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ART 5º

CONSTITUCIONAL

memoriza.aí
opa, concurseiro
Bem-vindo(a) ao nosso guia sobre o Artigo 5º da
Constituição Federal. Este material foi criado com o
objetivo de fornecer uma compreensão clara e acessível
do Artigo 5º, que é um dos pilares mais importantes da
nossa legislação.

O Artigo 5º trata dos direitos e garantias fundamentais do


cidadão brasileiro. Compreender esses direitos é
essencial não apenas para concursos públicos, mas
também para uma compreensão sólida dos seus direitos
como cidadão.

Este guia oferece uma abordagem didática e acessível


para auxiliar na compreensão do Artigo 5º. Ele inclui
explicações detalhadas dos principais tópicos e
conceitos abordados no Artigo.

Aproveite este guia para adquirir um conhecimento


sólido sobre o Artigo 5º e seus direitos fundamentais
como cidadão.

Desejamos muito sucesso em sua


preparação!
SUMÁRIO
DICA 1: DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS E GARANTIAS
FUNDAMENTAIS
DICA 2: ALCANCE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
DICA 3: PRINCÍPIO DA IGUALDADE
DICA 4: TRATAMENTO DESUMANO E TORTURA
DICA 5: LIBERDADE DE EXPRESSÃO
DICA 6: PRIVACIDADE, HONRA E IMAGEM
DICA 7: INVIOLABILIDADE DOMICILIAR
DICA 8: SIGILO DA CORRESPONDÊNCIA
DICA 9: DIREITO A LIBERDADE DE TRABALHO
DICA 10: DIREITO DE REUNIÃO
DICA 11: DIREITO DE PROPRIEDADE - I
DICA 12: DIREITO DE PROPRIEDADE - II
DICA 13: DIREITO DE PROPRIEDADE - III
DICA 14: DIREITO DO AUTOR
DICA 15: DIREITO DE HERANÇA
DICA 16: DIREITO Á INFORMAÇÃO
DICA 17: DIREITO DE AÇÃO - I
DICA 18: DIREITO DE AÇÃO - II
DICA 19: PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA
DICA 20: PRINCÍPIO DO “JUIZ NATURAL”
DICA 21: TRIBUNAL DO JÚRI - I
DICA 22: TRIBUNAL DO JÚRI - II
DICA 23: TRIBUNAL DO JÚRI - III
DICA 24: PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - I
DICA 25: PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - II
DICA 26: PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - III
SUMÁRIO
DICA 27: DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES
FUNDAMENTAIS - I
DICA 28: DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES
FUNDAMENTAIS - II
DICA 29: DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES
FUNDAMENTAIS - III
DICA 30: DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES
FUNDAMENTAIS - IV
DICA 31: RESTRIÇÕES À AÇÃO PUNITIVA DO ESTADO
DICA 32: PRINCÍPIO DA NÃO-EXTRADIÇÃO DE
NACIONAIS
DICA 33: PROVAS ILÍCITAS - I
DICA 34: PROVAS ILÍCITAS - II
DICA 35: PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
DICA 36: IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
DICA 37: DIREITO À LIBERDADE - I
DICA 38: DIREITO À LIBERDADE - II
DICA 39: LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
DICA 40: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - I
DICA 41: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - II
DICA 42: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - III
DICA 43: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - IV
DICA 44: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - V
DICA 45: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - VI
DICA 46: AÇÃO POPULAR
DICA 47: GRATUIDADE E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Os direitos individuais e coletivos são direitos fundamentais relacionados ao direito à


vida e à liberdade, tanto de indivíduos quanto de grupos organizados ou formados a
partir de características específicas, garantindo, assim, os seguintes requisitos
fundamentais:

DIREITO À VIDA
DIREITO À SEGURANÇA
Todos têm direito à vida e à existência, podendo viver dignamente,
preservando a integridade física e moral.
É de responsabilidade do Estado assegurar a segurança dos
cidadãos, punindo aqueles que não cumprem as leis e normas
estabelecidas, além de assegurar-lhes a defesa em caso de
violação de normas da Constituição.
DIREITO À PROPRIEDADE
DIREITO À LIBERDADE Este é um dos direitos mais importantes por assegurar que todos
tenham a oportunidade de morar e sobreviver dignamente.

O indivíduo não pode ser privado de sua liberdade, a menos


que viole a lei. Esse direito também inclui o direito de ir e vir, a
liberdade de expressão e pensamento, a liberdade religiosa,
DIREITO À IGUALDADE
filosófica e política. Todos são iguais perante a lei, independentemente de
gênero, raça, sexualidade, etnia e crenças.

O Direito nem sempre pode ser aplicado de forma simples. O mesmo ocorre em relação
aos direitos e garantias fundamentais. Em muitos casos, é possível haver um conflito
entre os direitos fundamentais de cada uma das partes, sendo reconhecido como
colisão de direitos fundamentais, nos casos em que mais de um direito fundamental é
discutido.

Ao considerar que certos direitos poderão ser reduzidos, será possível recorrer à
ponderação de direitos e da adequação em cada caso específico.

DICA 1
DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Conforme mencionado anteriormente, os direitos e garantias fundamentais
devidamente regulamentados asseguram a dignidade da pessoa humana.

Sua principal diferença está na área protetiva. Enquanto as garantias fundamentais se


referem a questões mais restritas, os direitos fundamentais integram todo o sistema
constitucional, sendo válidos tanto no âmbito nacional quanto em escala internacional.
Vamos juntos aprender a diferenciar um conceito do outro?
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Apesar de o texto da Constituição Federal não fazer distinção explícita entre os dois
institutos, é possível dizer que ambos os conceitos têm funções diferentes. Os direitos
fundamentais podem ser definidos como os bens e vantagens que a Constituição
Federal concede. As garantias fundamentais, por outro lado, são os mecanismos
constitucionais que protegem os direitos fundamentais.

Além disso, vale destacar que eles possuem aplicabilidade imediata. Contudo, sua
eficácia será validada de acordo com o planejamento e a prática de políticas públicas.

DIREITOS FUNDAMENTAIS
São bens e vantagens assegurados pela
constituição.

GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Instrumentos utilizados para assegurar que
os direitos possam ser exercidos pela
população.

É importante salientar que não há uma hierarquia entre os direitos


fundamentais constitucionalmente previstos, embora alguns deles, como
mencionado, sejam a base para a existência de outros direitos.

São muitas as questões de prova que exigem a característica da relatividade


dos direitos fundamentais. Em todos os casos, devemos lembrar que "não há
direitos ou garantias que sejam absolutos".

DICA 2
ALCANCE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Brasileiros Estrangeiros residentes no país

ALCANCE DOS DIREITOS


FUNDAMENTAIS
Estrangeiros não residentes no país

Apesar de o artigo 5.º, caput, se referir apenas a "brasileiros e estrangeiros residentes


no país", é unânime na doutrina que os direitos fundamentais são válidos para
qualquer pessoa que esteja em território nacional, mesmo que seja um
estrangeiro residente no exterior. Um estrangeiro que estiver de férias no Brasil será,
portanto, titular de direitos fundamentais.
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Aqui aprenderemos sobre o inciso que representa o princípio da igualdade, ele
determina que se dê o mesmo tratamento aos que estão em condições iguais e
tratamento desigual aos que estão em condições diferentes, dentro de suas diferenças.
Obriga tanto o legislador quanto o aplicador da lei a cumprirem a lei.

Vamos juntos entender isso?

DICA 3
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
É importante salientar que as medidas discriminatórias de tratamento devem ser
exercidas consoante o princípio da razoabilidade, para que os excessos cometidos pelo
legislador não agridam a dignidade da pessoa humana dos particulares envolvidos.

Em outras palavras, é plenamente factível que o legislador trate determinadas


categorias de indivíduos de maneira distinta, sem afrouxar o que está escrito na
Constituição Federal. Veja as características a serem observadas para a adoção de
critérios discriminatórios:
Decorre do princípio da
Isonomia

tratamento
DIFERENCIADO
DEVE SER INSTITUÍDA
POR MEIO DE LEI

DEVE PAUTAR-SE NA
RAZOABILIDADE

É UM MEIO DE
ALCANÇAR A
IGUALDADE

Sendo assim, o legislador deve obedecer à “igualdade na lei”, não podendo criar
leis que discriminem pessoas em situação semelhante, exceto quando houver
razoabilidade para tal. Os intérpretes e aplicadores da lei, por sua vez, ficam limitados
pela “igualdade perante a lei”, não podendo distinguir, quando da aplicação do Direito,
aqueles a quem a lei concedeu tratamento igual.
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DICA 4
TRATAMENTO DESUMANO E TORTURA
Abaixo teremos um desdobramento do direito fundamental à dignidade da pessoa
humana. Como consequência, ninguém poderá ser torturado ou submetido a
tratamento desumano, ou degradante. Vamos aprender juntos algumas diferenças?

TRATAMENTO DESUMANO
Aquele que causa grande sofrimento físico ou mental. Todavia,
diferentemente da tortura, na tortura, não há um objetivo claro e uma
motivação aparente.

TORTURA
Qualquer ação ou omissão que expõe pessoas a um intenso
sofrimento físico ou mental, com o intuito de obter confissão ou
informação, punir, intimidar e discriminar. Na tortura, o agente
público será o responsável pelos atos.

TRATAMENTO DEGRADANTE
Quando a pessoa é humilhada e diminuída diante de outras pessoas ou de
si mesma.

LEMBRE-SE!
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

Previsão constitucional: Art. 5°, III, CF.

ATENTE-SE!
A Súmula Vinculante nº 11 está em consonância com a impossibilidade de
utilização das práticas mencionadas acima. Destacando que a utilização
de algemas é uma exceção, apenas podendo ocorrer nos casos em que
houver:
Risco à integridade física própria ou alheia;
Resistência do preso; PRF
Fundado receio de fuga; mnemônico

PERIGO
O uso de algemas só será licito se houver: RESISTÊNCIA
FUGA
PRF
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DICA 5
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Não é permitido, em nosso ordenamento jurídico, nenhuma forma de censura. Dessa
forma, a prática de atividades intelectuais, artísticas, científicas e de comunicação é
livre para a iniciativa privada, sem a necessidade de autorização do Poder Público. A
Constituição Federal estabelece, em seu artigo 220, que nenhuma forma, processo ou
veículo de comunicação poderá ser alvo de censura.

ENTENDIMENTO STF
O direito à liberdade de imprensa garante ao jornalista o
direito de fazer críticas a qualquer indivíduo, seja em tom
áspero, contundente, sarcástico, irônico ou irreverente,
especialmente em relação às autoridades e órgãos
governamentais. No entanto, esse profissional responderá,
tanto penalmente quanto civilmente, pelos abusos que
cometer, sujeitando-se ao direito de resposta previsto na
Constituição, no seu artigo 5.º, inciso V. Vamos ver?

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização


por dano material, moral ou à imagem;

Previsão constitucional: Art. 5°, V, CF.

Esta norma expressa o direito de resposta à manifestação do pensamento de outra


pessoa, aplicável a todas as ofensas, independentemente de elas serem consideradas
ou não infrações penais. A resposta deve ser proporcional, ou seja, veiculada no mesmo
meio de comunicação, com o mesmo destaque, tamanho e duração.

LEMBRE-SE!
o direito de resposta se aplica tanto a pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas!

ofendidas pela expressão indevida de opiniões.


A censura é vedada, portanto. Já a liberdade de expressão é um direito fundamental,
porém é relativa. Isso se deve à limitação de outros direitos protegidos pela
Constituição, como a inviolabilidade da privacidade e a intimidade do indivíduo, por
exemplo.
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DICA 6
PRIVACIDADE, HONRA E IMAGEM
A privacidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas são invioláveis: são
espaços íntimos que não podem ser invadidos por interferências externas. A violação a
esses bens jurídicos implicará em uma indenização, cujo valor deverá ser consoante o
grau de reprovabilidade da conduta. É importante salientar que as indenizações por
dano material e moral são cumulativas, ou seja, ocorrem em relação a um mesmo
evento. Diante de um mesmo fato, é possível que se reconheça o direito a ambas
indenizações.

X -são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;

Previsão constitucional: Art. 5°, X, CF.


“Dissecando-se” esse inciso, percebe-se que ele protege:
O direito à intimidade e à vida privada. Assim sendo, protege-se a área mais
obscura da existência de uma pessoa, incluindo tudo o que diz respeito ao seu
modo de pensar e agir.

O direito à honra. Dessa forma, mantém o sentimento de dignidade e a


reputação dos indivíduos, o "bom nome" que os diferencia da sociedade.

O direito à imagem. Defende a representação que as pessoas têm de si


mesmas e dos outros.

Em se tratando da gravidade jurídica que envolve a violação do sigilo bancário, esta


só é permitida em circunstâncias especiais, sendo essencial demonstrar a relevância
das informações requisitadas e cumprir as exigências legais. Para que a quebra do
sigilo bancário ou fiscal possa ser autorizada, é preciso identificar quem está sendo
investigado e o que está sendo investigado. Sendo assim, não é possível determinar a
quebra do sigilo bancário para a apuração de fatos específicos.

DETERMINAÇÃO DE DETERMINAÇÃO DO
AUTORIDADES E PODER LEGISLATIVO
AGENTES FAZENDÁRIOS

NO ÂMBITO DAS CPIS possibilidade MINISTÉRIO PÚBLICO

DEFERAIS E ESTADUAIS de quebra do


sigilo bancário
QUANDO ENVOLVER
DECISÃO JUDICIAL VERBAS PÚBLICAS
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Temos aqui a inviolabilidade de domicílio, inciso bastante exigido em provas de


concursos, vamos aprender?

DICA 7
INVIOLABILIDADE DOMICILIAR
O princípio da inviolabilidade domiciliar visa proteger a privacidade e a vida privada do
indivíduo, além de assegurar-lhe, especialmente no período noturno, o sossego e a
tranquilidade. O termo “casa”, na visão do STF, é bastante amplo, abrangendo
qualquer compartimento privado não aberto ao público.

ESCRITÓRIOS E as EXCEÇÕES são:


são
CONSULTÓRIOS
considerados PROFISSIONAIS;
"casa" QUARTOS DE MEDIANTE CONSENTIMENTO DO MORADOR;
HOTEL;
BOLEIA DE EM CASO DE FLAGRANTE DELITO;
CAMINHÃO;
SEDE DE UMA
EMPRESA; EM CASO DE DESASTRE;
NÃO são
considerados PARA PRESTAR SOCORRO;
"casa" BARES; DURANTE O DIA, POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL;
RESTAURANTES;

Lembre-se: o conceito de “dia” vai das 5h até as 21h (Lei de Abuso de Autoridade)

Como visto, os estabelecimentos comerciais, em regra, estão protegidos pela


inviolabilidade domiciliar. No entanto, uma vez que não temos, em nosso
ordenamento jurídico, direitos de caráter absoluto, é perfeitamente possível que o
Poder Judiciário determine, em casos especiais, que a autoridade policial ingresse no
estabelecimento profissional à noite para instalar equipamentos de captação de som
(escuta). Isso se deve ao fato de que o princípio da inviolabilidade domiciliar não
pode ser usado para ocultar atividades ilícitas praticadas no estabelecimento da
empresa.

LEMBRE-SE!
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem


consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

Previsão constitucional: Art. 5°, XI, CF.


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DICA 8
SIGILO DA CORRESPONDÊNCIA
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal;

Previsão constitucional: Art. 5°, XII, CF.


O art. 5º, inciso XII, trata da inviolabilidade das correspondências e das comunicações.
Inicialmente, a leitura do inciso XII pode sugerir que o sigilo da correspondência, das
comunicações telefônicas e de informações não poderia ser violado; somente uma
exceção constitucional poderia ser aplicada às comunicações telefônicas.

Todavia, não é esse o entendimento que prevalece. Dado que não há um direito
absoluto no ordenamento jurídico brasileiro, é possível que uma lei ou decisão judicial
também crie hipóteses de interceptação das correspondências, das comunicações
telegráficas e de dados, sempre que a norma constitucional esteja sendo usada para
ocultar a prática de atos ilícitos.

Em se tratando da interceptação telefônica é, sem dúvida, a medida mais gravosa e, por


isso, somente pode ser determinada pelo Poder Judiciário, é preciso haver uma lei
para o juiz autorizar a interceptação das comunicações telefônicas. Já a quebra do sigilo
das comunicações telefônicas, pode ser determinada pelas Comissões Parlamentares de
Inquérito (CPIs), além, é claro, do Poder Judiciário.

Além disso, como é possível verificar, o art. 5º, inciso XII, é norma de eficácia limitada.
Vamos diferenciar a quebra do sigilo das comunicações e da interceptação
telefônica?
quebra de
sigilo
telefônico ACESSO AO EXTRATO DAS
LIGAÇÕES REALIZADAS bem como a data e hora em que estas
pode ser determinada aconteceram e o tempo de duração
pelo Poder Judiciário
e pelas CPIs

Precisa atender a 3 requisitos:


interceptação ACESSO ÀS GRAVAÇÕES Lei que preveja as hipóteses e a forma
telefônica DAS CONVERSAS como a interceptação será realizada;
REALIZADAS Existência de investigação criminal ou
apenas pode ser instrução processual penal;
determinadas pelo Ordem judicial específica para o caso
Poder Judiciário concreto.

A inviolabilidade do inciso alcança apenas a comunicação dos dados, mas não os dados
em si. Em outras palavras, a proteção não se estende aos locais no qual os dados estão
armazenados, como o disco rígido de um computador, uma vez que, após a
armazenagem, a comunicação já terá sido realizada.
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DICA 9
DIREITO A LIBERDADE DE TRABALHO
O inciso XIII do art. 5º é norma de eficácia contida que trata da liberdade de atividade
profissional. O dispositivo diz que, sem lei que exija qualificações para exercer
determinada profissão, qualquer pessoa poderá exercê-la.

Segundo o Supremo Tribunal Federal, nem todos os ofícios ou profissões podem estar
sujeitos ao cumprimento de requisitos legais para o seu exercício. A regra é a liberdade.
Somente quando houver perigo iminente na atividade é que é possível requerer a
inscrição em um conselho de fiscalização profissional.

POR EXEMPLO...

profissionais de saúde engenheiros advogados profissionais dentistas


e arquitetos de reabilitação
para o exercício pleno da profissão, todos deverão ser inscritos no seu respectivo
órgão de fiscalização.

O Supremo Tribunal Federal considerou constitucional o exame da Ordem dos


Advogados do Brasil (OAB). A Corte entende que o exercício da advocacia é um risco
coletivo, sendo dever do Estado limitar o acesso à profissão e o seu exercício.

Do mesmo modo, o STF entende ser inconstitucional a exigência de diploma para o


exercício da profissão de jornalista, uma vez que não representa risco a sociedade, tal
condição.

LEMBRE-SE!
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional;

Previsão constitucional: Art. 5°, XIV, CF.

Esse inciso tem dois desdobramentos: Garante o direito de acesso à informação


(desde que não viole outros direitos fundamentais) e protege os jornalistas,
permitindo-lhes obter informações sem precisar revelar sua fonte. Não há, contudo,
conflito com a proibição do anonimato. Se alguém for prejudicado pela informação, o
jornalista responderá por esse dano, na forma da lei.
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DICA 10
DIREITO DE REUNIÃO
O direito de reunião está intimamente relacionado à liberdade de expressão e ao regime
democrático de governo. A reunião pode ser definida como um grupo de pessoas que
se reúne de forma temporária e visa propagar um interesse comum a todos os
participantes. Como exemplos, é possível mencionar as reuniões realizadas em uma
comunidade ou as manifestações de protesto e reivindicação.

caracteristicas do Direito de Reunião


Direito de Reunião CF - ART. 5º, XVI.
FINALIDADE PACÍFICA;

EM LOCAIS ABERTOS AO PÚBLICO;


AUSÊNCIA DE ARMAS;

NÃO FRUSTAR OUTRA REUNIÃO


NÃO HÁ NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO, SOMENTE ANTERIORMENTE AGENDADA;
AVISO PRÉVIO A AUTORIDADE COMPETENTE;

O direito de reunião é um direito individual, permitindo que cada um decida se deve ou


não participar do evento. O direito de reunião também garante a possibilidade de não
participar do evento. Em caso de violação do direito à reunião, o recurso constitucional
adequado é o mandado de segurança, e não o habeas corpus.

Cuidado com “pegadinhas” nesse sentido!


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DICA 11
DIREITO DE PROPRIEDADE - I
O direito de propriedade é tratado como norma constitucional de eficácia contida e,
portanto, está sujeita à atuação restritiva por parte do Poder Público. Assim como todos
os direitos fundamentais, o direito de propriedade não é absoluto: é preciso que o
proprietário dê à propriedade uma função social.
No entanto, só é permitido a desapropriação com base na proteção do interesse
público, em três situações:

possibilidades de
DESAPROPRIAÇÃO NECESSIDADE PÚBLICA: SÃO SITUAÇÕES EM QUE UM BEM É ESSENCIAL PARA UMA
ATIVIDADE ESSENCIAL DO ESTADO.
UTILIDADE PÚBLICA: OCORRE QUANDO O BEM NÃO É INDISPENSÁVEL, MAS É
DESEJÁVEL PARA UMA ATIVIDADE ESTATAL.
INTERESSE SOCIAL: APLICÁVEL EM CASOS EM QUE UM BEM É NECESSÁRIO PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO PAÍS.

DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA;


(a indenização em títulos da dívida agrária)

a indenização, no caso de
desapropriação, será mediante DESAPROPRIAÇÃO DE IMÓVEL URBANO NÃO-EDIFICADO QUE
prévia e justa indenização em NÃO CUMPRIU SUA FUNÇÃO SOCIAL;
dinheiro,
(a indenização se dará mediante títulos da dívida pública)

DESAPROPRIAÇÃO CONFISCATÓRIA;
(desapropriação sem indenização)

casos em que a
indenização pela
desapropriação NÃO
será em dinheiro.

Há a possibilidade de desapropriação sem indenização. É o que


ocorre na expropriação de propriedades urbanas e rurais de
qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de
plantas psicotrópicas ou exploração de trabalho escravo.

LEMBRE-SE!
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou


utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXIV, CF.


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DICA 12
DIREITO DE PROPRIEDADE - II
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXV, CF.

Esse inciso é dedicado à requisição administrativa, que é quando o Poder Público,


diante de um perigo público iminente, usa seu poder de império (de coação) para
usar bens ou serviços de particulares.

explicando melhor...

perigo publico
iminente
EM CASO DE IMINENTE PERIGO PÚBLICO, O ESTADO PODE REQUISITAR
A PROPRIEDADE PARTICULAR.
exemplo:
No caso de uma enchente que destrua várias casas de
uma cidade, a Prefeitura pode requisitar o uso de uma
casa que tenha permanecido intacta, para abrigar aqueles
que não têm onde ficar.

A propriedade permanece sendo propriedade


do proprietário, sendo apenas cedida
gratuitamente ao Poder Público.

O proprietário do bem será indenizado apenas em caso de dano.

No exemplo em questão, o Estado não teria que arcar com o pagamento de aluguel ao
proprietário pelo uso do imóvel.

observações:

O perigo público deve ser previsível, ou seja, deve ser algo que
acontecerá em breve. No caso em questão, o Estado não poderia
requisitar a moradia durante a estação da seca, uma vez que há a
possibilidade de uma inundação ocorrer por vários meses depois.
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DICA 13
DIREITO DE PROPRIEDADE - III

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXVI, CF.


Com esse inciso, o legislador constituinte deu, à pequena propriedade rural trabalhada
pela família, a garantia de impenhorabilidade. Dessa forma, teve como objetivo a
proteção dos pequenos trabalhadores rurais, que, sem os meios de produção
necessários, não teriam condições de sustento.

No entanto, a impenhorabilidade depende da combinação de alguns requisitos:

requisitos da
impenhorabilidade

A pequena propriedade rural administrada pela família pode


ser objeto de penhora para quitar dívidas não relacionadas à
sua atividade produtiva.

A pequena propriedade rural que a família trabalha não pode


ser penhorada para pagamento de dívidas decorrentes de
sua atividade produtiva.

A pequena propriedade rural, caso não seja explorada pela


família, pode ser penhorada para o pagamento de dívidas
decorrentes e débitos estranhos à sua atividade produtiva.

IMPORTANTE!
É importante destacar que a Constituição exige uma lei que determine quais
propriedades rurais podem ser consideradas pequenas e como serão financiadas para o
seu desenvolvimento.

Tem-se, aqui, o princípio da reserva legal, assunto que vamos trabalhar adiante no
Direito Administrativo.
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DICA 14
DIREITO DO AUTOR

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou


reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem


e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de


que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações
sindicais e associativas;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXVII e XXVIII, CF.

São protegidos, por meio desses incisos, os direitos do autor. Durante sua vida, ele
pode escolher como usar, publicar ou reproduzir suas obras. Só depois da sua morte
que o direito será limitado e transmitido aos herdeiros por um empo determinado por
lei. Dessa forma, como será demonstrado adiante, o direito autoral é distinto do
direito à propriedade industrial, que está presente no inciso XXIX do mesmo artigo.

transmissão da
herança

se dá somente após a morte


do autor.

APENAS PELO TEMPO QUE A LEI FIXAR!

NÃO SE ESQUEÇA!
No inciso XXIX, art. 5º, a Constituição enumera expressamente a propriedade industrial
como direito fundamental. Chamarei a atenção para o fato que, ao contrário dos
direitos autorais, que são do autor até sua morte, o inventor de produtos industriais
tem, sobre estes, um privilégio apenas temporário sobre a sua utilização.
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você sabia?
A Constituição Federal de 1988 elevou o direito de
herança pela primeira vez à condição de norma
constitucional. Antes da Constituição atual, ele só era
tratado por leis infraconstitucionais.

DICA 15
DIREITO DE HERANÇA

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

Previsão constitucional: Art. 5°, XXX e XXXI, CF.

curiosidade!
"de cujos"

é um termo jurídico que define o falecido, o


autor da herança.

Como é possível notar pelo inciso XXXI, para proteger ainda mais
esse direito, a Constituição assegurou que:

Em caso de bens de estrangeiros localizados no País, seria


aplicada a norma sucessória que mais beneficiasse os brasileiros
sucessores.
Dessa forma, nem sempre a lei brasileira será aplicada à sucessão
de bens de estrangeiros localizados no País.

LEMBRE-SE!
Se a lei estrangeira for mais favorável aos sucessores brasileiros, ela será aplicada.
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DICA 16
DIREITO Á INFORMAÇÃO
Essa norma expressa o direito à informação, que garante aos cidadãos o direito de
receberem dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, de interesse
coletivo ou geral.

Os órgãos públicos não precisam fornecer todos os dados de que dispõem. As


informações que sejam essenciais para a proteção da sociedade e do Estado não
devem ser divulgadas.

Além disso, são protegidas as informações pessoais, que estão protegidas pelo artigo
5.º, X, da Constituição Federal de 1988. Ele estabelece que "são invioláveis a
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".

violação ao direito
de informação

caberá remédio
constitucional
conhecido como: MANDADO DE SEGURANÇA

Em caso de violação do direito à informação, o requerente deve usar o mandado de


segurança. Não é o “habeas data”! O objetivo é assegurar o acesso a dados de
interesse individual do requerente, ou de interesse coletivo, ou geral, e não aqueles que
dizem respeito à sua pessoa (que seria a hipótese de cabimento do habeas data).
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DICA 17
DIREITO DE AÇÃO - I

O art. 5º, XXXV, traduz o princípio da inafastabilidade de jurisdição, segundo o qual


somente o Poder Judiciário poderá decidir uma lide em definitivo.

curiosidade!
"lide"

Conflito de interesses resolvido judicialmente


entre as partes; litígio.

É claro que isso não impede que o indivíduo intervenha na justiça caso tenha um direito
seu violado: ele pode fazê-lo, inclusive interpondo recursos administrativos, se
necessário.

No entanto, a decisão administrativa neste caso estará sempre sujeita ao controle


judicial. Em razão do princípio da inafastabilidade de jurisdição não ser aplicado no
Brasil, de forma geral, à “jurisdição condicionada” ou “instância administrativa de curso
forçado”.

O que isso quer dizer?


Isto quer dizer que o acesso ao Poder Judiciário não depende de um processo
administrativo prévio sobre a mesma questão.
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DICA 18

DIREITO DE AÇÃO - II

LEMBRE-SE!

Somente é possível acionar o Poder Judiciário depois de prévio requerimento


administrativo.

mas, temos algumas exceções...


exceções, nas quais
a jurisdição é
condicionada

Habeas data: Nos casos em que o legislador impõe que o acesso à


Justiça somente pode ocorrer se, antes, a administração houver sido
provocada e tenha se recusado ou se omitido;

Controvérsias desportivas: determina que “o Poder Judiciário só


admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas
após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva."

Reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela


Administração Pública: A reclamação é ação utilizada para levar ao
STF caso de descumprimento de enunciado de Súmula Vinculante;

Requerimento judicial de benefício previdenciário: antes de recorrer


ao Poder Judiciário para que lhe conceda um benefício
previdenciário, faz-se necessário o prévio requerimento
administrativo ao INSS.
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DICA 19
PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA
O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada são formas de garantir que
as leis não mudem para prejudicar coisas já estabelecidas.

GARANTEM a
irretroatividade das leis.

LEMBRE-SE!
Essa irretroatividade, entretanto, não é absoluta. O Estado pode editar leis retroativas,
desde que beneficiem os indivíduos, impondo-lhes situação mais favorável do que a
que existia sob a vigência da lei anterior.

definição dos
conceitos
O direito adquirido: aquele que está incorporado ao patrimônio do
particular, uma vez que foram cumpridos todos os requisitos aquisitivos
exigidos pela legislação vigente.
exemplo:
se você cumprir todos os requisitos para se aposentar sob a vigência de
uma lei X. Após cumpridas as condições de aposentadoria, mesmo que seja
criada lei Y com requisitos mais gravosos, você terá direito adquirido a se
aposentar.

O ato jurídico perfeito: aquele que reúne

LEInão
todos os elementos fundamentais
exigidos pela lei.
exemplo:
PREJUDICARÁ Utilize-se como exemplo um contrato
celebrado hoje, sob a influência de uma lei X.

A coisa julgada: aquela decisão judicial da qual não há mais recurso.


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DICA 20
PRINCÍPIO DO “JUIZ NATURAL”

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;


...
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXXVII e LIII, CF.

O inciso XXXVII junto ao inciso LIII, garante que um juiz neutro vai julgar suas ações no
Poder Judiciário, com finalidade de garantir a justiça em um país democrático. O
princípio do juiz natural impede a criação de juízos de exceção ou "ad hoc", que
surgem de forma arbitrária após a ocorrência de um evento.

curiosidade!
"ad hoc"

A palavra tem sentido de “para um fim


específico”. Pessoa nomeada, em caráter
transitório para exercer determinada função.

Além disso, é decorrente do princípio do juiz natural a responsabilidade de seguir


rigorosamente as normas objetivas de determinação de competência, a fim de
preservar a independência e a imparcialidade do órgão julgador.
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DICA 21
TRIBUNAL DO JÚRI - I

Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

Previsão constitucional: Art. 5°, XXXVIII, CF.

mnemônico

Com PS2
Plenitude de defesa;
Sigilo das votações;
Soberania dos veredictos;
Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

O presente inciso trata do júri, uma instituição criada para a sociedade participe de
forma efetiva do julgamento de cidadãos acusados de alguns crimes específicos.

Em suma, esse inciso reconhece o júri como a única instância do sistema jurídico
brasileiro que pode julgar os chamados crimes dolosos contra a vida, ou seja,
aqueles cometidos intencionalmente e que, de alguma forma, atingem o direito à vida.

São exemplos de crimes dolosos contra a vida:


homicídio, induzimento, instigação ou auxílio a
suicídio, infanticídio e aborto.
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DICA 22
TRIBUNAL DO JÚRI - II
O objetivo desse inciso é garantir que as pessoas possam ser julgadas e punidas por
seus concidadãos, quais têm uma sabedoria popular e podem garantir um julgamento
justo.

Além de assegurar ao indivíduo processado o direito de se defender, este inciso


também garante aos jurados o sigilo de suas votações, dando assim a segurança
necessária para poderem votar consoante a sua consciência, sem qualquer tipo de
influência externa.

A decisão do júri deve ser mantida, sem a possibilidade de revisão pelo Poder
Judiciário, assegurando que a vontade do povo (representado pelos jurados) não seja
suprimida por um juiz.

Por acaso termos como “inciso” e “alínea” são complicados para você?
Quer aprender mais sobre o “juridiquês”?

"inciso" "alínea"
Usado como elemento discriminativo Alínea – É o desdobramento dos
do caput de um artigo ou de um incisos; Cada parte de um artigo, que
parágrafo. Os incisos podem se inicia uma nova linha, normalmente
desdobrar em alíneas. assinalada por letras em ordem
alfabética.
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DICA 23
TRIBUNAL DO JÚRI - III

A intenção dessas dicas é te alertar sobre possíveis


pegadinhas que possam cair em sua prova. Lembre-se,
é de extrema importância incluir nos seus estudos a
leitura de súmulas e jurisprudências acerca dos
assuntos da sua prova.

LEMBRE-SE!
O entendimento extras de conteúdos, vai te colocar na frente de algumas pessoas e
permitir que você não caia em nenhuma pegadinha preparada pela banca.

Jurisprudências

Em casos de crimes dolosos contra a vida envolvendo autoridades com direito a


julgamento especial (foro privilegiado), este deverá ser realizado pelo júri, com
exceção da previsão de julgamento especial na Constituição Federal (Súmula
Vinculante nº45);

O réu não pode ficar algemado durante o julgamento, a menos que haja perigo
para a segurança dos presentes. A acusação não pode mencionar este fato na sua
sustentação oral, sob pena de prejudicar a defesa (Súmula Vinculante nº11);

Caso não seja apresentado um quesito obrigatório aos jurados durante a decisão
do caso, o processo será encerrado, violando a legislação (Súmula nº 156 do STF);

O julgamento do acusado pelo júri (decisão de pronúncia) deve indicar apenas a


existência de um crime e os indícios pelos quais o réu está sendo acusado. O
excesso de linguagem pode invalidar o processo, uma vez que pode influenciar a
decisão dos jurados (HC 354293/RJ, Rel. Ministro Antônio Saldanha Palheiro);

Em 2017 entrou em vigor a Lei n.º 13.491/2017 que altera dispositivos do Código
Penal Militar e retira a competência do júri para julgar os casos cometidos por
militares contra civis. Essa mudança legislativa está sendo questionada no STF por
meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade, já que a competência do júri está
descrita na Constituição e não pode ser alterada por meio de lei (ADI n.º 5901).
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DICA 24
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - I
Art 5º, XXXIX, CF – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal

Previsão constitucional: Art. 5°, XXXIX, CF.

O inciso XXXIX enfatiza a importância de que a legislação contenha previsões claras


para permitir a acusação de um cidadão por um crime. Além disso, a lei deve estar em
vigor antes do ato que seja considerado como criminoso. Esse direito é conhecido
como princípio constitucional da legalidade, o qual exige que a lei defina o que é
ou não considerado crime, proporcionando aos cidadãos um parâmetro para
entenderem as possíveis consequências legais de suas ações.

entendeu a importância desse inciso?


Ele confere segurança ao cidadão, assegurando que a lei só terá validade como
parâmetro se estiver em vigor antes da prática do ato.

Isso implica que, sem conhecimento da lei, que ainda não foi tornada pública, não há
como estar ciente de que determinada conduta é considerada criminosa.

NÃO SE ESQUEÇA
O princípio constitucional da legalidade é o mais importante dentro da esfera penal.
Isso acontece porque a lei é a única fonte do Direito Penal.

is
4 funções fundamenta ípio
conferidas por esse princ
Impedir a incriminação sem lei prévia, ou seja, a lei
precisa existir antes do ato ser cometido.

Impedir a criação de crimes e penas com base em


costumes e hábitos: A criminalização de um
comportamento deve estar estabelecida em uma legislação
escrita.

Impedir o uso de analogias ou comparações para criar ou fundamentar crimes:


A lei não pode ser interpretada de forma extensiva para abarcar situações não
previstas explicitamente.

Proibir incriminações vagas e indeterminadas: A lei deve ser clara e precisa na


definição dos crimes, evitando incertezas e interpretações dúbias.
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DICA 25
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - II

Esse princípio se desdobra em dois outros princípios fundamentais. Vamos conhecê-los?

Princípio da reserva legal Princípio da anterioridade da lei penal

O princípio da reserva legal é um


conceito fundamental no sistema
jurídico que estabelece que apenas
uma lei formal pode definir o que é
considerado crime e determinar as
penas correspondentes.

Isso significa que medidas provisórias,


que são atos normativos temporários
emitidos pelo Poder Executivo, não
têm a autoridade para criar novos
crimes ou estabelecer punições.

Por sua vez, o princípio da anterioridade da lei penal está relacionado ao momento em
que uma lei deve entrar em vigor para que uma conduta possa ser considerada
criminosa.

Em outras palavras, para que uma pessoa seja responsabilizada por uma conduta
específica, a lei que a proíbe deve estar em vigor antes de tal conduta ser realizada.

José José
ENTROU EM VIGOR A LEI "X" QUE
PRATICOU A CONDUTA "A" INCRIMINA A CONDUTA "A" NÃO PODE SER PUNIDO PELA
CONDUTA "A" QUE PRATICOU
20/04/06 30/10/07

Esse princípio visa garantir segurança jurídica nas relações sociais, evitando mudanças
repentinas e retroativas na legislação penal. Assim, uma pessoa não pode ser julgada ou
punida por uma conduta que não era considerada criminosa no momento em que ela foi
realizada.
DICA!
Em decorrência do princípio da anterioridade da lei penal, deriva a irretroatividade da
lei penal.
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DICA 26
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE - III

Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

Previsão constitucional: Art. 5°, XL, CF.

mas, o que isso significa?


SALV
para BENEFICIAR
o Réu.

Esse princípio está previsto no artigo 5º, inciso XL, da Constituição Federal brasileira e
estabelece que a lei penal não pode retroagir para prejudicar o acusado ou o réu, ou
seja, não pode ser aplicada a fatos que ocorreram antes de sua entrada em vigor.

Retroagir significa "voltar no tempo", "afetar fatos passados". Portanto, a


retroatividade é a capacidade de se aplicar uma lei a atos ou eventos que ocorreram
antes de sua entrada em vigor, enquanto a irretroatividade refere-se à impossibilidade
de a lei atingir fatos passados.

Portanto, a retroatividade da lei penal benigna significa que a nova lei pode ser
aplicada a fatos ocorridos antes de sua vigência, desde que resulte em benefício para o
réu.

Esse princípio visa assegurar que as mudanças na legislação penal não sejam usadas
para prejudicar indivíduos, mas sim para garantir a justiça e a equidade em relação aos
casos anteriores à mudança da lei.
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DICA 27
DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS
-I

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades


fundamentais.

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena


de reclusão, nos termos da lei;

Previsão constitucional: Art. 5°, XLI e XLII CF.

mas, o que isso significa?

O inciso XLI da Constituição estabelece que “a lei punirá qualquer


discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”. Esse
dispositivo depende de complementação legislativa. Esse inciso impõe um
mandato para a criminalização de práticas discriminatórias, buscando assim
proteger e garantir a efetividade dos direitos fundamentais consagrados na
Constituição.

Por outro lado, o inciso XLII determina que “a prática do racismo constitui
crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da
lei”. Nesse caso específico, o inciso já traz em si uma norma penal
autoaplicável, o que significa que não é necessária uma complementação
legislativa para sua efetivação.

LEMBRE-SE!
Esses dispositivos referentes à criminalização de práticas discriminatórias e ao crime
de racismo são pontos importantes que costumam ser abordados em provas e são
fundamentais para promover a igualdade e o respeito aos direitos humanos na
sociedade.
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DICA 28
DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS
- II

O racismo é crime inafiançável e imprescritível.

Vamos aos pontos mais importantes...


O inciso XLII, ao estabelecer que o crime de racismo é imprescritível, determina que
mesmo após um longo período desde sua prática e com a omissão das autoridades em
buscar a punição, esse crime não deixará de ser punido.

Dessa forma, não há um prazo após o qual o crime de racismo não possa mais ser
processado e punido, garantindo que a responsabilização perdure ao longo do tempo.

Já inafiançável refere-se a um crime para o qual não é permitido oferecer fiança


como condição para que o acusado seja solto antes do julgamento.

Essas definições são importantes para o entendimento do tratamento legal dado ao


crime de racismo, reforçando a gravidade do ato e garantindo sua punição,
independentemente do tempo decorrido desde sua prática e da possibilidade de
fiança.

No caso do crime de racismo, a legislação estabelece a pena de reclusão,


destacando a seriedade dessa conduta delituosa e o objetivo de coibir e punir de
forma mais enérgica as práticas racistas.

Portanto, é crucial ter em mente que o racismo é punível com a pena de reclusão e
não com a detenção. As bancas examinadoras podem tentar te confundir
apresentando informações equivocadas, mas é fundamental ter clareza sobre essa
distinção.
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DICA 29
DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS
- III
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática


da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem;

Previsão constitucional: Art. 5°, XLIII, CF.

Atenção!
O inciso XLIII trata de alguns crimes que são inafiançáveis e também insuscetíveis de
graça ou anistia.

É importante estar atento a essa distinção, pois a banca examinadora possivelmente


tentará te confundir, afirmando erroneamente que esses crimes são imprescritíveis.

mnemônico

HEDIONDO NÃO TEM GRAÇA


Tortura;
Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins;
Terrorismo;

Enquanto crimes imprescritíveis não estão sujeitos a prazo para a sua punição e
podem ser julgados e punidos a qualquer momento, os crimes inafiançáveis são
aqueles para os quais não é permitido oferecer fiança como condição para que o
acusado seja solto antes do julgamento.
Dessa forma, a prisão é obrigatória até o julgamento,
independentemente da possibilidade de pagamento de
fiança.
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DICA 30
DISCRIMINAÇÃO DE DIREITOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS
- IV
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis


ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

Previsão constitucional: Art. 5°, XLIV, CF.

O inciso XLIV trata de mais um crime: a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado democrático. Esse crime, assim como o
racismo, também é inafiançável e imprescritível. Ou seja, não está sujeito à
prescrição e pode ser punido a qualquer momento, mesmo após um longo período
desde sua prática.

Nunca mais esqueça! AÇÃO DE GRUPOS


ARMADOS
Civis ou Militares.
INAFIANÇÁVEL;
IMPRESCRITIVEL;

Sujeito à pena
de RECLUSÃO.

Contra:
RACISMO Ordem Constitucional;
INAFIANÇÁVEL; Estado Democrático;
IMPRESCRITIVEL;
INAFIANÇÁVEL;
INSUSCETIVEIS DE GRAÇA/ANISTIA;

TORTURA TRÁFICO TERRORISMO CRIMES HEDIONDOS

Por eles respondendo


Mandantes;
Executores;
Os que, poderiam evita-los, se
omitirem.
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DICA 31
RESTRIÇÕES À AÇÃO PUNITIVA DO ESTADO

XLVII - não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

Previsão constitucional: Art. 5°, XLIV, CF.


O art. 5º, XLVII, estabeleceu um rol exaustivo de penas inaplicáveis no ordenamento
jurídico brasileiro. Isso significa que a Constituição definiu de forma detalhada as penas
que não podem ser utilizadas no sistema penal brasileiro.

Atualmente, entende-se que as penas têm um caráter preventivo e


repressivo, não sendo destinadas à vingança.
A pena de morte é considerada a mais gravosa
e é admitida somente em casos de guerra
declarada.

Isso ressalta que nem mesmo o direito à


vida é absoluto e que, dependendo do
contexto, todos os direitos fundamentais
podem ser relativizados.

entendimento do
Supremo Tribunal
Federal
Quanto à pena de caráter perpétuo, o Supremo Tribunal Federal (STF) firmou
entendimento de que o tempo máximo legalmente exequível no ordenamento
jurídico brasileiro é de 40 (quarenta) anos. Isso significa que o tempo de
cumprimento das penas privativas de liberdade não pode exceder esse limite,
conforme estabelecido pelo art. 75, "caput", do Código Penal.

Lembre-se!
Essas definições são importantes para estabelecer os limites das penas aplicáveis no
sistema penal brasileiro, garantindo a adequação e proporcionalidade entre o crime
cometido e a sua punição, bem como respeitando os direitos fundamentais dos
indivíduos.
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DICA 32
PRINCÍPIO DA NÃO-EXTRADIÇÃO DE NACIONAIS
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime


comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

Previsão constitucional: Art. 5°, LI, CF.


Esse dispositivo estabelece as regras para a extradição de brasileiros natos e
naturalizados.
você sabe o que é extradição?
"extradição"
A extradição é um processo de cooperação
internacional entre o Brasil e outro país, no
qual uma nação solicita ou concede a entrega
de uma pessoa acusada ou já condenada por
um ou mais crimes, com o objetivo de que ela
seja julgada e punida no país que a requisitou.

Os brasileiros natos, ou seja, aqueles que adquiriram a


nacionalidade brasileira no momento do nascimento.
NÃO PODEM SER EXTRADITADOS EM NENHUMA
CIRCUNSTÂNCIA.
Por outro lado, os brasileiros naturalizados, que
eram estrangeiros e obtiveram a nacionalidade
brasileira após um processo de naturalização.

PODEM SER EXTRADITADOS EM DUAS SITUAÇÕES ESPECÍFICAS:

Se cometerem um crime comum antes da naturalização.

Estiverem comprovadamente envolvidos em tráfico de drogas e


entorpecentes, conforme previsto em lei.

LEMBRE-SE!

Não é permitida a extradição de estrangeiros por crimes


políticos ou de opinião. Isso significa que o Brasil não entrega
indivíduos acusados ou condenados por delitos de natureza
política ou relacionados à expressão de suas ideias e opiniões.
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DICA 33
PROVAS ILÍCITAS - I

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

Previsão constitucional: Art. 5°, LVI, CF.


Esse inciso é de extrema importância, pois atua como
salvaguarda contra a utilização de meios ilegais, que
poderiam violar os direitos fundamentais dos cidadãos,
sob a pretensa busca pela justiça.
O objetivo do inciso LVI é primordialmente dissuadir o
uso de atos ou métodos ilegais, que frequentemente
implicam violação de garantias fundamentais, como
meio para obter provas.
Por essa razão, qualquer evidência obtida por meio desses procedimentos ilícitos,
como imagens, áudios, documentos e outras informações, não pode ser admitida no
processo como prova válida. Caso esses dados e provas sejam apresentados ao(s)
julgador(es), estes não poderão levá-los em conta ao formular sua decisão e deverão
excluí-los de todos os documentos relacionados ao processo, a fim de evitar qualquer
"contaminação" na formação do entendimento do(s) julgador(es).

reconhecimento da doutrina
A Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada, também conhecida como
"Fruits of the Poisonous Tree" .

Amplamente reconhecida na doutrina jurídica. Essa teoria se baseia na ideia de que


uma árvore envenenada irá produzir frutos contaminados. De acordo com essa lógica,
uma prova ilícita contamina todas as outras provas que dela derivam, resultando em
sua ilicitude.
exemplo
suposto traficante é torturado e confessa crimes.

polícia encontra grande quantidade de


cocaína na residência do traficante devido a
sua confissão.

essa PROVA foi obtida por meio ILÍCITO,


o réu não poderá ser condenado por
isso.
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DICA 34
PROVAS ILÍCITAS II

Lembre-se!

provas, lícitas e indeprãendentes da


, se o mantidas,
obtida ilicitamente processo.
tendo continuidade no

A prova obtida por meio de interceptação telefônica sem autorização judicial é


ilícita.

As provas obtidas através de interceptação telefônica baseada somente em


denúncia anônima, sem investigação preliminar, são ilícitas.

As provas obtidas por meio de gravação de conversa informal do indiciado com


policiais são ilícitas, caracterizando um "interrogatório sub-reptício", realizado
sem as formalidades legais do interrogatório no inquérito policial e sem a
devida advertência do direito ao silêncio ao indiciado.

As provas obtidas durante uma prisão ilegal são ilícitas. Se a prisão foi ilegal,
todas as provas obtidas a partir dela também serão consideradas ilícitas.

É lícita a prova obtida mediante gravação telefônica feita por um dos


interlocutores sem autorização judicial, caso haja investida criminosa por parte
do desconhecedor da gravação. Nessa situação, há o embasamento da
legítima defesa.

É lícita a prova obtida por gravação de conversa telefônica feita por um dos
interlocutores, sem o conhecimento do outro, desde que não exista causa legal
de sigilo ou reserva da conversação.

É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos


interlocutores sem o conhecimento do outro.
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DICA 35
GARANTIAS PROCESSUAIS - PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença


penal condenatória;

Previsão constitucional: Art. 5°, LVII, CF.

Uma pessoa só pode ser considerada culpada de um crime após o


trânsito em julgado de uma sentença penal condenatória, ou seja,
quando não couber mais nenhum recurso.

O trânsito em julgado da sentença faz coisa julgada material, o que


significa que a decisão se torna definitiva e não pode ser mais
modificada, garantindo assim a segurança jurídica e evitando a
possibilidade de múltiplas condenações pelo mesmo crime.

A presunção de inocência implica que o ônus da prova da prática de


um crime recai sempre sobre o acusador, geralmente representado pelo
Ministério Público ou outro órgão responsável pela acusação. Em outras
palavras, não se pode exigir que o acusado prove sua inocência; cabe
à acusação demonstrar, de forma clara e inequívoca, a culpabilidade do
indivíduo acusado.

Ao colocar o ônus da prova sobre a acusação, busca-se evitar abusos do


poder estatal e garantir que apenas aqueles que cometeram um crime
sejam condenados após um processo legal adequado e uma análise
justa das evidências apresentadas.

Qual entendimento atual do STF?

o STF revisou o antigo entendimento e decidiu que a execução provisória


da pena não é mais permitida apenas com a condenação em segunda
instância. Assim, se um indivíduo foi condenado em primeira instância e
essa condenação foi confirmada por um Tribunal de segunda instância,
ele ainda não poderá ser preso imediatamente, pois ainda cabem
recursos especiais (para o STJ) e recursos extraordinários (para o STF).
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DICA 36
GARANTIAS PROCESSUAIS - IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. Memorize-o!

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo


nas hipóteses previstas em lei;

Previsão constitucional: Art. 5°, LVIII, CF.

O inciso LVIII do artigo 5° da Constituição Federal assegura ao cidadão que a


identificação criminal não será exigida quando for possível sua identificação por meio
de documentos de identificação civil, como RG, carteira de trabalho e outras formas
de identificação admitidas, ou seja, o indivíduo que já foi civilmente identificado não
será submetido à identificação criminal, exceto nos casos previstos em lei.

Vamos ver quais são eles?

Enquanto a identificação civil é uma prática comum e rotineira,


que inclui a apresentação de documentos como a carteira de
identidade, carteira de motorista e carteira de trabalho, a
identificação criminal é mais restrita e se refere ao processo de
coleta de informações biométricas e fotográficas utilizadas para
identificar um indivíduo em relação a práticas criminosas.

A identificação criminal excepcional só seria exigível


mediante lei específica. Em outras palavras, para a
realização de identificação criminal através de técnicas
como a impressão digital (processo datiloscópico) e
fotografia, é necessário que exista uma lei que regulamente
e autorize o uso desses métodos.

LEMBRE-SE!
A diferenciação entre identificação civil e criminal é importante para compreender a
abordagem distinta utilizada em cada caso, sendo a identificação criminal
dependente de regulamentação legal para sua aplicação em conformidade com o
princípio constitucional.
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DICA 37
DIREITO À LIBERDADE - I

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito


ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos
de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela


mantido quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança;

O que isso quer dizer?


O direito à liberdade é uma norma fundamental estabelecida na Constituição, que só
poderá ser violada em situações excepcionais e taxativamente previstas.

hipóteses em que é
possível a prisão
a) Em flagrante delito, sem necessidade de ordem judicial;

b) Em caso de transgressão militar ou crime propriamente militar,


definidos em lei. Nesse caso, também é dispensada ordem judicial;

c) Por ordem de juiz, escrita e fundamentada.

A prisão, como já mencionado, possui natureza


excepcional. Nesse contexto, o inciso LXVI
estabelece que, se a lei permitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança, ninguém será levado
à prisão ou nela mantido.

LEMBRE-SE!
Essa disposição ressalta a importância de garantir a liberdade do indivíduo sempre
que possível, assegurando o princípio da presunção de inocência e a cautela no uso da
privação de liberdade como medida excepcional no sistema jurídico.
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DICA 38
DIREITO À LIBERDADE - II

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de


permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou
por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do
depositário infiel.

Vamos entender isso?


Nos termos do inciso LXII, a Constituição assegura que a prisão de qualquer
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso, ou à pessoa por ele indicada.

O inciso LXIII, por sua vez, consagra o direito ao silêncio.Dessa forma, o


indivíduo tem o direito de permanecer em silêncio durante o interrogatório
policial ou qualquer procedimento que possa comprometê-lo criminalmente.

O inciso LXIV garante ao preso o direito de conhecer a identidade dos


responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial. Essa disposição visa
evitar arbitrariedades por parte da autoridade policial e de seus agentes.

o inciso LXV determina que a prisão ilegal deve ser imediatamente relaxada
pela autoridade judiciária. Essa medida visa proteger os indivíduos contra
prisões que sejam realizadas de forma ilegal ou arbitrária, .

LEMBRE-SE!
O Brasil é signatário da Convenção Americana de Direitos
Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica). Então, o
entendimento atual do STF é o de que a única prisão civil por
dívida admitida no ordenamento jurídico brasileiro é a de
obrigação alimentícia.
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DICA 39
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer


pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

Previsão constitucional: Art. 5°, XV, CF.

A Constituição Federal de 1988 garante a todos a


liberdade de locomoção no território nacional em
tempos de paz, nos termos da lei.

No entanto, essa norma constitucional possui eficácia


contida, o que significa que ela pode sofrer restrições
relacionadas ao ingresso, saída e circulação interna de
pessoas e patrimônio.

Em outras palavras...

O inciso XV assegura a livre locomoção a qualquer pessoa, seja


brasileira ou estrangeira, em tempos de paz.

Contudo, em tempos de guerra ou situações de


crise, é possível que a liberdade de entrada, saída e
permanência no país sofra duras restrições,
principalmente no que se refere aos
estrangeiros.

LEMBRE-SE!
Essas restrições podem ser estabelecidas por medidas de segurança nacional ou por
leis específicas que regulamentem a circulação de pessoas em situações excepcionais.
Em tais casos, a liberdade de locomoção pode ser limitada para proteger a segurança e
a integridade do país.
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DICA 40
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - I

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar


ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXVIII, CF.

HABEAS CORPUS
Mas, o que é isso?
O habeas corpus é um remédio constitucional com objetivo principal
de assegurar que a liberdade individual seja respeitada e que a

s
hab

pu
ea r
detenção ou prisão de alguém ocorra dentro dos limites legais. s co

Quando pode ser usado?


O habeas corpus pode ser utilizado toda vez que o réu se sentir ameaçado de
violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso
de poder. Esse remédio constitucional visa garantir que o indivíduo não seja detido
ou sofra restrições injustas em sua liberdade física.

tipos de "habeas
corpus"

Quando o risco de prisão ainda


PREVENTIVO
é uma ameaça;

A versão mais comum, aplicada


LIBERATÓRIO depois que o réu já teve prisão
decretada pela justiça;

Quem pode impetrar?


Qualquer cidadão pode impetrar/solicitar
um habeas corpus à Justiça, sem a
necessidade de um advogado.

LEMBRE-SE!
A pessoa jurídica, não pode ser paciente
dessa ação, uma vez que não possui
direito de locomoção a ser protegido.
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DICA 41
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - II

LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,


não amparado por “habeas corpus” ou habeas data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
no exercício de atribuições do Poder Público;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXIX, CF.

MANDADO DE SEGURANÇA
Mas, o que é isso?
A ênfase na proteção de direitos líquidos e certos, excluídos os que podem ser
tutelados por "habeas corpus" e "habeas data", ressalta o caráter residual do
mandado de segurança.
em outras palavras...
Ele é uma medida jurídica utilizada somente quando não há outra via
constitucional disponível para resguardar o direito prejudicado. Por exemplo, o
mandado de segurança é aplicável para salvaguardar o direito de reunião se houver
ameaça ou lesão causada por atos ilegais ou arbitrários do Poder Público.

Quem pode impetrar o mandado de segurança?

Qualquer indivíduo ou entidade, independentemente de sua


nacionalidade, seja pessoa física ou jurídica, residente no Brasil ou não;

Entidades sem personalidade jurídica, como aquelas reconhecidas por


lei como tendo capacidade processual para proteger seus direitos, como
é o caso de massas falidas e espólios;

Certos órgãos públicos, principalmente aqueles de posição hierárquica


superior, com a finalidade de salvaguardar suas prerrogativas e
responsabilidades;

O Ministério Público.
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DICA 42
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - III

PRAZOS
Existe um prazo determinado para a apresentação
do mandado de segurança: 120 (cento e vinte)
dias a contar da data em que o interessado tiver
conhecimento oficial do ato que pretende
contestar (como a publicação desse ato na
imprensa oficial, por exemplo).

Não se esqueça!
Caso você deixe passar esse prazo ainda será possível buscar a proteção do seu
direito, mas será necessário utilizar outro tipo de ação, com o rito ordinário comum,
uma vez que a alternativa do mandado de segurança não será mais viável.

Não se aplica mandado de segurança!

Impugnar decisões judiciais Contestar atos que se


passíveis de recurso com efeito enquadrem na esfera
suspensivo; jurisdicional, exceto em
circunstâncias extremamente
Contestar atos administrativos excepcionais, quando a decisão
para os quais exista recurso com for notadamente ilegal ou
efeito suspensivo; envolver um abuso evidente de
poder.
Decisões judiciais que já
tenham alcançado a condição de Contestar decisões judiciais do
trânsito em julgado. Supremo Tribunal Federal
(STF), inclusive aquelas
Questionar leis de forma geral, emitidas por seus Ministros, a
a menos que elas resultem em menos que haja circunstâncias
efeitos práticos específicos; verdadeiramente excepcionais.
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DICA 43
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - IV

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO


LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e


em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXX, CF.

O mandado de segurança coletivo tem


como objetivo a proteção de direitos
coletivos e individuais homogêneos
contra atos, omissões ou abusos de poder
por parte de autoridades.

Apenas determinadas pessoas, conforme definido nas alíneas "a" e "b", possuem o
direito de impetrá-lo (legitimados ativos). É importante notar que a exigência de um
ano de existência e atuação, mencionada na alínea "b", é aplicável somente às
associações, não se aplicando às entidades sindicais e de classe.

entendimento do STF O Supremo Tribunal Federal entende que os


direitos defendidos pelas entidades da alínea
"b" não precisam abranger TODOS os seus
membros. Esses direitos podem se referir
apenas a uma parte dos membros (por
exemplo, quando um sindicato defende um
direito relacionado à aposentadoria, que
beneficia somente seus filiados aposentados).
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DICA 44
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - V

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma


regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXXI, CF.

MANDADO DE INJUÇÃO
O que, afinal é injunção?
O mandado de injunção é uma ordem para criar uma lei que aplique os direitos
contidos na Constituição. Esse remédio constitucional pretende suprir a falta de
uma lei que garanta o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
garantias relativas à nacionalidade.

Isso se deve ao fato de que, quando uma lei infraconstitucional (lei de menor força
que a Constituição) não é editada ou complementada, o exercício desses direitos
pode ser limitado ou mesmo impedido na pratica.
exemplo prático de
como funciona o
A Constituição Federal, por mandando de injução
exemplo, assegura o
direito à educação. No
entanto, este direito é
concretizado e posto em
prática através da Lei de
Diretrizes e Bases da
Educação (LDB). Logo, é
por meio da LDB que o ausência de
o
previsãional norma
direito à educação ituc reguladora
const mandado de
prometido em nossa injução
Constituição é cumprido.

Se a LDB não existisse e o direito à educação não fosse implementado, seria


possível solicitar um mandado de injunção para que, por meio de uma
notificação do Poder Judiciário, o Poder Legislativo pudesse deixar de se omitir
e criar uma lei que cumprisse a promessa constitucional.
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DICA 45
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - VI

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":


a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXXII, CF.

HABEAS DATA Ação gratuita. No entanto,


é imprescindível a
"Remédio constitucional" cujo assistência advocatícia para
objetivo é assegurar o direito à que essa ação seja
informação e à intimidade. impetrada.

O habeas data pode ser


usado para obter dados
em bancos de dados
públicos, como a Receita
Federal, ou privados, mas
de caráter público, como
os de serviços de proteção
ao crédito - popularmente
conhecidos como SPC - ou
os cadastros de
consumidores.

Permite que o cidadão em questão, identificado legalmente como impetrante, tenha


acesso às informações contidas nos bancos de dados governamentais em seu
nome, bem como solicitar que essas informações sejam corrigidas ou retificadas.

Não se esqueça!
Qualquer indivíduo, seja pessoa física ou jurídica, de nacionalidade brasileira
ou estrangeira, tem o direito de entrar com um habeas data. Este é um tipo
de ação estritamente pessoal, que não pode ser utilizada para obter
acesso a informações pertencentes a terceiros.
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DICA 46
AÇÃO POPULAR

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;

Previsão constitucional: Art. 5°, LXXIII, CF.

AÇÃO POPULAR
A ação popular é um recurso constitucional
acessível a todos os cidadãos, utilizado para
anular atos prejudiciais ligados ao
patrimônio público, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e aos bens
históricos e culturais.

Quem pode impetrar essa ação?


Esta é uma das armadilhas mais conhecidas em concursos, relacionada à ação
popular: somente um cidadão, indivíduo com direitos civis e políticos plenos,
tem o direito de entrar com a ação.

Além disso, essa ação pode ser empregada tanto de forma preventiva (quando
acionada antes da ocorrência do ato prejudicial ao patrimônio público) como
repressiva (quando o dano já ocorreu).

Quem pode sofrer essa ação?


Qualquer pessoa jurídica em cujo nome o ato ou contrato prejudicial
tenha sido (ou estivesse para ser) executado;

Todas as figuras de autoridade, administradores, servidores e


empregados públicos que tenham tido participação no ato ou contrato
prejudicial, ou que tenham se abstido, possibilitando a ocorrência do dano;

Todos os indivíduos que obtiveram benefícios diretos do ato ou contrato


prejudicial.
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DICA 47
GRATUIDADE E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que


comprovarem insuficiência de recursos;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro


civil de nascimento; b) a certidão de óbito;

O inciso LXXIV do artigo 5º da Constituição Federal, estabelece que mesmo


para aqueles que não possuam os recursos financeiros para custear os serviços
advocatícios, o direito ao acesso à justiça é assegurado. Assim sendo, é
responsabilidade do Estado suportar os gastos indispensáveis para garantir que
esse direito não seja violado.
Já o inciso LXXVI trata da isenção de custos para os registros públicos de nascimento
e óbito, garantindo que aqueles que são reconhecidos como economicamente
carentes não precisarão efetuar pagamento pela emissão das certidões de nascimento
e óbito.

GRATUIDADE
mnemônico

DOR CHHA
DIREITO DE PETIÇÃO;
OBTENÇÃO DE CERTIDÕES;
REGISTRO CIVIL DE NASCIMENTO;
CERTIDÃO DE ÓBITO;
HABEAS CORPUS;
HABEAS DATA;
AÇÃO POPULAR;

Lembre-se!
Observe que a gratuidade estipulada no inciso, se aplica exclusivamente ao
registro de nascimento e à certidão de óbito.

É crucial evitar a armadilha de estender esse direito à certidão de casamento,


por exemplo. Lembre-se que os procedimentos essenciais para o pleno
exercício da cidadania também são isentos de taxas, conforme regulamentado
pela legislação.
chegamos ao fim
Você acaba de concluir nossa incrível amostra gratuita.

Com uma compreensão mais profunda do Artigo 5º da


Constituição Federal, você está pronto para entender
melhor seus direitos e garantias fundamentais como
cidadão.

Continue sua jornada de estudos com determinação e


confiança. Lembre-se de que o aprendizado é uma
conquista contínua. Há muito mais a descobrir e aprender, e
estamos aqui para ajudar em cada passo do caminho.

Continue buscando seu objetivo e nunca deixe de aprender!

Parabéns novamente e desejamos-lhe muito sucesso em


seus estudos futuros e na busca por suas metas acadêmicas
e profissionais.

clique aqui e entre agora no grupo de dicas

bons estudos!

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