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SUMÁRIO
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – PARTE II ............................................................................ 2
1. DESTINATÁRIOS ................................................................................................................................... 2
2. EFICÁCIAS: VERTICAL; HORIZONTAL E DIAGONAL ................................................................................. 2
3. EFICÁCIAS: SUBJETIVA E OBJETIVA........................................................................................................ 3

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TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – PARTE II


1. DESTINATÁRIOS
A partir da literalidade do artigo 5° da CF/88 chega-se a uma falsa ideia de que apenas os
brasileiros e os estrangeiros residentes no país gozam da inviolabilidade dos direitos à vida,
liberdade, igualdade, segurança e propriedade.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade (...).

Uma das principais características dos direitos fundamentais é a universalidade, ora, se


são universais, então, servem para todos. Sendo assim, mesmo o texto dizendo uma coisa, a
norma quer dizer outra, os direitos fundamentais devem ser interpretados extensivamente,
no sentido de abarcar:
 Brasileiro nato e naturalizado;
 Estrangeiros residentes e turistas;
 Pessoas jurídicas de direito público (seu município, por exemplo) e de direito
privado (AlfaCon, por exemplo).

2. EFICÁCIAS: VERTICAL; HORIZONTAL E DIAGONAL


As eficácias que serão estudadas a partir de agora retratam a incidência dos Direitos
Fundamentais em determinadas relações.
Repare na seguinte ideia:
Quando a Eficácia é Vertical, significa que os Direitos Fundamentais estão se aplicando
nas relações que os indivíduos travam com o Estado (poder público), ou seja, nas relações que
nós travamos com o Estado, este poderá se utilizar da Supremacia do poder (daí o nome
“vertical” ensejando hierarquia) para impor que determinado direito se sobreponha à outro,

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por exemplo impor que a saúde pública prevaleça sobre a livre iniciativa, a livre atividade
empresarial.
Quando a Eficácia é Horizontal, significa que os Direitos Fundamentais estão se aplicando
nas relações entre os particulares (relações privadas). Como a relação é privada, não há
qualquer tipo de hierarquia (daí o nome horizontal, pois não há qualquer ideia acerca de
hierarquia). Por exemplo quando um associado passar por um processo de expulsão de
determinada associação, devem ser asseguradas as garantias da ampla defesa e do
contraditório.
Quando a Eficácia é Diagonal, significa que os Direitos Fundamentais também estão se
aplicando nas relações privadas, mas marcadas pela vulnerabilidade, por exemplo nas
relações trabalhistas.
“Na eficácia diagonal dos direitos fundamentais no contrato de
trabalho a racionalidade acerca do objeto se vincula com o fim
perseguido pelo contrato de trabalho enquanto prestação de serviço
sob subordinação que, afinal, não pode alterar direitos fundamentais
de uma das partes pelo único objetivo econômico do contrato ou da
atividade empresarial.
A livre iniciativa econômica e o direito de propriedade não podem
desprezar outros direitos básicos dos trabalhadores em uma
sociedade democrática, exceto em casos muito excepcionais e sempre
que se cumpram os requisitos que expusemos nas linhas anteriores.”
(Cidadania na empresa e eficácia diagonal dos direitos
fundamentais. São Paulo: LTr, 2011, p. 33).
Observe o esquema abaixo resumindo a incidência dos Direitos Fundamentais nas
relações mencionadas:

3. EFICÁCIAS: SUBJETIVA E OBJETIVA


A eficácia subjetiva dos Direitos Fundamentais tem como centro (incidência) o sujeito, o
indivíduo (particular).

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O indivíduo por ser titular dos Direitos Fundamentais goza de direitos e obrigações, por
exemplo, se de um lado ele possui assegurado o direito de propriedade, por outro, ele deve
cumprir a função social da propriedade.
A eficácia objetiva dos Direitos Fundamentais tem o foco no Estado, no direcionamento
do Poder Público, nos rumos que são influenciados diretamente pelos Direitos Fundamentais.
Como corolário (consequência) da eficácia objetiva, podemos citar a eficácia irradiante
dos Direitos Fundamentais no sentido em que os “raios” dos Direitos Fundamentais incidem e
influenciam os Poderes Públicos para fins de concretização (efetividade).
A esquematização abaixo resume de forma clara todo o exposto:

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