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1. Introdução ..................................................................................................................................... 3
2. LÓGICA ....................................................................................................................................... 4
4. Conclusão ................................................................................................................................... 21
5. Bibliografia ................................................................................................................................. 22
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1. Introdução
A história da Lógica tem início com o fi lósofo grego ARISTÓTELES (384 - 322a.C.) de
Estagira (hoje Estavo) na Macedônia. Aristóteles criou a ciência da Lógica cuja essência era a
teoria do silogismo (certa forma de argumento válido). Seus escritos foram reunidos na obra
denominada Organon ou Instrumento da Ciência. Na Grécia, distinguiram-se duas grandes
escolas de Lógica, a PERIPATÉTICA (que derivava de Aristóteles) e a ESTÓICA fundada por
Zenão (326-264a.C.). A escola ESTÓICA foi desenvolvida por Crisipo (280-250a.C.) a partir
da escola MEGÁRIA (fundada por Euclides, um seguidor de Sócrates), (MOMADE &
OSSOFO, 2010).
A teoria dos conjuntos foi criada relativamente recentemente por Georg Cantor (1845-1918)
que definiu conjunto como sendo “uma colecção de objectos claramente distinguíveis uns dos
outros, chamados elementos, e que pode ser pensada como um todo”. É claro que se não se tiver
definido previamente o que se entende por “colecção” esta não será uma definição rigorosa para
o termo “conjunto”. A fim de evitar definições circulares, conjunto e elementode um conjunto
são duas noções que não se definem; um conceito quando é definido, é-o em termos de outros
conceitos mais simples e não é habitual considerar conceitos logicamente mais simples que os
de “conjunto” e “elemento de um conjunto”. Conjunto e elemento de um conjunto são assim
termos primitivos que se admite serem do conhecimento de toda a gente (pelo menos de toda a
gente que estuda Matem´atica), (PINTO, 1999).
Esta secção destina-se a relembrar conceitos baseados na noção de conjunto aqui considerado
de forma intuitiva.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Adquirir os conhecimentos sobre a Lógica e Teoria de Conjuntos
1.1.2. Objectivos específicos
Utilizar correctamente os termos proposições matemáticos;
Explicar e efectuar as operações de negação, conjunção, disjunção, implicação e
equivalência material;
Conceituar conjuntos e subconjuntos e realizar as operações entre conjuntos.
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2. LÓGICA
Corrente Matemática
Nampula 10
Ivala 3-4
Cantina m.m.c.(15.30)
Expressões como estas que representam pessoas, cidades, coisas, qualidades, números, ...,
chamam-se designações.
que exprimem juízo ou traduzem afi rmações acerca dos entes, chamam se proposições.
De acordo com Momade e Ossofo (2010), proposições são expressões que se podem atribuir
um valor lógico, isto é, aquelas para as quais faz sentido dizer se são verdadeiras ou falsas.
2.3. Princípios lógicos sobre proposições
• Princípios de não contradição: uma proposição não pode ser simultaneamente verdadeira e
falsa;
• Princípio do terceiro excluído: uma proposição ou é verdadeira ou falsa, não existindo uma
terceira possibilidade.
Se uma proposição é verdadeira, diz-se que tem o valor lógico verdadeiro, que se representa
por V ou 1 (um). Se é falsa diz-se que tem um valorlógico falso que se representa por F ou 0
(zero), (MOMADE & OSSOFO, 2010).
Assim, o universo dos valores lógicos é o conjunto:
𝐿 = {𝑉, 𝐹} 𝑜𝑢 𝐿 = {1,0}. por isso se diz lógica bivalente, pois, são apenas dois valores lógicos
possíveis: Verdadeiro ou Falso.
Ou
Tabela 1.1.Tabela de verdade da negação
p ~p
1 0
0 1
Assim: ~V = F e ~F = V
2.4.2. Conjunção (𝒑 ∧ 𝒒)
Duas afirmações quaisquer podem ser combinadas pela letra “e” para
formar uma afirmação composta denominada a conjunção das afirmações
originais: simbolicamente, p ∧ q. (lê-se “p e q”), (MOMADE & OSSOFO, 2010).
Exemplo:
Seja p: “está chovendo” e q: o sol está brilhando.
p ∧ q: “está chovendo e o sol está brilhando”.
O valor lógico da afirmação composta p ∧ q satisfaz a seguinte propriedade:
• “se p é verdadeira e q é verdadeira, então p ∧ q é verdadeira; caso contrario p ∧ q é falsa.”
Por outras palavras, a conjunção de duas afirmações é verdadeira quando ambas forem
verdadeiras.
Tabela 2. Tabela de verdade de conjunção
p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F
Ou
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p q: 3 + 5 1 + 5 = 6 (F)
3. p: 1 + 5 = 7 (F)
Q: 1 < 8 (V)
a) Negar que duas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivale a afi rmar que uma
pelo menos é falsa:
~ (p ∧ q)= ~ p ∨ ~ q
Tabela 1. Tabela Verdade Leis de De Morgan
p q ~p ~q (p ∧ q) ~ (p ∧ q) ~p∨~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V F F V V
b) Negar que pelo menos uma de duas proposições é verdadeira equivale a afirmar que as duas
são simultaneamente falsas: ~ (p ∨ q)= ~ p ∧ ~ q
Exemplo:
1.Dadas as seguintes proposições:
p: O Pedro é estudante. q: O Pedro é trabalhador.
p ∧ q: O Pedro é estudante e trabalhador.
Negar (p ∧ q) equivale a dizer ~ p ∨ ~ q
Ou seja em linguagem corrente:
O Pedro não é estudante e/ou não é trabalhador.
Da mesma forma que o exemplo 1 temos em linguagem corrente o exemplo 2:
Negar que,
O João estuda Matemática ou física equivale a dizer que o João não estuda Matemática e não
estuda física.
2.5.2. Propriedade da conjunção e da disjunção
Supondo que p, q e r designam qualquer dos valores lógicos V e F, da definição: podem se
concluir as seguintes propriedades:
Tabela 2. Tabela das propriedades da conjunção e da disjunção
Elemento Neutro p ∧V =V ∧ p = p p ∨ F = F ∨ p= p
V é o elemento neutro V F é o elemento neutro
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VVVFVV
VFFFFV
FVVVVV
FVFVVF
3. TEORIA DE CONJUNTOS
3.1. Conjuntos
Chama-se conjunto a qualquer colecção, agrupamento ou família de qualquer ser animado ou
inanimado (pessoas, plantas, animais, objecto, números, letras, etc.) com características comuns
(MOMADE & OSSOFO, 2010).
Exemplos:
a. O conjunto de todos os moçambicanos.
b. O conjunto de todos os números inteiros positivos menores que 10.
Em geral, um conjunto é denotado por uma letra maiúscula do alfabeto: A, B, C, …, Z.
3.1.1. Elemento do conjunto
Qualquer ser componente de um conjunto chama-se elemento do conjunto.
Exemplos:
a. Lurdes Mutola é um elemento do conjunto dos moçambicanos.
b. O número 3 é um elemento do conjunto dos os números inteiros positivos menores que 10.
c. O pato é um elemento do conjunto das aves domésticas.
Em geral, um elemento de um conjunto, é denotado por uma letra minúscula do alfabeto: a, b,
c, ..., z.
3.1.2. Relação entre elemento e conjunto
Quando um certo elemento é componente de um dado conjunto diz-se que o elemento pertence
ao conjunto. Neste caso estabelece-se uma relação entre elemento e conjunto (MOMADE &
OSSOFO, 2010).
Exemplos:
a. Lurdes Mutola pertence ao conjunto dos moçambicanos.
b. O número 3 pertence ao conjunto dos os números inteiros positivos menores que 10.
c. O pato pertence ao conjunto das aves domésticas.
Se um elemento x pertence a um conjunto D utilizamos o símbolo ∈ que se lê: pertence e
escreve-se: a ∈ D.
E se um certo elemento não faz parte de um dado conjunto D, ou seja, se y não pertence a um
conjunto D escreve-se: y ∉ D.
3.2. Algumas notações para representação de conjuntos
Muitas vezes, um conjunto é representado com os seus elementos dentro de duas chaves { },
através de duas formas básicas e de uma terceira forma geométrica:
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3.3. Subconjuntos
Algumas vezes diremos que um conjunto A está propriamente contido em B, quando o conjunto
B, além de conter os elementos de A, contém também outros elementos. O conjunto A é
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Um conjunto que não possui elementos chama-se Conjunto vazio. É representado por { } ou
por Ø. O conjunto vazio está contido em todos os conjuntos.
Exemplos:
A={}
N=Ø
Um conjunto que contém todos os elementos do contexto no qual estamos a trabalhar e também
contém todos os conjuntos desse contexto chama-se Conjunto universal ou simplesmente
Universo. O conjunto universo é representado por uma letra U. Na sequência não mais usaremos
o conjunto universo.
Exemplo:
Exemplo:
P = {Guebuza}
Como se pode notar este conjunto possui um e único elemento e por isso classifi camo-lo como
conjunto singular.
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A ∪ B = { x: x∈A ou x∈B }
A∩ B = { x: x∈A e x∈B }
3.7.3.1. Fechamento
3.7.3.2. Reflexiva
A∪A=AeA∩A=A
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3.7.3.3. Inclusão
A⊂ A∪ B, B ⊂ A∪ B, A ∩ B ⊂ A, A ∩ B ⊂ B
A⊂ B equivale a A ∪ B = BA ⊂ B equivale a A ∩ B = A
3.7.3.5. Associativa
A∪ (B ∪ C) = (A∪ B) ∪ C
A∩ (B ∩ C) = (A∩ B) ∩ C
3.7.3.6. Comutativa
A∪ B = B ∪ A
A∩ B = B ∩ A
O conjunto vazio Ø é o elemento neutro para a reunião de conjuntos, tal que para todo conjunto
A, se tem:
A∪ Ø = A
A interseção do conjunto vazio Ø com qualquer outro conjunto A, fornece o próprio conjunto
vazio.
A∩ Ø = Ø
O conjunto universo U é o elemento neutro para a interseção de conjuntos, tal que para todo
conjunto A, se tem:
A∩ U = A
3.7.3.10. Distributiva
A∩ (B ∪ C ) = (A∩ B) ∪ (A ∩ C)
A∪ (B ∩ C) = (A∪ B) ∩ (A ∪ C)
Exemplos: ∅𝐜 =U e 𝐔𝐜 =Ø.
A Δ B = { x: x∈A∪ B e x∉A∩ B }
4. Conclusão
Vimos que lógica matemática, em síntese, pode ser considerada como a ciência do raciocínio e
da demonstração. Existem várias operações lógicas de entre elas estão: a negação, a conjunção,
a disjunção (inclusiva e exclusiva), a implicação, a equivalência, entre outras operações.
Notamos que existem propriedades para cada operação lógica citadas.
5. Bibliografia
MOMADE, S. I., & OSSOFO, A. A. (2010). Lógica e teoria dos conjuntos. Brasília.