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uma vez o imperador está dando uma festa luxuosa para os burgueses da
capital de Cotaan. Quase todos o mês o palácio tem algo sobre o que festejar, eles
não se importam que em algum lugar do país alguém está morrendo de fome, suas
barrigas continuam cheias e é só o que interessa. Estou parada um passo da porta do
salão de festas, com um carrinho de frios e bebidas para o imperador. Olhando meu
reflexo nos vidros do corredor tento me preparar para todos os olhares, todos os os
risos; Todos aqui sabem da minha historia, e todo mundo desse salão me considera
uma piada. Mas esse é o preço da minha vingança, então coloco todo orgulho que
ainda me resta, em minha postura. De cabeça erguida, passo a mão nos cachos que se
desprendem do coque, me encaro novamente lancando palavras de insentvo e empurro a
porta do salão. Assim que entro o som da musica e as vozes me envadem com mais
força. A visão é sempre horrivel. Um monte de velhos nojentos que nem se limpam
sozinhos, conversando com outros velhos nojentos, as mulheres com suas disputas de
quem fica mais bonita para o imperador, ou deixar suas filhas mais bonitas. A
exibição dos demons e magia desnecessaria. A magia é vida, é o que contola essa
mundo, o status social muito alem do dinheiro. E eles gastam como se não fosse
nada. Nunca precisaram se encarar sem elas, aposto que nã são nada sem sua preciosa
magia.
Olho para o trono, enquanto tento não esfaquear um nobre velho e asqueroso
que tenta me tocar. Continuo de cabeça ergida e um rosto sereno como fui instruida,
mas por todo caminho observo o imperador. Por traz de toda a sujeira desse salão,
ele e seus demons são as coisas mais bonitas daqui. Ele se destaca mais que as
lumionarias do teto, todos querem a sua atenção, querem seus olhos direcionados
para si. Todo o seu visual é algo animalesco e angelical, dizem que sua familia é
descendente dos elfos que trouxeram a magia para essa mundo. Eu não duvidaria
disso, ainda mais quado seus cabelos loiros chegam a ser quase brancos, com ondas
caindo em volta de seu pescoço grosso, a linha de seu maxilar marcado, sua boca com
o desenho perfeito que não se vê em muitos homens, seu nariz...seus olhos; A parte
que mais me intriga e que mais me dá medo. As meninas sempre ficam loucas sobre
seus olhos de duas cores, herança de sua falecida mãe. Porém eu sempre achei que
esses olhos guardavam algo. Sempre os associei com yin e yang, o olho azul
cristalino e o olho preto em total contraste. O Bem e o mal de uma realeza
corrupta.
- Você não precisa subir - Ele me olha com desprezo como se fosse melhor que eu.
E ele é. Mas o fato dele saber disso me irrita.
- Darcy, esse é o meu trabalho. - Digo com um sorriso falso - Não precisa se
preocupar, não vou atacar o nosso imperador.
- E quem iriam me garantir disso ? - Ele fala me olhando de cima a baixo - Uma
rata sem magia filha de uma traidora seria capaz de tudo.
Isso doi. Mas eu revido.
- O que te dá a garantia...é que você é a unica pessoa que eu sujaria minhas mãos
com sangue. E pode apostar que eu iria gostar. - Digo no tom mais sombrio que
consigo.
Mas claro, que não surge nenhum efeito. Ele e seu demon macaco zombam de mim.
Estou pronta para dar as costas e ir embora, quando escuto a voz do imperador.
Sua voz é aveludada, sombria e bruta. Meu corpo sente o perigo em imdediato.
- Como quiser senhor - A puta do Darcy recua com o rabo entre as pernas.
"Serva" o fato dele nem saber meu nome me dá raiva. O que é totalmente ridiculo,
considerando o grau de nossas diferenças. Mas mesmo assim não consigo deixxar de me
sentir miseravel.
- Voce pode deixar o carrinho ai. O salão esta cheio, vá servir aos outros. - Ele
me dispensa sem ao menos olhar pra mim.
vejo o cão infernal que me olha, ele vira a cabeça de lado como se curioso
com a minha presença. Mas logo vira a cara e impina o fucinho.
Por que até um maldito cachorro tem esse ar de superioridade ?
Faço a coisa mais madura que alguém na minha situação poderia fazer.
Dou língua a ele.
Volto a cozinha sem pressa. Observando as pessoas ao redor, magos
nobres, magos cavaleiros, mulheres e seus vestidos extravagantes, crianças que iram
crescer cheias de mimo e com o ego de alguém que é melhor que todos. Sempre me pego
pensando como seria se fosse ao contraio; Como seria eles aqui e eu lá,
aproveitando uma festa, sem preocupações. Sem todos os pensamentos de
sobrevivencia. Ser servida inves de servir. Dançar...sinto falta de dqnçar.
Paro e encosto em um dos pilares. Lembrando que eu já fui assim, lembrando do
meu tempo de liberdade e a minha familia. Eles me chamavam pelo nome, sabiam quem
eu era. Eu sabia quem eu era. Agora eu sou uma casca vazia de uma criança que teve
sua infacia arrancada dela. Sua familia destruida por pura maldade e preconceito.
Uma dass criadas esbarra em mim, me tirando de meus desvaneios, ela pede desculpas
e sai correndo. Meu cabelo se desprende do coque outra vez caindo em cachos
rebeldes pelo meu rosto, suspiro pois já é a maldita quinta vez que o prendo hoje.
Puxei esse cabelo rebelde da minha mãe, mas o dela era sempre arrumado e contido.
Meu Deus as vezes penso que sou a geração amaldiçoada da minha descendencia.
- Pensei que não ia voltar mais. A festa está tão boa assim? - minha avó
pergunta.
Velha desgraçada.
- quais passos ? Os que os trouxeram até aqui e que os mataram? - ela diz
sem nenhum pingo de compaixão.
Fico alguns segundos parada olhando pra ela. E ela nem me encara. Ela faz
isso desque tudo aconteceu, sempre jogando suas dores em cima de mim, querendo
alguem para culpar ao inves de culpar os verdadeiros responsaveis, por medo de
morrer.
Sempre uma covarde. Foi pela sua covardia que estamos aqui hoje.
- Meus pais foram incriveis cavaleiros, se voce não estivesse tão ocupada
sendo uma pessoa amarga, iria valorizalos mais. - Digo em um tom seco.
- Ah que menina tola voce se tornou. Sua mae era tão egoista que não pensou
duas vezes em ir lutar a ficar com voce, e olha só, aqui estamos nós.
Olho para ela uma ultima vez, antes de me virar e sair. Ignoro a bandeja ja
reposta e vou direto para os fundos do palcio, indo direto para o meu lugar
preferido. O balanço dourado da falecida mae do imperador, mas ninguem vem aqui, o
jardim foi esquecido depois de sua morte. O vento ao meu redor se agita e parece
sussurar para mim. O ceu está fechando como se preparasse para uma tempestade e eu
sorrio com satisfação. Sempre amei tempos fechados vento gelado beijando o meu
rosto, os raios e os trovoes. Vou para frente e para tras sem muito esforço, deixo
o cabelo solto e fito o ceu. Lembro da cantiga que meus pais cantavam para mim
quando eu tinha um pesadelo.
Deixo que o ar da noite absorva minha tristeza. Que leve minha voz até os meu
pais, que me traga conforto como sempre faz. O som das arvores dançando seu ritimo
lento e calmo.
Quero gritar. gritar toda a minha dor e frustração. Por finalmente tudo para
fora. Mas eu não consigo, então ao inves disso. eu canto mais uma vez.
Repito mais duas vezes antes de ouvir um farfalhar na grama atras de mim. Paro o
balanço, olhando para tras, o vento me traz um cheiro que já conheço muito bem.
Levnatando dou alguns passsos para frente fingindo medo. Ate que o barulho fica
mais proximo, quando o sinto bem atras de mim giro o meu corpo pro lado e a coisa
cai passando por mim.
- Nunca! Nao sei como voce percebe todas as vezes - Resmunga ele.
- Voce é ruim nisso, eu não tenho culpa. - Dou de ombros e me sento no balanço
outra vez. - O que esta fazendo aqui? Seu pai vai te matar por fugir de novo.
- Mas eu não gosto dela. E não vou ficar com alguem so porque o meu pai decidiu,
isso é tão cliché - Diz jogando a cabeça pra cima ainda deitado no chao.
- Voce tem razão, mas nao a faça achar que o problema é ela.
- Acho, que por algum motivo louco ela gosta de voce - Faço uma cara de pena.
- Agora me diz, o que aconteceu. Fui te procurar na cozinha e sua vó disse que
voce tinha sumido de novo, ela parecia brava - Suspiro.
- Como posso não chamar, olha só esse cabelo, é identico a cor de uma cenoura!
- Claro que sinto, meus cachos dourados de anjo é realmente inferior ao seus
cachos de cenoura - Ele diz com zombaria.
- Ok OK. Realmente não aconteceu nada de novo. Ela descobriu sobre o meu plano de
virar uma cavaleira. E depois discutimos.
- Ela disse...que minha mãe preferiu ir lutar a ficar comigo - Digo no tom mais
neutro que consigo.
- Não grita seu maluco. E não é nada demais não é a primeira vez que ela faz isso.
- Mas ela nunca tinha sido tão escrota - Diz ele furioso - Porra...Eu queria poder
cacetar essa velhha.
- Calma garota. Esta tudo bem - Ele a conforta - Tá, mas o que voce quer fazer
agora?
- Sobre voce ser uma cavaleira. Agora que ela sabe, voce acha que ela vai te
prejudicar?
- Eu...Eu acho que não. Não sei a quanto tempo ela sabe disso, e ela não fez nada
até agora.
- Cara...Eu nem acredito que daqui a tres meses já vai ser o exame dos novos
cavaleiros. E voce vai estar entre eles! - Bruce diz com animção.
- Duas coisas. Voce tambem vai estar lá. E segunda, Bruce e se eu não conseguir
permissao para participar? Eu...Não tenho magia - Digo com a voz baixa - Eu já
tenho dezoito, e não apresentei nem um demon ou magia.
- Não pensa nessas coisas. Algumas pessoas demoram para despertar algum espirito da
natureza. Voce vai conseguir! - Ele pigarreia - Hum, e sobre eu participar...Eu não
tenho certeza que vou.
- Nis, voce sabe que não é isso que eu quero. Eu sou um artista, eu luto com um
pincel! - Ele aponta um graveto pro ceu.
Dou risada de sua pose. Rindo tambem ele se vira em minha direção me olhando
agora com seriedade.
- Eu posso não ter nascido pra isso Vinis. Mas eu sei que voce sim e sei que voce
vai ser a melhora cavaleira que ja existiu. Tão boa quanto seus pais, eles vão
sentir orgulho da cavaleira fodastica que voce ira se tornar.
- Se voce diz eu acredito - Digo desfarçando a emoção. Mesmo que eu nunca consiga
esconder meus sentimentos perto dele.
Eu e bruce ficamos juntos por mais meia hora até o pai o irmão dele aparecer
e o levar pela orelha porque seu pai estava furioso. Volto para cozinha e não
encontro minha vo em lugar nehum. A festa ainda rola a todo vapor então ajudo as
outras criadas a servir. Quando entro no salão vejo Bruce com sua familia e a
familia de Malia. Dou um sorriso de canto para ele sigo para as mesas. O ar do
salão parece diferente...mais tenso, eu acho. Olho em volta buscando algum sinal de
desavença, mesmo não estando a parente o motivo, a tensao é tão forte que poderia
corta-la com uma tesoura. Olho para o trono e vejo o imperador do mesmo jeito que
quando sai. Uma mão apoiada na bochecha e, uma taça de vinho na outra. Assim que
seus olhos param em mim sinto uma paralizia. Ele está bravo, não só bravo. Ele está
puto pra caralho, meu corpo sente a pressão e eu luto com o extinto de ajoelhar em
submissão. Olho para uma serva que não tem a mesma força que eu, ela derruba sua
bandeija e seus corpo se encolhe em estado de medo. Agora eu entendo todo o clima,
o porquê do ar aqui dentro parecer tão pesado. Olho outra vez para o trono e o
imperador continua a me encarar - Ele está bravo comigo?- Que loucura é essa?
Levantando o queixo dou um passo a frente, reunindo toda a força em meu corpo
medroso. Ele contrai os olhos e levanta a cabeça. Seus demons estão mais alertas do
que nunca, em posição de defesa. Continuo andando em direção a eles parando bem na
frente de seu trono.
- O senhor...deseja algo? - Digo com difiuldade pois o ar esta mais denso a sua
volta.
- Onde você estava? Achei que tinha ordenado que service o convidados - Ele diz
com uma voz assustadoramente calma.
- Não me sentia bem. Parei para descansar um pouco - Octavios rosna para mim.
Cachorro idiota.
Vou direto para porta acesnando para Bruce que me olha com preocupação. Assim
que saio minhas pernas enfraquessem e eu desabo.