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Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

Centro de Ciências da Saúde e do Esporte - CEFID


Fisiologia Humana

Sistema Muscular

Prof. Dr. Mário César Nascimento

CREF-SC 2023 / 1
Placa Motora e
Contração Muscular
• Anatomofisiologia do músculo
• Junção neuromuscular
• Unidade motora
• Músculo lento versus músculo rápido
• Mecanismo de contração
Tipos de Fibra Muscular

12

Junqueira e Carneiro, 2000


Tipos de Fibra Muscular
Aumento de 400X

Vander, 2016
Anatomia Muscular
Sistema Sarcotubular

Vander, 2016
Sistema
Sarcotubular

Vander, 2016
Placas Motoras
McArdle, Katch e Katch, 2015
Feixe de nervos

UM: Sinapse
Unidades Motoras: UM

Vander, 2016
Seqüência de eventos no
processo de
excitação-contração

Maughan, Gleeson e Greenhaff, 2000


Deslizamentos dos filamentos

2016
Vander,
McArdle, Katch e Katch, 2015
Contração Muscular:
Unidades funcionais

Junqueira e Carneiro, 2000


Contração Muscular:
deslizamento dos filamento
HERLIHY e MAEBIUS, 2002
Fibras musculares voluntárias: tipos
• Fibras Musculares, basicamente:
– Fibras vermelhas do tipo I;
– Fibras brancas do tipo IIa (fibras rápidas);
– Fibras brancas do tipo IIb (fibras de
força/velocidade);

CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS
Tipo de Fibra Tempo de Força Resistência
contração
I (FL) 80 a 100 Baixa Grande
milissegundos
IIa (FR) variável Média Média
IIb (FF) 30 a 40 milissegundos Alta Baixa
Fibras musculares voluntárias: tipos

Sato, 2021
Adaptado de Weineck, 2000
• Unidade motora = nervo motor único (α) e as
fibras musculares que ele inerva.
Unidades Motoras: Introduçã
• Relação de Inervação:

– 1 fibra nervosa α comanda:

• De 3 a 6 fibras musculares para os movimentos finos

• Até 2000 fibras para os movimentos amplos

• Todas as fibras musculares inervadas pelo mesmo


nervo motor se contraem e relaxam ao mesmo tempo,
trabalhando como uma unidade  Lei do tudo-ou-nada
Unidades Motoras: Introduçã

Sato, 2021
Área Pré-motora: Mapa de movimentos amplos e posicionamentos
de ombros e braços, trabalhando em conjunto com o planejamento.
Córtex Motor primário: Área de planejamento, conexão com as
outras áreas do córtex, controle das mão e da fala.
Córtex motor suplementar: Atua em conjunto com a área pré-motora
em movimentos posturais e bilateralidade.
Córtex associativo do lobo parietal: Área de dominância, e
articulações entre áreas (percepções espacial, óculo-manual, leitura
e fala...)
Vander, 2016
arquia do controle motor

Silverthorn,
Hierarquia do controle moto

Vander, 2016
Hierarquia do controle motor

Órgão tendíneo de Golgi


Fuso Muscular

Vander, 2016
Vander, 2016
Unidades Motoras: Introduçã
• A inervação é determinada pela precisão, exatidão e
coordenação de seu movimento.
• Gradação da força muscular:

– (1) variando o número de UM que se contraem (somação de


múltiplas unidades motoras);

– (2) Variando a freqüência de contração de cada unidade


motora (somação por ondas).
Unidades Motoras: Tipos

Maughan, Gleeson e Greenhaff, 2000


ades Motoras: T

Vander,
ibras rápidas vs. Fibras lenta
• MÚSCULOS DE CONTRAÇÃO MÚSCULOS
MÚSCULOSDE DECONTRAÇÃO
CONTRAÇÃOLENTA LENTA
RÁPIDA •• ÉÉvermelho
vermelho(pelo
(peloalto
altoteor
teorde
demioglobina);
mioglobina);
• Apresenta coloração mais pálida. •• Possui
Possuimuitas
muitasmitocôndrias;
mitocôndrias;
• Possui poucas mitocôndrias. •• ÉÉmuito
muitovascularizado;
vascularizado;
• É pouco vascularizado. •• Suas
Suas fibras
fibras são
são capazes
capazes de
de contração
contração ee
• Suas fibras são capazes de contração relaxamento
relaxamentolentos.
lentos.
e relaxamento rápido. •• Desenvolve
Desenvolvepouca
poucatensão
tensão
• Desenvolve grande tensão. •• Altamente
Altamenteresistente
resistenteààfadiga.
fadiga.
• Fadiga-se rapidamente.
ntração Muscular: Componen
• 1. Componentes elásticos:
– Miofilamentos e o tecido conjuntivo.
• Componente elástico paralelo (CEP):

• Tecidos conjuntivos que envolvem a célula muscular (endomísio),


fascículos (feixe) (perimísio) e os músculos (epimísio).

• Componente elástico em série (CES):

• Tecido conjuntivo que está em série com as miofibrilas:

• Respondem por 3% do comprimento do músculo em tensão máxima e


até 65% em estiramento passivo.
Dantas, 1989
ntração Muscular: Componen
• 2. Componentes plásticos:
– Mitocondrias (30 a 35% de volume muscular);
– Reticulum e sistema tubular (5% de volume);
– Ligamentos e discos intervertebrais.
• 3. Componentes inextensíveis:
– Não trabalham sob ação de forças transversais:
– Ossos e tendões.
Dantas, 1989
Contração Muscular: Tipos
• ISOMÉTRICA

• ISOTÔNICA
– Concêntrica e Excêntrica

• ISOCINÉTICA
• AUXOTÔNICA
1. Isométrica: Características
• Há contração muscular produzindo força que não
vence a resistência.
• Manutenção ângulo

– Controvérsia na terminologia:

• Contração estática, tônica ou isométrica.


LIPPERT, 1996
1. Isométrica
• Outros autores sugerem que o termo utilizado deva
ser:
CONTRAÇÃO ESTÁTICA

– Encurtamento dos elementos contráteis e alongamento de


parte dos componentes elásticos.
– Encurtamento de 3 a 10%.

RASCH, 1991; Dantas, 1985; Weineck, 1991


2. Isotônica
• Contração dinâmica é mais preciso.

– Pois não tem mesma tensão.

– Varia conforme comprimento inicial das fibras, ângulo de


tração e velocidade de encurtamento.

SILVA, 1999
2. Isotônica
• A) CONCÊNTRICA:
– Movimento articular
– “Diminuição” muscular:  distância entre a origem e a
inserção. Força => => Movimento
• B) EXCÊNTRICA:
– Movimento articular
– Há  da distância entre as extremidades musculares
– O movimento ocorre no sentido de ação gravitacional.
Força => <= Movimento
Alavancas O fulcro ou PONTO DE APOIO é o papel
exercido pelas articulações. Uma alavanca é
acionada em dois pontos diferentes por duas
forças distintas: o esforço (E), o qual causa o
movimento, e a carga ou resistência, que se
opõe ao movimento. Esforço é a força exercida
pela contração muscular; carga é tipicamente o
Tortora e Derrickson, 2016, pág 334-336

peso da parte corporal que é movimentada


somado a alguma resistência. O movimento
ocorre quando o esforço aplicado ao osso na
inserção excede a carga e vence essa resistência.
A distância relativa entre o fulcro e a carga e o
ponto onde o esforço é aplicado determina se
uma determinada alavanca opera em
desvantagem ou VANTAGEM MECÂNICA.
Se, por outro lado, a carga estiver mais longe do
fulcro e o esforço for aplicado mais perto do
fulcro, um esforço relativamente grande será
necessário para mover uma pequena carga
(porém em velocidade maior). Isso é chamado
de desvantagem mecânica.
2. Isotônica

Vander, 2016
3. Isocinética

• Utilização de equipamento especializado


(Cybex, Orthotron, Nautilus e Polaris)

• A resistência  nas diversas partes ()

• Velocidade constante.
ntração Muscular: Diferencia

Contrações Velocidade Resistência Movimento


Articular
Estática Fixa Fixa Não
(0 grau/s)
Dinâmica Variável Fixa Sim
Isocinética Fixa Variável Sim
(acomodação)

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