SUPLEMENTO DE RPG

James Wyatt  Keith Baker  Ari Marmell  Robert J. Schwalb

 CRÉDITOS
Design Designer Gráfico
James Wyatt (chefe), Emi Tanji
Keith Baker, Ari Marmell, Robert J. Schwalb, Chris Sims
Design Gráfico Adicional
Design Adicional Leon Cortez, Keven Smith
Stan!
Ilustrações Internas
Desenvolvimento David Bircham, Chippy, Eric Deschamps,
Rodney Thompson (chefe) Adam Gillespie, Brian Hagan, Jon Hodgson,
Stephen Radney-MacFarland, Peter Schaefer, Fred Hooper, Ralph Horsley, Goran Josic, Ron Lemen,
Roberto Marchesi, Charles P. Morrow, Lee Moyer,
William O´Connor, Lucio Parrillo, Steve Prescott,
Desenvolvimento Adicional Mike Schley, Anne Stokes, Mark Tedin, Francis Tsai,
Andy Collins Brian Valenzuela, Ben Wooten

Edição Cartógrafos
Michele Carter (chefe) Lee Moyer, Mike Schley
Torah Cotrill, Scott Fitzgerald Gray
M. Alexander Jurkat, Carl Moore Especialista em Produção Editorial
Errin Dorries
Coordenação de Edição
Kim Mohan Gerente de Prelo
Jefferson Dunlap
Revisão de Texto
Jeff Grubb, Gwendolyn F.M. Kestrel, Técnico de Imagem
Neil Lance, John Rogers, Jonathan Tweet Ashley Brock, Carmen Cheung

Diretor de R&D, D&D/Publicação de Livros Gerente de Produção

Bill Slavicsek Cynda Callaway

Gerente Criativo de D&D Tradução

Cristopher Perkins André Júnior, Igor Jasbinschek, Kimberly Nunes, Medonho

Diretor de Design de D&D Detalhes do cenário baseados no cenário de campanha de

James Wyatt Eberron® original criado por Keith Baker, Bill Slavicsek e
James Wyatt.
Gerente de Desenvolvimento e Edição de D&D
Andy Collins Inspirado no Design das Edições Anteriores por E. Gary
Gygax, Dave Arneson (1ª Edição e antes); David “Zeb”
Diretor de Arte Cook (2ª Edição); Jonathan Tweet, Monte Cook, Skip
Kate Irwin Williams, Richard Barker e Peter Adkison (3ª Edição); e
Rob Heinsoo, Andy Collins e James Wyatt (4ª Edição).
Ilustração da Capa
Wayne Reynolds
 SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................... 4 4: GRANDE KHORVAIRE.................... 108 6: DRACOMARCAS............................. 206

Baluartes de Mror............................... 110 A História das Casas........................... 208

1: AVENTURAS.................................. 6 O Jhorash´tar................................... ?? Casa Cannith....................................... 210

O Mundo de Eberron........................ 8 Darguun............................................... ?? Casa Deneith....................................... 212

Temas de Campanhas....................... 10 Goblins de Darguun......................... ?? Casa Ghallanda................................... 214

A Última Guerra............................. 10 Ruus Dhakaan.................................. ?? Cada Jorasco....................................... 216

A Constante Sombra................... 10 Devastações Demoníacas..................... ?? Casa Kundarak.................................... 218

Campanhas da Última Guerra..... 11 Tribos Carniceiras........................... ?? Casa Lyrandar..................................... 220

O Lamento.................................. 12 Droaam................................................. ?? Casa Medani....................................... 222

A Guerra Sombria....................... 13 As Filhas de Sora Kell..................... ?? Casa Orien.......................................... 224

As Nações Recém-Nascidas....... 14 Senhor das Cinzas Gorodan............. ?? Casa Phiarlan...................................... 226

A Próxima Guerra....................... 14 Mordain o Teçe-Carne..................... ?? Casa Sivis........................................... 228

A Profecia Dracônica..................... 15 Rhesh Turakbar............................... ?? Casa Tharashk..................................... 230

Os Dracomarcados......................... 17 Tzaryan Rrac................................... ?? Casa Thuranni..................................... 232

Intriga Urbana................................ 19 Ermos de Eldeen.................................. ?? Casa Vadalis....................................... 234

Exploração de Masmorras.............. 20 Os Afeitos ao Pó.............................. ?? Casa Tarkanan.................................... 236

Patrocinadores e Rivais.............. 22 Crianças do Inverno......................... ??

Horrores de Khyber.................... 23 As Fronteiras Sombrias........................ ?? 7: DEUSES E COSMOLOGIA 238

Ameaças Globais.............................. 23 O Bruxo da A Hoste Soberana............................... 241

Os Aurum....................................... 24 Cicatriz Aberrante........................ ?? Os Seis Sombrios................................ 244

A Concórdia Aurum................... 25 As Planícies Talenta............................. ?? A Chama Prateada.............................. 245

A Câmara....................................... 26 Santa Uldra...................................... ?? O Sangue de Vol................................. 248

Vein, Espião da Câmara............. 26 Principados Lhazaar............................. ?? Cultos do Dragão Inferior................... 251

Yllosavax, A Frota Caótica................................ ?? Os Caminhos da Luz........................... 255

Observador da Câmara............ 26 A Fortaleza dos Religião Élfica.................................... 257

Os Senhores do Pó......................... 28 Sonhos Desvanecidos................... ?? Os Planos............................................ 173

A Sombra na Chama................... 29 Q´barra................................................. ?? O Dragão Superior:

O Rompe-Ancião........................ 30 Rhashaak e Haka´torvhak................ ?? O Mar Astral................................ 261

História................................................. 32 Mishva, a Conquistadora................. ?? O Dragão Intermediário:

Linha do Tempo Abreviada........... 36 Valenar................................................. 162 Eberron......................................... 262

Magia Cotidiana............................... 38 Irristia Immiar, O Dragão Inferior:

Viagem............................................. 41 Senhora da Guerra de Valenar..... 166 O Caos Elemental........................ 263

Localizações Maravilhosas.............. 46 Zirlago.................................................. 168 Xoriat, o Reino da Loucura............ 186

As Espirais Feéricas....................... 48 A Verdade........................................ 170

APÊNDICE: A MARCA
2: A CIDADE DAS TORRES.............. 50 5: ALÉM DE KHORVAIRE................... 172 DA PROFECIA............................... 264

Sharn, Cidade das Torres................. 52 Aerenal................................................. 174 Encontro 1:

Visão Geral de Sharn..................... 54 Os Crânionatos................................ 178 Horrores da Torre..................... 266

Serviços em Sharn.......................... 58 Argonnessen......................................... 179 Encontro 2: Competidores........... 268

Poderes de Argonnessen.................. 182 Um Momento Para Lamentar....... 270

3: AS CINCO NAÇÕES...................... 64 Garras e Presas, Encontro 3:

Aundair............................................. 66 Mãos e Olhos............................... 182 Observância Interrompida........ 272

Olhos Reais de Aundair................. 70 Sarlona................................................. 184 Encontro 4:

Brelândia.......................................... 73 Riedra.............................................. 184 Caçando o Malfeitor................. 274

A Cidadela do Rei.......................... 77 Adar................................................. 187 Complicando os Encontros.......... 274

Karrnath............................................ 80 O Inspirado...................................... 188 Encontro 5: Chacais Vermelhos...... 276

Rei Kaius............................................ 84 O Sonho Lúgubre............................ 191 Encontro 6:

Mortos-Vivos de Karrnath............. 85 Xen´drik............................................... 193 Máquina do Apocalipse............ 278

A Ordem da Drow................................................ 196 Encontro 7:

Garra Esmeralda......................... 86 Khyber................................................. 199 Embate no Céu......................... 280

Terra das Lamentações..................... 89 Funestos........................................... 202

Perigos do Lamento........................ 94 Dolgaunt....................................... 203 Locais de Encontros..................... 282

Resgatadores de Salvage................ 95 Dolgrim........................................ 203 Junção dos Esgotos................... 282

Maginatos do Lamento................... 96 Dolgarr......................................... 204 Cenário Urbano........................ 284

O Senhor das Lâminas................... 99 Belashyrra, o Senhor dos Olhos...... 204

Thrane............................................... 101 ÍNDICE............................................... 286

Alto Cardeal Krozen...................... 106

NOVOS MONSTROS........................ 287

 INTRODUÇÃO
Na noite mais escura de Mabar, eles penetram em suas muralhas. Cinco é o seu número,
e sua chegada completa o círculo no Salão das Estrelas . . .
– A Profecia Dracônica
NO DECORRER de uma longa e terrível guerra,
um mundo batalha para encontrar seu destino. Irá ele
desabar mais uma vez em um conflito brutal e encerrar em
uma aniquilação espetacular, ou irá o mundo finalmente
emergir em uma nova era de paz e prosperidade?
Neste momento, um punhado de heróis – os
personagens jogadores da sua campanha – pode estar
segurando o destino do mundo em suas mãos.
Este é um mundo cujo destino esconde-se nas
misteriosas profecias dos dragões, temperado com magia
poderosa, e forjado em belicismo sangrento.
DEZ FATOS IMPORTANTES
O que faz o mundo de Eberron único? Eis aqui dez peças
chave de informação sobre o mundo para se ter em mente.
1. Se existe no mundo de D&D, então tem espaço em
Eberron. Eberron gira em torno de utilizar os elementos
centrais do mundo de D&D de formas novas e em
combinações interessantes, mesclados com alguns
elementos únicos. Ainda é um cenário de D&D, portanto,
tudo o que aparece em outro livro de D&D – desde as
classes e raças no Livro do Jogador aos monstros que
aparecerão no Manual dos Monstros 3 – deveriam se
encaixar bem em sua campanha de Eberron.
2. Tom e atitude. Eberron assume toda a ação cinema-
tográfica e aventura extravagante dos jogos de D&D
tradicionais e adiciona uma forte dose de mistério e
intriga. Nesta campanha, as histórias nem sempre acabam
bem e nem sempre existe uma resposta certa para todos os
problemas. A Última Guerra transformou antigos aliados
em inimigos cruéis e destruiu uma nação inteira, deixando
cicatrizes terríveis para trás. O crime e a corrupção
espreitam nas maiores cidades. Os aliados dos personagens
podem se tornar seus inimigos em um piscar de olhos
enquanto agentes do mal famosos fornecem assistência
quando menos se espera. Dragões ocultos moldam o curso
da história. Entidades sinistras influenciam os sonhos dos
incautos. Um exército de horrores procrastina logo além
do limite da realidade, empenhando-se para atravessá-lo.
Nada é exatamente o que se parece.
3. Um mundo de magia. O cenário supõe que o mundo
se desenvolveu não através do avanço da ciência, mas pela
maestria da magia. A magia possibilita conveniências e
serviços insonháveis em uma fantasia medieval tradicio-
nal. Criaturas elementais capturadas energizam navios
aéreos elementais, transportes por trilhos e embarcações
oceânicas de alta velocidade. Uma classe trabalhadora de
magos menores utiliza magia ritualística para fornecer
energia e demais necessidades nas aldeias e cidades.
Avanços na criação de itens mágicos permitiram criar de
tudo, desde equipamentos agrícolas mecânicos inteligentes
até constructos com livre-arbítrio.
4. Um mundo de aventuras. Das selvas fumegantes de
Aerenal até as ruínas colossais de Xen'drik, das fortalezas
grandiosas de Sharn até as colinas assoladas das
Devastações Demoníacas, Eberron é um mundo de ação e
aventura. As aventuras podem e devem atrair os heróis de
um local exótico para outro em todas as nações,
continentes e pelo mundo inteiro. Uma busca pelo Espelho
da Sétima Lua poderia conduzir os heróis de um santuário
escondido no deserto até um castelo arruinado nas
Fronteiras Sombrias e finalmente até uma masmorra
abaixo da Biblioteca de Korranberg. Por meio do uso de
transportes mágicos, os heróis conseguem alcançar uma
quantidade imensa de ambientes durante a aventura, e
assim darem de encontro com uma diversidade de
monstros e desafios.
5. A Última Guerra se encerrou – mais ou menos. A
Última Guerra, que afundou o continente de Khorvaire em
uma guerra civil por mais de um século, se encerrou com o
a assinatura do Tratado do Trono e com o estabelecimento
de doze nações reconhecidas que ocupam o que uma vez
era o reino de Galifar. Ao menos evidentemente, a paz foi
mantida por pouco mais de um ano no início da campanha.
Entretanto, os conflitos, o ódio e a dor amarga da longa
guerra permaneceram, as novas nações buscam todas as
vantagens enquanto se preparam para a próxima guerra
que elas acreditam que inevitavelmente explodirá pelo
continente eventualmente.
6. A Profecia Dracônica. Os dragões, longevos e
pacientes em todos os aspectos, buscam significados nos
padrões encontrados no mundo e no céu. Esses padrões
são representados pela Profecia, um registro de coisas que
estão por vir que vem emergindo desde a criação do
mundo. A Profecia Dracônica é tão complexa e
incomensurável quanto os próprios dragões. Ela insinua
eventos de desgraça e pavor com tanta frequência que ela
ajuda a empurrar o mundo em direção a eventos exaltados.
Ela parece apontar para transformações em vez de
destruição, porém para maioria das pessoas, a Profecia
permanece tão estranha quanto os próprios dragões.
 7. As Cinco Nações. As civilizações dominadas pelos
humanos do continente de Khorvaire traçam uma linhagem
com o antigo reino de Galifar, que era formado por cinco
regiões distintas, ou nações. Elas eram Aundair, Brelândia,
Cyre, Karrnath e Thrane. Quatro dessas nações sobrevi-
vem nos dias atuais como países independentes: Cyre foi
destruída antes do início da campanha. O território
devastado que antes era ocupado hoje é conhecido como a
Terra das Lamentações. Uma prece ou exclamação comum
entre as pessoas de Khorvaire é “Pelas Cinco Nações” ou
uma versão parecida. As Cinco Nações referenciam o
antigo reino de Galifar e evoca uma era lendária de paz e
prosperidade.
8. Um mundo de intriga. A guerra acabou, e agora as
nações de Khorvaire tentam construir uma nova era de paz
e prosperidade. Contudo, antigas ameaças perduram, o
mundo precisa desesperadamente de heróis para assumir a
causa. As nações competem em diferentes camadas –
economia, poder, influência política, territórios, poder
mágico – cada uma buscando manter ou aprimorar seu
status atual por meios rápidos para uma guerra total.
Serviços de espionagem e sabotagem geram grandes negó-
cios em certos círculos. As casas dracomarcadas, templos
tanto puros quanto corruptos, senhores do crime, gangues
de monstros, espiões psiônicos, universidades arcanas,
ordens reais de cavaleiros e magos, sociedades secretas,
malfeitores sinistros, dragões e um aglomerado de organi-
zações e facções disputam por posições durante o segui-
mento da Última Guerra. Eberron abunda conflito e
intriga.
SAQUEIE ESTE LIVRO!
As informações nestas páginas podem aprimorar e
enriquecer sua campanha mesmo que você não utilize
Eberron como o cenário do seu jogo. Todos os conceitos e
detalhes neste livro podem funcionar bem em um cenário
da sua própria criação, ou de um cenário onde você reuniu
de partes tiradas deste e de outros mundos publicados.
Sinta-se livre para escolher e utilizar partes de Eberron que
você achar mais interessantes ou mais compatíveis com a
sua própria campanha. Caso deseje um convênio de gnolls
mercenários para diferenciar dos selvagens, gnolls venera-
dores de demônios, que são os mais comuns no mundo, ou
um reino de elfos adoradores de ancestrais, ou sete cidades
eladrin transportadas para o mundo da Agrestia das Fadas,
ou uma terra devastada arruinada por alguma catástrofe
mágica e habitada por constructos e magias vivas – você
encontrará tudo isso e outras ideias nestas páginas para
avivar a sua campanha, além de dezenas de formas para
tornar o seu jogo um pouco menos ordinário.
Em outras palavras, como dito no cabeçalho, saqueie
este livro! Considere-o como um tesouro de inspiração e
de recursos cujo único propósito é tonar a sua campanha
melhor. Seja você adotando o mundo de Eberron com
todos os detalhes ou apenas escolhendo os elementos que
mais lhe agradam, este é o seu jogo. Divirta-se com ele!
9. As dinastias dracomarcadas. As grandes famílias
dracomarcadas são os barões da indústria e do comércio
por toda Khorvaire e além. Suas influências transcendem
os limites políticos, permanecendo neutras em sua maior
parte durante a Última Guerra. Os cabeças de cada casa,
não tecnicamente cidadãos de alguma nação, vivem em
esplendor dentro de seus enclaves e empórios localizados
por toda Khorvaire. Estas casas dinásticas de comércio
derivam seus poderes das dracomarcas – símbolos arcanos
hereditários, únicos – que se manifestam em certos indiví-
duos dentro da família, garantindo a eles habilidades
mágicas limitadas, mas muito úteis, associadas com a
guilda mercante que a família controla. É dito que as
dracomarcas seriam a Profecia escrita na carne mortal –
uma suposição que enfurece os dragões.
10. Dracogemas. Antigas lendas e mitos da criação
descrevem Eberron como um mundo de três partes: o anel
superior, o reino subterrâneo inferior e a terra interme-
diária. Cada uma das seções desse mundo está vinculada a
um grande dragão das lendas – Siberys, Khyber e Eberron,
respectivamente. Casa seção do mundo produz dracoge-
mas, pedras e cristais imbuídas com poder arcano. Com a
ajuda das dracogemas, as dracomarcas tornaram-se mais
poderosas, elementais são controlados e adestrados, itens
mágicos de todas as espécies são confec-cionados e
esculpidos. Estas dracogemas, contudo, são raros e difíceis
de achar, tornando-as caras e muitas vezes sendo o
objetivo de grandes missões e aventuras.
O QUE MAIS VOCÊ PRECISA?
Você precisará de uma cópia do Livro do Jogador® de
D&D (LdJ), do Guia do Mestre® (GdM) e do Manual dos
Monstros® (MdM). Você e seus jogadores deveriam
utilizar também o Guia do Jogador de Eberron, que
fornece novas raças, a classe artífice, uma abundância de
talentos, regras para as dracomarcas e outros materiais
úteis para criar e jogar com personagens no mundo de
Eberron. E claro, você pode também consultar quaisquer
outros livros básicos e suplementos de D&D para enrique-
cer o seu mundo.
Caso você possua livros de Eberron da edição anterior
do jogo (publicados entre 2004 e 2007), você encontrará
ainda muito material útil desses livros para a sua
campanha. Os elementos de regras em Cinco Nações
(2004) ou em Dragões de Eberron (2007) são voltados
para a 3ª edição do D&D, porém a riqueza de informações
sobre o mundo contido nesses e em outros livros de
Eberron podem ser uma soma valorosa à sua biblioteca de
jogos. Entretanto, caso você se depare com contradições
referentes a este livro ou ao Guia do Jogador de Eberron,
estes livros mais recentes assumem procedência.
 CAPÍTULO 1

AVENTURAS

O QUE torna uma aventura ou uma campanha ambien-

tada no mundo de Eberron diferente das demais experiên-
cias de jogo de Dungeons & Dragons?
O quão diferente ela é depende imensamente de você.
Você pode utilizar Eberron como pano de fundo para um
jogo tradicional de Dungeons & Dragons se desejar. Tudo
o que existe em D&D se encaixa bem em Eberron, além
disso, o mundo pode enriquecer o seu jogo com seus pró-
prios monstros, magias, raças nações e culturas distintos.
Qualquer aventura que você criar ou adquirir deveria se
encaixar para os personagens em Eberron.
O que o cenário de Eberron oferece é uma oportuni-
dade para refinar o seu jogo com um teor diferente da
maioria das campanhas de D&D de alta fantasia tradicio-
nais. Ele retrata uma mistura de ação aventuresca acima da
média com mistério urbano sombrio. No desfecho da ter-
rível Última Guerra, conluios e conspirações combatem
nas sombras para adquirirem poder e influência, mesmo
uma simples exploração de masmorra – a experiência de
D&D mais básica e tradicional – se torna o núcleo de uma
teia de intrigas e traições.
Este capítulo explora os diversos elementos de enredo,
história, tom e tecnologia mágica que você pode utilizar
para incrementar sua campanha de Eberron com a rica
atmosfera apropriada do cenário.
O Mundo de Eberron: Estas páginas descrevem
brevemente e ilustram os reinos que formam o mundo
e seu lugar no cosmo.
 Temas de Campanha e Ameaças Globais: Estas
seções esboçam os maiores temas do cenário de
Eberron e indicam como você pode utilizá-los para
construir e modelar sua campanha, em seguida intro-
duz duas novas organizações globais que podem atuar
em parte do seu jogo.
 História: Uma visão geral da história do mundo e seu
impacto nas campanhas do presente.
Magia Cotidiana: Uma discussão sobre as diversas
espécies de tecnologia mágica que moldam as aventu-
ras em Eberron.
Viagem: Deslocamento de local para local – seja pelo
trem elétrico, navio voador elemental ou pelas
carruagens de Orien.
Locais Fantásticos: Locais de magia, seja por ocor-
rência natural ou construídos artificialmente.
O MUNDO DE EBERRON
Girando através de um vazio infinito está um mundo
magnífico, uma esfera de grande beleza e de escuridão
sinistra. Envolta por um anel dourado de poeira cintilante e
ornamentada por doze luas, a orbe brilhante está infundida
com grande magia, povoada por uma grande variedade de
criaturas, e repleta de vida. O mundo é dividido em três
partes, uma para cada um dos dragões progenitores cujos
corpos formam o universo.
SIBERYS:
O DRAGÃO SUPERIOR
O Dragão Superior engloba os céus e tudo o que eles
contêm. Lampejos de cores, raios de luz e estranhos
clarões na escuridão da noite excitam a imaginação dos
habitantes do mundo. Cruzando o domo do mundo está o
Anel de Siberys, uma larga faixa de poeira dourada se
alongando de um horizonte ao outro. Durante o dia, o Anel
é tênue; durante a noite, ele é uma faixa brilhante de
partículas cintilantes ondulando pelos céus.
Doze luas existem como joias no céu noturno.
Algumas imensas, outras pequenas e distantes, e algumas
são meros pontinhos de luz, mal capazes de serem vistas a
olho nu. Cada lua possui suas fases, de cheia a minguante
em seu próprio tempo. Mais longe ainda estão as estrelas,
guardiãs silenciosas dos maiores mistérios. Os dragões,
assim como os mortais, reúnem essas luzes distantes em
constelações, tornando-as deuses, presságios e augúrios
dos eventos que estão por vir. Finalmente, além até mesmo
das estrelas, se encontram os confins mais distantes do
Dragão Superior, a expansão infindável do Mar Astral
(consulte a página 261).
KHYBER:
O DRAGÃO INFERIOR
Khyber, o Dragão Inferior, incorpora o Subterrâneo, um
labirinto infinito que se expande abaixo do mundo.
Passagens estreitas se distendem pela terra e pela rocha,
ampliando-se em câmaras reverberantes e em fossos sem
fundo. No silêncio residem cidades afundadas reivindica-
das pela terra e imperturbadas por milênios. Nas profunde-
zas, mares de rochas derretidas se chocam contra muralhas
liquefeitas, expelindo gás venenoso e erupções mortais.
Porém, apesar de Khyber ser perigoso e implacável, nele
também existe vida. As profundezas são o lar de seres
estranhos – servos mortos-vivos sacrificados para
entidades impronunciáveis, hordas de feras monstruosas
famintas por carne. Os pesadelos ganham forma aqui,
remanescentes das eras e das guerras do passado distante.
Ainda assim, para aqueles que se aventuram em suas
profundezas, grandes recompensas os aguardam.
Determinadas cavernas em Khyber contêm caminhos
para as profundezas supremas do Dragão Inferior, a
vastidão infinita do Caos Elemental (consulte a página
263).
EBERRON:
O DRAGÃO INTERMEDIÁRIO
Posicionado entre o esplendor do Dragão Superior e os
horrores do Dragão Inferior está Eberron, o dragão inter-
mediário. Eberron é uma terra de contrastes – beleza
incomparável é igualada com perversidade horrível.
Mares agitados dividem os continentes, partidos apenas
por pequenos arquipélagos e rochas isoladas que
trespassam as ondas espumantes. Cinco grandes continen-
tes erguem-se dos mares de Eberron.
Khorvaire assumiu o manto de centro do mundo e do
coração da civilização. Khorvaire é um crisol onde todos
os povos e raças se mesclam e se misturam. Os reinos
humanos se igualam com os reinos dos elfos, gnomos e
dos anões. Terras monstruosas prosperam às sombras das
terras civilizadas, enquanto novas comunidades de
transmorfos, eladrin e draconatos buscam por uma pátria
nesta terra diversa e expansiva.
Este livro assume que Khorvaire seja o cenário inicial
de sua campanha. Apesar dos personagens poderem se
aventurar pelos demais continentes e até mesmo serem
originários de terras distantes, assume-se que eles chamem
Khorvaire de lar.
Os humanos de Khorvaire vieram de Sarlona, um
continente distante ao leste. Hoje em dia, milhares de anos
após as migrações humanas dessas terras, Sarlona tornou-
se um reino misterioso de magia estranha.
Ao sul de Khorvaire encontra-se Xen´drik. Tão antigo
quanto Sarlona, esta terra indomada foi reivindicada em
sua maior parte pela natureza. Erguendo-se das selvas
estão as ruínas de um antigo império poderoso de gigantes.
Drow, sahuagins e mesmo criaturas ainda mais perigosas
vagueiam por essas terras, enquanto exploradores e
aventureiros vasculham as selvas em busca das preciosas
dracogemas encontrados por lá.
No topo do mundo estende-se a vastidão desolada de
Tundratroz – campos congelados por gelo transparente e
montanhas pontiagudas implacáveis. Distante ao sul está
Geleterno, uma região congelada tão misteriosa quanto
Xen´drik.
E finalmente, o mundo possui planos paralelos,
reflexos do Dragão Intermediário: a Agrestia das Fadas, o
Pendor das Sombras e o plano dos sonhos Dal Quor
(consulte a página 263).
Muito de Eberron é uma incógnita – mais reinos e
impérios foram esquecidos que relembrados. Que tesouros
permanecem enterrados nas selvas? Que civilizações
prosperam nas sombras? Que maravilhas permanecem
imperturbadas?
TEMAS DE CAMPANHA
Este livro está repleto de recursos que você pode utilizar
para dar vida à sua campanha de Eberron, dando a ela o
corajoso e cheio de ação tom misterioso que destaca o
mundo de Eberron dos demais mundos de D&D. Isso
inclui uma variedade tremenda de eventos e elementos que
você pode somar ao seu jogo, porém, você não precisa
usar todos eles, você nem ao menos deveria tentar. Em vez
disso, concentre-se em um ou dois grandes temas e
desenvolva-os a fundo.
Deseja que seus personagens jogadores seja atraídos
para os conflitos entre as nações e as rivalidades das casa
dracomarcadas? Irão eles devotarem seus tempos a
explorar as antigas ruínas das civilizações misteriosas de
Xen´drik? Ou você preferiria que eles resolvessem
mistérios nas ruas e pontes de Sharn, a Cidade das Torres?
Estas decisão são suas para tomar conforme você colhe as
informações contidas neste livro e cria uma campanha que
seja verdadeiramente sua.
Estão sessão é o seu guia para as grandes histórias e
temas do cenário de Eberron e de como formulá-los em
uma campanha fascinante. Independente de você querer
uma campanha concentrada nas repercussões da terrível
Última Guerra ou em uma concentrada em desvendar os
mistérios tortuosos da Profecia Dracônica, estes temas de
campanha irão ajudá-lo a criar uma campanha que pareça
diferente de uma campanha típica de D&D – uma que
pareça como um jogo de Eberron.
Os temas aqui discutidos são:
A Última Guerra: Khorvaire emergiu a partir de um
século de guerra que transformou o cenário social e
político do continente. Você pode incorporar esta
guerra em sua campanha de diversas formas
diferentes, desde aventuras históricas a aventuras de
viagens no tempo em uma campanha focada na
“guerra sombria” da intriga ou nas repercussões da
terrível Lamentação que encerrou a guerra.
 A Profecia Dracônica: Os dragões de Eberron
estudam uma profecia compreensiva que eles
enxergam escrita em sinais por todo o mundo – e na
pele de certas pessoas em Khorvaire. A Profecia pode
ser uma peça chave em qualquer campanha,
especialmente enquanto os personagens avançam para
seus destinos épicos, além disso, os dragões e os
demônios que buscam influenciar suas realizações
podem ser patrocinadores ou antagonistas importantes
em seu jogo.
 Os Dracomarcados: Treze casas dracomarcadas –
famílias mercadoras marcadas com sinais da Profecia
que aprimoram suas capacidades mágicas – dominam
o cenário econômico de Khorvaire. O papel que eles
desempenham em sua campanha depende de você e de
seus jogadores, especialmente se algum dos
personagens de sua campanha for um dracomarcado.
Intriga Urbana: Eberron ostenta uma quantidade de
grandes cidades onde os criminosos, espiões e agentes
de poderes maiores trabalham nas sombras. Caso
queira uma campanha focada em mistérios, intriga e
politicagem, inspirada por filmes noir clássicos com
uma pegada de fantasia, as cidades de Eberron são o
locais ideais para ambientá-la.
Exploração de Masmorras: Aventuras clássicas de
D&D, onde os personagem exploram ruínas antigas à
procura de tesouros perdidos, podem assumir uma
nova dimensão quando você a encaixa no contexto
dos esquemas políticos de Eberron. Os personagens
jogadores podem estar competindo com outras
organizações que buscam pelo mesmo tesouro, e
descobre que aquela posse nem sempre é totalmente
legalizada.
A ÚLTIMA GUERRA
Das florestas densas e das vastas planícies de Khorvaire,
fortalezas erguem-se em direção ao céu, com seus
parapeitos guarnecidos de armas. No centro das vastidões
devastadas pela magia e banhadas de sangue, as ruínas de
castelos, campos e de cidades inteiras destacam-se na
paisagem. Nos salões de poder, cada promessa esconde um
golpe, cada traição disfarça um motivo oculto e cada
sombra camufla um potencial assassino.
É impossível constatar o impacto da Última Guerra nas
vidas de cada habitante de Khorvaire. A guerra rompeu
por todo o continente durante cem anos, voltando as
nações virtualmente uma contra as outras em uma série
oscilante de alianças. Quatro anos atrás, um terrível
cataclismo conhecido como a Lamentação deixou uma
imensa área na Khorvaire central inteiramente aniquilada,
cada ser vivo exterminado e o solo transformado em pó.
Nos quatro anos desde o Dia da Lamentação, as nações
apenas começaram a se reerguer. A realeza e a plebe
rezam para que o conflito secular não tenha sido um mero
precursor de um horror ainda maior.
A CONSTANTE SOMBRA
Menos de dois anos se passaram desde a assinatura do
Tratado do Trono. Todos os residentes vivos de Khorvaire
foram moldados pelas suas experiências durante a guerra.
Mesmo aqueles que nunca experimentaram um combate
diretamente foram moldados pelas ações que eles assumi-
ram em favor ou contra a devastadora guerra.
Por toda Khorvaire, a confiança é tão rara quanto um
soldado sem cicatrizes. Os cidadãos das cidades fronteiri-
ças enxergam os refugiados de Cyre e dão as costas,
tementes que estes andarilhos deslocados possam lhes
trazer o destino de sua nação morta. Quando eles
enxergam aventureiros, forjados bélicos e goblins ou
draconatos mercenários caminhando nas ruas, eles
novamente se lembram dos horrores da guerra. Quando as
pessoas ouvem rumores de uma incursão em suas
fronteiras, elas creem no pior, certas de que a guerra
irrompeu novamente, e a frágil paz por fim foi desfeita.
Os líderes nacionais se escondem em seus palácios,
alimentando seus próprios medos com relatos de segunda
mão e conhecimento sussurrado, estruturando suas forças
militares, sabotando e espionando as nações com as quais
estão supostamente em paz. As forjas continuam a fabricar
armas, e tanto os exércitos oficiais quanto os mercenários
itinerantes estão prontos para manejá-las. A cada dia, o
limiar da guerra fica mais próximo, pois as pessoas se
esqueceram de como é conviver com outro assunto.
CAMPANHAS DA ÚLTIMA GUERRA
Todas as campanhas de Eberron deveriam ao menos tocar
no tema da Última Guerra e o impacto que ela provocou
nas vidas dos personagens jogadores no passado, se não no
presente. Ao iniciar sua campanha, discuta com seus
jogadores o que seus personagens fizeram durante a
guerra, e ao criar PdMs importantes para o seu jogo,
considere a mesma questão. Eles lutaram na guerra? Caso
sim, de qual lado e quais eram seus deveres? Eles eram
soldados ou espiões, mensageiros ou sabotadores? Caso
tenham evitado a ação direta, como eles o fizeram? O que
eles estava fazendo e onde? Tais detalhes enriquecem o
histórico do personagem e também o auxiliam a conduzir
os futuros eventos da campanha. Eles influenciam não
apenas a mentalidade os personagens jogadores, mas
também as atitudes das outras pessoas perante eles. E o
melhor de tudo, estes detalhes lhe fornecem uma abundân-
cia de ideias para aventuras.
A Última Guerra tornou Eberron o que ela é, cada
personagem, cada comunidade e cada nação ainda está se
recuperando da guerra, ainda sofrendo e ainda se reestrutu-
rando. Muitos monstros na natureza são legados da guerra
– seja como armas vivas ou como feras sobrenaturais
atraídas pelo derramamento de sangue constante. O que
antes eram rotas seguras entre as comunidades hoje estão
rompidas e perigosas. O que antes eram fortalezas e
templos prósperos hoje são ruínas infestadas de monstros.
Algumas unidades militares ainda patrulham as fronteiras
da civilização, sem perceber ou se recusando a acreditar
que a guerra acabou. Eles atacam e emboscam adversários
reais ou imaginários. Tais atividades ameaçam por
incentivar guerrilhas ainda maiores. As comunidades que
antes estavam nas principais rotas comerciais hoje estão
isoladas, enquanto outras encontram-se desprovidas de
renda agora que a demanda por armas está baixa. Todos
esses assentamentos demandam por bravas almas para se
arriscarem na natureza e retornarem com novidades e
suprimentos. Numerosas armas maravilhosas e poderosas
foram perdidas e apenas alguns raros indivíduos possuem
a meios de recuperá-las.
Caso deseje tornar o tema da Última Guerra mais
significante em sua campanha você pode utilizar-se
extensivamente de retrospectivas, escalar a linha do tempo
de sua campanha de volta há alguns anos no passado e
desenvolver uma partida histórica ambientada durante a
Última Guerra – os mesmo incorporar elementos de
viagem no tempo em seu jogo. Independente do recurso
que você utilizar para colocar os personagens na ação da
guerra, você pode colocá-los contra os sabotadores da
Garra Esmeralda (página 86), soldados ou agentes de
qualquer nação de Khorvaire, espiões ou assassinos da
Casa Phiarlan (página 226) ou da Casa Thuranni (página
232), ou contra uma enorme variedade de outros
adversários. Você pode utilizar-se significantemente dos
forjados bélicos (MdM 133) ou dos mortos-vivos
Karrnathi como oponentes ou talvez como aliados ou
subordinados dos personagens jogadores.
RETROSPECTIVAS
Utilizando-se de retrospectivas, você pode conduzir tanto
uma campanha ambientada na guerra quanto uma
campanha moderna. A opção mais simples é iniciar a
campanha com uma retrospectiva da guerra, assim como a
aventura curta apresentada no Apêndice deste livro.
Permita os personagens interagirem na retrospectiva,
incluindo a formação do grupo e então – após alguns
encontros ou após uma aventura ou duas – coloque-os no
tempo atual.
Também pode ser divertido inserir diversas retrospecti-
vas durante a campanha. Essas retrospectivas não precisam
envolver o mesmo grupo de personagens. Talvez o grupo
na era moderna esteja em uma missão que envolva uma
busca constante aos eventos que ocorreram durante a
guerra. Você pode permitir que o grupo jogue nos eventos
em questão com um elenco diferente de personagens, em
vez de simplesmente lhes contar o que eles aprendem. Os
jogadores podem jogar nas duas linhas do tempo, cada
uma influenciando a direção da outra conforme o grupo
mais antigo tome decisões que o grupo moderno deva
encarar.
É claro, alternar entre personagens inteiramente
diferentes pode ser muito complicado para o seu gosto. Em
vez disso, os jogadores poderiam criar o mesmo grupo de
personagens em duas eras e em níveis diferentes e jogar as
retrospectivas como se fossem as memórias dos próprios
personagens dos eventos que ocorreram anos no passado.
HISTÓRICO
Uma campanha ambientada durante a Última Guerra em
vez de uma era posterior, oferece uma grande variedade de
opções. Você pode colocar os personagens no meio de
uma grande batalha histórica, permitindo que eles
experimentem a carnificina em primeira mão. Você
facilmente poderia torná-los espiões e sabotadores,
trabalhando para se infiltrarem nas fronteiras de uma
nação rival ou nos níveis internos de uma fortaleza
inimiga. Talvez os personagens estejam tentando descobrir
quais são os planos de um general, ou estão trabalhando
para libertar prisioneiros de guerra, ou eles podem estar
tentando destruir uma forja da criação, uma máquina
arcana ou a rota de um trem elétrico.
Os personagens podem ser aventureiros contratados
pelo estado, buscando descobrir e recuperar algum
conhecimento antigo ou itens mágicos poderosos ou
mesmo rituais antes que os inimigos o façam. Eles podem
ser guardas, acompanhando um embaixador ou líder
militar através de um território hostil ou permanecendo
como sentinelas em uma passagem oculta através das
fronteiras de sua nação. Você poderia até mesmo
ambientar uma campanha durante a Última Guerra que não
envolva diretamente a guerra. Os personagens poderiam
ser contrabandistas, por exemplo, aplicando cada esforço a
fim de evitar a atenção dos soldados de ambos os lados.
VIAGEM NO TEMPO
Um artefato poderoso, um ritual perdido ou locais
fantásticos poderiam abrir um portal no tempo. Você
precisa decidir antecipadamente em que medida os
personagens podem mudar a história. Quais são os
esforços destinados a falhar? Eles podem alterar a face da
Eberron atual? Todas as linhas de enredo estão acessíveis
enquanto os personagens tentam reparar o dano histórico
que alguém mais provocou, ou acessíveis para reescrever a
história de Eberron para um resultado mais favorável (para
eles, pelo menos).
Você pode até mesmo utilizar campanhas de viagem no
tempo para explicar certos elementos misteriosos do
passado de Eberron. Caso os personagens aprendam que
suas ações alteraram o equilíbrio da balança durante a
Última Guerra, ou preveniram que os quori tomassem
vantagem da guerra, ou mesmo provocaram de alguma
forma o Dia do Lamento, o resultado poderia ser uma
campanha memorável de fato.
O LAMENTO
Há apenas quatro anos atrás, um cataclismo terrível
eclodiu pela Khorvaire central, destruindo a nação de
Cyre. Milhões de pessoas morreram enquanto a bela Cyre
foi devastada e transformada na Terra das Lamentações.
Centenas de milhares foram privados de sua terra natal.
Este cataclismo foi um símbolo claro do custo da guerra –
a aniquilação total da nação que antigamente havia sido o
coração de Galifar. Ela fez as batalhas da Última Guerra
cessarem abruptamente enquanto as nações restantes
tentavam determinar o que havia acontecido... e se aquilo
poderia ocorrer novamente. Apesar de o acontecido ter
ocorrido dois anos antes do Tratado do Trono trazer uma
conclusão formal à guerra, o Lamento é marcado e
relembrado como o início do final da Última Guerra.
O Lamento teve um impacto difundido e profundo para
as pessoas de Khorvaire. Apesar dos Cyranos terem sido
os mais afetados diretamente pela perda do seu lar, todos
em Khorvaire testemunharam a obliteração de uma nação
e sofreram mudanças por causa disso. Alguns observado-
res acreditam que o Lamento foi provocado por uma arma,
e eles temem as consequências caso tal ferramenta seja
recuperada e utilizada novamente. Os druidas puristas do
Afeitos ao Pó (consulte a página 135) dizem que o
Lamento é a prova do perigo de se envolver com energias
sobrenaturais, enquanto os pessimistas do culto da Criança
do Inverno (página 136) o aceitam como o primeiro sinal
de um futuro cataclismo.
O Lamento pode servir como o alicerce para muitos
aventureiros. Os personagens jogadores podem se aventu-
rar na Terra das Lamentações para recuperarem tesouros
perdidos no final da guerra, buscar desvendar a causa do
desastre, ou trabalhar para prevenir que o acontecido
ocorra novamente. Eles podem formar uma "empresa
comercial", para rivalizarem com os Resgatadores de
Salvage (página 95) ou jurar caçar aqueles saqueadores e
retornar os bens que foram roubados aos descendentes dos
Cyrenos ou a um museu dedicado à glória de Cyre. Ou
eles podem se opor ao Senhor das Lâminas (página 99),
que planeja conquistar Khorvaire com um exército de
forjados bélicos fanáticos. Eles podem descobrir sobre as
atividades questionáveis da Casa Vadalis em Cyre antes do
Lamento e entrar em conflito com a Imperadora Donata e
os demais humanos maginatos (página 96) que ainda
residem na Terra das Lamentações
Mesmo que uma aventura não envolva diretamente o
Lamento, considere o amplo impacto desse evento
cataclís-mico. O cinismo e a amoralidade cresceram após o
Lamento, espalhando uma onda de pavor constante. Per-
manece forte o medo de que amanhã a poeira acinzentada
da morte que marca as fronteiras da Terra das Lamenta-
ções possa se espalhar para as outras terras. O influxo dos
refugiados de Cyre para as nações vizinhas fez crescer a
pobreza e o desemprego, exacerbado pelo sentimento
amargo que muitos soldados possuem pelos seus antigos
inimigos. Os nobres de Cyre desprovidos de suas casas
podem estar desesperados para recuperar sua riqueza
perdida, seja financiando incursões até a Terra das
Lamentações ou voltando-se para o crime além-mundo. O
Lamento é uma força palpável em Eberron, e ele pode ter
influência em qualquer aventura.
A GUERRA SOMBRIA
O Lamento e o subsequente Tratado do Trono cessaram as
hostilidades diretas, porém nenhuma nação ou povo pode
clamar que venceu a guerra. O Tratado do Trono foi
baseado no medo mútuo; ele resolveu alguns dos
problemas que afundaram o século em conflitos. Por
exemplo, a antiga cidade de Aundairian de Thaliost ficou
nas mãos de Thrane. A Ponte do Arco Branco, que corta o
Som Rebento entre Rekkenmark em Karrnath e Thaliost
em Thrane, ainda encontra-se quebrada. Os refugiados de
Cyre amargurados vivem nos guetos Brelândianos. Por
toda Khorvaire, muitos cidadãos ainda acreditam no
direito de sua nação ao trono de Galifar.
Apesar do fim da guerra aberta, poucas pessoas
acreditam de verdade que a paz irá durar. Cada nação está
fortalecendo seu maquinário militar – não na mesma
extensão como durante a guerra, mas claramente com um
olhar para a possibilidade de retornarem à guerra o mais
rápido possível. Cada nação, ao menos em parte, está
dependendo de mercenários para preencherem os vazios
em suas fileiras militares e de exploradores para
adquirirem armas perdidas e magia poderosa. Na Eberron
atual, um grupo empreendedor pode conquistar uma
excelente vida ao entregar tais descobertas para a nação
que pagar mais.
As nações centrais – Aundair, Brelândia, Karrnath e
Thrane – estão mais ou menos igualadas na corrida
armamentista, cada uma com seus pontos fortes particu-
lares. Aundair atualmente possui a melhor maestria arcana,
avaliado pelos seus magos treinados e itens encantados. Os
serviços de inteligência de Brelândia (como os Lanternas
Negras, páginas 78 e 79) são inigualáveis e a nação é mais
autossuficiente que as demais em quesito de grãos e em
necessidades básicas. O militarismo de Karrnath permane-
ce como a força dominante no total de pessoas (incluindo
tropas de mortos vivos), enquanto Thrane mantém uma
vantagem tanto na magia divina e na arquearia à longa
distância.
Devido ao Lamento, entretanto, cada nação sabe que a
próxima guerra não será vencida com armas mundanas ou
mesmo poder mágico empenhado em campo. Se o
Lamento foi provocado por uma arma bélica, então aquele
que controlar tal arma pode controlar potencialmente
Khorvaire. Por outro lado, se puder ser comprovado de
forma conclusiva que o Lamento não é mais uma ameaça,
con-vencionalmente a guerra pode recomeçar facilmente.
Com esta perspectiva em mente, cada nação está
desenvolvendo novas armas e magia bélica.
Os governantes e generais também buscam por poderes
do passado na forma de magia antiga. Todas as nações de
Khorvaire e um grande número de indivíduos ricos e
poderosos regularmente contratam grupos de bravos aven-
tureiros para irem até Xen´drik e outros locais remotos em
busca de artefatos antigos. Enquanto isso, os exércitos
continuam treinando, os espiões e os sabotadores continu-
am trabalhando por trás das linhas inimigas e os artesões
continuam manufaturando armamentos e armaduras.
Talvez tão importante quanto armamentos e magia seja
informação. Os governantes das nações trabalham vigoro-
samente para que eles possam saber o que as outras nações
estão fazendo e quais ameaças eles irão encarar quando a
próxima guerra explodir. O conhecimento, mesmo que
conhecimento questionável, é mais valioso do que ouro, e
as nações pagam regularmente mais do que elas podem
realisticamente se darem ao luxo de adquirir.
Apesar da maioria dos espiões de uma nação estarem
concentrados exclusivamente em adquirirem informações,
alguns agentes secretos assumem funções mais ativas.
Sabotagens de instalações militares ou de laboratórios
arcanos, assassinatos de políticos e tumultos provocados
por rumores espalhados, vandalismo ou a destruição de
bens e suprimentos – tudo isso são armas potentes na
guerra sombria.
Um grupo de aventureiros poderia ser atraído
facilmente para esta guerra silenciosa, seja conhecendo os
agentes de sua pátria ou como pobres ingênuos involun-
tários cujas ações não podem ser rastreadas até a coroa.
Por outro lado, aventureiros independentes podem ingres-
sar na guerra sombria – seja eles competindo com um
grupo de soldados em uma corrida para recuperar um
artefato poderoso (como em Os Caçadores da Arca
Perdida), ou tropeçando em uma teia de assassinatos e
intriga formada por espiões estrangeiros.
Os personagens importantes em uma campanha focada
na guerra sombria podem incluir os Olhos Reais de
Aundair (página 70), a Cidadela do Rei de Brelândia
(página 77), a Ordem da Garra Esmeralda (página 86), a
Verdade de Zilargo (página 170), a Casa Phiarlan (página
226) e a Casa Thuranni (página 232).
AS NAÇÕES RECÉM-NASCIDAS
Antes da Última Guerra, Khorvaire se encontrava unida
sob o Reino de Galifar, que era uma aliança íntima das
Cinco Nações que precederam o reino – nações cujos
descendentes modernos são Aundair, Brelândia, Cyre,
Karrnath e Thrane. A Última Guerra desfez esta antiga
aliança de milhares de anos, afundando as Cinco Nações
em uma centena de anos de conflito. Mas quando a Última
Guerra acabou e a tinta secou no Tratado do Trono, o
mapa de Khorvaire foi alterado completamente. Cyre se
foi. Mesmo antes do Lamento, Cyre havia perdido uma
parte considerável de território para os elfos de Valenar e
para os goblins de Darguun. As pessoas de Aundair oeste
se separaram para formar os Ermos de Eldeen. Os anões
dos Baluartes Mror romperam com Karrnath. Os idealistas
e oportunistas das Cinco Nações fugiram da guerra e
fundaram a nação de Q´barra no extremo leste. No oeste,
as Filhas de Sora Kell formaram uma nação em uma terra
de monstros – e é por isso que Droaam permanece
irreconhecida pelo Tratado do Trono, porém ela é uma
força a ser reconhecida.
Khorvaire entrou em uma nova era – um tempo de
tumulto e mudanças. Mesmo com a guerra interrompida
(por enquanto), muitas pessoas das nações de Khorvaire
possuem apenas décadas de idade. O continente é rico de
terras contestadas. Os Cyrenos degredados desejam uma
nova pátria para substituir a Terra das Lamentações, e
muitos deles acham que Darguun e Valenar pertencem a
eles por direito. Aundair deseja recuperar Thaliost e os
Ermos de Eldeen, Brelândia possui inimigos tanto em
Droaam quanto em Darguun. Thrane deseja resgatar suas
terras ocidentais de Aundair.
As quatro nações sobreviventes da Khorvaire central
encontraram um equilíbrio desconfortável, mas as nações
relativamente novas de Khorvaire são fatores
imprevisíveis que transformam em caos o equilíbrio do
poder. Elas podem ser aliadas das Cinco Nações, ou pelas
nas maquinações intricadas da guerra sombria. Porém, o
pensamento que impede que os generais e os mestres
espiões das Cinco Nações durmam tranquilamente à noite
é que essas novas nações podem ser uma força independe
a ser reconhecida, capazes de planos arrebatadores que se
estendem muito além de suas fronteiras. E se o futuro de
Khorvaire não estiver nas mãos de um dos descendentes
dos reis de Galifar, mas nas dos anões de Mror, ou nas dos
elfos de Valenar ou nas dos druidas dos Ermos de Eldeen,
ou – que os Soberanos os livrem – nas das bruxas que
governam Droaam?
Monstros saqueadores de Droaam ameaçam a fronteira
ocidental de Brelândia. Eles são apenas monstros
buscando pilhar e saquear? Eles são parte de um plano
programado pelas Filhas de Sora Kell que governam
Droaam? Ou eles são mercenários contratados por Aundair
ou Thrane para distrair Brelândia de uma ameaça maior ao
norte?
As nações recém-nascidas de Khorvaire são em sua
maior parte menos densamente povoadas que as Cinco
Nações centrais, além disso, muitas delas estão lotadas de
ruínas de civilizações antigas que precederam a ascensão
de Galifar. Para complementar uma campanha focada no
impacto político dessas novas nações, você pode utilizar
essas regiões para uma campanha que se concentre na
exploração de ruínas, na busca de dracogemas, na caçada a
monstros e bandidos e em outras atividades que são
comuns em cada campanha de D&D. Cada nação possui
suas próprias ameaças locais que podem dar vida e enredos
únicos para as aventuras ambientadas nesses locais, dos
orcs Jhorash´tar dos Baluartes Mror (página 148) até as
Frotas Caóticas dos Principados Lhazaar (página 141).
A PRÓXIMA GUERRA
Está se aproximando. Poucos admitem, exceto em
sussurros ou por trás de portas trancadas, porém todo
mundo espera por isto.
A próxima grande conflagração pode ser inflamada
pela menor das fagulhas, que pode ser qualquer coisa. O
ódio e antigas queixas algumas vezes enviam soldados
para escaramuças de fronteiras. Os espiões e os sabotado-
res são capturados, e toda vez que suas culpas são
provadas e suas conexões com outra nação é estabelecida,
as relações entre essas nações ficam mais tensas. Vozes
exaltadas clamam por justiça pelos erros cometidos
durante os anos de guerra. Cada nação enxerga seus rivais
ficando mais fortes, e consideram agir antes que alguém
mais dê o primeiro passo.
O medo encerrou a Última Guerra – o medo da perda à
medida que cada nação se aproximava cada vez mais do
colapso completo, e o medo do desconhecido enquanto
Cyre desaparecia abaixo da névoa acinzentada da morte do
Lamento. A cada dia que se passava, os exércitos das
nações sobreviventes se reestruturavam, unindo suas
forças. O Lamento ocorreu há quatro anos. O horror
trazido foi diminuindo com a passagem dos anos, e não há
sinais de que o tal cataclismo possa vir a ocorrer nova-
mente. Novos rancores se formam em cima de antigas
mágoas, governantes e generais ambiciosos examinam
cuidadosamente cada sinal de fraqueza do inimigo,
qualquer coisa que possa ditar uma oportunidade para uma
nova conquista.
A próxima guerra irá sem dúvidas se iniciar pequena –
não com exércitos em massa, mas com uma guerrilha que
crescerá imensamente, uma incursão ou muitos
assassinatos. Uma nação entrará em retaliação pelas ações
da outra. Uma terceira nação irá interpretar essa retaliação
como o início de algo maior e agirá preventivamente. No
início, poderá parecer apenas como outro surto de
violência semelhante às que pontuaram os anos da guerra
sombria.
Exceto que esta não irá apaziguar. Assassinatos levarão
a sabotagens, invasões levarão a guerrilhas – o ciclo
continuará e irá se expandir. E finalmente, os exércitos
irão marchar por Khorvaire uma vez mais. Mas desta vez,
mesmo a morte de nações não será o bastante para fazê-los
parar.
A PROFECIA DRACÔNICA
Os dragões de Argonnessen escrutinam o mundo em busca
de sinais e portentos. Eles estudam o céu acima, as fissuras
e cavernas abaixo e a terra intermediária, atentando-se aos
significados ocultos. Os dragões, longevos e pacientes,
buscam algum sentido nos padrões que eles descobrem.
Esses padrões se desdobram na Profecia Dracônica, um
registro dos eventos passados, presentes e futuros que
emergem desde a criação do mundo.
As passagens da Profecia aparecem por todo o mundo
– acima, abaixo e no intermédio. Os sinais são revelados
na forma inconstante do Anel de Siberys. Os dragões
investem uma grande quantidade de tempo e esforço
traçando o movimento das luas e das estrelas, estudando os
padrões do Dragão Superior e interpretando presságios. Os
símbolos surgem nas laterais das montanhas, nas paredes
das cavernas ou nos recônditos profundos de Khyber,
apesar de alguns desses sinais poderem ser lidos apenas
quando as luas e as estrelas estiverem em determinado
alinhamento ou na proximidade de certas dracogemas. Há
cerca de 3.000 anos (recentemente, pela contagem
dracônica) um novo quadro para a Profecia apareceu: As
raças de Khorvaire começaram a manifestar dracomarcas.
A aparência das dracomarcas dessas raças “inferiores”
levou muito que se debater entre os dragões.
O destino do mundo, alguns podem clamar, está descri-
to na Profecia Dracônica. Em certo ponto, esta afirmação é
verdadeira, porém a maioria das pessoas que estão cientes
desta Profecia tomam uma interpretação muito simplista
dela. A verdade sobre a Profecia é muito mais complexa,
rica de possibilidades e cheia de perigos.
Existem aqueles que colecionam trechos da Profecia
como um passatempo casual. As pequenas partes e versos
fragmentados que estão prontamente disponíveis dão uma
visão falsa da natureza e do propósito da Profecia. Tais
versos estão entre as partes mais conhecidas da Profecia, e
eles sugerem que a história se desdobra como um roteiro,
pré-ordenado e inalterável. Particularmente após o Lamen-
to, uma interpretação popular da Profecia é que ela estabe-
lece um trajeto até o fim do mundo. Aqueles que creem
nesta interpretação estão com suas vidas instiladas com um
senso de urgência, com suas vidas ofuscadas por uma
catástrofe iminente.
Alguns dentre as raças mortais de Khorvaire estudam a
Profecia mais intensamente e possuem um senso mais
apurado a respeito de seu escopo. Ao aprenderem que
algumas partes da Profecia já foram cumpridas antes
mesmo dos humanos ou dos elfos caminharem sobre a
terra e que outras partes provavelmente não serão cumpri-
das pelos próximos mil anos, estes estudiosos tendem a
perder qualquer senso de urgência. O mundo não vai
acabar neste ano ou no próximo, nem em qualquer período
da vida humana. Ainda assim, a Profecia soma um enorme
peso nos eventos individuais em menor escala. O Lamento
pode não ter anunciado a destruição de Eberron, mas o
evento foi investido com o peso da Profecia e é um evento
portentoso na história.
Os dragões, demônios, a Corte Imortal e outros capazes
de estudar a Profecia durante diversos períodos de vida
humana adquirem um entendimento mais aprofundado do
seu contexto apropriado. O destino contido na Profecia não
é uma sequência pré-ordenada de eventos, mas uma
infinidade de possibilidades, uma rede intricada de condi-
ções e dependências. A linguagem da Profecia expressa
causa e efeito, declarando as consequências de determina-
dos eventos e não suas probabilidades. Seus verbos são
traiçoeiros, possibilitando diversas interpretações. Apesar
de algumas pessoas utilizarem seus conhecimentos limita-
dos sobre a Profecia para justificarem suas ações ou suas
inações, os mais sofisticados compreendem que a Profecia
é um contexto para a ação. O campo de possibilidades da
Profecia oferece motivos para agir ao se atentar às oportu-
nidades e agarrá-las quando surgirem. Para aqueles que
agem de forma certa no tempo certo, a Profecia pode servir
como um mapa e as consequências que ela descrevem
podem ser evitadas. Para aqueles que agem de forma dife-
rente ou agem corretamente na hora errada, o mesmo verso
da Profecia pode se cumprir de uma forma diferente, com
consequências diferentes.
A fluidez da Profecia, como ela é entendida correta-
mente, é o que torna isso possível para grupos como a
Câmara e os Senhores do Pó (em nome de seus senhores
supremos demoníacos) a fim de influenciarem suas inter-
pretações e realizações. É o que também, não coincidente-
mente, torna a Profecia útil para uma campanha de D&D,
onde os personagens controlam seus destinos, pelo menos
até certo ponto. A Profecia pode conduzi-los para aventu-
ras e esboçar as consequências de suas ações, porém ela
não pode ditar suas ações – ou o resultado de suas jogadas
de dados.
Mesmo entre os dragões, poucos afirmam ter verdadei-
ramente dominado até mesmo o menor dos aspectos da
Profecia, Para estas mentes iluminadas, uma sabedoria
maior existe entre as camadas por cima de camadas de
significado nas palavras da Profecia. Elas enxergam a
Profecia como o idioma da criação, as palavras que deram
vida ao mundo – a língua na qual todas as coisas foram
nomeadas no início. Tais versos continuam a falar do
mundo através do seu curso. Estes dragões não buscam
cumprir o que foi previsto, mas sim continuar o curso da
criação que foi estabelecido no início dos tempos. Devido
ao contato deles com a Profecia, eles se tornaram criadores
por direito próprio – ao lado de todos os seres na história
do mundo, mortal e divino que ouviram, entenderam e
falaram aquele idioma místico.
A PROFECIA
EM SUA CAMPANHA
Em sua campanha de Eberron, a Profecia está completa-
mente ao seu controle. Utilize-a para dar contexto aos
personagens e suas aventuras conforme eles progridem em
sua campanha.
 Destinos Épicos: A Profecia Dracônica é uma forma
de estabelecer destinos especiais para os personagens
jogadores em sua campanha. O vínculo do personagem
com a Profecia pode estar aparente desde cedo em sua
carreira de aventuras, talvez refletido em uma dracomarca.
O significado torna-se mais claro no momento em que o
personagem escolhe um destino épico. Em Eberron,
nenhum herói épico está isento dos versos desdobrados da
Profecia.
Mesmo antes dos personagens alcançarem os níveis
épicos, você pode utilizar a Profecia para enfatizar que eles
são especiais – eles são capazes de cumprir certas tarefas
que ninguém mais no mundo pode cumprir, pelo menos
não neste momento particular da história. Não fique tímido
por criar versos da Profecia que se referem diretamente aos
personagens jogadores, mesmo que eles o façam tão
obliquamente. Tais menções auxiliam até mesmo os
aventureiros de nível baixo a se destacarem no mundo.
Arco da Campanha: Assim como a Profecia pode
estabelecer os personagens como figuras das lendas em
Eberron, ela pode também destacar seus feitos em um
contexto maior. Você pode utilizar versos da Profecia para
prenunciar os vilões mais importantes da sua campanha e
sugestionar os meios pelos os quais eles podem ser
destruídos. Você pode usar a Profecia para descrever um
terrível evento que abalará o mundo na qual os persona-
gens deverão prevenir. Caso sua campanha seja conduzida
pelas ações dos personagens do que por ameaças vilanes-
cas ou desastrosas, a Profecia no seu jogo pode se concen-
trar nas realizações e nos destinos dos heróis.
Seu arco de campanha e os destinos épicos dos perso-
nagens podem se cruzar quando você introduzir versos da
Profecia que descrevem o confronto dos heróis com um
poderoso vilão ou suas ações relevantes para um evento
cataclísmico. Os personagens podem já ter uma noção de
suas funções na Profecia, e aprenderem gradualmente
sobre a enorme ameaça interposta pelo vilão da sua
campanha. Quando eles encontram os versos que descre-
vem como eles devem lutar para vencerem o vilão, a
Profecia torna-se pessoal.
Manipulando a Profecia: Você pode criar uma
campanha onde os maiores eventos giram em torno da
interpretação dos versos da Profecia. Uma campanha pode
se concentrar na temível guerra sombria, muito mais
terrível do que a guerra fria entre as cinco nações que
ocorre desde o fim da Última Guerra. Esta guerra tem
perdurado por dezenas de milhares de anos – o conflito
entre os mais fortes demônios e os poderosos dragões de
Argonnessen. Este conflito ocorre no campo de batalha da
Profecia Dracônica. Em diversos momentos na história, os
dragões da Câmara (página 26) moldaram o curso da
Profecia. Entretanto, nos dias presentes, os Senhores do Pó
– e em especial, o senhor supremo diabólico conhecido
como a Sombra nas Chamas (página 29) – pressionaram a
Profecia para um caminho sombrio ao manipularem mo-
mentos decisivos durante a última meia dúzia de séculos.
Na era atual, os poderes sombrios estão ascendendo. A
ganância e a corrupção denegriram até as instituições mais
nobres. As pessoas recorrem à violência para poderem
abraçar a paz. Essas tendências parecem perfeitamente
naturais para esses envolvidos - porém aqueles que
analisam o quadro geral enxergam a influência maléfica
dos Senhores do Pó agindo.
Tais campanhas enfatizam que o mal está prosperando
nesta era atual. As pessoas cedem facilmente aos seus
impulsos mais sombrios, odeiam em vez de amarem.
Muitos poucos heróis desafiam todos trapaceiros; a sorte
favorece o lado dos vilões. Por outro lado, os personagens
jogadores da campanha são tocados pela Profecia. Eles
têm potencial de se tronarem os maiores heróis desta era,
alterando definitivamente o futuro.
Juntamente com a Câmara e com os Senhores do Pó, os
elfos mortos-vivos da Corte Imortal (página 257), buscam
cumprir a Profecia para seus próprios interesses, já a
Ordem da Garra Esmeralda (página 86) cumprem
compromissos relacionados à Senhora Vol. (página 249) e
ao interesse dela na Profecia, mesmo se os líderes e
soldados da ordem estiverem completamente absortos ao
fato. As casas dracomarcadas (consulte o Capítulo 6)
compartilham algum interesse na Profecia pois ela está
inscrita nas peles dos membros dracomarcados. Sua
campanha pode apresentar os personagens sendo
mergulhados incessantes vezes nos conflitos de uma ou
mais dessas organizações, ou servirem como agentes
(voluntariamente ou não) para uma delas.
FORMAS DA PROFECIA
Geralmente, os aventureiros se deparam com a Profecia de
uma dessas três maneiras.
Sinais e Fenômenos: Uma convergência de luas e
planos, uma caverna revelada por um terremoto, três
portadores de dracomarcas sendo mortos pelo fogo – estes
eventos são algumas das formas pelas quais a Profecia se
manifesta. Isoladamente, nenhuma dessas manifestações
tem significado. Seria como observar folhas de chá ou
enxergar dois corvos em um carvalho morto – sem o
treinamento apropriado, vais presságios não podem ser
interpretados. Para piorar, a Profecia Dracônica é muito
mais complexa do que folhas molhadas ou pássaros
negros. Nos exemplos acima, todos os três eventos
poderiam estar vinculados. Lua, caverna e morte, todas são
peças do quebra cabeça, porém o conhecimento dos
eventos passados pode ser crucial para interpretá-lo. Os
dragões levaram décadas para interpretar o mais simples
dos sinais da Profecia, e séculos para compreenderem as
passagens mais extensas. Mesmo entre os dragões de longa
vida, poucos possuem a paciência e a inteligência exigida
para se tornarem verdadeiros profetas. Dessa forma, os
aventureiros raramente encontram uma peça da Profecia
que eles podem interpretar sozinhos; em vez disso, eles
precisam encontrar alguém que possa auxiliá-los a
entenderem seu significado.
 Marcas da Profecia: A Profecia Dracônica está escrita
por todo o mundo, na forma de símbolos gravados no
ambiente, escritos por nenhuma mão mortal. Esses signos
são conhecidos como as Marcas da Profecia. Os menores,
meros milímetros de largura, podem ser encontrados
erodidos em uma rocha na base de uma colina, formados
pela posição das estalactites de uma caverna ou marcado
nas veias das folhas de uma árvore.
Outros sinais são tão grandes que eles são visíveis
apenas por cima das nuvens, escritos nos formatos das
montanhas ou na forma da areia do deserto. Até mesmo a
configuração das estradas de um país e das ruas de uma
cidade de alguns locais de Eberron formam Marcas da
Profecia, sem qualquer esforço deliberado por parte de
seus construtores.
Interpretar uma Marca da Profecia não é uma simples
questão de decifrar a escrita Iokhárica ou ler palavras
escritas. Exige-se tempo gasto contemplando as linhas
tortuosas da marca com a mente limpa, e tais marcas
muitas vezes recompensam aqueles que tentam sucessivas
vezes decifrar seus significados ao se aprofundar de
compreensão. Dependendo do tamanho da marca, cinco
minutos de estudo tranquilo pode desvendar a essência do
significado de uma marca, porém marcas grandes ou
complexas podem exigir horas ou mesmo dias de
contemplação, Por exemplo, a Marca da Profecia que
aparece na aventura introdutória do Apêndice (página 264)
é uma pequena manifestação na terra exposta, exigindo
apenas cinco minutos para um personagem entender seu
significado. Por outro lado, nas Cavernas Celestes de
Thieren Khor – que dizem que surge acima da terra da
desolação na escuridão da grande lua – é consistida de
túneis tortuosos cujas paredes apresentam as palavras,
enquanto os próprios túneis formam as feições de mais
palavras. Com poucas horas de estudo, um personagem
pode adquirir algum conhecimento importante da Profecia
nas Cavernas Celestes, porém outras pessoas poderiam
caminhar por tais túneis durante semanas ou mesmo anos e
não compreender todas a nuances de significado transmiti-
das pela justaposição de palavras e símbolos.
Traduções: Um símbolo na parede de uma caverna
não fornece muito discernimento da Profecia. Contudo, as
anotações pessoais de um dragão estudioso que passou
séculos colecionando pedaços da Profecia é outra história.
O complicado para os humanos é que os dragões geral-
mente utilizam dracogemas de Eberron para gravar seu
conhecimento coletado, e uma dracogema utilizada por um
dragão é do tamanho de um pequeno rochedo. Alguns
dragões preferem gravar seus pensamentos nas rochas;
muitos covis possuem uma câmara onde as palavras estão
inscritas nas paredes onde os aventureiros poderiam
adquirir certo discernimento sobre a Profecia escrito em
algum lugar. Apesar de alguns poucos mortais não-dragões
terem verdadeiramente dominado um aspecto da Profecia
Dracônica, diversos sábios já a estudaram e colecionaram
as escrituras dos dragões profetas. A forma precisa dessas
escrituras varia dependendo do seu autor. A tradução da
Profecia poderia assumir uma forma poética, uma forma
dissertativa ou conter algumas palavras enigmáticas.
Profetas: A forma mais simples de ler algum
significado na Profecia é conhecer alguém que consiga
interpretar seus sinais. Além dos dragões profetas, um elfo
imortal ou um rakshasa disfarçado poderia oferecer
perspicácia a respeito da Profecia. Um estudioso poderia
congregar uma tradução – imperfeita, mas algo que se
possa trabalhar. Um lunático exposto à uma imensa Marca
da Profecia poderia sonhar durante a noite com trechos da
Profecia que ele não espera compreender, ou um persona-
gem jogador dracomarcado poderia ter um sonho profético
repentino e vívido. É frequente nesses casos que os
personagens tentem descobrir algo sobre a Profecia que
eles aprenderam, e isso pode ser parte da diversão da
aventura.
OS DRACOMARCADOS
Mesmo que você não queira tornar a Profecia um aspecto
central de sua campanha, as casas dracomarcadas podem
cumprir uma função importante em uma campanha que se
concentre em intriga política uma vez que essas casas
competem por poder e influência em um mundo onde a
autoridade central que as impediam por mil anos não mais
existe.
A aparência das dracomarcas entre as raças de
Khorvaire foi quase certamente o evento mais significante
da história dessas raças. Uma dracomarca é algo como
uma marca de nascença intricada, formando um padrão de
linhas azuladas proeminentes semelhante a aparência das
Marcas da Profecia que existem sobre a terra. Existem
doze dracomarcas reconhecidas, cada uma associada com
uma linhagem específica que surge em uma raça huma-
noide. Uma dessas linhagens, a linhagem élfica que porta a
Marca da Sombra, se separou durante a Última Guerra em
duas casas dracomarcadas concorrentes. As dracomarcas
que surgem fora dessas linhagens são chamadas de marcas
aberrantes, que seriam marcas reconhecidas que surgem
em pessoas não conectadas com a linhagem normal da
marca, ou marcas incomuns além das doze que são
reconhecidas.
Como os nomes das marcas sugerem, cada uma está
conectada a certas formas de poder mágico. Um halfling
que possua a Marca da Cura é um curandeiro extraordi-
nário. Como um personagem jogador, ele pode utilizar
poderes de cura de clérigo ou de bardo de forma mais
eficaz do que os demais personagens de tais classes conse-
guem, ou como um PdM ele pode ter acesso a poderes de
cura únicos. Obviamente haverá outros curandeiros no
mundo, mas a Casa Jorasco (a casa que carrega essa
marca) possui um monopólio virtual no negócio de cura
em Khorvaire.
As doze dracomarcas reconhecidas e suas casas
associadas estão sumarizadas na tabela a seguir e descritas
com mais detalhes no Capítulo 6.
DRACOMARCAS E CASAS Tudo isso cria para os personagens jogadores uma
Dracomarca Raça Casa(s)
Marca da Busca Humano ou meio-orc Casa Tharashk situação repleta de intriga e pronta para aventura –
Marca da Criação Humano Casa Cannith especialmente para aqueles que portam dracomarcas –
Marca da Cura Halfling Casa Jorasco negociar alianças mutáveis e tramas entre as casa e as
Marca da Detecção Meio-elfo Casa Medani
Marca da Escrita Gnomo Casa Sivis nações. É certo que os personagens dracomarcados façam
Marca da Hospitalidade Halfling Casa Ghallanda parte das agendas complexas de suas casas, seja eles
Marca da Passagem Humano Casa Orien sabendo disso ou não. Ou o artífice do grupo que porta a
Marca da Proteção Anão Casa Kundarak
Marca da Sentinela Humano Casa Deneith Marca da Criação é um agente voluntário de uma das
Marca da Sombra Elfo Casa Phiarlan e ramificações da Casa Cannith, ou as três facções da casa
Casa Thuranni estão tentando trazê-lo para seu controle – ou talvez
Marca da Tempestade Meio-elfo Casa Lyrandar
Marca do Tratamento Humano Casa Vadalis utilizá-lo para descreditar a outra ramificação.
Juntamente com as intrigas individuais de cada casa
A influência das casas dracomarcadas cresceu nos últimos dracomarcada, você também pode considerar a crescente
anos. Quando forjou este reino, Galifar I reconheceu os influência das casas como um todo. Há um século, o
príncipes mercadores como ameaças em potencial, mesmo equilíbrio do poder estava claramente nas mãos da
na época em que eles careciam de poder para desafiar seu
governo. Ele emitiu o Decreto de Korth para limitar os PJs DRACOMARCADO
poderes dos príncipes mercadores, prevenindo-os de Um personagem jogador que possua uma dracomarca encaixa-se
possuírem terras, conservarem títulos nobres ou reunirem em uma das quatro diferentes categorias, como descrito no Guia
exércitos para desafiarem suas próprias forças. Ao longo do Jogador de Eberron:
dos séculos, uma Galifar unida ficou forte o suficiente para  O personagem pode ser um membro da casa dracomarcada
assegurar esses limites. Essa autoridade mudou com a de sua linhagem. A raça do personagem deve pertencer
Última Guerra. A guerra aumentou drasticamente a exatamente à linhagem da casa – um meio-elfo que possua a
demanda pelos bens e serviços das casas, desde as máqui- Marca da Sombra (uma marca élfica) não pode fazer parte
nas de guerra da Casa Cannith até os curandeiros da Casa da linhagem. Tal personagem seria como os PdMs draco-
marcados, e aparenta ser normal aos membros da casa.
Jorasco. Os lucros da guerra encheram os cofres das
Cabe a você e ao jogador do personagem determinarem a
dinastias dracomarcadas e os embates incentivaram extensão dos laços do personagem com a casa.
algumas inovações – os forjados bélicos, os navios aéreos  O personagem pode ser um rebento da linhagem, comparti-
elementais e outros desenvolvimentos das casas dracomar- lhando a raça com os demais membros da casa mas não
cadas que se tornaram comuns na vida cotidiana nas Cinco possuindo qualquer laço familiar direto com ela. Tais perso-
Nações. nagens são raros e muitas vezes uma anomalia, porém os
No início da guerra, muitas nações ainda desejavam PdMs líderes da casa estariam dispostos a tentar trazer o
conter o poder das casas dracomarcadas. O exemplo mais personagem para a família – e sob controle.
 O personagem pode ser membro de uma raça desassociada
claro dessa atitude é a provisão do Tratado do Trono que
com as casas dracomarcadas, mesmo de uma raça como os
estipulou a destruição das forjas de criação da Casa
forjados bélicos ou os kalashtar (raças que normalmente não
Cannith utilizadas para criarem os forjados bélicos. No manifestam dracomarcas). Tais marcas não possuem nada a
momento em que o tratado foi assinado, a casa Cannith ver com linhagem e tudo a ver com o toque da Profecia.
ficou partida, recompondo-se da perda de seu barão e de Estes personagens são extremamente raros – não é
suas fortalezas Cyrenas no Lamento. Hoje, percebendo que recomendado você criar PdMs que encaixe-se com esta
a fraqueza e a concessão levaram perdas à Cannith, as categoria a menos que a história da sua campanha envolva
casas recusam-se a serem intimidadas tão facilmente e isso. As casas podem não ter certeza do que fazer com um
nenhuma Galifar unida sobrou para reiná-las. As casas não personagem como esse – o personagem provavelmente será
são limitadas por fronteiras nacionais. Com a ameaça do o primeiro neste caso que as casas verão, portanto não
haverá precedentes sobre o que se fazer quanto a isso.
reavivamento da guerra pairando no horizonte, perder os
Algumas pessoas provavelmente tentarão recrutar o perso-
serviços de uma das casas é uma das possibilidades que nagem para a casa, enquanto outros podem argumentar pela
poucas nações podem se dispor. De fato, alguns líderes exterminação do personagem a fim de conservar a linhagem
estão trabalhando para estruturar fortes laços com as casas. da casa – e seu monopólio econômico.
Aundair concedeu Fortempestade para a Casa Lyrandar em  O personagem pode ter uma dracomarca aberrante que seja
uma clara violação ao Decreto de Korth, e as atividades diferente das doze marcas reconhecidas, independente da
daquela casa em Valenar também excedeu a lei. As forças raça do personagem. As casas enxergam as marcas aber-
militares da Casa Deneith em seus quartéis generais em rantes e aqueles que as possuem como algo perturbador e
Korth (uma cidade e Karrnath) cresceram além das assustador, graças ao legado da Guerra da Marca (consulte a
página 209).
provisões mais generosas concedidas à ela pelo decreto,
porém Karrnath ainda não se prontificou quanto a isso.
monarquia. Atualmente, os líderes divididos das diversas
nações de Khorvaire disputam e se ocupam com intrigas,
enfraquecendo suas influências sobre suas economias.
Enquanto isso, o alcance das casas mercadoras cresce mais
forte a cada dia. São muitos aqueles que sussurram que se
as nações de Khorvaire se unirem novamente, não será um
descendente de Galifar que se sentará no trono, mas um
portador de uma dracomarca de uma das casas.
INTRIGA URBANA
As nações de Khorvaire possuem um punhado de
pequenas áreas metropolitanas para rivalizarem com as
maiores cidades da maioria dos mundos de D&D. Das
elevadas torres magicamente reforçadas de Sharn até a
cidade resplandecente do Forte da Chama, cada uma
dessas cidades guarda maravilhas e perigos o suficiente
para abastecer uma campanha repleta de aventuras. Apesar
dos personagens de vez em quando poderem explorar os
esgotos ou criptas abaixo dessas cidades em missões que
lembram em muito as aventuras tradicionais de
masmorras, os centros urbanos de Eberron oferecem uma
espécie totalmente diferente de experiência de aventura,
cravando as raízes do cenário nos filmes e literaturas noir
tradicionais (consulte “Fantasia Noir”, abaixo).
Uma campanha focada em intriga urbana pode
apresentar os personagens jogadores trabalhando como um
time de investigadores particulares, resolvendo mistérios e
rastreando criminosos nas ruas de Sharn ou de alguma
outra cidade. Eles podem estar em uma caçada por um
assassino transmorfo em uma semana e rastrear alguns
assaltantes que se infiltraram em um cofre inviolável de
Kundarak na semana seguinte. Eles estão fadados a se
tornarem inimigos dos senhores do crime locais, que
enviarão capangas brutamontes para ensinar-lhes uma
lição pelas suas intromissões. Eles podem também estar
envolvidos nos esquemas de elementos criminosos mais
significantes, desde os Aurum (consulte a página 24) até
os agentes misteriosos do Sonho Lúgubre (página 191) –
infiltradores e malfeitores da distante Riedra. Eles podem
estar no encalço dos sinistros Cultos do Dragão Inferior
(página 251) ou atrás dos altares escondidos dos deuses
malignos dos Seis Sombrios (página 244), ou descobrindo
diabos que estejam se fazendo de divindades e reunindo
seguidores em templos secretos.
Em vez de trabalharem como investigadores particula-
res, os personagens podem estar associados com os oficiais
da lei local. Suas interações com seus superiores pode
adicionar certo tempero e drama à campanha, especial-
mente quando suas técnicas não ortodoxas os metem em
problemas ou quando os oficiais locais no comando se
aliam aos vilões. Os personagens podem também se
envolver nas maquinações e esquemas entre as diferentes
facções dentro do governo, como quando os membros do
conselho da cidade utilizam os personagens para
adquirirem prestígio e poder ou para depreciar seus rivais
no conselho. O que acontece quando os personagens
descobrem que um dos membros do conselho que foi um
patrono gentil e generoso é também um vampiro alto
sacerdote do Sangue de Vol (consulte a página 248)?
Um tema de intriga urbana também funciona bem ao
ser combinada com quase qualquer outro tema de
campanha. Caso os personagens estejam envolvidos na
intriga entre as casas dracomarcadas, eles podem gastar a
maior parte do seu tempo de aventuras nas cidades que
abrigam os maiores enclaves e quartéis generais das casas.
Eles podem acreditar de início que estão investigando
criminosos comuns ou uma gangue de guerra, e apenas
perceberem aos poucos que as mentes criminosas que
estão combatendo na verdade são os barões de guerra das
casas dracomarcadas, ou facções internas dessas casas. Da
mesma forma, tramas internacionais e espionagem muitas
vezes estão concentradas nas grandes cidades e podem
encobrir atividades criminosas puramente locais. Uma
campanha estruturada com base na Profecia Dracônica
também pode envolver os personagens em mistérios
urbanos conforme eles lidam com os agentes da Câmara
ou com os Senhores do Pó. Mesmo se a maior parte da sua
campanha esteja focada em exploração de masmorras,
você pode apimentá-la com interlúdios de intriga urbana
quando os personagens retornam, repletos de tesouros, de
sua expedição à Xen´drik e descobrem que seu gentil
patrocinador da universidade esteja trabalhando atual-
mente para a Ordem da Garra Esmeralda.
FANTASIA NOIR
O cenário de campanha de Eberron algumas vezes é
descrito como “fantasia noir”, e uma campanha de intriga
urbana realça esses elementos noir. Mas o que isso
significa exatamente?
A resposta não está nos detalhes mas na visão mais
ampla. O tom e a atitude de Eberron o torna único – uma
combinação de fantasia medieval tradicional, ação pulp, e
aventura sombria. Inquestionavelmente o mal absoluto
vive no mundo; o bem puro existe, porém pode ser difícil
de encontra-lo. Essencialmente, uma campanha de Eberron
é sobre tons de cinza – tudo e todos possuem mais do que
uma motivação e tendem a obscurecer seus reais objetivos
tanto com atitude quanto com ação.
As Coisas Raramente São o Que Parecem: Você não
pode julgar as pessoas pelas suas aparências. Os heróis e
vilões surgem de todos os formatos e tamanhos, de todas
as raças e classes. Um vilão pode ajudar os heróis caso
isso sirva a seus propósitos, e um aliado pode trair seus
aliados se lhe dada a motivação certa. Todos aqueles com
quem você se encontra possuem seus próprios planos, e até
você descobrir quais são eles, você não pode dizer com
certeza onde aquela pessoa se encaixa no grande esquemas
das coisas.
Surpresas, decepções e engodos são a norma. Esta
atmosfera torna-se ainda mais inesperada quando os heróis
conhecem criaturas que possuem motivos puros ou
descobrem locais dedicados a um único propósito benigno.
Vilões Complacentes: Todos os heróis são medidos
pelos oponentes que eles encaram e derrotam eventual-
mente.
Em uma campanha de Eberron, contudo, tais vilões,
muitas vezes revelam-se muito parecidos com os persona-
gens heroicos. Um bom vilão noir é complacente devido a
ele ser muito parecido com os heróis e demonstrar no que
eles podem muito bem a vir se tornar caso algo os leve ao
extremo.
O exemplo clássico desse tipo de vilão é o paladino
cruzado que persegue tão zelosamente o mal que espreita a
cada esquina que ele não enxerga o mal em si mesmo – o
mal que o motiva a perseguir pessoas inocentes. A Igreja
da Chama Prateada (página 245) parece propensa a esse
tipo de extremismo, porém a igreja não é a única a acolher
tais fanáticos. Um modelo melhor para muitos persona-
gens jogadores poderia ser outro grupo de aventureiros –
gananciosos por dinheiro, caçadores de tesouros que não
se importam para quem eles trabalham, desde que eles
sejam pagos. Os personagens jogadores. Os personagens
jogadores podem estar cooperando com um grupo como
este em uma aventura, quando seus empregadores compar-
tilham um objetivo em comum. Porém, quando os perso-
nagens entram em desavenças com seus atuais aliados, eles
rapidamente percebem que esses oponentes não hesitam
em utilizar os truques mais sujos para tomarem a dianteira.
Irá os personagens abandonar quaisquer princípios que os
sustentam para superarem seus rivais? Ou eles perderão a
batalha mas vencerão a guerra moral, mantendo seus
princípios intactos?
Tristes Fins: Em um cenário noir, a vitória raramente
é alcançada. Isto não significa que os heróis não poderão
superar seus adversários ou cumprir seus objetivos.
Contudo, isso significa que é perfeitamente aconselhado
desenvolver reviravoltas e detalhes inesperados na resolu-
ção de uma aventura.
Um vilão, uma vez derrotado, pode revelar ter um
motivo verdadeiramente nobre, como a proteção de um
membro da família ou o roubo dinheiro para pagar o
tratamento de uma criança por um curandeiro da Casa
Jorasco. A derrota do malfeitor poderia também abrir
caminho para um novo e mais terrível vilão subir ao poder.
As ações dos personagens também podem gerar variadas
consequências imprevisíveis para os seus aliados PdMs,
desde uma mudança na posição social desses aliados até
ameaças de vida.
Obter um item desejado ou algum benefício pode ter
um preço também inesperado. Talvez os heróis tenham
que se desfazer de outra posse de valor para assegurarem
aquele que eles desejam. Ou pose acontecer de que
enquanto os heróis estiverem ocupados tentando cumprir
este objetivo, um rival rouba algo ainda mais precioso que
eles guardam em casa. Cada sucesso tem seu custo, e cada
objetivo cumprido revela-se como um mero passo em um
longo caminho.
INTRIGA URBANA
Naturalmente, se uma boa e antiquada aventura de
masmorra ainda é o seu estilo do jogo favorito de D&D,
Eberron tem muito a oferecer para a sua campanha. A
história do mundo o deixou atulhado de ruínas que
guardam tesouros além da imaginação para os bravos
aventureiros dispostos a arriscarem suas vidas para
encontra-los. Tão importante quanto, o mundo está repleto
de indivíduos e de organizações que possuem grandes
interesses em adquirirem tais tesouros para si. Em
Eberron, qualquer saque que os personagens adquirirem
pode ser algo que diversas outras pessoas desejem,
transformando qualquer caçada ao tesouro em uma
atividade saturada de intriga e traição.
AONDE EXPLORAR
Locais esquecidos estão espalhados por toda Eberron. Eles
variam muito em tamanho, formato, idade e essência.
Consulte “História”, iniciando na página 32, para maiores
informações sobre as eras históricas discutidas aqui
CIDADELAS DEMONÍACAS
As masmorras mais antigas de Khorvaire são as ruínas da
Era dos Demônios – cidadelas tombadas dos rakshasas e
dos demônios, e de seus suseranos demoníacos, ou talvez
dos dragões que batalharam contra eles no início dos
tempos. As fortalezas que ainda perseveram estão
carregadas de magia temível que as possibilitam resistir a
passagem do tempo. Esses locais poderia ser prisões, onde
demônios são mantidos encarcerados por grilhões podero-
sos, aguardando por aventureiros tolos que poderiam que-
brar os selos. Tais locais também poderiam ser relicários
que guardam relíquias de poder formidável, protegidos por
armadilhas mortais e sentinelas mortas-vivas. As fortalezas
demoníacas costumam ser encontradas nos confins da
civilização, em locais como as Devastações Demoníacas e
Q´barra, porém uma ruína subterrânea poderia estar
escondida em qualquer lugar de Khorvaire. Estas cidadelas
estão dentre as masmorras mais perigosas que um
aventureiro poderia encontrar, um desafio apropriado para
os heróis no estágio épico.
Haka´torvhak em Q´barra (consulte a página 151) é
um exemplo de uma cidadela demoníaca ainda protegida
por um dragão sentinela.
RUÍNAS GIGANTES
Por todo o continente misterioso de Xen´drik, as remanes-
cências da grande civilização gigante perduram. Algumas
construções mantiveram-se por milênios; outras são
apenas pilastras e colunas quebradas. Algumas poucas são
complexos de corredores tremendos, masmorras extensas
que se espalham por quilômetros por baixo da superfície.
As masmorras dos gigantes provavelmente conservam
itens e segredos semelhantes aqueles encontrados em
outras ruínas – artefatos, livros de conhecimento e
ensinamentos arcanos; e itens não vistos ou utilizados em
milhares de anos. Os gigantes antigos favoreciam grandes
ornamentações até mesmo nos utensílios mais mundanos,
utilizando uma linguagem rica de simbologia artística para
comunicar a origem do item ou do seu portador. Eles
valorizavam muito as gemas preciosas, usando-as como
moedas e adornando todos os itens valiosos com pelo
menos uma pedra preciosa. O império dos gigantes era
rico em magia, devido a isso, itens mágicos são comuns
em seus tesouros. Os exploradores modernos ficaram
chocados quando descobriram componentes de forjados
bélicos entre os tesouros dos gigantes, sugerindo que a
Casa Cannith criou os forjados bélicos baseados no
modelo dos antigos gigante.
Estejam localizados acima ou abaixo do solo, alcançar
e recuperar os tesouros dos gigantes é especialmente
trabalhoso dado o fato que os locais onde eles estão
guardados foram construídos para criaturas que medem
cerca de 3 a 6 metros de altura. As masmorras de Xen´drik
provavelmente estão ocupadas por drow e criaturas
associadas (consulte a página 196 para maiores informa-
ções a respeito dos drow de Xen´drik). Por outro lado, a
movimentada cidade de Orla da Tempestade (pági-na 194)
foi construída entre as ruínas de um assentamento de
gigantes localizado ao norte de Xen´drik.
MARAVILHAS DE DHAKAAN
A Era dos Monstros testemunhou o auge da civilização
goblinoide em Khorvaire, e os resquícios de suas estrutu-
ras podem ser encontrados por todo o continente. Palácios,
templos e fortes foram construídos por raças que, há
muito, preferem a escuridão gélida da terra a luz brilhante
do sol. Estas ruínas que existem próximas das áreas
civilizadas já foram exploradas, porém muitas outras
permanecem escondidas nas entranhas das florestas ou em
reinos selvagens como Droaam, inexploradas e ainda não
saqueadas.
A cultura Dhakaani era voltada para a guerra, e os
ferreiros do império produziam armas e armaduras exce-
lentes, incluindo alguns itens mágicos poderosos. A arte
encontrada nas ruínas do império é ou intencionalmente
austera ou barroca em seus detalhes, com uma riqueza
particular de ornamentações caligráficas incrustadas com
joias e itens mágicos.
O Império Dhakaani tombou após uma longa guerra
contra as monstruosidades aberrantes conhecidas como
daelkyr (página 204), invasores do Reino Distante da
loucura. Monstros aberrantes de todos os tipos são comuns
de serem encontrados dentro ou próximos das ruínas do
império, assim como os descendentes dos goblins
corrompidos pelas técnicas de deformação da carne dos
daelkyr – os dolgrims, dolgaunts e os dolgarts (consulte as
páginas 203 e 204).
A cidade de Sharn em Brelândia (consulte o Capítulo
2) foi construída em cima de algumas ruinas goblinoides
do Império Dhakaani, e expedições esporádicas ainda
exploram as profundezas abaixo da cidade na busca por
mais tesouros para os museus da Universidade Morgrave
ou para os mercadores de antiguidades no distrito da
Sétima Torre.
ASSENTAMENTOS DOS DRACONATOS
Poucos detalhes são conhecidos sobre a civilização dos
draconatos que prosperou em Khorvaire durante a Era dos
Monstros. Mesmo os draconatos atuais possuem poucos
conceitos das vidas que seus ancestrais deixaram. Os
exploradores buscam regularmente nas selvas de Q´barra
pelos arruinados destroços cobertos por vegetação dos
assentamentos dos draconatos.
Devido ao pouco que é conhecido sobre o antigo
império dos draconatos, suas relíquias e tesouros são
particularmente valiosos para os estudiosos e para as
universidades – e para o mercado negro que comercializa
tais coisas. O mero rumor da descoberta de um território
dos draconatos atrai estudiosos das quatro diferentes
universidades e caçadores de tesouros de toda Khorvaire
assim como as moscas são atraídas pela podridão.
Algumas vezes resultando em uma corrida mortal para ver
quem será o primeiro a reivindicar os tesouros que o
território pode guardar.
ESCAVAÇÕES ÓRQUICAS
Apesar da civilização órquica nunca ter tido sucesso como
a dos goblins, a cultura orc também prosperou durante a
Era dos Monstros. Por serem nômades, os orcs não cons-
truíram muitas cidades. Suas estruturas não sobreviveram
aos séculos, construídas na superfície elas eram feitas de
madeira e de outros materiais fáceis de serem encontrados.
Os orcs, no entanto, tem uma tradição de construir câmaras
subterrâneas para guardar e proteger itens que eram muito
grandes ou volumosos para a tribo poder transportar para
onde forem.
Uma vez que as tribos órquicas habitavam praticamente
toda Khorvaire em diversas épocas no passado, todas as
terras podem esconder um complexo de depósitos
subterrâneos. Estas câmaras não estão dispostas de forma
sensata ou prática, mas são consistidas de diversos
aposentos interconectados. As construções muitas vezes
sepultam guerreiros que faleceram recentemente para
protegerem os corpos dos saqueadores.
MEMÓRIAS DAS CINCO NAÇÕES
Antes da unificação de Galifar, os países originais que
tornaram-se as cinco nações, exploraram, enraizaram-se e
civilizaram grandes porções do continente. Nesse proces-
so, exploradores construíram castelos, fortes, postos avan-
çados e torres do Mar da Raiva ao Mar Estéreo.
Muitas dessas estruturas tornaram-se a fundação das
cidades de hoje – mas não todas. Alguns locais foram
devastados durante as guerras. Outros foram abandonados
devido a política ou por estarem posicionados em locais
geográficos desfavorecidos. Outras ainda desapareceram
sem deixarem rastros – mistérios que assombram os livros
de história e as discussões acadêmicas. Após tantos anos,
tudo o que sobrou desses locais foram as torres mais
robustas e as estruturas subterrâneas mais resistentes.
Naturalmente, a Última Guerra deixou diversos
assentamentos de toda Khorvaire arrasados e abandonados,
particularmente mas não exclusivamente na Terra das
Lamentações, os vestígios dessolados da nação de Cyre. A
Terra das Lamentações guarda muitos segredos – centenas
de milhares de pessoas desapareceram, juntamente com
dúzias de cidades e aldeias. Poucas estruturas permanece-
ram intactas acima do solo, porém saqueadores – incluindo
os soldados do Senhor das Lâminas (página 99) e os
agentes dos Resgatadores de Ikar, estão trabalhando para
vasculharem essas ruínas atrás que qualquer coisa valiosa
que encontrarem. A cidade arruinada de Shadukar, em
Thrane (página 105), é um exemplo do preço da guerra
além da Terra das Lamentações.
DEPÓSITOS DE DRAGOGEMAS
A Casa Lyrandar e a casa Orien não conseguem operar os
veículos que fazem o transporte por Khorvaire de forma
eficiente – o trem elétrico, os navios aéreos e os galeões
elementais (consulte as páginas 43 e 44) – sem as dracoge-
mas de Khyber. Coletar dracogemas é uma especialidade
da Casa Tharashk – um negócio arriscado, adequado para
o vigor e a tenacidade dos humanos, meio-orcs e orcs que
constituem a casa. Contudo, sempre há espaço para os
prospectores independentes fazerem um bom dinheiro
DRACOGEMAS
Três tipos de dracogemas, nomeadas de acordo com suas
origens, desempenham um papel importante na economia
mágica de Khorvaire – e na Profecia Dracônica. Todas as
dracogemas se parecem com rochas ou cristais translúcidos
com veias coloridas turbilhantes suspensas em seu interior.
As veias são remanescências das dracomarcas, e suas
pulsações fazem com que as rochas pareçam quase vivas.
As dracogemas de Siberys caem dos Anéis de Siberys que
formam um caminho partido no céu noturno. Um redemoinho
de veias douradas pulsantes brilha no núcleo da gema de
Siberys, motivando a serem referenciadas como pedras
solares ou partículas estelares. Essas gemas são mais comuns
de serem encontradas nas regiões equatoriais, incluindo
Xen´drik e Aerenal.
As dracogemas de Eberron estão enterradas em solos
rasos do mundo, e geralmente são descobertas confinadas
dentro de um cascalho de pedra. Os redemoinhos no interior
de uma gema de Eberron são vermelho sangue que é o motivo
pelo qual essas gemas são normalmente conhecidas como
jaspe sanguínea. As gemas de Eberron aparecem apenas em
Khorvaire e em Aerenal, elas são particularmente comuns nas
Fronteiras Sombrias.
As dracogemas de Khyber são encontradas crescendo nas
paredes das cavernas profundas na terra, geralmente próximas
a regiões de rocha derretida. Veias de azul meia-noite à negro
petróleo espiralam em seu centro, elas normalmente são
chamadas de gemas noturnas ou pedras demoníacas. As
gemas de Khyber são encontradas por toda Eberron, mas elas
são mais prevalentes nas áreas que abrange uma significante
atividade demoníaca ou elemental, como as Devastações
Demoníacas.
As dracogemas são componentes essenciais na criação de
certos tipos de itens e dispositivos mágicos. Veículos que
dependem de elementais, incluindo os galeões e os navios
aéreos utilizados pela Casa Lyrandar assim como o trem
elétrico da Casa Orien, utilizam as dracogemas de Khyber
para aprisionar os elementais. Itens que focam ou aprimoram
os poderes das dracomarcas incorporam as gemas de Siberys.
As gemas de Eberron possuem uma afinidade mágica que as
tornam úteis na confecção de diferentes tipos de itens, e
alguns magos até mesmo as utilizam como grimório.
O Guia do Jogador de Eberron apresenta regras para as
melhorias das dracogemas que aprimoram as armas mágicas.
escavando dracogemas e vendê-las para as casas, a própria
Casa Tharashk é conhecida por contratar aventu-reiros
para ajudarem em uma escavação particularmente difícil.
As dracogemas de Khyber geralmente aparecem nas
paredes de cavernas abaixo da superfície da terra,
especialmente em regiões vulcânicas e em áreas ricas em
influência demoníaca ou elemental. Em outros mundos,
elas são encontradas no tipo de locais mortíferos onde os
aventureiros prosperam. Os personagens que estão na
busca pelas dracogemas podem se encontrar competindo
com os agentes da Casa Tharashk (caso os personagens
não estejam trabalhando para a casa), combatendo
demônios, enfrentando outros habitantes de Khyber (como
monstros aberrantes ou outros habitantes de masmorras),
ou mesmo entrando em conflito com os Cultos do Dragão
Inferior (consulte a página 251) que utilizam as gemas de
Khyber como foco de sua adoração.
A busca pelas gemas de Siberys ou Eberron pode levar
a aventuras excitantes da mesma forma, mas é menos
provável que envolva exploração de masmorras. Para uma
mudança de ritmo, entretanto, os personagens podem estar
tentando recuperar uma gema de Siberys particularmente
grande, quando ela cai para fora da Cidade da Morte em
Aerenal, como previsto na Profecia.
PATROCINADORES E RIVAIS
Uma coisa para um grupo de personagens é adentrar uma
antiga ruína goblinoide e recuperarem os tesouros que eles
possam utilizar e gastá-lo livremente. Outra coisa é quando
eles estão em uma corrida contra um time de agentes da
Garra Esmeralda para recuperar um tesouro específico, e
emergirem vitoriosos apenas para descobrir que o
conselheiro local declarou que todo tesouro encontrado é
propriedade do governo de Brelândia. Caso os persona-
gens tentem esconder suas descobertas, eles podem acabar
tendo que encarar os Lanternas Negras do Rei, assim como
a Ordem da Garra Esmeralda, conforme tentam manter o
tesouro como sua propriedade de direito!
Uma parte significante que torna uma exploração de
masmorra particularmente excitante em Eberron é a grande
quantidade de organizações que podem servir como
patrocinadores para tais expedições – ou como rivais para
os personagens, buscando os mesmos tesouros. Muitas
dessas organizações estão relacionadas com outros temas
de campanha. Por exemplo, os serviços de inteligência
nacional estão na busca por artefatos antigos para fortale-
cer o poder de seu reino em sua preparação para a próxima
grande guerra (consulte “A Guerra Sombria”, na página
13). Um agente da Câmara pode enviar os personagens
para explorarem uma masmorra a fim de encontrarem um
registro da Profecia Dracônica, ou um item que suposta-
mente exercerá um papel importante no desenrolar da
Profecia – um item que os Senhores do Pó também querem
por as mãos.
As organizações detalhadas mais adiante neste livro
que podem servir como excelentes patrocinadores ou rivais
para os personagens em uma campanha de exploração de
masmorras incluem os Aurum (página 24), a Câmara
(página 26), os Senhores do Pó (página 28), os Olhos
Reais de Aundair (página 70), a Cidadela do Rei (página
77), a Ordem da Garra Esmeralda (página 86), a Livraria
de Korranberg (página XXX), e as casas dracomarcadas,
especialmente os Doze (consulte o Capítulo 6). Além
disso, as seguintes organizações enfocam em missões de
exploração e arqueologia.
A Fundação Busca-Trilha: Fundada pelo explorador
renomado Lorde Boroman ir´Dayne, a Fundação Busca-
Trilha é uma guilda para os aventureiros afincos. Utilizan-
do a fortuna que ir´Dayne acumulou durante sua longa
carreira, a fundação patrocina expedições perigosas para
locais exóticos e concede aos seus membros um local para
exibirem seus troféus e narrarem seus contos. A fundação
seria um patrocinador perfeito para os personagens
jogadores que asseguraram uma reputação para si.
Universidade Morgrave: “Um farol de conhecimento
reluzindo das torres mais altas da cidade, iluminando os
segredos esquecidos do passado.” É assim como Lorde
Lareth ir´Morgrave visionou sua universidade quando ela
abriu suas portas em Sharn há cerca de 250 anos. Contudo,
em seus primeiros, dias a universidade foi atormentada por
suspeitas e acusações de que ela é apenas uma fachada
para caçadores de tesouros inescrupulosos em vez de uma
instituição séria de estudo acadêmico. Apesar da grande
maioria dos professores e alunos da universidade serem
estudiosos sérios, muitos itens desaparecem das dependên-
cias da universidade, apenas para reaparecerem no merca-
do negro, para manter as acusações vivas.
HORRORES DE KHYBER
Há nove mil anos, os daelkyr – criaturas horríveis do
Reino da Loucura chamado Xoriat (o Reino Distante de
Eberron) – romperam através da barreira entre os mundos
e se espalharam por Khorvaire. A guerra resultante provo-
cou a queda do Império Dhakaani antes dos druidas
conhecidos como os Porteiros selaram seus portais e os
aprisionaram dentro das profundezas de Khyber.
Os selos dos Porteiros enfraqueceram com o tempo, e
as energias de Xoriat invadiram o mundo. Monstros
aberrantes prosperaram próximos a essas brechas e a
natureza ficou corrompida – um efeito que os druidas dos
Ermos de Eldeen chamam de Depravação. A loucura se
espalhou como uma doença conforme a influência de
Xoriat se fortalecia, os Cultos do Dragão Inferior (página
251) firmaram-se entre a população local.
Uma campanha focada em exploração de masmorras
pode incorporar este tema de loucura e corrupção confor-
me os personagens descobrem áreas onde a influência de
Xoriat está escoando através dos antigos selos dos Portei-
ros. Os próprios Porteiros podem atuar como patrocinado-
res dos aventureiros, ou um personagem jogador que
utiliza a fonte de poder primitiva poderia ser um membro
dos Porteiros ou de outra seita druídica intencionada em
conter a Depravação.
AMEAÇAS GLOBAIS
As ameaças significantes que os personagens jogadores
podem encarar no decorrer de suas aventuras em Eberron
aparecem descritas neste livro, geralmente associadas com
regiões específicas. Maiores informações sobre a Ordem
da Garra Esmeralda, por exemplo, aparecem na seção de
Karrnath no Capítulo 3, uma vez que Karrnath é a terra
natal da ordem e sua principal base de operações. Isso não
significa que os personagens nunca irão encontrar os
agentes da Garra Esmeralda fora de Karrnath,
simplesmente porque a Ordem está mais fortemente
conectada com Karrnath do que com as outras nações de
Eberron.
As páginas a seguir detalham três ameaças que são
mais ou menos globais por natureza e por isso impossíveis
de se fixarem em regiões geográficas específicas.
Correspondendo aproximadamente aos três estágios do
jogo, estas ameaças são:
O Aurum: Uma sociedade secreta de chefões do
crime milionários que anseiam dominar Khorvaire
(estágio Heroico).
 A Câmara: Um grupo de jovens dragões
intencionados a estudar e a manipular a Profecia
Dracônica (estágio Exemplar).
 Os Senhores do Pó: Os antigos demônios de Eberron
que desejam libertar os Suseranos da Era dos
Demônios e restaurar o mundo ao seu controle
(estágio Épico).
As ameaças apresentadas nesta sessão e no decorrer deste
livro contém o conhecimento, informações sobre a
organização do grupo, estatísticas dos membros
representantes, e em alguns casos, exemplos de encontros
de grupo.
CONHECIMENTO NESTE LIVRO
As informações de Conhecimento no decorrer deste livro em
alguns casos incluem entradas especificadas em “Conhecimento
Comum” ou “Conhecimento Secreto”.
O conhecimento comum é a informação que os personagens
jogadores conhecem, sem a necessidade de realizar um teste da
perícia relevante. Todo mundo sabe que Aundair é governada
pela Rainha Aurala – ao menos todo mundo que passou algum
tempo em Khorvaire. Você pode exigir que os personagens
realizem testes para aprenderem o conhecimento comum caso
eles sejam estrangeiros – talvez um kalashtar ou imigrantes de
Seren que chegaram recentemente em Khorvaire. Mesmo nesses
casos, utilize uma CD de 5 ou 10.
O conhecimento secreto é o oposto. É a informação que os
personagens não tem como saber, não importa o quão
competentes eles são na perícia relevante. O fato que o Rei Kaius
de Karnnath é um vampiro é um segredo – um personagem não
vai conseguir essa informação em um livro de história ou saber
disso um 20 natural em um teste de Religião. As informações
secretas são melhor descobertas através das aventuras – o que é
um bom motivo para encorajar seus jogadores a manter os
narizes longe deste livro.
O AURUM
Grandes tesouros aguardam pelos aventureiros que se
prontificam a encara armadilhas, perigos e monstros para
conquistá-los. Muitas instituições financiam tais expedi-
ções, mas poucas as fazem como o Aurum: seus membros
estão dispostos a pagar quase qualquer preço para recupe-
rar relíquias perdidas.
De fato, a preocupação dos Aurum com os artefatos
históricos é uma fachada para uma grande e poderosa
operação criminosa cujos membros estão empenhados em
derrubar os governos das Cinco Nações e recuperar as
rédeas do poder. Seus interesses na arqueologia não vem
de idealismo mas de ganância e ambição descarada,
aspectos que os Concordados Aurum tem de sobra.
CONHECIMENTO SOBRE O AURUM
História CD 15: O Aurum iniciou como uma coalisão
mercantil interessada nos Baluartes Mror. O Aurum
prosperou nas Montanhas Ferraíz, mas não teve chances de
experimentar sua ascensão ao poder até Galifar colapsar
em uma sangrenta guerra civil. Na instabilidade em que se
seguiu, o Aurum aproveitou a oportunidade para recrutar
indivíduos que pensavam semelhantemente para se unir à
suas fileiras e expandir seu alcance pelo continente.
Manha CD 15: Apesar dos Concordados Aurum
sugerirem estarem reivindicando as relíquias da história
para a posterioridade, eles raramente doam esses tesouros
para os museus. As relíquias desaparecem dos cofres dos
Aurum e nunca mais são vistos.
Manha CD 20: Não é preciso muito esforço para ouvir
os sussurros de um concílio sombrio, planejamentos
secretos e práticas arcanas dentro do Aurum. As pessoas
que investigam mais de perto tendem a desaparecer.
ORGANIZAÇÃO
O Aurum não faz esforço para esconder sua presença do
público. Ao permanecer exposto, o Aurum deflete as
atenções de seus reais interesses.
Líderes: A liderança vem com riqueza, contatos e
poder – aspectos que todos os membros possuem em certa
quantidade. Os maiores deles conseguem as posições de
liderança nas Concórdias. Diversos conselhos regionais
dão ao Aurum uma aparência decentralizada, mas por trás
dessa fachada opera um gabinete sombrio que possui
supervisão completa do grupo. O conselho supremo é
chamado de Concórdia de Platina, e cada membro cobiça
um lugar dentro dele.
O membro primário dentro da Concórdia de Platina é o
chanceler, uma posição ocupada atualmente por Antus
ir´Soldorak, um anão de idade que é famoso pela sua
crueldade. Sob a liderança do Chanceler Antus, o Aurum
trabalha sutilmente para manipular os desenvolvimentos
políticos nas Cinco Nações, colocando servos leais em
posições poderosas para servirem aos fins do Aurum.
Quartéis Generais: O Aurum mantém escritórios
públicos em cada capital das Cinco Nações, assim como
na maioria das outras grandes cidades. Essas estruturas são
planas e sem janelas, com apenas o símbolo dos Aurum –
uma moeda dourada envolta por uma corrente – para
marcar o propósito do edifício. Para o olhar público, eles
são clubes privados onde os Concordados aproveitam os
benefícios da associação.
Erguendo-se ao lado do Pico Krona nos Baluartes Mror
está o Cofre Dourado, o quartel general do Aurum e local
onde a organização foi fundada. Diferente das demais
fortalezas do Aurum, o Cofre Dourado é ostentativo – uma
grande estrutura espaçosa o suficiente para acomodar
centenas de membros e luxuosa o bastante para satisfazer a
necessidade de cada um deles. Os jardins estão ostentados
com um estatuário de valor inestimável, o museu guarda
tesouros de cada era que já existiu e as bibliotecas contém
as obras coletadas dos maiores pensadores, tudo isso torna
o local um autêntico palácio da cultura e do refinamento.
Por esses motivos, o Cofre possui incontáveis armadilhas,
sentinelas e proteções mágicas – a melhor segurança que o
dinheiro pode comprar.
Hierarquia: Os membros são estruturados em uma das
quatro Concórdias, de acordo com os seus bens pessoais e
poder político. O grupo mais baixo e ao mesmo tempo o
Concordado Aurum Controlador de Elite
de Nível 7 (Líder)
Humanoide natural (Médio - anão) 600 XP
Iniciativa +3 Sentidos Percepção +6; visão na penumbra
PV 158; Sangrando 79
CA 23; Fortitude 20; Reflexos 21; Vontade 22
Testes de Resistência +2, +7 contra efeitos venenosos
Deslocamento 5
Ponto de Ação 1
M Martelo de Batalha (padrão; sem limite)  Arma
+12 vs. CA; 1d10 + 5 de dano.
m Golpe Estonteante com o Martelo (padrão; exige um martelo de batalha;
sem limite)  Arma
+12 vs. CA; 1d10 + 5 de dano e o alvo fica pasmo até o final do próximo
turno do Concordado Aurum.
r Diabo de Língua-Prateada (mínima 1/rodada; sem limite)  Encanto
À distância 5; +10 vs. Vontade; o alvo fica dominado até o final do
próximo turno do Concordado Aurum. O Concordado pode ter apenas um
alvo dominado por vez.
c Táticas Superiores (mínima 1/rodada; sem limite)
Explosão contígua 5; contra um aliado; o Concordado conduz o alvo 1
quadrado.
Preço da Lealdade (interrupção imediata; quando o Concordado é alvo de
um ataque corpo a corpo; sem limite)
O Concordado Aurum pode mudar o alvo do ataque que ativou o gatilho
para um aliado adjacente, ou para um inimigo dominado pelo seu poder
diabo de língua prateada.
Firmar-se ao Solo
Quando um efeito conduzir, empurrar ou puxar o Concordado Aurum, o
Concordado se move 1 quadrado a menos do que o efeito especifica. Além
disso, o Concordado pode realizar um teste de resistência para evitar ficar
derrubado.
Tendência Maligno Idiomas Comum, Anão
Perícias Blefar +13, Diplomacia +13, História +11, Intuição +11
For 12 (+4) Des 11 (+3) Sab 17 (+6)
Con 15 (+5) Int 16 (+6) Car 20 (+8)
Equipamento cota de malha, martelo de batalha incrustado de joias, oito
anéis prateados (1 PO cada)
mais numeroso, embora seus membros ainda venham da
elite da sociedade, é a Concórdia de Cobre, uma união de
mestres de guildas menores, burocratas influentes, e
milionários senhores do crime. A Concórdia de Prata é
superior à Concórdia de Cobre e inclui membros da classe
média, como príncipes mercadores, celebridades e mem-
bros de baixa graduação das casa dracomarcadas. A
Concórdia de Ouro e a Concórdia de Platina ainda mais
superiores são para os membros como os filhos das casas
nobres, os líderes das casas dracomarcadas, e senhores do
crime cujo alcance percorre todo o continente. Os
Concordados são porosos – um membro pode subir de
hierarquia (ou ser rebaixado), apesar de apenas os
membros mais agressivos conseguirem um lugar da Con-
córdia de Platina.
Membros: Novos membros surgem da classes dos
privilegiados e dos poderosos, selecionados principal-
mente daqueles que mostraram forte perspicácia comer-
cial, tenacidade e disposição de fazer o que for preciso
para aumentar o seu poder pessoal. O Aurum aceita apenas
aqueles que aprimoram sua influência.
Ao se tornar um membro, permite-se que um novo
Concordado demonstre sua aliança utilizando oito anéis,
um em cada dedo, do metal correspondente à sua Concór-
dia. Cada anel custa aproximadamente dez moedas do
metal do qual ele é forjado. Os anéis permitem que os
membros se identifiquem e para acessar suas fileiras.
CONCORDADOS AURUM
Um Concordado Aurum incorpora a ganância e a corrup-
ção. Cada um é um indivíduo poderoso comandando uma
grande rede de lacaios e servos. Cada um possui interesses
comerciais longínquos e uma fortuna considerável com
qual emanam respeito e medo em seus subordinados. Um
Concordado enxerga os outros como recursos para serem
utilizados e descartados quando não forem mais úteis. Um
Concordado pode um dia ser um padrinho de um
personagem, um mentor e um aliado, e em outro dia seu
inimigo implacável. Embora o serviço a um Concordado
seja arriscado, muitas vezes ele vale a pena, uma vez que o
salário sempre é bom.
CONHECIMENTO SOBRE O
CONCORDADO AURUM
Manha CD 15: Um Concordado é um membro do
Aurum, uma fraternidade das elites ricas. A maioria são
aficionados por história e cultura e eles empregam aventu-
reiros para rastrearem relíquias e artefatos perdidos.
TÁTICAS DO CONCORDADO AURUM
Os Concordados priorizam sua própria proteção, posicio-
nando seus servos entre eles e seus inimigos utilizando
táticas superiores. Este mestre manipulador deleita-se com
o fascínio do diabo de língua prateada e do peão
voluntário que essa habilidade fornece.
GRUPOS DE ENCONTRO
Os Concordados nunca estão sem sua vasta segurança.
Eles desfrutam do suporte de diversos soldados e brutos
para manter os inimigos importantes ocupados enquanto
eles direcionam as ações – tantos dos seus aliados quanto
dos seus inimigos – ou para tratarem de fugir. Devido a
sua imensa fortuna, os Concordados empregam uma
variedade de servos, dos simples mas poderosos reforços
até os espiões sutis, assassinos e outros especialistas valo-
rizados pelos seus talentos distintos.
Encontro de Nível 7 (1.550 XP)
1 Concordado Aurum (controlador de elite de nível 7)
 4 hobgoblins soldados (soldado de nível 3, MM 156)
 2 humanos enfurecidos (bruto de nível 4, MM 179)