminui ou algum
obstáculo a protege, ela se deposita constituindo
acumulações designadas, no conjunto, por dunas.
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:

Dunas:
 Dunas litorais;
 Dunas consolidadas;
 Dunas elementares ou “barkhanes” ou
“barchans”; Regiões
 Dunas mais ou menos complexas ou desérticas
mares de areia ou ergs.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:
 Dunas litorais – desde que a extensão do areal da praia
seja suficiente, que a areia possa ficar a seco, e que não
haja obstáculos importantes no relevo, os ventos
dominantes, soprados do lado do mar, aumentam,
constantemente estas acumulações dunares e fazem-nas
progredir para o interior.

Progressão das dunas para o interior


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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:

 No sentido de impedir esta invasão de areia sobre as


terras de cultura, o homem recorre à implantação de
arbustos e arborização adequada.

 As dunas fixam-se por efeito da vegetação que se lhe


impõe natural ou artificialmente (confronto constante
entre a movimentação de areia e a vegetação).

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:
Dunas:

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:
 Normalmente, para o interior, sempre que a velocidade
do vento abranda e, portanto, a sua capacidade de
transporte diminui, a vegetação pode iniciar a sua
fixação, o que constitui um entrave à deflação,
incrementando-se a ocupação vegetal, até que a duna
fica fixada.

 Nas áreas mais expostas às ações do vento, a


constante movimentação da areia não permite a
fixação das plantas e a duna progride.
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:
 As dunas litorais, uma vez que são alimentadas pelas
areias das praias, têm, em princípio, composição muito
semelhante à destas, apresentando, no entanto,
melhor calibragem.

 Acompanhando a areia, geralmente quartzosa,


persiste uma certa percentagem de bioclastos (grãos
rolados de conchas fragmentadas) de natureza
calcária.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:
 Em dunas relativamente antigas estes bioclastos são
mais ou menos dissolvidos por ação das águas das
chuvas, podendo vir a precipitar noutros locais,
contribuindo, junto com outros fatores, para a cimentação
dos grãos de areia.

 Formam-se, assim, as chamadas dunas consolidadas,


em que os grãos se encontram colados uns aos outros
através de uma película calcária que os envolve,
conservando, contudo, acentuada porosidade.
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:
 As “barkhanes” são dunas simples em forma de
crescente que se deslocam sobre uma superfície nua.
Têm a convexidade virada para o lado de onde sopra o
vento e os dois ramos laterais são agudos e progridem
mais rapidamente que o centro da duna.
Barlavento
Flanco anterior Flanco superior
Sotavento

Dunas elementares ou “barkhane”


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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação do vento:
 Nos “ergs” as dunas são
complexas e definem formas
alongadas mais ou menos
paralelas e orientadas na direção
do vento.

 Estas dunas longitudinais que


chegam a atingir 500 m de altura,
estão separadas por longos e
profundos corredores
frequentemente varridos de areia. Mares de areia ou “ergs”
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação dos seres vivos:
 A ação mecânica das raízes, a qual representa um fator
importante no alargamento das fendas das rochas, sendo,
muitas vezes, causa de desmonte de materiais de vertentes;
 A atividade bioquímica relacionada com as plantas, o que
interfere na meteorização.
 Os animais contribuem para os fenómenos erosivos,
sobretudo ao nível do dolo e de rochas pouco coerentes,
escavando orifícios, galerias e pequenas grutas. Certos
moluscos perfuram as rochas criando cavidades onde se
instalam, favorecendo assim a erosão.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação dos seres vivos:
 O homem é, de todos os seres vivos, o que mais tem
contribuído para acelerar os fenómenos erosivos, às
vezes com consequências irreparáveis.

 Ao destruir a floresta, ao explorar minas e pedreiras, ao


construir obras, muitas vezes, sem ter em conta as
consequências (o caso das construções no litoral), o
homem contribui para o desencadear ou acelerar a
erosão.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
 A sedimentogénese considera-se terminada com a
deposição.

 Após a deposição, os sedimentos sofrem


transformações, mais ou menos acentuadas, que no
conjunto constituem um processo físico-químico
complexo designado por litificação ou diagénese.

 As transformações referidas são:


 a compactação;
 a cimentação;
 a metassomatose;
 a recristalização.
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39
 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
 A compactação consiste na redução de volume do
sedimento, sujeito à compressão provocada pelo peso
dos sedimentos que se lhe sobrepõem, com
eliminação maior ou menor da água e ar contidos nos
poros, que assim ficam mais reduzidos.
 A cimentação consiste no preenchimento dos vazios
ou espaços entre os detritos por substâncias em
suspensão ou dissolvidos nas águas que circulam
nesses espaços, atuando como cimento. Na
sequência deste processo, e consoante o tipo de
cimento, uma areia pode transformar-se num arenito
de cimento argiloso, ferruginoso, silicioso ou
carbonatado.
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Formação das rochas sedimentares
 A metassomatose consiste na troca de substâncias
químicas, em qualquer fase da diagénese, realizada
entre os componentes iniciais da rocha e eventuais
soluções que nela penetrem. Por exemplo a rocha
pode ser cimentada por uma dada substância e esta
ser posteriormente substituída por outra.
 A recristalização consiste num rearranjo cristalino dos
componentes da rocha, realizado por dissoluções
locais seguidas de precipitação ou na sequência de
adaptação das estruturas cristalinas dos minerais
sedimentares às novas condições termodinâmicas da
diagénese.
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40
 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Classificação das rochas sedimentares
 A origem das rochas sedimentares difere
fundamentalmente da das rochas magmáticas, pois
enquanto estas são de génese interna, ou seja formadas
por material originário no interior da Terra, as
sedimentares, ao contrário, são de origem externa, sendo
formadas ou nas bacias sedimentares (lagos e mares),
ou sobre a superfície terrestre.
 Devido à sua origem, a composição mineralógica das
rochas sedimentares é muito variada, pois rochas
sedimentares formadas nas mesmas condições
genéticas podem apresentar composição mineralógica
diferente, dependente da rocha matriz que forneceu os
sedimentos.
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Classificação das rochas sedimentares
 Considerando o tipo de agente que transportou os sedimentos
para a bacia de deposição, as rochas sedimentares podem
ser classificadas em três tipos:
 Rochas de origem mecânica (rochas clásticas ou detríticas):
1) grosseiras: conglomerados e brechas;
2) arenosas: arenitos e siltitos;
3) argilosas: argilas, argilitos e folhelhos;
 Rochas de origem química:
1) calcárias: estalactites e estalagmites, mármores travertinos;
2) ferruginosas: minérios de ferro;
3) salinas: cloretos, nitratos e sulfatos
4) siliciosas: sílex;
 Rochas de origem orgânica:
1) calcárias: calcários e dolomitos;
2) siliciosas: sílex;
3) ferruginosas: depósitos ferruginosos;
4) carbonosas: turfas e carvões.
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41
 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Classificação das rochas sedimentares
Rochas de origem mecânica:
 Essas rochas são originadas do transporte por meio da
ação separada ou conjunta da gravidade, vento, água e
gelo, com subsequente deposição.

 O tamanho das partículas varia de dimensões


ultramicroscópicas ou coloidais a grãos centimétricos e
blocos maiores. Esses materiais ainda não cimentados
constituem o sedimento.

 Depois da compactação pelo peso próprio das camadas


superiores sobre as inferiores e/ou cimentação, os
sedimentos passam a constituir a rocha sedimentar ou
rocha estratificada.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Classificação das rochas sedimentares
Rochas de origem mecânica:
 As substâncias mais comuns que atuam como material
cimentante são a sílica, o carbonato de cálcio, a
limonita, o gipso, a barita, etc..

 A cimentação, feita por substâncias minerais ou


orgânicas existentes em solução, ocorre durante e/ou
após a deposição.

 As rochas de origem mecânica (rochas clásticas ou


detríticas) podem ser subdivididas em três grupos, de
acordo com o diâmetro médio das partículas
predominantes: 1) rochas grosseiras; 2) rochas
arenosas; 3) rochas argilosas.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Classificação das rochas sedimentares
Rochas de origem mecânica – rochas grosseiras:
 São formadas, na sua maioria, por partículas com
diâmetro superior a 2 mm.

 Depósitos coluviais de tálus e os de aluvião dão origem


a essa categoria de rochas, nas quais podemos
distinguir dois tipos característicos: conglomerados e
brechas.

 Conglomerados: rochas sedimentares formadas de


fragmentos arredondados com diâmetro superior a 2
mm.
 Brechas: rochas sedimentares formadas por
fragmentos não arredondados com diâmetro superior
a 2 mm, portanto, angulosos.
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Classificação das rochas sedimentares
Rochas de origem mecânica – rochas arenosas:
 São as mais representativas e comuns entre as rochas
sedimentares, e os fragmentos predominantes possuem
diâmetro situado entre 0,01 e 2 mm.

 Nessas rochas distinguimos dois tipos principais:


arenitos e siltitos.

 Arenitos: rocha constituída substancialmente por


partículas ou grânulos de quartzo detrítico,
subangulares ou arredondados, com diâmetro entre
0,01 e 2 mm.
 Siltitos: rocha de granulação finíssima (ao redor de 0,01
mm) formada principalmente por produtos de erosão
fluvial, lacustre ou glacial.
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Classificação das rochas sedimentares
Rochas de origem mecânica – rochas argilosas:
 As partículas constituintes variam de dimensões
ultramicroscópicas (inferiores a 0,01 mm) a dimensões
de partículas coloidais.

 Os minerais das argilas podem ser divididos em três


grupos:
 Grupo do caulim;
 Grupo da montmorilonita;
 Grupo das ilitas.

 As rochas sedimentares argilosas mais comuns são o


argilito e o folhelho. A diferença entre elas é que o
folhelho apresenta camadas horizontais bem
destacadas em planos e que variam de cor.
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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Classificação das rochas sedimentares
Rochas de origem química:
 Este grupo compreende todas as rochas sedimentares
inorgânicas, que se formaram por meio da precipitação
de soluções químicas em bacias sedimentares.

 Muitas rochas de origem química sofrem certas


influências de agentes orgânicos. Assim, depósitos
ferruginosos, enquadrados entre os de origem química,
formaram-se sob a influência de organismos e bactérias.

 Existem quatro grupos principais de rochas de origem


química: 1) rochas calcárias; 2) rochas ferruginosas; 3)
rochas salinas; 4) rochas siliciosas.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Classificação das rochas sedimentares
Rochas de origem química – rochas calcárias:
 Compreende os depósitos calcários, tais como mármore
travertino, crescimentos de estalactites e estalagmites,
dolomitos, etc., precipitados em bacias por mudanças
físico-químicas do meio.

Rochas de origem química – rochas ferruginosas:


 Até pouco tempo, acredita-se que os depósitos
ferruginosos eram formados exclusivamente de
bactérias e algas. Após os estudos de A.F. Hallimond,
pôde-se afirmar que esses depósitos são de origem
inorgânica e química.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Classificação das rochas sedimentares
Rochas de origem química – rochas salinas:
 Compreendem os cloretos, os sulfatos, os boratos, os
nitratos, etc.., ocorrendo na forma de produtos de
precipitação química em bacias. Comumente exibem
camadas de estratificação.

Rochas de origem química – rochas siliciosas:


 Estão incluídas neste grupo as rochas formadas a
partir da precipitação de soluções, nas quais a sílica é
o constituinte dominante. Inclui-se aqui o sílex de
origem química.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Classificação das rochas sedimentares
Rochas de origem orgânica:
 Enquadram-se nesta categoria todas as rochas que
devem sua origem ao acúmulo de matéria orgânica de
diversa natureza.

 Usualmente a matéria orgânica está misturada a


materiais de origem mecânica.

 Os tipos mais comuns de rochas sedimentares de


origem orgânica são: 1) rochas calcárias; 2) rochas
carbonosas.

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares


Classificação das rochas sedimentares
Rochas de origem orgânica – rochas calcárias:
 Formadas pelo acúmulo de conchas ou carapaças de
composição carbonatada.

Rochas de origem orgânica – rochas carbonosas:


 Compreende as turfas (acúmulo de matéria vegetal em
pântanos ou lagoas, com a matéria orgânica
parcialmente carbonizada) e o carvão (depósitos
carbonosos formados por acumulação de matéria
vegetal subsequentemente carbonizada e
consolidada).

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 4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Classificação das rochas sedimentares

Esquema de formação da turfa e carvão

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