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Manual de Apoio à Formação

Máquinas Moto Manuais

(Motosserra e Motorroçadora)

Formador: Carlos Pereira

2022
ÍNDICE
Objetivos.................................................................................................................... 4
1. Introdução........................................................................................................ 5
1.1. Conteúdos.....................................................................................................5
2. Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho...................................................7
2.1. Perigo............................................................................................................ 7
2.2. Risco..............................................................................................................7
2.3. Risco Profissional........................................................................................ 7
2.4. Especificidades do trabalho florestal.........................................................7
2.5. Fatores de risco no trabalho florestal........................................................8
2.6. Principais riscos no trabalho florestal.......................................................8
2.7. Princípios gerais da prevenção..................................................................9
3. Legislação......................................................................................................11
3.1. Lei nº 3 /2014............................................................................................. 11
3.1.1. Artigo nº15 – Deveres do empregador.................................................11
3.1.2. Artigo nº 17 – Obrigações do trabalhador...........................................12
3.2. Decreto-Lei nº 50/2005.............................................................................13
3.2.1. Artigo 4.º - Requisitos mínimos de segurança e regras de utilização
dos equipamentos de trabalho..............................................................................13
3.2.2. Artigo 5.º - Equipamentos de trabalho com riscos específicos.........13
3.3. Decreto-Lei nº 82/99 de 16 de Março......................................................14
4. Motosserra..................................................................................................... 15
4.1. Manual de Instruções................................................................................16
4.2. Principais Riscos........................................................................................16
4.2.1. Efeitos do ruído no Homem...................................................................17
4.2.2. Efeitos das vibrações no Homem.........................................................17
4.3. Erros Comuns.............................................................................................18
4.4. Medidas preventivas..................................................................................18
4.5. Organizar o trabalho..................................................................................19
4.6. Sistemas de Segurança da motosserra..................................................19
4.7. Equipamentos de proteção individual (EPI´S)........................................20
4.8. Equipamentos acessórios.........................................................................23
4.9. Arranque..................................................................................................... 24
4.10. Manuseamento...........................................................................................25

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4.11. Antes do Abate...........................................................................................25
4.12. ABATE = corte de entalhe ou bica + corte de abate.............................27
4.13. Corte de ramos...........................................................................................28
4.13.1. Corte de ramos Precauções..................................................................28
4.14. Toragem......................................................................................................29
4.15. Equipamentos auxiliares de tração..........................................................30
4.16. Árvores enganchadas................................................................................31
4.17. Motosserra – Resumo...............................................................................31
5. Motorroçadoras..............................................................................................33
5.1. Caracterização...........................................................................................33
5.2. Responsabilidade.......................................................................................34
5.3. Descrição sumária.....................................................................................34
5.4. Normas de segurança...............................................................................34
5.5. Em caso de emergência............................................................................37
5.6. Riscos > causas > consequências...........................................................37
5.7. Protecção individual..................................................................................38
5.8. Proteção coletiva....................................................................................... 40
5.8.1. Dispositivos de segurança da motorroçadora.....................................40
5.8.2. Outros.......................................................................................................41

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Objetivos

Os objetivos do módulo são:

 Sensibilizar para a importância e cumprimento das normas de SHST, de


forma a prevenir e reduzir os riscos associados à utilização dos
equipamentos moto-manuais nas operações de silvicultura e manutenção
de espaços verdes. Identificar e caracterizar os constituintes mecânicos e
as características técnicas da motorroçadora e motosserra e executar
corretamente os procedimentos básicos de manutenção, afiação e
regulação do equipamento. Identificar, reconhecer a importância e utilizar
ferramentas e equipamentos acessórios (cinto de motosserrista, panca,
garras, gancho, cunhas,...) e equipamentos auxiliares de tração (moto
guincho e “Tirfor”) no trabalho com a motosserra. Escolher a ferramenta
ou acessório de corte mais adequado ao trabalho a realizar e em função
do tipo de máquina, utilizando os métodos e técnicas apropriados com
respeito pela ergonomia e eficiência. Executar de forma correta as
operações de manutenção e conservação da motosserra e moto roçadora,
ferramentas e equipamentos auxiliares.

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1. Introdução

A utilização de máquinas e equipamentos de trabalho carece de formação


específica, nomeadamente na vertente da segurança.

Pretende-se dotar os formandos com conhecimentos teórico-práticos em


operações de manutenção e conservação necessárias aos equipamentos moto-
manuais, fundamentais para o desenvolvimento de um trabalho seguro,
respeitando as normas de HST e de proteção ambiental.

1.1. Conteúdos

 Requisitos Legais;
o Legislação e Conceitos Gerais.
 Tipos de equipamento Moto Manuais.
o Motosserra e Moto Roçadora
o Principais riscos
o Erros comuns
o Medidas preventivas na utilização
o Sistemas de segurança.
o Equipamentos de proteção Individual.
 Motosserras
o Procedimentos no abate
o Verificação da direção da queda
o Limpeza da envolvente
o Distâncias entre pontos de corte e caminhos de fuga.
o Inspeção e Manutenção
o Ferramentas auxiliares;
o Afiação da corrente;
o Armazenamento.
 Moto Roçadora
o Sistemas de segurança
o Verificação da envolvente
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o Regras de posicionamento
o Equipamentos de proteção Individual
o Inspeção
o Armazenamento.

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2. Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

A Segurança, a Higiene e a Saúde no trabalho são atividades intimamente


relacionadas com o objetivo de garantir condições de trabalho capazes de
manter o nível de saúde física, mental e social dos colaboradores e
trabalhadores.

Conjunto de normas e de procedimentos voltados para a integridade física e


mental do trabalhador, preservando-o dos riscos inerentes às tarefas do cargo e
ao ambiente físico onde são executadas. (Chiavenato, 1999).

2.1. Perigo

Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão,


doença, dano à propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinação
destes.

2.2. Risco

Combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um


determinado evento perigoso.

2.3. Risco Profissional

Qualquer situação relacionada com o trabalho que possa prejudicar física ou


psicologicamente a segurança e/ou saúde do trabalhador, excluindo acidentes
de trajeto” (Trabalho Florestal, Manual de Prevenção, ACT).

2.4. Especificidades do trabalho florestal

 Permanente exposição às condições climatéricas por se realizar ao ar


livre;

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 A dispersão da propriedade e dos locais de trabalho prejudica
frequentemente a concentração de meios, o que dificulta a organização
de sistemas de prevenção;
 Ocorre em locais isolados e de difícil acesso;
 Exige força muscular considerável;
 Utilização de equipamentos específicos que requerem grande resistência
física;
 É consideravelmente elevada a perigosidade de muitas máquinas e
equipamentos, agravada pela existência de uma gama muito variada de
modelos com regras e dispositivos de segurança diferenciados;
 O emprego de mão-de-obra ocasional ou sazonal origina dificuldades
acrescidas na perceção do risco e na sua prevenção.

2.5. Fatores de risco no trabalho florestal

 Agentes químicos (associados a gases, combustíveis, lubrificantes,


pesticidas, etc.);

 Agentes mecânicos (associados a máquinas, motosserras, utensílios,


cabos, escadas, fossas, alçapões, etc.);

 Agentes biológicos (associados ao operador, animais, árvores, vegetação,


etc.);

 Agentes físicos (solo, declive, topografia, meteorologia, clima, etc.);

 Agentes ergonómicos (associados ao sistema operador-máquina e suas


condições de trabalho).

2.6. Principais riscos no trabalho florestal

 Cortes (ligeiros a mortais)

 Lesões dorso-lombares (temporárias a permanentes)

 Esmagamento (ligeiro a mortal)


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 Surdez (parcial a total)

 Dermatoses

 Quedas (ligeiras a mortais)

 Intoxicações (ligeiras a mortais)

2.7. Princípios gerais da prevenção

A melhoria das condições de trabalho e a redução dos riscos de acidente e/ou


de doenças a que os trabalhadores florestais estão sujeitos, passa pela
necessidade de implementar a nível nacional, a nível das empresas e do local
de trabalho, metodologias que tenham em consideração os princípios gerais da
prevenção (Princípios de Boas Práticas Florestais – DGRF, 2003)

• Eliminação do risco , sempre que possível;

• Avaliação dos riscos , sempre que não possam ser eliminados (quanto à
origem, natureza e consequências nocivas na segurança e saúde do
trabalhador);

• Combater o risco na origem (a eficácia da prevenção é tanto maior


quanto mais se dirigir a intervenção para a fonte do risco);~

• Adaptação do trabalho ao homem (redução do esforço físico, melhoria da


postura, simplificação do manuseamento de ferramentas e equipamentos
e escolha de métodos, processos e espaços de trabalho);

• Atender ao estado de evolução da técnica (no que diz respeito aos meios
de trabalho que reduzam o risco ou o tempo de exposição a este);

• Organização do trabalho (isolar a fonte de risco, eliminar ou reduzir o


tempo de exposição ao risco, reduzir o número de trabalhadores expostos
ao risco, eliminar a sobreposição de tarefas incompatíveis, integrar de
forma coerente as medidas de prevenção);

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• Prioridade da proteção coletiva , quando não for possível a supressão do
risco (intervenções, fundamentalmente, no âmbito da escolha de
materiais e equipamentos que disponham de proteção integrada e do
envolvimento do risco, através de sistemas de proteção aplicados na sua
fonte);

• Proteção individual , constituirá uma opção resultante de não se conseguir


controlar eficazmente o risco, pelo que apenas se torna possível proteger
o homem (equipamento de proteção individual - EPI - adequado ao
homem, ao risco e ao trabalho);

• Informação e formação (adequada aos trabalhadores e contínua,


definição de medidas concretas que permitam a prevenção do risco,
criação e desenvolvimento de competências na avaliação e gestão do
risco).

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3. Legislação

3.1. Lei nº 3 /2014

3.1.1. Artigo nº15 – Deveres do empregador

 Empregador suporta a totalidade dos encargos com a organização e o


funcionamento do serviço de segurança e de saúde no trabalho e demais
sistemas de prevenção;

 Empregador deve assegurar ao trabalhador condições de segurança e de


saúde em todos os aspetos do seu trabalho;

 O empregador deve zelar, de forma continuada e permanente, pelo


exercício da atividade em condições de segurança e de saúde para o
trabalhador, tendo em conta os seguintes princípios gerais de prevenção:

o Identificação dos riscos previsíveis em todas as atividades da


empresa (….) com vista à eliminação dos mesmos ou, quando esta
seja inviável, à redução dos seus efeitos;

o Integração da avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do


trabalhador no conjunto das atividades da empresa,
estabelecimento ou serviço, devendo adotar as medidas adequadas
de proteção;

o Combate aos riscos na origem, por forma a eliminar ou reduzir a


exposição e aumentar os níveis de proteção;

o Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes


químicos, físicos e biológicos e aos fatores de risco psicossociais
não constituem risco para a segurança e saúde do trabalhador;

o Adaptação do trabalho ao homem, especialmente no que se refere


à conceção dos postos de trabalho, à escolha de equipamentos de

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trabalho e aos métodos de trabalho e produção, com vista a,
nomeadamente atenuar o trabalho monótono e o trabalho
repetitivo e reduzir os riscos psicossociais;

o Adaptação ao estado de evolução da técnica, bem como a novas


formas de organização do trabalho;

o Substituição do que é perigoso pelo que é isento de perigo ou


menos perigoso;

o Priorização das medidas de proteção coletiva em relação às


medidas de proteção individual;

o Elaboração e divulgação de instruções compreensíveis e adequadas


à atividade desenvolvida pelo trabalhador;

3.1.2. Artigo nº 17 – Obrigações do trabalhador

 Cumprir as prescrições de segurança e de saúde no trabalho


estabelecidas nas disposições legais e em instrumentos de
regulamentação coletiva de trabalho, bem como as instruções
determinadas com esse fim pelo empregador;

 Zelar pela sua segurança e pela sua saúde, bem como pela segurança e
pela saúde das outras pessoas que possam ser afetadas pelas suas ações
ou omissões no trabalho, sobretudo quando exerça funções de chefia ou
coordenação, em relação aos serviços sob o seu enquadramento
hierárquico e técnico;

 Utilizar corretamente e de acordo com as instruções transmitidas pelo


empregador, máquinas, aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas e
outros equipamentos e meios postos à sua disposição, designadamente
os equipamentos de proteção coletiva e individual, bem como cumprir os
procedimentos de trabalho estabelecidos;

 Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou, não sendo possível,


ao trabalhador designado para o desempenho de funções específicas nos
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domínios da segurança e saúde no local de trabalho as avarias e
deficiências por si detetadas que se lhe afigurem suscetíveis de
originarem perigo grave e iminente, assim como qualquer defeito
verificado nos sistemas de proteção;

3.2. Decreto-Lei nº 50/2005

Objetivo:

 Assegurar que os equipamentos de trabalho são adequados e garantem a


segurança e saúde dos trabalhadores durante a sua utilização;

Como?

 Adequação dos equipamentos a determinados requisitos de segurança.

 Verificação periódica da condição (degradação e/ou inibição das funções


de segurança)

Âmbito:

 Equipamentos de trabalho: qualquer aparelho, máquina, ferramenta ou


instalação utilizados no trabalho);

3.2.1. Artigo 4.º - Requisitos mínimos de segurança e regras de


utilização dos equipamentos de trabalho

 Os equipamentos de trabalho colocados pela primeira vez à disposição


dos trabalhadores na empresa ou estabelecimento devem satisfazer os
requisitos de segurança e saúde previstos em legislação específica sobre
conceção, fabrico e comercialização dos mesmos.

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3.2.2. Artigo 5.º - Equipamentos de trabalho com riscos
específicos

 O empregador deve tomar as medidas necessárias para que a sua


utilização seja reservada a operador especificamente habilitado para o
efeito, considerando a correspondente atividade.

3.3. Decreto-Lei nº 82/99 de 16 de Março

Segundo este Decreto entende-se por equipamento de trabalho qualquer


máquina, aparelho, ferramenta ou instalação utilizado no trabalho.

A utilização de um equipamento de trabalho compreende qualquer atividade em


que o trabalhador entre em relação com um equipamento, nomeadamente a
colocação em serviço ou fora de serviço, o uso, o transporte, a reparação, a
transformação, a manutenção e a conservação, incluindo a limpeza.

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4. Motosserra

A motosserra é classificada como uma ferramenta acionada por motor a


gasolina/mistura;

A primeira motosserra foi criada pela Sthil em 1925 acionada por eletricidade;

O operador deve ser bem treinado para a sua utilização;

Devem ser respeitadas as instruções do fabricante;

Devemos estar cientes de todos os riscos na operação da ferramenta e do


combustível .

No sentido de minimizar estes riscos e realizar um trabalho de qualidade,


seguro e produtivo, o motosserrista deve :

 Possuir formação profissional específica , que lhe permita aplicar posturas,


procedimentos e técnicas adequadas ao exercício da atividade;

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 A manutenção e conservação da motosserra passam em grande parte
pela sua limpeza e verificação;

 Cumprir as normas de segurança ;

 Zelar pela conservação e manutenção da motosserra;

4.1. Manual de Instruções

Deve conter informações relativas à segurança e à saúde no trabalho,


especialmente:

 Riscos de segurança e saúde;

 Instruções de segurança no trabalho com o equipamento;

 Especificações de ruído e vibração;

 Advertências;

4.2. Principais Riscos

 Cortes e esmagamento

 Quedas;

 Ruído e vibrações;

 Projeção de partículas;

 Incêndio;

 Lesões dorso-lombares

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4.2.1. Efeitos do ruído no Homem

4.2.2. Efeitos das vibrações no Homem

DECRETO-LEI 46/2006, de 24 de Fevereiro:

Artigo 3.º Valores limite e valores de ação de exposição 1— Para as vibrações


transmitidas ao sistema mão-braço:

a) Valor limite de exposição: 5 m/s2;

b) Valor de ação de exposição: 2,5 m/s2.

2— Para as vibrações transmitidas ao corpo inteiro:

a) Valor limite de exposição: 1,15 m/s2;

b) Valor de ação de exposição: 0,5 m/s2.

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4.3. Erros Comuns

 Mau planeamento e organização do trabalho;

 Não respeitar os dispositivos e medidas de segurança;

 Ausência de formação e informação;

 Não ter os Equipamentos de Proteção Individual a funcionar


corretamente;

 Corte de árvores enganchadas;

4.4. Medidas preventivas

 Formação e informação;

 Manutenção e conservação adequadas da motosserra, em condições de


segurança e de acordo com as instruções do fabricante:

o Verificar a tensão da corrente, usando luvas;

o Verificar se as porcas e parafusos exteriores estão bem apertados

 Assegurar que utiliza todos os Equipamentos de Proteção Individual


necessários;

 Ter cinto de motosserrista com estojo de primeiros socorros;

 Ter um reservatório duplo de combustível e óleo, respetivamente


identificados, com sistema de enchimento anti derrame;

 O arranque da motosserra deve ser acionado com o equipamento sobre o


solo, verificando se o interruptor está na posição de arranque e a
corrente bloqueada;

 Em paragens curtas (menos de 15 segundos) acionar sempre o travão de


segurança;

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 Em paragens longas (mais de 15 segundos) desligar a motosserra;

 O vestuário deve ser confortável, de modo a permitir liberdade de


movimentos, de cor viva (permite localizar facilmente o motosserrista) e
adaptado às condições ambientais;

4.5. Organizar o trabalho

 Definir linhas de corte e direções de trabalho;

 Manter distâncias de segurança (2,5 vezes a altura da árvore a abater) e


caminhos de fuga;

 Efetuar o abastecimento e manutenção da motosserra em locais pré


definidos;

 Sinalizar a área de trabalho;

 Nunca trabalhar sozinho e possuir sempre um meio de comunicação;

 Assegurar que o comprimento da lâmina é adequado ao trabalho;

 Utilizar equipamentos específicos para remoção de árvores enganchadas;

4.6. Sistemas de Segurança da motosserra

 Corrente de segurança;

 Travão de corrente e guarda mão dianteira;

 Bloqueador do acelerador;

 Guarda mão traseiro;

 Dispositivos anti vibratórios;

 Retentor da corrente;

 Bainha da corrente;
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4.7. Equipamentos de proteção individual (EPI´S)

O motosserrista deve utilizar o vestuário e equipamento de proteção individual


(EPI) que lhe permite trabalhar nas melhores condições de conforto e
segurança;
Deverá selecionar aquele que mais se adapta a cada situação;

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O vestuário deve ser confortável, de modo a permitir liberdade de movimentos,
de cor viva (permite localizar facilmente o motosserrista) e adaptado às
condições ambientais;
 Capacete com viseira e auriculares (CE EN 397, EN 166, CE EN 352)
 Blusão, camisola ou colete de cor viva (EN 471)
 Luvas (CE EN 381)
 Calças com entretela de segurança (CE EN 381/5 tipo e Classe)
 Botas de segurança (EN ISO 17249)

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O cinto do motosserrista deve ser considerado como parte integrante do seu
vestuário. Além de ajustar o blusão, contém várias ferramentas indispensáveis
ao seu trabalho.

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4.8. Equipamentos acessórios

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4.9. Arranque

Motosserra assente no solo :


• Quando motor está frio
• Modelos mais pesados
• Operador com pouca experiência

Motosserra entre os joelhos :

• Alternativa ao arranque com a motosserra


assente no solo

• Eventualmente o método mais cómodo e


seguro

Motosserra suspensa nas mãos :

• Exige experiência do operador

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• PERIGO se o operador usar a mão esquerda para segurar a pega
dianteira!!

4.10. Manuseamento

4.11. Antes do Abate

 Condições climatéricas:

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Principalmente vento (condiciona e dificulta o controlo da direção de queda da
árvore) e trovoada. Adaptar e condicionar os trabalhos em função da
adversidade das condições.

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4.12. ABATE = corte de entalhe ou bica + corte de
abate

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4.13. Corte de ramos

 Uma das operações onde o operador gasta mais tempo e onde ocorrem
numerosos acidentes.

 Exige boa coordenação de movimentos e utilização de métodos de


trabalho adequados.

 Exige a tomada de precauções.

4.13.1. Corte de ramos Precauções

 Estabilidade da árvore abatida;

 Operador posicionado no lado esquerdo do tronco da árvore abatida, em


posição estável e segura:

 Motosserra perto do corpo, usar pontos de apoio;

 Altura ideal de trabalho: entre o joelho e a cintura;

 Atenção à tensão a que os ramos podem estar sujeitos;

 Cortes realizados rente ao tronco e da base para o topo;

 Evitar o contacto da parte superior da lâmina com os ramos ou qualquer


objeto – perigo de ressalto!

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4.14. Toragem

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4.15. Equipamentos auxiliares de tração

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4.16. Árvores enganchadas

NUNCA:

 Abater a árvore que suporta a árvore enganchada

 Trabalhar ou andar por baixo da árvore enganchada

 Abater uma árvore por cima duma árvore enganchada

 Abandonar o local sem assinalar a área à sua volta, de modo visível e a


uma distância segura

4.17. Motosserra – Resumo

 Utilizar máquinas e equipamentos certificados e homologados;

 Verificar o estado de funcionamento da motosserra e dos seus


dispositivos de segurança;

 Utilizar o modelo de máquina e os equipamentos adequados ao trabalho


que se vai realizar;

 Usar o EPI indicado para o trabalho com motosserra;

 Planear e organizar os trabalhos, avaliar e referenciar as áreas a intervir


e os riscos associados;

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 Adequar a realização dos trabalhos às condições atmosféricas;

 Aplicar os métodos indicados a cada situação e executar corretamente as


técnicas de abate;

 Adotar gestos e posturas corretas;

 Estar informado e receber formação para o uso da motosserra e


atividades que vai realizar;

 Evitar o trabalho repetitivo e monótono (rotação de postos de trabalho);

 Descansar e beber água regularmente, evitando situações de fadiga;

 Não trabalhar isoladamente;

 Cumprir as distâncias de segurança;

 Efeituar a manutenção das máquinas e equipamentos de forma regular e


preventiva;

 Trazer consigo um estojo de 1ºs socorros e transportar na viatura uma


mala de 1ºs socorros por equipa;

 Possuir um meio de comunicação que possibilite o contacto permanente


com os colegas ou empresa (telemóvel ou rádio), e número de contacto
em caso de emergência;

 Usar depósitos mistos (mistura combustível + óleo corrente) com


ponteiras anti pingo (derrame);

 Não por a motosserra a trabalhar no local onde é feito o abastecimento;

 Não fazer fogo ou foguear em situação de risco de incêndio;

 Dispor de extintor próximo do local de trabalho;

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5. Motorroçadoras

Máquina portátil, pesando no máximo 14 kg, equipada com um pequeno motor


que, através de um prolongamento, permite a rotação de um disco de corte
montado na extremidade.
Poderão ser aplicados discos adaptados a diversas situações, permitindo a
utilização da máquina no corte de vários tipos de matos e em operações de
desbaste.
A sustentação da motorroçadora faz-se mediante um arnês colocado no tronco
do utilizador.

5.1. Caracterização

Controlo da vegetação espontânea e manutenção de povoamentos florestais.

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5.2. Responsabilidade

Responsável pelo cumprimento dos procedimentos:

 Operador de motorroçadora

 Chefe de equipa

5.3. Descrição sumária

Corte de vegetação herbácea e arbustiva (limpeza de matos)

Corte de arvoredo de pequenas dimensões (aproveitamento de regeneração


natural, desbastes).

5.4. Normas de segurança

 Utilize máquinas e equipamentos certificados e homologados.

 Verifique o estado de conservação e de funcionamento da motorroçadora.


Nunca a utilize se apresentar algum componente ou peça danificada,
defeituosa ou algum sinal de avaria.

 Verifique o estado de conservação e funcionamento dos dispositivos de


segurança e de proteção. Não remova nem altere nenhum destes
dispositivos.

 Utilize o modelo de máquina e os equipamentos adequados ao trabalho


que vai efetuar.

 Utilize o tipo de utensílio de corte adequado ao trabalho a realizar. Nunca


utilize utensílios de corte com capacidade de rotação inferior à indicada
na cabeça angular da motorroçadora.

 Nunca trabalhe sem o protetor de projeção de detritos e use sempre o


modelo adequado ao utensílio de corte que vai usar.

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 Use o EPI recomendado para o trabalho com motorroçadora

 Trabalhe sempre com o suspensório de suporte ou arnês bem ajustado ao


seu corpo

 Esteja informado e receba formação para o uso da motorroçadora e


operações a realizar.

 Esteja a par do planeamento e organização dos trabalhos e opere em


sintonia com os outros colegas de equipa.

 Faça sempre o reconhecimento prévio da área e do terreno. Avalie e


referencie as áreas a intervir e os riscos associados. Sinalize as zonas
mais difíceis ou problemáticas, incluindo obstáculos. Programe a
progressão dos trabalhos mais adequada a cada situação.

 Sinalize a área de intervenção, principalmente quando se localize junto a


vias de circulação.

 Procure adequar a realização dos trabalhos e operações às condições


atmosféricas

 Não trabalhe isoladamente

 Cumpra as distâncias de segurança entre operadores e pessoas. (mínimo


15m)

 Ao por a motorroçadora a trabalhar, certifique-se que o utensílio de corte


não toca em qualquer obstáculo ou objeto estranho que possa provocar o
ressalto

 Aplique os métodos indicados a cada situação e execute corretamente as


técnicas recomendadas.

 Adote gestos e posturas corretas, evitando esforços acrescidos. Utilize o


movimento dos braços e das pernas de forma a abranger a maior área de
trabalho possível sem torcer demasiado o seu tronco.

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 Quando utilizar lâminas de corte circulares, nunca use a zona
correspondente às 12-14h dum mostrador de relógio, para evitar o risco
de ressalto

 Evite elevar o utensílio de corte acima da altura dos ombros enquanto


opera.

 Evite cortar demasiado rente ao solo, para evitar a projeção de pedras e


outros objetos.

 Nunca toque nem tente retirar qualquer objeto ou corpo estranho que
fique encravado no órgão de corte, com o motor em funcionamento.

 Em caso de necessidade extrema de comunicar com outro operador que


esteja a trabalhar, avise-o da sua presença abordando-o pela retaguarda
e colocando a mão esquerda sobre o motor, pressionando-o. Com a mão
direita parar o motor caso o operador não o faça. Todos os operadores
deverão ter conhecimento desta regra.

 Evite o trabalho repetitivo e monótono

 Procure fazer pequenas pausas, alimente-se bem e beba água


regularmente, evitando situações de fadiga.

 Efetue a manutenção das máquinas e equipamentos de forma regular,


cuidada e preventiva. Não fume durante os trabalhos de manutenção e
utilize locais bem ventilados para o efeito.

 Utilize recipientes homologados para transporte de combustível.

 Não ponha a motorroçadora a trabalhar no local onde é feito o


abastecimento. Use recipientes ou meios de proteção adequados para
recolher eventuais derrames durante a operação.

 Transporte a motorroçadora devidamente acondicionada, de preferência


num compartimento aparte e sempre com o utensílio de corte
resguardado com o protetor de transporte.

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 Traga consigo um estojo de 1ºs socorros e transporte na viatura uma
mala de 1ºs socorros por equipa

 Faça-se acompanhar de um meio de comunicação que possibilite o


contacto permanente com os colegas ou empresa (telemóvel ou rádio),
bem como de número de contacto em caso de emergência

 Não faça fogo ou fogueie em situação de risco de incêndio

 Tenha sempre um extintor próximo do local de trabalho

5.5. Em caso de emergência

 Pare o motor da motorroçadora e de todas as máquinas que estejam na


área de trabalho

 Avalie a gravidade da emergência

 Preste os primeiros socorros apenas se tiver habilitações para isso

 Contacte o INEM ou o Posto de Socorro mais próximo

 No caso de incêndio, ligue o 112 ou Corporação de Bombeiros mais


próxima

 Desimpedir as vias de acesso

5.6. Riscos > causas > consequências

Ruído > ausência ou uso inadequado de protetores auriculares > traumatismos


auditivos

Postura > deficientes gestos e posturas de trabalho, método ou técnica de


trabalho mal aplicado, máquinas e equipamentos não adequados ao trabalho a
realizar, terreno difícil e irregular, fadiga > lombalgia, ciática, hérnias,
compressão discal, deslocação de vértebras, dores e lesões oste musculares

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Quedas > desequilíbrios, inadequado uso do equipamento, deficiente
reconhecimento da área a trabalhar, não sinalização de obstáculos e locais de
difícil acesso, método e técnica de trabalho mal aplicada, adoção de posturas
inadequadas, fadiga > golpes, fraturas, entorses, feridas, cortes, contusões

Projeções de partículas ou objetos estranhos > ausência ou uso


inadequado do EPI e/ou dos dispositivos de segurança, equipamentos ou
componentes em mau estado de conservação, método ou técnica de trabalho
mal aplicada > ferimentos, hematomas, lesões corporais, lesões oculares,
golpes, cortes, amputação, morte

Contacto de objeto estranho com o operador > ausência ou uso


inadequado do EPI, deficiente sinalização dos locais e obstáculos, deficiente
reconhecimento da área, planeamento e organização dos trabalhos >
ferimentos, hematomas, queimaduras, lesões corporais, golpes, cortes, fraturas,
traumatismo craniano, esmagamento, entalamento, amputação, morte

Substâncias tóxicas > manutenção do equipamento em locais mal ventilados,


uso inapropriado de EPI e equipamentos de proteção, utilização inapropriada de
substâncias tóxicas ou alergénicas > afeções no aparelho respiratório, alergias,
intoxicações

Stress térmico por calor > altas temperaturas, ingestão insuficiente de água,
cansaço, vestuário inadequado às condições atmosféricas > fadiga,
desidratação, indisposições, desmaios

Incêndio > deficiente limpeza e conservação do equipamento, fumar ou


foguear durante o abastecimento ou manutenção do equipamento em locais mal
ventilados > queimaduras, intoxicações

Vibrações > dispositivos anti vibratórios em mau estado, uso inadequado da


motorroçadora > má circulação, perda de sensibilidade nas mãos

Animais e insetos > picadas

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5.7. Protecção individual

 Capacete com auriculares e viseira adequada (CE EN 397, CE EN 352, CE


EN 166, EN 1731)

 Óculos de proteção (CE EN 166)

 Casaco ou colete de cor viva (CE EN 340 / EN 471)

 Luvas (CE EN 388, EN 420)

 Calças de proteção (CE EN 340 / EN 471)

 Polainas/caneleiras rígidas (opcional)

 Botas de segurança (EN ISO 20345)

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5.8. Proteção coletiva

5.8.1. Dispositivos de segurança da motorroçadora

 Bloqueador do acelerador

 Dispositivos anti vibratórios

 Protetor de projeções de detritos

 Proteção de transporte

 Suspensório de suporte com fechos de abertura rápida

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5.8.2. Outros

 Extintores

 Mala de 1ºs socorros

 Meio de comunicação (rádio, telemóvel)

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