Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Assim como a modulação linear implica em translação do espectro de mensagem para adiante, a
demodulação implica na translação inversa, a fim de se recuperar a mensagem original que está contida
no sinal modulado.
Existem duas categorias de demodulação: os detectores síncronos e os detectores de envoltória.
Por sua vez, a translação (ou conversão) em frequência é usada para deslocar um sinal modulado para
uma nova frequência portadora (para cima ou para baixo no espectro), para fins de amplificação e outras
formas de processamento de sinais.
Conversão em frequência
A conversão em frequência começa com a multiplicação por uma senoide como, por exemplo, quando o
sinal DSB [ou seja, x(t)cosω1t ] é multiplicado por cosω2t:
O produto consiste de frequências soma (f1+f2) e diferença (|f1−f2|), cada qual modulada por x(t).
Assumindo que f2 ≠ f1, a multiplicação translada o espectro do sinal x(t) para duas novas frequências
portadoras.
−f1 0 f1 f
*
−f2 0 f2 f
A multiplicação translada o espectro do sinal x(t) para duas novas frequências portadoras.
Com filtragem passa-banda apropriada, o sinal é up-converted ou down-converted.
0 (f2−f1) f2 (f2+f1) f
0 (f2−f1) f2 (f2+f1) f
Os dispositivos que realizam esta operação são chamados de conversores de frequência ou mixers.
Aplicações: oscilador de frequência de batimento, divisor de frequência regenerativo, embaralhador
de voz, analisador de espectro, etc.
Exemplo 4.5-1: Transponder de satélite (Full-duplex communication)
Transponder = Transmitter + Responder
A figura abaixo apresenta um esboço de um transponder de satélite de retransmissão que proporciona
comunicação bidirecional entre duas estações terrestres.
Diferentes frequências portadoras (6 GHz e 4 GHz) são usadas no uplink e downlink, a fim de se evitar
auto-oscilação devido a realimentação positiva do lado transmissor para o lado receptor.
A conversão de frequência translada o espectro do sinal amplificado de uplink para a banda passante
do amplificador de downlink.
Todos os tipos de modulação linear podem ser detectados pelo demodulador de produto, o qual está
mostrado na Fig. 4.5-3:
Assume-se que o oscilador local (LO) está sincronizado exatamente com a portadora de xc(t), tanto em
fase quanto em frequência.
ou seja: y (t )
(mostrar isto!)
y (t )
_________________________________________
Como fc>>W, os termos em frequência dupla são rejeitados pelo filtro passa-baixa, restando apenas:
ALO/2 ALO/2
f
−fc fc
O espectro da mensagem é X(f), com largura W.
O espectro modulado em VSB é Xc(f).
O espectro Y(f) é obtido pela convolução de Xc(f) com os impulsos em ±fc mostrados acima.
(continua...)
(...continuação)
recuperação
LPF
−fc fc
fc2 fc1
Transmissor de SSB: (2) (5)
__________________________________________________________________________________
(1) mensagem X(f) (2)
455 kHz, sub-portadora = fc2
f
f W fc2
(3) filtro mecânico, BPF-2
f
(4) fc2 (5)
fc 2 − f fc 2 + f
portadora SSB = fc1
f
fc2 fc1
(6) filtro LC, BPF-1
| 910 kHz |
f
(7) fc1−fc2 fc1 fc1+fc2
USSB
f
fc1 fc1+fc2
O primeiro oscilador a cristal opera na sub-portadora de 455 kHz, em torno da qual são construídos os filtros mecânicos.
Utilizando-se fc2=455 kHz, se dá uma margem de aproximadamente 2fc2=910 kHz para a atuação do filtro LC (região de
transição), a qual é mais do que suficiente. #
3 a 30 MHz
RF ⊗ BPF FI FI ⊗ LPF AF •
fc1 mechanical fc2 filter
455 kHz
filter
455 kHz
−fc1 0 fc1 f
mechanical filter fc2
−fc2 0 fc2 f
LPF
<
antenna AGC loud
speaker
RF ⊗ BPF FI FI ⊗ LPF AF •
fc1 mechanical fc2 filter
filter 455 kHz
455 kHz
X-TAL X-TAL
_________________________________________________
Como o sistema não transmite a portadora, não é possível implementar o AGC (Automatic Gain
Control ou Controle Automático de Ganho) da forma convencional de AM. (Capítulo 7)
É comum encontrar receptores de baixo custo com controle de ganho manual, no qual se ajusta o ganho
da etapa de FI para compensar as variações de distância entre o transmissor e receptor.
Uma outra alternativa, utiliza a amplitude do próprio sinal de áudio, o qual, após uma retificação de
pico, atua no AGC da etapa de FI.
Transceptor de SSB
Tx - transmitter PTT
AF
455 kHz
Rx - receiver
455 kHz
Permite transmitir e receber sinais, porém, não simultaneamente, através do comando dado por um
interruptor de pressão localizado no corpo do microfone (chaveia entre T e R).
455 kHz
Efeitos da falta de sincronismo (problemas de desvanecimento ionosférico, desvio de frequência Doppler, etc.)
Embora em teoria a demodulação por produto seja trivial, na prática, podem ocorrer problemas devido
a sincronismo.
A sincronização de um oscilador local com uma senoide (portadora), que nem mesmo está presente de
forma isolada na entrada de sinal (se a portadora for suprimida), gera dificuldades.
Considera-se que o sinal do oscilador local seja: cos(ωc t + ω ' t + φ ' ) , onde ω´ e φ´ representam derivas
(drifts) lentas de frequência e erros de fase, respectivamente, em relação à portadora.
A análise será realizada primeiramente com modulação de tom na frequência ωm : x(t ) = Am cos ωmt
a) DSB
Multiplicando-se x c (t ) = x(t ) Ac cos ω c t = Ac ( Am cos ω m t ) cos ω c t pelo sinal do oscilador local, vem:
__________________________________________________
(deriva em frequência)
yD (t)
(deriva na fase)
♣ Portanto, uma deriva em frequência (por exemplo, devido a shift Doppler) que não seja pequena
comparada com W altera substancialmente o tom detectado.
Além disso, um par de tons em fm+f’ e fm−f’ é produzido.
Se f’ << fm, isto soa como um gorjeio ou nota de batimento ouvida quando dois instrumentos musicais
tocam em uníssono, mas levemente fora de sintonia.
b) SSB
Para SSB, foi visto que x c (t ) = Ac cos(ω c ± ω m )t , (+) → USSB, (−) → LSSB , e assim, tem-se:
(deriva em frequência)
yD (t) ♠ (deriva na fase)
sendo KD=Ac/2.
♣ A deriva em frequência produz apenas um tom (com desvio de frequência, para mais ou para
menos), mas que também pode causar distúrbio, em particular, para transmissão musical.
No caso de transmissão de voz, derivas de frequência menores que ±10 Hz são toleráveis, mas no
caso contrário, soa como a “voz do Pato Donald”.
♠ Relativamente à deriva de fase, esta aparece como distorção de delay, sendo o caso extremo quando
φ’ = ± 900, quando o sinal demodulado torna-se xˆ (t ) .
Contudo, o ouvido humano pode tolerar uma quantidade relativamente grande de distorção por delay,
tal que o desvio de fase não é tão sério em sistema SSB para sinais de voz.
*No caso de sistema de transmissão de dados, fac símile e vídeos com portadora suprimida, uma
sincronização cuidadosa é necessária.
distributiva
O produto será:
x c (t ) cos[(ω c + ω ' )t + φ ' ] = K μ [ x(t ) cos ω c t − x q (t ) sin ω c t ] × cos[(ω c + ω ' )t + φ ' ]
Kμ
= { x(t ){cos[(2ω c + ω ' )t + φ ' ] + cos(ω ' t + φ ' )} − x q (t ){sin[( 2ω c + ω ' )t + φ ' ] − sin(ω ' t + φ ' )}}
2
Após o filtro passa baixa: y D (t ) = K D [ x(t ) cos(ω ' t + φ ' ) + xq (t ) sin(ω ' t + φ ' )] , KD = Kμ /2 .
a) DSB [xq(t)=0]
Neste caso, o sinal detectado resulta: y D (t ) = K D x(t ) cos(ω ' t + φ ' )
fator de distorção
Como ω’ << ωc cos(ω’ t) é uma função que varia lentamente no tempo: distorção na bx. freq.
X(f) YD(f)
aliasing distorção
DSB
=
−W W f −W−f’ −f’ f’ W+f’ f −W−f’ W+f’ f
(continua...)
y D (t ) = K D [ x(t ) cos(ω ' t + φ ' ) + xq (t ) sin(ω ' t + φ ' )]
y D (t ) = K D x(t ) cos(ω ' t + φ ' )
b) SSB [xq(t)= xˆ (t ) ]
Neste caso o sinal detectado resulta: y D (t ) = K D [ x(t ) cos(ω ' t + φ ' ) xˆ (t ) sin(ω ' t + φ ' )]
portadora ω’
i) Se ω’ ≠ 0 e φ’ = 0 : y D (t ) = K D [ x(t ) cos ω ' t xˆ (t ) sin ω ' t ]
Ocorre uma distorção semelhante (aliasing) ao caso DSB, com a segunda parcela distorcendo ainda
mais o sinal modulado.
No caso de transmissão de voz, para f ’ >10Hz, ocorre o efeito de “voz do Pato Donald”.
Portanto:
Xˆ ( f ) = − j sgn f X ( f ) = je jπu ( f ) X ( f )
p(t) (piloto)
2β
Exemplo: DSB+C DSB+C
Importante: o sinal de mensagem deve conter
pilot pouco conteúdo espectral em
baixa frequência.
f
H(ω)
forma geral do sistema passa banda, H(f)]
filtro vestigial
ω
0
H(ω+ωc)
banda base, H(f+fc) Esta característica satisfaz a condição:
H ( f + f c ) + H ( f − f c ) = C = constante
ω
W
#
Sob tais condições, C1 descarrega ligeiramente entre os picos da portadora e v se aproxima da envoltória
de vin.
Finalmente, R2C2 age como um bloqueio DC para remover o bias da componente de portadora não
modulada. (continua...)
Resumo: Sinal de AM
bias
Importante:
Desde que o bloqueio DC distorce as componentes de baixa Mensagem
frequência da mensagem, os detectores de envoltória
convencionais não são adequados para sinais com importante
conteúdo de baixa frequência.
modulação de tom
(continua...)
Escolha da constante de tempo RC
O capacitor C1 se carrega rapidamente até o valor de pico do sinal modulado, através de uma pequena
resistência direta oferecida pelo diodo em condução, e então, descarrega lentamente através da
resistência R1 (a qual é bem maior que a resistência do diodo).
Se a constante de tempo é escolhida adequadamente, a tensão de saída se parece muito com a envoltória.
Para operação apropriada, o inverso da constante de tempo é escolhida para ser pequena o suficiente
para frequências da mensagem, e, ao mesmo tempo, grande o suficiente para a frequência da portadora:
1 1 1 1
<< R1C1 << << R1C1 <<
fc W fc W
a) Se a constante de tempo for muito pequena, a saída do detector tem o aspecto da figura abaixo: em
vez da envoltória desejada, a forma de onda de saída possui um excessivo ripple de RF.
(continua...)
1 1
<< R1C1 <<
fc W
________________________________________________
b) Quando a constante de tempo R1C1 é selecionada muito grande, observa-se um efeito de descola-
mento diagonal (diagonal clipping): não se permite que a tensão no capacitor siga as variações na
forma de onda modulada (como mostrado na figura abaixo).
1 1
Percebe-se então que a restrição << R1C1 << é muito vaga para efeito de projeto.
fc W
Pergunta: qual a faixa de valores mais específica sugerida para a constante de tempo R1C1?
(continua...)
Na figura a seguir, mostra-se como a tensão do capacitor vc(t) segue (aproximadamente) a envoltória,
quando a constante de tempo R1C1 é selecionada adequadamente.
derivada da envoltória em t0
modulação de tom
charge/
derivada da descarga em t0
Existe uma relação entre a constante de tempo R1C1 , o índice de modulação (μ) e a maior frequência
do sinal de modulação ( fm= W ), que deve ser satisfeita no caso de detecção de envoltória de um sinal
de AM com tom único.
a justificativa é dada a seguir
(continua...)
Regra prática: para uma detecção eficiente do sinal de modulação, pede-se que:
1 1− μ 2
≤ R1C 1 ≤
ωc μ 2πW
___________________________________________________________
Prova:
a) Limite inferior:
Sabe-se que o tempo para um capacitor descarregar 99% de sua carga inicial é de aproximadamente
5R1C1 .
Note-se, ainda, que a saída não deve decair apreciavelmente entre dois picos consecutivos da onda
modulada.
O tempo entre dois picos da onda modulada é 2π /ωc, tal que, 5R1C1>> 2π /ωc R1C1 >> 2π /(5ωc).
Como 2π /5 ≅ 1 R1C1 >> 1/ωc o limite inferior é R1C1 = 1/ωc , abaixo do qual se produz muito
ripple na saída.
(O valor exato das constantes 5 e 2π não precisa ser específico, desde que a inequação acima está
sendo satisfeita, e que 5 (que vem de 5R1C1) não é um limite exato de qualquer forma.)
Por fim, ressalta-se que o importante para detecção apropriada é operar próximo ao outro extremo,
i.e., o limite superior, imediatamente antes que ocorra o descolamento diagonal; assim, a
determinação do limite superior é essencial.
(continua...)
1 1− μ 2
≤ R1C 1 ≤
b) Limite superior: ωc μ 2πW
Procura-se garantir que a tensão no capacitor vc(t) siga a envoltória, no caso da modulação tonal em
fm= W , com um mínimo de ripple e próximo ao limite de deslocamento diagonal.
dvc (t ) dA(t )
A fim de vc(t) seguir a envoltória A(t), é necessário que ≥ , em qualquer t0.
dt dt
t −t 0 descarga capacitiva
−
vc (t ) = E0 e R1C1
t −t 0
−
dvc (t ) 1 RC
= E0 e 1 1
dt t =t0 R1C1 t =t0
charge/
1 E0 A(t )
= vc (t ) = =
R1C1 t =t 0
R1C1 R1C1 t =t0
Ac [1 + μ cos 2πWt 0 ]
=
R1C1
dA(t )
Por outro lado: A(t ) = Ac [1 + μ cos 2πWt ] = μAc 2πW sin 2πWt 0
dt t =t0
Ac [1 + μ cos 2πWt 0 ] 1 + μ cos 2πWt 0
Assim, deve-se impor que: ≥ μAc 2πW sin 2πWt 0 R1C1 ≤ = f (t 0 )
R1C1 μ 2πW sin 2πWt 0
sendo que tal inequação deve ser satisfeita para todo t0.
(continua...)
1 + μ cos 2πWt 0 1 1− μ 2
R1C1 ≤ = f (t 0 ) Obs: ≤ R1C 1 ≤
μ 2πW sin 2πWt ωc μ 2πW
________________________________________
0
Como a inequação deve ser satisfeita para todo t0 , fica claro que t0 passa a ser uma nova variável.
O pior caso ocorre quando o lado direito da inequação é mínimo, uma vez que, se for menor, ocorre o
descolamento diagonal.
Mostrar
O valor mínimo de f(t0) é obtido a partir de d[f(t0)]/dt0=0, o qual conduz a: cos 2πWt 0 = − μ . isto!
Daí, calcula-se: 1 − sin 2 2π Wt0 = cos 2π Wt0 = − μ 1 − sin 2 2π Wt0 = μ 2 sin 2π Wt0 = 1 − μ 2
1 + μ (− μ ) 1− μ 2 1− μ 2
Portanto, o mínimo valor possível de f(t0) é: min{ f (t 0 }} = = =
μ 2πW 1 − μ 2 μ 2πW 1 − μ 2 μ 2πW
Em resumo, a constante R1C1 não pode ser maior que este valor mínimo de f(t0) e, portanto,
1− μ 2
R1C 1 ≤ c.q.d. #
μ 2πW
_____________________
1
Esta relação dá origem a: μ≤ .
1 + (2πWR1 C1 ) 2
Para um dado W e uma constante de tempo R1C1 , existe um limite superior no índice de modulação
para que o detector de envoltória possa demodular com sucesso.
Pelo mesmo motivo, embora a máxima eficiência de potência em AM ocorra para μ=1, a rádio-difusão
comercial usa μ tipicamente na faixa de 0,85 a 0,95.
Método de reconstrução da envoltória
Alguns demoduladores de DSB e SSB empregam o método de reconstrução de envoltória:
somador
yD
A adição de uma grande portadora gerada localmente ao sinal de entrada reconstrói a envoltória para
ser recuperada por detector de envoltória.
Este método elimina a multiplicação de sinal, mas não evita o problema de sincronização: a portadora
local deve estar tão bem sincronizada quanto o oscilador local num demodulador de produto.
________________________________________________
Exemplo: Em caso de modulação de tom em SSB
Neste caso x(t) = Am cos2πfmt, tal que o sinal SSB é (ver Seção 4.4):
AA
xc (t ) = c m cos(ω c ± ω m )t = A cos(ω c ± ω m )t
2
Ac Am
para A = , (+) → USSB e (−) → LSSB .
2
(continua...)
Ac Am vout
xc (t ) = cos(ω c ± ω m )t = A cos(ω c ± ω m )t yD
2
AA
A= c m
2
(+) → USSB (−) → LSSB
_________________________________________________
admitindo-se a condição de sincronismo
Após a soma: vout = A cos(ω c ± ω m )t + ALO cos ω c t
A(t) A
Resumo:
vi (t ) = ALO + A cos ω m t
v q (t ) = ± A sin ω m t (+) → USSB (−) → LSSB
Envoltória:
A(t ) = [vi2 (t ) + v q2 (t )]1 / 2 = [ ALO
2
+ 2 AALO cos ω m t + A 2 cos 2 ω m t + A 2 sin 2 ω m t ]1 / 2
2
A 2A
= [ A + 2 AALO cos ω m t + A ] = ALO 1 +
2
LO
+
2 1/ 2
cos ω m t
ALO ALO
Se A/ALO <<1 (sendo A = Ac Am / 2 ), então, (A/ALO)2 ≅ 0, e:
grande portadora gerada localmente
2A
A(t ) ≅ ALO 1+ cos ω m t
ALO (continua...)
Ac Am vout
2A A= yD
A(t ) ≅ ALO 1 + cos ω m t
ALO 2
grande portadora gerada localmente
___________________________________________
Série de Taylor: 1 + x = 1 + x + ..., x < 1
2
Se ALO for grande o suficiente, 2A/ALO <<1, e assim tom na frequência
de áudio
envoltória 1 2A A A
A(t ) ≅ ALO 1 + cos ω m t = ALO + c Am cos ω m t = ALO + c x(t )
2 ALO 2 2
Problemas: Erros de frequência e de fase no oscilador local podem demandar circuitos complicados
de ajuste automático do sincronismo.
Detector retificador
Deve ficar claro que o mecanismo responsável pela demodulação por detector de envoltória é a não
linearidade do diodo retificador, o qual torna o circuito de saída não-linear.
Por outro lado, um diodo semicondutor também pode ser usado para recuperar o sinal de mensagem
quando usado como chave eletrônica (sistema variante no tempo).
sinal retificado/chaveado
sinal AM
sinal filtrado
(LPF)
O sinal retificado equivale à multiplicação dos valores positivos do sinal de mensagem por +1, e,
dos valores negativos, por zero; o sistema é variante no tempo. (continua...)
Solução gráfica:
Sinal de AM
(convolução espectral)
(multiplicação temporal)
chaveamento pelo diodo
⊗ *
produto síncrono
filtro passa baixa
observe-se a grande quantidade
de energia desperdiçada com a
filtragem
(continua...)
Na seção 4.3 foi mostrado que um trem de pulsos retangulares p(t), com amplitude unitária, largura τ,
com período Tc e τ/Tc = fcτ=1/2, é tal que: ∞
p(t ) ↔ c(nf c ) δ ( f − nf c )
n = −∞
1 n
sendo: c(nf c ) = f cτ sinc(nf cτ ) = sinc
2 2
n −1
2 n −1
1
Recorrendo-se a: ( − 1) 2
, n ímpar ( − 1) 2
, n ímpar
n sin nπ / 2 nπ n π
sinc = = 1, n =0 c(nf c ) = 1 / 2, n =0
2 nπ / 2 0, n = par 0, n = par
n −1
1 1 ∞
(−1) 2
Portanto, p(t ) ↔ δ ( f ) +
2 π
n = −∞ n
δ ( f − nf c ) = P( f )
n ímpar
E também: n −1
sinal retificado/chaveado δ( f ) 1 ∞
(−1) 2
xc (t ) p(t ) ↔ X c ( f ) * P( f ) = X c ( f ) * + δ ( f − nf c )
2 π n = −∞ n
n ímpar
n −1
1 1 ∞ (−1) 2
↔ Xc( f ) +
2
n
π n = −∞
X c ( f − nf c )
n ímpar (continua...)
n −1
1 1 ∞ (−1) 2
xc (t ) p (t ) ↔ X c ( f ) +
2
n X c ( f − nf c )
π n = −∞
_____________________________________
n ímpar
A μA
No caso de sinal AM: X c ( f ) = c [δ ( f − f c ) + δ ( f + f c )] + c [ X ( f − f c ) + X ( f + f c )]
2 2
n=0 n= −1 n= +1
1 1 1
e então: xc (t ) p(t ) ↔ X c ( f ) + X c ( f + f c ) + X c ( f − f c ) + ...
2 π π
n=0
Ac μAc
↔ [δ ( f + f c ) + δ ( f − f c )] + [ X c ( f − f c ) + X c ( f + f c )] +
4 4
n= −1
1 Ac 1 μAc
+ [δ ( f ) + δ ( f + 2 f c )] + [ X ( f ) + X ( f + 2 f c )] +
π 2 π 2
n= +1
1 Ac 1 μAc
+ [δ ( f − 2 f c ) + δ ( f )] + [ X ( f − 2 f c ) + X ( f )] + ...
π 2 π 2
Se está interessado apenas na componente centrada em f=0, obtida a partir dos termos em n=±1:
1
y D (t ) ↔ Ac [δ ( f ) + μX ( f )] após a filtragem passa-baixa
π
e assim, a partir da TFI: 1 1/π = 0,318, perde-se quase 70% de sinal com a
y D (t ) = Ac [1 + μx(t )] filtragem!!
π
Portanto, a detecção por retificação é essencialmente uma detecção síncrona, uma vez que a operação
de retificação equivale a multiplicar o sinal modulado por um sinal periódico de frequência fc.
Tal “multiplicação” é realizada sem que haja necessidade de se gerar qualquer portadora no receptor.