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997.455.937-53
CRONOGRAMA DIÁRIO
DIA 57
VÍDEO DO DIA
Para entender o que será feito nesse dia, clique AQUI.
(C) cometeu o crime de adulteração de sinal identificador de veículo, em sua forma qualificada;
COMENTÁRIOS
marco aurelio da silva carneiro
Para responder a questão vamos coldmails@gmail.com
analisar o art. 311 e as alterações introduzidas pela Lei nº
14.562/2023, vejamos: 997.455.937-53
Art. 311. Adulterar, remarcar ou suprimir número de chassi, monobloco, motor, placa de
identificação, ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, elétrico, híbrido,
de reboque, de semirreboque ou de suas combinações, bem como de seus componentes ou
equipamentos, sem autorização do órgão competente:
III – aquele que adquire, recebe, transporta, conduz, oculta, mantém em depósito, desmonta,
monta, remonta, vende, expõe à venda, ou de qualquer forma utiliza, em proveito próprio ou
alheio, veículo automotor, elétrico, híbrido, de reboque, semirreboque ou suas combinações
ou partes, com número de chassi ou monobloco, placa de identificação ou qualquer sinal
identificador veicular que devesse saber estar adulterado ou remarcado.
Observe que o verbo suprimir encontra-se no caput do art. 311 do CP, mas a conduta de
Jerônimo que conduz a motocicleta com identificação suprimida deve ser analisada à luz do
inciso III do §2º do art. 311 que, por sua vez, só contempla os verbos adulterar e remarcar.
Portanto, Jerônimo não cometeu crime.
GABARITO A
COMENTÁRIOS
Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim
de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
(...) 1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI 3026/DF, entendeu que a Ordem dos
Advogados do Brasil constitui "um serviço público independente, categoria ímpar no elenco
das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro", não constituindo entidade da
Administração Indireta. 2. Se a Ordem dos Advogados do Brasil não é considerada autarquia,
nem faz parte da Administração Indireta da União, os documentos por ela emitidos são
considerados particulares, pois de acordo com o § 2º do artigo 297 do Estatuto Repressivo,
"para efeitos penais, equiparam-se a documento
marco aurelio público o emanado por entidade
da silva carneiro
paraestatal, o título ao portadorcoldmails@gmail.com
ou transmissível por endosso, as ações de sociedade
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comercial, os livros mercantis e o testamento particular". 3. Consoante o disposto no caput
do artigo 299 do Código Penal, quem insere em documento particular declaração diversa da
que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade
sobre fato juridicamente relevante, é punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos,
mais multa, delito que prescreve em 8 (oito) anos, nos termos do inciso IV do artigo 109 do
referido diploma legal. RHC 42599 / SP. Rel. Min. Jorge Mussi. Quinta Turma. Data de
Julgamento em 11/02/2014. Dje em 19/02/2014.
GABARITO E
COMENTÁRIOS
Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pergunta: Por que não aplicar a pena do art. 313-A, do CP, segundo o qual:
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou
excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da
Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para
causar dano:
4. (VUNESP-2018-Juiz de Direito /TJ-SP) Assinale a alternativa correta quanto aos crimes contra
a fé pública.
(B) Atribuir-se falsa identidade perante a autoridade policial em autodefesa, uma vez que
procurado pela justiça, não constitui crime, aplicando-se o princípio da dignidade da pessoa
humana.
COMENTÁRIOS
Alternativa ‘B’
(...) 2. O delito de uso de documento falso, cuja pena em abstrato é mais grave, pode ser
absorvido pelo crime-fim de descaminho, com menor pena comparativamente cominada,
desde que etapa preparatória ou executória deste, onde se exaure sua potencialidade lesiva.
REsp 1378053 / PR. Rel. Min. Nefi Cordeiro. Terceira Seção. Data de Julgamento em
10/08/2016. Dje em 15/08/2016.
GABARITO D
(D) fato impunível, pois tal conduta é amparada pelo exercício do direito de defesa.
COMENTÁRIOS
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito
próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime
mais grave.
Súmula 522 do STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é
típica, ainda que em situação de alegada autodefesa.
GABARITO C
(A) não poderá interpor recurso de apelação, em razão de o Ministério Público ter recorrido de
todo o conteúdo impugnável da sentença;
(D) poderá interpor recurso de apelação, no prazo de quinze dias, após o recurso do Ministério
Público, visando, ao agravamento da pena imposta a Ivan;
(E) não poderá interpor recurso de apelação, mas poderá interpor recurso em sentido estrito,
caso também recorra a defesa técnica de Ivan.
COMENTÁRIOS
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença
NÃO for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer
das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá
interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo.
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze dias e correrá do dia
em que terminar o do Ministério Público.
GABARITO A
II. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for
declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
III. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada,
mediante ratificação dos atos processuais.
COMENTÁRIOS
marco aurelio da silva carneiro
Item I – Correto. coldmails@gmail.com
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I) Art. 565. Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que
tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.
Item II – Correto.
II) Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo,
quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
III) Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo
sanada, mediante ratificação dos atos processuais.
Item IV – Correto.
IV) Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das
contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a
todo o tempo, antes da sentença final.
GABARITO E
8. (FGV-2023-Juiz de Direito /TJ-ES) Francisco foi condenado a uma pena de quinze anos de
reclusão por crime de homicídio, com sentença transitada em julgado, já tendo cumprido
integralmente a pena, declarada extinta. Contudo, seis anos após a declaração de extinção da
pena, Francisco ajuizou ação de revisão criminal visando à desconstituição da condenação e
requereu uma justa indenização pelos prejuízos sofridos. Alega ter novas provas de sua
inocência e que a injustiça da condenação decorreu de ele ter ocultado provas em seu poder
quando do julgamento.
(B) não poderá ser revista, pois a pena já foi declarada extinta;
(C) poderá ser revista, mas não terá ele direito à indenização;
(D) não poderá ser revista, pois foi ele quem deu causa á injustiça da condenação;
(E) não poderá ser revista, pois ocorreu a decadência do direito de ação.
COMENTÁRIOS
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou
após.
Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa
indenização pelos prejuízos sofridos.
marco aurelio da silva carneiro
§2° A indenização não será devida:coldmails@gmail.com
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a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta imputável ao próprio
impetrante, como a confissão ou a ocultação de prova em seu poder.
GABARITO C
(C) apelação
COMENTÁRIOS
GABARITO B
(A) Se a sentença do juiz divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal de justiça
remeterá o processo a novo júri.
(B) A inclusão da qualificadora será feita pelo tribunal de justiça se entender que a decisão dos
jurados é contrária à prova dos autos.
(C) Caso entenda que restou configurada legítima defesa nos autos, o tribunal de justiça deve
absolver Teo.
(D) O tribunal de justiça pode aumentar a pena se entender que o juiz errou na dosimetria.
(E) Se a sentença contrariar lei expressa, cabe ao tribunal de justiça remeter o processo a novo
marco aurelio da silva carneiro
julgamento. coldmails@gmail.com
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COMENTÁRIOS
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos
não previstos no Capítulo anterior;
§1º Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos
jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.
§2º Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se
Ihe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança.
§3º Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que
a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento
para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda
apelação.
§4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que
somente de parte da decisão se recorra.
GABARITO D
I - Nos termos da jurisprudência consolidada nesta eg. Corte, cumpre ao agravante impugnar
especificamente os fundamentos estabelecidos na decisão agravada.
IV - Não prospera a tese de retroação da data dos fatos narrados na denúncia para momento
anterior à revogação do art. 110, §2º, do CP (que previa a prescrição entre a data do fato e a do
recebimento da denúncia) pela Lei n. 12.234/2010. Considerando a data do recebimento da
denúncia (18/10/2019), a da publicação da sentença (15/12/2020) e a da prolação do acórdão
(04/05/2021), observa-se que não ocorreu a prescrição da pretensão punitiva pela pena em
concreto, à luz dos arts. 107, inciso IV, e 109, inciso V, ambos do CP.
V - Com relação ao crime de falsa identidade, o Superior Tribunal de Justiça editou o Tema
Repetitivo n. 646, verbis: "É típica a conduta de atribuir-se falsa identidade perante
1
Toda a jurisprudência compilada neste livro foi extraída dos sites oficiais do STF e STJ, seja por meio da
consulta eletrônica, seja por meio dos informativos anuais disponibilizados pelos respectivos Tribunais;
razão pela qual todas as compilações não são modificadas até para preservar o caráter fidedigno das
respectivas fontes. O curso apenas destaca questões principais e pontuais para estimular a memorização
do aluno.
autoridade policial, ainda que em situação de alegada autodefesa (art. 307 do CP)". Logo,
não prospera a pretensão defensiva de reconhecimento de atipicidade da conduta.
VI - Vale ressaltar, ademais, que esta Corte Superior de Justiça já se posicionou no sentido de
que, nem sendo a nulidade absoluta, pode ser declarada em supressão de instância (HC n.
349.782/SP, Quinta Turma, Rel. Min. Ribeiro Dantas, DJe de 12/12/2017).
VII - No mais, os argumentos lançados atraem a Súmula n. 182 desta Corte Superior de Justiça.
AgRg no AgRg no HC 698509 / SP. Rel. Min. Messod Azulay Neto. Quinta Turma. Data de
Julgamento em 30/05/2023. Dje em 02/06/2023.
marco aurelio
1. O presente conflito de competência da ser
deve silvaconhecido,
carneiro por se tratar de incidente
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instaurado entre juízos vinculados a Tribunais distintos, nos termos do art. 105, inciso I, alínea
d da Constituição Federal - CF. 997.455.937-53
2. A competência da Justiça Federal quanto aos delitos previstos no art. 297 e 304 do CP é
incontroversa nos autos. O núcleo da controvérsia consiste em verificar a incidência da Sumula
n. 122/STJ, ou seja, se há conexão apta a atrair para a Justiça Federal a competência quando ao
delitos descritos no art. 180 e 311 do CP.
3. Segundo a jurisprudência desta Corte Superior, a verificação dos crimes no mesmo contexto
fático não implica necessariamente conexão probatória ou teleológica entre eles. Em outras
palavras, a descoberta dos delitos na mesma circunstância, por si só, não é fundamento válido
para justificar que a Justiça Federal julgue crimes de competência da Justiça Estadual. Para que
a Justiça Federal atraia crimes de competência da Justiça Estadual é indispensável que os fatos
estejam interligados, a caracterizar a conexão probatória ou que um crime tenha sido praticado
para a ocultação dos demais. Precedentes.
CC 178020 / BA. Rel. Min. Joel Ilan. Terceira Seção. Data de Julgamento em 22/09/2021. Dje em
27/09/2021.
2. "É firme a jurisprudência desta Corte no sentido de que, sendo o bem jurídico tutelado a fé
pública, não é possível mensurar o seu valor, razão pela qual inaplicável o princípio
bagatelar" (AgRg no AREsp n. 1.585.414/TO, relator Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma, DJe
de 25/5/2020).
AgRg no AREsp 2295036 / SC. Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro. Sexta Turma. Data de
Julgamento em 16/05/2023. Dje em 19/05/2023.
2. Aplica-se a mesma lógica para o delito do art. 297, § 3º, inciso II, do Código Penal. Assim,
compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de falsificação de documento público,
consistente na anotação de período de vigência do contrato de trabalho inexistente de
empregado em sua CTPS. Precedentes.
3. Na hipótese, além de tratar-se de crime contra fé pública e que tem como sujeito passivo o
Estado, há indícios de que as condutas apuradas visavam à obtenção de benefícios
previdenciários fraudulentos, razão pela qual não há como afastar a competência da Justiça
Federal para a análise do pleito.
4. Agravo regimental provido para declarar competente o Juízo Federal da 1ª Vara de Campos
dos Goytacazes - SJ/RJ.
AgRg no CC 148963 / RJ. Rel. Min. Jorge Mussi. Terceira Seção. Data de Julgamento em
10/04/2019. Dje em 22/04/2019.
[...] Isso ganha especial relevo porquanto se afigura irrelevante se a conduta de inserir dados
falsos era praxe ou mesmo orientação da Secretaria de Educação, porquanto nenhuma
orientação ou praxe seria suficiente para revogar o Estatuto Repressor, tampouco afastar o dolo
da conduta. [...] Com efeito, a ilegalidade do procedimento adotado, ainda que pela
Municipalidade, não concede autorização para o acusado cometer outra ilegalidade,
declarando que estava num local em que não estava e recebendo por isso. [...] Ademais, o
repasse dos valores para o substituto ou mesmo a ausência de dano ao erário público não tem
o condão de afastar a responsabilidade penal do acusado, eis que o crime restou consumado
quando houve a inserção de dados falsos na ficha de ponto. [...] Ora, se a praxe adotada pela
Administração Pública não se afigura dentro da legalidade caberia ao acusado comparecer às
aulas ou, acaso não pudesse lecioná-las, que faltasse e sofresse o desconto no holerite, mas
jamais autorizaria que o mesmo falseasse, deliberadamente, o documento relativo à ficha de
ponto.
6. É entendimento desta Corte de que a fração a ser aplicada a título de continuidade delitiva
deve ser proporcional ao número de infrações cometidas, sendo aplicada a fração máxima de
2/3 no caso de 7 ou mais infrações. No caso, tendo em vista o total de 13 infrações, foi aplicada
a fração de 1/5, mais benéfica ao réu, de modo que não há falar em violação ao art. 71 do CP
nem mesmo em desproporcionalidade da reprimenda imposta (AgRg no AREsp n.
2.067.269/SP, Ministro Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta
Turma, DJe de 5/8/2022).
AgRg no REsp 1945790 / MS. Rel. Min. Sebastião Reis Júnior. Sexta Turma. Data de Julgamento
em 13/09/2022. Dje em 22/09/2022.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSO PENAL. CRIME DE ADULTERAÇÃO
DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO AUTOMOTOR. USO DE FITA ADESIVA PARA ALTERAR A
PLACA DO AUTOMÓVEL. CONDUTA TÍPICA. DESNECESSIDADE DA EXISTÊNCIA DE DOLO
ESPECÍFICO DE FRAUDAR A FÉ PÚBLICA. RECLAMO DESPROVIDO.
1. A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça firmou-se que a norma contida no art.
311 do Código Penal busca resguardar autenticidade dos sinais identificadores dos veículos
automotores, sendo, pois, típica a simples conduta de alterar, com fita adesiva, a placa do
automóvel, ainda que não caracterizada a finalidade específica de fraudar a fé pública.
AgRg no REsp 2009836 / MG. Rel. Min. João Batista Moreira. Quinta Turma. Data de
Julgamento em 14/02/2023. Dje em 20/03/2023.
ODS: 16
Tese fixada:
O corréu delatado detém a prerrogativa de produzir suas alegações finais após a apresentação
das defesas dos corréus colaboradores, desde que o requeira expressamente e no momento
adequado, ou seja, quando da abertura dessa fase processual [CPP, art. 403 ; e Lei 8.038/1990,
art. 11 ].
No exercício pleno da ampla defesa, está contido o direito do corréu delatado falar por último,
ou seja, depois do delator ou do colaborador premiado.
No caso, a leitura dos depoimentos dos policiais responsáveis pela prisão da paciente
demonstra que não foi observado o citado comando constitucional.
Com base nesse entendimento, a Segunda Turma, por maioria, negou provimento ao agravo
regimental para restabelecer amarco aurelio
sentença da silva
de primeiro carneiro
grau. Vencido o ministro Nunes Marques.
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RHC 170843 AgR/SP, relator Min. Gilmar997.455.937-53
Mendes, julgamento em 4.5.2021 (INF 1016)
Com efeito, essa afetação é possível por força do que dispõem os arts. 21, I, e 22, ambos do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal (RISTF), pronunciamento que, a teor do art.
305 do RISTF, afigura-se irrecorrível.
Especificamente no que concerne ao habeas corpus, tal proceder também é autorizado a partir
da inteligência dos arts. 6º, II, c e 21, XI, do RISTF .
O Ministério Público Federal, quando atua perante o STF, por intermédio da Procuradoria-geral
da República, mesmo na qualidade de “custos legis”, detém legitimidade para a interposição de
agravo regimental contra decisões monocráticas proferidas pelos ministros relatores.
Nos termos do caput do art. 127 da CF , incumbe ao Ministério Público, como instituição
permanente e essencial à jurisdição, a defesa da ordem jurídica, encontrando-se na legislação
infraconstitucional, interpretada de forma sistemática, os fundamentos de sua legitimidade
recursal. Com efeito, o art. 179, II, do Código de Processo Civil (CPC) , aplicável à hipótese pela
norma integrativa que se extrai do art. 3º do Código de Processo Penal (CPP) , estabelece que o
Ministério Público, quando intervém nos autos na qualidade de fiscal da ordem jurídica,
“poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer”. Ademais,
essa legitimidade é reforçada no art. 996 do mesmo diploma legal .
Não obstante o art. 317 do RISTF faça alusão às partes, a interpretação restritiva não
encontra amparo em inúmeros precedentes do Corte , nos quais, em sede de habeas corpus,
o Ministério Público foi considerado parte legítima à interposição de agravo regimental
contra decisões monocráticas.
No âmbito da “Operação Lava Jato”, a competência da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária
de Curitiba é restrita aos crimes praticados de forma direta em detrimento apenas da Petrobras
S/A.
Nesse sentido tem se firmado a jurisprudência do STF . Na hipótese, restou demonstrado que
as condutas atribuídas ao paciente não foram diretamente direcionadas a contratos
específicos celebrados entre o Grupo OAS e a Petrobras S/A, constatação que, em cotejo com
precedentes do Plenário e da Segunda Turma do STF, permite a conclusão pela não
configuração da conexão que autorizaria, no caso concreto, a modificação da competência
jurisdicional.
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, negou provimento ao agravo
regimental em agravo regimental em habeas corpus, relativo à afetação, pelo relator, do
julgamento dos recursos interpostos ao Plenário. Vencidos os ministros Ricardo Lewandowski
e Marco Aurélio.
HC 193726 AgR-AgR/PR, relator Min. Edson Fachin, julgamento em 14.4.2021 (INF 1014)
HC 193726 AgR/PR, relator Min. Edson Fachin, julgamento em 22.4.2021 (INF 1014)
A reclamação constitucional só pode ser ajuizada perante o STF pelo Ministério Público ou
pela parte interessada. Do ponto de vista técnico-jurídico, não há espaço para que os
procuradores da República, em cujos nomes foi protocolado o pedido de reconsideração,
ingressem nos autos na qualidade de simples particulares.
Este feito e a própria ação penal em tramitação no juízo de piso envolvem o exercício do jus
accusationis estatal e a atuação do órgão ministerial na qualidade de dominus litis, na busca
da procedência da acusação formulada contra o reclamante. Trata-se de atuação institucional
do Parquet.
A ninguém é dado pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pe-lo
ordenamento jurídico.
Não há que se falar na figura do “terceiro interessado”, pois o inconformismo veiculado pelos
peticionantes não se refere a conversas privadas, mas a diálogos travados por membros do
MPF entre si e com magistrado acerca de investigações e ações penais, em pleno exercício das
respectivas atribuições e em razão delas.
Rcl 43007 AgR/DF, relator Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 9.2.2021 (INF 1005)
No caso, o Ministério Público proferiu sustentação oral perante o conselho de sentença por
uma hora e meia e, ao final, requereu a absolvição do acusado. Ato contínuo, a defesa técnica
nomeada pelo ora agravante requereu igualmente a absolvição, em manifestação que durou
três minutos. De acordo com a impetração, cabe ao magistrado declarar o réu indefeso ainda
que ele tenha mantido o mesmo patrono após o julgamento que culminou em sua
condenação, e que a sustentação oral, de duração tão pequena, não consubstanciou defesa
mínima, efetiva ou substancial.
A Turma destacou que o agravante foi acompanhado pela sua defesa na sessão de julgamento
pelo Tribunal do Júri realizada na origem, tendo reiterado o mandato conferido ao seu defensor
na interposição da apelação.
Além disso, no caso, não houve ausência de defesa, de modo que descabe cogitar de nulidade
absoluta. Assim, se houve nulidade, foi apenas relativa, a qual depende da demonstração de
efetivo prejuízo, o que não ocorreu.
Não se pode classificar como insatisfatória a atuação do advogado, que exerceu a defesa de
acordo com a estratégia que considerou melhor no caso. Nesse sentido, a sustentação oral
mais sucinta pode funcionar em benefício da defesa.
HC 164535 AgR/RJ, rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 17.3.2020. (INF 970)
AgRg no HC 738287 / SP. Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca. Quinta Turma. Data de
Julgamento em 07/06/2022. Dje em 13/06/2022.
4. A proteção da marca, seja ela de alto renome ou não, busca evitar a confusão ou a
associação de uma marca registrada a uma outra, sendo imprescindível que a violação ao
direito marcário cause confusão no público consumidor ou associação errônea, em prejuízo do
seu titular.
5. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, "os nomes atribuídos aos edifícios
e empreendimentos imobiliários não gozam de exclusividade, sendo comum receberem
idêntica denominação.
Estes nomes, portanto, não qualificam produtos ou serviços, apenas conferem uma
denominação para o fim de individualizar o bem" (REsp n. 1.804.960/SP, Rel. Ministra Nancy
Andrighi, relator para acórdão Min. Moura Ribeiro, Terceira Turma, julgado em 24/9/2019, DJe
2/10/2019).
REsp 1874635 / RJ. Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze. Terceira Turma. Data de Julgamento em
08/08/2023. Dje em 15/08/2023.
2. O caso concreto não trata de conduta de cliente que afirma falsamente situação de pobreza,
situação em que a jurisprudência desta Corte Superior já se pronunciou inúmeras vezes pela
atipicidade da contuda em razão da presunção relativa da veracidade da declaração de
hipossuficiência. Precedentes. A denúncia imputa ao ora recorrente a conduta de falsificar a
assinatura de uma declaração de pobreza. Em outras palavras, conforme acusação, a
declaração de pobreza não teria sido assinada pelo beneficiário.
Destarte, o fato narrado não se mostra flagrantemente atípico, circunstância que impede a
concessão da ordem pretendida. Precedente.
4. Extrai-se do extrato do andamento processual que, durante a instrução, foi realizada uma
primeira perícia a pedido da acusação, havendo, portanto, lastro probatório mínimo suficiente
para o prosseguimento da ação penal. Verifica-se, ainda, que o Magistrado, considerando o
fato da suposta vítima não ter sido localizada, entendeu impossível a colheita de padrões
gráficos para a realização de nova perícia conforme requerido pela defesa, a menos que esta
tenha êxito em localizá-la. Ademais, ao contrário do que supõe o impetrante, o exame pericial
pode ser realizado no curso do processo e não constitui o único meio de prova possível para
o falso. Mormente no caso concreto, em que, havendo dificuldade de se localizar a vítima, o
exame grafotécnico pode ser substituído por outros meios de provas. Precedentes.
5. Não havendo falta de justa causa revelada primo oculi no tocante à falsidade, o habeas
corpus constitui via inadequada ao trancamento da ação penal, uma vez que o pleito
demandaria revolvimento fático-probatório, não condizente com o procedimento célere e
estreito do writ.
2. No intuito de dar suporte à sua tese e ver conhecido o agravo em recurso especial, o
advogado subscritor do presente recurso interno, incide no disposto no art. 80, incisos II e V, do
Código de Processo Civil, c.c. o art. 3.º, do Código de Processo Penal, quando altera a verdade
dos fatos e procede de modo temerário, ao afirmar que o recurso especial não teria sido
fundamentado na alínea c da previsão constitucional quando, expressamente, o foi.
4. A concessão de habeas corpus, de ofício, nos termos do art. 654, § 2.º, do Código de
Processo Penal, ocorre por iniciativa dos tribunais, e não por pedido das partes, somente
quando evidenciada a existência de ilegalidade manifesta, e não como meio para burlar o
sistema recursal e dar trânsito a recursos inadmissíveis, como pretende o Recorrente. Além
disso, o ponto acerca do qual se requer a concessão da ordem de ofício já foi analisado por
esta Corte Superior no HC n. 689.757/SP, sendo denegado o writ, em decisão mantida pelo
Colegiado da Sexta Turma e que transitou em julgado.
Nesse contexto, a questão sequer poderia ser novamente analisada pelo Superior Tribunal de
Justiça, que não possui competência constitucional para expedir ordem de habeas corpus
contra seus próprios julgamentos.
AgRg no AREsp 2297408 / SP. Rel. Min. Laurita Vaz. Sexta Turma. Data de Julgamento em
05/09/2023. Dje em 11/09/2023.
1. Hipótese em que o Ministro Relator conheceu do agravo para não conhecer do recurso
especial; os subsequentes embargos de declaração foram rejeitados; os embargos de
divergência foram liminarmente indeferidos pela Presidência desta Corte, por serem
manifestamente incabíveis contra decisão monocrática; o agravo regimental foi desprovido
pela Corte Especial; os embargos de declaração foram rejeitados pela Corte Especial; houve
segundos embargos de divergência, mais uma vez liminarmente indeferidos pela Presidência;
o agravo regimental foi desprovido pela Terceira Seção; outros embargos declaração foram
rejeitados pela Terceira Seção; e terceiros embargos de divergência, foram manejados e,
outra vez, liminarmente indeferidos pela Presidência; agora, novamente interposto agravo
regimental.
3. Constata-se inequívoco abuso do direito de recorrer, conduta que reflete desrespeito a esta
Corte Superior e a seus Ministros, em evidente inobservância dos deveres de lealdade e boa-fé
processuais.
AgRg na Pet 15607 / SC. Rel. Min. Laurita Vaz. Terceira Seção. Data de Julgamento em
23/08/2023. Dje em 30/08/2023.
4. No caso, trata-se de manifesto abuso do direito de recorrer, visto que a defesa insiste,
através de sucessivos recursos, protelar a prestação jurisdicional desta Corte superior,
inclusive com a utilização de mais de um recurso intempestivo. Embora não haja previsão
legal para fixação de multa por litigância de má-fé em matéria penal, a jurisprudência desta
Casa preconiza a imediata baixa dos autos que padeçam de tal desvio de atuação defensiva.
AgRg na PET no HC 746427 / SP. Rel. Min. Jesuíno Rissato. Sexta Turma. Data de Julgamento em
14/08/2023. Dje em 17/08/2023.
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. ART. 121, §2º, I E IV, DO CÓDIGO PENAL .
DOSIMETRIA. PENA-BASE. REVISÃO. EXCEPCIONALIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
EVIDENCIADO. INCIDÊNCIA DA ATENUANTE DA CONFISSÃO EM FRAÇÃO INFERIOR À 1/6
DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
- No que tange à personalidade do paciente, tem-se que resulta da análise do seu perfil
subjetivo, no que se refere a aspectos morais e psicológicos, para que se afira a existência de
caráter voltado à prática de infrações penais, com base nos elementos probatórios dos autos,
aptos a inferir o desvio de personalidade de acordo com o livre convencimento motivado,
independentemente de perícia. Na espécie, essa vetorial foi negativada ao argumento de que
as condutas do requerente demonstram a sua insensibilidade e perversidade, diz-se isso
marcocometer
porque: i) o revisionando escolheu aurelio odacrime
silvaem
carneiro
local no qual se encontravam várias
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crianças e adolescentes em momento de lazer; ii) colocou diversas pessoas em risco de vida e
997.455.937-53
iii) induziu e auxiliou materialmente George dos Remedios Alves, à época menor de idade, a ser
coautor do delito.
Portanto, entendo como bem colocado no parecer do douto Procurador de Justiça, que essas
circunstâncias estampam a distorção da personalidade de Max Roque de Souza Lima, uma vez
que este, motivado por sua ambição, é capaz de arriscar a vida de menores de idade,
demonstrando menosprezo e indiferença frente ao bem jurídico violado, utilizando-se da
intrínseca condição de vulnerabilidade do adolescente para executar a sua atividade ilícita, algo
que contraria profundamente os valores morais da sociedade (e-STJ fl. 37).
AgRg no HC 793221 / ES. Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca. Quinta Turma. Data de
Julgamento em 18/09/2023. Dje em 20/09/2023.
1. "A ação constitucional do habeas corpus não é via adequada para se requerer a
declaração de inconstitucionalidade de lei, em tese, pois tal matéria é reservada ao controle
concentrado de normas, de competência do Supremo Tribunal Federal" (HC n. 291.368/SE,
relator Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, DJe de 6/6/2014).
marco aurelio da silva carneiro
2. Agravo regimental desprovido. coldmails@gmail.com
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AgRg no HC 773718 / SP. Rel. Min. Joel Ilan Paciornik. Quinta Turma. Data de Julgamento em
06/03/2023. Dje em 09/03/2023.
1. Embargos declaratórios com nítidos intuitos infringentes devem ser recebidos como agravo
regimental, em homenagem ao princípio da fungibilidade recursal.
3. A prisão preventiva foi decretada com base em fundamentação que deve ser entendida
como válida, evidenciada na gravidade concreta e na pluralidade das condutas praticadas pelo
recorrente, que "...teria esganado a vítima; tentado jogá-la pela janela do apartamento;
desferido, em várias oportunidades, socos e chutes em todo o corpo dela, inclusive em sua
barriga, enquanto grávida; batido a cabeça da espoliada contra uma parede; apertado uma faca
contra o pescoço dela; ameaçado a ofendida e seus familiares de morte; e incansavelmente a
perseguido desde agosto de 2021 a março de 2022".
EDcl no HC 751088 / SP. Rel. Min. Orlindo Menezes. Sexta Turma. Data de Julgamento em
25/10/2022. Dje em 28/10/2022.
1. O princípio da fungibilidade está previsto nos termos do art. 579, caput e parágrafo único,
do CPP, "salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um
recurso por outro. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto
pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível".
2.1. A existência de erro grosseiro, por si só, não é fator impeditivo para a aplicação do
princípio da fungibilidade. O erro grosseiro obsta a aplicação do referido princípio caso
sinalize má-fé ou inviabilize o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade do recurso
cabível, o que não ocorreu na hipótese.
AgRg no AREsp 2108099 / MG. Rel. Min. Joel Ilan. Quinta Turma. Data de Julgamento em
22/08/2023. Dje em 25/08/2023.
1. Agravo regimental interposto contra decisão monocrática deste Relator, a qual não conheceu
da impetração, mantendo a prisão preventiva.
6. Outro ponto destacado para fundamentar a prisão preventiva, pelo juízo processante, foi o
fato de o paciente possuir estreita relação familiar e comunitária com as testemunhas
arroladas pela acusação.
AgRg no HC 818341 / BA. Rel. Min. Reynaldo Soares. Quinta Turma. Data de Julgamento em
12/06/2023. Dje em 15/06/2023.
1. Não incumbe ao Superior Tribunal de Justiça, nem mesmo para fins de prequestionamento,
examinar supostas ofensas a dispositivos constitucionais, sob pena de usurpação da
competência atribuída pelo texto constitucional ao Supremo Tribunal Federal.
2. Não há que se falar em violação ao artigo 489, § 1º, do Código de Processo Civil quando os
fundamentos adotados na decisão monocrática são aptos às soluções de todas as questões
suscitadas e, por via de consequência, não é de ser considerada nula tão somente porque
contraria os interesses da parte sucumbente.
3. Nos termos da atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses em que
não são observadas as formalidades mínimas previstas no art. 226 do CPP e não existem outras
provas independentes a embasar a condenação, impõe-se a absolvição do Acusado.
5. A inversão do julgado, de maneira a prevalecer a tese de que não existem outras provas
idôneas e independentes a comprovar a autoria do delito, demandaria nova incursão em
provas e fatos. Incidência da Súmula n. 7/STJ.
6. Imposta pena superior a 4 (quatro) anos de reclusão, a opção pelo regime inicial fechado
decorreu da valoração negativa das circunstâncias do crime, notadamente do fato de os
Acusados terem invadido a residência das vítimas e as amarrado, assim deixando-as após a
subtração de valores e a evasão do local do crime. Inteligência do art. 33, §§ 2º e 3º, do Código
Penal.
AgRg no AREsp 2045767 / SP. Rel. Min. Laurita Vaz. Sexta Turma. Data de Julgamento em
02/09/2023. Dje em 11/09/2023.
1. "É devida a majoração da verba honorária sucumbencial, na forma do art. 85, § 11, do
CPC/2015, quando estiverem presentes os seguintes requisitos, simultaneamente: a) decisão
recorrida publicada a partir de 18.3.2016, quando entrou em vigor o novo Código de Processo
Civil; b) recurso não conhecido integralmente ou desprovido, monocraticamente ou pelo
órgão colegiado competente; e c) condenação em honorários advocatícios desde a origem no
feito em que interposto o recurso" (AgInt no EREsp 1.539.725/DF, Rel. Ministro ANTONIO
CARLOS FERREIRA, SEGUNDA SEÇÃO, DJe 19.10.2017).
1.1. Inaplicável a majoração dos honorários recursais prevista no art. 85, § 11, do CPC, ao caso
dos autos, porquanto o recurso especial foi provido 2. A reforma da sentença apenas quanto à
forma de cálculo da indenização não implica nova distribuição dos ônus de sucumbência,
devendo ser mantida a distribuição determinada pelas instâncias ordinárias.
3. A introdução de argumento novo, que não foi ventilado no recurso especial, configura
inovação recursal, cuja análise é incabível no âmbito dos embargos de declaração ou do agravo
interno, em razão da preclusão consumativa.
AgInt no REsp 1988568 / PR. Rel. Min. Marco Buzzi. Quarta Turma. Data de Julgamento em
12/12/2022. Dje em 16/12/2022.
I - É assente nesta Corte Superior de Justiça que o agravo regimental deve trazer novos
argumentos capazes de alterar o entendimento anteriormente firmado, sob pena de ser
mantida a r. decisão vergastada pelos próprios fundamentos.
II - A Terceira Seção desta Corte, seguindo entendimento firmado pela Primeira Turma do col.
Pretório Excelso, firmou orientação no sentido de não admitir a impetração de habeas corpus
em substituição ao recurso adequado, situação que implica o não conhecimento da
marco aurelio da silva carneiro
impetração, ressalvados casos excepcionais em que, configurada flagrante ilegalidade apta a
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gerar constrangimento ilegal, seja possível a concessão da ordem de ofício. Não se descure
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que, para o conhecimento da ordem, faz-se necessário que o direito alegado pela defesa seja
líquido - dispense apuração probatória - e certo - indene de dúvida.
IV - De mais a mais, a via do writ somente se mostra adequada para a análise da dosimetria
da pena se não for necessária uma análise aprofundada do conjunto probatório e caso se
trate de flagrante ilegalidade. Vale dizer, o entendimento deste Tribunal firmou-se no sentido
de que a "dosimetria da pena insere-se dentro de um juízo de discricionariedade do julgador,
atrelado às particularidades fáticas do caso concreto e subjetivas do agente, somente
passível de revisão por esta Corte no caso de inobservância dos parâmetros legais ou de
flagrante desproporcionalidade" (HC n. 400.119/RJ, Quinta Turma, Rel. Min. Reynaldo Soares
da Fonseca, DJe de 1º/8/2017).
AgInt no RHC 138315 / RJ. Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze. Terceira Turma. Data de Julgamento
em 09/08/2021. Dje em 13/08/2021..
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