EDITORIAL

Olá aventureiros!

A nona edição da D20 Saga está em suas mãos!

Chegamos ao fim da saga "Ritos de Ark’Su’Nam" com uma

surpreendente luta contra o tempo, inimigos e ambiente
hostil… tudo para garantir a proteção de Inaes e seus
habitantes. A entrada de Guto na mesa de Despertar do
Abismo nos traz não apenas uma interessante entrevista,
Editor-Chefe: mas também a nova ancestralidade dos metadinhas como o
Tiago Chamuinho Heron, seu personagem. E para a felicidade das ninfas, Nerissa
Autores: entrega uma one-shot no universo de Fúria de Gaol para todos
Guilherme Faccio, Isabela Domingues, Jovi Bezerra, Marco satisfazerem seus desejos mais secretos!
Antônio “Boi” Loureiro, Matheus Dalmas, Matheus Moraes
Maluf, Raphaela Nerissa Egéa, Pet Rodrigues e Tiago O conto desta revista trará memórias dolorosas, revelando
Chamuinho um pouco mais sobre a Guerra Santa travada nos tempos
da Sociedade dos Indomáveis. E falando em nossa primeira
Ilustração de Capa: websérie, trouxemos a nova subclasse de monge revelada no
Pedro Chelles spin-off recente, o caminho do Punho Cósmico. A Dungeon
Artes Internas: EXPlore apresenta mapas marítimos com combates e
Anderson "Jackal" Costa, Daniel Lustosa, Leonel Domingos, recompensas das águas profundas. Aquele clássico resumo de
Luciano “Luci” Alberto e Pedro Chelles “Despertar do Abismo” para vocês se atualizarem dos últimos
acontecimentos e um review de Frieren, um dos animes de
Cartografia: maior sucesso dos últimos tempos.
Jovi Bezerra e Tiago Chamuinho
Aproveitamos para avisar que a próxima Saga será
Fotografia:
BIMESTRAL! Isso significa que teremos espaço para novos
Pim Viñolo
conteúdos na próxima edição e naquelas em que não estará
Diagramação e Design: presente, com novidades de outros temas, cenários e jogos!
Gabriel “Arddhu” Gastaldo Aproveitamos para convidar vocês, assinantes, a darem
sugestões em nosso Discord sobre o que gostariam de ler
Revisão:
em nossa revista. Amamos o feedback que nos entregam e
Guilherme Faccio e Matheus Moraes Maluf
queremos ouvir o que a comunidade tem para sugerir!
Equipe D20 Culture e Editora Ponycorn: Danillo Dorazio,
George Prestrelo Jovi Bezerra, Isabela Domingues, Matheus Mas nem tudo são flores… as colunas de Monstro do Mês e de
Dalmas, Matheus Moraes Maluf, Marcelo Wendel, Marcus Encontro Aleatório estarão ausentes nesta edição, assim como
Santos, Paulo Henrique Muniz, Pet Rodrigues, Ricardo as variações de mapas. Como estas bonificações são referentes
Wendel e Tiago Chamuinho às metas extras, tivemos uma redução uma leve redução de
páginas com a ausência delas. No entanto, vamos continuar
focados em produzir o melhor conteúdo para vocês sempre!

D20 Saga foi criada e publicada originalmente por Fabio - Tiago Chamuinho
Fugikawa, Gisele Roth, Marcelo e Ricardo Wendel
Editor-chefe

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 3
 SUMÁRIO
AS PROFUNDEZAS DO ABISMO DE ARK’SU’NAM 5

OS METADINHAS 16

O CAMINHO DO PUNHO CÓSMICO 19

FÚRIA DE GAOL 21

O ÚLTIMO DOS CORVOS 33

DUNGEON EXPLORE 36

GUTO BARBOSA 44

FRIEREN E A JORNADA PARA O ALÉM  48

DESPERTAR DO ABISMO 51

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 4
 AS PROFUNDEZAS DO
ABISMO DE ARK’SU’NAM
Saga Ritos de Ark’Su’Nam
sta aventura é indicada para personagens de 17º nível e,
Eao decorrer dela, avançarão até o lendário 20º nível.
Depois de um começo humilde enfrentando criminosos
na cidade de Dernas, o — agora lendário — grupo de
aventureiros viajou através de dimensões, explorando locais
desconhecidos e enfrentando inimigos em escala épica, como
dragões, fantasmas e liches!
Hoje, reconhecidos e poderosos, os aventureiros são a
esperança do mundo para fechar centenas de portais abissais
que abriram por toda parte no continente de Caelis. Mesmo
após vencerem a colossal forma de Ark’Su’Nam, os portais
continuam abertos… o que força os heróis a viajarem
diretamente para o Abismo.
Como ler esta Aventura
Esta aventura apresenta algumas padronizações de modo a
facilitar sua leitura e compreensão. Além disso, apresentamos
a seguir a estrutura do texto de modo que você possa se
familiarizar com ela.
Perícias. Um teste de perícia será apresentado sempre da
mesma forma: Atributo (Perícia) CD. Primeiro, colocamos
o atributo, como “Força”, por exemplo. Entre parênteses,
colocamos a perícia relacionada ao teste, como “(Atletismo)”.
Por fim, o número depois dos parênteses é a Classe de
Dificuldade (CD) do teste, como “15”, para exemplificar.
Dessa forma, algo como “Força (Atletismo) CD 15” significa
que o personagem precisa fazer um teste de Força, somando
sua proficiência em Atletismo (se for proficiente na perícia),
e o resultado deve ser igual ou superior a 15 para ser
considerado um sucesso.
Monstros, Magias e Itens Mágicos. Sempre que uma
criatura ou monstro for citada na aventura, seu nome
estará em negrito e minúsculo (exceto em casos de nomes
próprios). A ficha para essas criaturas está no primeiro
apêndice da aventura. Magias estão escritas em itálico e
capitalizadas de acordo (por exemplo, mísseis mágicos). Por
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
por Peterson Rodrigues
fim, itens mágicos sempre aparecem em itálico e negrito (por
exemplo, poção de cura).
Esta caixa de texto deve ser lida em voz alta ou
parafraseada para os jogadores. Ela contém informações e
narrações importantes e serve como ponto de apoio para
manter a narrativa fluindo.
Esta caixa de texto é apenas para o mestre, e contém
informações importantes para uso rápido durante
a aventura. As informações nela não devem ser
compartilhadas com os jogadores durante a aventura.
Background
Ao ser derrotado, Ark’Su’Nam teve sua essência devolvida
ao seu Abismo, onde cria e controla suas forças. A entidade
colossal e alienígena não concebia a ideia de ser derrotada
por mortais e, por isso, usou sua forma verdadeira, ligada
diretamente aos portais de seus domínios. Agora, a entidade
está completamente fragmentada através de seu território
abissal e busca recuperar suas forças a tempo enquanto suas
tropas, partes de sua essência, invadem o mundo de Inaes
violentamente.
Uma das coisas que torna Ark’Su’Nam um dos mais
perigosos entre os abissais maiores é sua capacidade de
lidar com o fluxo de passagem entre o mundo abissal e o
mundo de Inaes, tornando seus poderes e criaturas uma
ameaça intensa e constante. A colossal entidade espalhou sua
essência por todo seu domínio abissal e manteve os portais
abertos através de sua carne e poder, tornando uma corrida
contra o tempo fechar os portais antes que ele se regenere
completamente e se aproveite deles. Ark’Su’Nam estará
usando tudo que possui para voltar com força total contra
o mundo de Inaes, mas precisará de um dia inteiro para se
5
recompor e tornar a abertura de seus portais uma condição
permanente.
No Abismo de Ark’Su’Nam, os heróis devem derrotá-lo e pôr
fim à ameaça de uma vez por todas!
O ambiente abissal é selvagem e completamente inóspito aos
mortais, tornando a viagem praticamente uma missão sem
volta, mas uma a qual o destino do mundo depende.
Por ser uma aventura de nível elevado, As Profundezas
do Abismo de Ark’Su’Nam seguirá uma estrutura de
progressão de nível dos personagens levemente diferente
das aventuras apresentadas nas edições anteriores da
Saga.
A exploração dos nexos de Ark'Su'Nam revelará totens que
mantém os mundos interligados. Quando os jogadores
os destruírem, os portais serão definitivamente fechados
para sempre entre os dois mundos… isso mesmo, caso os
jogadores não tenham ideias mirabolantes para saírem de
lá, seu destino será uma violenta corrupção abissal.
Independente da ordem escolhida, ao final de cada nexo
os jogadores subirão de nível, fazendo com que cheguem
ao nível 20 antes de enfrentar os restos de Ark’Su’Nam.
Contudo, os personagens não recuperarão seus poderes,
habilidades e vida por completo, e sim apenas o que foi
recebido NO NÍVEL específico. Isso significa que caso
receba um novo espaço de magia, ele somará este, mas
não irá recuperar os que foram gastos. Os pontos de vida
recebidos serão apenas o correspondente ao dado de vida
e demais bônus possíveis. Aumentos de uso de habilidades
de classe não renovarão os já utilizados.
Este detalhe visa dar extrema dificuldade para os jogadores,
tornando a aventura muito mais desafiadora. Contudo,
você conhece seu grupo e sabe bem como eles jogam e
como eles se divertem na mesa — afinal, foram muitas
sessões até chegar no final desta Saga. Fique à vontade
para manter esta mecânica ou permitir a progressão
padrão.
Esta aventura é uma continuação pensada para ser a
conclusão da Saga, e por isso, não apresentaremos ganchos
de aventuras para ela. A ideia é que os jogadores tenham o
prazer de experimentá-la em sequência à aventura anterior,
salvando não só o mundo de Inaes, como muitos outros.
Introdução
Leia para os jogadores:
Na extensão ilimitada do multiverso, existe um reino
tão estranho e insondável que até mesmo os viajantes
planares mais experientes sussurram seu nome com
pavor: o Abismo de Ark'Su'Nam. Aqui, a própria estrutura
da realidade cede aos caprichos de uma vontade antiga e
inescrutável, um semiplano que é ao mesmo tempo uma
prisão e uma manifestação de seu mestre.
Dos céus agitados e vazios às paisagens em constante
mudança abaixo, o Abismo de Ark'Su'Nam desafia as leis
da natureza e os limites da imaginação. Massas terrestres
flutuam suspensas em um reino crepuscular, cada uma
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
delas um mundo em si mesma, com suas próprias regras
e lógicas distorcidas. Rios de luz líquida fluem ao longo
de abismos de escuridão devoradora enquanto florestas
de árvores cristalinas cantam melodias assustadoras que
ecoam os sussurros perdidos de mil mundos.
A atmosfera tóxica e a imensa pressão gravitacional
esmagam mortais que não possuam ascendência abissal.
Caminhar e lutar, até mesmo outras tarefas básicas como
respirar, são extremamente difíceis no local.
Simplesmente existir no Abismo de Ark’Su’Nam é
extenuante física e mentalmente, exigindo muito dos
personagens para qualquer tarefa. Em termos de
regras, considere todos os personagens na condição
“envenenado” (Livro do Jogador, p. 292) e, a cada falha em
testes de perícias ou salvaguarda, adicione 1d10 de dano
psíquico devido ao preço de pensar e a agonia de falhar
em um local tão alienígena. Além disso, a cada viagem de
um nexo para outro, considere que todos os personagens
recebem um nível de “exaustão” (Livro do Jogador,
p. 292). É IMPOSSÍVEL, sob qualquer circunstância,
realizar descanso longo nos territórios de Ark’Su’Nam.
Se um dos jogadores tiver a magia mansão magnífica de
Mordenkainen, o grupo consegue realizar um descanso
curto sem sofrer as consequências do Abismo, mas deixe-
os pensar em como resolver essa situação.
Como o Abismo de Ark’Su’Nam é parte de sua própria
essência, é considerado “o interior de uma criatura”.
Portanto, não permitindo teletransporte entre os nexos ou
para fora dele. As únicas maneiras de escapar são usando
os portais do abissal, a magia Mudança de Plano, a magia
Desejo e a habilidade Intervenção Divina.
Grave esta informação pois ela será relevante ao final da
história.
É interessante que os personagens possam descansar e se
curar após a batalha contra Ark’Su’Nam, retornando da Lua
Fantasma antes de viajarem para o Abismo. Caso optem por
seguir sem descanso, você tem jogadores verdadeiramente
destemidos e é sugerido que os presenteie da maneira que
achar mais apropriada.
Os Nexos de Ark’Su’Nam
Com parte de sua essência fragmentada pelo seu mundo,
o abissal mantém os portais abertos pela pura força de sua
brutalidade, seus poderes se negando a extinguir-se.
Assim que chegam ao Abismo de Ark’Su’Nam, o grupo vê
pináculos irregulares de pedras pulsantes e cobertos por
esculturas rúnicas brilhantes perfurando o céu. O solo é um
mosaico de carne e formações cristalinas que brilham com
uma luz interior.
À frente de cada um dos personagens se encontram três
portais ancorados por uma espécie de pilar feito de rocha
e carne. Cada um desses portais apresenta uma paisagem
surreal e agourenta que abriga os totens do poder de
Ark'Su'Nam. Esses totens de forma bizarra e alienígena são
as âncoras que mantêm os portais abertos entre esse mundo
6
abissal e outros. Aqui, a própria essência de Ark'Su'Nam é
mais potente.
Cada nexo é uma confluência de materiais e energias, parte
orgânica e parte mineral, gravada com runas que parecem
mudar quando observadas. Algumas rochas e pedaços de
carne pulsam ritmicamente, como se estivessem respirando,
enquanto outras emitem tons constantes e dissonantes.
Sussurros fracos e indecifráveis emanam dos nexos,
enchendo o ar e penetrando nas mentes dos aventureiros,
evocando emoções de admiração, medo e um profundo
sentimento de desconexão com a realidade.
Aqui, os jogadores deverão escolher um portal e adentrar
o nexo na esperança de destruírem o totem que lá se
encontra. A ordem de escolha não influencia em nada, mas
pode afetar o progresso positivamente como poderá ver
nas descrições de cada lugar. Após a escolha deles, vá para
a parte correspondente ao nexo escolhido pelos jogadores.
Ao finalizar cada nexo, diga-lhes que se passaram 6h,
gerando um senso de urgência no grupo, afinal, restam
apenas 6h (de um total de 24h) para que o grande abissal
se recomponha, domine toda a superfície lunar e siga em
seu plano maquiavélico. Descreva que é possível sentir
a fúria do grande abissal quando um totem é destruído,
mas também é possível sentir seu poder aumentar. Eles
têm acesso à sala anterior, onde estão os três portais, para
poder escolher novamente qual nexo ir.
Além disso, caso queira adicionar um eventual aliado
para os personagens em troca de conhecimentos ou itens
mágicos, utilize Erdin, o mago meio abissal. Erdin está
observando os aventureiros desde que puseram os pés no
plano abissal de Ark’Su’Nam e está aficionado por eles.
Você é livre para encaixá-lo em qualquer um dos nexos que
julgar pertinente. Você pode encontrar a história de Erdin e
sua ficha no Apêndice A.
Os heróis passam de nível cada vez que completarem o
objetivo do nexo com sucesso, chegando aos níveis 18, 19
e 20! Quando destruírem o último totem, Ark’Su’Nam os
atacará, sem dar descanso aos heróis.
O nexo dos ventos alienígenas
O nexo dos ventos alienígenas é uma região que representa a
fúria de Ark’Su’Nam e sua natureza tempestuosa.
O céu é um turbilhão de cores não-naturais, com
relâmpagos azuis, verdes e roxos cortando o horizonte
com uma beleza terrível. O , erodido e fragmentado, está
repleto de rochas que parecem ter sido esculpidas pelo
vento, criando formas estranhas e torres naturais que
desafiam a gravidade.
O rugido constante do vento é ensurdecedor, dificultando
a comunicação verbal. A pele de vocês é constantemente
açoitada por areia e pequenos detritos, criando uma
sensação abrasiva e desconfortável.
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
Dificuldades do nexo dos ventos
alienígenas
Os personagens precisam realizar testes de Força
regularmente — a critério do mestre —, para se manterem
firmes e não serem arrastados pelos ventos. O teste possui
CD 18 e falhar causa 2d12 de dano de contusão (não-
mágico). Além dos testes de Força para manter o equilíbrio
ou evitar ser arrastado pelos ventos, os personagens não
conseguem enxergar à distância pela visibilidade reduzida,
o que exige testes de sobrevivência CD 20 para manterem a
direção correta. Os personagens precisam de três sucessos
para chegar ao totem.
A cada teste realizado para se orientarem dentro do turbilhão
de Ark’Su’Nam, os personagens são atacados pelos abissais
que guardam essa região do corpo do senhor do fluxo e dos
portais, os ventos do abismo. Cinco criaturas atacam os
personagens, independente de sucesso ou falha.
Os ventos do abismo são seres feitos mais de tempestade
do que de carne. Essas criaturas se fundem com os ventos,
aparecendo subitamente para atacar antes de se dissiparem
novamente. Você encontrará a ficha delas ao final da
aventura, no Apêndice B.
Táticas de Combate
O vento do abismo prefere atacar de surpresa. Ele usa sua
habilidade de Forma Eólica para se aproximar, sem ser
detectado, antes de assumir sua forma corpórea e atacar.
Ele usará seu Sussurro Cortante para desorientar grupos
de inimigos antes de focar nos adversários mais fracos ou
isolados com sua Lâmina de Vento.
O vento do abismo é ideal para emboscadas ou como
guarda de locais de significância para Ark'Su'Nam,
aproveitando-se de seu domínio sobre o vento e a
tempestade para surpreender e confundir os aventureiros.
É uma criatura particularmente eficaz em áreas abertas,
onde pode utilizar sua velocidade de voo e mobilidade para
manter a vantagem sobre seus oponentes.
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Desativando esse nexo
No coração da tempestade está o totem que alimenta os
ventos alienígenas, uma estrutura cristalina pulsante e
suspensa no ar por correntes de energia. Desativá-lo requer
não apenas alcançá-lo, o que é uma grande façanha dada
a intensidade da tempestade, mas também derrotar os
guardiões que o protegem.

Para chegar ao totem, os personagens devem ser capazes de

voar e vencer três testes de Força CD 20. A estrutura pulsante
e colossal possui CA 25 e 80 pontos de vida. Cada golpe
físico usado contra ela reverte metade do dano em quem o
desferiu.

O nexo da tempestade é protegido por 10 ventos do abismo

(menos 3 para cada falha que os personagens tiveram para se
localizar dentro da tempestade).

Os personagens avançam um nível ao completar este nexo.

O Nexo dos Vampiros:

Carnificina e Sombra
O Nexo dos Vampiros possui horrores inomináveis,
um domínio onde a própria essência do vampirismo se
manifesta através da carne e da sombra. Esta região é
marcada por sua característica mais distinta e grotesca:
uma vasta massa de carne pulsante que se estende por
todo o território, formando o chão, as paredes e o teto das
cavernas e corredores labirínticos que compõem este nexo
abissal.
A carne que forma o ambiente não é estática: ela pulsa
com vida própria, retorcendo-se e reconfigurando-se
continuamente. Veias e artérias gigantes correm por sua
superfície e interior bombeando um sangue sombrio e
viscoso — que às vezes jorra de aberturas aleatórias —
enquanto olhos de todos os tamanhos se abrem e fecham
arbitrariamente na carne, seguindo os movimentos dos
intrusos, e bocas cheias de dentes afiados murmuram em
desespero.
Esta região representa a fome de Ark’Su’Nam e é, sem
dúvidas, um dos locais mais desafiadores de seus
domínios pois traz, além dos imensos poderes da
entidade, toda miríade de vampiros, transformados pela
essência do abissal por mundos afora.
Se quiser aumentar ou diminuir o ritmo da mesa, introduza
Varat, o vampiro abissal.
Varat conhece como poucos os territórios de Ark’Su’Nam e
muitas de suas ameaças, sabendo inclusive sobre os nexos
e suas proteções. Contudo, ele não hesita em guiar os
personagens para a morte caso perceba que são perigosos
para ele ou dispensáveis.
Você encontrará a história de Varat e sua ficha no Apêndice A.
A navegação requer cuidado constante e disposição para
enfrentar o inesperado. A cada teste de sobrevivência para se
localizarem em direção ao centro do nexo, os personagens
devem realizar um teste de Destreza como grupo com
CD 20, e devem obter mais sucessos do que falhas. Caso
contrário, todos se encontram sob a condição “impedido” até
que gastem uma ação inteira para se soltarem (sofrendo 2d10
de dano de corte). Se os heróis ficarem presos, 5 vampiros do
sangue abissal atacam violentamente. A ficha se encontra no
Apêndice B.
Na região, há também as correntezas de sangue espesso que
cortam a paisagem e carregam consigo os restos de inúmeros
seres. Toda vez que tirarem uma falha crítica em testes de
sobrevivência para se localizarem, precisam atravessar as
correntezas de sangue. Elas são especialmente letais para
conjuradores pois devoram magia. Ao serem tocados pelo
líquido carmesim, personagens com espaços de magia
precisam realizar um teste de resistência de Carisma CD 18
ou perdem um espaço de magia de seu nível mais alto.
Os vampiros abissais de diversos mundos e realidades,
transformados e distorcidos pela influência da carne
pulsante, servem como guardiões e caçadores. Enquanto os
personagens vagam pelo reino de Ark’Su’Nam, encontram
com os perigosos monstros: misturas grotescas de traços
vampíricos com a carne abissal que os envolve. Eles podem
ter asas de morcego feitas de pele esticada, braços que
terminam em lâminas de osso, ou bocas que se abrem em
seus torsos.

Dificuldades do Nexo dos Vampiros Para encontrarem o totem que mantém esse local, precisam
passar em três testes de sobrevivência CD 20.
O chão pode, de repente, se tornar um mar de bocas
famintas tentando devorar ou prender os aventureiros.

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 8
 Táticas de Combate Plantas retorcidas e espinhosas crescem em abundância,
alimentadas pela energia de Ark’Su’Nam.
Os vampiros do sangue abissal são mestres na
manipulação do sangue e das sombras. Eles preferem Esta região representa o poder destrutivo, monstruoso e
emboscar suas presas utilizando a névoa sanguínea para implacável de Ark’Su’Nam.
desorientar e separar grupos, atacando as vítimas isoladas
com suas lanças de sangue e mordidas abissais. Em
combate direto, eles usam sua forma abissal para evitar
danos e posicionar-se vantajosamente.

Desativando esse nexo

Para fechar os portais através deste nexo, os aventureiros
precisam destruir ou purificar o coração da massa de carne
pulsante, um nódulo central de onde emana a corrupção que
sustenta este lugar.

Para se aproximarem desse totem, os personagens precisam

passar por verdadeiras hordas de vampiros abissais, pois
a massa pulsante de Ark’Su’Nam fica enterrada sob uma
porção de terra e correntezas de sangue abissal.

Ao acharem a localização exata do totem, os personagens

precisam passar por três grupos de vampiros abissais que
protegem o local, cada um contendo 5 vampiros do sangue
abissal.
A massa de carne disforme é venenosa e emana toxicidade
em todas as regiões tocadas por Ark’Su’Nam. Além disso,
também é viva e tentará convencer os personagens a se
juntarem a ela. Aqui, o mestre pode preencher com sua
criatividade e oferecer desejos que acredite que tentem os
personagens. Ela possui CA 10 e 50 pontos de vida.
Dois efeitos adicionais são ativados imediatamente após a
massa de carne vampiresca de Ark’Su’Nam ser destruída:
o nexo e todo o restante do semiplano de Ark’Su’Nam
deixa de ser tóxico, passando imediatamente o efeito de
“envenenamento”. Além disso, todos aqueles acometidos pelo
vampirismo de Ark’Su’Nam mundos afora serão curados da
condição — ocasionando a morte de muitos deles por conta
da idade avançada.
Dificuldades do Nexo das Criaturas de
Sangue
Os poços são guardados por dragões de sangue abissal,
criaturas formidáveis que incorporam o poder e a ferocidade
do sangue abissal. Esses dragões são os principais adversários
a serem vencidos para desativar o nexo, pois eles são o
próprio nexo, cada um dos três contendo um núcleo de
energia que sustenta parte do poder. Derrotá-los é essencial e
a única forma de selar e destruir esse nexo.
Navegar pelo terreno ensanguentado exige cuidado para
evitar as armadilhas criadas pelo sangue abissal, o qual
busca impedir o avanço dos intrusos. Para encontrar os
dragões em meio ao caos sanguinolento de Ark’Su’Nam, os
jogadores precisam de dois sucessos seguidos em testes de
sobrevivência CD 25.

Os personagens avançam um nível ao completar este nexo. O Rio Sanguíneo Enganador

Este rio parece uma vasta extensão de sangue que parece
Nexos das Criaturas de Sangue: ser apenas um obstáculo natural a ser cruzado. No entanto,
o sangue é magicamente encantado e age sob comando. As
Um Santuário Escarlate runas se ativam quando qualquer criatura não abissal se
aproxima da margem do rio ou entra nele.

O nexo das criaturas de sangue é uma região dominada

por vastos poços de sangue que borbulham e rugem
furiosamente, tal qual um vulcão prestes a explodir,
enquanto é banhada em uma luz vermelha pulsante, onde
o poder e a essência da vida e da morte se misturam em
um espetáculo grotesco de potência abissal.
Grandes cavidades naturais e artificiais se espalham por
todo o nexo, cheias até a borda com um sangue escuro e
denso. Este sangue não é meramente líquido: ele se move
com propósito, formando padrões e símbolos que brilham
com uma luz nefasta.
O solo ao redor dos poços é uma mistura de terra e sangue
coagulado, criando um terreno irregular e escorregadio.
Para encontrar as armadilhas rúnicas nas margens do rio, é
preciso ter sucesso em um teste de Percepção CD 25.
Para desarmá-las, é necessário sucesso em um teste
de Inteligência (Arcanismo) CD 22 para desfazer o
encantamento ou Destreza CD 22 para remover fisicamente
as runas sem ativar a armadilha.
Caso sejam ativadas, o sangue forma tentáculos que tentam
agarrar e puxar as criaturas para o fundo. Criaturas dentro
do rio devem fazer um teste de Força CD 22 para resistir
ou serão submersas em uma falha, sofrendo, por turno,
35 (10d6) de dano necrótico por afogamento enquanto

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 9
estiverem submergidas, pois o líquido age imediatamente
tentando sufocar o indivíduo pego pela armadilha.
Desativando o Nexo
A chave para desativar o nexo reside na derrota dos três
dragões de sangue abissal e na destruição dos núcleos que
carregam.
Com a morte dos dois primeiros dragões de sangue
abissal, o terceiro dragão irá se preparar para emboscar os
personagens e terá o primeiro turno de ataque surpresa,
a menos que os aventureiros tenham o talento Alerta ou
percepção passiva maior do que 24. Nesses casos, todos
rolam iniciativas normalmente.
A ficha do dragão de sangue abissal pode ser encontrada no
Apêndice B.
Táticas de Combate
Os dragões de sangue abissal são inteligentes e usam o
terreno a seu favor, voando alto para usar seu Sopro de
Sangue Abissal antes de pousar para enfrentar adversários
enfraquecidos. Eles preferem isolar alvos fortes com seu
Mestre do Sangue, drenando sua vitalidade antes de
engaja-los diretamente.
Os personagens avançam um nível ao completar este nexo.
Destruindo todos os Nexos
Destruindo os nexos que Ark’Su’Nam depositou a energia
que mantinha os portais abertos, todo o mundo começa a
se contorcer, demonstrando a frustração e ódio do grande
abissal ao ter seus planos frustrados por mortais.
(Re)Enfrentando Ark’Su’Nam
Reunindo o que lhe restou de forças, somado à sua carne e
à terra putrefata, Ark’Su’Nam investe uma última vez contra
os personagens, visando prendê-los em seu mundo para
sempre. Os restos de Ark’Su’Nam se materializarão onde
quer que o grupo esteja e atacará IMEDIATAMENTE, no
mesmo momento que os portais forem fechados, sem chance
de fuga ou descanso!
A ficha dos restos de Ark’Su’Nam pode ser encontrada no
Apêndice B.
Vencendo os restos de Ark’Su’Nam, a dimensão abissal
estremece com a vacância eterna de seu senhor e mestre.
Fugindo do Abismo
Apesar de terem vencido o grande abissal, os portais para
Inaes foram fechados com a destruição dos nexos. Os
aventureiros devem pensar rápido para conseguir voltar
para casa ou ficarão presos para sempre sendo consumidos
pela energia abissal enquanto morrem de forma agoniante,
sem serem recebidos em seu mundo como heróis cósmicos
conhecidos pelos deuses e através das lendas.
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
Nesta parte da aventura não há combate. Apenas a pura
e simples interpretação. Deixe os jogadores livres para
debaterem, interpretarem e apresentarem ideias para seus
personagens fugirem do Abismo e retornarem à Inaes.
Caso eles tenham conseguido transformar Erdin em um
aliado, ele pode aparecer para ajudá-los a escapar.
Concluindo a aventura
Os personagens voltam para
Inaes como heróis inigualáveis
O destino de muitos mundos esteve nas mãos dos heróis, e
vocês não só performaram admiravelmente salvando muitas
vidas, como também voltaram para receber os louros e
créditos pela colossal vitória.
Histórias serão contadas pelos aventureiros que salvaram
o mundo de uma invasão abissal por gerações e gerações,
estátuas serão erguidas em seus nomes e cidades inteiras
batizadas em homenagem a vocês.
Os heróis serão as pessoas mais famosas do mundo e não
existirá lugar onde não saibam seus nomes ou feitos. E
até o fim de suas vidas, sacerdotes e reis farão fila para
homenageá-los. Seus descendentes viverão com o peso de
seguir os passos dos maiores heróis que já viveram.
Os personagens ficam presos no
reino de Ark’Su’Nam
Existem poucas coisas mais solitárias do que chegar ao
topo. Salvar o mundo e muitos outros mundos de uma só
vez definitivamente coloca vocês em um distinto e honrado
panteão, entre os maiores heróis que já existiram em todos os
tempos.
Suas mortes jamais terão sido em vão e o Exército dos
Dispensáveis os terá entre os mais honrados e veneráveis
membros que já serviram em suas tropas. Jovens heróis
serão educados com os personagens como modelos
aspiracionais, peregrinações serão constantes por locais onde
os aventureiros passaram ou viveram.
Udos e outros deuses intercedem pelos heróis assim que eles
deixam o corpo material. Eles oferecem assentos aos seus
lados, como verdadeiros emissários divinos, ou a chance
de voltarem à vida em um novo corpo, mas retendo grande
parte das habilidades que tinham em sua vida passada.
Sem dúvida, um recomeço especial para jovens aventureiros,
prontos para salvarem o mundo novamente e continuarem
suas histórias.
O mundo de Inaes agradece seus esforços para sempre.
10
Apêndice A: Npc's
Varat, o vampiro abissal
Varat foi um humano de família nobre no império Theodiano
e um dos primeiros mortais em Inaes a ter contato com
Ark’Su’Nam. Sua sede por poder o levou a buscar os segredos
proibidos do Abismo. Transformado em um vampiro
abissal de sangue, ele acabou aprisionado nos domínios da
entidade e busca uma forma de sair dali e retornar à Inaes
com seus novos poderes. Varat ainda acredita que o mundo
é dominado pelo Império Theodiano e foi lançado aqui pelo
lich Nurbamkal (a quem ele odeia profundamente).
Sua força de vontade manteve sua consciência praticamente
intacta, o que não significa que ele seja generoso. Varat
é cruel e manipulador, fazendo de tudo para envolver os
personagens em suas palavras e descobrir o quão seguro é
para ele atravessar os portais abertos pela entidade.
teve uma sede insaciável por conhecimento que ultrapassava os
limites do permitido. Durante uma de suas experimentações com
magias mais poderosas do que poderia lidar, chamou a atenção de
Nurbamkal, que o enviou diretamente para os reinos de seu mestre.
Lá, o mago conseguiu com sua força de vontade e conhecimentos
arcanos se manter vivo e intacto pelo último milênio.
Prefere o isolamento para evitar conflitos com as entidades
abissais mais poderosas e para proteger os segredos que
acumulou ao longo dos séculos. Seus hábitos são detestáveis,
pois se alimenta, com prazer, de restos de abissais e da
putrefata carne de Ark’Su’Nam.
Erdin, o mago meio abissal
Humanoide médio, Neutro mau
Classe de armadura: 19 (armadura natural reforçada com magia)
Pontos de vida: 115 (20d6 + 55)
Deslocamento: 9m

Varat, o vampiro abissal FOR DES CON INT SAB CAR

Humanoide Médio, Neutro mau 10 (+0) 14 (+2) 16 (+3) 22 (+6) 18 (+4) 14 (+2)

Testes de salvaguarda: Int +12, Sab +10

Classe de armadura: 15 (armadura natural)
Resistências à condições: Resistência à magia
Pontos de vida: 95 (10d10 + 40)
Resistências a dano: Frio, elétrico
Deslocamento: 9m
Imunidade à condições: Envenenado, impedido, encantado,
exaustão, paralisado
FOR DES CON INT SAB CAR Imunidade a dano: Necrótico, dano não mágico
Sentidos: Visão verdadeira, percepção passiva 20
18 (+4) 20 (+5) 18 (+4) 17 (+3) 15 (+2) 19 (+4)
Idiomas: Abissal, comum, theodiano, élfico, dracônico
Nível de Desafio: 20 - 30
Testes de salvaguarda: Car +10, Des +11, Con +10 Bônus de Proficiência: +6
Resistências à condições: -
Resistências a dano: Dano não mágico
Imunidade à condições: Envenenado, paralisado e petrificado C aracterísticas E speciais
Imunidade a dano: Necrótico, veneno
Sentidos: Visão no escuro, percepção passiva 18 Benção Abissal. Enquanto Erdin estiver dentro dos reinos de Ark’Su’Nam,
Idiomas: Abissal, comum, Theodiano considere todos seus testes de salvaguarda com modificador de +12.
Nível de desafio: 16 Mestre da Magia Abissal. Erdin tem acesso a uma gama única de
Bônus de Proficiência: +6 feitiços que combinam elementos arcanos e abissais. Ele conhece
todas as magias existentes até o 7º círculo e pode realizar, por dia,
qualquer magia (seja arcana ou divina) com as seguintes limitações:
C aracterísticas E speciais
Truques 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º
Ataque Sanguíneo. Ataque corpo a corpo: +10 para acertar, alcance
Ilimitado ilimitado 7x/dia 6x/dia 4x/dia 3x/dia 2x/dia 1x/dia
1,5m, um alvo. Varat pode atacar com garras encharcadas de sangue
abissal (1d12+5 de dano cortante) ou sua mordida (1d10+5 de dano
Aura de Corrupção. Uma aura permanente de energia abissal rodeia
perfurante, mais 10 (3d6) de dano necrótico. O alvo deve fazer um
Eredin, enfraquecendo a resistência mágica de qualquer um que
teste de resistência de Constituição CD 16 ou perder 5 pontos de vida
se aproxime. Criaturas hostis dentro de um raio de 18 metros têm
máximo até o próximo descanso longo.
desvantagem em testes de resistência contra feitiços.
Controle de Sangue. Varat pode manipular o sangue de inimigos
Teleporte Abissal. Uma vez por dia, Erdin pode se teletransportar
feridos dentro de um raio de 9m, tentando imobilizá-los ou infligir
para qualquer local dentro dos reinos de Ark’Su’Nam.
dano necrótico adicional. A vítima deve fazer um teste de resistência
de Força CD 18 ou ficará paralisada por 1 turno.
A Caverna de Erdin
Forma de Sangue. Como uma ação, Varat pode se transformar em
uma poça de sangue, permitindo-lhe escapar ou se esconder. Nessa Erdin se abriga em uma caverna profundamente escondida,
forma, ele pode se mover pelo chão, paredes ou tetos. protegida por feitiços poderosos de não-detecção. O mago só
será encontrado se assim o quiser. Dentro da caverna há um
contraste de beleza e horror, com cristais que emitem uma
Erdin, o mago meio abissal luz etérea que iluminam as paredes cobertas de inscrições
Erdin era um mago brilhante em Inaes milênios atrás, fruto arcanas, enquanto sombras se movem justapostas às luzes.
das primeiras miscigenações entre almas humanas e abissais.
Possivelmente, o mago foi um dos primeiros meio-abissais a Aqui podem existir meios de deixarem os reinos de
existir. Como um estudioso das artes arcanas, Erdin sempre Ark’Su’Nam para trás, caso consigam convencê-lo a ajudar.

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 11
Apêndice B: Criaturas Vento do Abismo (Abissal de Vento)
Elemental médio, Caótico mau

Vampiro do Sangue Abissal

Morto-vivo médio, Caótico mau
Classe de armadura: 15 (natural)
Pontos de vida: 102 (12d8 + 48)
Deslocamento: 0m, voo 27m
Classe de armadura: 16 (Armadura natural) Iniciativa: +8
Pontos de vida: 144 (17d8 + 68)
Deslocamento: 9m, escalada 9m
FOR DES CON INT SAB CAR
14 (+2) 19 (+4) 18 (+4) 12 (+1) 15 (+2) 14 (+2)
FOR DES CON INT SAB CAR
18 (+4) 16 (+3) 18 (+4) 12 (+1) 15 (+2) 17 (+3)
Testes de salvaguarda: Des +7, Con +7
Perícias: Furtividade +7
Testes de salvaguarda: Des +7, Sab +6, Car +7 Resistência a dano: Contusão, corte e perfurante de ataques não
Imunidades a dano: Necrótico, contusão, perfuração e corte de mágicos
ataques não mágicos Imunidade a dano: Envenenamento
Sentidos: Visão no escuro 36m, percepção passiva 12 Imunidade à condição: Exaustão, paralisado, petrificado e
Idiomas: Abissal envenenado
Nível de desafio: 9 (5.000 XP) Vulnerabilidades a dano: Relâmpago
Bônus de Proficiência: +4 Sentidos: Visão no escuro 18m, percepção passiva 12
Idioma: Abissal
Nível de desafio: 8 (3.900 XP)
C aracterísticas E speciais Bônus de Proficiência: +3

Regeneração Abissal. O Vampiro do Sangue Abissal regenera 20

pontos de vida no início de seu turno se tiver pelo menos 1 ponto C aracterísticas E speciais
de vida e não estiver exposto à luz solar direta ou água corrente. Se
sofrer dano radiante, essa habilidade não funciona naquele turno. Forma Eólica. O Vento do Abismo pode entrar e sair de uma forma
corpórea para uma forma gasosa (como a magia forma gasosa)
Poderes do Sangue Abissal. O Vampiro do Sangue Abissal pode
como uma ação bônus.
utilizar um dos seguintes poderes como uma ação:

• Lança de Sangue. Ataque corpo a corpo à distância: +9 para

acertar, 18 (4d8) de dano necrótico. Lança um projétil de sangue
abissal em um alvo até 18 metros de distância.
A ções
• Névoa Sanguínea. Cria uma nuvem de névoa sanguínea em um Ataques Múltiplos. O Vento do Abismo pode usar sua habilidade
raio de 6 metros centrado no Vampiro do Sangue Abissal. A área Sussurro Cortante e, em seguida, fazer dois ataques com sua Lâmina
é considerada terreno difícil e qualquer criatura que começar seu de Vento.
turno na névoa sofre 5 (2d4) de dano necrótico.
• Forma Abissal. Como uma ação, o Vampiro do Sangue Abissal Lâmina de Vento. Ataque corpo a corpo mágico: +10 para acertar,
pode se transformar em uma criatura feita puramente de alcance 1,5m, um alvo. Dano: 15 (2d10 + 4) de dano cortante.
sangue abissal, ganhando imunidade a danos não mágicos e a Sussurro Cortante. O Vento do Abismo emite um sussurro agudo
habilidade de se mover através de pequenas fendas e sob portas. que pode ser ouvido em um raio de 18 metros. Todas as criaturas
nessa área devem realizar um teste de resistência de Sabedoria CD
15, sofrendo 18 (4d8) de dano psíquico em uma falha ou metade do
A ções dano em um sucesso.
Ataques Múltiplos. O Vampiro do Sangue Abissal faz dois ataques,
um com suas Garras e outro com sua Mordida Abissal.
Garras. Ataque corpo a corpo: +9 para acertar, alcance 1,5m, um alvo.
Dano: 12 (2d8 + 4) de dano cortante. Se o alvo for uma criatura, ela
deve ser bem-sucedida em um teste de salvaguarda de Força com
CD 15 ou será derrubada.
Mordida Abissal (Ação Bônus). Ataque corpo a corpo: +9 para acertar,
alcance 1,5 metro, um alvo. Dano: 10 (1d6 + 4) de dano perfurante
mais 13 (3d8) de dano necrótico. O alvo deve fazer um teste de
salvamento de Constituição CD 15 ou ter seu máximo de pontos de
vida reduzido pela quantidade de dano necrótico recebido enquanto
o Vampiro do Sangue Abissal ganha a mesma quantidade em pontos
de vida temporários.

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 12
Dragão de Sangue Abissal
Dragão enorme, Caótico mau

Classe de armadura: 22 (Armadura Natural)

Pontos de vida: 350 (20d20+140)
Deslocamento: 12m, voo 18m

FOR DES CON INT SAB CAR

28 (+9) 10 (+0) 25 (+7) 18 (+4) 15 (+2) 23 (+6)

Testes de salvaguarda: Con +14, Des +7, Sab +9, Int +11, Car +13
Habilidades de resistência: Sabedoria, carisma
Imunidades a dano: Necrótico, veneno
Sentidos: Visão no escuro 36m, Percepção passiva 22
Idiomas: Abissal
Nível de desafio: 21 (25.000 XP)
Bônus de Proficiência: +7

C aracterísticas E speciais
Regeneração de Sangue Abissal. O Dragão de Sangue Abissal
regenera 20 pontos de vida no início de seu turno se tiver pelo
menos 1 ponto de vida e não estiver exposto à luz solar direta ou não
receber dano radiante.
Aura de Corrupção Sanguínea. Criaturas hostis num raio de 9 metros
devem fazer um teste de salvaguarda de Constituição CD 21 no início
de cada turno do Dragão de Sangue Abissal ou sofrer 10
(3d6) de dano necrótico.
Mestre do Sangue. Como uma ação, o dragão
pode manipular o sangue de criaturas vivas
que possa ver dentro de 18 metros. A
criatura-alvo deve realizar um teste de
salvaguarda de Constituição CD 21. Em
uma falha, ela sofre 55 (10d10) de dano
necrótico ou metade do dano em um
sucesso.

A ções
Ataques Múltiplos. O Dragão de Sangue Abissal pode usar sua
Presença Aterradora e então fazer três ataques: um com sua Mordida
e dois com suas Garras.
Mordida. Ataque corpo a corpo: +16 para acertar, alcance 3m, um
alvo. Dano: 19 (2d10 + 8) de dano perfurante mais 14 (4d6) de dano
necrótico.
Garra. Ataque corpo a corpo: +16 para acertar, alcance 1,5m, um alvo.
Dano: 15 (2d6 + 8) de dano cortante.
Cauda. Ataque corpo a corpo: +16 para acertar, alcance 6m, um alvo.
Dano: 17 (2d8 + 8) de dano contundente.
Presença Aterradora. Criaturas escolhidas pelo dragão que estejam a
até 36 metros e cientes dele devem fazer um teste de Sabedoria CD
21 ou ficam amedrontadas por 1 minuto.
Sopro de Sangue Abissal (Recarga 5–6). O Dragão de Sangue Abissal
exala energia necrótica em uma linha de 28 metros de comprimento
e 3 metros de largura. Criaturas na linha devem fazer um teste de
Constituição CD 22, sofrendo 88 (16d10) de dano necrótico em uma
falha ou metade do dano em um sucesso.

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 13
 f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 14
 Restos de Ark'Su'Nam
Aberração enorme, Caótico mau

Classe de armadura: 19 (Pele de pedra e terra)

Pontos de vida: 310 (23d12+161)
Deslocamento: 9m, escavação 9m

FOR DES CON INT SAB CAR

26 (+8) 11 (+0) 25 (+7) 18 (+4) 15 (+2) 20 (+5)

Salvaguardas: Con +13, Sab +8, Car +11

Perícias: Percepção +8, intimidação +11, natureza +10
Resistências a Dano: Contundente, perfurante e cortante de ataques
não mágicos
Imunidades a Dano: Sangue, ácido, veneno
Imunidades à Condição: Envenenado, paralisado e petrificado
Sentidos: Visão no escuro 36m, Percepção passiva 18
Idiomas: Comum, abissal, terran
Desafio: 18 (20.000 XP)
Bônus de Proficiência: +6

A ções
Ataques Múltiplos. Os Restos de Ark'Su'Nam faz dois ataques com
seus membros de pedra e pode usar Convocar Terra uma vez.
Membros de Pedra. Ataque corpo a corpo: +14 para acertar, alcance
3m, um alvo. Dano: 21 (3d8+8) de dano contundente.
Convocar Terra. Os Restos de Ark'Su'Nam batem no chão,
convocando espinhos de pedra num raio de 9 metros centrado
nele. Criaturas na área devem realizar um teste de salvaguarda de
Destreza CD 18, sofrendo 35 (10d6) de dano perfurante em falha ou
metade do dano em sucesso.
Onda de Sangue (Recarga 5-6). Os Restos de Ark'Su'Nam liberam
uma onda de sangue em um cone de 18m. Criaturas na área devem
fazer um teste de salvaguarda de Constituição CD 18, recebendo
45 (13d6) de dano necrótico em falha ou metade com um sucesso.
Criaturas que falham por 5 ou mais são envenenadas até o fim do
próximo turno dos Restos de Ark'Su'Nam.

A ções L endárias
Os Restos de Ark'Su'Nam podem realizar 3 ações lendárias,
escolhendo entre as opções abaixo:

• Ataque com Membros de Pedra (custa 1 ação). Os Restos de

Ark'Su'Nam fazem um ataque com seus membros de pedra.
• Tremor (custa 2 ações). Os Restos de Ark'Su'Nam causam um
pequeno terremoto. Todas as criaturas em pé numa superfície de
pedra ou terra num raio de 18 metros devem passar num teste
de salvaguarda de Destreza CD 18 ou caem no chão.
• Recuperar (custa 3 ações). Os Restos de Ark'Su'Nam
recuperam 50 pontos de vida.

f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 15
 OS METADINHAS
Nova Ancestralidade para 5E
por Guilherme Faccio e Peterson Rodrigues

á séculos, as terras do oeste de Inaes eram habitadas

H
Aumento de Atributos
por uma comunidade de criaturas únicas e Nas versões mais recentes de 5e, e também pela proposta
resilientes, conhecidas como Metadinhas. Vivendo em que temos para o mundo de Inaes, não existe aumento de
vilas comunitárias, esses nativos eram conhecidos por sua atributo fixado por ancestralidade. É estabelecido, somente,
maestria nas artes da caça, pesca e, acima de tudo, pela que o personagem deve aumentar um atributo em +2 e
aptidão excepcional em lógica e matemática. As aldeias outro em +1 ou três atributos diferentes em +1.
Metadinhas eram verdadeiras maravilhas de engenharia, Se o seu grupo ainda optar por aumentos fixos por
com grandes feitos que surpreendiam os visitantes. Nas ancestralidade, considere o seguinte para um personagem
ilhas que habitavam, era possível encontrar elevadores e Metadinha: seu valor de Destreza aumenta em +2 e seu
polias sofisticadas como um testemunho da mente aguçada valor de Inteligência ou Sabedoria aumenta em +1.
e habilidades técnicas dessa sociedade. Cada aldeia era
uma expressão viva de sua conexão com a natureza e sua
habilidade em moldar o ambiente ao seu redor. Traços do Metadinha
No entanto, uma tragédia pairava sobre a história dos Como um Metadinha, você tem os seguintes traços raciais.
Metadinhas. Cerca de 200 anos atrás, a Vila do Arvoredo
- sua maior e mais popular comunidade - desapareceu Idade. Um Metadinha atinge a idade adulta aos 20 anos e
misteriosamente. Um centro pulsante de cultura e geralmente vive até os 150 anos.
conhecimento se tornou apenas uma lembrança, deixando
Tipo de Criatura. Você é um humanoide.
para trás uma incógnita do que haveria acontecido.
Tamanho. Você possui tamanho pequeno.
Apesar da perda, os Metadinhas se restabeleceram em
duas novas comunidades a noroeste, à beira do vasto Mar Velocidade. Sua velocidade de caminhada é de 7,5 metros
do Oeste. Nessas aldeias, a tradição de engenharia e as (25 fts).
proezas mecânicas continuaram a prosperar. Além disso, os
Metadinhas valorizam profundamente suas raízes culturais, e
uma das tradições mais distintas é a arte de criar dreadlocks
bem elaborados. Esses penteados não apenas eram uma
expressão de identidade, mas também simbolizavam a
resiliência e força da mente Metadinha, enraizada em sua
ancestralidade.

Hoje, enquanto os Metadinhas prosperam de outras formas,

o desaparecimento da Vila do Arvoredo permanece um
enigma não resolvido. Alguns acreditam que é um mistério
para ser desvendado, enquanto outros veem o passado como
uma lembrança para moldar o futuro. Independentemente
disso, os Metadinhas persistem como uma comunidade
notável, conectada à terra, ao mar e à intrincada teia de
lógica que permeia sua história.

f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 16
Genialidade. Você pode escolher passar em um teste
de ataque, teste de perícia ou teste de salvaguarda
automaticamente. Você recupera essa habilidade após um
descanso longo.
Tradição Ancestral. Você ganha proficiência em uma das
seguintes perícias: Arcana, Investigação ou Natureza.
Agilidade do Metadinha. Você pode se movimentar pelo
espaço de qualquer criatura que seja de um tamanho maior
que o seu.
Versatilidade do Metadinha: Escolha uma entre as 3
opções abaixo:
Mente Engenhosa. Sempre que você realizar um teste
de Inteligência (História ou Arcana) relacionado a itens
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
mágicos, objetos alquímicos ou dispositivos tecnológicos,
você pode adicionar o dobro do seu bônus de proficiência
em vez de qualquer bônus de proficiência que você aplicaria
normalmente.
Instinto Natural. Sempre que você realizar um teste de
Sabedoria (Percepção ou Sobrevivência) relacionado à caça,
pesca e perceber ou rastrear criaturas, você pode adicionar
o dobro do seu bônus de proficiência em vez de qualquer
bônus de proficiência que você aplicaria normalmente.
Raciocínio Lógico. Sempre que você realizar um teste
de Inteligência (Investigação ou Arcana) relacionado à
armadilhas ou quebra-cabeças, você pode adicionar o dobro
do seu bônus de proficiência em vez de qualquer bônus de
proficiência que você aplicaria normalmente.
17
 f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 18
 O CAMINHO DO
PUNHO CÓSMICO
Subclasse para Monge
por Guilherme Faccio

m Inaes, a conversão dos astros no dia em que as

Epessoas nascem molda os destinos daqueles que um dia
serão capazes de grandes feitos. Os monges que seguem o
Caminho do Punho Cósmico estudam rigorosamente essa
conversão e buscam transcender suas formas mortais por
meio de um treinamento rigoroso que lhes permite acessar
esse poder do cosmo. Assim, canalizam seu ki em exibições
deslumbrantes de energia e habilidades marciais, ecoando as
impressionantes capacidades do cosmo.
Rajadas Cósmicas
No 6º nível, você ganha a capacidade de canalizar seu ki em
ataques de energia à distância. Como uma ação, você pode
gastar 2 pontos de ki para liberar uma explosão de ki. Faça
um ataque à distância contra um alvo a até 9 metros (30
pés), causando 2d8 de dano cósmico em um
acerto. O dano aumenta para 3d8 no 11º
nível e 4d8 no 17º nível.

Punho Cósmico
Ao escolher essa tradição no 3º nível, seu corpo começa
a ser infundido com o poder do cosmo. Sempre que você
acertar com um golpe desarmado, você pode gastar 1 ponto
de ki para causar um dano cósmico adicional de 1d4. Esse
dado muda conforme você ganha níveis de monge, como
mostrado na coluna Artes Marciais da tabela de Monge para
golpe desarmado.

Sentidos do Ki
No 3º nível, você ganha a habilidade de ler o
fluxo do ki de criaturas vivas. Como uma ação,
você pode concentrar seus sentidos para detectar
a presença e localização de qualquer criatura viva
dentro de 90 metros (300 pés). Você não pode
discernir o tipo específico de criatura, apenas sua
presença e direção geral, mas presenças mais fortes
do que a sua têm um ponto mais preciso. Esse efeito dura
10 minutos e você pode usá-la um número de vezes igual ao
seu modificador de Sabedoria (mínimo de 1). Você recupera
todos os gastos quando terminar um descanso longo.

Em combate, essa habilidade escala no 6º nível, permitindo

descobrir a CA de uma criatura. No 11º nível, você é capaz
de descobrir os valores de salvaguardas e, no 17º nível, a
quantidade de pontos de vida.

f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 19
Orbe Cósmico
No 11º nível, você aprende a reunir a energia do cosmo para
criar uma esfera potente de energia. Como uma ação, você
pode gastar 5 pontos de ki para criar um Orbe Cósmico.
Cada criatura dentro de 9 metros (30 pés) de você deve fazer
um teste de salvaguarda de Constituição contra sua CD ou
sofre 6d10 de dano cósmico em caso de falha no teste, ou
metade desse valor em caso de sucesso. Você pode optar por
segurar por mais 2 turnos para aumentar o orbe e aprimorar
os efeitos, como se estivesse concentrando em um feitiço:

• 1º turno extra: O tamanho da área de efeito agora é de

15 metros (50 pés), o dano aumenta para 10d10 e você tem
vantagem no teste de salvaguarda de constituição para manter
a concentração, se segurar um turno extra.
• 2º turno extra: Criaturas dentro da área afetada têm
desvantagem no teste de salvaguarda e ficam vulneráveis a
todos os tipos de dano até o início do seu próximo turno.

Enquanto estiver concentrado, você é capaz de usar todo o

seu movimento, usar sua ação de Corrida ou Esquiva e sua
ação bônus para Passo do Vento ou Defesa Paciente. Se você
estiver prestes a perder a concentração, você pode gastar
sua reação e 2 pontos de ki para liberar a energia na direção
desejada, aplicando os efeitos básicos.

Corpo Cósmico
No 17º nível, sua maestria sobre a energia cósmica atinge
o ápice, permitindo que você se transforme em um estado
semelhante a um ser celestial. Como uma ação bônus, você
pode gastar 6 pontos de ki para assumir sua forma cósmica
por 1 minuto. Enquanto estiver nesta forma, você obtém os
seguintes benefícios:

• Você tem uma velocidade de voo igual à sua velocidade de

caminhada e pode pairar.
• Você tem resistência a todos os tipos de dano, incluindo dano
cósmico.
• Seus golpes desarmados agora causam um dano adicional de
2d10 dano cósmico.
• Você pode usar Rajadas Cósmicas sem gastar pontos de ki.

f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 20
 FÚRIA DE GAOL
Uma aventura sedutora em Inaes
por
"Nos finos fios que tecem as cordas escarlates do amor, a jovem
Deusa é sua grande maestra."
úria de Gaol é uma mesa com conteúdo erótico, puzzles
Fde interpretação e referências poéticas, enquanto tudo
aqui escrito é pelo ponto de vista da criatrix (eu mesma).
É importante lembrar que consentimento e diversão são
os pontos chaves desta aventura - os textos e personagens
escritos visam uma audiência e jogadores maiores de idade.
Caso este não seja o seu caso ou de algum de seus jogadores,
sinta-se livre para adaptar o que achar melhor.
Dicas para personagens
Esta aventura tem início em Inaes e pode ser adaptada para
qualquer universo de origem. Entretanto, sua trama principal
se passa na dimensão de Umbreterra, que pertence ao
universo de Lacrima.
Nível: Após nossa premissa, é de se considerar que os
personagens são aventureiros com algum tipo de bagagem
de combate ou emocional, já que cada um deles despertou
o interesse de uma importante pessoa de Umbreterra,
seja por sua habilidade de combate, fama, ancestralidade
ou aparência. Recomendamos que os jogadores façam
personagens de nível 5 para esta aventura.
Perícias: Nesta aventura, trabalharemos com o sistema de
Glamour, a critério do mestre. Personagens considerados
“bonitos” e/ou aqueles que fizerem jogadas ousadas
de sedução, não precisam rolar testes em persuasão ou
enganação. Importante lembrar que após batalhas ou
cenários caóticos, a aparência e libido dos jogadores devem
ser afetadas, para o bem ou para o mal.
Antecedentes: Alguns antecedentes dentro desta aventura
podem dar vantagens e desvantagens. É importante
lembrar que no momento em que Fúria de Gaol se passa,
ainda é estritamente proibido, em Umbreterra, qualquer
culto de divindades que não seja à Alanta, a Rainha
Aranha - o que traz grandes complicações para a vida de
um Acólito nesta aventura. Além disso, Umbreterra conta
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
Raphaela Nerissa Egéa e Matheus Dalmas
com um Ateneu, mas grande parte de suas lascivas são
atéias, devotas de Alanta ou mantém segredo absoluto
sobre sua fé, pois a Rainha Aranha tem olhos em todos
os lugares. Portanto, um Nobre de Q'adeshian pode ter
vantagens dentro da metrópole enquanto uma Espiã
pode ter fácil acesso aos templos de Gaol, além das festas
e eventos de nobres, onde muita informação pode ser
adquirida, por exemplo.
Idiomas: Em Umbreterra e na superfície se fala Comum,
mas alguém que fale Umbreterriano (subcomum) talvez
consiga se destacar, principalmente na Feira da Obsidiana.
Algumas lascivas e clérigas de Gaol falam Nishka, um tipo
de dialeto erótico que é usado para troca de informações
ou fofocas informais.
Classes: Qualquer classe é benquista pela Deusa, e em
uma aventura extremamente romântica e sensual, não
tem como não dar um abraço mais apertado nos nossos
bruxos, lascivas, bardos e até alguns paladinos que gostam
de andar nas entrelinhas do provocativo. Clérigos de
outros deuses que não sejam Gaol são difíceis de encaixar,
já que o culto da mesma é mal visto pelos demais deuses
e habitantes - assim como tivemos em nossa mesa ao
vivo, talvez seja estimado um clérigo que foi abandonado
e está em busca de uma nova divindade ou, quem sabe,
um “enemy to lovers” de clérigos opostos? Caso você se
interesse por magos, no norte de Inaes há um grupo de
magos chamado Conventículo Crisântemo, que se dedicam
a estudar as artes da magia de encantamento e ilusão em
nome de Gaol, além de terem escrito um livro chamado
"Zanta Mutra".
Sistema da Mariposa e
Instruções da Aventura
Este sistema consiste em trabalhar primordialmente o
glamour e interpretação dos personagens. Sendo uma
mestra com referência (talvez excessiva) em shoujo e
romances góticos, não podia deixar de trazer esse elemento
para minhas mesas e aventuras. Mestrando para amigas
21
com referências parecidas, desenvolvi um sistema onde
a interpretação e emoção por trás dos personagens são a
grande arma e superam qualquer decoreba de combate
ou combo. Nesta aventura - e outras que seguirão nesse
mundo das Glicínias Escarlates - os jogadores terão perícias
adicionais e o número final dessa perícia é determinado pelo
mestre.
Glamour
Vestimentas, aparência, trejeitos atraentes.
Pontos dados pelo mestre (-1 a 10) + Modificador de
Inteligência.
○ Aqui, usamos Inteligência considerando que para uma
pessoa saber se vestir ou se portar de alguma maneira, houve
um mínimo de estudo ou pesquisa para ela incorporar isso
para si.
Malícia
Maldade, egoísmo, sede de poder, luxúria, vaidade em
excesso.
Pontos dados pelo mestre (-1 a 10) + Modificador de
Carisma.
Aqui, usamos Carisma considerando que atos vis necessitam
de muita lábia, um status auto explicativo.
Carícia
Altruísmo, gentileza, prazer mútuo, romance.
Pontos dados pelo mestre (-1 a 10) + Modificador de
Sabedoria.
Consideramos que uma pessoa gentil ou com atos de carinho
tenha tido em sua vivência experiências de afeto, ou que
pelo menos se alinhe com uma filosofia/atos que possam
lhe trazer boas consequências (ex: quem planta coisas boas,
colhe coisas boas, etc).
Se por acaso os jogadores se aproximarem de um "TPK"
- seja por níveis diferentes ao recomendado ou alguma
dificuldade extra - sugerimos a possibilidade de Gaol intervir
na batalha indiretamente, sem se manifestar em sua forma
física, explodindo o possível monstro em mil pétalas para
ajudá-los. Não tem como negar que é divertido ver um
pouco do desespero dos seus aventureiros, não é? E tudo fica
melhor com flores.
Como ler essa aventura
Esta aventura apresenta algumas padronizações de modo a
facilitar sua leitura e compreensão. Além disso, apresentamos
a seguir a estrutura do texto, de modo que você possa se
familiarizar com ela.
Perícias. Um teste de perícia será apresentado sempre da
mesma forma: Atributo (Perícia) CD. Primeiro, colocamos
o atributo, como “Força”, por exemplo. Entre parênteses,
colocamos a perícia relacionada ao teste, como “(Atletismo)”.
Por fim, o número depois dos parênteses é a Classe de
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
Dificuldade (CD) do teste, como “15”, para exemplificar.
Dessa forma, algo como “Força (Atletismo) CD 15” significa
que o personagem precisa fazer um teste de Força, somando
sua proficiência em Atletismo (se for proficiente na perícia),
e o resultado deve ser igual ou superior a 15 para ser
considerado um sucesso.
Monstros, Magias e Itens Mágicos. Sempre que uma
criatura ou monstro for citada na aventura, seu nome
estará em negrito e minúsculo (exceto em casos de nomes
próprios). A ficha para essas criaturas está no primeiro
apêndice da aventura. Magias estão escritas em itálico e
capitalizadas de acordo (por exemplo, mísseis mágicos). Por
fim, itens mágicos sempre aparecem em itálico e negrito (por
exemplo, poção de cura).
Esta caixa de texto deve ser lida em voz alta ou
parafraseada para os jogadores. Ela contém informações e
narrações importantes e serve como ponto de apoio para
manter a narrativa fluindo.
Esta caixa de texto é apenas para o mestre, e contém
informações importantes para uso rápido durante
a aventura. As informações nela não devem ser
compartilhadas com os jogadores durante a aventura.
Ganchos de Aventura
Madame Meitene, nobre povo-bicho corvo
e dona de um bordel extraplanar
Da mansão mais opulenta do Quadrante Ametista de
Umbreterra, escuta-se rocos vocais de algo que se parece
com uma canção de ninar, acompanhados do delicado som
das cordas de um koto unidos ao cheiro de sândalo e mirra,
cuja fumaça dos incensos dançam junto a música. Madame
Meitene não é uma mercadora comum. Ela, assim como
todas as figuras de poder daqui, tem trocas constantes com
dimensões e planos diferentes, sendo 30 minutos de seu
tempo uma quantia imensurável em ouro. A corvo fêmea de
penugem quase violeta não vende armas ou pergaminhos,
ela vende prazer - seu bordel tem a vitrine mais exuberante e
vasta de toda a Umbreterra.
Chegou em seu ouvido que os artefatos mágicos da própria
Deusa do Amor haviam sido roubados de seu templo.
Visando estar nas graças dessa Deusa para seus negócios
prosperarem ainda mais, a mercadora busca aventureiros
que possam fazer essa missão. A recompensa pelo trabalho
será uma magia desejo. Ela conta para os aventureiros que o
único lugar possível para os artefatos estarem é na Feira da
Obsidiana.
A Praga Cinza e o pânico de Amora
Rumores sobre uma doença, chamada “a praga cinza”,
circulam na capital das Ilhas Gêmeas. Os afetados por essa
doença não conseguem sentir o gosto de suas comidas, o
aroma de seus perfumes e alguns também não conseguem
ter relações sexuais - o fluxo de viajantes por aqui é maior do
que o comum e todos trilham o mesmo caminho: o pequeno
22
e único templo de Gaol. O culto a essa Deusa e seu clericato
é mal visto pela população e por outros clérigos devido à sua
filosofia hedonista. Afinal, em uma disputa contra abissais e
com o mundo se despedaçando, por que alguém precisaria
de um banho de rosas, um cabelo trançado com flores e fitas
ou um novo perfume? Por conta dessa represália, o templo
fica isolado do resto da cidade e está localizado no extremo
norte, perto de uma baía. É um local pequeno, mas não lhe
falta graça, com altas glicínias em volta do templo, roseiras
exuberantes e paredes de quartzo rosa. Em seu interior, uma
banheira grande exala vapores e cheiro de rosas, enquanto
alguns clérigos tentam atender as pessoas.
Ao contrário do resto do ano, o templo está lotado no dia de
hoje e sua alta clériga Amora - uma elfa punhal de volumosos
cabelos prateados - recebe o grupo de aventureiros em
pânico e anseio: ela colocou o anúncio sobre os artefatos
roubados há meses na Guilda dos Aventureiros local. Apenas
agora, quase 6 meses depois, finalmente deram atenção ao
seu pedido. A recompensa é uma benção chamada "Lábios
de Melissa". Essa bênção dura 3 dias e lambuza os lábios
dos aventureiros com o mel sagrado de Gaol, concedendo
vantagem em todos os testes de perícia que utilizam Carisma.
Por mais que ela more na superfície, Amora sabe que a Feira
da Obsidiana é o melhor lugar para começar a busca, já que é
o único lugar que os artefatos seriam vendidos a “céu aberto”.
A Madame Meitene é um povo-bicho corvo. Ela fala
calmamente e aparenta estar nos seus 70 anos. Por favor,
não a interprete como uma velha fumante, já temos essas
em excesso. Ao contrário disso, ela é uma senhora gentil
e sua presença serena contrasta com a construção e
ambiente opulento que ela vive.
Já Amora, é uma voluptuosa elfa punhal clériga e que
aparenta ter bebido 8 xícaras de café de tão afobada que
está. No fundo, ela sempre parece estar escondendo algo,
mas a sua beleza e afobação conseguem fazer esse fato
passar despercebido.
A Fúria de Gaol
Independente da rota que você escolha, Fúria de Gaol é sobre
resgatar os artefatos da Deusa do Amor de Inaes e, no meio
do caminho, descobrir que as consequências de sua fúria
se materializaram em uma doença que retira as sensações
dos prazeres da vida das pessoas: sentir o cheiro e gosto de
comidas e perfumes, libido, preguicinha pós almoço e tudo
que envolve vaidade rotineira. Ao aceitarem essa missão,
os aventureiros são marcados por Gaol, ficam imunes à sua
fúria e aqueles que tiverem perícia em Arcana conseguem
sentir e ver a marca - uma tatuagem escarlate como se fosse
um coração duplo, que fica marcada no glúteo esquerdo
daqueles que a receberam. Independente de sua rota, um
portal é concedido para que eles cheguem diretamente ao
lugar que precisam.
Trilhas Umbrais
A aventura inicia-se no único local da Umbreterra que é
permitida as idas e vindas de portais. Atente-se aos detalhes
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
do Box de Leitura e às consequências do teste de perícia
que estarão escritas na sequência. É importante pontuar
que Umbreterra é um outro plano e não faz parte de Inaes.
As pessoas aqui se referem à Inaes como “superfície” e
grande parte delas não tem conhecimento sobre a cultura do
“mundo de cima”.
Música de Sugestão: Choufou Mali - Miloude
Umbreterra sempre foi assunto de bardos e contadores
de história: "A Terra Sem Sol, A Toca da Aranha e Retulho
Ametista" são apenas algumas das obras famosas que
foram escritas por magos e estudiosos sobre o lugar.
Diante de seus olhos, um grande submundo cercado de
pedras preciosas incrustadas nas paredes cavernosas, uma
variedade de cogumelos e vegetação fluorescente. Aqui
não há céu, sol, lua e o ar é pesado, cujas correntes de ar
mudam entre os opostos de temperatura.
Para aqueles que são religiosos, é de conhecimento
comum que por trás, ou melhor, acima de tudo isso,
manda a imponente Alanta, a Rainha Aranha. Aqueles
que vivem aqui sempre deixam isso muito claro em suas
vestes e preces. Sua respiração, olfato, modo de andar e
sentir estão diferentes, como se vocês não estivessem mais
em Inaes. A Feira da Obsidiana está logo à frente, mas
durante o caminho para lá a sensação etérea de estarem
sendo observados a cada passada parece aumentar
gradativamente desde que vocês chegaram.
A sensação inquietante vai se dissipando conforme vocês
se aproximam da feira. À distância, a Feira da Obsidiana
parece um vistoso festival, com chamas azuis de aparência
acolhedora reluzindo ao longe. Essa Feira é um destaque
nesta terra intimidadora e assombrosa: vozes altas e
um movimento intenso de pessoas e criaturas das mais
diversas formas - especialmente com o excessivo trânsito
de elfos punhais - aromas de especiarias imensuráveis
e barracas contendo produtos variados, de temperos
e roupas até artefatos mágicos e animais místicos de
estimação. Ao redor desse caos poético, portais em forma
de fendas arcanas rasgam em um ritmo constante, o que
parece ser muito comum para as pessoas daqui. Luxuosas
tendas feitas de tecidos nobres e consideravelmente
próximas umas das outras, brilham junto com as luzes
das lamparinas de chama safira, enquanto outros grupos
de viajantes circulam em meio aos outros seres e elfos
punhais, os quais andam em passos lentos, observando
todo o movimento. Esses elfos punhais vestem uma
espécie de armadura militar de cobre com uma aranha roxa
e metálica cravada, os destacando em meio a multidão.
E então, meus queridos, como vamos prosseguir?
Assim que se dirigem para a Feira da Obsidiana, os
jogadores podem realizar um teste de Sabedoria (Percepção)
CD 18, caso queiram. Com um sucesso, os aventureiros
intuitivamente sabem que é como se a própria Rainha
Aranha estivesse observando-os, como se ela possuísse
olhos em todos os lugares e soubesse da presença deles. Se
também quiserem investigar os portais, precisam realizar
um teste de Inteligência (Investigação ou Arcana) CD 14.
Se passarem, perceberão que esses portais não são comuns
e possuem origens extraplanares. Se alguém quiser roubar
uma barraquinha ou transeunte, peça para rolar um teste de
Furtividade e siga os valores da tabela abaixo.
23
Valor no dado Saque
10-13 Cogumelos Roxo - funciona como poções de cura
14-17 Veneno Q'adeshiano - 3d6 de dano venenoso. Pode
ser aplicado em uma arma, mas é usável apenas
com um Kit de Envenenador ou com um teste
bem-sucedido de Inteligência (Natureza ou Arcana)
CD 15
18-20 Convite para Leilão Q'adeshiano
Os aventureiros são livres para explorar a feira e você,
mestre, explorar sua criatividade. Aqui cabem diversos
NPCs vendendo uma variedade de itens mágicos e não
mágicos, assim como armaduras, componentes mágicos para
usuários de magia (mais amor para os magos, por favor) e
pergaminhos. Após as compras e outras ações, o grupo pode
ser direcionado para a barraca de Robson, o maior vendedor
de artefatos mágicos de Umbreterra, e não há nada brilhante
que ele não conheça.
Por mais que os jogadores possam tentar se comunicar com
a ninfa, é como se seu deleite próprio fosse maior do que
qualquer coisa: ela se masturba fisicamente e mentalmente,
ignorando tudo e todos que estiverem à sua volta. Um
teste de Inteligência (Arcana) CD 15 revelará que a ninfa
sintonizou-se com esse artefato e ele tomou conta de sua
consciência, colocando-a em um transe sem fim.
Os jogadores podem tentar persuadi-la, mas ela não irá ceder
e entenderá que querem seu artefato. Independente do grupo
ou a ninfa atacar primeiro, ela revelará oito asas negras em
suas costas, além de presas e unhas longas e afiadas.
- Eu passei milênios chorando por amor e agora eu não preciso
de mais nada, de mais ninguém! Vocês nunca irão tirar essa
corrente de mim!
Após proferir essa frase, o combate dará início. Consulte a
ficha da ninfa violeta no Apêndice A.

Eu gosto de sempre dar caminhos para meus leitores com

Peça aos jogadores para dizerem quantos pontos de
os NPCs que crio. Robson, inicialmente, é para ser um
Glamour totais cada um tem. Aquele que tiver o maior
gnomo excêntrico e de voz engraçada. Ele é traiçoeiro e vai
número, será atacado imediatamente pela ninfa, antes do
tentar vender quinquilharias que parecem ser objetos raros
início da primeira rodada de combate.
e mágicos, mas tudo não passa de um glamour - o que
não te impede em fazer um profano ou orc sedutor que
pode enganar o grupo de aventureiros com sua lábia e seu
charme.

Após gastar 500 de Ouro ou fazer um teste de Carisma

(Intimidação) CD 16, Robson revelará que vendeu uma
“corrente do amor” para uma ninfa da Lagoa Vermelha, além
de avisar o grupo sobre deixar as aranhas em paz, sem entrar
em detalhes. O tempo de viagem da Feira da Obsidiana até a
Lagoa deve levar em torno de 2 horas. Será uma caminhada
tranquila mesmo que o ambiente ao redor seja sombrio - a
não ser que os aventureiros matem alguma aranha no trajeto,
o que irritará Alanta e prenderá o infrator ou infratora em
um casulo de teias para servir de alimentos às aranhas de
Umbreterra.

Música de Sugestão: Humming With Ocean Waves - Burcu

Gönül
A caminhada exaustiva vai se apaziguando com um canto
misterioso e o barulho de água. O chão, que até agora
era apenas pedra e terra, começa a mostrar um ritmo
crescente de flores de crocus brancas, cujo orvalho é
notavelmente diferente do que vocês conhecem, gotículas
vermelhas que contrastam com as pequenas flores albas.
O cântico é sedutor e puxam vocês para cada vez mais
próximo da imensa lagoa cercada de pedras e alguns
pássaros de formato estranho. No centro do pequeno
lago vocês encontram a fonte desse som: uma criatura
humanoide, com longos cabelos negros que abraçam sua
silhueta e que conta com um par de pequenas asinhas de
penas pretas onde deveriam estar suas orelhas. A ninfa de Após sua morte, a ninfa se livra da insanidade causada pelo
pele roxa se destaca dentro da água de tom rubi. Enquanto artefato e, lentamente, seu corpo se transforma em diversas
ela murmura e canta de prazer, chama suas atenções uma flores de lírio do vale, as quais são levadas pela correnteza.
corrente que abraça todo o seu corpo. Nesse momento,
No fim, ela voltou a ser uma só com aquilo que mais amou:
a marca de Gaol em vocês arde, brilha e lhe dá calafrios
a natureza. A corrente agora está disponível para um dos
- esse é o primeiro artefato roubado da Deusa e ela exige
que vocês peguem de volta. jogadores pegar. Narre para quem pegou o item que seu/
sua personagem entrou em um estado de torpor e teve a

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 24
visão da Casa Lavanda e suas paredes de espelhos, localizada
em uma “cidade de aranhas de prata”. Após sair do torpor,
o/a personagem estará com 1 ponto de exaustão. Deixe
seus jogadores discutirem o que aconteceu e dê a eles a
possibilidade de poder fazer um descanso curto no entorno
da lagoa.
Os jogadores não precisam pensar muito para lembrar dos
elfos punhais com suas majestosas armaduras aracnídeas,
cuja origem deve vir da metrópole Q'adeshian. Caso eles
não recordem, peça a eles um teste de Inteligência CD 14
e os lembre da informação. Outro gancho é eles voltarem à
feira e rolarem um teste de Inteligência (Investigação) CD 12
para ouvir alguma fofoca que os levará até a metrópole. Caso
passem no teste, ouvirão que terá um leilão de uma 'pérola
sagrada' em Q’adeshian.
Felicidade Taxativa, Mentiras
e Chacinas
Chegando à Q'adeshian, o grupo é abordado pelas
cavaleiras punhais. Se o seu grupo tiver alguma elfa
punhal, ela deve identificar-se e dizer a qual Família
pertence; caso seja um personagem masculino, ele deve
reportar quem é sua matrona ou esposa. Ambos terão
passe livre, mesmo se forem viajantes. Caso seu grupo
não tenha nenhum, podem tentar entrar pela lábia com
um teste de Carisma (Enganação) CD 15 ou Carisma
(Intimidação) CD 18. Independente do caminho que eles
fizerem, o objetivo é adentrar a capital e rapidamente se
encaminharem para a Casa Lavanda.
Se você tiver um grupo caótico, aqui é um péssimo lugar
para permitir o caos, já que em Q'adeshian há forças
militares dos punhais para todos os lados. Pensando
naquele jogador que sempre quer fazer uma gracinha ou
rolar uma furtividade e acabar matando todos os outros,
deixo de sugestão uma NPC elfa punhal clériga de Alanta,
com um penteado de maria chiquinha, chamada Kham'yra
Arjuani. Os nobres Arjuani competem com os Azraq, e
Kham'yra daria tudo para fazer esse leilão ser uma lástima.
Os nobres punhais costumam ser caóticos e ardilosos,
então sinta-se livre para adaptar o que quiser a partir disso.
Música de Sugestão: Mohe Mohe - Amanati
Vocês já ouviram histórias sobre os elfos de pele roxa e
cabelos prateados e sua grande Rainha Aranha. Talvez
tenham escutado tais histórias através de algum bardo
bêbado em uma taverna quando mais jovens, mas nada
do que vocês leram ou escutaram os preparam para o que
está diante dos seus olhos. A intimidação dos elfos que
moram aqui beira uma sensação que vocês, aventureiros,
já sentiram antes: a sensação de morte iminente, como se
seus espíritos e mentes estivessem enclausurados e todos
os seus estudos de magia, treinos de força ou qualquer
outra coisa não valessem de nada neste momento. Vocês
até podem ter passado pelas intimidadoras guardas, mas
elas eram meros peões perto do que está à sua frente.
O que na superfície equivale a ouro, em Umbreterra não
passa de material de construção, como pedras preciosas e
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
minérios brilhantes. Os altos redutos de Q'adeshian feitos
de ametista, tanzanita e sugilita exalam incenso de caqui e
ecoam as risadas irônicas dos punhais. Todo o chão é feito
de obsidiana e ágata, havendo alguns ladrilhos decorados
com aranhas em pinturas irregulares, um indicativo que
cada um desses milhares de ladrilhos que se destacam
foram pintados à mão. A Rainha Aranha está presente em
cada lugar, e todos fazem questão de exibir isso em suas
vestes e adornos. O clero e a força militar esbanjam suas
insígnias aracnídeas, e sempre que passam por vocês,
forasteiros, sussurram suas preces: "Khadie tzataradhi,
lillieadi man Alanta kabut".
No alto de uma longínqua colina, avista-se três construções
imensas e uma menor: à esquerda, a Academia de Magos
“Teia Infalível”; à direita, a unidade de treinamento militar
“Teatro de Operações Meimendro”; e ao centro, um templo
dedicado à Alanta, tão majestoso quanto os redutos da
metrópole; por fim, abaixo dos três, há uma construção em
rubi com palavras escritas em gíria de ladrão . A mansão
lavanda, residência dos Azraq, está logo à frente.
Tic tac, aventureiros, o leilão está para começar e a Donzela
Carmesim não tem muita paciência para esperar.
Caso algum dos personagens fale muito bem élfico ou
umbreterriano, ele ou ela compreende que as palavras
proferidas são preces à Alanta, que dizem: “Espero que
a Aranha lhe pique”. Já a escrita em gíria de ladrão é
enigmática e feita de uma forma que apenas os adeptos à
ladinagem compreendam, podendo ser revelado por estes
como “Ateneu Phytia”.
Sabe, minha cara narradora ou narrador, enquanto eu
adoraria esticar muito e dar um super enredo nesse
cenário, esta aventura é apenas uma one-shot. Deixe
que seus jogadores se deslumbrem com o encanto
da Umbreterra, mas que eles entendam que o foco é
necessário (afinal, nosso tempo é curto, não é?). É de bom
tom lembrá-los que todos estão marcados por Gaol e que
desvios do objetivo podem estar sujeitos à punição e ira
da mesma - talvez valha punir com 4d6 de dano de veneno
aquela sua barda que quer se engraçar e esquecer dos
objetivos?
O leilão é uma cena para rolar testes de Inteligência
(Investigação) CD 15 para descobrir o que está sendo
leiloado. Personagens com Pontos de Glamour ou Malícia
acima de 14 conseguem conversar livremente com os
nobres que estão na casa, enquanto os que têm abaixo
disso ou tem Pontos de Carícia muito altos, permanecem
intimidados com a atmosfera ardilosa do ambiente e não
conseguirão manter diálogo - na verdade, eles até são
"invisíveis" para os punhais que ali estão.
Após os testes e conversas, os aventureiros são abordados
por Anrik Azraq, um profano com pele verde-água,
longos chifres e vestes extravagantes em tons soturnos,
as quais parecem ter sido feitas do pó de alguma pedra
preciosa. Ele deixa sua camisa meio aberta para mostrar
seu peitoral musculoso. É dito no leilão que está sendo
vendida uma jóia que “promete dar beleza eterna e contém
a lágrima de uma Deusa da superfície”.
25

Deleite-se em seduzir seus jogadores com este NPC.
Anrik tem sua índole questionável mas não acha certo o
leilão do Pêndulo de Pérola que está tendo aqui. Instigue
os aventureiros a entrarem no jogo de sedução desse
quebrador de corações - quem sabe até dar XP e revelações
a mais pra quem ir até os jardins luminosos para tomar
um chá com o príncipe profano?
Caso os jogadores se saiam bem com ele e dividam seu
objetivo em juntar todos os artefatos (tudo vale por aqui),
Anrik irá ajudar com uma quantidade considerável de ouro
para eles participarem do leilão.
Enquanto interagem com Anrik, os jogadores pode
fazer um teste de Inteligência (Investigação) CD 15. Eles
perceberão os retratos da família Azraq, e duas pinturas
chamam a atenção: na primeira, é possível reconhecer
Anrik, ainda criança, ao lado de outro garotinho punhal
enquanto os dois sorriem e brincam; na outra, Anrik
está abraçando Kham'yra durante a cerimônia em que
ela recebe o título de alta sacerdotisa (caso não a tenha
utilizado, descreva sua aparência sem revelar o nome).
Quem passar na CD, perceberá que a segunda pintura
parece ser bem mais recente que a primeira.
Depois do grupo clamar o item, serão levados até uma sala
isolada pelos pais de Anrik. Eles acionarão uma armadilha
e o grupo cairá em uma caverna com um escorredor
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
(limo) imenso. Role as iniciativas e consulte a ficha do
escorredor ácido no Apêndice A.
Após o abate do limo, o Pêndulo de Pérola se junta
à corrente. Deixe seus aventureiros discutirem o que
aconteceu e, quando acabarem, serão abordados e
“resgatados” por Kham’yra. Caso você não tenha usado a
NPC anteriormente, ela aparece agora. Kham'yra Arjuani
é uma clériga de Alanta recém empossada no cargo de alta
sacerdotisa. Ela utiliza um penteado de maria chiquinha e
uma meia-calça decorada, mas suas vestes típicas parecem
ter sido alteradas por ela mesma com cortes em diagonal.
Ela parece mais jovem e muito mais enérgica que outras
clérigas que os aventureiros viram até agora.
Valor no dado Saque
10-13 1d4+1 biscoitinhos de cura em formato de aranha
(funcionam como poções de cura)
14-17 Pergaminho com a magia adaga de gelo (3º nível)
18-20 Adaga +2 adornada
Espelhos Emaranhados
A clériga enérgica leva os aventureiros até o templo mais
próximo, escoltada por mais dois guardas. Ao ser abordada
por outros nobres ou pessoas, ela apenas responde que são
“assuntos oficiais”. No caminho até o templo, ela conta aos
aventureiros que Anrik a procurou pedindo sua ajuda e
26
revela que os Arjuani e os Azraq proibiram o relacionamento
amoroso entre os dois, já que sangue punhal não se mistura
com sangue profano. Ela divide também que acha engraçado
o conceito de uma “Deusa do Amor”, mas fala com risadas
nervosas que, se pudesse, pediria ajuda em seu conflito
amoroso, mas que há coisas bem mais importantes do que
o afeto. Caso os jogadores queiram, eles podem fazer um
descanso longo na mansão Arjuani e serão escoltados por
Kham'yra até seu próximo destino quando acordarem.
Após a fala de Kham’yra sobre a Deusa do Amor, os
jogadores que forem proficientes podem realizar um
teste de Inteligência (Religião) CD 14. Caso passem, se
lembrarão que em Umbreterra é proibido cultuar qualquer
divindade que não seja Alanta, a Rainha Aranha. Qualquer
prece ou oferenda a outros deuses é punida com a morte
da pessoa e de seus entes queridos.
A atmosfera intimidadora se dissipa momentaneamente
enquanto vocês caminham até o alto da colina. O aroma
de caqui chocolate, que é quase narcótico em toda
Q'adeshian, se apresenta de uma forma diferente na
presença de Kham'yra. Nota-se nas falas excessivamente
gesticuladas da sacerdotisa seus dedos brilhando com
uma espécie de melado esverdeado. O envenenamento é
uma prática valiosa por aqui, mas o forte cheiro mentolado
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
que emana das mãos quentes de Kham’yra traz um certo
conforto, um respiro de alívio perto do que vocês passaram
até agora.
Enquanto caminham, é perceptível que os umbreterrianos,
os quais viam o grupo com indiferença há pouco tempo,
passam a respeitá-los um pouco mais por estarem junto
da alta clériga. Ela os leva até a porta do Ateneu Phytia
e diz que, de acordo com seus informantes, há uma
concentração excessiva de magia emanando de lá e que
pode ser um dos artefatos de Gaol.
Esse é o último artefato, mas neste ponto da aventura, a
impaciência de Gaol se revela aos aventureiros: a marca de
todos causa um formigamento intenso quando eles chegam à
porta do Ateneu. Todos devem fazer um teste de salvaguarda
de Sabedoria CD 18 e, caso não passem, recebem 2d10 de
dano de força. Leia a box a seguir:
Música de Sugestão: Guadosalam - Final Fantasy X Theme
A extravagante construção do lugar, o qual não parece
um templo, uma taverna e nem uma guilda, muda diante
dos seus olhos quando vocês chegam à porta. O que de
longe era uma coisa, é outra quando próxima. Em seu
telhado, uma imensa criatura aracnídea de 8 patas e olhos
vendados abraça toda a construção, como se estivesse
guardando o lugar, pronta para se mover a qualquer
instante. Dentro do Ateneu, com seu chão de mármore
negro, altas colunas de safira e paredes de brilhantes,
um cheiro de melado misturado com gardênias noturnas
se manifesta em estratégicas fumaças que parecem sair
do próprio chão. Pessoas com máscaras de mariposas
ou glamourizadas com ilusões circulam ali dentro,
sempre usando vestes em tons escuros e marcantes -
minuciosamente costuradas, reveladoras e com uma
espécie de emblema que se assemelha a um lírio do vale.
Assim que adentram o local, são recepcionados por uma
voluptuosa donzela de cabelo azul-marinho, pele num tom
de cor fria, olhos pretos e um par de chakram presos em
cada uma de suas pernas. Ela esboça uma risada ao ver o
vislumbre de vocês e se aproxima para acariciar o rosto do
aventureiro mais belo.
- Talvez você nunca tenha ouvido falar de lascivas, acredito
eu? Muitas pessoas acham que nossa magia é estudada
ou pactuada, mas mal eles sabem que para nossa magia
acontecer, tudo que basta é um ato de afeto ou admiração. A
lascividade é uma arte que tem pouco espaço na guerra, mas
o que seria o campo de batalha sem suas flores para adornar
ou até envenenar? Sejam bem-vindos ao Ateneu Phytia, eu
me chamo Hinyt'ha Erin, sou uma das professoras daqui.
Estávamos ansiosas pela chegada de vocês.
Erin é uma NPC muito sensual e que adora flertar. Ela
frequentemente se distrai com a beleza do aventureiro ou
aventureira mais vistoso(a), até mesmo esquecendo-se dos
outros personagens para falar só com ele ou ela. Um Teste de
Inteligência (Arcana) CD 16 irá mostrar que a energia vital
de todos do grupo é lentamente absorvida pela moça, mas
de uma maneira tão minuciosa que necessariamente não os
afeta - não é o que alimenta apenas sua magia, mas o próprio
Ateneu.
27
Ela irá dividir com os aventureiros que Odessa, que ocupa
o cargo chefe de Matrona do Ateneu, se trancou em sua
sala desde que voltou apressada da superfície. Sussurros são
ouvidos vindo de dentro da sala da Matrona, mas ninguém
teve coragem de adentrar seus aposentos pois, caso esteja
tudo bem, um expurgo completo do Ateneu pode ocorrer
como consequência. Ou seja, todos passariam por um ritual
que apagaria suas memórias, tatuagens e ensinamentos,
oficializando suas expulsões.
Se os aventureiros enrolarem muito, a marca de Gaol
acenderá novamente e causará dano de força (o mesmo
valor que antes). Caso resolvam não perder tempo, Erin os
encaminha rapidamente para a sala.
Ao adentrarem a sala da Matrona Odessa, o que antes
era uma sala aconchegante e luxuosa, agora é um
cômodo apenas de espelhos. Vocês percebem os pedaços
do cadáver de Odessa espalhados entre os diferentes
espelhos. De dentro de alguns desses objetos reflexivos,
mãos grotescas com garras e flores de glicínia vermelha
saem, apenas aguardando alguém se aproximar…
Neste ponto, se iniciará o combate contra o reflexo das
raízes. Os personagens que tiverem Pontos de Carícia acima
de 12 são imunes às condições enfeitiçado e amedrontado
durante essa batalha. Consulte a ficha do reflexo das raízes
no Apêndice A.
Um teste de Inteligência (Arcana) CD 15 pode mostrar que
há um quebra-cabeça por trás dos Espelhos da Dor, que a
Elfa despertou e morreu por errar ou fazer algo de errado.
Após a derrota da criatura, um único espelho irá se moldar
em um espelho de mão - o último artefato de Gaol. No
momento que alguém pegar o item, todos sentirão que seus
corpos estão explodindo em milhares de pedaços e que estão
sendo amassados a partir de suas cabeças. Enquanto são
desintegrados, serão transportados para outra dimensão.
Reunião de Rubis
Música de Sugestão: Nagare (Tsukushi) - Koto Ensemble of
the Ikuta School
Após as piores sensações de dor e angústia que sentiram
na vida, vocês se encontram em um lugar que parece não
ser deste mundo - e realmente não é. Lagoas cristalinas e
acinzentadas abraçam altas árvores de glicínias vermelhas -
como as que decoravam as mãos dos espelhos - enquanto
cisnes negros nadam e voam em calmaria. A terra daqui
é tão escura quanto o céu à noite, o céu é como um
entardecer eterno com pétalas que parecem cair das
nuvens e o orvalho que aparece sobre a flora imensurável é
tão gelado quanto um floco de neve.
Ao acordarem, uma voz ecoa em suas mentes e os
guia para uma direção única. Parece que vocês estão
enfeitiçados por essa voz, por essa presença, por esse
olhar… Ah, o cheiro dela, como algodão doce feito de
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
roseiras, seu abraço se assemelhando à troca sexual mais
intensa que vocês já tiveram.
- Não achei que vocês iriam conseguir. Na verdade, meu
intuito era descartá-los no momento que meu último
artefato foi pego. Os mortais são assim, não são? Pegam
o que querem e fazem o que querem, sem pensar nas reais
consequências. Fazem preces para deuses que são tão
egoístas e ambiciosos quanto eles. E tudo se torna um circo
de marionetes, um jogo de xadrez onde todos acham que são
reis e rainhas, mas não passam de peões, bestas babentas
que são atraídas pelo mero cheiro do ouro e do poder. Não,
não mais. Eu achei que os mortais eram como meus cisnes,
mas eles não são. Agora, vocês que sofram as consequências
de viver sem o amor e os prazeres. Sem as sensações de dor
e melancolia que dançam com as melhores percepções que
alguém vivo poderia sentir. Irão para sempre sentir a minha
fúria. Vão viver uma eternidade cinzenta, excomungados de
suas prioridades insípidas.
Agora os aventureiros se veem na frente de uma mulher
humanoide, pele vermelha como pétalas de rosas carmesim
e cabelos que vão até suas coxas, da mesma cor que as penas
de um corvo. Violetas e adornos de prata decoram sua figura
calipígia, com algumas marcas de beleza em sua barriga e
coxas. Ela resolveu se manifestar dessa maneira, com seus
1,72m de altura e olhos pretos, que mostram sua fúria, sua
dor e sua mágoa. Ela une a corrente, o pêndulo e o espelho,
formando sua arma sagrada. Após entrelaçar a corrente em
seus dedos, ela encara os aventureiros.
- Me digam, por que eu não deveria descartá-los assim
como seus semelhantes? Dissipar vocês em mil pedaços, os
transformar em adubo para minhas flores? Dar suas vísceras
para meus cisnes comerem?
Cada um de seus aventureiros deve mostrar à Deusa da
Beleza e do Amor seus sentimentos mais puros de afeição,
suas vontades e fetiches mais viscerais. Gaol é impiedosa
com emoções e pessoas rasas e preguiçosas.
Caso um de seus aventureiros não dê a interpretação
que você deseja, eles serão explodidos em milhares de
pedaços. Testes e batalhas não acontecerão aqui, apenas
emoção e interpretação. Para Gaol, as coisas são 8 ou
80, assim como o amor e a beleza da natureza, seja ela
totalmente pútrida ou totalmente floral.
Após os aventureiros tocarem o coração da Calipígia
Carmesim, ela decide dissipar a Praga Cinza e o grupo salva
Inaes de uma possível era de infertilidade e apatia. Ela pede
segredo a todos, explicando que os maiores atos de bem
feitio são aqueles que são mantidos em segredo, nutridos
apenas entre aqueles que realmente amamos e confiamos.
Para Gaol, heroísmo e ostentação são caminhos sem volta
para um narcisismo vazio.
Com um estalar de dedos, vocês são mandados para
fora daquele lugar. Vocês despertam em uma sensação
de conforto completa e cheiro de alimentos frescos. Ao
abrirem os olhos, veem à sua frente o café da manhã de
seus sonhos, no lugar que cada um de vocês mais amam.
28
 Apêndice A: Fichas dos
Considerações Finais Monstros
Caro mestres e aventureiros,

Espero que vocês tenham gostado dessa aventura. Foi escrita

Ninfa Violeta
Feérico Grande, caótico e mal
ao som de belas cantigas de corda e aroma de café com canela
em madrugadas estreladas aqui da minha pequena fazenda.
Fúria de Gaol tem muito de mim, para não dizer também, do Classe de Armadura: 15
universo soturno de Lacrima - que logo vocês irão conhecer. Pontos de Vida: 91 (14d8+28)
Para mim, a melhor maneira de explorar nossos personagens Deslocamento: 9m
e personalidade é revelar as infinitas camadas que o erótico,
o caráter e o ego tem para nos mostrar. Às vezes, coisas que FOR DES CON INT SAB CAR
ficam escondidas a olho nu e só se manifestam nas nossas 12 (+1) 16 (+3) 14 (+2) 12 (+1) 12 (+1) 12 (+1)
horas de grandes emoções. Gaol é uma Deusa que preza
além de todo seu domínio, pela beleza intangível de nossas
Salvaguardas: Car +4, Sab +4
emoções e prazeres, aquelas que não conseguimos comprar, Imunidades à Condição: Enfeitiçado e exaustão
tocar e, às vezes, até descrever, apenas viver - assim como o Sentidos: Visão no escuro 18m, percepção passiva 11
amor. Idiomas: Élfico, Abissal
Bônus de Proficiência: +3
Mil beijos lambuzados de óleos botânicos e mel, Nível de Desafio: 7 (2.900 XP)

Raphaela Nerissa.
Ancestralidade Feérica. A Ninfa Violeta é um espírito mágico
e sombrio que possui vantagem em salvaguardas contra ser
enfeitiçada e não poder ser colocada para dormir com magia.

A ções
Ataques Múltiplos. A Ninfa Violeta ataca duas vezes com sua Foice
do Entardecer
Foice do Entardecer (arma de combate mágica). Ataque corpo a corpo
ou à distância: +7 para acertar, alcance 1,5m ou 6/18m, um alvo.
Dano: 2d6 +4 de força. Num acerto, o alvo deve ser bem-sucedido
em uma salvaguarda de Constituição CD 13 ou sofre 2d4 dano de
veneno adicionais e fica Cego até o próximo turno da Ninfa Violeta.
Ordens da madame (Recarga 5-6). A Ninfa violeta diz palavras doces
e perversas para um alvo já enfeitiçado que ela possa ver. O alvo
deve usar sua reação para se mover até o máximo do deslocamento
e fazer um ataque com arma ou magia. A Ninfa violeta define a
direção do movimento e o alvo do ataque.

A ção B ônus
Perfume do Crepúsculo. A Ninfa Violeta Libera uma névoa translúcida
de perfume maligno ao seu redor. Humanoides e Feras que estejam
a até 3 metros quando a nuvem aparecer, ou que entrem depois,
devem fazer uma salvaguarda de Sabedoria CD 13. Em caso de
sucesso, o alvo não é afetado e fica imune ao Perfume por 24h. Se
falhar, a criatura é enfeitiçada por ela.

R eação
Perdição dos rasos. Quando a Ninfa Violeta é atingida por uma
jogada de ataque, ela pode usar sua reação para que uma criatura a
até 3 metros, que esteja enfeitiçada por ela, seja atingida pelo ataque.

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 29
Escorredor Ácido
Gosma Grande, sem tendência

Classe de Armadura: 8
Pontos de vida: 152 (16d12+48)
Deslocamento: 6m, escalar 6m, ignora terreno difícil

FOR DES CON INT SAB CAR

18 (+4) 6 (-2) 16 (+3) 1 (-5) 12 (+1) 12 (+1)

Salvaguardas: Car +4, Sab +4

Resistência a Dano: Frio, Veneno
Imunidade a Dano: Ácido e contusão
Imunidades à Condição: Atordoado, amedrontado, derrubado, cego,
surdo, encantado, envenenado, inconsciente e exaustão
Sentidos: Sentido cego 18m (cego além deste raio), percepção
passiva 8
Idiomas: -
Bônus de Proficiência: +3
Nível de Desafio: 7 (2.900 XP)

Nocivo. Qualquer criatura que começar seu turno a até 3 metros do

Escorredor Ácido, deve ser bem-sucedida em uma salvaguarda de
Constituição CD 12 ou ficará envenenada até o início do seu próximo
turno.

A ções
Ataques Múltiplos. O Escorredor Ácido ataca duas vezes com Chicote
Ácido.
Chicote Ácido. Ataque Corpo a Corpo: +7 para acertar, alcance 1,5m,
um alvo. Dano: 5d6+5 de ácido.
Engolir. O Escorredor Ácido se move até entrar no espaço de outra
criatura de seu próprio tamanho ou menor. Sempre que o Escorredor
Ácido entra no espaço de uma criatura, a mesma deve fazer um teste
de salvaguarda de Destreza CD 12. Em um sucesso, a criatura pode
escolher se deslocar 1,5 metros para trás ou para um dos lados do
Escorredor Ácido. Uma criatura que escolhe não ser empurrada sofre
as consequências de uma falha.

Em uma falha na salvaguarda, o Escorredor Ácido entra no espaço da

criatura, infringindo 10d6 de dano de ácido e é engolida. A criatura
engolida não pode respirar e recebe 5d6 de dano de ácido no início
de cada um dos turnos do Escorredor Ácido. Quando o Escorredor
Ácido se move, a criatura engolida se move com ele.

Uma criatura engolida pode tentar escapar realizando um teste de

Força CD 12. Em caso de sucesso, a criatura escapa e entra em um
espaço de sua escolha a até 5 metros do cubo. Um aliado também
pode auxiliar aquele que está engolfado, realizando o mesmo teste.
Contudo, ele tomará 5d6 de dano de ácido no caso de falha, ou
metade desse dano com um sucesso.

R eação
Divisão. Quando o Escorredor Ácido sofre dano cortante ou elétrico,
ele pode se dividir em dois novos Escorredores Ácido se tiver ao
menos 30 pontos de vida. Cada Escorredor Ácido novo tem pontos
de vida iguais à metade do original no momento que sofre este tipo
de dano. Seu tamanho diminui em um passo e seus danos também
são reduzidos em 1d6 a cada vez que o Escorredor Ácido se divide.

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 30
Reflexo das Raízes
Construto Grande, ordeiro e neutro

Classe de Armadura: 15
Pontos de vida: 90 (12d8+36)
Deslocamento: voo 6m

FOR DES CON INT SAB CAR

10 (+0) 14 (+2) 16 (+3) 15 (+2) 16 (+3) 13 (+1)

Salvaguardas: Int +5, Sab +6, Car +4

Imunidades à Condição: Atordoado, amedrontado e envenenado
Sentidos: Visão no escuro 36m, percepção passiva 15
Idiomas: -
Bônus de Proficiência: +3
Nível de Desafio: 7 (2.900 XP)

Cegueira da Perfeição. Quando uma criatura que possa ver os olhos da

elfa no espelho central começa seu turno a até 9 metros dele, o Reflexo
das Raízes pode forçar uma salvaguarda de Sabedoria CD 14. A criatura
que falhar no teste fica atordoada até o início de seu próximo turno.

A menos que esteja surpresa, uma criatura pode desviar o olhar para
evitar a salvaguarda no início de seu turno. Se o fizer, não poderá ver
os Espelhos por 1 turno, e as magias que precisem do alvo em visão
não poderão ser usadas.
Estilhaços de sangue. Quando o Reflexo das Raízes chega a 0 pontos
de vida, a energia mágica contida nele explode e todas as criaturas
a até 6m dele devem fazer uma salvaguarda de Destreza CD 14. Se
falharem, sofrem 2d6 de dano cortante e 2d6 de dano perfurante, ou
metade do dano em caso de sucesso.

A ções
Reflexos Arcanos. O Reflexo das Raízes reflete três projeções mágicas
aleatoriamente (jogue 3d6, jogando novamente em resultados
repetidos), mirando de um a três alvos que possa ver a até 36m.

1. Um sonho silencioso. O alvo deve realizar um teste de salvaguarda

de Destreza CD 14, ou um de seus itens mágicos perderá suas
propriedades até o início do turno do Reflexo das Raízes.
2. Um sonho triste. O alvo deve fazer uma salvaguarda de Carisma
CD 14, sofrendo 4d8 pontos de dano psíquico, ou metade desse dano
em caso de sucesso.
3. Um sonho sem dor. O alvo deve fazer uma salvaguarda de
Destreza CD 14, ou sofre 2d6 de dano necrótico e não pode ser
curado até o início do turno do Reflexo das Raízes.
4. Um sonho quente. O alvo deve fazer uma salvaguarda de
Sabedoria CD 14, ou sofre 2d6 de dano de fogo e fica cego até o início
do turno do Reflexo das Raízes.
5. Um sonho voando. O alvo deve fazer uma salvaguarda de
Destreza CD 14 ou é empurrado para até 6 metros de distância do
Reflexo das Raízes e tem seu deslocamento reduzido pela metade até
o início do próximo turno do Reflexo das Raízes.
6. Um sonho de descanso. O alvo deve fazer uma salvaguarda de
Constituição CD 14 ou cai no sono e permanece inconsciente por 1
minuto. O alvo acorda se sofrer dano ou se outra criatura usar uma
ação para acordá-lo.

R eação
Desilusão. Uma vez por turno, o Reflexo das Raízes pode conjurar
Contramágica de terceiro círculo sem precisar de componentes
verbais (V), somáticos (S) ou materiais (M).

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 f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 32
 O ÚLTIMO DOS CORVOS
Um conto de Inaes
Um cavaleiro cavalga com pressa em meio a uma paisagem
incomum e, de certa forma, insólita do mundo espiritual.
Aqui, as cores são mais vivas, assim como as sombras, tal
qual fossem fruto de uma obra desenhada com nanquim.
Tudo é mais fluido, como se estivessem no limiar entre o
material e o etéreo. Ao fundo, montanhas que mudam de
forma em um ciclo perpétuo, árvores que sussurram nomes
há muito esquecidos e um céu esplendoroso com nuvens
feitas de sombras vívidas que, apesar de não possuir sol ou
lua, emana a luz mais pura. Milhares de espíritos e almas
vagam sem destino por seus campos infinitos enquanto
estranhas criaturas, feitas de pesadelos, voam pelos céus.
— Rápido, Penumbra, o tempo corre contra o destino
da Dama dos Corvos! — O cavaleiro se abaixa para falar
próximo do ouvido de sua égua, uma formidável exemplar
dos raros Corcéis das Sombras, uma espécie nativa do lado
sombrio do plano espiritual.
Penumbra, sua fiel corcela de batalha, responde ao pedido
de seu companheiro e aumenta sua velocidade, deixando
um rastro de sombras por onde passa em direção à Fortaleza
dos Corvos, local escolhido por sua senhora para servir de
centro de comando para a guerra contra as forças de outra
divindade: Mez, o deus das memórias.
Milhares de soldados aguardam em alerta na entrada do Vale
dos Carniceiros, a poucos quilômetros da fortaleza onde
se encontra a soberana dessas tropas, a própria divindade
conhecida como Dama dos Corvos. O vale é extenso e
compreendido entre picos altos de uma cadeia de montanhas
recortadas, cujos topos se perdem em névoas. Este é um
local propício para o poder da divindade, já que é para cá
que os espíritos dos corvos e outros animais carniceiros vêm
quando morrem.
Entretanto, todos estão apreensivos, já que o poderoso
exército de Mez composto por construtos titânicos,
Elementais das Areias do Tempo, Hordas do Esquecimento
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
por Marco Antônio “Boi” Loureiro
e Centelhas — servos incansáveis do implacável Senhor das
Memórias —, poderá chegar a qualquer instante.
À frente das tropas da Dama dos Corvos, um grupo de
cavaleiros veteranos conversam entre si. Estes são os generais
responsáveis pelas tropas e estão dispostos a morrer por sua
senhora.
— Minhas tropas estão inquietas. Nossos inimigos já estão
no horizonte e marchando em nossa direção. — Fala Lathor,
o Caolho, o general de infantaria e um dos guerreiros mais
temidos entre os Corvos.
— As minhas também. Onde está a Senhora dos Corvos? —
Questiona Melinda, a Lâmina Invisível, a general de cavalaria
e a duelista mais rápida.
— Temos que confiar em nossa Deusa, senhores. — Fala
Rivia, a Serpente na Penumbra, a general dos arqueiros.
— O campeão Ro’Del foi ter com a soberana, ele nunca
nos deixaria lutar sozinhos. Eu confio a minha vida àquele
homem. Tenham certeza que ele e nossa deusa estão
esperando o momento certo para aparecer e nos liderar
à vitória! — Conclui Dargo, o Obscuro, o general dos
assassinos.
— Que as sombras abençoem nosso campeão e que a
Senhora dos Corvos nos traga a vitória com o manto da
noite. — Os generais falam ao mesmo tempo.
A Fortaleza das Sombras jaz no centro de uma colina, em
uma posição de vantagem perto da entrada do Vale dos
Carniceiros, local escolhido pela Dama dos Corvos para a
grande batalha contra as forças inimigas.
O cavaleiro adentra a fortaleza e caminha por um longo
corredor de metal escuro, oriundo do mundo espiritual. São
passos firmes que ecoam. As sombras parecem acompanhá-
lo como se estivessem vivas, recepcionando o campeão dos
corvos. Ele segue até se deparar com uma porta metálica
33
gigante de folha dupla. Após um longo suspiro, o maior entre
os corvos abre-a com as duas mãos e se apresenta à deidade
que ele venerou durante toda a sua vida.
Como é comum entre os deuses, o corpo divino da Senhora
dos Corvos é bem maior do que o de um ser humano. Ela
veste uma armadura de penas e sombras e está de costas,
ajoelhada de frente a uma grande janela cuja vista dá à
entrada do Vale dos Carniceiros, onde seus devotos mais
preciosos, aqueles que morreriam por ela, aguardam que sua
liderança no campo de batalha contra seu maior adversário.
— Minha deusa? Você está bem?
— Eu… — ela faz uma pausa, confusa. — Eu não consigo me
lembrar, Ro’Del.
O campeão da deusa para por alguns momentos, tentando
entender o que está acontecendo.
— Ro’Del, meu campeão, meu devoto mais precioso. Eu não
consigo…
— Lembrar do que, minha senhora. — Ele perguntou, aflito.
A deusa grita de dor conforme Mez, em instantes, rasga
seu corpo de dentro para fora, desfazendo a divindade em
pedaços de trançado estelar, o sangue dos estelarianos.
Ela havia escolhido o mundo dos espíritos como campo
de batalha pois sabia que nele os deuses podem morrer.
Incontáveis eras passam diante dos olhos da Dama dos
Corvos enquanto ela se lembra do Princípio, do Meio e do
Fim. São os últimos momentos de sua existência.
O corpo divino do Deus da Memória é magnífico, mais alto
do que o da deusa que sangra aos seus pés e formado por
incontáveis fragmentos de memórias, que se misturam como
frases enquanto se movem por seu corpo. Sua vestimenta
é um manto dourado, como a estrela que o representa, e
repleto de corpos celestes, os quais pulsam e se movimentam
como astros no céu noturno.
Quando Mez termina de absorver a divindade de sua
desafiante, ele se volta ao seu cativo, sorrindo.
— Agora, você verá aqueles seus fiéis companheiros de
batalha morrerem lentamente nas mãos de meu exército,
suplicando pela vida como porcos prestes a serem abatidos.

— Do meu verdadeiro nome, não consigo lembrar meu
verdadeiro nome. — Ela começa a chorar, ainda de costas
para seu campeão.
— Senhora, eu me lembro.
— Ro’Del, é verdade?
— Sim, minha senhora. — Mostrando uma devoção
inabalável.
— Pode sussurrar em meus ouvidos?
Ro’Del, o campeão da Dama dos Corvos e cavaleiro
juramentado da Ordem dos Corvos, o exército de elite a
serviço da divindade, se aproxima com cautela e atende o
pedido de sua deusa.
Ao ouvir o nome sussurrado, a deusa começa a rir baixinho,
até que seu riso se torna uma gargalhada. Ro’Del, confuso, dá
alguns passos para trás.
— Senhora, disse algo de errado? Tenho certeza que me
lembrei corretamente.
Ro’Del tenta se livrar de suas amarras enquanto o deus da
memória fala.
— Não, Ro’Del, vou poupar sua vida mortal e miserável hoje.
Você viverá para sentir a eterna amargura de ser o último
dos seus. Sofrendo todos os dias ao recordar que a imunda e
indigna Dama dos Corvos foi apagada da existência na frente
de seus olhos.
O último dos corvos tenta, em vão, se libertar mais uma vez
de suas amarras. O ódio o consome, mas infelizmente, seus
esforços são inúteis.
— Eu nunca mais o deixarei esquecer dos seus fracassos,
pois eu sou Mez, a memória viva que paira sobre a mente
desprezível dos mortais.
E ele, Mez, o deus da memória, parte repentinamente,
desaparecendo como um lampejo de memória, como o
despertar de um sonho vívido, deixando o último dos corvos
preso, condenado a observar o massacre de seus irmãos e
irmãs de batalha.

— Se você lembra, sua mente já me pertence. — Ela se vira

para seu mais precioso cavaleiro. O terror estampado no
olhar conforme a presença de Mez toma conta de seu corpo e
mente divinos.

— Não! — O campeão saca sua espada e avança na direção

de seu inimigo. Ele não tem muito tempo, e sua esperança
é atingir o corpo de sua senhora com seu poder divino para
despertá-la.

Mez, que agora possui a mente da Senhora dos Corvos, faz

um gesto simples com uma das mãos — um movimento
gracioso e preciso. O corpo de Ro’Del é envolto em fitas
de tecido, cada uma delas contendo centenas de memórias
escritas em diversas línguas.

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 34
 f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 35
 DUNGEON EXPLORE
Mapas, tabelas e muita EXP para farmar!
por
eguimos aqui com nossa proposta de apresentar mapas
Scom desafios, combates e recompensas em locais de
temática específica. Divirtam-se com a aleatoriedade e as
sugestões propostas para que tenham opções variadas para
preencher suas aventuras!
Interpretando as Tabelas
O objetivo desta coluna é fornecer recursos para o
desenvolvimento de uma aventura dentro do ambiente do
mapa. Assim, ao criar uma missão que envolva esse cenário,
o mestre não precisará se preocupar tanto com os desafios
e poderá focar apenas na história que quer desenvolver.
É recomendado também para narradores e jogadores
iniciantes que ainda não possuem tanto conhecimento sobre
monstros, nível de desafio, recompensas, etc. Frisamos que
os desafios aqui apresentados são pensados para um grupo
de 4 jogadores, e alterações podem ser feitas pelo Mestre de
acordo com o tamanho do grupo e nível dos personagens.
É importante que o Mestre também leia sobre as criaturas
utilizadas para preparar os desafios de forma mais detalhada.
Nível. Cada tabela indica o conteúdo para o respectivo nível
dos jogadores;
Aleatoriedade. As tabelas possuem numeração
correspondente a um tipo de dado, que deve ser rolado para
sortear um dos elementos presentes. Contudo, o mestre pode
simplesmente escolher o que melhor se encaixa na aventura
sem a necessidade de rolagem;
Encontros. Criaturas que irão rivalizar com os personagens.
Criamos descrições breves do motivo da presença dos
monstros naquele local e suas intenções para auxiliar a
narração. O mestre também tem a liberdade de utilizar
apenas o desafio em si e descrever a cena como desejar;
Complicações. Esta tabela pode ser utilizada em dois casos:
como conteúdo para dificultar um combate que esteja muito
fácil - no caso de jogadores estarem no nível máximo para
a tabela e a rolagem da quantidade de inimigos cair muito
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
Matheus Maluf e Tiago Chamuinho
baixa, por exemplo -, ou no caso de optar por um obstáculo
que não seja necessariamente um combate imediato;
Facilitadores. Assim como o combate pode ficar muito fácil
por conta da aleatoriedade da tabela, o contrário também
pode acontecer. Utilize este recurso caso seja necessário
diminuir a dificuldade do encontro;
Recompensa. O bom e velho loot. Seja por derrotar
monstros, superar adversidades ou simplesmente por boas
rolagens de investigação no mapa, os jogadores precisam ser
premiados por suas vitórias;
Monstros, Magias e Itens Mágicos. Sempre que uma
criatura for citada, seu nome estará em negrito e minúsculo
(exceto em casos de nomes próprios). Magias estão escritas
em itálico e capitalizadas de acordo (por exemplo, mísseis
mágicos). Por fim, itens mágicos sempre aparecem em itálico
e negrito (por exemplo, poção de cura). Qualquer desafio
que possua regras ligadas a um tópico específico dos livros
estarão em itálico e entre “aspas” (por exemplo, “vinha-
navalha”). A indicação do suplemento e a página que contém
as informações necessárias estarão ao final do mesmo tópico,
entre parênteses, sempre que necessário.
Importante destacar que prevemos que os encontros
ocorram sem as dificuldades normalmente aplicadas em
um combate embaixo d’água. Fica a cargo do Mestre
aplicar ou não essas desvantagens, pois ela aumenta
significativamente a dificuldade dos encontros.
Profundezas Marítimas
Tabela: Nível 1 ao 5
Encontro aleatório:
1. Próximo a costa, em um local que os habitantes de vilas
próximas embarcam para pescar e utilizam para lazer começou a
ser aterrorizado por um monstro desconhecido. As pessoas que
se aproximaram da água ou navegaram ali desapareceram após as
36
Profundezas Marítimas - Costa Pedregosa

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 37
águas se agitarem e uma grande barbatana ser vista rapidamente
fora d’água. O grupo foi investigar o que está acontecendo e
descobriram que 1 plesiossauro passou a caçar na região
(Manual dos Monstros, p. 81);
2. Um grupo de 1d4 baleias assassinas (Manual dos
Monstros, p. 321) foge na direção dos heróis. É perceptível que
estão feridas e assustadas. Se os aventureiros investigarem, irão ver
que o grupo das baleias assassinas foi atacado por 1d6+2 povos
do mar (Manual dos Monstros, p. 262). Eles parecem estar sob
algum efeito que os faz atacar as criaturas marinhas;
3. Dezenas embarcações pesqueiras estão sendo afundadas,
impactando a economia de uma pequena cidade. O grupo é
enviado para investigar o que está havendo e descobre que 2 polvos
gigantes (Manual dos Monstros, p. 335) está atacando os barcos;
4. Em uma caverna subaquática, uma emboscada foi
preparada por 1d6 kuo-toas, enquanto 1 açoitador kuo-toa o
observa tudo e se juntará ao combate caso os heróis sejam muito
habilidosos. Eles querem capturá-los como oferenda para uma
estranha divindade (Manual dos Monstros, p. 202-203);
5. Um grupo de tubarões está aterrorizando as regiões de
corais, interferindo no equilíbrio do ecossistema. Estudiosos e
navegadores estão sem entender a mudança no comportamento
dos animais e contratam os aventureiros para investigar o que está
havendo. O grupo acaba enfrentando 1d4 tubarões caçadores
(Manual dos Monstros, p. 338);
6. Uma praia foi tomada por 1d8+6 caranguejos gigantes
(Manual dos Monstros, p. 323) que não deixam as pessoas se
aproximarem do lugar. O grupo é enviado para resolver o problema.
Complicações:
1. O sangue na água atrai 1 enxame de piranhas (Manual
dos Monstros, p. 328). Elas começam a atacar o grupo;
2. A forte correnteza impede que vocês se movam
adequadamente. Sempre que quiserem se mover, o deslocamento é
reduzido pela metade;
3. A maré começa a aumentar durante o combate, cobrindo o
banco de areia ou qualquer outra superfície que os personagens
estão. Os inimigos sentem-se revigorados por lutarem
completamente tocados pela água e possuem vantagem em
salvaguarda de testes físicos (Força, Destreza e Constituição);
4. A escuridão das profundezas aquáticas causa desvantagem
nos ataques dos personagens que não possuem visão no escuro.
Facilitadores para os encontros:
1. Uma espécie de alga bioluminescente causa confusão em
criaturas que vivem exclusivamente na água. As criaturas recebem
a condição “atordoado” (Livro do Jogador, p. 291) devido às luzes
produzidas pelas algas;
2. Um cardume de 10 golfinhos (dolphin; Mordenkainen
Presents Monsters of the Multiverse, p. 97) aparece para ajudar
os aventureiros, devido a sua sociabilidade com outras espécies;
3. Em uma caverna submarina, tremores de terra fazem com
que pedaços calcários caiam sobre a cabeça dos inimigos. Eles
devem realizar uma salvaguarda de Destreza CD 12. Se falharem,
recebem 1d10 dano de concussão ou metade em caso de sucesso;
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
4. O brilho do Sol forte resseca a pele das criaturas marinhas. Elas
recebem desvantagem em testes de resistência a danos físicos e mágicos.
Recompensas:
1. Vocês encontram os corpos de um grupo de aventureiros
azarados. Eles carregavam 5d10+3 peças de ouro, 1 aljava de
ehlonna (Guia do Mestre, p. 150), 1d4 poções de cura (Guia
do Mestre, p. 201) e 1 armadura de couro batido (Livro do
Jogador, p. 147);
2. Um pequeno baú contém em seu interior 25 peças de ouro,
1 amuleto de proteção contra localização e detecção (Guia
do Mestre, p. 150) e 1d4 poções de cura (Guia do Mestre, p.
201);
3. A(s) criatura(s) derrotada(s) carregava(m) 1 tridente de
comandar peixes (Guia do Mestre, p. 209), 2 chicotes (Livro do
Jogador, p. 151) e 1d4 armaduras de couro (Livro do Jogador, p.
147);
4. Próximo à uma mochila é encontrado 1 tridente (Livro do
Jogador, p. 151). Já dentro da mochila é achado 2d10+15 peças de
ouro e 1 decantador de água infinita (Guia do Mestre, p. 175);
5. Um esqueleto está vestido com uma variedade de itens
mágicos: 1 elmo de compreensão de idiomas (Guia do Mestre,
p. 177) e 1 capa de respirar na água (Guia do Mestre, p. 171);
6. Nos destroços de um navio, vocês encontram 5d10+5 peças
de ouro, 2 poções de cura maior (Guia do Mestre, p. 201), 1
bastão do tentáculo (Guia do Mestre, p. 163) e 1 gibão de peles
(Livro do jogador, p. 147).
Tabela: Nível 6 ao 10
Encontro Aleatório:
1. Algo ou alguém invocou um grupo de 1d4+2 anomalias da
água (Manual dos Monstros, p. 21). Ninguém sabe qual o intuito
das invocações, mas as criaturas não deixam nada e ninguém se
aproximar da região, claramente protegendo algo;
2. Os mares do Leste estão sendo aterrorizados por serenídeos
que invadem vilarejos costeiros e navios em alto mar, matando
dezenas de pessoas e arrastando outras tantas para as profundezas
oceânicas. O grupo deve pôr um fim a esses ataques e acaba
confrontando 1d6+2 serenídeos (Manual dos Monstros, p. 277);
3. Um par de tubarões está afundando navios em uma
importante rota comercial, gerando um alto impacto na economia
e abastecimento de cidades e vilas. Ninguém sabe o motivo dos
ataques e os aventureiros devem descer às profundezas oceânicas,
achar o lar das criaturas e confrontar os 2 tubarões gigantes
(Manual dos Monstros, p. 339);
4. 1d4+2 cavalos marinhos gigantes pulam e se batem
contra a embarcação dos aventureiros tentando chamar a atenção.
Eles devem realizar testes para entender o que as criaturas
querem. Se bem sucedidos, os cavalos marinhos levarão todos
para as profundezas oceânicas, onde seus cavaleiros aguardam
feridos;
5. Uma vila costeira está sendo aterrorizada por
sahuagins. O grupo é contratado para lidar com os
encrenqueiros. Ao chegarem em seu covil, precisam impedir
que 2 sacerdotisas sahuagin invoquem algo aterrorizante,
38
 Profundezas Marítimas - Recife de Corais
mas devem lidar com seu protetores, 1d8+2 sahuagin
(Manual dos Monstros, p. 272-273) para chegarem nelas;
6. O grupo conseguiu pôr as mãos em um mapa do
tesouro que leva à ruínas submersas. Ao chegarem no local,
serão atacados por 3 chuuls (Manual dos Monstros, p. 42)
que guardam o lugar desde tempos imemoriais.
Complicações:
1. Um enorme cardume de venenosas águas-vivas passa pelo
grupo. Todos devem realizar uma salvaguarda de Constituição CD
14. Se falharem, recebem 2d6+2 de dano e ficam com a condição
“envenenado” (Livro do Jogador, p. 292);
2. A região possui alta atividade sísmica, deixando rochas e
possíveis ruínas que existam no local instáveis e com alto risco de
deslizamento. A cada 2 rodadas, um tremor ocorrerá e derrubará
um grande pedaço de rocha ou construção sobre os personagens.
Todos devem realizar um teste de Destreza CD 15. Se falharem,
receberão 1d8 dano de concussão e ficam com a condição
“atordoado” (Livro do Jogador, p. 291);
3. A baixa temperatura da água afeta seus movimentos. Os
personagens possuem desvantagem em seus ataques e tem o
deslocamento reduzido pela metade;
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
4. 10 tubarões dos arrecifes (Manual dos Monstros, p.
338) estavam nadando por perto quando lançam um ataque
contra o grupo.
Facilitadores para os encontros:
1. Lutar próximo da superfície da água é difícil para criaturas
marinhas. A cada rodada, as criaturas recebem 1d4 dano radiante
do sol;
2. Algo ou alguém causa um barulho ensurdecedor para as
criaturas marinhas, causando confusão em seus sentidos. As
criaturas devem rolar um teste de Constituição CD 14 e, em caso
de falha, elas ficam com a condição “incapacitado” (Livro do
Jogador, p. 292);
3. O grupo está próximo de um recife de corais gigantes,
dando-lhes vantagem em testes de furtividade, pois permite que
todos se escondam e ataquem de surpresa os inimigos;
4. A sujeira na água é tão excessiva, que as criaturas marinhas
são afetadas. Elas recebem a condição “envenenado” (Livro do
Jogador, p. 292).
Recompensas:
1. Em um recente naufrágio, são encontrados uma bolsinha
contendo 200 peças de ouro, assim como 1 diadema da
39
destruição (Guia do Mestre, p. 175) e 1 poção de cura
superior (Guia do Mestre, p. 201);
2. Um baú trancado contém 5 estátuas incrustadas com gemas
preciosas em seus olhos, custando 60 peças de ouro cada uma,
além de 1d6+1 poções de cura (Guia do Mestre, p. 201) e 1
malha élfica (Guia do Mestre, p. 191);
3. Em meio aos tesouros encontrados, o grupo acha 1 manto
da arraia (Guia do Mestre, p. 191), 1 escudo sentinela (Guia
do Mestre, p. 178), 1 anel de cativar animais (Guia do Mestre,
p. 151) e 3d100 peças de ouro;
4. Em meio às rochas, o grupo encontra um barril escondido.
Dentro dela há 1 varinha do arcano de guerra +1 (Guia do
Mestre, p. 214), 1 pergaminho de magia de 2º nível (Guia do
Mestre, p. 197), 200 peças de ouro e 1d6 poções de respirar na
água (Guia do Mestre, p. 203);
5. Em um navio encalhado e abandonado, o grupo encontra na
cabine do capitão 1 adaga de envenenamento (Guia do Mestre,
p. 150), 5d100 peças de ouro e 1 par de manoplas da força do
ogro (Guia do Mestre, p. 191);
6. Por terem resolvido o problema, o grupo é recompensado
com 500 peças de ouro, 1d4 poções de cura superior (Guia do
Mestre, p. 201), 1 anel de andar na água (Guia do Mestre, p.
151) e 6 cápsulas pressurizadas (pressure capsule; Ghosts of
Saltmarsh, p. 229).
Tabela: Nível 11 ao 15
Encontro Aleatório:
1. Pessoas estão entrando em uma caverna próxima a um lago
e não retornando. Os aventureiros são chamados para investigar e
descobrem que o lugar desce até uma caverna aquática, conectada
ao lago. Lá, são confrontados por 2 aboletes (Manual dos
Monstros, p. 14);
2. Um marid (Manual dos Monstros, p. 156) entediado
veio ao plano material para brincar um pouco com os inferiores
mortais. Ele encontra o grupo de aventureiros e os propõem cinco
desafios em troca de recompensas. O grupo pode cumprir os
desafios ou simplesmente atacar o gênio;
3. Cânticos sinistros em uma língua desconhecida são ouvidos
próximos a dois vilarejos costeiros, durante a madrugada. O
grupo é chamado a investigar e descobre que em uma caverna
subterrânea, há um culto ao Kraken. A invasão do santuário faz
com que 1d4 sacerdotes kraken (kraken priest; Mordenkainen
Presents Monsters of the Multiverse, p. 167) ataquem os
aventureiros;
4. Gigantescas aves estão atacando navios que passam
próximos à encosta de uma montanha. O grupo deve atrair as aves
até uma praia e combatê-las para proteger as embarcações. Em
uma rara visão, 2 rocas (Manual dos Monstros, p. 271) descem
de seu ninho para atacar os aventureiros;
5. Uma misteriosa ilha apareceu no horizonte. Pessoas que
foram investigar não retornaram, e o grupo está numa dessas
expedições. Presos agora como se fossem tesouros, os aventureiros
precisam vencer seus captores, 2 morkoths (Mordenkainen
Presents Monsters of the Multiverse, p. 186) e fugir de sua prisão
junto com centenas de outras pessoas;
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
6. Um grupo de povo do mar veio à superfície suplicar por
ajuda. A vida marinha está morrendo com a insalubridade da
água, afetando também a vida de muitas pessoas na terra. O
grupo é enviado para a profundeza dos mares para investigar a
causa. Eles irão esbarrar com uma convenção de 3 bruxas do
mar (Manual dos Monstros, p. 30) que se aliaram a grupos
de sahuagins, liderados por 3 barões sahuagins (Manual dos
Monstros, p. 273) e estão causando a destruição do ecossistema.
Qual o intuito da aliança, ninguém sabe.
Complicações:
1. A pressão da água afeta os corpos dos personagens. Todos
possuem desvantagem em testes de resistência;
2. Uma grande tempestade vinda do oceano se inicia, agitando
as ondas e escurecendo o céu. A costa fica bem perigosa e raios
começam a cair de forma constante. Os jogadores devem realizar
uma salvaguarda de Destreza CD 12 para desviar dos raios. Se
falharem, receberão 2d10 de dano elétrico ou metade desse dano
se passarem;
3. O excesso de cianobactérias e algas causa uma drástica
redução do oxigênio na água, afetando a vida marinha e os
jogadores. Todos devem realizar um teste de Constituição CD 16.
Se falharem, receberão a condição “atordoado” (Livro do Jogador,
p. 291) e 1 “ponto de exaustão” (Livro do Jogador, p. 292);
4. Uma espécie de porífera solta um tipo de gás, que altera
os sentidos da vítima, como mecanismo de defesa contra a
aproximação de qualquer criatura. Com a intensidade da batalha,
a colônia dessas esponjas do mar começam a soltar os gases,
que se misturam à água. Os jogadores devem realizar um teste
de Constituição CD 15. Se falharem, recebem a condição “cego”
(Livro do Jogador, p. 291).
Facilitadores para os encontros:
1. Um misterioso e pequeno artefato submerso emana
uma magia que esquenta a água em um raio de 300 metros. A
temperatura fica ideal para criaturas da superfície, mas para
criaturas marinhas a temperatura é muito elevada, levando seus
corpos ao limite. As criaturas têm desvantagem em suas jogadas
de ataque;
2. Fortes ventos vindos do mar impedem que quaisquer criaturas
voem ou flutuem, obrigando-as a permanecer em terra firme;
3. 3 sacerdotisas sahuagin (Manual dos Monstros, p. 274)
aparecem para ajudar o grupo. Sahuagins não são conhecidos por
sua cooperação com outras criaturas, o que será que elas querem?
4. Uma jovem tartaruga dragão (young dragon turtle;
Fizban’s Treasury of Dragons, p. 192) começa a atacar os
inimigos do grupo, atraída pelos tesouros guardados por eles.
Recompensas:
1. Uma série de itens não correlacionados são encontrados
juntos: 1 manto da natureza (O Caldeirão de Tasha para
Todas as Coisas, p. 133), 1 elixir de saúde (Guia do Mestre, p.
177) e 1 cinto dos anões (Guia do Mestre, p. 172);
2. Como todos aqueles itens foram parar ali, vocês não
sabem, mas achado não é roubado. São encontrados: 1 anel de
comandar elementais da água (Guia do Mestre, p. 151-152),
1 armadura do marinheiro leve (Guia do Mestre, p. 156) e
10d100+50 peças de ouro;
40
Profundezas Marítimas - Ruínas Submersas

f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 41
 Profundezas Marítimas - Gruta Subaquática
3. Na gigantesca pilha de tesouros são encontrados 1 elmo
de ação subaquática (helm of underwater action; Ghosts of
Saltmarsh, p. 229), 1 arma de alerta (Guia do Mestre, p. 155) e
1 escudo animado (Guia do Mestre, p. 178), além de 875 peças
de ouro;
4. Devido ao grandioso ato de bravura, cada herói recebe
2.500 peças de ouro, além de 1 azagaia de relâmpago (Guia do
Mestre, p. 157) e 1 armadura de vulnerabilidade (Guia do
Mestre, p. 156)
5. Cada membro do grupo recebe como recompensa do povo
do mar uma tatuagem xamãnica que concede um benefício. As
opções são: 1 tatuagem da marca de Shadowfell (O Caldeirão
de Tasha para Todas as Coisas, p. 134), 1 tatuagem da
absorção trovejante (O Caldeirão de Tasha para Todas as
Coisas, p. 119), 1 tatuagem da passo fantasma (O Caldeirão
de Tasha para Todas as Coisas, p. 128), 1 tatuagem do feitiço
forjado de 4º círculo (O Caldeirão de Tasha para Todas as
Coisas, p. 135), 1 tatuagem da fúria de sangue (O Caldeirão
de Tasha para Todas as Coisas, p. 122) ou 1 tatuagem da
barreira incomum (O Caldeirão de Tasha para Todas as
Coisas, p. 122);
6. Após o caos da batalha, vocês notam que lutaram num local
que anteriormente houve outro combate. Há diversas armaduras e
armas espalhadas pelo local, e vocês encontram 1 armadura leve
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
da invulnerabilidade, 1 armadura média de mithral e 1 arco
do juramento (Guia do Mestre, p. 154-155).
Tabela: Nível 16 ao 20
Encontro Aleatório:
1. Em uma praia próxima a uma grande cidade, uma
misteriosa tempestade se inicia sempre que embarcações
passam, afundando dezenas de navios. O grupo é contratado
para investigar a origem das tempestades, e se deparam com 2
gigantes da tempestade (Manual dos Monstros, p. 162). Os
aventureiros irão partir para o combate ou descobrir a razão por
trás dos ataques?
2. Um importante mago percebeu presságios na natureza
que algo ruim e grande iria acontecer em breve. Ele avisou
as autoridades mas ninguém deu ouvidos. Agora, o kraken
(Manual dos Monstros, p. 200) despertou de seu sono, trazendo
caos, devastação e morte por onde passa. A civilização como é
conhecida pode deixar de existir se esse titã dos oceanos não for
parado;
3. O povo do mar, aliados da capital, pedem ajuda pois uma
guerra civil estourou em seu reino subaquático. Os aventureiros
são enviados para ajudar no que for possível, e precisam derrotar
o tritão mestre das ondas (triton master of waves; Mythic
42
Odysseys of Theros, p. 245) e 1d10+3 anomalias da água
(Manual dos Monstros, p. 21) invocadas pelo tritão golpista;
4. O grupo deve descer às profundezas oceânicas para dar
cabo de 1 tartaruga-dragão (Manual dos Monstros, p. 288)
que tem atacado galeões mercantes em busca de ouro e outros
itens preciosos. Ao encontrar a criatura, percebem que ela está
acompanhada de 1 tartaruga-dragão filhote (dragon turtle
wyrmling; Fizban’s Treasury of Dragons, p. 192);
5. O grupo recebe uma misteriosa carta pedindo para irem à
uma caverna no alto de uma montanha, localizada em uma praia.
Lá, se deparam com 1 dragão de bronze ancião (Manual dos
Monstros, p. 103). A majestosa criatura quer a ajuda de campeões
da justiça e bondade em uma missão no fundo do oceano. Mas
primeiro, o dragão testará se eles realmente são dignos de tal
empreitada. Se ele os julgar completamente malignos, atacará o
grupo imediatamente;
6. Foi descoberto que um culto niilista queria invocar um
leviatã e o grupo é enviado para impedi-los. Entretanto, os
aventureiros chegam atrasados e o leviatã (Mordenkainen
Presents Monsters of the Multiverse, p. 171) não apenas é
trazido do plano elemental da água, como matou os cultistas que
realizaram o ritual. Agora, os aventureiros devem combater o
imenso elemental. Se falharem, toda a área costeira do continente
será destruída e engolida pelas águas, matando milhares.
Complicações:
1. Ao passarem próximos de um certo tipo de algas, todos
devem realizar um teste de Destreza CD 18. Se houver falha, o
personagem recebe a condição “agarrado” (Livro do Jogador, p.
291). A partir desse ponto, o personagem agarrado deve realizar
testes de Força CD 18 para se soltar. Após 3 rodadas, se o jogador
tiver falhado nos testes, seu personagem receberá a condição
“impedido” (Livro do Jogador, p. 292). Ele poderá continuar a
fazer o teste a cada rodada para se soltar — teste de Força CD 18
com desvantagem. A cada turno, o personagem será puxado cada
vez mais para o meio das algas;
2. Um grande redemoinho começou a se formar e o turbilhão
pode pegar os personagens. Todos devem fazer um teste de Força
CD 20 para não serem puxados. Se falharem, poderão tentar rolar
novamente o teste com desvantagem a cada rodada;
3. Uma desconhecida e titânica criatura marinha, cujo som é
parecido com “blop”, emerge da escuridão hadal para se alimentar.
Ela abre sua imensa boca e suga tudo o que estiver em um cone
de 30 metros. Os jogadores devem realizar um teste de Força CD
17 para não serem puxados. Em caso de falha, eles se deslocam
3 metros por turno na direção da bocarra. Os jogadores podem
realizar novamente o teste de força CD 17 com desvantagem para
conseguirem nadar na direção oposta ou se agarrar em alguma
rocha próxima;
4. O épico combate atrai a atenção de 1 tempestade ancião
(elder tempest; Mordenkainen Presents Monsters of the
Multiverse, p. 121) que quer apenas observar o que se passa.
Contudo, sua presença causa uma tempestade como nunca antes
vista por alguém, com ventos arrasadores, trovões ensurdecedores,
raios caindo constantemente e o mar extremamente revoltoso.
Os jogadores devem realizar salvaguardas de Destreza e Força
CD 18 para desviarem dos raios e não serem arrastados pela forte
ventania e fúria do oceano.
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
Facilitadores para os encontros:
1. Sem saber, vocês estão próximos ao lar de 1 dragão de ouro
adulto (Manual dos Monstros, p. 113). A criatura sai de seu sono
para ajudá-los no combate em nome de tudo aquilo que é bom;
2. Uma pequena frota de 3 navios de guerra (Ghosts of
Saltmarsh, p. 194) aparece para ajudar os aventureiros. Seus
tripulantes estão prontos para dar todo o auxílio possível e, se
necessário, até mesmo suas vidas, não importa qual o inimigo e se
ele está acima ou abaixo da superfície da água;
3. Os fantasmas vingativos daqueles que morreram no mar
por culpa do(s) inimigo(s) enfrentado(s) pelos heróis, aparecem
para ajudar na batalha. Embora não possam atacar exatamente,
eles podem atravessar os vivos, deixando o alvo com a condição
“cego” se não passar em uma salvaguarda de Constituição CD 20 e
causando dano necrótico de 1d10+5;
4. Uma gigantesca formação rochosa dificulta a movimentação
de criaturas de tamanho grande ou maior. Os pequenos espaços
entre as rochas prendem os membros da criatura se falhar em uma
salvaguarda de Destreza CD 18. Para se soltar, é necessário realizar
um teste de Força CD 18, mas levará 1d10+3 de dano cortante.
Recompensas:
1. Por mais que haja uma gigantesca pilha de tesouros, apenas
um chama a atenção de todos por seu valor inestimável: 1 anel
dos três desejos (Guia do Mestre, p. 154);
2. Diversos itens estão reunidos no lar da(s) criatura(s)
derrotada(s). O grupo encontra 1 anel de regeneração (Guia
do Mestre, p. 154), 1 cajado de trovão e relâmpago (Guia do
Mestre, p. 169) e 1 arma viciosa (Guia do Mestre, p. 155);
3. A maré baixa revela um baú trancado e semi enterrado na
areia. O baú contém 1d20+5 gemas preciosas no valor de 300
peças de ouro cada, além dos seguintes itens: 1d4+1 poções de
cura suprema (Guia do Mestre, p. 201), 1 estátua de poderes
incríveis de bode do terror (Guia do Mestre, p. 181-182) e 1
gema elemental de esmeralda (Guia do Mestre, p. 186);
4. Os heróis recebem como recompensa 30 pérolas, que
equivalem a 1000 peças de ouro, 1 escudo de proteção contra
magia (Guia do Mestre, p. 176) e 1 espada de furto de vidas
(Guia do Mestre, p. 180);
5. O grupo encontra abandonado o que aparenta ser um
grande e pesado barril de ferro selado. O barril na realidade é 1
dispositivo de kwalish (Guia do Mestre, p. 176);
6. Dentro de uma caixa flutuante, o grupo encontra 1 arma
de alerta (Guia do Mestre, p. 155), 10d100 +300, 1 bastão
de prontidão (Guia do Mestre, p. 161-162) e 1 par de botas
aladas (Guia do Mestre, p. 164). Além disso, a caixa revela ser 1
barco dobrável (Guia do Mestre, p. 160).
43
 GUTO BARBOSA
Criação de conteúdo, animes e lições de vida
1. Como surgiu sua paixão por animes, mangá e cultura
pop?
Olha, dá para dizer que vieram desde o berço, quase.
Desde muito pequeno, quando eu nem sabia exatamente
o que eram animes, eu já os assistia. Ficava o dia inteiro
vendo TV e acompanhando os "desenhos" que lá
passavam, e quando não era conectado aos canais, era
assistindo aos VHS’s que minha família comprava. Apenas
depois de muitos anos se passarem que eu vim descobrir
que a maioria dos desenhos que eu mais gostava, e que
tinham um certo padrão estético, eram "animes". Então,
posso dizer que amo eles antes de saber que eles existiam,
haha.
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
por Bel Domingues
2. Em qual momento veio a ideia de criar o canal
Cronosfera?
Comecei a produzir no Youtube numa época em que
queria apenas mostrar para os amigos de escola meu
avanço e desenvolvimento no desenho (fazia vários
desenhos de personagens de anime), enquanto conversava
sobre o tema com eles no colégio. Cinema e animes
sempre foram tópicos do dia a dia, tanto conversar sobre
o que gostamos, como ideias e teorias. Então comecei
a gravar vídeos nesse mesmo estilo e fui gostando.
Então decidi entrar na faculdade de Cinema para poder
produzir vídeos melhores, tanto da parte técnica como
do conhecimento empregado nos roteiros, e então veio a
Cronosfera.
44

3. Sua formação acadêmica influenciou na sua profissão
como produtor de conteúdo e apresentador?
Diria que a faculdade ajuda, mas não determina. O que
vai determinar é como você se porta dentro da instituição.
Nunca achei difícil tirar boas notas, mas tirar boas notas
não significa saber fazer de verdade ou estar apto a se
adaptar aos formatos digitais. Porém, como sempre fui
bastante proativo na faculdade e me envolvia em projetos
que não tinham a ver com a grade curricular para ganhar
mais experiência, conversava com os professores e colegas
sobre temas fora da matéria e visualizava o mercado do
audiovisual como um todo, e isso sim foi um divisor de
águas. Acho que mais do que a ferramenta, a resposta está
em como você usa ela.
4. Como você escolhe os temas para os vídeos? Existe um
processo específico de seleção?
Varia muito de acordo com a "temporada de Youtube"
que estamos. Hoje em dia a grade é bem dividida entre os
lançamentos e outros temas que quero falar, antes vinha
basicamente do coração. Surgia de um "quero falar de tal
tema, como encaixar isso para chamar atenção?" e buscava
uma forma de viabilizar isso, envolvendo um assunto do
momento para servir de vitrine.
Então, às vezes os vídeos são super dentro do lançamento,
do formato que assistem e etc., e às vezes são só "o Guto
pensou e quis fazer isso aqui" hahaha, mas como isso
f
D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
faz parte da minha personalidade, acabou se tornando
compreensível para o público.
5. Quais foram os momentos mais memoráveis ou
desafiadores ao longo da sua jornada como produtor de
conteúdo?
A Cronosfera já parou algumas vezes e, no começo, tinha
um fluxo muito inconstante de vídeos. Isso porque eu
estudava e trabalhava fora, em assuntos que nada tinham a
ver com a internet. E posteriormente, mesmo trabalhando
no audiovisual, ainda não era com o canal. Ele não pagava
as contas, então o tempo que sobrava para poder se
dedicar era muito menor do que eu gostaria. Conseguir
conciliar a vida de trabalho fora e produzir com qualidade
para o canal foi um desafio imenso que durou muitos e
muitos anos, havendo possíveis desistências e adiamentos
dos planos que tinha, mas fizeram parte da trajetória.
Acho que momento memorável para mim é toda vez que
sou forçado a lembrar de todo esse caminho, de maneira
positiva. Ir em um evento e sentir pessoalmente o carinho
de quem acompanha há muito ou há pouco tempo, e ver
que na prática e na realidade os números que aparecem na
tela são pessoas, vidas. E que querendo ou não, fiz parte
delas em algum aspecto. Seja recomendando a obra que
mudou a vida delas, ou trazendo uma análise diferente
de algo que elas gostavam ou odiavam, mas que abriu as
fronteiras do que acreditavam. Saber que de um quarto
com uma câmera, muitas pessoas mudaram para bem é
um sentimento surreal.
6. Hoje você está como fixo no elenco de Despertar do
Abismo, como o RPG de mesa surgiu na sua vida?
Há algum tempo eu vejo a cena do RPG pela internet.
Não foi uma coisa presente desde minha infância, mas
desde mais novo quando via o Jovem Nerd comentar e
falar com tanto amor sobre esse hobby, surgiu e despertou
meu interesse. A primeira jornada joguei com alguns
amigos (que hoje são de longa data) e foi inesquecível.
Não porque foi boa, foi tecnicamente horrível, hahaha.
Ninguém sabia o que estava fazendo, a história nem
dava em nada, ninguém tinha a mínima ideia de como
funcionavam os pontos, poderes, dados, NADA. Foi tudo
feito apenas pelo coração e pela vontade de estarmos ali
reunidos. E foi uma das primeiras vezes que nos falamos
por áudio e não por texto, então além da jornada ser
catastrófica, a timidez entrou no caminho. Mas apesar de
tudo, foi um momento que levo com muito carinho no
coração, que me mostrou que o RPG pode ser técnico,
inteligente, bem pensado e tudo mais, mas para mim, a
principal parte estava em curtir o momento. Dar risada
com amigos, ficar tenso, passar por toda uma gama de
sentimentos que são inexplicáveis, afinal você não está
realmente vivendo aquilo, mas ao mesmo tempo está. É
muito único, mesmo quando ruim, é bom.
7. Como foi o processo para criação de Heron? Quais foram
suas principais inspirações?
Heron é um personagem que vem para ser o contraponto
de algumas coisas minhas. Eu sou grande fisicamente,
forte, o tipo de pessoa que em teoria seria um tank, quem
45
imaginaria como um player de um Metadinha? Frágil,
mas perspicaz. Heron é um pouco desafiador para se
jogar porque eu tenho que ter medo da morte o tempo
inteiro, já que ela pode chegar para ele muito facilmente.
Mas, ao mesmo tempo, ele é um tipo de pessoa que eu
adoraria conhecer na vida real. Aquele cara que é para
cima, apesar do passado sombrio e pesado. Que se agarra
a bons valores que lhe foram ensinados e pensa muito
nas pessoas e vidas que estão ao seu redor, mesmo que
às vezes não pareça. Também o fiz como um "ninguém".
Os Metadinhas já são naturalmente pouco nobres e mais
"do povo", mas Heron e sua família vão ainda além disso:
formada apenas por órfãos e crianças abandonadas,
completamente insignificantes para o plano geral
grandioso das coisas. Mas está lá presente, e vai triunfar
para nos lembrar que, por mais que para o mundo sejamos
"ninguém", o "ninguém" também pode alcançar patamares
grandiosos, sem nunca se esquecer de quem é.
Ironicamente, para fazer uma piadinha com o nome do
canal, as coisas levam tempo. Nesse caminho vi muitas e
muitas pessoas cheias de potencial que não continuaram.
Seja por não conseguir guiar as vidas paralelas ou por
não ter a resiliência necessária até o momento que
fosse ganhar um destaque. Infelizmente o mundo não é
justo, tanto fora da internet quanto nela. Os maiores e
recompensados não são necessariamente os melhores. Se
não começamos lá em cima, precisamos ser persistentes e
inteligentes até alçar o caminho para o topo, seja isso na
internet ou não.

8. Que conselhos você daria para pessoas que estão

começando um canal no YouTube ou buscando crescer sua
presença online?

A internet mudou muito desde 11 anos atrás, quando eu

comecei. Hoje, esta dinâmica é rápida. É preciso mais
do que apenas saber fazer, é encontrar seu diferencial
no meio que quer crescer e, para isso, é importante mais
do que nunca ser inteligente. Não necessariamente no
sentido técnico, mas inteligente em como vai usar as
infinitas redes sociais e ferramentas para criar seu público.
Como adaptar a mensagem que você quer entregar aos
formatos que são consumidos, para então, no processo de
crescimento, conseguir "ditar" dentro de sua comunidade
e nicho como que os conteúdos são.

9. Quais são os principais aprendizados que você teve ao

longo da trajetória na Cronosfera?

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 47
 FRIEREN E A JORNADA
PARA O ALÉM
Uma análise sobre a perda
O que você faria se vivesse por mil ênios? O que
faria se a vida de seus companheiros fosse um sopro
comparada à sua?
Uma animação com pegada de RPG e profundidade
na narrativa, Frieren e a Jornada para o Além (como
foi traduzido aqui no Brasil) é mais uma daquelas
obras que trás discernimento do que há ao nosso
redor. Produzida pela Madhouse (mesma produtora
de Overlord, One Punch Man e No Game No Life) e
criada pelas mentes brilhantes de Kanehito Yamada e
Tsukasa Abe, Frieren e a Jornada para o Além chegou
ao Brasil no final de Setembro do ano passado e causou
boa impressão no público que curte fantasia, tratando
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
por Jovi Bezerra
de forma cuidadosa sobre assuntos complexos do
cotidiano, como perda, autoconhecimento e solidão.
Até o fim de 2023, o mangá de Sousou no Frieren (título
original) tinha batido mais de 17 milhões de cópias em
circulação conforme anunciado no twitter oficial da
obra, ficando em décimo primeiro lugar no ranking de
mangás mais vendidos em 2023. Uma curiosidade, é
que a tradução da palavra japonesa “sousou” significa
“procissão fúnebre”, fazendo referência em como a
personagem principal lida com o “luto”.
A responsável pela abertura do anime, YOASOBI, é
conhecida por temas de animes como Oshi no Ko e
48
BEASTARS, e interpreta a canção “The Brave”, de sua
autoria. No encerramento, temos Milet com a música
“Anytime Anywhere”.
Nesta obra, vemos a protagonista Frieren (uma elfa
com idade milenar, introspectiva e usuária de magia)
tendo que lidar com seus sentimentos algumas
décadas após seu grupo finalmente ter conseguido
derrotar o Rei Demônio. A história começa logo após
a separação do quarteto, contando com saltos de anos
e recordações da protagonista dos tempos de aventura.
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
Seus companheiros são: o humano Himmel, um gentil
guerreiro que empunhava uma espada e sonhava em
ganhar o título de Herói; Heiter, também um humano
e sacerdote “corrupto”, como era chamado pela
protagonista por beber frequentemente, e atuava como
suporte; e temos o anão Eisen, um exímio guerreiro,
muito habilidoso com seu machado, e de poucas
palavras.
Ao longo dos episódios, vemos Frieren refletindo
sobre como poderia ter aproveitado o tempo com seus
companheiros para conhecê-los melhor. Após 80 anos
da morte do Grande Herói, ela tem como objetivo se
reencontrar com seu precioso amigo enquanto faz
novos parceiros para essa viagem, além de lidar com os
resquícios do poder do Rei Demônio e seus seguidores.
Como novos companheiros nesta jornada, temos Fern,
uma prodígio em magia criada por Heiter e discípula
de Frieren; e Stark, discípulo de Eisen originário de
uma vila de guerreiros e um dos mais habilidosos
usuários de machado da cronologia atual da série,
apesar de se subestimar.
Com um ótimo roteiro, o anime se distancia um pouco
das obras mais vistas da atualidade, expondo o universo
de forma lenta e sem a rotina frenética de batalhas.
Alguns episódios, por exemplo, mostram apenas o
cotidiano dos personagens — como encontrar uma
estalagem para passar a noite ou na dúvida de qual
presente seu companheiro gostaria de receber —, o que
gera uma aproximação do público com essa intimidade
criada aos poucos, como se fossemos a própria
49
Frieren nesse processo de aprendizagem, observação e
contemplação.
Vemos a introspecção da personagem principal
como uma barreira para lidar com certas emoções,
provavelmente uma característica da raça élfica desse
universo por viverem milhares de anos. Sendo a
vida de um humano algo tão breve, a protagonista
percebe não ter aproveitado o tempo com seus amigos
para conhecê-los melhor, encontrando conforto nas
lembranças de sua aventura com seus companheiros, a
qual durou cerca de uma década.
Atualmente, Frieren e a Jornada para o Além está no top
1 de melhores animes no MyAnimeList, desbancando
o tão aclamado Fullmetal Alchemist: Brotherhood.
A segunda parte da 1ª temporada (que contará com
um total de 28 episódios) já está no ar com mais de
20 episódios, tanto legendados quanto dublados em
português. Você pode acompanhar Frieren e a Jornada
para o Além pela plataforma de streaming de animes
Crunchyroll.

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 50
 DESPERTAR DO ABISMO
Resumo dos episódios 20-23
por Matheus Moraes Maluf

pela Grande Deusa, o que gerou uma cisão e o surgimento

Savana de Inaes: Ep. 20 -
Mudança de Planos
Após Bul-Ri girar o quebra-cabeça planar, o grupo
se encontra em um local hostil, quente e úmido,
completamente diferente de tudo o que conhecem.
Embora ainda estejam zonzos e cansados, Gessami e Zoya
percebem que o lugar tem a forte presença da Grande
Serpente, assim como notam, juntamente de Oliver, que
há magia em todos os lugares. Oliver também observa
que a cabeça do dragão foi teletransportada e usa um
pergaminho de Falar com os Mortos. O dragão responde
que seu nome era Grashk, que ele queria eliminar as
criaturas da ilha e que ele vendia as madeiras pelo seu
valor para nobres.
da Tribo do Crepúsculo, liderada por Sekani.
Enquanto descansam, Zoya segue o babuíno até uma
caverna, onde ele revela já ter visto alguém como ela em
uma das pinturas nas paredes: num monte sobre o oceano,
há uma elfa do mar usando um cajado como o de Zoya e
diversos xamãs abaixo, apontando para ela. Ao olhar mais
atentamente, não apenas a elfa da pintura se assemelha
cada vez mais com Zoya, mas também há uma história
sendo contada, da elfa curando o oceano por onde passa
com seu cajado. Zarum revela que essa pintura está ali há
mais de 700 anos, para espanto de Zoya, já que ela não
viveu tanto assim. Mais tarde, na mesma noite, Ashia tem

Gessami percebe que está começando a ter controle

sobre o veneno e que pode escolher ter visões ou não. Ela
opta por ver o passado, e tem uma visão de Zoya sendo
educada por outros elfos, sempre cercada de adultos mas
também sozinha num canto, conversando com espíritos.
É perceptível que a pequena elfa do mar é sempre muito
cobrada sobre o que ela deveria ser quando crescesse. Em
outro momento da visão, ela vê Zoya entrando na tumba
do grande herói e sendo recebida por Kayron. Apesar de
ter tido a visão, a helébora não sofreu as consequências do
veneno, dessa vez.

Enquanto seguem seu caminho pela paisagem de grama

seca, passadas pesadas são ouvidas na floresta próxima,
de onde emerge um imenso lagarto que olha fixamente
para Ashia. Em uma variação do idioma comum, a
criatura fala que sente um abissal por perto e ataca o
grupo. Durante o combate, Gessami consegue convencer
o Passo-de-Trovão que eles são amigos e nomeia o imenso
animal de Esmeralda. Esmeralda, então, os leva até um
velho babuíno xamã, chamado Zarum, o qual explica aos
aventureiros que era o xamã da Tribo do Sol Nascente,
mas que os dois irmãos, Jabaari e Sekani, começaram a
brigar por nenhum deles ter sido escolhido como líder

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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024 51
um pesadelo com uma mulher o perseguindo e busca
conforto na conhecida conchinha de Alejandro.
Durante a manhã, Gessami e Zarum conversam. Enquanto
a helébora explica a rixa dela e suas irmãs com Inaes, o
xamã diz que protegeu Sekani e acabou sendo expulso
da Tribo Sol Nascente por Jabaari, e que não pode
acessar mais o altar da Grande Deusa. ELe diz que se eles
ajudarem a resolver o conflito, talvez consigam voltar
para casa. Entretanto, Gessami pede para que Zoya fique
com Zarum e aprenda mais “xamanicices”. Dessa forma,
com exceção da elfa, o restante da tripulação do Grande
Peixe de Madeira parte para a Tribo do Crepúsculo, a mais
próxima de onde estão. A sós com Zoya, Zarum afirma
que teve a visão de um grande peixe que parecia voar
sobre as águas e que os espíritos lhe disseram para ensiná-
la a retirar energia dos Passos-de-Trovão. Enquanto
prepara um chá de ervas para ela beber, a elfa adentra
um lago dentro da caverna, cuja densidade parece ser a
mesma da caverna da rainha aranha.
Após uma longa viagem no calor escaldante da savana,
o grupo chega à Tribo do Crepúsculo e são recebidos
por um povo-zebra, que os leva até Ndidi, uma povo-
elefante de pele azul e vários adereços em sua tromba
e presas. O grupo explica sua história para a elefanta,
mas são interrompidos por uma leoa de olhos azuis que
ordena Ndidi a escoltar para fora da tribo os forasteiros.
As tentativas de acalmar Zálika não funcionam, até que
Ashia desafia o mais forte, pensando estar desafiando a
leoa, mas todos entendem que ele está desafiando Sekani.
Um imenso leão, com 2,40m de altura e extremamente
musculoso sai de uma tenda e aceita o desafio.
Na arena de ossos, construída no meio da aldeia,
desafiado e desafiante se preparam. Sekani diz que se
ele for acertado primeiro ou Ashia aguentar seu golpe,
o mercenário vencerá, e o embate inicia. Ashia apanha
bastante mas sempre se levanta, para a irritação do
gigantesco leão, que não aceita ser derrotado e entra
em fúria. Zálika observa a luta com incômodo ao lado
de Alejandro, o qual conseguiu quebrar a agressividade
inicial dela, até que ela grita para Sekani que acabou e é
para ele parar. O líder da Tribo do Crepúsculo obedece e
se retira, seguido pela leoa e pelo paladino.
Enquanto isso, após beber o chá preparado por Zarum,
Zoya inicia uma batalha mental e espiritual contra a
rainha aranha que encontrara anteriormente. A jovem
xamã acredita que será seu fim enquanto a grande aranha
manipula a realidade, mas ela vence o segundo desafio,
embora tenha perdido o primeiro. A aranha propõem,
então, que Zoya dê a vida de seus amigos em troca
do poder de salvar seu povo, e a elfa do mar rejeita a
proposta, vencendo o terceiro desafio. A aranha se revela
em sua verdadeira forma, uma bruxa de cabelos esparsos,
apenas um olho no rosto, corcunda e um braço mecânico.
Ela se apresenta como a bruxa Nalura e que aguarda Zoya
em seu território, no Arquipélago de Cobalto. Quando
retorna, Zarum diz que é Nalura quem o ensina e que ela
possui interesse em Zoya, já que não devorou sua alma, e
em seguida a entorpece.
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
Na Tribo do Crepúsculo, Gessami conversa com Ndidi
e a convence de que as tribos podem ser lideradas por
mulheres. Do lado de fora, Oliver e Bul-Ri ajudam
Ashia, que discursa para os leões, mas todos o ignoram,
com exceção do jovem leão Nvuka. Ele aceita se tornar
discípulo de Ashia e o leva até sua mãe, que cura os
ferimentos do meio-abissal com suas lambidas. Na tenda
de Sekani, Alejandro tenta convencê-lo a se resolver com
seu irmão, e acaba aprendendo que o pai deles foi morto
porque Jabaari não o ajudou quando uma criatura azul
e alada atacou a Tribo do Sol Nascente. Percebendo que
Sekani está ferido sentimentalmente, o goblin utiliza sua
Linguagem do Amor para que ele sinta falta do amor que
não tem mais. Apesar de não funcionar tão efetivamente,
Sekani ainda sente um vazio dentro de si e apenas deita
virado para a parede. Zálika pede para que Alejandro
convença Jabaari a perdoar seu irmão para que todos
possam retornar para casa.
Todos se reúnem e conversam sobre o que aprenderam
ou fizeram, enquanto Zoya acorda do torpor na caverna
de Zarum. O babuíno começa a ensiná-la a limpar a
corrupção abissal, contudo, ele manipula os espíritos à
força. Apesar da hesitação, Zoya acaba fazendo o mesmo e
escuta no mesmo instante uma voz em sua cabeça dizendo
que ela está finalmente pronta.
Savana de Inaes: Ep. 21 -
Príncipe Leão
Após descansarem e Nvuka se despedir de seu pai, o
grupo retorna à caverna de Zarum, onde veem Zoya
exausta espiritualmente. Ela explica a seus companheiros
tudo que passou e mostra as pinturas da caverna,
enquanto o velho xamã os apressa a irem embora,
claramente incomodado com suas presenças. Contudo,
Zoya está decidida a acompanhar o grupo até a Tribo do
Sol Nascente para desgosto do velho babuíno, que tenta
convencê-la, mas em vão. Bul-Ri aproveita para saber
mais da misteriosa criatura alada e azul, e o xamã diz que
a criatura é maior que as cobras aladas que existem na
savana, matou o líder da Tribo Sol Nascente e desapareceu
após se encontrar com Jabaari. Desde esse dia, a Grande
Deusa não apareceu mais.
Agora com Zoya, o grupo parte novamente para a ampla
paisagem da savana, quando são repentinamente atacados
por dois dinossauros com um brilho abissal no olhar.
Após um intenso combate, onde alguns membros da
tripulação são quase devorados, eles conseguem entrar
num portal aberto no Vale do Sol Nascente. Entretanto,
todos são subjugados por dezenas de guerreiros. Oliver
explica que eles querem ajudar a tribo a retomarem o
contato com sua Deusa e descobrir quem é o líder, e Ashia
complementa dizendo que eles têm uma obrigação divina,
o que termina por convencer os leões. Ao entrarem na
vila, se deparam com prédios de pedra conectados uns aos
outros e magia rúnica em suas estruturas, fora a barreira
mágica que protege o lugar e os mantém camuflados.
52
Agora de frente com Jabaari, Gessami percebe emanar
naturalmente do leão uma forte energia arcana. O líder
dos Sol Nascente conta que a criatura azulada queria um
colar dado pela Deusa ao seu pai, e que ela mataria a todos
se não obtivesse o item: o Colar das Almas Ascendentes,
que agora está na posse do lich Kiras-Hazuk. Ele é
convencido após uma acalorada discussão, e leva o grupo
até a borda do bosque onde fica o altar da Grande Deusa.
Após um curto descanso, todos entram no bosque e
chegam ao altar, onde começam a investigar. Oliver
relembra que a Deusa Inaes é vista de várias formas no
mundo de Inaes, e que na era pré-theodiana ela era uma
Deusa mais guerreira e que recebia sacrifícios em seu
nome, enquanto hoje, após o Império Theodiano, ela
passou a ser vista de uma forma mais misericordiosa.
Ele também nota que as oferendas no altar são mágicas.
Enquanto isso, Zoya se concentra para se conectar com a
deusa e ouve a voz de Zarum, que diz para ela não fazer
isso, sendo apenas ignorado pela elfa. Ashia, por sua
vez, encontrou uma guirlanda mas não fez nada sobre.
Alejandro percebe que a atmosfera do lugar começa a
mudar, se tornar mais pesada, e pede para Zoya tomar
cuidado. Por fim, Gessami nota que há várias oferendas
dos leões para a deusa, corta sua própria mão e oferece
seu sangue a ela, pedindo pela ajuda da Grande Cobra
para a situação se resolver.
Após Zoya terminar seu ritual, um som crepitante corta
o silêncio quando uma fenda se abre no chão. De lá,
emerge uma criatura equina, dourada e com um único
córneo no centro de sua cabeça, a qual diz ser o emissário
da Deusa. O formoso equino diz que está sofrendo e não
aguenta mais a energia abissal que está em si e em toda
parte. A elfa do mar afirma que pode tentar remover a
corrupção, mas o emissário a ameaça dizendo que está
cansado de quem tenta e que irá matar a todos. Contudo,
Gessami intervém e consegue convencê-lo a permitir
que a xamã o ajude. Zoya consegue remover a corrupção
abissal da criatura ao custo da destruição de algumas
almas, e ela sente a Deusa da Vida chorar por isso. O
emissário sente sua força divina retornar e, junto dele, o
lugar também começa a ganhar vida novamente, curando
instantaneamente as feridas de todos e renovando seus
vigores.
A criatura divina promete abrir um portal para eles
retornarem para casa e que irá escolher um novo líder,
mas que eles devem falar com este antes de partirem. Ao
retornarem para a borda do bosque, veem que Jabaari foi
escolhido, e ele pede a ajuda de Alejandro para aprender
a governar com amor. O pequeno paladino prontamente
aceita ser o conselheiro do leão — que perdoou Sekani
—, mas também por ter se apaixonado por Zálika. Após
se despedirem, a tripulação do Grande Peixe de Madeira
entra no portal de volta para Inaes. Entretanto, algo
interfere e bifurca o portal em duas direções, lançando
Oliver e Gessami para a ilha onde deixaram o Grande
Peixe de Madeira e Lyara, enquanto Zoya, Ashia e Bul-Ri
retornam para Hulsad.
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
Caminhos Separados: Ep. 22 -
Colônia dos Fungos
Gessami e Oliver despertam em uma praia, um pouco
atordoados da viagem através do portal. Enquanto se
localizam, percebem que estão na Ilha Azzurra, e o capitão
imediatamente saca sua luneta para olhar na direção
onde deixou seu navio, observando apenas o horizonte.
Nesse momento, dois guardas se aproximam correndo e
os reconhecem de acordo com a descrição de Lyara. Um
deles conta que uma sentinela viu o navio zarpar e que a
elfa das sombras não está na ilha no momento, pois partiu
com o Exército dos Dispensáveis, mas que levaria ambos
para descansarem e se alimentarem.
Em outra ilha, a alguns dias de viagem da Ilha Azurra,
uma grande floresta de fungos se destaca pelo seu
tamanho e a bioluminescência de alguns deles. Ali, se
encontra um druida de higiene duvidosa, alguns animais
presos em seu saiote e que caminha de cócoras pensando
sobre seu treinamento e objetivos de vida, quando as
ondas do mar trazem uma humanoide praticamente
transparente, sendo possível ver seus órgãos. O primeiro
contato entre Teco e Calypso, a elemental de água, é
estranho, pois o druida não sabe falar muito bem e sua
melhor forma de se comunicar é através de um muco
amarelo que, quando as pessoas tocam, elas entendem
tudo o que ele quer dizer e ele entende também sobre
a outra pessoa. Apesar da estranheza inicial, ambos
rapidamente começam a interagir enquanto um grupo de
povo-tubarão nada próximo à ilha.
Na Ilha Azzurra, após o descanso de Gessami e Oliver,
o sentinela que estava de vigia no dia em que o navio foi
roubado conta que viu o Grande Peixe de Madeira zarpar
após ser tomado por homens estranhos, e que navegaram
na direção da Ilha Lassome, a qual ninguém se aproxima
além de um “louco”: o anão das praias Alcastri. Eles
resolvem procurar pelo restante da tripulação e entram
numa taverna, mas Zoya, Ashia e Bul-Ri não estão lá e
ninguém os viu. A dupla resolve então falar com o capitão
Alcastri, que concorda em levá-los até Lassome.
Passadas duas semanas, Calypso e Teco estão mais
próximos, e o druida já consegue falar um pouco
mais, quando percebem um navio se aproximar, para
estranhamento de Teco, pois ninguém navega para
Lassome. Em um barco menor, enquanto Oliver rema
em direção à praia, Gessami reconhece que há druidas
na ilha pois já viu colônias de fungos parecidas quando
vivia na Terra das Sombras. Ao chegarem à praia, Oliver
está passando mal pois Gessami está colocando doses
de veneno em sua bebida para ele se acostumar com a
Terra das Sombras e não morrer lá. Enquanto as duplas
conversam e interagem, Calypso conta que o povo-tubarão
matou sua família e a sequestrou, e Teco utiliza seus
poderes naturais para curar Oliver do envenenamento.
De repente, Gessami sente uma presença abissal
mandando eles se afastarem. A helébora rapidamente
tira seu disfarce e se arma com seu chicote, mas nenhum
ataque ocorre. Teco explica que os fungos amarelos são
53
bons, os vermelhos são maus e os azuis ele não consegue
se comunicar, portanto são desconhecidos para ele.
Gessami também nota que Calypso tem iniciação como
lasciva e ela afirma ter estudado no Ateneu Lâmia, mas
devido às torturas sofridas pelos homens-tubarões, a
elemental de água perdeu grande parte de suas memórias,
mas sabe que “Gessami” não é um nome estranho para si.
Durante a conversa, Teco fica nervoso por seus fungos
amarelos estarem se transformando em azuis, e Gessami
percebe que os fungos azuis são abissais e tenta se
comunicar com um deles. Entretanto, crescem braços
e uma cabeça do fungo, que inicia um ataque contra
Calypso, mas ele é rapidamente derrotado pelo grupo.
Teco também se lembra de ossadas de tubarões na ilha e
arrasta Oliver até lá, que nota haver energia necrótica nos
ossos. A dupla feminina fica conversando e Calypso conta
que ela foi sequestrada para ser usada de amuleto pelos
homens-tubarões, já que ela é “mágica”. Quando chegam
onde estão Teco e Oliver, Gessami também investiga a
ossada quando o feiticeiro da fortuna descobre um anel,
o qual é identificado como um anel de disfarce e que
transforma o usuário em um humano específico. Gessami
coloca o anel e sua forma muda para a de Tio Jon.
Nesse momento, Calypso se lembra de ter fugido num
navio que foi roubado pelo povo-tubarão e encalhado nas
pedras, para desespero de Oliver. Ele sobe nas costas de
Teco, agora transformado em um babuíno com cabeça de
labrador e leva Oliver até um ponto alto para ele tentar
encontrar sua embarcação. Nesse momento, Teco vê um
fungo sem cor surgir e tenta estabelecer contato, mas
nada ocorre, para em seguida ver um grupo de povo-
cachorro andando logo abaixo, o que lhe causa estranheza.
Enquanto isso, Gessami encontra um buraco que leva para
Umbreterra e adentra com Calypso, sendo seguidas na
sequência por Teco e Oliver.
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
Os fungos do lugar são exclusivamente azuis e violetas,
com alguns emanando luz por todo o percurso. Gessami
aproveita também para absorver a elemental de água
numa bonequinha, que agora se move e fala. Ao chegarem
no fim do caminho, após descerem mais fundo, Teco
percebe que os fungos azuis nascem onde estão os fungos
amarelos criados por ele, como se fossem parasitas, e
conclui que em breve sua floresta desaparecerá. Gessami
e Oliver chegam por último e percebem uma forte energia
abissal que os deixa com uma sensação de claustrofobia. É
nesse momento que surge um abissal feito de fungos, que
lhes diz que eles serão sua primeira refeição.
Após o combate, a porta de um mausoléu é revelada, e
Calypso corre lá para dentro, enquanto os outros três
ficam para trás e veem os espíritos de povos-cachorros, os
quais agradecem Teco por ter salvo a floresta daqueles que
o acolheram. Dentro do mausoléu, que segue por baixo
da fortaleza do povo-tubarão, Calypso segue na direção
de um tridente que se comunica instantaneamente com
ela. A bonequinha toma o tridente para si e retorna, rindo
loucamente enquanto diz que agora é a vez dela de matar e
escravizar o povo-tubarão.
Caminhos Separados: Ep. 23 -
Ataque dos Tubarões
Enquanto Calypso retorna com seus pouco centímetros de
pano arrastando um tridente de 1,5m de altura, Gessami
investiga o lugar e encontra de 4 a 5 mil moedas de ouro.
Oliver também acha um pequeno buraco numa parede e
vê um homem-tubarão carregando algo através da fresta.
Finalmente, todos notam a boneca com o tridente. Ela
explica que a arma era de sua família e foi colocada aqui,
embora não saiba o que faça, e resolve sair de dentro da
boneca. Teco aproveita para fazer novos fungos crescerem
e testar se o fungo azul retornará, e fica feliz ao perceber
que não.
Durante o descanso, Calypso diz que havia uma
profecia sobre uma menina que nasceria com o poder
de exterminar os dragões, e por isso, os dragões
exterminaram os elementais de água, o qual ela chama de
Envaar. Porém, na realidade, a menina da profecia seria
uma elfa do mar, pois a profecia é deles, para a surpresa
de Gessami e Oliver — que pensam imediatamente em
Zoya. Calypso também revela que veio de Serendípia
e Teco sente-se traído por ela quando é revelado que
a elemental precisou enganá-lo para pegar o tridente.
Enquanto Calypso discursa sobre escravizar e matar o
povo-tubarão, Oliver percebe que o objeto está causando
uma má influência nela e toma o tridente da elemental, e
a arma imediatamente se comunica com Calypso, dizendo
para ela o pegar de volta, o que inicia uma discussão sobre
não deixar o tridente com ela.
Na fortaleza dos tubarões, um tubarão-martelo, chamado
Sphyrna, caminha com toda sua imponência quando
encontra um de seus irmãos, Mandíbula de Ferro,
trazendo um novo “saque” de pessoas. Ao contrário de
seus irmãos mais velhos, Sphyrna não tem o ímpeto de
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causar destruição e matança sem sentido, e impede que
Mandíbula de Ferro mate os prisioneiros. Ele os leva
para um local escondido — com a intenção de libertá-los
quando possível — enquanto passa por outros prisioneiros
em jaquetas vermelhas, pensando em como descobrir
quais tubarões pensam como ele com a ajuda de um
tubarão cego.
Durante a discussão sobre o tridente, todos ouvem o
barulho de vários metais caindo ao chão do buraco que
Oliver vira antes. Ali dentro, Sphyrna é pedido para
identificar armas mágicas, embora ele não saiba. Calypso
tenta comandar o tridente mas ele toma o controle de seu
corpo e tenta atacar a helébora, mas com uma rápida ação
de Teco e Gessami, ela é posta para dormir e absorvida
novamente na boneca enquanto Oliver pega o tridente
para purificar.
Em sua sala escondida, Sphyrna conversa com outro
possível aliado à sua revolta quando é chamado para
uma reunião com Mako, o líder dos homens-tubarões,
na sala de guerra. Eles decidiram saquear a única ilha
da região que ainda não foi roubada: a Ilha Azzurra,
justamente onde pegaram o Grande Peixe de Madeira.
Sphyrna diz que não irá participar do saque pois “precisa
supervisionar o armamento” e se dispõem a procurar por
Calypso. Mesmo dispensado, permanece na reunião para
ouvir os planos de seus irmãos e convence Mako que ele
levará o navio após o saque para levarem os tesouros, o
que dá ao tubarão-martelo acesso total à embarcação.
No dia seguinte, Oliver purifica o tridente enquanto
Gessami e Calypso estão no mar. A elemental nada no
fundo junto de peixes quando nota olhos a observando,
e retorna rapidamente para a superfície. Ao mesmo
tempo, Sphyrna leva os prisioneiros para o barco quando
é interrompido por outro irmão, Barracuda, que entra
em um argumento com o bárbaro e eles começam uma
briga que termina com Sphyrna arremessado ao mar e
muito irritado com a burrice de seus irmãos. Enquanto
os irmãos lutavam entre si, o quarteto retornou à caverna
para invadir a fortaleza do povo-tubarão e Teco cria uma
porta na rocha. O idoso e cego tubarão que está lá dentro
percebe que há pessoas e sente o cheiro de Calypso, mas
acaba sendo congelado por Teco. A estátua de gelo se
desequilibra e estilhaça ao cair, matando o tubarão.
Sphyrna chega à sala e vê que seu amigo foi morto,
questionando-os sobre quem o matou. Muito arrependido,
pois não era sua intenção, Teco reanima os pedaços
do corpo com fungos, piorando a situação. Após
conversarem, fica decidido que Sphyrna devolverá o navio
desde que o grupo ajude ele a matar seus irmãos e o levem
para longe daquele lugar. O tubarão-martelo também
explica que não é para matar o tubarão que trabalha no
arsenal e guia o grupo pela fortaleza, decididos a matar
Mandíbula de Ferro primeiro. Calypso dá a ideia de
usarem o tridente para atrair os líderes dos tubarões, e um
debate se inicia sobre quem ficará com a arma. Durante a
discussão, Teco percebe que um dos cheiros de Sphyrna é
de povo-cachorro e o questiona, mas o tubarão não sabe
nada sobre. Finalmente, decidem falsamente acorrentar
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D20 Saga | Edição 9 | Fevereiro 2024
Gessami e levá-la até Mako como “prisioneira” de Sphyrna
enquanto os outros seguem para a sala de um santuário.
Enquanto passam por uma prisão, Teco reconhece
uma sacerdotisa labrador e ambos começam a falar
muito ansiosamente e alto devido à imensa felicidade,
mas Calypso os cala pois há algo de errado ali: não há
tubarões, e sempre há alguém na prisão. Do lado de
Gessami e Sphyrna, eles acabam cruzando com Mandíbula
de Ferro, que a reconhece imediatamente e ataca a
helébora, iniciando um combate, mas não sem enviar seu
diabrete para Oliver. De volta à prisão, Calypso solta a
povo-cachorro, para a felicidade de Teco, que pula e cheira
ela de alegria e vice-versa. Contudo, Mako aparece e os
questiona, mas Oliver e Calypso conseguem distrair o
tubarão e Teco aproveita para criar uma parede de fungos
para separá-los e que explode na cara de Mako, fazendo-o
retornar por onde veio.
Eles aproveitam a oportunidade para libertar todos os
prisioneiros e o diabrete chega nesse momento, avisando
que Gessami está com problemas. Oliver explica aos Jeffs
a situação e pede para todos se armarem mas não fazerem
nada contra os “peixes grandes” do povo-tubarão. Mako
soa o alarme da fortaleza e Mandíbula de Ferro recua, mas
recebe um ataque de arpão de Sphyrna enquanto corre.
O principal líder dos tubarões grita que se Oliver quiser
o navio de volta, para ir pegá-lo, mas o capitão ignora
para checar Gessami antes de qualquer coisa. Com todos
reunidos, eles se dirigem ao navio e o combate finalmente
tem início. A peleja é intensa e Teco morre, com seu
coração arrancado por um dos tubarões. Ao verem
isso, Calypso e Oliver disputam força pelo tridente, e o
feiticeiro, malandramente, sintoniza com a arma e ordena
que todos parem.
Ninguém consegue se mover, mas ele libera seus
companheiros do efeito e entrega o tridente para a
elemental de água, que crava a arma no crânio de Mako
enquanto Sphyrna finaliza seu outro irmão que ainda
estava vivo. Gessami tenta usar revivificar no corpo do
druida, mas ela sente que sua alma não estava mais lá
e sim na floresta fúngica. Oliver e Gessami retomam
seu navio enquanto Calypso e Sphyrna, agora com o
tridente em mãos — dado por Calypso — e como novo
líder dos homens-tubarões, vão à floresta de fungos para
se despedir do druida. Lá, a sacerdotisa povo-cachorro
estava grávida e deu à luz a um filhote de labrador, com os
mesmos olhos amarelos que Teco possuía, emocionando a
elemental.
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 EDIÇÃO 09
-FEVEREIRO 2024-

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