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com

Uma mini-campanha para

Shadow of the Demon Lord
Andrew Follett, Jerry LeNeave, Greg Marks e Nat WEbb
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Uma Mini-Campanha para Shadow of the Demon Lord

por

Andrew Follett, Jerry LeNeave,

Greg Marks e Nat Webb

PENSAMENTO

Schwalb Entertainment, LLC

info@schwalbentertainment.com
www.schwalbentertainment.com.com
COLETIVO
www.pensamentocoletivo.com.br
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Créditos

Escrito por: Andrew Follett (Areia Através da Ampulheta), Jerry LeNeave (Respirar é um Privilégio),
Greg Marks (Tempestade do Destino) e Nat Webb (Pó de Múmia).
Desenvolvimento: Robert J. Schwalb
Edição: Jennifer Clarke Wilkes
Revisão e Design Gráfico: Kara Hamilton
Direção de Arte: Hal Mangold e Robert J. Schwalb
Design do Logotipo: Elizabeth Fisher Peterson
Ilustração da Capa: Mirco Paganessi
Ilustrações do Conteúdo: Ivan Dixon, Jack Kaiser, Eric Lofgren, Britt Martin e Todd Wilson
Cartografia: Cecil Howe

Créditos da Versão Nacional ver. 1.0

Edição, Diagramação e Layout: Filipe Cunha Tradução: Eduardo Elfman Revisão: Aline Costa

Dados internacionais de catalogação na publicação

S291s
Schwalb, Robert J.
Contos da desolação / Robert J. Schwalb, Andrew Follett,
Jerry LeNeave, Greg Marks e Nat Webb. - 1. ed. -
Rio de Janeiro : Pensamento Coletivo, 2019.
28 p. : il., color.

Título original : Tales of the desolation

ISBN: 978-85-69741-30-5 (impresso)
ISBN: 978-85-69741-31-2 (digital)

1. Jogos de fantasia. 2. Jogos de aventura. 3. “Role-

playing games”. I. Título.
CDD - 793.93
CDU - 794:792.028

www.demonlord.com.br
www.pensamentocoletivo.com.br

Contos da Desolação é ©2016 Schwalb Entertainment, LLC.

Shadow of the Demon Lord, Tombs of the Desolation, Tales of the Desolation, Tumbas da Desolação, Contos da Desolação, Schwalb
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Sumário

Créditos...................................... 2 Evento 1: O Mapa de Mayhew............. 19 9. Câmara do Tesouro....... 23

Créditos da Versão
Nacional............................. 2
Sumário....................................... 3
Introdução.............................. 3
Preparando as Aventuras.4
Laços com a Vila......................4
Personagens nativos............... 5
Mestrando as Aventuras.5
A Morte Seca............................6
Lidando com a Doença....... 6
Respirar é um Privilégio.. 7
Na Estrada................................ 7
Esker.......................................... 7
Lugares importantes.............. 7
Padre Mayhew...................... 7
Rose........................................... 7
Benjamin................................. 9
Os Acólitos Desaparecidos.9
Ajuda do Templo.................. 9
Gwilherm................................ 9
Simon..................................... 10
O Inimigo Oculto............... 10
Eventos na Vila....................... 11
Funeral Apressado............ 11
Evento 2: Mais Mortes........... 11
Evento 3: Ao Cair da Noite... 11
Evento 4: A Investigação...... 11
Simon...................................... 11
Conclusão................................12
Exposição.................................12
Areia Através da
Ampulheta.............................. 13
O Segredo Sombrio de Padre
Mayhew...............................13
A Marcha dos Cruzados...... 14
Três Dias para Morrer......... 14
Primeiro Dia........................... 14
Segundo Dia............................15
Capitão Matthias Reems..15
Nova Relíquia: A Lâmina
de Djed...............................15
Terceiro Dia............................ 16
O Templo do Novo Deus...17
Pó de Múmia........................... 18
O Feiticeiro Vingativo.......... 18
Nas Areias............................... 18
Viajando na Desolação........ 18
Exposição.............................. 18
Encontros Aleatórios........... 18
1. Planícies de Pedra 10. Câmara Ritual.............. 23
(4 horas)........................... 19
2. Campos de Ossos Tempestade do Destino..24
(6 horas)........................... 19 A Liturgia do
3. Ermos de Cinzas Destino Encharcado........24
(3 horas)............................ 19 Começando............................24
4. Oasis.................................. 19 A Morte nas Ruas..................24
5. Dunas Errantes Um Refúgio Contra a
(2 horas)............................ 19 Tempestade........................ 25
6. Cânions da Cabeça Esker........................................ 25
de Cachorro (4 horas).. 19 Lugares Importantes............ 25
7. Mais Dunas Errantes Encontros Aleatórios........... 27
(6 Horas).......................... 19 O Impasse no Templo.......... 27
8. A cidadela de Xerras, a
Noite Sedenta.................. 19
A Capela Negra......................20
1. Corredor de Entrada.....20
Retornando...........................20
2. Câmara da
Celebração.......................20
3. Corredor Oeste.................21
4. Sala da Preparação........21
5. Câmara do Sumo
Sacerdote...........................21
6. Corredor Leste................22
Retornando...........................22
7. Câmara da Pureza.........22
8. Corredor Norte............... 23

Introdução

Alguns meses antes do Winter Fantasy 2016, eu estava
conversando com os membros do grupo que ajudaram
mestrando demos e jogos de Shadow of the Demon Lord
em sua região sobre o ainda não publicado Tumbas da
Desolação. Eu queria algo um pouco mais organizado do
que algumas aventuras dispersas para o lançamento do
jogo. Eu sabia que iríamos mestrar aventuras durante todo
o evento, mas eu queria uma experiência que se conec-
tasse, algo que oferecesse as pessoas mais do que apenas
um gostinho dos horrores gerados pelo meu joguinho. Eu
queria uma imersão completa. Dave Christ, o homem por
trás da Baldman Games, sugeriu que fizéssemos aventuras
interconectadas em três partes, mas a ideia de jogar mais
palavras na minha mesa, além das que eu já tinha sob a
minha responsabilidade, era assustadora. Portanto, eu ofe-
reci o trabalho de escrever as aventuras para meus amigos.
Andrew, Nat e Greg se ofereceram prontamente, e Jerry,
excitado pela oportunidade de participar, quis fazer algo
também. Portanto, em vez de três, conseguimos quatro.
Eu propus a eles algumas metas bem abertas e os deixei
trabalhar bem à vontade por um tempo.
Alguns meses depois, após muita discussão e reescrita,
a equipe entregou um conjunto de quatro aventuras incrí-
veis passadas na Desolação, apresentando todas as coisas
medonhas que assolam a região. Eu fiz algumas edições
e então levamos o material para o evento. Os jogadores
responderam positivamente às aventuras (não que isso me
surpreendesse). A cidade de Esker e seus problemas se
tornaram, por um fim de semana, responsabilidade deles
para salvar — ou destruir. Conforme prosseguia o fim de
semana, o interesse no jogo foi crescendo até que, no sába-
do, nós ficamos quase sobrecarregados. Eu chamaria isso
de sucesso.
Agora que o Winter Fantasy chegou ao fim, eu achei que
seria criminoso manter a experiência trancada a sete cha-
ves. Assimilando o que aprendemos com o evento, fizemos
algumas mudanças. Com a experiência da Jennifer como
editora, nós reunimos essas aventuras, as embelezamos
com algumas artes e alguns mapas e as lançamos para que
o desespero caia sobre o seu grupo ao se juntarem ao hor-
ror e às dificuldades da vida na fronteira da Desolação.
Robert J. Schwalb
Fevereiro de 2016
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Preparando as Aventuras
Preparando as
Aventuras
Estas aventuras estão centradas nos problemas aterrori-
zando uma pequena vila chamada Esker, um pequeno
ponto no mapa da fronteira de uma terra erma e inóspita
conhecida como a Desolação. O lugar dificilmente seria
digno de menção se não estivesse condenado a se tornar
o cenário de uma aterradora queda em direção à loucura
e à morte.
Esta série de aventuras é projetada para personagens
experientes, começando preferencialmente no nível 2.
Caso o grupo já tenha alcançado o nível 4 ou mais, uma
possibilidade é comprimir o arco da história. Para três
aventuras, mestre o capítulo 1 sozinho, os capítulos 2 e 3
juntos e o capítulo 4 sozinho. Para duas aventuras, com-
bine os capítulos 1 e 2, depois os capítulos 3 e 4.
Antes de começar, é preciso encontrar uma boa razão
para o grupo estar na fronteira do Império em primei-
ro lugar. O Mestre pode usar a história do grupo até o
momento para explicar a presença dos personagens na
região. Talvez alguém em Esker possua uma informa-
ção que o grupo precisa, ou a presença de um tesouro
próximo à cidade, que poderia estar sendo procurado
para completar uma outra aventura. Os ganchos simples
funcionam: Os personagens podem estar passando a
caminho de algum outro lugar, estarem procurando um
lugar para se esconder após uma aventura difícil ou ter
um lugar para se reagrupar antes de uma expedição ao
desconhecido.
Laços com a Vila
Caso esteja começando uma campanha nova, os per-
sonagens podem ser de Esker. Suas aventuras iniciais
podem ter a vila como base. Ao fazer isso, é criado nos
personagens uma ideia de pertencimento à comunidade,
dando a eles um motivo para querer salvá-la quando os
seus habitantes começarem a morrer.
Estabelecer os personagens como habitantes abre a
necessidade de apresentar a vila, introduzindo locais im-
portantes e moradores presentes no capítulo 1. O Mestre
precisa trabalhar com os jogadores o papel de cada um
na comunidade, usando seus antecedentes e profissões
como inspiração. Cada membro do grupo deve ter, pelo
menos, um laço com um habitante importante de Esker.
Use as tabelas a seguir para determinar a ligação apro-
priada e para definir a natureza da relação. Um persona-
gem pode ter até três laços, caso deseje, mas não mais do
que isso, antes da aventura começar. Durante a aventura,
o grupo pode fazer amizades com outros moradores
conforme a história for se desenvolvendo. Permita que
os jogadores preencham as lacunas e ajustem as relações
para se adequar aos antecedentes dos seus personagens.
Os moradores da vila são humanos aldeões ou pro-
fissionais (SDL 271), a não ser que algo diferente esteja
especificado em suas descrições.
4 Contos da Desolação
d20
Moradores da Vila
Morador
1
Tobias proprietário do Prego e Tempero, mas
que parece mais interessado em correr atrás de
rabos de saia do que das vendas.
2
Fari Uma fofoqueira que frequenta a Hospedaria
Duas Ferroadas por ter uma queda pelo
estalajadeiro.
Edward O bêbado da cidade, geralmente visto
3 dormindo em um saco de batatas próximo ao
poço.
4 Ella A maga aprendiz (SDL 273) e colecionadora
de quinquilharias e de tomos ocultos.
Gwilherm Estalajadeiro da Hospedaria Duas
5 Ferroadas, famosa pelos preços justos e
conselhos honestos.
6 Gabriella A historiadora de Esker, que vive presa
ao passado.
Flick Um goblin (SDL 248) que despreza o
7 convívio em meio aos seus, além de ser um
batedor de carteiras famoso.
Crisella Uma sobrevivente que não teme a
8 Desolação e vive só em uma cabana alguns
quilômetros fora da vila.
Gideon Fazendeiro que cultiva beterrabas e
9 passa a maior parte de seu tempo imaginando
coisas.
Galena A única prostituta de Esker tem uma
beleza que não se perde com o passar dos anos.
Alguns dizem que ela pode ser amaldiçoada, ter
10 sangue de fada ou até mesmo ser uma vampira,
um boato que ganha força em razão de seu
estilo de vida noturno.
11 Bardin O único anão (SDL 226) e ferreiro
residente de Esker, trabalha para Tobias.
Gwendolyn Serve como um membro da
patrulha (SDL 273) em Esker. Ela era uma oficial
12 militar de alta patente em Alta Atalaia, mas
abandonou o posto em nome da honra.
Lagby Um artista que se apresenta durante a
13 noite na Hospedaria Duas Ferroadas.
Fereen Uma salamandra (TDS 33) fêmea
14 que trabalha como mercenária e caçadora de
recompensas.
15 Benjamin Serve como aprendiz no templo, um
rapaz fechado e sombrio.
16 Sandra Professora para os jovens da vila durante
o dia e musicista durante a noite.
Jonathyn Ancião venerável da vila, contador de
17 histórias com propensão para o humor negro.
Satine Matrona do templo, famosa por seus
18 doces e quitutes servidos durante a missa.
Dinust O faz tudo da vila, famoso por unir as
19
pessoas.
20 Amalia Uma oleira e sapateira que trabalha fora
de casa.
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Mestrando as Aventuras
Personagens nativos
É claro, o Mestre pode conduzir essa aventura para
Mestrando as
personagens já conhecidos do grupo, usando-os para in-
troduzir os ermos. Ao fazer isso, ele permite que os per-
Aventuras
sonagens dos jogadores explorem a região de um modo Contos da Desolação possui quatro capítulos, cada um
mais completo após escolherem suas trilhas de mestre, contendo uma aventura, que estão sumarizadas abaixo.
ou interpretem um pouco antes do início da campanha. É melhor ler as aventuras na íntegra antes de mestrá-las.
Também, reserve alguns minutos para rever as caracte-
Relações com os habitantes rísticas das criaturas mencionadas no texto para saber
como elas funcionam. Por fim, é preciso ter o suple-
2d6 Relação
mento Tumbas da Desolação (aqui abreviado como TDS).
2 Parceiro de negócios.
Caso não tenha, será necessário substituir as criaturas
3 Sobreviveram juntos a um evento traumático. descritas neste livro por outras do livro básico.
4 Antigo rival. Respirar é Um Privilégio: Mortes estranhas e
5 Interesse romântico mortos-vivos errantes trazem o pânico à vila. Os
6 Amizade ou amor distante. personagens interagem com os habitantes e exploram
7 Vizinho. a comunidade para descobrir quem ou o quê está por
8 Amigo próximo. trás do mal florescente e pôr um fim a tudo isso.
9 Parente. Areia Através da Ampulheta: Seguindo a marcha dos
10 Serviram juntos em uma função militar.
mortos-vivos, uma epidemia de uma doença estranha
e terrível está se espalhando por toda a comunidade.
11 Compartilham um segredo.
Quando cruzados da vizinha Alta Atalaia chegam para
12 Salvador. investigar, os personagens precisam descobrir a fonte
da praga antes que os fanáticos servos do Novo Deus
queimem toda a vila.
Pó de Múmia: Após enfrentar os cruzados, os perso-
nagens descobrem que o Padre Mayhew, o homem
em busca de uma cura para a doença, desapareceu a
caminho da Desolação. O grupo tenta encontrá-lo e,
possivelmente, a cura, uma expedição que os leva para
os ermos mortais onde acabam enfrentando todos os
tipos de mortos-vivos horripilantes.
A Tempestade do Destino: Recuperando o ritual
necessário para desfazer a maldição, os personagens
retornam a Esker para encontrar a vila sendo assolada
por uma tempestade de areia em que vagam horro-
res de todas as espécies. Para completar o ritual, os
personagens precisarão de ingredientes específicos
que poderão encontrar pela comunidade, enquanto
enfrentam os monstros e outras ameaças que foram
libertados por sua expedição aos ermos. O arco da
aventura conclui quando os personagens confrontam
o vampiro cujo seu despertar trouxe a maldição à
comunidade.

Contos da Desolação 5
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Mestrando as Aventuras
A Morte Seca
Durante o capítulo 2, uma doença maligna conhecida
como Morte Seca ataca os habitantes de Esker e pode
também infectar os personagens. Os esforços para re-
movê-la não obtêm sucesso graças a uma maldição que
atrela a doença aos infectados: portanto, os personagens
doentes devem lidar com os seus efeitos até o clímax do
capítulo 4. As vítimas da doença vão ficando debilitadas,
a água se esvaindo de seus corpos até que eles mor-
ram e se ergam como horrores mortos-vivos. A Morte
Seca pode ser curada apenas pela Liturgia do Destino
Encharcado, que é recuperada no capítulo 3 e realizada
no capítulo 4.
A Morte Seca
Transmissão Uma criatura viva que beba uma poção
criada pelo Padre Mayhew (veja o capítulo 2) ou
que respire o ar a curta distância de uma criatura
infectada fica exposta à doença. Quando a criatura
exposta completa um descanso, ela deve fazer uma
jogada de desafio de Força com 1 perdição. Em um
sucesso, a criatura se torna imune a Morte Seca até
completar um descanso. Em uma falha, ela sofre
efeito do estágio 1 da doença.
Cura A única cura para a Morte Seca é a Liturgia do
Destino Encharcado. Os personagens podem diminuir
os efeitos da doença com as magias cura leve ou
cura maior. A magia cura leve move a doença para
um estágio menor, enquanto cura maior a faz regre-
dir em dois estágios (no mínimo estágio 1).
Estágio 1 A criatura fica doente, se sentindo febril e
experimentando sonhos estranhos.
Estágio 2 Como no estágio 1. Porém, uma sede terrí-
vel afeta a criatura. Não importa quanto líquido ela
consuma, não há saciedade. Enquanto a doença se
encontra neste estágio, a criatura está sujeita aos
efeitos da privação, que serão resumidos aqui. Ao
final de cada dia, a criatura sofre com uma sede in-
saciável. Ela precisa fazer uma jogada de desafio de
Força com 1 perdição, mais 1 perdição para cada dia
6 Contos da Desolação
posterior, até que a doença regrida para o estágio
1 ou seja curada. Em uma falha, a criatura fica fati-
gada ou recebe 1d6 de dano se já estiver fatigada.
A aflição dura até que a doença seja regredida para
um estágio inferior ou a criatura seja curada.
Estagio 3 Como o estágio 2. Porém, a criatura sofre
de uma tosse constante: uma tosse seca e áspera,
como se uma camada de poeira estivesse se alojado
no fundo da garganta. Enquanto neste estágio, a
criatura também fica debilitada.
Estágio 4 Como no estágio 3. Porém, o corpo come-
ça a fraquejar enquanto os músculos atrofiam e a
pele adquire uma coloração pálida, acinzentada ou
quase branca. Enquanto neste estágio, a criatura
também fica lenta.
Estágio 5 A criatura recebe uma quantidade de dano
igual à sua Saúde. Após 1d3 horas, ela se ergue
como uma criatura morta-viva à escolha do Mestre
(dessecado, do suplemento Tumbas da Desolação
[TDS 28], é um ótimo exemplo). Os persona-
gens dos jogadores podem se tornar revenantes
(TDS 32), caso tenham uma grande motivação
para retornar.
Recuperação A cada vez que uma criatura afetada
pela doença completar um descanso, ela deve fazer
uma jogada de desafio de Força com 1 perdição.
• 20 ou mais: A doença regride um estágio (no mí-
nimo estágio 1).
• Sucesso: Sem mudança.
• Falha: A doença avança um estágio.
• 0 ou menos: A criatura recebe uma quantida-
de de dano igual a sua taxa de cura, e a doença
avança um estágio.
Lidando com a Doença
Uma vez que um personagem contraia a doença, tudo
fica mais difícil para ele. Ser infectado cria tensão
enquanto torna os desafios mais penosos, mas a guerra
contra um assassino invisível pode perder o charme após
uma aventura ou duas. Caso os jogadores comecem a se
frustrar, deixe a doença regredir sozinha para um estágio
inferior para garantir que todos estejam se divertindo.
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Respirar é um PrivilégioRespirar é um Privilégio
Por Jerry LeNeave
Nesta aventura, os jogadores
encontram Esker sitiada por
uma imensa tempestade de
poeira, uma doença estranha, especialista
e por mortos vivos. O grupo
completa a aventura quando confrontam um ser recluso
e misterioso e acabam com o que acreditavam ser a fonte
da doença.
Na Estrada
A aventura começa com os personagens vindo de Alta
Atalaia, após terem entregue comida ou protegido uma
caravana, completando o treinamento necessário para
avançarem em suas trilhas de especialista ou qualquer
outro propósito, conforme for decidido pelo Mestre. Não
importa de onde vieram, eles seguem uma trilha em-
poeirada por uma área selvagem arruinada que forma
a fronteira entre as planícies de pedra da Desolação ao
norte e as terras mais verdejantes ao sul.
Da fortaleza até Esker deve levar alguns dias, dias
sombrios onde os personagens devem enfrentar criatu-
ras estranhas provenientes dos ermos (como um aban-
donado (TDS 26); e 1d6 cadáveres animados, SDL 232),
junto com o clima inóspito ou outras estranhezas causa-
das pela sombra do Demon Lord.
No segundo dia, uma tempestade vinda dos ermos, le-
vando poeira para o sul das planícies de pedra por toda
a região até 1d3 quilômetros de extensão. A tempestade
vem enfraquecendo pelo deserto, mas seus efeitos dimi-
nuem a velocidade do grupo enquanto viajam. Nuvens
de poeira escurecem parcialmente tudo em volta dos
personagens e escurecem severamente tudo além da dis-
tância curta. A área da tempestade conta como terreno
difícil.
Até o fim do dia, faça com que todos os personagens
façam jogadas de desafio de Percepção com 2 perdições.
Aqueles que falham são pegos de surpresa quando 2 dia-
bos da poeira (TDS 29) atacam, seguindo por dentro da
tempestade. Os diabos da poeira lutam até serem feridos
e então voltam fugindo para a Desolação.
Esker
Lar para aproximadamente cem almas, Esker é uma
pequena vila que fica alguns quilômetros a nordeste de
Alta Atalaia e cerca de um quilômetro e meio ao sul da
Desolação. O solo a sua volta é uma mistura de areia,
poeira e sujeira que suporta apenas um gramado mar-
rom e algumas ervas daninhas. Normalmente, as pessoas
da vila são amigáveis e receptivas, porém, os recentes
eventos trouxeram um clima pesado; os habitantes se
tornaram cada vez mais melancólicos e desconfiados
entre si.
1
Nevoeiro
A tempestade de areia recente causou um nevoeiro sobre
a comunidade, fazendo com que o sol pareça vermelho
e furioso em um céu marrom. O nevoeiro obscurece
parcialmente tudo além da distância média e torna a
respiração difícil. Cada criatura viva que respire deve
fazer uma jogada de desafio de Força a cada hora passa-
da do lado de fora nessas condições. Em caso de falha,
o personagem fica fatigado até completar um descanso.
O nevoeiro se dissipa no crepúsculo do dia seguinte da
chegada do grupo.
Lugares importantes
Existem vinte edificações no interior e nos arredores da
vila, os mais importantes estão descritos a seguir.
Templo do Novo Deus
O templo se ergue ao norte da cidade, um imponente
prédio de pedra deteriorado pelo clima difícil e pelo sol
implacável. Na frente, dois grandes portões de madeira,
reforçados com fechos de ferro, chegam até a metade
da fachada. Uma fileira de grandes vitrais se estende
pelas duas laterais do templo, iluminando a capela com
uma profusão de cores durante o dia. A ala sul oferece
acomodações para o padre e os acólitos. Um pequeno
cemitério gradeado abarrotado de lápides improvisadas
fica na parte posterior do templo, estranhamente negli-
genciado e com muitos de seus túmulos profanados.
Padre Mayhew
O padre do templo é muito respeitado na comunidade
por sua piedade e devoção aos seus vizinhos. Ele atende
ao seu rebanho com o auxílio de vários acólitos. Padre
Mayhew se encontra atualmente enclausurado em seus
aposentos, onde acreditam que ele esteja se recuperan-
do de uma doença, fazendo pesquisa em uma questão
importante para sua fé, ou jejuando — cada morador
inventa uma desculpa diferente. Ele deixou o templo aos
cuidados de sua protegida, uma jovem chamada Rose,
no momento do início da aventura.
O Padre Mayhew tem um papel importante no capí-
tulo 2, portanto, não aparecerá nesta aventura. Caso os
personagens forcem um encontro, exigindo uma audiên-
cia, eles o encontrarão atormentado e ocupado, porém
saudável. Ele explica que está pesquisando questões im-
portantes para o templo e para toda a comunidade.
Rose
Falando pelo padre Mayhew, Rose (acólito do Novo
Deus tamanho 1/2, SDL 271) mantém o templo e os
pedintes que chegam procurando as bênçãos do Novo
Deus. Para todas as aparências, ela é muito jovem para
tal responsabilidade, mas é incrivelmente devota e tem
um ar sagrado a sua volta. Rose chegou ao templo como
uma órfã, e Mayhew a criou como se fosse sua própria
filha, então, ela é devota ao padre.
Contos da Desolação 7
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Benjamin
Um jovem quieto e carrancudo, Benjamin ajuda a Rose
na manutenção do templo. Ele é recém-chegado, vindo
da distante Encruzilhadas, e geralmente prefere ficar só.
Atormentado por uma terrível depressão e ansiedade,
ele descobriu só ser capaz de manter esses sentimentos
sobre controle através da dor, por isso ele corta seus
próprios braços com uma faca quando fica só em seus
aposentos. Ele esconde seus ferimentos sob as mangas
de seu hábito. Benjamin se preocupa com os outros acó-
litos, especialmente Randyll, o único a quem considera
um amigo.
Os Acólitos Desaparecidos
Quatro outros acólitos viviam no templo, mas não são
vistos há mais de uma semana. Benjamin, caso alguém
se aproxime dele, revela que eles saíram com o padre
Mayhew há algum tempo atrás em uma peregrinação. O
padre voltou sozinho sem explicar o que teria aconteci-
do aos acólitos.
Na verdade, os acólitos desaparecidos estão mortos.
Caso o padre Mayhew seja questionado sobre eles, ele
afirmará que os acólitos seguiram para Encruzilhadas
em busca de treinamento adicional (o destino deles é
descrito no capítulo 2).
Ajuda do Templo
O grupo pode ir ao templo em busca de ajuda durante a
aventura. Mayhew acumulou alguns suprimentos para
proteger a cidade e instruiu Rose para compartilhá-los
com qualquer pessoa confiável e competente que se
disponha a ajudar. Os suprimentos incluem 5 poções de
cura, 2 armaduras de couro, 15 flechas, 1 arco, 1 lanterna 3
tochas e 1 garrafa de whiskey.
Poção Maculada: Uma poção de cura está maculada
com a Morte Seca, a doença que afetará a vila durante
o próximo capítulo. Um personagem que utilize a po-
ção é exposto à doença (veja A Morte Seca para mais
detalhes).
A Hospedaria Duas Ferroadas
Esta robusta estrutura de madeira e pedra de dois
andares se localiza próxima ao centro da cidade. Com
um grande telhado de madeira sobre a porta, mostran-
do a imagem de um escorpião furioso de duas caudas.
Gwilherm mantém o lugar e sempre se alegra em ver
clientes. Os negócios vêm caindo desde o começo da
tempestade e o mal-estar que se abateu sobre Esker.
Durante o dia, a hospedaria fica vazia; durante a noite,
1d6 moradores se reúnem nas mesas, sussurrando sobre
os acontecimentos. Os personagens poderão ouvir al-
guns rumores se ficarem pelo local.
Respirar é um Privilégio 1
Rumores
d6 Rumor
Alta Atalaia vem eliminando pequenos vilarejos
1 próximos, agora que sua linha de suprimentos
está escassa (falso).
2
As pessoas aqui estão enlouquecendo. A má
sorte vem testando a nossa fé. Se vacilarmos em
nossa crença, a morte vem nos buscar (falso).
Todo o problema começou quando aquele cara,
3 o Simon, apareceu há alguns dias. Alguns dizem
que ele mexe com as artes das trevas (falso).
Eu ouvi dizer que pessoas estranhas têm andado
4 próximo ao velho cemitério durante a noite
(verdadeiro).
Haviam seis acólitos no templo, mas agora eu só
5 tenho visto a Rose e aquele garoto estranho, o
Benjamin (verdadeiro).
6
Um patrulheiro passou por aqui semana passada
e jura que viu alguns homens-fera estranhos pela
região (verdadeiro).
Gwilherm
O proprietário da hospedaria é um homem de meia-
idade ruivo, um bigode grosso e um tom de voz grave.
Gwilherm fica nervoso após ouvir sobre a morte de
Sarah (veja o evento 1) e tem algumas suspeitas, embora
relute em compartilhar. Caso os personagens façam
amizade com ele ou o convençam, ele revela acreditar
que Simon, um recluso recém-chegado a Esker, tenha
alguma coisa a ver com o incidente. Gwilherm sabe que
Simon pratica magia, por isso ele tem se mantido em
silêncio, pois teme a maldição que sua delação pode
trazer à sua vida.
Prego e Tempero
Esta robusta edificação de madeira fica ao sul do poço
localizado no centro da vila. O Prego e Tempero é o
armazém-geral e o depósito de bens necessários para a
vida cotidiana em Esker e para aqueles que se aventu-
ram pela Desolação. A fumaça sobe na parte dos fundos
quando Bardin, o ferreiro, está trabalhando. Tobias, um
homem bonito de cabelos e olhos negros, comanda o
lugar, vendendo suprimentos básicos, armaduras, muni-
ções e armas pelo preço normal.
As armas de fogo compradas no Prego e Tempero são
de uma qualidade excepcional, por isso custam o dobro
do preço listado. Se a jogada de ataque com tal arma re-
sultar em uma falha, jogue 1d6. Em um resultado ímpar,
resolva a falha normalmente. Em um resultado par, a
jogada foi apenas um erro.
Segredo: Tobias é um psicopata (assassino contratado,
SDL 272) se escondendo em Esker. Ele matou sua
esposa e seus quatro filhos em Encruzilhadas, escapou
dos Casacos Marrons e assumiu uma vida nova aqui
no meio do nada. Tobias normalmente põe a sua se-
gurança em primeiro lugar, mas pode acabar usando o
caos criado pela doença e pela tempestade para matar
um morador ou dois.
O Poço
No centro da vila fica o poço da comunidade, com mais
de 30 metros de profundidade e aproximadamente 1
metro de diâmetro. A água do poço é segura para o
consumo.
Contos da Desolação 9
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1 Respirar é um Privilégio
Velha Mansão
Uma mansão caindo aos pedaços fica a oeste do cen-
tro da vila. O lugar pertencia a um senhor menor com
grandes ambições que enxergava um futuro na fronteira.
Ele estava errado! Ele morreu sem dinheiro nas ruínas
emboloradas de sua grande casa. A mansão mudou de
dono muitas vezes até cair nas mãos de um cirurgião, o
doutor Cotchery e sua família. Além do servo autômato
(SDL 229) chamado Eadfrith, ninguém se encontra na
velha mansão durante esta aventura. A família se en-
contra fora de Esker, cuidando de algo mais importante.
Este lugar se torna importante no capítulo 4.
A Residência do Simon
Esta casa em ruínas se escora nas sombras do templo do
Novo Deus. Ela é ocupada atualmente por um indistinto
estranho chamado Simon que veio sabe-se lá de onde.
Os habitantes preencheram seu silêncio com rumores
e especulações. Já que nenhuma resposta vinha do ho-
mem, as histórias só pioraram, e muitas pessoas o tiram
como um feiticeiro bebedor de sangue, um louco ou
mesmo um demônio em forma humana.
Simon
destino quando deixa sua casa. De fato, ele fica fora até
escurecer (veja o evento 3).
Pesquisa Oculta: Um cadeado robusto tranca a porta da
casa quando Simon sai. Um personagem pode abri-lo
com ferramentas ou pode simplesmente arrombar,
o interior aparenta ser uma área de estudos arcanos.
Tomos de ocultismo enchem as estantes, enquanto os
restos preservados de animais servem de decoração.
Dúzias de garrafas etiquetadas contêm vários produ-
tos alquímicos, naturais e mágicos.
Anotações em vários pedaços de papel empoeirados
se acumulam sobre a superfície da mesa baixa, ro-
deados por muitas velas pela metade. Diagramas des-
crevem pedras à deriva (veja o Tumbas da Desolação),
e desenhos mostram figuras esqueléticas extenuadas
com línguas compridas e barrigas inchadas. Todo o
resto sugere um homem vivendo em isolamento, per-
turbado pela perda e pelo pesar. A coisa mais estranha
é um boneco do tamanho de uma criança sentado em
uma cadeira.
Uma pesquisa pelo lugar revela 1d3 objetos encanta-
dos, à escolha do Mestre, e 1 co composta por moedas
de diversos valores.

Simon (bruxa aprendiz, SDL 272) veio a Esker para Outras Construções
fugir de horrores do passado. Ele não é nada do monstro Casas com jardins mal cuidados completam o restante
que as outras pessoas imaginam; ele só está muito mal, da vila. Todas possuem um layout similar: dois quar-
enlouquecido e enlutado. Há um ano atrás, seu filho foi tos pequenos, um aposento comum com uma lareira e
morto e devorado por homens-fera. Ele usou magia para uma área para as refeições. As pessoas que moram em
acabar com os monstros e abandonou a sua antiga vida, Esker são pessoas simples, focadas em
buscando refúgio nos er- mos onde ele poderia seus empregos e em suas famílias.
chafurdar em seu Os detalhes sobre essas pessoas
pesar. A miséria de ficam por sua conta (A tabela de
sua alma, às vezes, Moradores da Vila pode ajudar
o leva à beira da muito). A maioria permanece
loucura, quando em suas casas, o nevoeiro na
ele fala com um região é muito nocivo para se
boneco que passou tolerar por períodos excessi-
a imaginar ser seu vos, e poucos respondem a ba-
filho perdido. tidas nas portas por medo de
Simon conhece o su- permitir que a poeira adentre
ficiente de magia para pre- em suas casas.
ver que uma praga terrível
O Inimigo Oculto
virá abater seu lar adoti-
vo. Quando várias Um carniçal (SDL 233)
pessoas começa- vive em uma casa
rem a exibir os mais afastada, se
sinais iniciais escondendo entre
da doença, ele os habitantes. Os
irá em busca adultos con-
de ingredien- sideram
tes para um o lugar
remédio, abando-
talvez como nado e as
um modo de se crianças
desculpar por sua acreditam
apatia e seus modos que a casa
estranhos. Seu isola- seja assom-
mento auto-imposto faz com brada, portan-
que ninguém saiba de seu to, ninguém se
objetivo, nem de seu verdadeiro aproxima. O carniçal

10 Contos da Desolação
 Licenciado para Wylliam Juvêncio. wylliam.juvencio12@gmail.com
sai durante a noite, se esgueirando até o cemitério, e
desenterra os mortos para se alimentar. Caso seja visto,
ele ataca, preferindo carne fresca à carne podre.
Eventos na Vila
Os eventos seguintes ocorrem em ordem após a chegada
do grupo a Esker. Nesse meio tempo, os personagens
podem explorar a comunidade e fazer o que quiserem.
Evento 1:
Funeral Apressado
Após a sua chegada, os personagens veem as pessoas
(seus amigos e vizinhos, caso sejam de Esker) se reunin-
do no templo do Novo Deus. É um momento curioso
para tal reunião, já que as missas ocorrem pela manhã.
Caso questionem, os personagens descobrem que
acabou naquele instante um súbito serviço funeral para
uma moradora chamada Sarah, uma costureira muito
querida que era conhecida por ser simpática, mesmo
com Simon. Ela estava com trinta e poucos anos, sau-
dável e em forma, portanto sua morte pegou a todos de
surpresa, especialmente por ela ter reclamado de febre
apenas há dois dias.
Arlys Morton, o auto-proclamado prefeito de Esker,
está tentando acalmar os medos dos moradores. Ele esti-
mula a população a prestar suas homenagens à distância
e a retornarem as suas casas até que as autoridades pos-
sam averiguar o que realmente aconteceu.
Morton avista os personagens após a população se
dispersar e se aproxima, caso eles não o procurem antes.
Ele informa que, há uns dois dias, duas pessoas ficaram
muito doentes, da noite para o dia. Desde então, mais
habitantes têm apresentado os mesmos sintomas — fe-
bre, tosse e sonhos estranhos. Sarah foi a única a morrer
até agora.
Caso os personagens resolvam prestar as suas home-
nagens, Morton se apressa a pedir que eles se mante-
nham afastados. Caso não se aproximem, tudo o que
perceberão é que o cadáver aparenta estar seco e pálido.
Qualquer um que insista em se aproximar, apesar das
recomendações de Morton, verifica que o cadáver está
extremamente magro, somente pele e osso, com os lábios
rachados e os olhos fundos no crânio.
Anote cada personagem que examinou o corpo de
perto, seja tocando ou somente chegando à distância
curta do mesmo. Esses personagens se expõem à doença
e podem ser infectados.
Evento 2: Mais Mortes
O primeiro personagem a investigar uma conexão en-
contra a outra pessoa morta em sua casa. O cadáver nas
mesmas condições que a Sarah no evento 1. O choque
da descoberta força os personagens a fazer uma jogada
de desafio de Vontade, ganhando 1 de Insanidade em
caso de falha. Qualquer um que manusear o cadáver ou
chegar até curta distância do mesmo se expõe à doença.
Respirar é um Privilégio 1
Evento 3: Ao Cair da Noite
Em algum ponto após os personagens se recolhe-
rem para dormir, seja em suas próprias casas ou na
Hospedaria Duas Ferroadas, de graça, como pagamento
por sua ajuda, 5 dessecados (TDS 28) entram na vila e
espreitam as ruas. Eles se alimentam de algumas pessoas
que ainda não se abrigaram, começando pelo poço e
seguindo em direção ao templo, para depois atacarem a
hospedaria.
Os personagens que estiverem acordados ouvirão os
gritos quando começarem os ataques. Caso estejam dor-
mindo, o personagem com a Percepção mais alta acorda
primeiro. Após isso, a cada rodada, o personagem com
a próxima Percepção mais alta acorda ( os empates são
resolvidos jogando 1d6). Os personagens que forem in-
vestigar avistam os mortos-vivos atacando os moradores.
O Mestre pode jogar na tabela de Moradores da Vila
para determinar cada uma das vítimas ou apenas esco-
lha alguém.
Não esqueça de modificar as estatísticas dos desse-
cados para cada vítima que eles conseguiram matar.
Caso não sejam impedidos, eles seguirão em frente após
matar algumas vítimas e irão para alguma outra vila.
Qualquer um que examine as vítimas mortas se expõe à
doença.
Os habitantes mortos pelos dessecados se erguem
como novos dessecados 1d6 horas depois.
Evento 4: A Investigação
A alvorada traz o pânico a Esker quando ficam claros
os eventos da noite. As pessoas se reúnem no templo
exigindo por respostas de Morton, Rose e Benjamin,
assim como de qualquer personagem dos jogadores em
alguma posição de liderança. Caso os personagens não
se manifestem, Morton os pressiona em busca de ajuda.
Os personagens conversando com os habitantes podem
conseguir pistas através de interpretação ou jogadas de
desafio, consulte a tabela de Rumores para ver o que os
personagens podem ouvir, embora logo ficará evidente
que todos em Esker culpam o Simon.
Simon
Simon retorna a Esker antes da alvorada e passa a ma-
nhã preparando uma poção que, ele acredita, impedirá
as pessoas de convalescerem ou contraírem a doença
quando esta chega a vila. Infelizmente, ele foi infecta-
do pela Morte Seca há algum tempo e já apresenta um
estágio avançado. Pior ainda, ele encontrou um dos
mortos-vivos no caminho de volta para a sua casa. Ele
escapou, mas não antes de sofrer um ferimento mortal.
Se os personagens forem confrontá-lo em sua casa,
eles encontrarão a porta aberta. Parando para ouvir, eles
escutam um bufar pesado e seco que fica pior a cada
respiração. Dentro, eles encontram Simon deitado em
sua cama, seu corpo apresenta feridas pustulentas e cir-
culares. Embora ele esteja obviamente morto, seu peito
arqueia violentamente. Então, uma longa língua pareci-
da com um tubo emerge de sua boca lacerada e desliza
por sobre o seu peito, ele se ergue como um dessecado
pavoroso.
Contos da Desolação 11
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1 Respirar é um Privilégio
DESSECADO PAVOROSO
Morto-vivo horripilante Tamanho 1
DIFICULDADE 25
Percepção 10 (+0); visão no escuro
Defesa 10; Saúde 40
Força 13 (+3), Agilidade 10 (+0), Intelecto 9 (-1), Vontade 15 (+5)
Deslocamento 10
Imune dano de doença, frio e veneno; ganhar
Insanidade; adormecido, doente, envenenado e
fatigado
Vulnerabilidade ao Fogo Um dessecado recebe o do-
bro de dano de fogo
OPÇÕES DE ATAQUE
Garras (corpo-a-corpo) +3 com 3 dádivas (2d6+2, e o
alvo fica agarrado com 20+ na jogada de ataque)
ATAQUES ESPECIAIS
Dessecar Um dessecado faz uma jogada de ataque de
Força contra a Força de um alvo vivo que ele tenha
agarrado. Em caso de sucesso, o dessecado recebe
um bônus cumulativo de 1d6 em Saúde por 1 minuto
e o alvo sofre 3d6 de dano e fica fatigado por 1 mi-
nuto. Caso o alvo já se encontre fatigado por esse
efeito, ele sofre 3d6 de dano extra.
Enquanto o dessecado possuir esse bônus
na Saúde, ele recebe -4 de penalidade no
Deslocamento e não pode agir em turnos rápidos.
Quando os personagens começarem a lutar contra
o monstro morto-vivo, o fantasma do filho
de Simon se arrasta pela boca do bo-
neco ao final da primeira rodada,
se juntando ao combate como
uma sombra (SDL 265). Caso
seja destruída, a sombra se
refaz no boneco no próxi-
mo pôr do sol. Ele não
deixará a casa durante
o dia.
Conclusão
Após os personagens despacharem o Simon, eles podem
vasculhar sua casa, caso não tenham feito isso antes.
Vasculhar a casa expõe os personagens à doença. Simon
documentou sua pesquisa em um pequeno caderno que
mantém consigo. Suas investigações revelaram que não
se trata de uma doença convencional, mas sim de ori-
gem mágica, conhecida como Morte Seca pelos antigos
Homens de Gog. As misturas, desenhos e notas devem
ser evidência mais do que suficiente para convencer os
personagens — erroneamente — que ele foi a causa da
doença e que eles acabaram com a ameaça. Nenhuma
das misturas é efetiva para combater a doença.
Caso o grupo não investigue a doença ou enfrente os
mortos-vivos em Esker, eles deverão encontrar ameaças
similares em outros lugares, apontando de volta à vila
como o ponto de origem e levando às outras aventuras
neste livro. Porém, abandonar a vila acaba com a repu-
tação dos personagens e impõe 1 perdição nas jogadas
de ataque feitas pra interagir socialmente com os habi-
tantes. Além disso, o dessecado terrível, que era Simon,
eventualmente, abandona sua casa, matando 1d6 mora-
dores da vila antes de ser destruído. A sombra, entretan-
to, permanece na residência e pode atormentar os
personagens nas próximas aventuras.
Exposição
Durante a aventura, os
personagens dos jogado-
res enfrentam diversos
problemas que even-
tualmente os expõem
à Morte Seca. Quando
acabar a aventura,
cada ser vivo faz a
jogada de desafio
descrita na Morte
Seca, anote as falhas
e descreva os efeitos
do estágio 1 da
doença.

12 Contos da Desolação
Areia Através da Ampulheta Licenciado para Wylliam Juvêncio. wylliam.juvencio12@gmail.com
Por Andrew Follett
Dias sombrios chegaram a
Esker, quando uma praga assola
profundamente a comunidade.
A doença se espalha de casa em especialista
casa, vencendo todas as tentati-
vas de cura ou contenção. Enquanto aumentam os doen-
tes, fica claro que Simon, que foi o primeiro suspeito de
liberar este horror na vila, era, de fato, inocente.
Para piorar as coisas, soldados de Alta Atalaia, tendo
sido informados sobre a praga, vieram para fazer um
cordão de isolamento em torno da comunidade. Caso
tenham êxito, eles impedirão que qualquer pessoa entre
ou saia da comunidade. Os personagens, presos na qua-
rentena e possivelmente infectados com a Morte Seca,
se aprofundam mais na história enquanto tentam salvar
seus lares da doença e dos soldados cruéis que querem
queimá-los com todo mundo dentro. Sua investigação
leva a um projeto secreto elaborado pelo sacerdote de
confiança da comunidade, o Padre Mayhew. Os perso-
nagens completam a aventura quando encontrarem e
lerem as anotações do Padre Mayhew.
Areia Através da Ampulheta 2
O Segredo Sombrio
de Padre Mayhew
A pessoa responsável por trazer a praga a Esker foi o pró-
prio Padre Mayhew, o mais respeitado membro da vila e
padre devoto do Novo Deus. Pouco tempo atrás, ele teve
um estranho sonho, onde teria visto Esker, assim como
toda a Extensão Norte, tragada pelos ermos. Mayhew
também sonhou que em algum lugar da Desolação, ele
teria ajuda dos céus para prevenir o apocalipse. Na ma-
nhã seguinte, ele deixou o templo aos cuidados de Rose
e seguiu para os ermos na companhia de quatro acólitos.
No deserto escaldante, o grupo seguiu viagem por
muitos dias antes de avistarem um antigo par de pe-
dras à deriva flutuando pelo céu, cada uma ostentando
antigas construções. Enquanto observavam, as pedras
caíram na terra. Mayhew estava crente de que era um
sinal divino. Ele adentrou na construção empoeirada
mais próxima e lá tocou uma joia presa a uma parede. O
contato preencheu sua mente com palavras estranhas,
instruções do que ele acreditava que poderiam ajudá-lo
a proteger as terras que amava. Mas antes de poder rece-
ber a mensagem completa, uma sombra saída das trevas
fez sua gargalhada louca ecoar por todo o local. O padre
fugiu para salvar sua vida. Seus companheiros não tive-
ram a mesma sorte.
Contos da Desolação 13
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2 Areia Através da Ampulheta
Quando o padre finalmente retornou para casa, ele
se trancou em seu templo e rezou por ajuda espiritual
para traduzir as palavras. Suas orações foram atendidas
por uma visão. Naquela noite, antes de se recolher, ele
realizou o ritual conforme sua compreensão diante de
um barril de água para santificá-la, usando a água para
fazer poções de cura e ungir a população. Ao fazer isso,
ele acreditava proteger a todos da maldição de seu so-
nho. Essa medida, entretanto, teve o efeito oposto. Sua
tradução incompleta liberou a Morte Seca por toda a co-
munidade, que foi piorando a cada dia, clamando mais e
mais vítimas.
A Marcha dos Cruzados
Notícias da praga rapidamente alcançaram a cidadela
mais próxima, Alta Atalaia. Os rumores sobre a letali-
dade da doença e sua resistência aos meios naturais e
mágicos de tratamento causaram muita preocupação,
então o Comandante Edgar Galtry despachou o seu me-
lhor e mais brilhante soldado, o Capitão Matthias Reems
junto com um batalhão de soldados para investigar o
problema. Galtry confiou ao seu capitão favorito toda
a autoridade da cidadela para lidar com a situação da
maneira que achar melhor, mesmo que isso signifique
condenar todos em Esker à morte.
O Pior da Praga
A praga se espalha rapidamente por toda Esker. O Mestre
precisa enfatizar a importância de encontrar uma cura ao
notar o número crescente de pessoas doentes e mortas.
Ao final do terceiro dia de aventura, muitos habitantes da
vila estarão doentes, e aproximadamente três quartos ou
mais da população estarão no estágio 3 ou 4, com cada vez
mais mortes. Mantenha um controle de quais personagens
dos jogadores estão doentes e seus estágios da doença.
Descrever cada sintoma em detalhes deve aumentar a
urgência em ajudar os habitantes e a si mesmos.
Três Dias para
Morrer
A aventura se desenvolve em um período de três dias,
vamos descrever os grandes eventos e atividades a seguir.
Primeiro Dia
A aventura começa assim que os personagens saem em
busca de uma cura mágica para a doença que afeta um
ou mais entre eles. Muitos habitantes fazem fila para ver
o Padre Mayhew no templo do Novo Deus. Os persona-
gens ficaram na fila por algum tempo e agora estão pró-
ximos ao templo, com apenas algumas poucas pessoas a
sua frente. Eles já veem o padre concedendo a proteção
do Novo Deus a todos que se apresentam. Ele umedece
seus dedos em uma pequena pia batismal, traça um
símbolo na testa da pessoa e murmura umas poucas
palavras. Padre Mayhew tenta proteger a todos na fila.
Caso algum personagem se recuse, Mayhew pede de
14 Contos da Desolação
novo educadamente, “para o bem de todos os habitantes
de Esker”, embora ele não pressione uma terceira vez.
Uma vez que o Padre Mayhew complete o seu traba-
lho, ele pede a ajuda ao grupo para conter a doença. Ele
explica que alguns infectados não vieram receber suas
bênçãos e, sem dúvida, sucumbirão à doença se não
receberem ajuda. Em particular, ele pede ao grupo para
checar a família Bittle. Ele os viu há poucos dias, mas
não vieram hoje. Caso o grupo pareça relutante, ele lem-
bra aos nativos de Esker do seu lugar de nascimento e
apela para a sua lealdade. Ele pode até começar a contar
algumas histórias de suas juventudes, como uma mãe
amorosa, tentando convencê-los pela culpa. Uma vez
que os personagens concordem, ou como uma forma de
incentivo, Padre Mayhew dá 2 poções de cura para cada
personagem. Ele também oferece seus serviços de cura
gratuitamente, enquanto ajudarem comas vítimas.
Qualquer um que receba as bênçãos de Padre Mayhew
ou consuma uma poção de cura criada por ele, se ex-
põe à Morte Seca. Fora isso, suas poções funcionam
normalmente.
Os Bittles
Os Bittles são uma antiga família de tecelões, traçando
sua linhagem até os fundadores do vilarejo. Eles vivem e
trabalham em uma casa modesta na extremidade norte
de Esker. Ela possui três cômodos no térreo: um quar-
to para a família, uma cozinha e, na parte da frente da
residência, uma loja e oficina. O andar de cima consiste
de três quartos: um para o casal Bittle e dois outros para
seus quatro filhos, duas meninas e dois meninos varian-
do entre sete e dezessete anos.
O grupo encontra a casa sem problemas. Caso batam
na porta, não encontram resposta; indo até a frente
da loja é possível ver que o lugar está quieto e vazio.
Quando eles investigam o andar de cima, os persona-
gens encontram todos os membros da família mortos,
todos em suas camas, exceto uma, Ma Bittle está no chão
em frente a cama de sua filha mais nova, encarando a
porta, como que zelando por sua filha quando caiu. Caso
os personagens façam qualquer barulho ou mexam
em algo, os cadáveres se erguem como 6 dessecados
(TDS 28). Eles atacam os intrusos, lutando até a morte.
Uma revista pela casa e pelos corpos revela uma tira
de couro grande demais em torno do pescoço da filha
mais nova, que ostenta o símbolo do Novo Deus. Há o
rascunho do pedido de um novo manto para o Padre
Mayhew em uma mesa de costura.
Interrogando o Padre
Caso os personagens perguntem ao Padre Mayhew sobre
esses itens, ele informa que visitou a família há alguns
dias. Ele deu à menina o símbolo sagrado em seu pesco-
ço e encomendou novos mantos, já que os seus estavam
em trapos (Na verdade, eles foram rasgados pelos ventos
fumegantes de sua peregrinação pela Desolação). Ele
não sabe sobre os dessecados — ele foi enclausurado na
última vez em que apareceram. Descobrir sobre essas
criaturas o afeta profundamente.
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Outros Desenvolvimentos
Os personagens são livres para fazer o que quiserem
pelo restante do dia. Qualquer personagem que passe
um tempo ajudando os habitantes pode ser premiado
com Sorte. Outras famílias também podem ter se trans-
formado a essa altura, então é possível que os persona-
gens encontrem outros dessecados ou outras criaturas
mortas-vivas — cadáveres animados (SDL pág. 232), por
exemplo.
Segundo Dia
Antes da alvorada, dez cruzados sob o comando do
Capitão Matthias Reems chegam ao vilarejo e se hospe-
dam na Hospedaria Duas Ferroadas, trazendo rumores
dos motivos de sua chegada. Alguns acreditam que eles
vieram para curar a praga, enquanto outros afirmam que
eles pensam em se aventurar pela Desolação. Alguns
temem que eles vieram para destruir Esker e matar seus
cidadãos para prevenir a praga de se espalhar.
Infelizmente para o vilarejo, os mais pessimistas estão
corretos. O Capitão Reems tem a intenção de purificar
a cidade de seus habitantes e queimar todas as constru-
ções. De início, porém, ele não toma nenhuma ação hos-
til e simplesmente observa. Somente com o a praga se
intensificando suas reais intenções se tornam claras.
Os Cruzados
Os dez cruzados (veterano, SDL 273) usam casacos pre-
tos e máscaras de praga enquanto andam pela vila. Eles
são um grupo frio e sem emoção, sem piedade e sem
arrependimentos pelo que virá a acontecer. Mantenha o
controle de seu número enquanto os eventos progridem,
já que os personagens podem vir a confrontá-los no final
da aventura, se não antes.
Capitão Matthias Reems
Nascido em uma família de comerciantes proeminentes
em Encruzilhadas, Matthias Reems estava destinado a
uma vida de luxo e poder, mas optou por um caminho
diferente. Ele seguiu um chamado para servir ao bem da
população, então abdicou de sua herança para se juntar
aos Casacos Marrons (a guarda de Encruzilhadas).
Entretanto, seu bom coração e senso de justiça não
tinham lugar nessa guarda corrupta e ele brigava não
apenas com os criminosos das ruas, mas também com
os seus companheiros. Em desgosto, ele se resignou a
buscar um trabalho mais nobre.
Os cruzados de Alta Atalaia ficaram satisfeitos em
tê-lo. Lá ele lutou em muitas expedições contra as hor-
das dos mortos-vivos, protegendo os vilarejos locais
e sobrevivendo, apesar de todas as adversidades e ex-
pectativas, contra os horrores criados pela Desolação.
Entre seus companheiros cruzados, encontrou o seu
verdadeiro chamado: ele nasceu para caçar e destruir
os mortos-vivos. Ele trabalhou sem descanso para des-
truir seus inimigos, e quando não estava enfrentando os
zumbis e horrores dos ermos, desenterrava a corrupção
nas fileiras dos cruzados, ele inclusive teve uma mão na
queda de Inman Schultz, o antigo comandante de Alta
Atalaia.
Areia Através da Ampulheta 2
Reems poderia ter levado uma vida impecável, mas
o deus louco do destino o marcou com uma maldição
terrível. Uma noite, ele e seus companheiros caçaram e
enfrentaram um vampiro e sua cria, os perseguindo até
uma ruína antiga rodeada por areia negra. Ele esperava
surpreender os mortos-vivos, ao invés disso, ele os en-
controu esperando e preparados. Um a um, os vampiros
derrotaram os soldados, deixando Reems por último.
Sob o charme da vampira, ele não teve como impedir
o massacre. Enquanto aumentava o horror, sua mente
finalmente caiu nas trevas.
Quando ele acordou na manhã seguinte, ele se viu
intocado, nu e agarrado a Lâmina de Djed, uma relíquia
que lhe garante uma força interna sobrenatural e a cora-
gem para enfrentar os mortos-vivos — a um preço terrí-
vel. Sem o sacrifício periódico de um inocente, Reems se
torna novamente aquela vítima frágil e indefesa deixada
só na areia negra.
Reems é um homem alto e imponente de 1,80m de al-
tura, com um corpo musculoso e feições bem esculpidas.
Para todos, ele aparenta ser um exemplo de tudo o que é
bom. Mas ele possui muitas cicatrizes de suas investidas
contra os mortos-vivos, seu cabelo já é grisalho e olheiras
circundam seus olhos. Qualquer um que encare Reems
em Esker tem a impressão de um homem confiante, um
forte contraste com o seu interior.
MATTHIAS REEMS DIFICULDADE 50
Humano Tamanho 1
Percepção 11 (+1)
Defesa 18 (armadura completa); Saúde 42;
Insanidade 4; Corrupção 2
Força 15 (+5), Agilidade 12 (+2), Intelecto 11 (+1), Vontade 13 (+3)
Deslocamento 8 (com armadura)
Maldição do Sangue Matthias é imune à aflição assus-
tado e recebe apenas metade do dano de armas.
OPÇÕES DE ATAQUE
Espada (corpo-a-corpo) +5 com 2 dádivas (3d6+2)
Lâmina de Djed (corpo-a-corpo) +5 com 2 dádivas
(2d6+2)
ATAQUES ESPECIAIS
Ataque Selvagem Matthias se move até metade do
seu Deslocamento e ataca uma vez com a sua es-
pada e uma vez com a Lâmina de Djed durante o seu
movimento.
Nova Relíquia: A Lâmina de Djed
Este facão antigo, forjado antes da ascensão do Rei-
Bruxo, apresenta uma lâmina serpenteada com gra-
vações profanas em Idioma Sombrio que falam sobre
estabilidade, força e a chacina de vítimas inocentes.
Ornamentos gravados na empunhadura lembram colu-
nas suportando uma estrutura pesada.
Maldição do Sangue A Lâmina de Djed carrega uma
maldição que aflige seu portador com dúvidas e
medos debilitantes, impondo 3 perdições nas suas
jogadas de ataque e de desafio. Caso o portador
mate uma vítima inocente (um ser senciente com 0
de Corrupção) com a lâmina, a maldição é suspen-
sa por 1d3 semanas, mas ele ganha 1 de Corrupção
por alimentar a lâmina dessa forma, o portador não
pode ficar assustado e recebe apenas metade do
dano de ataques com armas.
Contos da Desolação 15
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2 Areia Através da Ampulheta
Outros Desenvolvimentos
Há muitas coisas para manter o grupo ocupado du-
rante o dia; algumas sugestões estão na tabela a seguir.
O Mestre pode escolher os encontros apropriados ou
rolar 1d6 para determinar o resultado aleatoriamente.
Use quantas quiser, mas os personagens precisam, pelo
menos, encontrar o Padre Mayhew.
Desenvolvimentos do dia dois
d6 Encontro
1 Habitante local
2 Cruzado
3 Defesa
4 Vítima
5 Padre Mayhew
6 Capitão Reems
Habitante Local: O grupo pode ajudar um morador que
esteja doente e morrendo trazendo água, ajudando a
aliviar suas dores e destruindo mortos-vivos
Cruzado: Um grupo de 1d3 cruzados (veterano, SDL
273) interroga os moradores. Pode ser uma simples
entrevista ou um interrogatório violento, o Mestre
decide. É possível deixar pistas nas falas dos cruzados
sobre as intenções do capitão.
Defesa: Um grupo de 1d3 cruzados enfrenta 8 zumbis
(SDL 270) que estavam perambulando pelo vilarejo.
Os personagens os reconhecem como pessoas desa-
parecidas por vários dias (um, Randyll, era parte do
grupo do Padre Mayhew que foi para a Desolação),
podendo até mesmo encontrar parentes.
Vítimas: O grupo se depara com 2d6 vítimas da praga
amontoados em um estábulo, Eles são membros de
uma ou duas famílias que os personagens reconhecem
ou são parentes, e estão no momento de seus últimos
suspiros (uns já estão até mortos). Mesmo que os
personagens resolvam ajudar, chegaram tarde demais;
os mortos sucumbiram à praga e se erguem como
dessecados. Qualquer personagem que testemunhe a
transformação precisa conseguir um sucesso em uma
jogada de desafio de Vontade ou ganhar 1 Insanidade.
Caso alguma pessoa amada esteja entre os transforma-
dos, o personagem faz a jogada com 3 perdições.
Padre Mayhew: Decida se o padre encontrou ou não
o capitão cruzado, pois isso determina como será o
encontro com o padre. Caso não o tenha encontrado,
Padre Mayhew sabe pouco sobre os objetivos dos cru-
zados, mas se mantém convicto em ajudar as vítimas
da praga e cooperar com o Capitão Reems.
Caso os personagens se encontrem com Mayhew
após seu encontro com Reems, o padre aparenta estar
ansioso e preocupado. Ele está tendo problemas em
conciliar suas visões recentes com os acontecimentos
da cidade. Ele insiste que os cruzados vieram apenas
para observar e reportar a Alta Atalaia, mas ele des-
cobriu duas coisas importantes enquanto esteve com
Reems. Um sucesso em uma jogada de desafio de
Percepção revela que o padre está escondendo algo.
16 Contos da Desolação
De fato, Padre Mayhew sabe que Reems planeja des-
truir a cidade, caso a praga não comece a regredir. O
que mais o está perturbando é que, enquanto encarava
os frios olhos azuis de Reems, o padre teve a visão que
mostrou a si mesmo como o responsável por espalhar
a praga através de suas bênçãos e orações. Mayhew
planeja retornar ao deserto esperando encontrar um
meio de acabar com a praga antes que os cruzados
destruam Esker. Ele pede ao grupo para confortar as
vítimas e os alerta para não interferir ou provocar os
cruzados.
Quando cai a noite, Padre Mayhew se esgueira
para fora do vilarejo. Caso os personagens o vigiem,
Mayhew usa sua acolita, Rose, como distração — por
exemplo, pondo fogo em algo para iniciar um alarde
— para assim ele poder escapar.
Capitão Reems: O capitão cruzado chega com frieza e
indiferença. Ele interroga os personagens sobre o que
sabem e seu envolvimento com a praga, especialmente
a sua participação nos eventos iniciais. Ele fica espe-
cialmente atento aos personagens que apresentam os
sintomas da doença.
Terceiro Dia
No terceiro dia, quase todos na vila estão infectados.
Três quartos da população apresentam o estágio 4 da
doença, com o restante ou morto ou desaparecido. O
grupo frequentemente encontra as vítimas convalescen-
tes da praga.
Como no dia anterior, há vários desenvolvimentos
possíveis. O Mestre pode escolher ou jogar um d6 para
determinar o resultado aleatoriamente, utilizando quan-
tos eventos preferir até o cair da noite.
Desenvolvimentos do Dia três
d6 Encontro
1 Cruzados
2 Mortos Vivos
3 Pira fúnebre
4 Quarentena
5 Pilhagem
6 O desaparecimento de Padre Mayhew
Cruzados: Um grupo de 1d3 cruzados, incluindo
Matthias Reems, inspeciona as casas da vila em busca
de sintomas da praga. Eles marcam as casas das
pessoas infectadas com um X vermelho na porta da
frente, assim como o número de cadáveres encontra-
dos em seu interior.
Mortos Vivos: Vagando pelas ruas, 2d6 dessecados (de
até duas famílias conhecidas ou aparentadas dos per-
sonagens) emergem de casas vizinhas e atacam. Além
disso, pequenos grupos de cruzados podem estar
lutando com grupos de 1d6+3 dessecados.
Pira Fúnebre: Um grupo de 1d3 cruzados levam os
corpos das vítimas mortas ao centro da cidade para
serem incendiados. Após abençoarem a pira, 1d3
dessecados se levantam das chamas, fumegando. Essa
cena grotesca é especialmente perturbadora já que os
personagens são amigos ou parentes dessas pessoas;
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Areia Através da Ampulheta 2

cada personagem testemunhando esse evento precisa
de um sucesso em uma jogada de desafio de Vontade
ou ganha 1d3 Insanidade.
Quarentena: Um grupo de 1d3 cruzados encurrala
habitantes da vila (os amigos e as famílias dos perso-
nagens) em uma zona de quarentena.
Saques: Um grupo de 1d3 cruzados saqueia as casas
abandonadas das vítimas fatais.
O Desaparecimento de Padre Mayhew: Caso os perso-
nagens procurem por Padre Mayhew, eles não o en-
contram em lugar nenhum. Rose afirma que ele está
tratando dos enfermos da vila, mas um sucesso em
uma jogada de desafio de Percepção com 1 perdição re-
vela que ela está mentindo. Além disso, os habitantes
abatidos do vilarejo afirmam não tê-lo visto o dia todo.
Caso o grupo decida investigar o templo, Rose faz o
possível para dissuadi-los, Porém, caso persistam, eles
confirmam a ausência do padre — ele saiu durante a
noite anterior.
O Anoitecer
Reems ordena aos seus cruzados para destruírem a vila,
com exceção do templo do Novo Deus. Seus cruzados
tentam incendiar todas as construções e matar cada
homem, mulher e criança, arremessando seus corpos
em uma pira comunitária. Os personagens encontram
diversos grupos menores de 1d3 cruzados no ato e, pro-
vavelmente, os enfrentam para salvarem sua vila.
O Templo do Novo Deus
O Capitão Reems se encontra nos aposentos de Mayhew
no interior do templo. Ele se encontra sentado atrás de
uma mesa, lendo as anotações apressadas do padre. No
centro do chão, o cadáver de Rose se encontra estirado
sobre uma poça de sangue, com o pescoço cortado.
Reems explica que as anotações são a prova dos planos
diabólicos de Mayhew para amaldiçoar a vila e trans-
formar os seus habitantes em monstros mortos-vivos.
Seu dever agora é expurgar Esker de todas as vítimas da
praga. Todos que foram expostos, incluindo os persona-
gens, devem morrer pelo bem de Alta Atalaia. Ele ataca,
fortificado pelo sangue inocente de Rose.
Caso os personagens leiam as anotações, tudo leva a
crer que, de fato, o Padre Mayhew disseminou a praga.
Suas anotações descrevem as visões da condenação imi-
nente, sua jornada até a Desolação, as pedras à deriva e
o local do ritual necessário para salvar sua comunidade.
Também, nessas páginas, eles encontram um rascunho
de um mapa feito à mão mostrando o caminho pela
Desolação até as ruínas, assim como a sua visão ao en-
carar os olhos do Capitão Reems. A última página de
seu caderno explica que Mayhew deve retornar ao lugar
onde ele encontrou o ritual para buscar a ver-
dadeira cura. (Essa pista deve conduzir o grupo
ao capítulo 3, “Pó de Múmia”).
Caso os personagens derrotem o Capitão
Reems, eles encontram duas poções de cura
imaculadas e as chaves para um quarto na
Duas Ferroadas em seu cadáver. Em seu
quarto há 2 co, 12 xp, 3 cc e 6 poções de cura
imaculadas, assim como 4 poções de panaceia.

Contos da Desolação 17
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Pó3 de Múmia
Pó de Múmia
Por Nat Webb
Padre Mayhew desapareceu da
vila de Esker e suas anotações
sugerem que ele retornou às ruí-
nas que descobriu na Desolação. especialista
Durante o curso desta aventu-
ra, os personagens dos jogadores devem desbravar os
perigos da Desolação, entrar nas ruínas descobertas por
Mayhew, e desvendar os segredos da praga que o padre
trouxe ao povo de Esker.
O Feiticeiro Vingativo
Padre Mayhew teve a infelicidade de esbarrar com um
antigo mal. Em um passado distante, Xerras, a Noite
Sedenta, o vampiro feiticeiro de Gog, falhou para com
seu mestre senhor da morte e foi sepultado com muitos
de seus seguidores em uma estrutura construída na
lateral de uma pedra à deriva. Recentemente, a magia
mantendo a pedra flutuando falhou, e esta caiu no solo,
despertando Xerras de seu sono secular.
Enquanto o morto-vivo despertava de seu sono, ele
descobriu seu lar profanado pelos homens e mulheres
sagrados liderados por Padre Mayhew. O furioso Xerras
enviou seus lacaios para erradicar a todos. Ele poupou
apenas o padre, para que viesse a liberar a praga que
Xerras usou para criar seus dessecados uma vez mais na
terra dos vivos.
Descrevendo a Desolação
A Desolação é sombria, perturbadoramente quente e seca
— uma paisagem faminta de vida. Ela é abundante em pe-
rigos: vampiros lendários, tumbas enegrecidas se erguendo
das areias escaldantes, horrores mágicos e tempestades de
areia letais. Eternos lembretes da morte sempre estão muito
próximos. O Mestre deve enfatizar esses aspectos enquanto
descrever o mundo aos seus jogadores.
Nas Areias
A aventura começa com o grupo seguindo o seu cami-
nho a partir de Esker através da Desolação até o comple-
xo de Xerras. O mapa feito por Mayhew quando seguiu
sua primeira visão não será impresso aqui, mas apresen-
ta uma rota clara até seu destino. Embora sendo certo
que o grupo não tem como se perder, cruzar a Desolação
é perigoso, na melhor das hipóteses.
Viajando na Desolação
Viajantes dos ermos se expõem ao risco de encontrar
muitas coisas medonhas, porém o próprio ambiente é
a maior de suas ameaças. As regras para exploração e
viagem em Shadow of the Demon Lord apresentam os de-
safios da viagem pela Desolação e estão resumidas aqui.
18 Contos da Desolação
Tempo de Viagem
Os detalhes exatos do caminho a ser seguido importam
menos do que o tempo pelo qual os personagens se ex-
põem aos elementos e à praga que, sem dúvida alguma,
infectou alguns ou todos os personagens. Portanto, o
tempo de viagem (em horas) é mais relevante que a dis-
tância, assumindo que os personagens se desloquem ao
ritmo de caminhada. Se eles forem cuidadosos, o tempo
de viagem é dobrado, e os personagens fazem jogadas de
desafio de Percepção com 1 dádiva. Caso se apressem, o
tempo é encurtado pela metade e as jogadas de desafio
de Percepção são realizadas com 1 perdição.
Caso os personagens sigam em marcha forçada para
viajarem por mais de 8 horas em um mesmo dia, eles
correm o risco de exaustão. Ao final de cada hora de
viagem excedendo as 8 horas, cada personagem viajan-
te precisa de um sucesso em uma jogada de desafio de
Força (com 1 perdição, caso sigam apressados) ou receber
1d6 de dano e ficar fatigado até completar um descanso.
Exposição
Criaturas vivas viajando pela Desolação correm o risco
de exposição durante as horas mais quentes do dia. Uma
vez a cada hora de 11 da manhã até 3 da tarde em que
uma criatura viaje, ela deve fazer uma jogada de desafio
de Força. Caso falhe, a criatura fica fatigada. Caso já
esteja fatigada, ela recebe uma penalidade cumulativa
de 1d6 em sua Saúde. Essa penalidade permanece até a
criatura não estar mais fatigada e nem exposta ao clima
inóspito. Uma criatura que receba essa penalidade tam-
bém ganha 1 Insanidade, graças ao calor enlouquecedor
da Desolação. Uma criatura fatigada pela exposição
remove a aflição quando completar um descanso em um
ambiente confortável.
Um grupo viajando durante a noite não corre o risco
de exposição ao calor, mas é mais provável que encontre
criaturas perigosas (veja a seguir).
Encontros Aleatórios
A cada 4 horas de viagem, jogue 1d6. Um encontro
aleatório ocorre em um resultado 1 durante o dia e 1 ou
2 durante a noite. Caso ocorra um encontro, jogue 1d6 e
encontre o resultado na tabela abaixo para um encontro
aleatório ou consulte a descrição da região percorrida
pelo grupo para resolver o encontro (consulte o Tumbas
da Desolação para estas criaturas). Sinta-se livre para
ajustar os encontros conforme necessário, especialmente
se o mesmo resultado aparecer múltiplas vezes, para
manter as coisas interessantes.
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Encontros na Desolação
d6 Encontro
1d6 amputados (de um mesmo cadáver)
1 rastejando.
2 1d6 enxames de tatuí cavando em volta do
grupo.
3 1d6 cactos sussurrantes às margens de uma
poça enlameada de água.
1d6 salamandras estão separadas de seu grupo
de guerra e desejando negociar. Elas falam
apenas o Ignidioma, mas são inteligentes o
suficiente para se comunicar por gestos e por
4 desenhos na areia. Elas buscam informações
geográficas sobre a região, de preferência um
mapa, e podem alertar os personagens sobre
uma ameaça local ainda não encontrada pelo
grupo.
5 1d3 dessecados se erguem da areia.
1 grande besouro com chifres se alimentando
6 dos restos mortais de um grupo de aventureiros.
O Mapa de Mayhew
As sessões seguintes representam o geral das áreas do
caminho mostradas no mapa.
1. Planícies de Pedra (4 horas)
As planícies de pedra que marcam a entrada da
Desolação são desanimadoramente estéreis e compassi-
vamente fáceis de atravessar. Após passarem pela região,
o grupo pode escolher continuar pelos campos de ossos
(área 2) ou pelos ermos de cinzas (área 3).
2. Campos de Ossos (6 horas)
Marcada por crânios no mapa de Mayhew, esta região
de ossos de animais e de humanoides amontoados é
difícil de atravessar e apresenta muitos perigos. Caso um
encontro aleatório aconteça aqui, role 1d6 para deter-
minar se são 1d6 guardas de ossos (SDL 251), em um
resultado de 1 à 3 ou; uma máquina de ossos (SDL 258),
caso o resultado seja de 4 à 6, ao invés de usar a tabela de
Encontros na Desolação.
Os campos de ossos contam como terreno difícil (já
considerado para o tempo de viagem). Após cruzar a re-
gião, o grupo chega a um oásis (área 4).
3. Ermos de Cinzas (3 horas)
Marcado com a legenda “Randyll foi enterrado aqui”
no mapa de Mayhew, os ermos de cinzas são repletos de
uma areia grossa e aderente que anseia engolir a todos
que passam através dela. Ao final de cada hora, uma
criatura viva que atravesse pelos ermos de cinzas deve
fazer uma jogada de desafio de Força. Em caso de falha,
a criatura recebe uma penalidade de 1d6 na Saúde e fica
fatigada. Caso a criatura já esteja fatigada, a penalidade
se agrava em 1d6. A penalidade e a aflição perduram
por 1d3 dias; porém, ambas são removidas por qualquer
efeito que remova a aflição doente. Após cruzar a região,
o grupo chega a um oásis (área 4)
Qualquer busca pelo túmulo de Randyll se mostra
infrutífera; o morto se levantou como um zumbi e se ar-
rastou de volta à Esker.
Pó de Múmia 3
4. Oasis
O oásis está claramente marcado no mapa de Mayhew,
um porto seguro para os viajantes da Desolação. Há
água e sombra em abundância, e qualquer um pode
descansar confortavelmente aqui. Porém, um escorpião
gigante (TDS 29), atraído pelo grande número de coisas
gostosas que passam pela região, ataca se a qualquer
momento todos os membros do grupo dormirem. Se
apenas um personagem se mantém desperto de guarda,
o escorpião pode ainda se sentir encorajado, atacando
o guarda em um resultado de 1 em um d6. Em qualquer
outra situação, os personagens de guarda apenas ouvem
a fera farfalhando pela escuridão da noite. Nenhum
outro encontro acontece aqui.
Atravessando o oásis, o grupo segue para as dunas er-
rantes (área 5)
5. Dunas Errantes (2 horas)
Este trecho do deserto apresenta ventos arrastando nu-
vens de areia e é facilmente transposto. Após passar por
essa área, os personagens podem escolher o atalho pelos
cânions da cabeça de cachorro (área 6) ou continuar por
uma vasta região de dunas errantes (área 7). Qualquer
escolha conduz os personagens até a cidadela em ruínas
de Xerras (área 8).
6. Cânions da Cabeça
de Cachorro (4 horas)
Os ventos através destes cânions labirínticos soam
como um animal uivando, uma característica usada
pelos homens-fera da região para camuflar seus uivos
de guerra. Uma matilha de 6 anubim (TDS 30) atiram
nos jogadores a uma distância longa. Qualquer ataque
à distância bem-sucedido contra a matilha os dispersa
em terror por meia hora. Esforços para confrontá-los
corpo-a-corpo fazem com que os anubim corram para as
dunas próximas. Tentativas infrutíferas são recompensa-
das com uivos de escárnio (e mais tiros de arco). Caso o
grupo simplesmente fuja, os anubim mantém o ritmo e
continuam a seguir incessantemente com sua zombaria,
mas sem atacar.
7. Mais Dunas Errantes (6 Horas)
Esta parte das dunas é assombrada por diabos da poeira.
Caso aconteça um encontro aleatório nessa região, o
grupo se depara com 1d3 diabos da poeira (TDS 29) ao
invés de rolar na tabela de Encontros na Desolação.
8. A cidadela de Xerras, a Noite Sedenta
Pela cidadela arruinada existem múltiplas construções,
mas o mapa de Mayhew e sua trilha recente levam dire-
tamente a uma: a Capela Negra.
Contos da Desolação 19
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3 Pó de Múmia
A Capela Negra
A trilha de Mayhew leva a uma impo-
nente estrutura feita de obsidiana. A
Capela Negra está parcialmente en-
terrada pelas areias em movimento,
mas a metade superior de sua imensa
porta de entrada está aberta no pico
de uma pequena duna. O vento
limpou as pegadas mais antigas, mas
uma verificação (e um sucesso em
uma jogada de desafio de Percepção
com 1 perdição feita por qualquer
personagem com uma profissão
apropriada) mostra as pegadas mais
recentes entrando e então novamente
saindo. Estas são as pegadas feitas por
Xerras para mumificar Mayhew (veja
abaixo na área 10).
As informações sobre as áreas
da Capela Negra estão descritas a
seguir. Algumas contêm o subtítulo
“Retornando”. Este texto descreve
as mudanças que ocorrem na área
após os personagens enfrentarem
o confronto final e tentarem sair da
Capela Negra. Chegar até a câmara
ritualística é fácil, mas sair é muito
mais difícil.
1. Corredor de Entrada
Esta longa e alta câmara contém
duas fileiras de colunas imponentes
levando até uma grande porta dupla
ao final do corredor. A porta está
aberta e uma luz vermelha vem do
outro lado.
Colunas: Desenhos abstratos escul-
pidos nas colunas confundem e per-
turbam a mente. Qualquer um que as
examine deve obter sucesso em uma
jogada de desafio de Vontade com 1
dádiva ou ganhar 1 Insanidade.
Retornando
Três revenantes (TDS 32), trigê-
meos idênticos usando mantos
negros e justos, aguardam aqui para
impedir os personagens em nome
de Xerras. Estes são os servos mais
fiéis e são chamados X, Y e Z. Caso
sejam derrotados e interrogados, eles
informam ao grupo que Xerras está a
caminho de Esker com uma legião de
mortos-vivos.
2. Câmara da Celebração
No centro desta câmara grande e
circular está uma estátua de 6 metros
esculpida em obsidiana que exibe um
homem magro de robe com os braços
estendidos. Veias vermelhas na pedra

20 Contos da Desolação
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Pó de Múmia 3
emitem um brilho lúgubre. Um altar baixo está
aos pés da estátua com uma figura humanoide
ressecada sobre ele. As paredes estão repletas de
esculturas perturbadoras. Há portas nas paredes
a leste e a oeste.
Terra Morta: Este espaço foi construído em uma
rústica área circular de terra morta, que abafa a
magia. Criaturas nessa câmara tem um redutor
de -3 em Poder (mínimo 0).
Estátua: Esta é uma representação de Xerras. Há
algo sobrenatural na expressão do homem,
um olhar sombrio e faminto. De qualquer
forma, ele exibe uma ideia de poder antigo e
imensurável.
Altar: O altar é um bloco liso de obsidiana. O cor-
po sobre o altar é um cadáver dessecado usando
vestes manchadas de um acólito do Novo Deus.
Porta Oeste: Esta porta leva à área 3 e está parcial-
mente aberta.
Porta Leste: Esta porta fechada leva à área 6 e está
trancada. Ela pode ser aberta com um sucesso
em uma jogada de desafio de Agilidade com 1
perdição utilizando uma profissão apropria-
da; também há uma chave na área 5.
Esculturas: Esculturas detalhadas nas paredes
mostram uma figura usando um manto, clara-
mente é o mesmo homem da estátua, ele de-
monstra as etapas de um ritual que finaliza com
a criação de um dessecado. No clímax do ritual,
ele é demonstrado soprando um tipo de poeira
no rosto da vítima. A cena final mostra múltiplos
dessecados atacando um grupo de humanos.
3. Corredor Oeste
Um imenso corredor se estende ao norte, terminando
em uma porta entreaberta. Uma parede possui dez blo- Tinas: Duas estão vazias, mas uma está úmida e tem um
cos de jade com gravações da mesma figura usando um dedo de óleo no fundo.
manto com dizeres distintos como “A Noite Sedenta”, “O Porta: Esta porta pesada de madeira não é aberta há sé-
Orador da Liturgia” e “Pai dos Sedentos”. Elas podem culos. Está bem emperrada, precisando de um sucesso
ser removidas da parede e valem 1 co cada. O padrão em uma jogada de desafio de Força com 1 dádiva para
das gravações revela as armadilhas do chão do corredor abri-la. A madeira faz muito barulho quando a porta é
norte (área 8). Veja a ilustração para maiores detalhes. aberta. Ela leva à área 5.
4. Sala da Preparação 5. Câmara do Sumo Sacerdote
Esta pequena sala é, claramente, usada para preparar Esta sala simples contém um colchão baixo, uma
cadáveres para a mumificação. Rodeando a mesa central pequena escrivaninha e prateleiras com pergaminhos
estão prateleiras com jarros em diversos tamanhos. junto à parede. Uma grossa camada de poeira cobre
Trapos de linho estão jogados pelo chão. Três grandes tudo na sala.
tinas estão em um dos lados da sala. Há uma porta
Escrivaninha: A mesinha está vazia, mas há uma gaveta
fechada ao norte.
trancada. Em seu interior está a chave para o corredor
Jarros: Muitos destes recipientes guardam ossos frágeis leste (área 6). Um personagem com o treinamento cer-
e unguentos antigos já empedrados, mas algumas das to pode destrancar a gaveta com um sucesso em uma
prateleiras mais próximas contêm órgãos frescos em jogada de desafio de Agilidade ou forçar sua abertura
salmoura. Os personagens não treinados em medi- com uma jogada de desafio de Força feita com 1 perdi-
cina que os vejam precisam de um sucesso em uma ção e muito barulho.
jogada de desafio de Vontade com 1 dádiva ou ganham
Prateleiras dos Pergaminhos: Estas prateleiras altas,
1 Insanidade.
com nichos em forma de colmeia, estão cheias de per-
Linho: Estas faixas são todas novas e parecem trapos gaminhos antigos. Qualquer um com Percepção 13 ou
recentemente recortados de um rolo maior. maior, ou que consiga um sucesso em uma jogada de

Contos da Desolação 21
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3 Pó de Múmia
desafio de Percepção, nota que a prateleira na parede caso. A Liturgia é uma questão fundamental para o
esquerda parece pouco firme. A inspeção revela na capítulo 4.
parede por trás da prateleira uma porta secreta que Retornando
leva para o exterior.
Alguns pergaminhos viram pó ao menor toque, ou- Uma vez que todos os personagens estejam no corredor,
tros são hinos à grandeza e às habilidades mágicas de 4 dessecados (TDS 28) da cova abaixo se erguem dos
alguém chamado Xerras, e alguns contêm instruções pontos fracos no chão. Os outros dessecados na cova
sobre a criação de múmias. se erguem lentamente também, e podem ser utilizados
para atormentar os personagens durante o resto da
6. Corredor Leste aventura.
Este grande corredor leva ao norte até uma porta de pe- 7. Câmara da Pureza
dra fechada com algo brilhando em seu centro. O chão
tem uma aparência multicolorida. Esta pequena câmara quadrada possui a porta aberta na
Abaixo desse corredor há um grande poço cheio de parede oeste. A poeira cintila no ar.
dessecados (TDS 28). Eles estão em um estado de tor- Porta: A porta abre facilmente e leva à área 8.
por, mas despertam caso sejam provocados, ou após Poeira: Esta é a poeira usada nos rituais malignos de
Mayhew ser derrotado (veja a área 10). Xerras; todos que se aproximarem da Câmara Ritual
Chão: O chão é feito de dois materiais diferentes, are- devem se purificar espiritualmente respirando esta
nito e barro de cor clara. Os personagens com uma poeira. Os personagens que entrarem, e que ainda
profissão relevante em construção, reparo, mineração não contraíram a Morte Seca, se põem em risco de
ou algo parecido podem dizer que o chão foi preen- serem infectados pela praga. Os cultistas mais
chido com barro recentemente e que essas áreas sábios de Xerras foram capazes de se
remendadas podem ser quebradas por uma criatura curar da maneira apropriada
determinada. permitindo que a
Porta: Esta porta quase lisa possui uma pedra preciosa Liturgia do
preta-alaranjada do tamanho de um punho em um Destino
encaixe enferrujado e escavado na altura do olho
humano. Qualquer pessoa examinando a pedra de
perto deve conseguir um sucesso em uma jogada de
desafio de Vontade com 2 perdições ou ter a Liturgia
do Destino Encharcado gravada em sua mente. Os
personagens podem escolher aceitá-la sem resistência.
Ao pressionar a pedra, faz a porta abrir para a
Câmara da Pureza (área 7). A pedra pode ser
facilmente removida de seu encaixe, reve-
lando o mecanismo que abre a porta.
Ela vale 20 co e mantém a sua habili-
dade de transmitir a Liturgia após
ser removida.
Caso os personagens des-
truam a pedra, o conhe-
cimento do ritual será
perdido em definitivo (o
que condenaria Esker),
ou o Mestre pode fazer
com que o Padre Mayhew
revele a Liturgia para o
grupo durante o encontro na
Câmara Ritual (área 10).
Liturgia do Destino Encharcado:
Uma voz masculina profunda entoa
em Dialeto Sombrio, o idioma antigo dos
Gog, dentro da mente de qualquer um que
receba a Liturgia. A mensagem dita um ritual
para remover a praga causada pela poeira de
Xerras, mas está adulterada e com informa-
ções relevantes faltando em alguns pontos. Os
personagens que levem a Liturgia em suas
mentes podem recitar o que sabem mesmo
que não falem o Dialeto Sombrio, embora
não possam traduzir ou compreender nesse

22 Contos da Desolação
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Encharcado entrasse em suas mentes pela pedra da
área 6.
8. Corredor Norte
Este corredor curto leva a uma porta de pedra fechada
em seu fim. Um cadáver seco está no chão na metade do
corredor. O chão é ladrilhado com nove fileiras de azu-
lejos alternados entre pedras marrons claras e escuras,
cada uma com 1 metro.
Cadáver: O corpo está encarando a parede norte do
corredor. Sua mão direita está esticada e mal toca a
parede. Empurrar a área que o cadáver indica faz com
que um painel deslize, revelando uma câmara secreta
de tesouro (área 9).
Porta de Pedra: Esta porta se abre facilmente para a
área 10.
Paredes: Há buracos do tamanho de dedos a um
metro de altura em ambas as paredes por toda a sua
extensão.
Chão: Dez azulejos no chão, espalhados de maneira
mais ou menos aleatória pelo corredor, ativam arma-
dilhas que atiram flechas das paredes. O arranjo des-
ses azulejos que ativam a armadilha segue exatamente
o padrão das esculturas de jade inseridas na parede da
área 3. Qualquer personagem pisando nesses azulejos
precisa de um sucesso em uma jogada de desafio de
Agilidade ou será alvo das flechas, rece-
bendo 2d6 de dano.
9. Câmara do
Tesouro
Esta câmara do tama-
nho de um armário
contém os restos
de um humanoide,
morto claramente
há algumas poucas
semanas. Ele está
jogado sobre alguns
cálices dourados e
tapeçarias.
Pó de Múmia 3
Cadáver: O exame sugere que o corpo pertença a um
dos acólitos que acompanharam Mayhew durante sua
expedição. A pessoa aparentemente morreu de um
ferimento de flecha infeccionado.
Cálices: Estes seis cálices dourados valem 3 co cada um.
Tapeçarias: Três tapeçarias pequenas, porém bem tra-
balhadas, valendo 1 co cada uma.
10. Câmara Ritual
Uma imensa placa de arenito está no meio da câmara.
Uma múmia (TDS 32) está estirada sobre ela. Em volta
desta se encontram três cadáveres ressecados em posi-
ções diferentes. Pinturas rústicas com um estilo antigo
cobrem as paredes mal-acabadas. O cheiro de óleo está
pesado no ar, e o único som é um lento gotejar que cai
das bandagens ensopadas da múmia. Quando alguém
entrar na sala, ela se levanta da placa com uma velocida-
de surpreendente e ataca!
Múmia: Este é (ou foi) o Padre Mayhew, mumificado
recentemente por Xerras. Suas bandagens ainda
úmidas se soltam durante o conflito, revelando o
cadáver do padre por debaixo. Uma vez que a múmia
tenha recebido 70 de dano ou mais, sem ser destruí-
da, ela para de lutar e balança a cabeça em confusão,
recuperando parte de seu livre arbítrio. Caso o grupo
o poupe, Mayhew revela como foi usado no esquema
maligno de Xerras. Ele tinha a fé
de estar realmente ajudando
as pessoas de Esker até
Xerras capturá-lo
e torturá-lo por
informações sobre
Esker e sobre Alta
Atalaia. Ele acre-
dita que o vampiro
esteja indo em di-
reção a Esker neste
momento. Em
seu último desejo,
Mayhew implora
pela doce liberdade
da morte.
Contos da Desolação 23
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Tempestade
4
do
Tempestade do Destino
Destino
Por Greg Marks
Voltando apressados da Capela
Negra, com a possível cura para
a praga em mãos, os persona-
gens chegam à Esker ao mesmo especialista
tempo em que uma terrível tem-
pestade de areia. Com os moradores buscando refúgio
em seus lares e os mortos-vivos espreitando as ruas, eles
precisam organizar a misteriosa Liturgia, encontrar to-
dos os componentes e completar o ritual antes que seja
tarde demais. Os personagens completam a aventura
quando finalizarem o ritual e purificarem o vilarejo.
A Liturgia do
Destino Encharcado
Toda magia pode ser desfeita, mas não sem um alto
custo. O mesmo vale para a doença mágica chamada de
Morte Seca, a qual o Padre Mayhew inadvertidamente
liberou em Esker. Xerras enterrou o conhecimento para
desfazer a praga dentro da Capela Negra para a seguran-
ça de seus seguidores. Porém, o tempo levou parte dos
detalhes do ritual, de modo que os personagens, mesmo
tendo decorado o ritual, não sabem exatamente como
realizá-lo.
Caso os personagens não saibam o Dialeto Sombrio:
Eles deduzem que o ritual pode suprimir ou desfazer a
maldição que recai sobre o povo de Esker, mas somen-
te alguém que compreenda o Dialeto Sombrio pode
determinar o que eles precisarão para realizar o ritual.
Caso os personagens conheçam o Dialeto Sombrio: Ao
rever o ritual é revelado que os seguintes itens se fa-
zem necessários para desfazer a doença amaldiçoada:
uma grande quantidade de óleo (aproximadamente
cem frascos), um grande barril ou tina, grande o sufi-
ciente para mergulhar uma pessoa, um punhado de
sementes de anis, um punhado de folhas de louro, um
barril com água e, aproximadamente, cinco quilos de
sal. Após criar um círculo de sal ao redor da tina cheia
com as ervas e o óleo, cada um dos infectados precisa-
rão ser mergulhados enquanto uma frase ritualística
é entonada. Uma vez que todos tenham sido “batiza-
dos”, eles precisarão beber um copo d’água enquanto
uma pessoa fala em voz alta um encantamento final,
que leva 6 rodadas para ser completado. O efeito exato
do ritual não é conhecido, mas completá-lo certamen-
te curará a doença.
O que os personagens não sabem: Completar o ritual
faz com que toda a água perdida durante o curso da
doença retorne instantaneamente, possivelmente
matando a vítima infeliz, mesmo que o cure.
Começando
A aventura começa com o retorno dos personagens à
Esker. O Mestre deve fazer com que aqueles que não
24 Contos da Desolação
estavam presentes no final da aventura anterior se
juntem aos personagens antigos durante o caminho de
volta.
Enquanto o grupo se aproxima da vila, eles são sur-
preendidos por uma tempestade de areia furiosa. Os per-
sonagens podem fazer jogadas de desafio de Percepção
para notarem que a tempestade não parece ser natural e
que ela aparentemente os segue. Personagens com sentir
magia ou habilidades similares são capazes de confirmar
que a tempestade não é natural. Ela permanece sobre
Esker pela duração da aventura.
Efeitos da Tempestade: Embora violentas tempestades
de areia assolem a Desolação, essa tempestade de
areia não é tão perigosa. A região fica severamente
obscurecida e criaturas se movendo pela região a con-
sideram como um terreno difícil. A cada vez que um
personagem entra na tempestade de areia e no final de
cada hora exposto a ela, ele precisará de um sucesso
em uma jogada de desafio de Força com 1 perdição ou
receber 1 de dano e ficar cego até que encontre abrigo
contra a tempestade. Ataques à distância são feitos
com 2 perdições a uma distância curta e são impossí-
veis além dessa distância.
Desenvolvimentos Anteriores
Os cruzados começaram a incendiar a comunidade ao final
do capítulo 2, caso não tenham sido impedidos pelos perso-
nagens dos jogadores. Nesse evento, os habitantes poderiam
se unir, enfrentar os cruzados e salvar algumas poucas
construções, embora a maioria das residências tenha sido
destruída. Cada um dos seguintes locais é como descritos,
porém queimados pelas chamas e severamente danificados.
A Morte nas Ruas
Os personagens chegam à vila durante o pôr do sol,
no momento exato em que a tempestade os atinge em
cheio, forçando-os a buscar abrigo. Eles ouvem um pe-
dido de ajuda e visualizam a silhueta de um morador da
vila vindo em sua direção, com os detalhes encobertos
pela tempestade e um choro quase inaudível por causa
dos fortes ventos. Os personagens que obtiverem sucesso
em uma jogada de desafio de Percepção com 3 perdições
podem afirmar que a pessoa é uma mulher, com um
sotaque estranho e sua roupa está ensanguentada.
A “habitante da vila” é, na verdade, Viessa, uma cria
vampírica (TDS 27) e uma das seguidoras de Xerras,
transformada pouco antes dele e de seus lacaios serem
sepultados em sua pedra à deriva. Ela foi enviada a Esker
como a precursora da chegada de seu mestre e para
manter os habitantes do vilarejo em suas casas até que
a doença os transforme a todos. Porém, ela não é capaz
de controlar os seus impulsos e, ao ver mortais nas ruas,
ela decidiu que poderia fazer uma refeição. Ela tenta
trazer alguém a frente para falar, enquanto 4 dessecados
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aguardam para atacar o resto do grupo pela retaguarda.
Caso o seu ardil seja descoberto antes que ela tenha a
oportunidade de se aproximar, ou caso esteja em perigo
de morte, Viessa foge na tempestade enquanto ameaça
os sobreviventes com a chegada iminente de seu mestre.
Ela deixa que os dessecados sejam destruídos. Haverá
mais em breve.
Um Refúgio Contra a
Tempestade
Depois que o grupo trata de Viessa ou a coloca para
correr, uma luz brilha no interior de uma casa próxima
por uma porta aberta. Arlys Morton, o prefeito de Esker,
acena para o grupo, oferecendo um abrigo contra a tem-
pestade e os bandos de mortos-vivos errantes.
Morton é uma boa pessoa que está muito preocupada
com o rumo que as coisas tomaram em Esker desde a
partida dos personagens. Ele os apressa para que entrem
em sua casa, que lhe serve de escritório e loja. Velas,
cera, pavios e corantes estão por toda a parte, assim
como habitantes amontoados. A esposa do prefeito,
Sofianne, sua mãe Gerta e seu filho pequeno Hab tam-
bém estão presentes. Sofianne conforta Hab, mas este se
encontra claramente nos estágios finais da doença e cer-
tamente não sobrevive a esta noite. Uma vizinha, Imanie,
e Simmond, seu filho adolescente, também vieram se
abrigar na loja. Imanie está impaciente por não saber o
que está acontecendo com o seu marido, Wimark, que
saiu para verificar o cavalo da família quando a tempes-
tade começou.
Resmungando em um canto está Gerta, que começa a
apresentar os sinais da Morte Seca, embora ela se esfor-
ce para esconder. Ela está desidratada e não fala coisa
com coisa, ela tenta apenas se encolher em seu canto.
Qualquer personagem que tente interagir com Gerta ou
preste atenção nela pode fazer uma jogada de desafio de
Intelecto para entender os seus delírios. Ela está repetin-
do, “Venha a mim, Mestre. Eu irei renascer como uma serva
da Noite Sedenta antes do nascer do sol.”
Morton pode compartilhar as seguintes informações:
• Desde a partida dos personagens, mais moradores
morreram pela praga, levantando como monstros
mortos-vivos. Eles são pouco mais que esqueletos com
uma pele seca pendurada sobre os ossos. Cada um de-
les possui uma língua em forma de tubo que injetam
em suas vítimas para sugá-las até que sequem.
• A praga se espalhou para os cruzados que faziam a
contenção, suas perdas foram tão severas quanto as da
vila.
• Ele e sua família estavam a ponto de fugir de Esker
quando chegou esta terrível tempestade de areia
sem nenhum aviso. Desde então, vários bandos de
mortos-vivos e uma mulher desconhecida vêm ron-
dando as ruas. Eles parecem satisfeitos em evitar
aqueles que permanecem em suas casas, mas atacam
qualquer um que tente sair às ruas.
• Muitos fugiram para o templo do Novo Deus quando
a tempestade começou. É uma edificação robusta que
deve resistir aos fortes ventos e pode ser facilmente
Tempestade do Destino 4
protegida. É um dos poucos lugares, além da hospe-
daria, que é capaz de abrigar um grande número de
pessoas.
Morton também pode sugerir onde encontrar os seguin-
tes itens, caso questionado:
• Óleo: Tanto a Hospedaria Duas Ferroadas quanto o
templo do Novo Deus são iluminados por lamparinas,
então é provável que possuam um estoque de óleo.
Também é possível vasculhar por óleo em algumas
casas ainda de pé.
• Tina ou Barril Grande: O Duas Ferroadas oferece ba-
nhos aos viajantes por 2 milavos. A hospedaria possui
uma grande tina de cobre em seu banheiro.
• Sementes de Anis: O Doutor Cotchery é conhecido
por possuir diferentes ervas. (Ele retornou recen-
temente a Esker e pode ser encontrado na velha
mansão).
• Folhas de Louro: Sofianne possui algumas folhas
de louro que ela usa para cozinhar e está disposta
a entregá-las. O Prego e Tempero também é uma
possibilidade.
• Água: Há um poço no centro da vila. O Prego e
Tempero também possui barris de água para os viajan-
tes que decidem se aventurar pela Desolação.
• Sal: O Prego e Tempero possui sal em seu estoque.
Também é possível vasculhar sal em algumas casas
ainda de pé.
• Alguém que entenda o Dialeto Sombrio: O Doutor
Cotchery é um estudioso bastante respeitado e conhe-
cido por ser capaz de ler os escritos dos antigos Gog.
Esker
Enquanto os personagens se aventuram pelo vilarejo em
busca dos ingredientes para o ritual e tentam localizar
qualquer morador desaparecido, eles se encontram em
uma luta contra o tempo. Xerras está a caminho, e os
personagens precisam da cura para os habitantes e para
si mesmos, antes que morram pela Morte Seca. O Mestre
deve pressioná-los a agir sob a tensão causada pela
urgência.
Lugares Importantes
Para os detalhes da comunidade, inclusive um mapa,
volte ao capítulo 1. Os lugares que ainda permanecem
de pé estão descritos aqui em suas condições atuais,
exceto por qualquer acontecimento que ocorra nessa
aventura.
O Prego e Tempero
Quando os personagens chegam à loja, ela está escura
e a porta está trancada, para abri-la é preciso o uso de
gazuas ou de um chute bastante forte. Todas as janelas
foram quebradas e estão bloqueadas.
Um personagem pode encontrar sal e barris com água
em aproximadamente um minuto de busca. Folhas de
louro podem ser encontradas entre o estoque de ervas,
mas não há sementes de anil. Há também dez frascos de
óleo — somente parte do necessário.
Contos da Desolação 25
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4 Tempestade do Destino
Há alguns barris pelo lugar. Nenhum grande o sufi-
ciente para o ritual, mas um personagem com carpinta-
ria ou uma profissão similar pode conseguir ferramentas
nas prateleiras e construir uma tina de tamanho aceitá-
vel com o que há no local.
O Poço
O poço no centro da vila está completamente exposto à
tempestade, então conseguir a água potável necessária
é quase impossível. Cada balde volta com mais lama do
que água. Os jogadores mais inteligentes podem tentar
extrair a água com um tecido ou tentar purificá-la de
alguma outra forma; seria interessante recompensar tal
engenhosidade com um sucesso. Caso os personagens
gastem um tempo considerável buscando a água, um
encontro aleatório pode ocorrer aqui (veja a tabela de
Encontros na Tempestade).
A Hospedaria Duas Ferroadas
A placa de madeira que mostra o desenho de um
escorpião e seus dois ferrões balança violentamente
por causa da força do vento. Fazendo muito barulho ao
bater contra a parede da construção. Pequenos feixes
luminosos passam pela janela e pelas frestas da pare-
de, mostrando que o local está obviamente habitado,
Gwilherm, o proprietário, trancou a porta e as janelas
quando todo o problema começou, na esperança de
proteger os seus clientes. Infelizmente, desde então,
vários deles sucumbiram à doença. Agora, 6 dessecados
(TDS 28) se arrastam pela recepção enquanto Gwilherm
e cinco outros habitantes da vila se escondem no porão.
Todos os sobreviventes estão doentes e desorientados,
sem saber o que fazer. Caso os personagens batam na
porta ou gritem do lado de fora, eles imploram por ajuda
que pode ser ouvida com um sucesso em uma jogada
de desafio de Percepção com 3 perdições por causa da
tempestade. Uma vez que os personagens derrotem os
mortos-vivos, Gwilherm ficará feliz em recompensá-los
com sua banheira de cobre e todo o óleo e cerveja que
possam carregar.
A Velha Mansão
A maior construção em Esker depois do templo do Novo
Deus, a mansão é murada e possui um portão muito
resistente, tornando-a mais fácil de defender do que
qualquer outra casa do vilarejo. Caso os personagens
superem suas defesas e cheguem até a porta da frente,
o servo autômato Eadfrith os informa que o doutor
Cotchery não está recebendo visitas. Ele está clara-
mente preocupado e agitado. Caso os personagens o
pressionem, o autômato dirá que o doutor enlouqueceu.
Eadfrith está preocupado com o resto da família: Lívia
(a esposa), Antia (a filha adolescente) e Canus (o filho
criança). O servo permite que os personagens entrem,
caso eles ofereçam ajuda.
Dentro da casa, os personagens encontram o labora-
tório do doutor, contendo muitas prateleiras cheias de
diferentes ervas, pergaminhos, e outras raridades recu-
peradas da Desolação. Em uma das prateleiras se vê um
jarro com sementes de anis.
Porém, o laboratório também é cheio de coisas per-
turbadoras. O doutor viu sua família adoecer, mas, até
26 Contos da Desolação
agora, não apresentou nenhum dos sintomas; então,
insanamente, ele se convenceu de que seu sangue possui
propriedades curativas de alguma forma. Ele está con-
duzindo experimentos horríveis em sua família, e não vê
nenhum problema nisso, pois se convenceu de estar na
pista certa. Lívia está amarrada em uma mesa de opera-
ções, parcialmente vivissecada; ela sucumbiu à doença
e se transformou em um dessecado (TDS 28). Os dois
filhos estão delirantes e acorrentados ao chão. O cão da
família também foi necropsiado e está aberto em uma
mesa próxima e o gato flutua em conservantes dentro de
uma das jarras. Qualquer um que veja esta câmara de
horrores precisa de um sucesso em uma jogada de desa-
fio de Vontade ou ganha 1 Insanidade.
Caso não seja atacado, o Doutor Cotchery se dirige
aos personagens de forma extremamente calma, afir-
mando estar muito ocupado para ajudar e solicitando
que saiam. Caso os personagens lhe mostrem a Liturgia
ou as escrituras dos antigos Gog, ele ficará obcecado com
os estudos acerca do ritual. Ele se apresenta muito soli-
cito em ajudar a fazer o ritual, pois vê nele a chance de
ajudar a sua família — se propondo até mesmo a condu-
zir o ritual, desde que sua família seja “salva” primeiro.
O doutor se recusa a acreditar que sua esposa se en-
contra além de qualquer salvação. Ele se tornará hostil,
se os personagens tentarem impedi-lo de conduzir seus
experimentos macabros, e caso se inicie um combate, ele
ordena que Eadfrith o defenda. O autômato só luta se
acreditar que os personagens o irão matar seu mestre em
vez de imobilizá-lo ou incapacitá-lo.
DOUTOR COTCHERY DIFICULDADE 100
Humano Tamanho 1
Percepção 15 (+5)
Defesa 12; Saúde 43
Força 11 (+1), Agilidade 12 (+2), Intelecto 15 (+5), Vontade 13 (+3)
Deslocamento 10
Certeza Insana Quando o Doutor Cotchery efetuar
uma jogada de ataque ou de desafio, ele pode fazer
a jogada com 1 dádiva. Caso falhe, ele recebe 1d6 de
dano.
OPÇÕES DE ATAQUE
Facão (corpo-a-corpo) +2 com 2 dádivas (2d6)
AÇÕES ESPECIAIS
Recuperar Magia O Doutor Cotchery pode utilizar
uma ação para curar 10 de dano e recuperar uma
conjuração gasta de uma magia conhecida. Uma
vez que utilizou esse talento, ele não poderá usá-lo
novamente até que complete um descanso.
Contrafeitiço Quando uma criatura que o Doutor
Cotchery possa ver o ataca com uma magia, ele
pode usar uma ação desencadeada para impedi-la.
A criatura desencadeadora faz sua jogada de ata-
que com 1 perdição e o Doutor Cotchery faz sua
jogada de desafio para resistir com 1 dádiva.
MAGIA
Poder 3
Alquimia* identificar substância (4), preparar remédio (2),
dardos ácidos (1), preparar mistura maravilhosa (1)
Vida sentir vida (4)
Tecnomancia fazer gambiarra (4)
*veja o Primeiro Apêndice do Demon Lord, caso não o
possua, você pode substituir por outra tradição de
sua preferência
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FIM DA RODADA
Recuperação Épica O Doutor Cotchery remove uma
aflição que o esteja afetando.
Adversário Épico Jogue 1d3+1 para determinar quan-
tas ações o Doutor Cotchery poderá usar na pró-
xima rodada. Ele pode utilizar essas ações durante
qualquer turno e pode agir antes de seus inimigos.
A cada vez que usar uma ação, ele pode se mover o
seu Deslocamento antes ou depois da ação.
Casas
Há dez outras casas relativamente inteiras por toda a
vila. Três delas possuem famílias apavoradas dentro,
e em todas elas, alguém apresenta os sinais da doen-
ça. Entre os mortos-vivos nas ruas e os cruzados que
tentaram incendiar os infectados, todos os moradores
estão com medo de abrirem as portas de suas casas.
Caso os personagens entrem e vasculhem qualquer uma
das casas, eles podem encontrar 2 frascos de óleo ou 250
gramas de sal por casa vasculhada.
O Templo do Novo Deus
Mais que uma dúzia de moradores buscou refúgio no
templo, com medo da tempestade, dos mortos-vivos e da
praga. O templo é grande o suficiente para abrigar toda a
vila e serve como a melhor opção para realizar o ritual.
Há óleo em quantidade mais do que suficiente no po-
rão para o ritual. Porém, uma cria vampírica (TDS 28)
também se esconde no templo, se banqueteando com
os restos de Wimark, que havia desaparecido do vilare-
jo. Caso não seja enfrentada antes da cena final, a cria
vampírica sobe as escadas até a casa paroquial e invade o
templo por perto do altar. Como os outros mortos-vivos,
sua intenção é impedir o ritual.
Tempestade do Destino 4
Encontros Aleatórios
Enquanto os personagens se movem pelo vilarejo, jogue
1d6 e consulte a tabela de Encontros na Tempestade
para determinar o que eles encontram nas ruas. Caso
não tenha tempo, o Mestre pode não jogar e simples-
mente escolher algo apropriado que possa ser resolvido
rapidamente.
Encontros na Tempestade
d6 Encontro
Um morador, cuja família inteira morreu, carrega
1 uma mula com suprimentos, esperando escapar
para Alta Atalaia. Ele possui a água ou o sal que
os personagens tanto precisam.
Um morador entrou em colapso e se encontra
2 inconsciente atrás de uma casa, meio enterrado
na areia, ele certamente morrerá, caso seja
ignorado.
A despeito do clima, o autômato servo do
Doutor Cotchery, Eadfrith, se aventura pela
tempestade em busca de sal para o jantar do
3
doutor. O servo está a caminho do Prego e
Tempero e está muito transtornado em razão do
estranho comportamento do doutor.
Um demônio médio (SDL 239, com Saúde
80), perambula pela vila, atraído pela grande
quantidade de morte e pela magia negra, ele
está ansioso para contribuir com a carnificina.
4
Caso os personagens estejam carregando barris,
sacos ou outros itens grandes que pareçam
importantes, o demônio escolhe exatamente
esses itens como alvos para destruir.
Um gênio do vento (SDL 247), evocado por
5 Xerras, é ordenado a limpar as ruas de Esker
de todos que tentarem escapar. Ele ataca
imediatamente.
Viessa (ou outra cria vampírica, TDS 27, caso
ela já tenha sido destruída) e 4 dessecados
6 (TDS 28) estão esbravejando contra uma família
entrincheirada em sua casa. Caso os mortos-
vivos avistem os personagens, eles atacam.
O Impasse no Templo
Uma vez que os personagens consigam os ingredientes
e reúnam a maior quantidade de doentes possível, eles
podem dar início à Liturgia. Quando chegar o momento
para o encantamento final, os mortos-vivos atacam em
uma tentativa de perturbar o ritual. Qualquer um que
olhe para o lado de fora pode ver trôpegas formas huma-
noides se reunindo na escuridão, fora do alcance.
Xerras não ataca imediatamente, ele envia inicialmen-
te os seus lacaios. Na primeira rodada, ele envia uma
cria vampírica (TDS 27; Viessa, caso não tenha sido
destruída) e 1d3 dessecados (TDS 28) para atacarem o
templo, enquanto observa seu andamento.
Na segunda rodada, a cria vampírica (TDS 27) no
porão (caso não tenha sido destruída ) se esgueira para
cima e ataca quem estiver comandando o ritual.
Somente então, Xerras e mais 1d6+1 dessecados
(TDS 28) avançam. Eles se aproveitam de possíveis fa-
lhas na estrutura das paredes do templo ou qualquer
outra fraqueza em suas defesas.
Não importa se os personagens conseguem completar
o ritual ou não, Xerras não irá cessar o ataque. Um grupo
de crias vampíricas é tão útil para ele quanto uma legião
de dessecados.
Contos da Desolação 27
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4 Tempestade do Destino
Curando a Praga
Caso os personagens finalizem o encantamento, os
infectados recuperam imediatamente toda a água que
foi perdida durante o tempo da doença. Cada pessoa
infectada precisa de um sucesso em uma jogada de
desafio de Força, recebendo 2d6+2 de dano por estágio
da doença em caso de falha, ou metade do dano em um
sucesso. Caso uma criatura fique incapacitada por ese
dano, ela morre imediatamente e explode, encharcando
a todos a uma distância curta com sangue. Cada criatura
que presencie a explosão precisa conseguir um suces-
so em uma jogada de desafio de Vontade ou ganhar 1
Insanidade. Uma criatura que tenha ficado encharcada
com o sangue da vítima, faz a jogada com 1 perdição.
28 Contos da Desolação
XERRAS, A NOITE SEDENTA DIFICULDADE 250
Morto-vivo horripilante Tamanho 1
Percepção 16 (+6), visão no escuro
Defesa 20; Saúde 120
Força 14 (+4), Agilidade, 15(+5), Intelecto 14 (+4), Vontade 16 (+6)
Deslocamento 14
Imune dano de doença, frio e veneno; ganhar
Insanidade; adormecido, doente, envenenado, fati-
gado, imobilizado e lento
Resiliência Xerras recebe metade do dano de armas.
Vulnerabilidade Celestial Xerras recebe o dobro do
dano de magias Celestiais e faz jogadas de desafio
para resistir às magias Celestiais com 1 perdição.
Medo dos Deuses Xerras faz suas jogadas de ataque
com 1 perdição contra uma criatura vestindo ou em-
punhando um símbolo sagrado.
Passar-se por Humano Xerras parece humano até que
sofra dano ou faça uma jogada de ataque, nesse
momento suas características se contorcem e ele
assume uma aparência monstruosa. Ele mantém
essa aparência até que utilize uma ação para voltar
a sua aparência humana. Enquanto está com apa-
rência humana, o vampiro perde sua propriedade
horripilante.
OPÇÕES DE ATAQUE
Garras (corpo-a-corpo) +5 com 3 dádivas (2d6 mais o
alvo é agarrado em jogadas de ataque 20+)
Presas (corpo-a-corpo) +5 com 1 dádiva (3d6)
ATAQUES ESPECIAIS
Drenar Sangue Xerras faz uma jogada de ataque de
Força contra a Força de uma criatura viva, de carne
e osso, que esteja agarrando. Caso seja bem-sucedi-
do, o alvo sofre 3d6 de dano e fica fatigado até que
complete um descanso. Xerras cura a mesma quan-
tidade de dano. Caso o alvo já esteja fatigado por
esse motivo, ele deve fazer uma jogada de desafio
de Vontade. Caso fracasse, fica encantado até que
complete um descanso.
Ataque Duplo Xerras ataca duas vezes com suas
garras.
Ações Especiais Quando Xerras sofre dano, ele pode
usar uma ação desencadeada para transformar seu
corpo em névoa, voar até o seu Deslocamento e
voltar à forma normal. Enquanto em forma de né-
voa, ele está imune a todo dano, seu movimento
não dispara ataques livres e pode se mover através
de aberturas largas o bastante para permitir a pas-
sagem de ar e por espaços ocupados por outras
criaturas.
MAGIA
Poder 4
Morte* toque assassino (5), machucar (2), drenar vida
(2), sopro venenoso (1), névoa mortal (1)
Adivinhação visão (1)
Necromancia punho espectral (5), garras da sepultura
(2), colher alma (2), crânio estridente (2), fosso de po-
der sombrio (1)
*veja o Primeiro Apêndice do Demon Lord, caso não o
possua, você pode substituir por outra tradição de
sua preferência
FIM DA RODADA
Queimado pelo Sol Xerras sofre 2d6 de dano, quando
está em uma área iluminada pela luz do sol.
Recuperação Épica Xerras remove uma aflição que o
esteja afetando.
Adversário Épico Jogue 1d3+1 para determinar quan-
tas ações Xerras poderá usar na próxima rodada.
Xerras pode utilizar essas ações durante qualquer
turno e pode agir antes de seus inimigos. A cada
vez que Xerras usar uma ação, ele pode se mover o
seu Deslocamento antes ou depois da ação.
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A SOMBRA QUE PAIRA

SOBRE ESKER
Mesmo com a vila de Esker situando-se na beira de uma vasta terra arruinada, as
pessoas que lá vivem sempre puderam contar com os cruzados para mantê-los a
salvo dos horrores nascidos no deserto, confiantes de que suas armas e força de
vontade possam afastar os mortos que as vezes emergem de nuvens de poeira. No
entanto, mesmo com o povo vendo o norte com olhares suspiciosos, ninguem
imaginaria o destino que viria de dentro de sua própria comunidade.

Contos da Desolação traz quatro histórias que foram originalmente criadas para o
Winter Fantasy 2016 e as conecta formando uma mini-campanha para person-
agens de nível especialista. Defronte à terríveis mortos-vivos, doenças,
homens-feras e o ambiente mortífero da Desolação, o grupo será testado
constantemente, se quiser sobreviver.

Esta campanha requer o uso do suplemento Tumbas da Desolação.

RP-SE021-SDLCDdig

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