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Demência Neuropsicológica 2023;17:e20220065 Artigo original

https://doi.org/10.1590/1980-5764-DN-2022-0065

Desempenho da função executiva

em adultos de meia idade
Namrata Sharma1, Shweta Shenoy1

ABSTRATO.As funções executivas têm sido amplamente estudadas em idades extremas, mas os estudos em adultos de meia-idade
permanecem largamente negligenciados. Sabe-se que a educação e o género influenciam o desempenho cognitivo; no entanto, o seu efeito
na função executiva em adultos de meia-idade permanece obscuro.Objetivo:O estudo teve como objetivo observar o efeito da hierarquia de
qualificações educacionais (graduação, pós-graduação e doutorado) e gênero em vários testes de funções executivas em adultos de meia-
idade com ou sem comorbidade.Métodos:Um total de 66 indivíduos de meia-idade se voluntariaram para o estudo (idade média = 48,45±
5,45 anos; 20 graduados, 28 pós-graduados e 18 doutores; 36 homens e 30 mulheres; 38 adultos saudáveis e 28 adultos com
comorbidades). Cada sujeito realizou um teste avaliando memória de curto prazo, memória de trabalho espacial e habilidades multitarefa na
Bateria Automatizada de Testes Neuropsicológicos Cambridge com períodos de descanso sem ordem específica de testes. Os principais
parâmetros dos testes cognitivos foram analisados para diferenças nas qualificações educacionais (ANOVA), gênero (teste t) e o efeito da
comorbidade como covariável (ANCOVA).Resultados:Os doutores tiveram desempenho significativamente melhor (p<0,05) em multitarefa
do que os graduados e tiveram memória de trabalho visuoespacial superior (menos erros). As diferenças nas habilidades de correspondência
simultânea, menor custo de incongruência e custo multitarefa foram estatisticamente significativas em mulheres saudáveis do que em
homens.Conclusão:Ao considerar adultos com comorbidade, aqueles com maior escolaridade mantiveram a capacidade de realizar
multitarefas em comparação com seus pares saudáveis, o que não foi observado no grupo com menor escolaridade. Assim, o maior nível de
escolaridade atenuou a influência das comorbidades e da deterioração das funções executivas em geral em adultos de meia-idade.

Palavras-chave:Meia-idade; Função executiva; Testes Neuropsicológicos; Educação; Papel de gênero.

Desempenho da função executiva em adultos de meia-idade

RESUMO.As funções executivas têm sido amplamente estudadas no extremo das idades, mas os estudos na meia-idade
permanecem extensamente supervisionados. Educação e gênero são conhecidos por inovação o desempenho cognitivo,
no entanto, seu efeito na função executiva em adultos de meia-idade ainda não é claro.Objetivo:O estudo teve como
objetivo observar o efeito da classificação de qualificações educacionais (graduação, pós-graduação e doutorado) e
gênero em vários testes de função executiva em adultos de meia-idade com ou sem comorbidade.Métodos:Sessenta e
seis indivíduos de meia idade se voluntariaram para participar do estudo (idade média=48,45±5,45 anos, 20 graduados,
28 pós-graduados e 18 doutores; 36 homens e 30 mulheres; 38 altura e 28 adultos com comorbidades). Cada sujeito
realizou um teste avaliando memória de curto prazo, memória de trabalho espacial e habilidades multitarefa na Bateria
Automatizada de Testes Neuropsicológicos de Cambridge (Bateria automatizada de testes neuropsicológicos Cambridge
— CANTAB) com períodos de descanso em nenhuma ordem específica de testes. As principais parâmetros dos testes
cognitivos foram analisadas quanto às diferenças nas qualificações educacionais (ANOVA), sexo (testet) e efeito da
comorbidade como uma covariável (ANCOVA).Resultados:Os doutores tiveram desempenho significativamente melhor
(p<0,05) em multitarefa do que os formandos e tiveram memória de trabalho visual-espacial superior (menos erros). As
diferenças nas habilidades de correspondência simultânea, menor custo de incongruência e custo de multitarefa foram
estatisticamente relevantes em mulheres tão relevantes quanto em homens.Conclusão:Ao considerar os adultos com
comorbidade, aqueles com maior escolaridade mantiveram a capacidade de multitarefa como seus pares saudáveis, o
que não foi atendido no grupo com menor escolaridade. Assim, a maior escolaridade atenuou a influência de
comorbidades e exclusão das funções executivas em geral, em adultos de meia-idade.
Palavras-chave:Pessoa de Meia-Idade; Função Executiva; Testes Neuropsicológicos; Educação; Papel de Gênero.

O estudo foi conduzido pelos autores Namrata Sharma & Shweta Shenoy.

1Universidade Guru Nanak Dev, Departamento de Ciências do Esporte e Medicina MYAS-GNDU, Amritsar (Punjab), Índia.

Correspondência:Namrata Sharma; E-mail: namrata.sharma16nov@gmail.com .

Divulgação:Os autores informam que não há conflitos de interesse.

Financiamento:nenhum.

Recebido em 11 de agosto de 2022; Recebido em sua forma final em 20 de outubro de 2022; Aceito em 31 de outubro de 2022.

Sharma N, et al. Desempenho da FE em adultos de meia-idade. 1

 Demência Neuropsicológica 2023;17:e20220065
INTRODUÇÃO
E função executiva (FE) é um hiperônimo para os processos
cognitivos complexos que fundamentam respostas
comportamentais flexíveis e direcionadas a objetivos a situações novas
ou difíceis. Existe um consenso geral de que existem três FEs ou
subdomínios principais, nomeadamente, inibição, memória de
trabalho (MT) e flexibilidade cognitiva1. Esses EFs de ordem superior
contribuem para o raciocínio, a resolução de problemas e o
planejamento2,3. A memória de curto prazo também desempenha um
papel significativo na contribuição para o funcionamento executivo4.
A maioria dos estudos examinou grupos etários binários
de adultos jovens/idosos, e apenas alguns estudos analisaram
mudanças na FE relacionadas à idade em adultos ou
adolescentes de meia-idade5. Ferguson et al.6sugeriram que a
população de meia-idade é amplamente negligenciada e
destacou a necessidade de incluí-la para fornecer uma
descrição abrangente do ciclo de vida das distintas trajetórias
de desenvolvimento dos FEs.
Estudos anteriores sugeriram que a educação influencia o
funcionamento cognitivo. O menor nível de escolaridade está
associado ao pior funcionamento cognitivo na meia-idade7e
adultos mais velhos8,9. No entanto, as descobertas sobre a
mudança cognitiva são confusas10. O papel do nível de
escolaridade como fator que contribui para o desempenho
cognitivo específico dos adultos de meia-idade permanece
indefinido.
Variações de gênero relacionadas ao envelhecimento cognitivo
também foram investigadas. Hughes et al.7sugeriram que, em adultos
de meia-idade, as mulheres superam os homens em tarefas de
memória episódica, incluindo recordação imediata e retardada de
palavras. Os homens de meia idade superam as mulheres em testes de
memória específicos, particularmente aqueles com um componente
analítico ou espacial11,12. A questão de saber se homens e mulheres
têm diferentes trajetórias de mudança ao longo da meia-idade e além
ainda é um tema de debate.
A presente pesquisa foi planejada na tentativa de obter
informações sobre o desempenho cognitivo de adultos de
meia-idade, principalmente FE. Empregamos baterias de
testes computadorizados Cambridge Neuropsychological Test
Automated Battery (CANTAB) para avaliar o desempenho da
FE13-15em nossa pesquisa. O primeiro objetivo do nosso estudo
foi observar o efeito da qualificação educacional e do gênero
em vários testes do CANTAB que desafiam a memória de
curto prazo (DMS), a memória de trabalho visuoespacial
(VSWM) e a multitarefa (MTT) em adultos de meia-idade, ou
seja, , entre 40 e 60 anos, de acordo com a American
Psychological Association16,17. Os participantes foram
classificados com base nas suas habilitações literárias,
nomeadamente, grupos de graduação (G), pós-graduação
(PG) e doutoramento em filosofia (PhD). Para que o estudo
seja representativo de um verdadeiro corte transversal da
população de meia-idade,
2 Desempenho da FE em adultos de meia-idade. Sharma N, et al.
não excluíram indivíduos devido a qualquer condição comórbida que
pudessem ter. Em vez disso, optamos por analisar e comparar o grupo
comórbido com indivíduos sem comorbidade, considerando-o como
nosso segundo objetivo. Com base na literatura existente, levantou-se
a hipótese de que uma qualificação educacional superior que seja o
Doutorado contribuirá para uma melhor precisão nos escores
cognitivos DMS, SWM e MTT em comparação com uma qualificação
educacional inferior que seja G; no entanto, as latências de reação
podem não ser influenciadas. Em segundo lugar, as diferenças de
género seriam evidentes nas pontuações cognitivas, com as mulheres
a terem melhores pontuações no DMS em comparação com os
homens, uma vez que as mulheres têm melhor memória de curto
prazo.7. Terceiro, os homens terão melhores pontuações (menos erros)
na tarefa SWM18,19. Quarto, indivíduos com comorbidades terão
desempenho pior do que indivíduos saudáveis em tarefas de FE20.
MÉTODOS
Participantes de meia idade que trabalham/vivem no campus
universitário foram convidados a se voluntariar para o estudo por
meio de anúncios afixados em quadros de avisos nos blocos
administrativos e acadêmicos. Os critérios de inclusão do estudo
foram os seguintes:
• Participantes na faixa etária de 40 a 60 anos;
• Participantes que concluíram o ensino formal
até ao 12.º ano; e
• Participantes que conseguiram compreender a
língua inglesa.
Participantes com pontuação acima de 26 no Mini-Exame
do Estado Mental21, uma escala para função cognitiva intacta,
atendeu aos critérios de inclusão do estudo. Ao todo, foram
recrutados 66 adultos de meia-idade empregados na
Universidade Guru Nanak Dev em vários cargos docentes e
não docentes. As seguintes informações foram coletadas
sobre sua qualificação educacional.
• Foram considerados graduados aqueles que
concluíram algum curso de graduação após 3 anos
de estudo (G=20).
• Pós-graduado era alguém que tinha concluído um
curso de 2 anos, seguindo um curso de
graduação (PG=28).
• Um PhD era alguém que concluiu um curso
de doutorado (PhD=18).
As horas de sono auto-relatadas na noite anterior ao teste
foram documentadas. O experimento foi aprovado pelo
comitê de ética da universidade e cumpriu os padrões éticos
estabelecidos na Declaração de Helsinque. Os participantes
leram e assinaram um termo de consentimento livre e
esclarecido antes do início da sessão experimental.
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Bateria Automatizada de Testes Neuropsicológicos informações, apresentando um efeito semelhante ao

Cambridge (CANTAB) Stroop. Durante o teste, uma seta apareceu em cada lado
Todos os participantes sentaram-se a uma altura confortável e da tela ou apontou nas duas direções. Antes de cada
entregaram o CANTAB I-pad22para realizar o teste EF colocando as tentativa, uma dica era exibida na parte superior da tela
respostas em uma tela sensível ao toque. Cada teste começou para indicar ao participante se deveria apertar o botão
com itens práticos de nível básico. direito ou esquerdo, considerando a dica para identificar o
lado ou a direção da seta. A parte inicial dos testes incluiu
Correspondência atrasada da amostra seções durante as quais a regra é consistente em
Este nível avaliou a memória visual simultânea e de curto tentativas que estão no lado ou na direção da seta (tarefa
prazo. Foi mostrada aos participantes uma figura composta única), e durante a última parte das seções do teste, a
por diferentes cores e padrões abstratos. Em um teste de regra pode mudar aleatoriamente de julgamento a
reconhecimento de quatro opções de padrões abstratos que julgamento (MTT).
compartilham cor ou padrão com distratores, eles foram
solicitados a escolher a resposta correta simultaneamente ou Procedimento

após a figura ser coberta e as opções aparecerem
imediatamente ou após 4 ou 12 segundos.
Memória de trabalho espacial
Este é um teste de busca autoordenado que avalia a MT não
verbal. Os participantes foram solicitados a pesquisar em várias
caixas coloridas apresentadas na tela para encontrar fichas
amarelas escondidas dentro delas. Cada caixa contém apenas um
token por teste. A cada etapa, o número de caixas coloridas foi
aumentando.
As informações demográficas de cada participante foram
coletadas. Foi observada presença autorreferida de comorbidade.
Ao todo, 6 pessoas tinham diabetes, 8 participantes tinham
hipotireoidismo e 13 participantes tinham hipertensão. Cada
tarefa EF começou com uma sessão de familiarização para todos
os participantes. Eles receberam instruções vocais com gráficos
visuais e, em seguida, cada atividade teve uma demonstração
integrada antes de ser iniciada. Para evitar qualquer viés nos
resultados dos testes, a ordem das tarefas cognitivas foi mantida
aleatória (Tabela 1).

Multitarefa Análise estatística

Este teste mede a capacidade do participante de usar Uma análise de poder a priori foi realizada antes do estudo
múltiplas fontes de informações potencialmente conflitantes (G*power), que estimou que o tamanho mínimo da amostra
para orientar o comportamento e ignorar tarefas irrelevantes. necessário era de 66 participantes (tamanho do efeito = 0,4, err

Tabela 1.Demografia da população amostral.

Características n=66

Graduação: 20 (M=11 e F=9; média de idade=49,3±4,5; indivíduos saudáveis=12 e com comorbidade=8)

Nível de educação Pós-graduação: 28 (M=21 e F=7; média de idade=47,7±6.1; indivíduos saudáveis=17 e com comorbidade=11)

Doutorado: 18 (M=4; e F=14; média de idade=48,5±5.2; indivíduos saudáveis=9 e com comorbidade=9)

Homens: 36 (idade média = 49,1±5,9; G=11; GP=21; Doutorado=4)

Gênero
Mulheres: 31 (idade média = 47,5±4,7; G=9; GP=7; Doutorado=14)

Administrativo (n=1)

Negócios (n=4)

Escritório (n=17)
Perfis profissionais

Executivo (n=17)

Dona de casa (n=5)

Docência (n=23)

Adultos saudáveis: 38 (G=12; idade média=47,5±3,47; GP=17; idade média=45,8±5.4; Doutorado=9; idade média=47,4±5.54)

Estado de saúde
Adultos com comorbidade: 28 (G=8; média de idade=51,7±5.14; GP=11; idade média=50,4±6,41; Doutorado=9; idade média=49,7±5.17)
Tipos de comorbidades: diabetes (6), hipertensão (13), hipotireoidismo (8)

Abreviaturas: F: feminino; G: graduado; M: masculino; GP: pós-graduação; Doutorado: doutorado em filosofia.

Sharma N, et al. Desempenho da FE em adultos de meia-idade. 3

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prob = 0,05, potência 1-β err prob = 0,8). Um total de 68 indivíduos covariável. Foi também aplicada uma análise de covariância
foram recrutados para o estudo; entretanto, dois sujeitos não (ANCOVA) para manter a presença de comorbilidade como
completaram todos os testes exigidos e completamos o estudo covariável, entre subgrupos de habilitações literárias.
com 66 sujeitos. A análise estatística foi feita utilizando o software
IBM SPSS versão 23 (IBM, EUA). O nível de significância estatística
foi estabelecido em p<0,05. Como nossa população amostral RESULTADOS

consistia de 28 indivíduos comórbidos de um total de 66 Um total de 66 indivíduos de meia-idade (idade

indivíduos, a análise foi feita em todo o grupo (saudáveis=38, com média=48,45±5,45 anos, 20 G, 28 PG e 18 doutorado)
comorbidade=28) e separadamente em indivíduos saudáveis. Um foram incluídos no estudo.
teste de análise de variância (ANOVA) unidirecional foi aplicado
com base em suas qualificações educacionais (G = 20, PG = 28, Mudanças nas pontuações de funções executivas de
PhD = 18) para todo o grupo e subgrupos de indivíduos saudáveis acordo com a escolaridade
e indivíduos com comorbidades. Ambas as comparações entre ANOVA foi aplicada com base no nível de escolaridade. Como
grupos foram feitas entre as principais medidas de resultados de os valores das latências de reação e dos escores corretos do
DMS, SWM e MTT de acordo com o sexo, bem como diferenças de MTT foram heterogêneos e foram encontradas variações
género na população saudável (homens=24; mulheres=14) que desiguais; Valores p de Welch e valores de Brown-Forsythe
foram analisadas utilizando um teste t independente. Como foram considerados em vez de valores F. Ao analisar os
aproximadamente 41% dos participantes apresentavam alguma parâmetros do MTT, os escores corretos do MTT foram
comorbidade, decidimos examinar a presença de comorbidade significativamente maiores em F=7,73, df (2, 65) e p<0,001 nos
como doutores em comparação ao G (Tabela 2).

Mesa 2.Teste ANOVA em todo o grupo (G=20, PG=28, PhD=18).

galês Marrom-
Homogeneidade
Pontuações cognitivas G PG Doutorado Valor F valor p teste Forsythe
valor p
valor p valor p

DMSTC 16,7±1,5 17.2±1,8 17.1±2 0,749 0,435 0,64 0,61 0,65

DMSTCAD 11.8±1,5 12.3±1.7 12.1±1,9 0,63 0,43 0,65 0,62 0,65

DMSML 3491,69±851,6 3803,96±1059,5 3281.14±627,4 0,034 1,95 0,15 0,12 0,12

DMS
DMSMLAD 3559,36±818,9 4000,16±1230,2 3375,9±676,7 0,017 2,46 0,093 0,10 0,064

DMSMLS 3289.14±1114.6 3349,67±991,9 3.049,33±785,27 0,67 0,53 0,58 0,51 0,58

DMSPEGC 0,17±0,08 0,14±0,10 0,14±0,10 0,77 0,85 0,43 0,39 0,42

SWMTE 17±8.3 15±10,0 10.9±6.8 0,18 2,35 0,10 0,05 0,08

SWMBE 15,8±8,0 13,8±8,9 10.1±6.6 0,22 2,43 0,09 0,05 0,08

SWM
SWMBE12 36,25±7,9 37,42±12.3 33±14.6 0,03 0,76 0,46 0,57 0,47

SWMSX 16.4±2.7 16,5±2.4 15,9±3.2 0,77 0,25 0,77 0,81 0,79

MTTC 130±24,8 148,7±18.4 152,2±12.2 0,001 7,73 0,001 0,004* 0,001

MTTML 907.1±121,2 876,88±89,4 891,77±106,1 0,40 0,49 0,61 0,63 0,63

MTTMLMT 1023,94±175,9 1001.16±90,9 1014,72±125,72 0,003 0,18 0,83 0,83 0,84

MTT
MTTLNOM 924,15±133 907,00±91,1 909,9±112,6 0,41 0,14 0,86 0,88 0,87

MTTICOST 33,8±68,7 60,1±61.1 36±84,2 0,97 1.05 0,35 0,33 0,38

MTMTCM 230,75±139,4 246,35±117,5 243,35±126,4 0,52 0,09 0,91 0,92 0,91

Abreviaturas: G: pós-graduação; GP: pós-graduação; PhD: doutorado em filosofia; DMS: emparelhamento tardio com a amostra; DMSTC: DMS total correto; DMSTCAD: DMS total corrige todos os atrasos; DMSML: latência de

reação DMS; DMSMLAD: latência de reação do DMS a todos os atrasos; DMSMLS: latência de reação do DMS à tarefa simultânea; DMSPEGC: probabilidade de erro DMS dado erro; SWM: memória de trabalho espacial; SWMTE:

erros totais de SWM; SWMBE: SWM entre erros; SWMBE12: SWM entre erros quando 12 tokens estão presentes; SWMSX: estratégia SWM em 6–12 caixas; MTT: multitarefa; MTTC: pontuação correta do MTT; MTTML: latência de

reação do MTT; MTTMLMT: latência de reação do MTT durante condição multitarefa; MTTLNOM: latência da reação do MTT durante condição incongruente; MTTICOST: custo de incongruência do MTT; MTTMTCM: custo multitarefa

do MTT. Notas: *valor p do MTTC foi significativo em 0,004.

4 Desempenho da FE em adultos de meia-idade. Sharma N, et al.


Da mesma forma, comparações entre grupos de acordo com
sua classificação educacional foram feitas em grupos de
indivíduos saudáveis e indivíduos comórbidos representados
graficamente (Figuras 1-4). Na comparação das médias do grupo
saudável classificado com base no nível de escolaridade, os erros
totais e entre erros do SWM tiveram significância estatística em
F=4,31, gl (2, 37), p<0,05, e F=4,48, gl ( 2, 37),
Abreviaturas: G: pós-graduação; GP: pós-graduação; Doutorado: doutorado em filosofia.
Figura 1.Correspondência atrasada para amostrar valores médios corretos totais
para população saudável e população comórbida, respectivamente (G=17,08±1.1,
16.1±2.1; PG=17,17±1,8, 17,1±1,9; Doutorado=17,55±1,4, 16,6±2.5).
Abreviaturas: G: pós-graduação; GP: pós-graduação; Doutorado: doutorado em filosofia.
Figura 2.Multitarefa média de escores corretos para população saudável e
população com comorbidade, respectivamente (G=133,08±23,8, 125,3±27,2;
PG=150,11±16,5, 147±21,9; Doutorado=154,55±8,7, 149,8±15.1).
Demência Neuropsicológica 2023;17:e20220065
Níveis de p<0,05, respectivamente, onde ambas as variáveis foram
gradativamente diminuídas com o aumento da qualificação
educacional. Entre todas as variáveis do MTT, a pontuação correta só
apresentou alterações significativas com maior escolaridade, F=4,58, gl
(2, 37), p<0,05. O teste post hoc revelou que os grupos de doutorado e
PG apresentam valores de acerto de MTT significativamente maiores
do que os pós-graduados (p<0,05).
Abreviaturas: G: pós-graduação; GP: pós-graduação; Doutorado: doutorado em filosofia.
Figura 3.Memória de trabalho espacial significa erros totais para população
saudável e população comórbida, respectivamente (G=18,2±8,4, 15,2±8.2;
PG=13,3±8,7, 17,6±11,6; Doutorado=7,8±4,8, 14±7.3).
Abreviaturas: G: pós-graduação; GP: pós-graduação; Doutorado: doutorado em filosofia.
Figura 4.Média da memória de trabalho espacial entre erros para população
saudável e população comórbida, respectivamente (G=16,6±7,6, 14,6±8,9;
PG=12,2±8.1, 16.2±10,1; Doutorado=7±5.07, 13.2±6.7).
Sharma N, et al. Desempenho da FE em adultos de meia-idade. 5
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Mudanças nas pontuações de funções executivas de acordo com o adultos com ou sem comorbidade. Nossa hipótese de que
gênero Ao analisar todo o grupo, como foram comparadas amostras homens e mulheres seriam diferentes em várias tarefas de FE
desiguais entre homens (n=36) e mulheres (n=30), foi levado em desafiando vários subdomínios de FE foi comprovada. Outra
consideração o valor p com supostas variâncias desiguais. Os resultados do hipótese de que adultos com maior qualificação educacional
teste t independente inferiram que as pontuações corretas totais do DMS teriam melhor desempenho em testes de EF do que aqueles com
foram marginalmente mais altas nas mulheres do que nos homens. A menor qualificação educacional foi confirmada através de nossos
latência de reação em uma tarefa simultânea (condição evidente) foi resultados semelhantes à literatura anterior10,23. Como os
estatisticamente significativamente menor no sexo feminino (t=2,4; p<0,05) indivíduos com comorbidade também foram incluídos na
em comparação ao sexo masculino (Tabela 3 e 4). população da amostra, os escores de FE foram comparados em
todas as amostras (indivíduos saudáveis + indivíduos com
Efeito do nível de escolaridade nos escores de funções comorbidade) e na subpopulação de amostras saudáveis para
executivas mantendo a presença de comorbidade como diferenças de gênero e influência da escolaridade. É interessante
covariável A ANCOVA foi aplicada para verificar o efeito do nível notar que em nosso estudo, o grupo de doutorado teve um
de escolaridade nas pontuações da FE com a presença de número igual de indivíduos saudáveis com comorbidade em
comorbidade como covariável. A pontuação correta do MTT foi comparação aos grupos de graduação e pós-graduação, que
significativamente maior em adultos com doutorado, apesar da tinham mais indivíduos saudáveis do que indivíduos com
presença de comorbidade, em comparação com adultos com pós- comorbidade, mas o grupo de doutorado demonstrou maiores
graduação e comorbidade, em F=5,58, df (3, 62), p<0,05. escores de FE em comparação aos seus homólogos. Assim, parece
que um aumento nos anos de escolaridade pode ter levado à
proteção contra as consequências negativas do envelhecimento
DISCUSSÃO na cognição.
Nosso estudo teve como objetivo explorar o efeito do gênero e da Na tarefa DMS, aqueles com maior escolaridade e as
qualificação educacional nas pontuações de FE de pessoas de meia-idade. mulheres tiveram um desempenho distinto. Tendências

Tabela 3.Teste t para todo o grupo (homens=36, mulheres=30).

Pontuações cognitivas Homens Fêmeas valor t valor p

DMSTC 16,9±1.7 17.03±1,8 - 0,21 0,83

DMSTCAD 12.1±1.6 12.1±1,8 0,013 0,99

DMSML 3686.14±991,4 3423,48±796,7 1.17 0,24

DMS
DMSMLAD 3762,4±1086,9 3617.04±919.2 0,58 0,55

DMSMLS 3496,76±1060,47 2.952,61±776,4 2h40 0,019*

DMSPEGC 0,15±0,09 0,15±0,11 0,23 0,82

SWMTE 14,63±8.2 14h36±9.7 0,12 0,90

SWMBE 13.6±7,9 13.2±8.8 0,19 0,84

SWM
SWMBE12 34,5±12,9 37,46±10.4 - 1,01 0,31

SWMSX 16.1±2.7 16.6±2.7 - 0,71 0,48

MTTC 143,72±20,8 144,3±22 - 0,12 0,91

MTTML 880,33±108,87 901.82±97,42 - 0,83 0,39

MTTMLMT 1004.29±135,87 1020,72±122,64 - 0,51 0,61

MTT
MTTLNOM 909.09±116,76 917,67±101,98 - 0,31 0,75

MTTICOST 57,2±62,2 31,6±77,7 1,45 0,15

MTMTCM 245,45±132,1 235,36±118,1 0,32 0,74

Abreviaturas: DMS: correspondência atrasada com a amostra; DMSTC: DMS total correto; DMSTCAD: DMS total corrige todos os atrasos; DMSML: latência de reação DMS; DMSMLAD: latência de reação do DMS a todos os atrasos; DMSMLS: latência de reação do

DMS à tarefa simultânea; DMSPEGC: probabilidade de erro DMS dado erro; SWM: memória de trabalho espacial; SWMTE: erros totais de SWM; SWMBE: SWM entre erros; SWMBE12: SWM entre erros quando 12 tokens estão presentes; SWMSX: estratégia SWM

em 6–12 caixas; MTT: multitarefa; MTTC: pontuação correta do MTT; MTTML: latência de reação do MTT; MTTMLMT: latência de reação do MTT durante condição multitarefa; MTTLNOM: latência da reação do MTT durante condição incongruente; MTTICOST:

custo de incongruência do MTT; MTTMTCM: custo multitarefa. Notas: *valor p de DMSMLS foi significativamente de 0,019.

6 Desempenho da FE em adultos de meia-idade. Sharma N, et al.

 Demência Neuropsicológica 2023;17:e20220065

indicaram velocidade de processamento e recuperação mais rápidas, tanto
nas habilidades de correspondência visual quanto nas memórias visuais de
curto prazo de informações no grupo de doutorado em comparação com os
outros grupos. Casa de sal24descobriram que os escores corretos eram
maiores nas mulheres em comparação aos homens; pelo contrário, as
latências de reação, que indicam a velocidade de processamento, também
foram menores nas mulheres em comparação aos homens. Voyer et al.25
encontraram evidências que favorecem a memória da identidade do objeto
maior nas mulheres do que nos homens. Diferenças estatisticamente
significativas foram observadas apenas na latência de reação de tarefas
simultâneas, também conhecida como condição evidente. Segundo
Mammarella et al.26, a condição aberta do DMS é considerada um melhor
indicador de habilidades de correspondência simultânea. Dahlberg27e
Jordânia28sugeriram que o aumento das habilidades de correspondência
simultânea no caso das mulheres pode ser creditado à evolução humana,
onde, de acordo com os papéis de gênero dos caçadores-coletores, os
homens costumavam caçar animais para proteção e alimentação e as
mulheres costumavam coletar os alimentos vegetais que muitas vezes
representavam a refeição . Portanto, nas mulheres, uma capacidade
superior de correspondência de padrões seria uma vantagem evolutiva para
reconhecer folhagens comestíveis e venenosas e
fruta. Latências de reação em tarefas atrasadas indicaram
melhor recuperação de informações da memória em
mulheres, o que foi demonstrado em estudo anterior29.
As diferenças de género na GRS foram maiores nos
doutorados do que nos outros e modestas entre os géneros. O
desempenho da tarefa envolveu que o sujeito tivesse que
procurar fichas em caixas dispostas espacialmente, com uma
única ficha aparecendo uma vez em cada caixa e o participante
tivesse que lembrar a caixa onde a ficha foi encontrada
anteriormente para evitar erros entre eles. O número de caixas
aumentou sequencialmente com 4, 6, 8 e 12 caixas ao final da
tarefa. A tarefa desafiou o VSWM nos estágios iniciais da tarefa;
entretanto, à medida que a carga de trabalho aumentou com 8 e
12 caixas nas etapas subsequentes, os participantes tiveram que
desenvolver uma estratégia cognitiva para completar a tarefa30.
Zarantonello et al.19concluíram que o nível educacional teve um
efeito positivo no desempenho da MO tanto no tempo de reação
quanto na precisão. Nosso estudo apoia esta literatura com o
grupo de doutorado demonstrando um menor número de erros
totais em todos os níveis de dificuldade do teste, incluindo os 12
estágios de token que envolveram a aplicação de estratégia, bem
como VSWM para execução de desempenho.

Tabela 4.Teste t no grupo saudável (homens=24, mulheres=14).

Pontuações cognitivas Macho Fêmea valor t valor p

DMSTC 17,0±1,5 17,5±1.3 -1.1 0,28

DMSTCAD 12.2±1,5 12.6±1.2 - 1,03 0,31

DMSML 3589.19±879,8 3526,3±781,2 0,22 0,82

DMS
DMSMLAD 3726,86±1084,2 3755,66±889,2 - 0,08 0,93

DMSMLS 3276,82±746,5 2.963,25±737,1 1,25 0,21

DMSPEGC 0,15±0,09 0,12±0,06 1,41 0,16

SWMTE 13,8±8.3 13.1±9.4 0,22 0,82

SWMBE 12,7±7.7 11.8±8.6 0h30 0,76

SWM
SWMBE12 33±15.1 37,2±11.2 - 0,99 0,32

SWMSX 16.1±2.9 16±2 0,21 0,83

MTTC 145.08±20.1 147±19.2 - 0,29 0,77

MTTML 860,5±105,6 893,7±112,5 - 0,89 0,37

MTTMLMT 1001.12±147.06 991,23±132,4 0,213 0,83

MTT
MTTLNOM 895,6±121,8 907,7±116,3 - 0,31 0,76

MTTICOST 69,8±61,3 28.1±45,8 2,38 0,023*

MTMTCM 278,26±121,9 194,61±111,3 2.15 0,039*

Abreviaturas: DMS: correspondência atrasada com a amostra; DMSTC: DMS total correto; DMSTCAD: DMS total corrige todos os atrasos; DMSML: latência de reação DMS; DMSMLAD: latência de reação a

todo atraso; DMSMLS: latência de reação à tarefa simultânea; DMSPEGC: probabilidade de erro DMS dado erro; SWM: memória de trabalho espacial; SWMTE: erros totais de SWM; SWMBE: SWM entre erros;

SWMBE12: SWM entre erros quando 12 tokens estão presentes; SWMSX: estratégia SWM em 6–12 caixas; MTT: multitarefa; MTTC: pontuação correta do MTT; MTTML: latência de reação do MTT; MTTMLMT:

latência de reação do MTT durante condição multitarefa; MTTLNOM: latência da reação do MTT durante condição incongruente; MTTICOST: custo de incongruência do MTT; MTTMTCM: custo multitarefa do

MTT. Notas: *valores de p de MTTICOST e MTTMTCM foram significativos em 0,023 e 0,039, respectivamente.

Sharma N, et al. Desempenho da FE em adultos de meia-idade. 7

 Demência Neuropsicológica 2023;17:e20220065
Ao comparar as pontuações entre os sexos na tarefa SWM, os valores
médios dos erros totais e entre erros foram quase semelhantes, o que
também pode refletir o efeito próximo ao teto do teste relatado
anteriormente31. No entanto, à medida que a complexidade da tarefa
aumentou (na fase de 12 fichas), o número de erros foi ligeiramente menor
nos homens em comparação com as mulheres (no grupo saudável + com
comorbidade e no grupo saudável). Uma vez que a tarefa de SWM não se
concentra apenas no VSWM, mas também envolve a estratégia como um
componente-chave, não está claro se os melhores resultados nos homens
são em virtude de um VSWM superior ou de uma estratégia cognitiva. A
diferenciação entre esses componentes-chave poderia ser área de pesquisa
adicional.
As capacidades multitarefa também foram melhoradas à medida
que os anos de escolaridade aumentaram, com os nossos resultados
demonstrando que os doutores foram mais receptivos à abordagem
de estímulos múltiplos e à supressão de estímulos irrelevantes em
comparação com aqueles com menor qualificação educacional. A
velocidade de processamento no MTT (indicada pelo custo do MTT e
pelo custo da incongruência) foi ainda superior em adultos saudáveis
com um grau mais elevado em comparação com adultos saudáveis
com um grau mais baixo. De acordo com Tun e Lachman32, o ensino
superior (diploma universitário) estava associado a latências de
resposta significativamente mais rápidas. No entanto, ao observar
todo o grupo em nosso estudo, o custo de incongruência e o custo do
MTT foram mais baixos nos graduados, embora isso possa ser
atribuído a compensações na precisão da velocidade, indicando um
fraco desempenho geral do primeiro grupo na tarefa.
As mulheres estavam em vantagem em comparação aos
homens na tarefa MTT. Mas descobriu-se que os homens têm
uma vantagem na latência de reação em comparação com as
mulheres, em coerência com resultados anteriores de Der e
Deary33. Tanto o custo da incongruência quanto o custo do
MTT foram menores na amostra de todas as mulheres
(saudáveis+ com comorbidade) em comparação com todos os
homens (saudáveis+ com comorbidade). No entanto, as
tendências foram estatisticamente significativas (p<0,05)
quando apenas mulheres saudáveis (n=14) e homens
saudáveis (n=24) foram comparados, excluindo indivíduos
com comorbidade, indicando claramente que as mulheres
têm MTT e inibição cognitiva superiores. e que ter
comorbidades pode ter comprometido essas habilidades.
Os grupos de graduação e pós-graduação apresentaram
maior número de indivíduos saudáveis do que o grupo de
doutorado, que apresentou igual número de indivíduos saudáveis
e com comorbidades. É interessante notar que o grupo de
doutorado obteve pontuações superiores em 12 do total de 16
parâmetros-chave avaliados pelo CANTAB. Esses resultados
reforçam a teoria da reserva cognitiva. A reserva cognitiva é a
capacidade de otimizar ou maximizar o desempenho através do
recrutamento diferencial de redes cerebrais, o que talvez reflita o
uso de estratégias cognitivas alternativas.34. Indivíduos com graus
mais elevados podem ter tido um bom desempenho, uma vez que
8 Desempenho da FE em adultos de meia-idade. Sharma N, et al.
a educação parece aumentar as habilidades de pensamento abstrato,
permitindo que os indivíduos enfrentem problemas mais complicados35
e alcançar pontuações mais altas em tarefas de EF. Além disso,
esses indivíduos têm requisitos ocupacionais exigentes que
exigem diariamente um pensamento de ordem superior.
O efeito da escolaridade mantendo a presença de
comorbidade como covariável também foi investigado. Uma
descoberta distinta aqui destacou que o MTT foi
significativamente melhorado em indivíduos com maior
qualificação educacional, mesmo na presença de comorbidade,
em comparação com seus homólogos com menor qualificação
educacional. Está bem estabelecido que o desempenho cognitivo
é prejudicado no hipotireoidismo36-39, hipertensão40e diabetes41, e
o decréscimo cognitivo pode começar precocemente em um
indivíduo com essas comorbidades em comparação aos controles.
O nível de escolaridade, uma medida substituta da reserva
cognitiva, pode ser responsável por resistir ativamente às
mudanças provocadas pela idade e pela doença42,43. Isso pode ter
garantido melhor pontuação na tarefa de FE apesar da presença
de comorbidade nos indivíduos com doutorado no presente
estudo. Nossos resultados podem ter implicações mais amplas
para estudos separados sobre cada condição comórbida, ou seja,
hipotireoidismo, diabetes e hipertensão, para confirmar os
achados atuais de educação compensando as alterações na
cognição devido às comorbidades acima mencionadas.
Como o nosso estudo foi delimitado a uma população
trabalhadora instruída, presumiu-se que os participantes
atendiam aos requisitos médios de QI. No entanto, o fato de não
termos medido efetivamente o seu QI pode ser considerado uma
limitação deste estudo. Outra limitação é o pequeno tamanho da
amostra do estudo.
Apesar desta limitação, nosso estudo fornece
evidências claras de maior reserva cognitiva e talvez
plasticidade na meia-idade em condições que poderiam
potencialmente influenciar a FE, com mais anos investidos
em educação influenciando o desempenho de tarefas.
Entre os adultos de meia-idade, um melhor nível de
escolaridade reduziu o impacto das comorbidades e o
declínio geral das funções executivas.
AGRADECIMENTOS
O financiamento para o estudo veio do MYAS, programa NCSSR
do GOI. Gostaríamos também de expressar nossa gratidão aos
voluntários que concordaram em participar de nosso estudo.
CONTRIBUIÇÕES DOS AUTORES
NS: conceituação, coleta de dados, análise formal,
investigação, metodologia, redação – versão original. SS:
conceituação, obtenção de financiamento, investigação,
metodologia, redação – versão original.

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