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FLORIANÓPOLIS
2023
KAUANE RABUSKE DE OLIVEIRA
FLORIANÓPOLIS
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 4
2. VIDA DE DESCARTES (1596-1650)...................................................................... 5
3. CONTEXTO HISTÓRICO DA OBRA...................................................................... 8
3.1. A Escolástica .................................................................................................8
3.2. O Renascimento .............................................................................................9
3.3. O Grande Desenvolvimento das Ciências...................................................... 9
4. INFLUÊNCIAS.......................................................................................................10
5. OBRAS.................................................................................................................. 11
6. DISCURSO DO MÉTODO.....................................................................................12
7. PRIMEIRA PARTE................................................................................................ 12
8. SEGUNDA PARTE................................................................................................ 14
9. TERCEIRA PARTE................................................................................................16
10. QUARTA PARTE.................................................................................................18
11. QUINTA PARTE...................................................................................................21
12. SEXTA PARTE.................................................................................................... 22
13. RELAÇÃO DA OBRA COM A EDUCAÇÃO FÍSICA..........................................25
14. CONCLUSÃO......................................................................................................27
15. REFERÊNCIAS................................................................................................... 29
1. INTRODUÇÃO
O autor é conhecido por seu método dedutivo, seu ceticismo metódico e sua
famosa frase "Cogito, ergo sum" ("Penso, logo existo"). Analisaremos como estes
princípios filosóficos moldaram não apenas a maneira como pensamos o
conhecimento, mas também como podemos compreender e aprimorar o corpo
humano.
Após a morte de Luís XIII, o ministério passou a ser liderado por Richelieu em
1624. Em 1625, Descartes retornou à França, onde alternou sua estadia entre a
Bretanha e Paris. No ano de 1628, Descartes escreveu, em latim, o trabalho
intitulado "Regras para a Direção do Espírito," que só seria publicado em 1701.
No outono de 1628, ele partiu para a Holanda, onde permaneceu até 1649.
Em 1630, Descartes iniciou a redação de sua obra "O Mundo ou Tratado da Luz".
No entanto, com a abjuração de Galileu perante a Inquisição em 1633 e a
subsequente condenação de Galileu, Descartes desistiu de publicar seu tratado. A
obra acabou sendo publicada somente em 1664, em francês, sob o título de
"Tratado do Homem".
Em 1635, Descartes teve uma filha, Francine, com uma empregada chamada
Hélène Jans. No ano de 1637, publicou em francês, sem mencionar seu nome, o
"Discurso do Método," seguido pelas obras "Dióptrica," "Meteoros" e "Geometria."
Destas, somente esses três ensaios capturaram a atenção dos eruditos da época.
3.1. A Escolástica
3.2. O Renascimento
Antes desse período, a visão dominante na física era a escolástica, que era
qualitativa, descritiva e classificatória, com uma abordagem contemplativa. Ela se
baseava na ideia de que o mundo era uma totalidade finita, onde todas as coisas
tinham seus estados definidos, semelhante a um grande organismo. No entanto, o
século XVII rompeu com essa visão e deu origem a uma física quantitativa e
matemática, altamente suscetível a inúmeras aplicações. Nessa nova abordagem, o
mundo foi concebido como uma grande máquina.
4. INFLUÊNCIAS
5. OBRAS
Em 1664, foi publicada a obra "O Mundo" ou “Tratado da luz” , que trata da
física e da natureza do universo. Sua publicação foi adiada devido à condenação de
Galileu, que desafiou a visão aristotélica predominante.
6. DISCURSO DO MÉTODO
7. PRIMEIRA PARTE
Descartes argumenta que, quando era mais jovem, ele estudou com
preceptores (professores particulares) e adquiriu conhecimento nas disciplinas
acadêmicas tradicionais, como literatura, filosofia e ciência. No entanto, ele se
sentiu desiludido com o que aprendeu, achando que muitos desses conhecimentos
não eram confiáveis ou úteis.
Ele menciona que abandonou o estudo das letras, o que se refere ao estudo
acadêmico tradicional, como as humanidades, para buscar uma forma de
conhecimento mais prática e útil. Ele escolheu viajar, conhecer pessoas de
diferentes origens, experimentar coisas por conta própria e refletir sobre essas
experiências. Ele acreditava que poderia obter conhecimento mais verdadeiro e
valioso ao observar e interagir com o mundo real e com pessoas reais, em oposição
a especulações abstratas.
No contexto geral, Descartes está se referindo à sua busca por uma base
sólida de conhecimento. Ele sente a necessidade de olhar para dentro de si mesmo,
questionar o que foi aceito por tradição, costume e aprender a confiar em sua
própria razão para encontrar a verdade e orientar suas ações. Essa parte do
discurso reflete o início de sua jornada de dúvida metódica e busca pela certeza
absoluta, que é um dos pilares de seu método filosófico.
8. SEGUNDA PARTE
Ele considera que, ao fazer isso, poderá conduzir sua vida de maneira mais
eficaz, em vez de construir sobre antigos fundamentos sem examinar sua
veracidade. Descartes acredita que a reforma de coisas tão complexas como um
Estado ou o corpo das ciências é muito mais difícil do que a reforma de opiniões
pessoais. Ele compara esses grandes sistemas a caminhos já estabelecidos que,
embora possam ter imperfeições, são mais suportáveis do que tentar reformá-los de
maneira radical.
Continuando, ele faz uma crítica à lógica tradicional, à análise dos antigos e à
álgebra dos modernos. Descartes argumenta que esses métodos, embora
contenham preceitos verdadeiros, também estão repletos de regras supérfluas e
complicadas que tornam a aprendizagem difícil e, em muitos casos, não muito útil.
Ele começa explicando que deseja chegar à verdade de forma que seja clara
e evidente, e não tão escondida que não possa ser descoberta. Descartes então
menciona sua decisão de começar por coisas simples e fáceis de conhecer, o que
ele acredita ser fundamental. Ele escolheu começar com as disciplinas
matemáticas, pois os matemáticos foram os únicos a encontrar demonstrações
claras e evidentes para suas afirmações.
9. TERCEIRA PARTE
René Descartes discute sua abordagem para a formação de opiniões e a
tomada de decisões. Ele descreve como, após sua jornada de dúvida metódica,
decidiu não mais confiar cegamente em suas próprias opiniões, mas sim
submetê-las a um exame crítico.
A parte em que ele menciona suas "primeiras meditações" é crucial. Ele está
prestes a abordar a metodologia que desenvolveu para buscar a verdade. Descartes
explica que, para alcançar a verdade, ele começou a questionar todas as suas
crenças, rejeitando tudo o que pudesse ser motivo de dúvida. Ele até duvidou da
confiabilidade dos sentidos e da capacidade humana de raciocinar. Esse ceticismo
radical é o ponto de partida para seu famoso método da dúvida hiperbólica, que ele
utiliza para estabelecer as bases de seu sistema filosófico e sua busca pela verdade
indubitável.
Ele também discute a origem de suas ideias e como ele chegou à conclusão
de que a ideia de um ser perfeito, ou seja, Deus, não poderia ter sido gerada por ele
mesmo. Ele começa observando que as ideias que ele tinha sobre coisas menos
perfeitas do que ele (ou seja, coisas que tinham defeitos ou imperfeições) poderiam
ter vindo de sua própria natureza, uma vez que ele próprio tinha imperfeições.
No entanto, quando ele considera a ideia de um ser mais perfeito do que ele
(Deus), ele percebe que não poderia tê-la gerado a partir de si mesmo, porque tirar
uma ideia de um ser perfeito do "nada" é impossível. Portanto, a existência da ideia
de um ser mais perfeito implica a existência de algo verdadeiramente mais perfeito
do que ele, ou seja, Deus.
Descartes argumenta que, uma vez que ele conhece algumas perfeições que
ele próprio não possui, ele não pode ser o único ser que existe. Deve haver algum
outro ser mais perfeito de quem ele depende e do qual ele adquiriu essas ideias de
perfeições. Ele conclui que Deus é esse ser mais perfeito, que possui todas as
perfeições que Descartes pode conceber, e que ele próprio é dependente de Deus
para suas próprias perfeições.
Além disso, Descartes menciona que o erro mais comum em nossos sonhos
ocorre quando nossos sentidos nos enganam, representando objetos exteriores da
mesma forma que o fazem quando estamos acordados. No entanto, ele argumenta
que mesmo quando estamos acordados, nossos sentidos podem nos enganar,
como quando uma pessoa com icterícia vê tudo amarelo.
Ele usa esse exemplo como parte de sua abordagem de análise e dúvida
sistemática, como a que ele aplicou em seu famoso princípio "Cogito, ergo sum"
("Penso, logo existo"). A ideia de Descartes era questionar e analisar tudo, mesmo
as coisas que eram amplamente aceitas na época, com o objetivo de chegar a
conclusões mais sólidas baseadas na razão.
Uma vez que adquiriu algumas noções gerais sobre a Física (ciência natural)
por meio de seu método de dúvida e razão, ele sentiu a responsabilidade de
compartilhá-las com o mundo. Ele acredita que as ideias que desenvolveu eram tão
significativas e diferiam dos princípios aceitos até aquele momento que seria injusto
mantê-las em segredo. Descartes sente que tem o dever moral de contribuir para o
bem-estar geral da humanidade compartilhando suas descobertas. Ele acredita que
manter suas ideias ocultas seria um pecado grave. Também enfatiza a importância
de compartilhar conhecimento e contribuir para o avanço do entendimento humano
em benefício de todos.
Fala que a sua filosofia prática é mais útil à vida do que a filosofia
especulativa ensinada na escola, e que quando compreender e dominar a natureza
de forma prática, os seres humanos poderiam se tornar "senhores e possuidores da
natureza", sugerindo que teriam maior controle sobre o ambiente e suas
circunstâncias, podendo assim desenvolver novas tecnologias que trariam
comodidade, conservação da saúde, que é bem primordial pois o espírito depende
do corpo e se conseguir viver mais os homens conseguiram se tornar mais sábios,
tema esse que cabe à medicina.
Ele observa que a natureza é tão rica e diversificada que quase todos os
efeitos específicos que vemos podem ser deduzidos a partir de princípios gerais de
várias maneiras. A dificuldade que ele encontra reside em determinar exatamente
qual explicação se aplica a um determinado efeito específico, dada a diversidade de
possibilidades.
Além disso, Descartes expressa seu desejo de contribuir para o bem público.
Ele sente que tem a obrigação de ser útil aos outros na medida do possível, mas
também reconhece a importância de estender essa utilidade para além de sua
própria vida. Ele quer que seus escritos sejam úteis para as gerações futuras, e,
portanto, opta por não publicá-los durante sua vida para evitar distrações e
controvérsias que poderiam atrapalhar seu tempo dedicado à busca do
conhecimento. No fim, ele opta por escrever e guardar seus escritos para uso futuro,
quando pudessem ser mais benéficos e menos suscetíveis a desvios e
controvérsias.
Descartes compara esses filósofos a "um cego que, para lutar sem
desvantagem contra alguém que enxerga, levasse-o para o fundo de um porão
muito escuro." Em outras palavras, eles deliberadamente obscurecem a discussão
para evitar serem confrontados com a falta de fundamento de suas afirmações. Os
famosos professores Javaneses, falam do que não sabem, do que só tem uma base
superficial.
O autor afirma que suas ideias não são suposições usadas para provar algo,
mas sim verdades inegáveis a partir das quais ele deduzirá outras conclusões. Ele
chama essas verdades de "suposições" apenas para mostrar que acredita ser capaz
de derivá-las de seus primeiros princípios, evitando que outros filósofos se
aproveitem de suas ideias para criar filosofias extravagantes e atribuam a ele a
responsabilidade por essas abordagens.
Ele diz que prefere a liberdade intelectual e o lazer para continuar sua busca
pelo conhecimento em detrimento da busca por reconhecimento ou status social.
Descartes coloca um valor mais alto naqueles que o apoiam em sua busca pelo
conhecimento, permitindo que ele tenha tempo e liberdade para pensar e
questionar, em oposição àqueles que oferecem cargos de destaque ou posições de
prestígio na sociedade. Isso reflete a prioridade que Descartes dava à busca da
verdade e à filosofia em relação às preocupações mundanas ou à busca por fama e
poder.
Na sexta parte ele trás vários pontos fáceis de relacionar com a Educação
Física, como a importância de compartilhar o conhecimento, que é importante para
a área para que assim nós consigamos evoluir, atitude que engrandece a área. A
própria postura de Descartes de publicar o livro para que outros possam encontrar
soluções que ele não tem tempo, nem recursos suficientes para encontrar.
Quando ele duvida de tudo o que não é indubitável. Essa pode ser uma
postura que os profissionais da área de educação física podem aplicar, ter uma
abordagem crítica semelhante, questionando práticas estabelecidas e buscando
constantemente aprimorar o conhecimento e as técnicas.
14. CONCLUSÃO