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APRESENTAÇÃO
Para mim, falar da Câmara dos Deputados é como falar de uma extensão
da minha residência. Mesmo porque, tem dias que dá pra tomar café, almoçar,
jantar e madrugar trabalhando, rs. Além do mais, minha esposa também
trabalha lá, então, falar sobre a Câmara é algo que faço MUITO no meu dia a
dia. Eu vivo a Câmara. Quando você vier para cá, também vai saber
exatamente como se sente um feliz servidor da Casa.
Vem comigo?
“Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional (...) dispor sobre todas as matérias
de competência da União”
“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:(...)
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da
República (...);
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os
atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;”
No que tange à Câmara dos Deputados, alinhado com o art. 45, CF, podemos
incluir uma terceira finalidade: Representar o povo brasileiro.
A primeira ideia que vem à mente quando lembramos da Câmara dos
Deputados e do Congresso Nacional é a criação de leis. O Regimento Interno,
inclusive, dedicará boa parte de seus artigos para explicar o processo
legiferante. Entretanto, não se pode olvidar da segunda função da casa.
Uma vez que a Casa Revisora emende o projeto, ela se transforma em “Casa
Opinadora”. Isto porque é facultado à Casa Iniciadora acatar as emendas ou
não. Rejeitadas as emendas, o projeto original segue para sanção, sendo
arquivadas (prejudicadas) as emendas. Acatadas as mesmas, o projeto
modificado segue para sanção.
Uma vez nas “mãos” do presidente, o projeto de lei pode ser promulgado
(transformando-se em lei), ou vetado (seja no todo, ou em parte).
Nos casos de veto, o Congresso (como uma única Casa, naquilo que
chamamos sessão conjunta) pode rejeitar ou aceitar o veto do Executivo. Em
caso de rejeição, por maioria absoluta de ambas as Casas, a lei deverá ser
promulgada em 48 horas pelo Presidente da República. Caso não o faça, o
Presidente ou Vice-Presidente do SF deverá fazê-lo.
para que se possa deliberar sobre qualquer matéria. Esse número é fixado
constitucionalmente e corresponde à maioria absoluta do total de
membros da Casa Legislativa, ou metade dos membros da comissão
conforme o caso. RICD, (Art. 183 e Art. 50, RICD).
QUÓRUNS
Instauração de processo contra o 2/3 dos Deputados (Art. 217, §1º - Art.
Presidente da República 60, §2º, CF)
Vamos começar!
4. A SEDE
Art. 1º A Câmara dos Deputados, com sede na Capital Federal, funciona no Palácio do
Congresso Nacional.
Parágrafo único. Havendo motivo relevante, ou de força maior, a Câmara poderá, por
deliberação da Mesa, ad referendum da maioria absoluta dos Deputados, reunir-se em
outro edifício ou em ponto diverso no território nacional.
Chega a ser engraçado. Para que você tenha uma ideia melhor, não existem
funcionários do Congresso Nacional. É como se o Congresso Nacional fosse um
“ente superior”, que só está em funcionamento durante as suas sessões
conjuntas, que ocorrem ou no Plenário da Câmara, ou no Plenário do Senado,
além das reuniões das Comissões Mistas. Nestas sessões, funcionários das
duas Casas cumprem as funções do Congresso.
Por fim, perceba que não é permitido à Câmara dos Deputados mudar de sede,
diferentemente do que ocorre com o Congresso Nacional.
Na Lei Maior:
“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional;(...)
VI - mudar temporariamente sua sede;”
Legislatura
Não custa ressaltar que estes dispositivos estão alinhados com o Art. 57 caput,
e §§ 1 e 2, CF.
A sessão legislativa extraordinária (SLE), por sua vez, só pode ocorrer nos
intervalos de tempo nos quais não estejam ocorrendo a SLO, ou seja, no
recesso entre os dois períodos legislativos (caso aprovada a LDO antes desse
período) ou entre as sessões legislativas ordinárias. Ainda, perceba que a
Câmara dos Deputados não convoca sessão legislativa extraordinária, mas sim
o Congresso Nacional.
As sessões preparatórias não fazem parte nem da SLO nem da SLE, mas
fazem parte da legislatura. São sessões específicas para a:
Não é possível votar a LDO durante uma sessão legislativa extraordinária, uma
vez que a sessão legislativa ordinária não se encerra enquanto a LDO não for
votada.
Resposta: Errada
Caso seja por simples falta à cerimônia de posse no dia 1º de fevereiro, ele
pode ficar tranquilo! Ele terá 30 dias para tomar posse a partir da 1º sessão
preparatória da legislatura (que é a própria cerimônia de posse), e, caso ele
entre com requerimento, ainda terá mais 30 dias, perfazendo um total de
60 dias. Ainda, caso haja motivo de força maior ou enfermidade devidamente
comprovada (como uma abdução por alienígenas – desde que ele traga o
atestado), o legislador não impôs prazo limite para a posse.
Por fim, o “fato que a ensejar”, via de regra, é a convocação de suplente pelo
Presidente da Câmara. Segundo o Art. 241 do RICD, falecimento, renúncia,
perda de mandato, licenças acima de 120 dias ou investidura em certos cargos
podem fazer o Presidente da Câmara convocar suplente. Logo, 30 + 30
também para o suplente convocado. Tranquilo?
De qualquer forma, de acordo com o § 5º, o deputado que não tomar posse na
sessão preparatória prestará o compromisso em sessão (plenária) e
junto à Mesa. Caso o Congresso esteja em recesso, o compromisso será
perante o Presidente.
(...)
Se você leu e deu uma risadinha é porque está atento. Não existe posse por
procuração!
Resposta: Errada
Art. 7º A eleição dos membros da Mesa far-se-á em votação por escrutínio secreto e
pelo sistema eletrônico, exigido maioria absoluta de votos, em primeiro escrutínio,
maioria simples, em segundo escrutínio, presente a maioria absoluta dos Deputados,
observadas as seguintes exigências e formalidades:
I – registro, perante a Mesa, individualmente ou por chapa, de candidatos
previamente escolhidos pelas bancadas dos Partidos ou Blocos Parlamentares aos
cargos que, de acordo com o princípio da representação proporcional, tenham sido
distribuídos a esses Partidos ou Blocos Parlamentares;
II – chamada dos Deputados para a votação;
III – realização de segundo escrutínio, com os dois mais votados para cada
cargo, quando, no primeiro, não se alcançar maioria absoluta;
IV – eleição do candidato mais idoso, dentre os de maior número de legislaturas, em
caso de empate;
V – proclamação pelo Presidente do resultado final e posse imediata dos eleitos.
Ainda, perceba que é a primeira vez que o RICD exige quórum para uma
sessão. Ou seja, não se fala em quórum para a cerimônia de posse dos
Deputados. Contudo, para a eleição, deve estar presente a maioria absoluta
dos Deputados.
Outro detalhe interessante é que vota-se para todos os cargos da Mesa pela
primeira vez, incluso o Presidente. Caso este seja eleito por maioria absoluta
já no primeiro escrutínio, ele ocupa o seu lugar na Mesa e, a seguir, divulga o
resultado da eleição dos demais membros.
Por outro lado, caso a maioria absoluta para Presidente não tenha sido
alcançada, inicia-se novo escrutínio com os dois mais votados, e vence aquele
que obtiver a maioria simples. O resultado dos demais cargos já foi
computado no sistema, mas só será divulgado depois que o novo Presidente
sentar-se à Mesa.
Não deixe de ler o restante do artigo, que cita mais alguns procedimentos de
praxe, em virtude de falha do sistema eletrônico de votação.
VII – proclamação dos votos, em voz alta, por um Secretário e sua anotação por dois
outros, à medida que apurados;
VIII – invalidação da cédula que não atenda ao disposto no inciso I deste parágrafo;
IX – redação pelo Secretário e leitura pelo Presidente do resultado de cada eleição, na
ordem decrescente dos votados.
Por fim, a ideia do inciso I pode ser explorada em conjunto com o artigo
oitavo.
A Minoria, cujo conceito será visto mais adiante, é o maior Partido ou Bloco
que faz oposição à Maioria. Caso ela seja “pequena” demais para concorrer a
um cargo na Mesa, lhe será assegurado um lugar (o que sobrar).
9. LÍDERES
Perceba que, a princípio, somente os partidos que possuem mais do que 5,13
deputados (no caso, 6) escolhem um Líder, que “funcionará” como tal para
todos os fins do Regimento. Um partido com 5 ou menos Deputados, a
princípio, não deverá possuir uma estrutura de Liderança na Casa, mas pode
indicar um integrante que expressa a posição do partido por ocasião de
votações ou fazer o uso da palavra nas Comunicações de Lideranças.
A escolha dos líderes deve ser comunicada à mesa por ofício subscrito por
maioria absoluta do partido ou bloco. A mudança de líder de partido ou bloco
pode ocorrer a qualquer momento, bastando submeter novo ofício à Mesa.
PRERROGATIVAS
fazer uso da palavra, nos termos do fazer uso da palavra, nos termos do
art. 66, §§ 1º e 3º, combinado com o art. 66, §§ 1º e 3º, combinado com o
art. 89 art. 89
Curiosidade: Não sei se você percebeu pela definição do §2 e pelo Art. 13,
mas nem sempre a Minoria é oposição. A Maioria é o maior partido ou
bloco da Câmara, e isso não tem nada a ver com o partido ou bloco do
Presidente da República. A Minoria é o maior partido que, em termos de
governo, se opõe à Maioria.
Isto posto, se o Presidente for do Partido PXXX, e a Maioria for do Partido
PZZZ, e o PAAA (que é alinhado com o Executivo) for a maior bancada que se
opõe ao Partido PZZZ, PAAA é Minoria, mesmo estando alinhado com o
Executivo. Tranquilo, né?
Art. 12. As representações de dois ou mais Partidos, por deliberação das respectivas
bancadas, poderão constituir Bloco Parlamentar, sob liderança comum.
§ 1º O Bloco Parlamentar terá, no que couber, o tratamento dispensado por este
Regimento às organizações partidárias com representação na Casa.
§ 2º As Lideranças dos Partidos que se coligarem em Bloco Parlamentar perdem suas
atribuições e prerrogativas regimentais.
§ 3º Não será admitida a formação de Bloco Parlamentar composto de menos de três
centésimos dos membros da Câmara.
§ 4º Se o desligamento de uma bancada implicar a perda do quórum fixado no
parágrafo anterior, extingue-se o Bloco Parlamentar.
§ 5º O Bloco Parlamentar tem existência circunscrita à legislatura, devendo o ato de
sua criação e as alterações posteriores ser apresentados à Mesa para registro e
publicação.
§ 6º (Revogado.)
§ 7º (Revogado.)
§ 8º A agremiação que integrava Bloco Parlamentar dissolvido, ou a que dele se
desvincular, não poderá constituir ou integrar outro na mesma sessão legislativa.
§ 9º A agremiação integrante de Bloco Parlamentar não poderá fazer parte de outro
concomitantemente.
§ 10. Para efeito do que dispõe o § 4º do art. 8º e o art. 26 deste Regimento, a
formação do Bloco Parlamentar deverá ser comunicada à Mesa até o dia 1º de
fevereiro do primeiro ano da legislatura, com relação às Comissões e ao primeiro
biênio de mandato da Mesa, e até o dia 1º de fevereiro do terceiro ano da legislatura,
com relação ao segundo biênio de mandato da Mesa.
Exemplo: Antes existiam o Partido ABC e o Partido XYZ, cada qual com seus
Líderes e Vice-Líderes. Ao formar o Bloco ABC/XYZ, tal bloco deverá ter apenas
um único líder, que muito provavelmente será o Líder do Partido “mais
forte”. O Líder do Partido XYZ até pode continuar sendo o Líder do seu partido,
mas, para fins de prerrogativas junto à Câmara, o Partido XYZ “não existe
mais”. Na prática, os líderes dos demais partidos de um Bloco viram Vice-
Líderes do bloco, com participação bastante ativa na Casa.
Perceba que Blocos com menos de 3/100 dos membros da Casa não podem
existir.16 Ou seja, para um Bloco poder ser registrado, a união das legendas
deve integrar 16 Deputados ou mais. Ainda, caso uma agremiação se
desvincule do Bloco e ele perca o quórum mínimo, sua extinção é automática.
Por fim, para fins de vagas junto às Comissões (Art. 26), durante toda a
legislatura, o Bloco tem que comunicar sua composição até o dia 1º de
fevereiro da primeira SLO, ou seja, no primeiro dia da legislatura. Para fins de
vagas junto à Mesa, a comunicação deverá ser até o dia 1º de fevereiro de
cada biênio. Ou seja, qualquer modificação na composição de Blocos durante o
primeiro biênio é valida para a disputa de vagas junto à Mesa no segundo
biênio.
Sim. Essa agremiação deverá esperar a próxima SLO para compor um novo
Bloco, caso seja de seu interesse.
Resposta: Certa
A) PFL - PV
B) PFL - PPS
C) PFL - PT
D) PFL - BLOCO PMDB/PST/PTN
E) PSDB - PT
Errado! Quase tudo está certo, mas existe um mínimo de três centésimos
para a existência de um bloco parlamentar. Art. 12, RICD.
Uma deputada federal, inconformada por não ter sido selecionada por seu
partido para a eleição dos membros da Mesa Diretora da Câmara dos
Bons Estudos!
Victor Dalton
Complemento do aluno
A) PFL - PV
B) PFL - PPS
C) PFL - PT
D) PFL - BLOCO PMDB/PST/PTN
E) PSDB - PT
Uma deputada federal, inconformada por não ter sido selecionada por seu
partido para a eleição dos membros da Mesa Diretora da Câmara dos
Deputados, pretende, então, candidatar-se autonomamente para um dos
cargos que cabem à sua representação.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A E E E C C C C C C
11 12
E C
DESAFIO
E aí, você já dá conta? Apenas com a nossa aula 0 você poderia fazer essa
questão. Pratique!