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CURSO: DIREITO CONSTITUCIONAL
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL
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PROFESSOR: BERNARDO GONÇALVES
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MONITOR: GUILHERME AUGUSTO
AULA: 02
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Sumário
DIREITOS FUNDAMENTAIS.......................................................................... 1
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TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ...................................................... 1
3 – Características dos Direitos Fundamentais ...............................................1
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A) São relativos (são limitados)....................................................................1
B) Não existe hierarquia entre Direito Fundamentais ...................................3
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C) Titulares...................................................................................................4
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DIREITOS FUNDAMENTAIS
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Os Direitos Fundamentais para a corrente majoritária são relativos (são limitados),
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portanto não há que se falar na tese que os Direitos Fundamentais são absolutos, como
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direitos ilimitados.
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O limite do Direito Fundamental é o limite de outro Direito tão fundamental quanto ele,
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portando não podemos esconder sobre o véu do Direito Fundamental para a prática de
atividades ilícitas ou para ferir outros direitos fundamentais tais quanto aquele.
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
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propriedade, nos termos seguintes:
...
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
...
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IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença;
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Não se pode escorar na liberdade e expressão praticar nazismo, antissemitismo,
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racismo, apologia as drogas ou ao crime. -S
Até mesmo a vida é um Direito Fundamental relativo, existe várias situações que
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evidencia o limite do Direito Fundamental a vida, até mesmo na Constituição quando diz
que é vedada pena de morte, exceto em casos de guerra declarada. Em legislações
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Obs.: Porém existem exceções em que a doutrina tem como absoluto os direitos.
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1948.
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Artigo 4
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Artigo 5
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano
ou degradante.
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B) Não existe hierarquia entre Direito Fundamentais
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Em situações de conflito, colisões ou tensões entre Direitos Fundamentais deve ser
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observado a luz de circunstâncias fáticas e jurídicas qual o direito deve ser aplicado no
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caso concreto.
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Não existe uma precedência absoluta de um Direito Fundamental sobre outros Direitos
Fundamentais. Não se pode a priori definir por exemplo que sempre em um embate ente
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a liberdade e a igualdade sempre irá prevalecer a liberdade, ou a igualdade.
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O que a doutrina alemã permite é apenas uma precedência condicionada, mas que pode
ceder a luz do caso concreto.
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Exemplo: Tribunal Constitucional Alemão, caso do soldado Lebach, indivíduos
entraram dentro da base do exército para roubar armas, e o soldado reagiu e foi morto.
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Os indivíduos levaram as armas, foram pegos e condenados. E depois de 10 anos da
condenação um deles, que deixariam a prisão, uma TV alemã resolveu fazer um
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documentário sobre o caso do soldado Lebach.
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Esse indivíduo então vai ao Tribunal Constitucional Alemão e alega que mesmo diante
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de não ser lembrado contra atos e fatos desabonadores que eventualmente praticou).
Antes de recontar os fatos históricos o direito que tem precedência é o direito de
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liberdade de informação.
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É uma precedência condicionada que pode ser vencida dependendo do caso, e nesse
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caso, o direito à liberdade e expressão, direito à liberdade imprensa sai na frente. Mas
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sendo uma precedência condicionada, não absoluta, perde. E o Tribunal vai adotar a
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Tudo depende do caso pois não há hierarquia entre direitos e garantias fundamentais.
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de tal modo que a opção por um Direito Fundamental no caso concreto não excluiria o
Direito Fundamental preterido (não aplicado). Nesse sentido ele continuaria válido e
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C) Titulares
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O art. 5° Caput da CR/88, afirma que os titulares dos Direitos Fundamentais são os
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brasileiros natos e naturalizados e os estrangeiros residentes.
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Obs.: Porém o STF trabalha com uma interpretação extensiva sobre os titulares dos
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Direitos Fundamentais:
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1 – Estrangeiros não residentes
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Na década de 80 e 90 estrangeiros são presos e impetra um Habes Corpus, mesmo
não sendo brasileiro nato ou naturalizado, ou ainda estrangeiro residente, são titulares
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de Direitos Fundamentais, desde que a petição seja redigida em português, tem direito
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ao Habes Corpus.
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O STF vai além, em outros casos como a progressão de regime, substituição de pena
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etc.
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Claro que o estrangeiro não residente não será titular de todos os Direitos
Fundamentais, nem o estrangeiro residente é, pois não tem o direito de votar. Nem o
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brasileiro naturalizado tem todos os Direitos Fundamentais, não podendo ser candidato
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a presidência da República.
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2 – Pessoas Jurídicas
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3 – Associações / Coletividades
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Exemplo: é possível que o Estado de Minas Gerais impetre mandado de segurança
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contra a União.
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Mesa da Câmara dos Deputados impetrar mandado de segurança contra a mesa do
Senado.
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D) Diferença entre Direitos e Garantias
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Os direitos são disposições declaratórias, ou seja, são bens explicitados e protegidos
constitucionalmente, ou pela legislação infraconstitucionais. Art. 5°, XV da CR/88:
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Liberdade de locomoção.
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
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inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
...
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V - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
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IV - os direitos e garantias individuais.
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Existem quatro correntes sobre a interpretação do art. 60, § 4°, IV da CR/88:
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1 – Interpretação literal
Cláusula pétreas são as normas do art. 5° da CR/88.
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2 – Interpretação literal restrita
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Cláusulas pétreas são apenas os direitos individuais propriamente ditos do art. 5° da
CR/88. Não é todo art. 5°, são apenas algumas normas do art. 5° da CR/88.
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Direitos individuais propriamente ditos são os direitos de liberdade. Podemos citar como
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defensor desta corrente Gilmar Mendes.
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3 – Interpretação extensiva
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Cláusulas pétreas são todos os direitos fundamentais. -S
O problema é a banalização da proteção, levando a proteção basicamente ao absoluto,
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retorna-se ao nada.
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Defende que cláusulas pétreas são direitos fundamentais da 1ª, 2ª e 3ª Geração, que
dizem respeito ao mínimo existencial, a luz da dignidade da pessoa humana. 60, § 4°,
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
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VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
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aposentadoria;
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Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
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Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as
presentes e futuras gerações.
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§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
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II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético; (Regulamento) (Regulamento) (Regulamento) (Regulamento)
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III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a
supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que
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comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção; (Regulamento)
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IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de
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impacto ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento)
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei.
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§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização
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§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se
consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que
sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição
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A corrente majoritária da doutrina é a da interpretação extensiva sistemática, que liga
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cláusula pétrea a ideia de um mínimo existencial, a luz da dignidade da pessoa humana,
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fazendo uma análise no caso concreto.
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O STF não tem uma posição expressa sobre o tema, mas vem adotando a quarta
corrente, pois entendendo que as cláusulas pétreas que envolvem os Direitos
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Fundamentais não estão apenas no art. 5° da CR/88.
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Para o STF existem outros Direitos Fundamentais na Constituição que vão além do art.
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5° que são cláusulas pétreas.
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Exemplos: ADI 939, considerou cláusula pétrea o art. 150, III, b da CR/88 – princípio da
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anterioridade tributária.
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
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vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
III - cobrar tributos:
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...
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu
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ou aumentou;
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anterioridade eleitoral ou anualidade eleitoral. Não se pode nem mesmo por Emenda
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Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)
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- Poderes Públicos
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• Omissão - produzir leis para concretizar os Direitos Fundamentais, não pode
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permanecer omisso.
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Obs.: Tem que autuar seja agindo ou não omitindo, respeitando o Princípio da Vedação
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ao Retrocesso, ou Princípio da Não Reversibilidade dos Direitos Fundamentais Sociais
(Efeito Cliquet).
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Conceito: ele indica que determinados Direitos Fundamentais que já alcançaram um
grau de densidade normativa adequada (integrados na sociedade) não podem ser
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usurpados ou suprimidos. Exceto se forem produzidas prestações alternativas
(desenvolvidas soluções alternativas).
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Executivo – deve atuar implementando políticas públicas para concretizar Direitos
Fundamentais.
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Judiciário – vincula-se através do vetor hermenêutico da máxima efetividade dos
Direitos Fundamentais, qualquer interpretação normativa deve buscar a máxima
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1 – Origem terminológica
O termo eficácia horizontal tem um contra ponto que é a eficácia vertical.
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entre particulares.
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Crítica: Há uma crítica ao termo eficácia horizontal, em determinadas relações entre
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particulares não há horizontalidade, ou seja, particulares podem não se encontrar em
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relação horizontal com outros particulares. Nesse sentido existe relações de
verticalidade entre particulares.
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Para esse problema existem duas soluções.
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A doutrina brasileira usa o termo direitos fundamentais nas relações privadas.
No direito comparado (Colômbia, Chile, Portugal...) é usado o termo eficácia diagonal
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nos direitos fundamentais.
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Eficácia vertical Direitos Fundamentais nas relações entre o particular e o Poder
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Público;
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Eficácia horizontal aplicação de Direitos Fundamentais na relação entre particulares
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que estão em isonomia, que estão em pé de igualdade (em horizontalidade);
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não estão em horizontalidade, estão em uma relação de verticalidade. Ex.: você com a
Tim, Oi entre outras.
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2 – Origem histórica
Surge na década de 50 do séc. XX na Alemanha.
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Caso Lüth - Lüth é condenado por fazer propaganda contra um filme de um diretor
nazista e recorre ao Tribunal Constitucional Alemão alegando que o tribunal deveria
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liberdade de manifestação.
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ao Lüth, julga procedente o recurso dizendo que iria aplicar Direitos Fundamentais
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Caso Celibato – na década de 50, Alemanha pós Segunda Guerra, muita pobreza,
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uma enfermeira vai a um hospital e pede emprego e no contrato de trabalho está escrito
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se ela se casasse seria demitida, teria que ser celibatária, pois se casar teria marido e
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filhos que atrapalhariam a vida da emprega no hospital.
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A enfermeira precisando do emprego assina e depois de empregada se casa e é
demitida. A enfermeira recorre ao Tribunal Constitucional do Trabalho na Alemanha e
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manda reintegrá-la nessa relação entre particulares.
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É uma questão que fera a dignidade da pessoa humana, a autonomia existencial.
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Aplicação de Direitos Fundamentais (dignidade da pessoa humana) na relação entre
particulares.
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3 – Espécies de aplicação
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Há duas grandes correntes:
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- Eficácia indireta ou mediata – Caso Lüth, essa corrente defende que não deve ser
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aplicada diretamente a Constituição para resolver questões entre particulares, defende
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que deve ser aplicada a legislação infraconstitucional com base na Constituição para
resolver questões entre particulares. Não se pega um Direito Fundamental previsto na
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infraconstitucional.
devem ser aplicados diretamente para resolver questões entre particulares. Defendem
a força normativa da Constituição e a máxima efetividade dos Direitos Constitucionais.
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direitos. A autonomia privada existe, mas tem limite diante de outros Direitos
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Fundamentais. Assim não dá para aplicar a autonomia privada sempre. Em vários casos
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tem que se recorrer a Constituição para regular as relações entre particulares, para não
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deteriorar a igualdade, a dignidade.
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Ex. aniversariante que é impedida de entrar em boate para comemorar aniversário sob
alegação que seu nome não está na lista, e diante de questionamento de que várias
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pessoas entraram sem o nome na lista, é informada que não tem o perfil da boate.
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Teorias alternativas são as teorias que trabalham de forma complementar as teorias de
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eficácia indireta e da eficácia direta.
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Tem como autores: Robert Alexy, Bilbao Ubillos, Daniel Sarmento.
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Cada um com sua peculiaridade defende que há a possibilidade de complementar a
eficácia indireta com a eficácia direta.
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1°) Deve ser aplicada a eficácia indireta ou mediata por respeito ao legislador
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democraticamente eleito pelo povo e por segurança jurídica, a princípio deve ser
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Para que seja feita a aplicação exige-se o magistrado o ônus argumentativo, o porquê
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O STF não tem uma posição expressa e definida sobre as correntes, porém o STF vem
reconhecendo a aplicação de Direitos Fundamentais nas relações privadas, vem
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cooperativa, e foi expulso sumariamente, e na justiça questiona que não houve o devido
processo legal, que não houve direito de defesa. O STF em 1996, pela primeira vez
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aplica Direitos Fundamentais nas relações privadas. O STF decide pela reintegração na
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cooperativa, pois o indivíduo foi expulso sem direito de defesa, sem o contraditório, sem
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o devido processo. Art. 5°, LIV e LV da CR/88.
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
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...
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
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geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos
a ela inerentes;
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RE 161243, em 1996 – Um brasileiro trabalhava ao lado de franceses num escritório de
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aviação francês, aqui no Brasil, na mesma função (paradigma). Certo dia o francês
esquece o seu contracheque em cima da mesa e o brasileiro descobriu que o francês
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ganhava três vezes mais que ele e vai a justiça. A resposta da empresa francesa foi que
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no Estatuto da empresa foi que os funcionários que trabalham fora teriam uma
remuneração maior que as funcionários nativos do país. O STF aplica a o princípio da
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igualdade e da isonomia e a CLT a luz da Constituição para dizer que o brasileiro teria
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que ganhar o mesmo que o francês.
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e na justiça alega que foi expulso sem direto de defesa, sem contraditório, sem o devido
processo adequado. E o STF manda reintegrá-lo com base na aplicação de Direitos
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Na segunda feira os funcionários são demitidos, e vão a justiça. O TST diz que fere a
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A pessoa tem direito de exercer o seu projeto de vida de pessoa digna e dentre esse
projeto estão o de namorar, se relacionar sentimentalmente. Assim o TST também
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Obs.: Nos EUA não se aplica Direitos Fundamentais nas relações privadas. Não há que
se falar em eficácia horizontal dos Direitos Fundamentais. A doutrina adotada é a State
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Action.
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Existem exceções em que os Direitos Fundamentais podem ser aplicados nas relações
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entre particulares:
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• Quando o particular praticar atos equiparados ao Poder Público (atos de
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natureza pública).
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Ex. década de 40 caso Mach X Alabama, início das exceções ao State Action. Uma
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empresa privada construiu uma verdadeira cidade na empresa dentro do Estado do
Alabama, certo dia dentro da cidade da empresa um diretor vê uma pessoa panfletando,
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sobre um culto de testemunha de Jeová; o diretor proíbe dizendo que não haveria culto
dentro da cidade.
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Na justiça apesar de ser uma propriedade privada, é uma cidade. Neste caso particular
está agindo como se público fosse, está praticando ato de natureza estatal, tipicamente
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estatal. Propriedade privada que tem clube, rua, ônibus, restaurante, escola, igreja...
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então a testemunha de Jeová com base na primeira emenda vai poder professar a sua
fé, vai poder colocar o público dele lá.
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• Quando o Estado produz leis que fomentam a discriminação. Essas leis podem
estimular a discriminação.
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O particular poderia negar a venda. Essa emenda tinha o fim de evitar que pessoa
negras bem sucedidas comprassem imóveis na Califórnia. A emenda foi declarada
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