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CINESIOLOGIA

CONCEITOS E TERMINOLOGIAS

Profº Dr. Sidney Pinheiro


Disciplina: Cinesiologia e Biomecânica
CINESIOLOGIA
Estudo do movimento humano
do ponto de vista da física

ANATOMIA FISIOLOGIA
BIOMECÂNICA
MUSCULOESQUELÉTICA NEUROMUSCULAR
MOVIMENTO
ato ou processo de mudança de lugar ou de posição
em relação algum ponto de referência.

FORÇA INSTIGA AO MOVIMENTO


❖Objeto em movimento atuação de força sobre ele.
❖A força precisa ser suficiente para superar a INÉRCIA do
objeto, ou a RESISTÊNCIA ao movimento, pois, a menos que
uma força seja maior do que a resistência oferecida pelo
objeto, não consegue produzir movimento.
TIPOS DE MOVIMENTO

Lineares

Movimentos Angulares

Mistos
TIPOS DE MOVIMENTO
➢MOVIMENTO LINEAR OU TRANSLAÇÃO:
• Ocorre em uma linha aproximadamente reta entre dois
pontos:
• Todas as partes do objeto se movem na mesma distância,
na mesma direção ao mesmo tempo.

Classificado em:
➢MOVIMENTO RETILÍNEO
• Ocorre em um linha reta.

➢MOVIMENTO CURVILÍNEO:
• Ocorre em uma trajetória curva.
MOVIMENTO MISTO
É a combinação dos dois tipos
de movimentos : movimento
linear e movimento angular.

➢MOVIMENTO ANGULAR ou
ROTATÓRIO:
• Ocorre o movimento de um
objeto em torno de um ponto
fixo:
• Todas as partes do objeto se
movem por meio do mesmo
ângulo, na mesma direção e ao
mesmo tempo, mas não se
movem na mesma distância.
TIPOS DE ANÁLISE DO
MOVIMENTO HUMANO

MECÂNICA
É o ramo da física que estuda as forças e o
movimento produzido por suas ações.

DINÂMICA
ESTÁTICA
Estuda fatores associados a
Estuda os fatores associados a sistemas móveis
sistemas imóveis ou quase móveis;
Estudo os corpos sujeitos à
Estuda os corpos em equilíbrio. aceleração

CINEMÁTICA CINÉTICA
Abrange os aspectos relativos ao Engloba as forças que produzem o
tempo, ao espaço, e à massa de movimento em um sistema
um sistema em movimento
CINÉTICA
Estuda as causas
dos movimentos

LINEAR ANGULAR
Definida para movimentos Pode ser baseada nas leis de
lineares, é estruturada com base Newton, mas para movimentos
nas leis de Newton angulares

FORÇA TORQUE
DIVISÃO DO ESQUELETO

CRÂNIO
(8 OSSOS)
CABEÇA
FACE
COLUNA (14 OSSOS)
VERTEBRAL
(33 VÉRTEBRAS)
ESQUELETO
AXIAL
COSTELAS
(12 PARES)

ESTERNO
Membros Superiores
Incluindo a cintura
escapular
ESQUELETO (64 ossos)
APENDICULAR
Membros Inferiores
Incluindo a cintura pélvica
(62 ossos)
RELEVOS DA SUPERFÍCIE
TERMOS RELATIVOS À POSIÇÃO

POSIÇÃO ANATÔMICA - A vítima


está em pé, ereta, os braços para
baixo ao longo das laterais, as palmas
voltadas para frente

DECÚBITO VENTRAL - A vítima está


deitada com abdome para baixo.

DECÚBITO DORSAL - A vítima está


deitada de costa

DECÚBITO LATERAL - A vítima está


deitada sobre o lado direito ou
esquerdo.
SISTEMA ESQUELÉTICO
SISTEMA ESQUELÉTICO
OSSO: tecido vivo

Rigidez e flexibilidade
• O osso é um tecido dinâmico
que cresce até a idade
adulta.
• Após a idade adulta, está
sob constante
remodelamento
• Remodelação óssea:
hormônios e forças externas
como o exercício físico
FUNÇÕES DO ESQUELETO

MECÂNICA E ESTRUTURAL
• Suporte
• Proteção para os órgãos internos
• Sistema de alavancas 
• Locomoção
• Medula óssea: células sanguíneas

METABÓLICA
• Reservatório de cálcio, fósforo e ~ 206 ossos
 20% da massa corporal
magnésio
TIPOS
DE
OSSOS
COMPONENTES
MATERIAIS
➢Matriz inorgânica ou mineral (65 a 70% )
• Carbonato e fosfato de cálcio e demais minerais
• RigidezResistência Compressiva

➢Matriz orgânica (osteóide) e água (35 a 75%)


• Colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas
• Flexibilidade  Resistência tensiva CAUSA

REMODELAÇÃO
ÓSSEA
➢Células:
• Osteoblastos – construção óssea
• Osteoclastos – reabsorção óssea
DESEQUILÍBRIO

• Osteócitos - mecânossensores REABSORÇ FORMAÇÃO


ÃO

- Controlam a remodelação
ARQUITETURA DO OSSO:
OSSO CORTICAL X OSSO TRABECULAR

OSSO CORTICAL
• Denso, compacto (porosidade menor que 15%)
• Compõe cerca de 80% do esqueleto
• Constitui a parte externa de todas as
estruturas esqueléticas
• Pouco vascularizado   funções metabólicas.
• Principal função – fornecer força mecânica e
proteção
• Organização especial das fibras de colágeno
(paralelas à carga aplicada)  elevada
resistência a forças de encurvamento e
torção
OSSO TRABECULAR
• Alta porosidade (maior que 70%)
• Porção interna de todos os ossos,
exceto a diáfise dos ossos longos

• Estrutura trabecular 
porosidade  capacidade de
absorção de energia 
resistência a forças
compressivas
• Maior vascularização  mais
ativo metabolicamente 
fornece suprimento inicial nos
estados de deficiência mineral
Propriedades mecânicas
do tecido ósseo
Força de compressão
• Pressiona as extremidades dos ossos umas
contras as outras
• Exercida pela contração muscular, apoio do peso
corporal e ação da gravidade
• Estimula a formação óssea

Força tensiva
• Força aplicada nas extremidades do osso
causando estiramento ou alongamento
• Contração muscular é geradora desse tipo de
força, puxando o tendão no local onde há a
inserção.
Força deslizante
• Atuam transversalmente à superfície óssea
• Movimentos articulares

Força de torção
• São forças rotativas, gerando uma contração do
osso ao redor do seu eixo, com uma das
extremidades fixas.
• Também ocorre o deslizamento neste tipo de força

Força de inclinação ou encurvamento


• São aplicadas na extremidade do osso
gerando força compressivas de um lado,
e tensivas do outro.
Manutenção da Massa Óssea:
• Bioquimicos (Fatores de crescimentos e hormônios)
• Mecânicos
Impactos na Massa Óssea:
• Mecanotransdução (produz reações químicas)
• Produção ou Reabsorção óssea.
• Lei de Wolff (deformação do esqueleto)
Deformação do Esqueleto:
• Deslocamento 0,04 ~ 0,3%
• Deformação necessária: 1~10%
Resposta eletrofisiológica (piezoelétrico)
• Resposta elétrica negativa (compressão) – TECIDO ÓSSEO
• Osteoblastos
Hiperpolarização - Osteôgenese • Osteoclastos
• Osteócitos
• Resposta positiva (tração) –
Despolarização – Reabsorção Óssea
SISTEMA ARTICULAR
(conexão entre dois ossos que
propiciam o movimento)
CLASSIFICAÇÃO DAS
ARTICULAÇÕES
➢ ARTICULAÇÃO FIBROSAS (IMÓVEIS) – camada de
periósteo fibroso entre dois ossos.

▪ SINARTROSES ou SUTURAS – essencialmente sem


movimento
EX: SUTURAS DO CRÂNIO

▪ SINDESMOSE: Tec. Fibroso ( ligamentos e membranas


interósseas)
EX: ART. RÁDIOULNAR MÉDIA

▪ GONFOSE: encaixe (raiz do dente)


➢ARTICULAÇÃO CARTILAGINOSA
Cartilagem hialina ou fibrocartilagem entre dois
ossos

▪ ANFIARTROSES:
- CARTILAGINOSAS → LIGEIRAMENTE MÓVEIS
- ATENUAÇÃO DE FORÇAS
- 2 TIPOS:
- SINCONDROSES:
EX: ART. ESTERNOCOSTAIS

- SÍNFISES:
EX: SÍNFISE PÚBICA
➢ ARTICULAÇÃO DIARTROSES (SINOVIAIS):

• CARTILAGEM; CÁPSULA ARTICULAR;


MEMBRANA SINOVIAL; LIQ. SINOVIAL
• AMPLAMENTE MÓVEIS

• Cartilagem articular
• Disco fibrocartilaginoso: otimiza
a função da cartilagem; estabiliza
a articulação; absorção e
distribuição de cargas; melhora o
ajuste articular.
• Tendões: transmitir forças entre
músculo e osso e armazenar
energia elástica; sua inserção é de
forma a minimizar o stress;
• Ligamentos: limite elástico e
plástico = deformação das
propriedades
Cartilagem Articular

• 1- 5 mm de espessura (diminui
com a idade)
• Deformável
• Avascular e de baixa taxa
metabólica
• Transferir forças entre as
peças ósseas
• Distribuir as forças nas
articulações
• Reduzir atrito
LÍQUIDO SINOVIAL

• PRODUZIDO PELA MEMBRANA


SINOVIAL
• RESPONSÁVEL PELA NUTRIÇÃO DA
CARTILAGEM
• RELAÇÃO ÍNTIMA COM ATIVIDADE
FÍSICA E A INTEGRIDADE
ARTICULAR
ARTICULAÇÃO ESFERÓIDAL

• Apresenta superfícies articulares


que são segmentos de esferas e se
encaixam em receptáculosocos.
• Movimentos em torno de três
eixos - tri-axial.
• As articulações do ombro e do
quadril permitem movimentos de
flexão, extensão, adução,
abdução, rotações e circundução.
ARTICULÇÃO CONDILÓIDE

• superfícies articulares são de forma


elíptica (Elipsóide) seria talvez um
termo mais adequado
• Movimentos: flexão, extensão, abdução
e adução mas não a rotação
• Possuem dois eixos de movimento,
sendo, bi-axiais
• Exemplo: articulação rádio carpal (ou do
punho) e a articulação
temporomandibular
• (ATM) e metacarpo falangeanas
ARTICULAÇÃO PLANA
(DESLIZANTE)

• Superfícies articulares são planas ou


ligeiramente curvas, permitindo
deslizamento de uma superfície
sobre a outra em qualquer direção
• Deslizamento existe em todas as
articulações sinoviais, mas nas
articulações planas ele é discreto,
fazendo com que a amplitude do
movimento seja bastante reduzida
ARTICULÇÃO DOBRADIÇA
(GÍNGLIMO)

• sendo que os nomes referem se muito mais


ao movimento (flexão e extensão) que elas
realizam do que à forma das superfícies
articulares
• A articulação do cotovelo é um bom
exemplo de gínglimo e a simples
observação mostra como a superfície
articular do úmero, que entra em contato
com a ulna, apresenta se em forma de
carretel (tróclea do úmero)
• Movimentos: flexão e extensão, as
articulações sinoviais do tipo gínglimo são
mono axiais
ARTICULAÇÃO TROCÓIDEA
(PIVO)

• superfícies articulares são segmentos de


cilindro e, por esta razão, cilindróides
talvez fosse um termo mais apropriado
para designá-las
• Estas articulações permitem rotação e seu
eixo de movimento, único, é vertical são
mono axiais
• Exemplo: articulação rádio ulnar proximal
(entre o rádio e a ulna)
• Movimentos: pronação e supinação do
antebraço
ARTICULAÇÃO SELAR

• superfície articular de uma peça esquelética tem a


forma de sela apresentando concavidade num
sentido e convexidade em outro, e se encaixa numa
segunda peça onde convexidade e concavidade
apresentam se no sentido inverso da primeira
• Exemplo: articulação carpo metacárpica do polegar
• Movimentos: flexão, extensão, abdução, adução e
rotação ( também circundução) mas é classificada
como bi axial
OBS: O fato é justificado porque
a rotação isolada não pode ser
realizada ativamente pelo polegar
sendo só possível com a
combinação dos outros movimentos
PLANOS
➢ Sagital: Medial e Lateral
➢ Coronal e/ou Frontal:
Antero e Posterior
➢ Transverso: Superior e
Inferior
EIXOS PRINCIPAIS
São linhas imaginárias, ao redor das quais se efetua o
movimento;

Todo eixo é perpendicular ao plano;

EXISTEM TRÊS EIXOS BÁSICOS:

1. EIXO TRANSVERSO: linha imaginária em torno da qual ocorre


a rotação no plano sagital.

2. EIXO ÂNTERO-POSTERIOR: Linha imaginária em torno da


qual ocorre no plano frontal.

3. EIXO LONGITUDINAL: Linha imaginária em torno da qual


ocorre a rotação no plano transverso.
PLANO EIXO MOVIMENTOS ARTICULARES

• FLEXÃO
TRANSVERSO
SAGITAL • EXTENSÃO
(LÁTERO – LATERAL)
• HIPEREXTENSÃO

• ABDUÇÃO
FRONTAL ANTERO – POSTERIOR
• ADUÇÃO

• ROTAÇÃO PARA DIREITA


LONGITUDINAL • ROTAÇÃO PARA ESQUERDA
TRANSVERSO
(CRANIOCAUDAL) • ABDUÇÃO HORIZONTAL
• ADUÇÃO HORIZONTAL
TERMOS ESPECIFÍCOS
• Medial: refere-se a um local ou posição próxima ao plano sagital
mediano do corpo

• Lateral: refere-se a um local ou posição mais distante do plano sagital


mediano

• Anterior: refere-se a frente do corpo ou a uma posição mais próxima


da fronte

• Posterior: refere-se ao dorso do corpo ou uma posição mais próxima


ao dorso

• Distal: longe do tronco

• Proximal: refere-se ao que está mais próximo do tronco


PLANO / EIXO?
PLANO/EIXO?
PLANO/EIXO?
MOVIMENTOS ESPECIALIZADOS

• Cabeça/ Tronco
- Flexão Lateral D/E

• Escápula
- Elevação e Depressão
- Abdução (protração) e Adução (retração)
- Rotação p/ cima e Rotação p/ baixo
• Braço/ Coxa
- Flexão horizontal
- Extensão horizontal

• Antebraço
- Pronação
- Supinação

• Punho
- Flexão Radial
- Flexão Ulnar

• Pé
- Flexão Plantar e Dorsiflexão
- Inversão (Adução) e Eversão (Abdução)
- Pronação e Supinação
- Circundução
GRAU DE LIBERDADE

1 PLANO
UNIAXIAL – 1 GRAU DE LIBERDADE 2 MOVIMENTOS
1 EIXO

2 PLANOS
BIAXIAL – 2 GRAUS DE LIBERDADE 4 MOVIMENTOS
2 EIXOS

3 PLANOS
TRIAXIAL – 3 GRAUS DE LIBERDADE 6 MOVIMENTOS
3 EIXOS
SISTEMA MUSCULAR
TECIDO MÚSCULAR
• Tecido Muscular – caracterizado pela
presença de fibras alongadas (miócitos),
com citoplasma rico em filamentos
proteicos (actina e miosina).
• Fornecem a força contrátil que
possibilita o movimento nas articulações
• Cruzam as articulações para exercerem
efeitos sobre elas
• Efeito é o encurtamento
• Estruturas moles e não conseguem
inserir diretamente sobre os ossos
• Os ossos são inseridos nos ossos pelos
tendões (formato de corda ou chato)
• Aponeurose lamina tendínea larga e
chata.
INSERÇÃO MUSCULAR

• INSERÇÃO MUSCULAR – o músculo se


insere nos ossos e pelo menos cruza
uma articulação.
• INSERÇÃO DISTAL (ponto móvel) – o
osso mais móvel move-se em direção
ao osso mais estável, no qual encontra-
se a inseração proximal (ponto fixo).
• Em alguns casos pode ocorrer
“REVERSÃO DA AÇÃO MUSCULAR”.
DISPOSIÇÃO DAS FIBRAS
MUSCULARES
➢FIBRAS MUSCULARES PARALELAS:
• Tende a ser mais longas
• Maior amplitude de movimento
• Disposição das Fib. Muscular
• Reto – Longos e delgados com fibras que compreendem
o seu comprimento – M. Sartório, Reto do Abdômen e
Esternocleidomastoideo.
• Fusiforme – Largo no centro e afunila-se nas pontas –
Flexores do cotovelo
• Plano – apresenta quatro lados e tem inserções largas –
M. pronador quadrado, glúteos máximo.
• Triangular – são planos e em forma de leque – M.
peitoral maior.
➢FIBRA MUSCULARES OBLÍQUAS:
• Tende a ser mais curtas
• Maior concentração de fibras
• Apresentam maior potencial de força e menor
amplitude
• Distribuição das fibras:
• Semipeniforme – fibras curtas que se inserem
diagonalmente ao longo do comprimento de
um tendão central – M. reto femoral. tibial
anterior
• Peniforme – as fibras estão inseridas
obliquamente nos dois lados de um tendão
central – reto femoral;
• Multipeniforme – apresentam alguns tendões
com fibras oblíquas inseridas entre eles.
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS
DO TECIDO MUSCULAR
COMPRIMENTO NORMAL DE REPOUSO
➢IRRITABILIDADE – é a capacidade de
responder a estímulos
➢CONTRATILIDADE – é a capacidade do
músculo de se contrair (encurtar)
quando recebe estimulação adequada
➢EXTENSIBILIDADE – é a capacidade do
músculo aumentar seu comprimento
quando uma força é aplicada
➢ELASTICIDADE - é a capacidade do CONTRATILIDADE – metade do
músculo de retorna ao seu comprimento comprimento de repouso
normal de repouso quando o estimulo EXTENSIBILIDADE – aumenta
para encurtamento ou alongamento é seu tamanho em até 2 vezes a
partir do encurtamento
cessado.
TERMOS:
➢ TENSÃO – força acumulada num músculo
➢ TENSÃO PASSIVA – alongamento de um músculo
➢ TENSÃO ATIVA – provém das unidades contráteis
➢ TENSÃO TOTAL – combinação entre tensão ativa e
passiva
➢ TÔNUS MUSCULAR – leve tensão no músculo
CORRELAÇÃO COMPRIMENTO-TENSÃO DO
TECIDO MUSCULAR
INSUFICIÊNCIA
ATIVA E PASSIVA

➢INS. ATIVA – ponto no qual o um músculo


não consegue mais se encurtar;
➢Músculo Uniarticular – deslocamento do
músculo é maior do que a amplitude da
articulação.
➢Músculo Biarticular – seu deslocamento é
menor do que a amplitude de movimento
• Ocorre no músculo agonista – Ex:
Isquiotibiais posterior de coxa
(biarticulares) – há tensão suficiente
para realizar flexão do joelho ou
extensão do quadril, mas não os dois
movimentos ao mesmo tempo.
➢INS. PASSIVA – ocorre quando os
músculos não podem ser mais
alongados sem que suas fibras sejam
danificadas
• Ocorrem nos músculos antagonistas
que se opõem ao agonista.
• Ex: Isquiotibiais
FUNÇÕES MUSCULARES
AGONISTA
• Principal músculo do movimento
• Contração concêntrica
• Classificado: Primário ou Secundário
(auxiliar)

EXEMPLO
Flexão do Braço em Supinação
• Primários: Braquial+ Bíceps Braquial
• Secundários:Braquiorradial
Flexão do Braço em Pronação
• Primários: Braquial
• Secundários: Bíceps Braquial
ANTAGONISTA
• Músculo que resistem ao movimento desejado através da contração
excêntrica
• Auxilia na desaceleração dos movimentos
• Cocontração – o antagonista se contrai ao mesmo tempo do
agonista

ESTABILIZADOR/FIXADOR
• Um Músculo ou grupo muscular que estabiliza uma parte do corpo,
possibilitando que o agonista trabalhe de modo eficiente e
adequado.

NEUTRALIZADOR
• Previne ação acessória indesejada do agonista
• Exemplo: Pronador redondo atua como neutralizador do bíceps
braquial quando a ação desejada é apenas a flexão do antebraço
sem que haja supinação.
CADEIAS CINÉTICAS
CADEIA CINÉTICA FECHADA
• requer que o segmento distal esteja fixo
(fechado) e o segmento ou segmentos
proximais se movam
• Os exercícios em CCF promovem mais
estabilidade e sinergismo muscular, porém
não permitem trabalhar grupos musculares
isolados

CADEIA CINÉTICA ABERTA


• o segmento distal está livre para se mover
enquanto o(s) segmento (s) proximal (is)
deve permanecer fixo.
• Os exercícios CCA trabalham com menor
estabilidade, mais indicados para
fortalecimento muscular isolando de
determinados grupos musculares
TIPOS DE CONTRAÇÕES
MUSCULARES
➢Para os cinesiologistas, o termo contração refere-se ao
desenvolvimento de tensão dentro de um músculo;
➢Ações de alongamento e de encurtamento de um músculo.
Existem três tipos básicos de contrações musculares:
• Contração Concêntrica ou Positiva
• Contração Excêntrica ou Negativa
• Contração Isométrica ou Estática

Miranda, 2008
CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA
OU POSITIVA
Ocorre quando a tensão muscular vence a resistência, promovendo
um encurtamento do músculo.

FORÇA MUSCULAR > FORÇA DE RESISTÊNCIA

Considerações:
✓As ações musculares são geralmente contra a gravidade;
✓A maioria dos movimentos articulares para cima são criados por uma
ação muscular concêntrica:
✓São usadas para gerar força contra resistência externas;
✓Os agonistas são os músculos que realizam os movimentos através
da contração concêntrica.
CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA
OU NEGATIVA
É quando a resistência vence a tensão muscular, promovendo um
alongamento do músculo.

FORÇA MUSCULAR < FORÇA DE RESISTÊNCIA


Ou
FORÇA DE RESISTÊNCIA > FORÇA MUSCULAR

Considerações:
• A maioria dos movimentos para baixo, a menos que sejam muito
rápidos são controlados por uma ação excêntrica dos grupos
musculares antagonistas;
• São usadas também para reduzir a velocidade de movimento.
CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA
OU ESTÁTICA

Quando o músculo desenvolve tensão sem sofrer


encurtamento.

FORÇA MUSCULAR = FORÇA DE RESISTÊNCIA

Considerações:
• Essa ação muscular resiste à gravidade;
• Comum nos músculos posturais;
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE EXERCÍCIOS E DE AÇÕES MUSCULARES
TIPO DE EXERCÍCIO AÇÃO MUSCULAR ALTERAÇÃO DO
COMPRIMENTO
MUSCULAR
Dinâmico Concêntrica Diminuição
Excêntrica Aumento
Estático Isométrica Nenhuma alteração
DIFERENÇAS ENTRE AS
AÇÕES MUSCULARES
CONCÊNTRICA ISOMÉTRICA EXCÊNTRICA

Recrutamento de UMs mesma carga ++ +++ +


(RYSCHON, 1997)
Recrutamento de UMs contração máxima +++ +++ +
(KAY et al. 2000)
Capacidade de gerar força (BABAULT et al. + ++ +++
2001)
Gasto energético (RYSCHON, 1997) +++ + ++
Fadigabilidade (Ações Máxima) (KAY et al. ++ +++ +
2000)
Ocorrência de Microlesões (GIBALA et al. + +++
1995)
Mecanotransdução + ++ +++
As ações musculares isométrica, concêntrica e excêntrica não são usadas
isoladamente, mas combinadas.

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