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Capítulo 1 - Progressão aritmética I Anotações e destaques Detalhes

Capítulo 1

Progressão aritmética I

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DA VINCI, Leonardo. Homem Vitruviano. 1490. Lápis e tinta sobre papel, 34 cm x 24 cm. Gallerie dellʼAccademia,
Itália.

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O Homem Vitruviano, também conhecido como Homem de Vitrúvio, é um conceito


desenvolvido pelo arquiteto romano Marco Vitrúvio Polião, no século I a.C., e
apresentado na obra Os dez livros da Arquitetura. A ideia foi imortalizada nos traços do
pintor italiano Leonardo da Vinci, na década de 1490, em um dos seus diários. Símbolo
da harmonia do corpo humano, as medidas do Homem Vitruviano são perfeitas
esteticamente, como a altura do corpo igual à largura dos braços abertos ou a palma da
1
mão, assim como a face, equivalente a 10
da altura do corpo. O desenho de Da Vinci é
considerado um “cânone das proporções” por sua surpreendente precisão matemática: o
homem descrito por Vitrúvio é baseado na proporção áurea, uma constante real
algébrica conhecida pela letra grega phi (φ) e extraída de uma sequência numérica,
assunto abordado neste capítulo.

Sequências

Noções iniciais

Sequências são conjuntos cujos elementos estão dispostos em uma determinada


ordem, devido a uma lei ou aleatoriamente.

Exemplo:

Sequência dos múltiplos positivos de 7.

M(7) = {(1, 7); (2, 14); (3, 21); (4, 28);...}, em que os primeiros elementos dos pares
ordenados indicam as respectivas posições dos termos.

Ou, simplesmente:

M(7) = (7, 14, 21, 28,...), em que se indicam apenas os múltiplos de 7.

Uma sequência pode ser finita ou infinita. Em uma sequência finita, conhecem-se o
primeiro e o último elemento. Já em uma sequência infinita, o último termo não é
conhecido.

Exemplos:

A = (–1, 4, √8, 25) é uma sequência finita, em que a1 = –1, a2 = 4, a3 = √8 e a4 = 25.

B = (1, 4, 9, 16, 25, ... , n2, ...) é uma sequência infinita, em que a1 = 1, a2 = 4, ..., an = n2,
...

Representações de uma sequência

Uma sequência pode ser representada de cinco maneiras diferentes.

Descrição dos termos

Consiste em enumerar os elementos da sequência, colocando-os entre parênteses,


geralmente por serem de natureza aleatória.

Exemplo:

Sequência das quantidades de bebês nascidos nos 7 primeiros dias do ano de 2015
em um determinado hospital.

Número de bebês: (0, 1, 1, 4, 5, 3, 2)

Note que foi feita a listagem ordenada dos termos da sequência, que, aparentemente,
não apresentam relações entre si e são de natureza aleatória.

Lei de Recorrência

Consiste em uma lei que permite encontrar qualquer termo (an) da sequência
“recorrendo” a termo(s) anterior(es). Note que, na Lei de Recorrência, é necessário
conhecer o primeiro termo (a1); caso contrário, não será possível “recorrer” ao termo
anterior para encontrar o segundo (a2).

Exemplos:

Observe como ficaria a seguinte sequência, representada por meio da descrição dos
termos, usando-se a Lei de Recorrência.

F = (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, ...) – Sequência de Fibonacci.

Leonardo Fibonacci (1170-1250) foi um matemático italiano de grande influência


na Idade Média. Muitos consideram Fibonacci o maior matemático desse
período. Ele introduziu os algarismos arábicos na Europa e descobriu uma
importante sequência, que ficou conhecida como “Sequência de Fibonacci”. Aos
32 anos, Fibonacci publicou o livro Liber abaci (Livro do ábaco ou Livro de
cálculo), responsável pela disseminação dos números indo-arábicos na Europa.
Outros livros importantes do matemático são Practica geometriae, Di minor
guisa, sobre aritmética comercial, e Commentário ao livro X de “Os elementos”,
de Euclides.

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Note que cada termo, a partir do terceiro, é a soma dos dois termos imediatamente
anteriores.

⎧ a = 1
⎪ 1

Lei de Recorrência: ⎨ a 2 = 1


an = an−2 + an−1 , em que n ≥ 3

Lei de Formação (termo geral)

Consiste em uma lei que permite encontrar qualquer termo (an) da sequência em
função da sua posição n.

Exemplo:

Encontre o termo geral (Lei de Formação) da sequência A = (5, 8, 11, 14, ...).

Tem-se o seguinte:

a1 = 5
I. Lei de Recorrência: {
an = an−1 + 3, em que n ≥ 2

II. Dando valores a n:

Somando membro a membro essas n igualdades e cancelando os termos, obtém-se


an = 5 + (n – 1) · 3 . Então, a Lei de Formação (termo geral) da sequência é an = 3n + 2 .

Assim, por exemplo, o 100º termo será a100 = 3 · (100) + 2 ⇒ a100 = 302

Somatório

Dada uma sequência (a1, a2, a3, ..., an, ...), a soma dos seus n primeiros termos (Sn) é
expressa da seguinte maneira:

S1 = a1

S2 = a1 + a2

S3 = a1 + a2 + a3

––––––––––––––

Sn–1 = a1 + a2 + ... + an–1

Sn = a1 + a2 + ... + an–1 + an

Assim, an = (a1 + a2 + ... + an–1 + an) – (a1 + a2 + ... + an–1), isto é: an = Sn – Sn – 1 , para n
≥ 2.

Dessa forma, sabendo a soma dos n primeiros termos de uma sequência em função
de n, pode-se encontrar o termo geral dessa sequência (an). Em outras palavras, pode-se
representar, de maneira mais sofisticada, uma sequência por meio de uma fórmula que
forneça o somatório dos seus n primeiros elementos.

Exemplo:

Liste os elementos da sequência cujo somatório dos n primeiros termos é dado por Sn
= 2n2 + 3.

Tem-se o seguinte:

a1 = S1 ⇒ a1 = 2 · 12 + 3 ⇒ a1 = 5

a2 = (a1 + a2) – a1 ⇒ a2 = S2 – S1 ⇒ a2 = (2 · 22 + 3) – (2 · 12 + 3) ⇒ a2 = 2(22 – 12) ⇒ a2 = 6

Em geral, para n ≥ 2: an = Sn – Sn–1 ⇒ an = (2n2 + 3) – [2(n–1)2 + 3] ⇒ an = 2n2 + 3 – 2(n2 –


2n + 1) – 3 ⇒ an = 2n + 3 – 2n + 4n – 2 – 3 ⇒ an = 4n – 2, em que n ≥ 2
2 2

a1 = 5
Resposta: (5, 6, 10, 14, 18, ...), isto é, {
an = an−1 + 4, para n > 2

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Produtório

Dada uma sequência (a1, a2, a3 ..., an, ...), o produto dos seus n primeiros termos (Pn) é
representado da seguinte maneira:

P1 = a1

P2 = a1 · a2

P3 = a1 · a2 · a3

a1 ⋅ a2 ⋅ … ⋅ an−1 ⋅ an Pn
Então, an =
a1 ⋅ a2 ⋅ … ⋅ an−1
, isto é, an = , para n ≥ 2.
Pn−1

Assim como no somatório, no produtório, pode-se encontrar qualquer termo da


sequência, se o produto dos n primeiros termos em função de n for conhecido.

Exemplo:

Dada a sequência definida pelo produtório Pn = n3, n ≥ 1, represente-a por meio de


uma Lei de Formação.

Tem-se o seguinte:

I. a 1 = P1 ⇒ a1 = 1
3
⇒ a1 = 1

3
a1 ⋅ a2 P2 2
II. a 2 =
a1
⇒ a2 = =
3
⇒ a2 = 8
P1 1

3
a1 ⋅ a2 ⋅ a3 P3 3 27
III. a 3 =
a1 ⋅ a2
⇒ a3 = =
3
⇒ a3 =
8
P2 2

3 3
Pn n n
Em geral, para n ≥ 2, a n = =
3
⇒ an = ( ) , em que n ≥ 2.
Pn−1 (n − 1) n − 1

Então:

3
8 27 64 125 216 n
Listando os elementos: (1, 1
,
8
,
27
,
64
,
125
,…,(
n − 1
) , …)

3
n
Termo geral: a n = ( ) , para n ≥ 2 e a1 = 1.
n − 1

ATIVIDADES PARA SALA

Questão 01
Para cada sequência, escreva seus termos. Caso seja infinita, escreva os quatro primeiros
termos.

a) a1 = 0

{ 1 ∗
an = 5an−1 + ,n ∈ N
2

b) an = 3n · (–2)n, n ∈ N*

c) kn = n3, para n ∈ {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}

d) {
d1 = 4

n
dn = (−1) ⋅ dn−1 , n ∈ {1, 2, 3, 4}

Questão 02
Escreva o termo geral an (Lei de Formação) das sequências a seguir.

a) (3, 6, 9, 12, 15, ...)

b) (–1, 1, –1, 1, ...)

Questão 03
Considere a sequência infinita definida pelo somatório Sn = n(n + 2), para todo n ∈ N*.
Determine o termo geral (Lei de Formação) dessa sequência e os seus cinco primeiros
termos.

Questão 04
2
Considere a sequência definida pelo produtório Pn = 3n , para n ∈ N*. Determine o
primeiro termo, o décimo termo e o termo geral dessa sequência.

Questão 05
(FGV) Considere a sequência de números definida da seguinte forma: o primeiro termo
vale 7; o segundo termo vale 4; do terceiro em diante, cada termo será a diferença entre
os dois termos anteriores, sendo essa diferença sempre expressa com sinal positivo. O
oitavo termo dessa sequência vale

a) 0.

b) 1.

c) 2.

d) 3.

e) 4.

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Progressão aritmética (P.A.)


Toda sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é igual à soma do
termo precedente (anterior) com uma constante r chama-se progressão aritmética
(P.A.), ou seja, P.A. é uma sequência dada pela Lei de Recorrência.

a1 = a
{

an = an−1 + r, n ∈ N , n ≥ 2

A constante r chama-se razão.

Razão

Em qualquer P.A. de razão r, a Lei de Recorrência, an = an – 1 + r, permite deduzir o


seguinte:

r = an – an–1 , ou seja, razão = a2 – a1 = a3 – a2 = ... = an – an – 1 = ... = r (constante).

Classificação

Uma progressão aritmética de razão r pode ser de três tipos.

Crescente – Quando cada termo é maior que o anterior (r > 0).

Constante ou estacionária – Quando todos os termos são iguais entre si (r = 0).

Decrescente – Quando cada termo é menor que o anterior (r < 0).

Exemplos:

(2, 5, 8, 11, 14, ...) é uma P.A. crescente (r > 0) de razão r = 3, cuja Lei de Recorrência é
assim representada:

a1 = 2
{

an = an−1 + 3, ∀n ∈ N , n ≥ 2.

(5, 5, 5, 5, ...) é uma P.A. estacionária (r = 0).

(6, 2, –2, –6, ..., a100, ...) é uma P.A. decrescente (r < 0) de razão r = – 4, cuja Lei de
Recorrência é assim representada:

a1 = 6
{
an = an−1 − 4.

Notações especiais

Quando se conhece a soma e/ou o produto dos termos de uma P.A., é de grande
utilidade conhecer as notações especiais, pois elas facilitam os cálculos.

Notação prática para a P.A. de três termos – (x – r, x, x + r) ⇒ razão = r

Notação prática para a P.A. de quatro termos – (x – 3r, x – r, x + r, x + 3r) ⇒ razão = 2r

Notação prática para a P.A. de cinco termos – (x – 2r, x – r, x, x + r, x + 2r) ⇒ razão = r

Exemplo 1:

Em uma P.A. de três termos, o primeiro termo é a1 = 5, e a soma dos três termos é 36.
Determine a P.A.

Resolução:

(x – r, x, x + r) é a P.A., em que x – r = 5.

Com base nisso, tem-se o seguinte:

I. x − r + x + x + r = 36 ⇒ 3x = 36 ⇒ x = 12

II. x – r = 5 ⇒ 12 – r = 5 ⇒ r = 7

Assim, a P.A. é (5, 12, 19).

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Exemplo 2:

Determine três números em P.A. crescente, sabendo-se que a soma de seus


quadrados é igual a 116, e o produto dos termos extremos é igual a 32.

Resolução:

Sendo x – r, x e x + r os números procurados, tem-se o seguinte:

I. r > 0 (P.A. crescente)

II. (x – r)2 + x2 + (x + r)2 = 116 ⇒ 3x2 + 2r2 = 116

III. (x – r) · (x + r) = 32 ⇒ x2 – r2 = 32

Então:

2 2
3x + 2r = 116 ∣
2 2
{ ∣ ⇒ 5x = 180 ⇒ x = 36 ⇒ x = ±6
2 2
2x − 2r = 64 ∣

x2 – r2 = 32 ⇒ 36 – 32 = r2 ⇒ r = ± 2 ∴ r = 2

Assim:

Para x = 6 e r = 2 ⇒ P.A.(4, 6, 8)

Para x = – 6 e r = 2 ⇒ P.A.(– 8, – 6, – 4)

Resposta: 4, 6 e 8 ou – 8, – 6 e – 4.

Termo geral da P.A.

Dada uma P.A. de razão r e de ordem n, o termo an é dado pela seguinte expressão:

an = a1 + (n – 1)r

Demonstração:

Da definição de P.A., observe a seguinte operação:

a2 – a1 = r

a3 – a2 = r

a4 – a3 = r

an – an–1 = r

Somando membro a membro essas n – 1 igualdades, chega-se à seguinte expressão:

an – a1 = (n – 1)r ⇒ an = a1 + (n – 1)r, ∀n ≥ 1 e n ∈ N

Essa expressão permite calcular o enésimo termo de uma P.A. quando se conhecem a1
e r. Supondo que se conhece o termo ak, de ordem k, e aplicando a fórmula do termo
geral, obtém-se o seguinte:

ak = a1 + (k – 1)r ⇒ a1 = ak – (k – 1)r

Substituindo essa expressão em an= a1 + (n – 1)r, chega-se à seguinte operação:

an = ak – (k – 1)r + (n – 1)r ⇒ an = ak + (n – k)r

Essa última expressão permite calcular o enésimo termo de uma P.A. quando se
conhece o termo de ordem k e a razão r.

Assim, por exemplo, em uma P.A. de razão r, tem-se o seguinte:

I. a10 = a9 + 1 · r, ou seja, a10 fica um termo à frente de a9:

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II. a10 = a6 + 4 · r, ou seja, a10 fica quatro termos à frente de a6:

III. a10 = a11 – 1 · r, ou seja, a10 fica um termo atrás de a11:

IV. a10 = a15 – 5 · r, ou seja, a10 fica cinco termos atrás de a15:

Exemplo:

Em uma P.A. de razão 3, o sexto termo é 20. Calcule a1 e a20.

Resolução:

a6 = 20 ⇒ a1 + 5r = 20 ⇒ a1= 20 –15 ⇒ a1 = 5

a20 = a1 + 19r = 5 + 19 · 3 ⇒ a20 = 62

Respostas: a1 = 5 e a20 = 62.

Termos equidistantes dos extremos


Em uma sequência finita (a1, a2, ..., ap, ..., aq, ..., an), dois termos, ap e aq, são ditos
equidistantes dos extremos (a1 e an) se ficarem a igual distância de a1 e an,
simultaneamente. Dada uma sequência qualquer, são importantes os seguintes fatos:

Se ap e aq são termos equidistantes dos extremos a1 e an da sequência finita (a1, a2,


a3, ..., an), então p + q = n + 1.

Veja:

(a1 , a2 , a3 , … , ak , ap , … , aq , aq + 1, aq + 2, … , aq + k)
 
k termos k termos

Tem-se, assim:

p = k + 1 k = p − 1
{ ⇒ { ⇒ p − 1 = n − q ⇒ p + q = n + 1
q + k = n k = n − q

Se n é ímpar, a sequência (a1, a2, ..., ac, ..., an) apresenta termo central ac, em que
1 + n
c = .
2

Veja:

1 + n
Tem-se an = a2c – 1 ⇒ n = 2c – 1 ∴ c =
2

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Exemplo:

Em uma P.A. de 31 termos, a soma dos extremos é igual a 50. Calcule o termo central.

Resolução:

Sendo ac o termo central, tem-se o seguinte:

I. c =
1 + 31
∴ c = 16
2

a16 = a1 + 15r é o termo central.

II. a1 + a31 = 50

a1 + (a1 + 30r) = 50

a1 + 15r = 25 ∴ a16 = 25

Resposta: O termo central é a16 = 25.

Propriedades da P.A.

Propriedade 1 – Em toda P.A., cada termo, a partir do segundo, é a média aritmética


entre o antecedente e o consequente.

Exemplo:

Propriedade 2 – Em toda P.A. finita, a soma de dois termos equidistantes dos


extremos é igual à soma dos extremos.

Exemplo:

Propriedade 3 – Em toda P.A. finita, com número ímpar de termos, o termo médio
(central) é a média aritmética dos extremos (ou de dois termos equidistantes dos
extremos).

Exemplo:

Propriedade 4 – Em toda P.A., a soma de dois termos quaisquer será igual à soma de
dois outros, desde que a soma das ordens (índices) dos dois primeiros seja igual à
soma das ordens dos dois outros.

Exemplo:

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Questão 01
3x 7x
Se a sequência ( , x + 6, , …) é uma progressão aritmética, calcule sua
2 2

razão.

Lei de Recorrência.

Lei de Formação.

Resolução:

Tem-se o seguinte:

3x 7x
Razão = a2 – a1 = a3 – a2 ⇒ 2a2 = a1 + a3 ⇒ 2(x + 6) = + ⇒ 2x + 12 = 5x ⇒ x =
2 2

3x 3
a1 = = ⋅ 4 ⇒ a1 = 6
2 2

a2 = x + 6 = 4 + 6 ⇒ a2 = 10

Razão = r = a2 – a1 ⇒ r = 4

a1 = 6
Então, a Lei de Recorrência é {
an = an−1 + 4, n ≥ 2

Dando valores convenientes a n na Lei de Recorrência an = an–1 + 4, obtém-se a


seguinte operação:

Somando membro a membro essas n – 1 igualdades e cancelando os termos,


encontra-se o termo geral (an): an = a1 + (n –1) · 4 ⇒ an = 6 + 4n – 4 ⇒ an = 4n + 2

Respostas:

Razão = 4

a1 = 6
Lei de Recorrência: {
an = an−1 + 4, n ≥ 2

Lei de Formação: an = 4n + 2, que gera a P.A.: (6, 10, 14, 18, 22, 26, ...)

Questão 02
Os números que representam, em graus, as medidas dos ângulos internos de um
quadrilátero convexo estão em progressão aritmética, e o produto dos dois
centrais é igual a 8 000. Determine as medidas desses ângulos em graus.

Resolução:

Sendo x – 3r, x – r, x + r e x + 3r as medidas, em graus, dos ângulos, tem-se o


seguinte:

Soma dos ângulos internos do quadrilátero = 360°

4x = 360 ⇒ x = 90

(x – r)(x + r) = 8 000 ⇒ x2 – r2 = 8 000 ⇒ 8 100 – 8 000 = r2 ⇒ r2 = 100 ⇒ r = ± 10

Então:

Se x = 90 e r = 10 ⇒ P.A.(60, 80, 100, 120)

Se x = 90 e r = –10 ⇒ P.A.(120, 100, 80, 60)

Resposta: 60°, 80°, 100° e 120°.

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ESTE CAPÍTULO ABORDOU

O conceito de sequências como sendo conjuntos cujos elementos estão


dispostos em uma determinada ordem, definida por lei ou aleatoriamente.

Uma sequência pode ser representada de cinco maneiras diferentes:


descrição dos termos, Lei de Recorrência, Lei de Formação, somatório e
produtório.

Progressão aritmética é uma sequência em que, a partir do segundo, cada


termo é igual ao termo anterior adicionado a uma constante chamada razão.

Para determinar a razão de uma P.A., escolhe-se um termo e dele subtrai-se o


seu antecessor.

Uma P.A. pode ser crescente, decrescente ou constante.

Para descobrir um determinado elemento de uma P.A., utiliza-se a fórmula do


termo geral: an = a1+ (n –1) · r, sendo a1 o primeiro termo, n, a ordem do termo
pedido, e r, a razão.

As progressões aritméticas apresentam propriedades associadas aos termos


equidistantes e ao termo central. No primeiro caso, verifica-se uma
igualdade. No segundo caso, o termo corresponde à média aritmética entre o
antecedente e o consequente ou entre termos equidistantes a ele.

ATIVIDADES PARA SALA

Questão 01
Faça o que se pede.

a) A sequência (x + 3, 2x – 1, x + 5) é uma P.A. Calcule x e a razão da P.A.

b) Os números a, b e c, nessa ordem, estão em P.A. Calcule esses números sabendo que
a + b + c = 27 e a = 2c + 3.

Questão 02
(UERJ -Adaptada) Observe a tirinha a seguir.

Na situação apresentada nos quadrinhos, as distâncias, em quilômetros, d(AB), d(BC) e


d(CD) formam, nessa ordem, uma progressão aritmética. O vigésimo termo dessa
progressão corresponde a

a) –50.

b) –40.

c) –30.

d) –20.

e) –10.

Questão 03
(PUC-SP) Sendo 47 o décimo sétimo termo de uma progressão aritmética, e 2,75 sua
razão, calcule o primeiro termo.

a) –1

b) 1

c) 2

d) 0

e) 3

Questão 04
(MACKENZIE) A sequência de números reais (89, a, b, c, … , j, 45) é uma P.A. cujo oitavo

10 termos

termo é

a) 57.

b) 59.

c) 61.

d) 63.

e) 65.

Questão 05
(PUC-PR-Adaptada) Um consumidor, ao adquirir um automóvel, assumiu um empréstimo
no valor total de R$ 42 000,00 ( já somados juros e encargos). Esse valor foi pago em 20
parcelas, formando uma progressão aritmética decrescente. Dado que na segunda
prestação foi pago o valor de R$ 3 800,00 e, na penúltima, o valor de R$ 400,00, a razão
desta progressão aritmética é

a) –300.

b) –200.

c) –150.

d) –100.

e) –350.

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ATIVIDADES PROPOSTAS

Questão 01
Determine cinco números em P.A., sabendo que a sua soma é 40 e que a soma dos
1
inversos dos extremos é 3
.

Questão 02
Observe as figuras a seguir.

Continuando a construir triângulos e mantendo a mesma lógica, quantos pontos seriam


assinalados na 20ª figura?

Questão 03
(PUC-RJ) Os números a1 = 5x – 5, a2 = x + 14 e a3 = 6x – 3 estão em P.A. A soma dos 3
números é igual a

a) 48.

b) 54.

c) 72.

d) 125.

e) 130.

Questão 04
(PUC-RS) As quantias, em reais, de cinco pessoas estão em progressão aritmética. Se a
segunda e a quinta pessoas possuem, respectivamente, R$ 250,00 e R$ 400,00, a primeira
possui

a) R$ 200,00.

b) R$ 180,00.

c) R$ 150,00.

d) R$ 120,00.

e) R$ 100,00.

Questão 05
(PUC-MG-Adaptada) O tempo destinado à propaganda eleitoral gratuita é dividido entre
três coligações partidárias em partes diretamente proporcionais aos termos da
progressão aritmética: t, t + 6, t2. Nessas condições, de cada hora de propaganda
eleitoral gratuita, a coligação partidária à qual couber a maior parte do tempo t, medido
em minutos, ficará com

a) 26 min.

b) 28 min.

c) 30 min.

d) 32 min.

e) 34 min.

Questão 06
(UNIFOR) Um ciclista pedala 310 km em cincos dias. Cada dia ele pedala 10 km a mais do
que percorreu no dia anterior. Assim, a distância pedalada pelo ciclista no primeiro dia
foi

a) 36 km.

b) 40 km.

c) 42 km.

d) 44 km.

e) 46 km.

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Questão 07
(UFRGS) Nas malhas de pontos das figuras adiante, dois pontos adjacentes, na horizontal
ou vertical, encontram-se à distância de 1 centímetro.

Considerando a sucessão de quadriláteros desenhados em cada etapa da figura, a área


do quadrilátero da vigésima etapa, em cm2, é

a) 100.

b) 200.

c) 400.

d) 800.

e) 1 600.

Questão 08
(UNICAMP) O perímetro de um triângulo retângulo é igual a 6,0 m, e as medidas dos
lados estão em progressão aritmética (P.A.). A área desse triângulo é igual a

a) 3,0 m2.

b) 2,0 m2.

c) 1,5 m2.

d) 3,5 m2.

Questão 09
(UFSM) As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo mundo. De
acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde, 17,3 milhões de pessoas
morreram vítimas dessas doenças em 2012. A estimativa é que, em 2030, esse número
seja de 23,6 milhões.

Suponha que a estimativa para 2030 seja atingida e considere (an), n ∈ R, a sequência
que representa o número de mortes (em milhões de pessoas) por doenças
cardiovasculares no mundo, com n = 1 correspondendo a 2012, com n = 2
correspondendo a 2013, e assim por diante.

Se (an) é uma progressão aritmética, então o oitavo termo dessa sequência, em milhões
de pessoas, é igual a

a) 19,59.

b) 19,61.

c) 19,75.

d) 20,10.

e) 20,45.

Questão 10
(UNICAMP) Dizemos que uma sequência de números reais não nulos (a1, a2, a3, a4, ...) é
1 1 1 1
uma progressão harmônica se a sequência dos inversos ( a ,
a2
,
a3
,
a4
, …) é uma
1

progressão aritmética (P.A.).

a) Dada a progressão harmônica ( 2 , 4


,
1
, …) , encontre o seu sexto termo.
5 9 2

b) Sejam a, b e c termos consecutivos de uma progressão harmônica. Verifique que


2ac
b =
a + c
.

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