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O MÚSCULO ESQUELÉTICO

Estrutura e Função
Prof. Antônio Renato P. Moro, Dr.
Introdução

 O movimento humano

 Níveis de eficiência motora

 O treinamento

 A musculação

 Sistema articular elementar


Sistema muscular voluntário

 434 músculos (75 – postura geral)


 270 milhões de fibras musculares
 Diâmetro da Fibra > 0,01 – 0,1 mm
 Comprimento ... > 30 cm
 Peso muscular > 40 – 45% do PC
 Nomenclatura > sua forma, ação,
localização ou ossos que unem
Organização muscular

Grupos
musculares –
CA CM fáscia
Compartimentos
Anterior
CP
Posterior
Medial
Organização muscular
individual

TECIDO CONJUNTIVO
 Epimísio- reveste o músculo
 Perimísio – reveste o fascículo
 Endomísio – reveste a fibra muscular
Fascículos – até 200 FM

Fibra Muscular
 Elemento contrátil: miofibrilas
Sarcômero
Banda Z (Zwischenscheibe = entre discos)
Disco M (Mittelscheibe = disco médio)
Zona H (Hillerscheibe = disco claro)
Faixa I (Isotrópica – refração simples a luz)
Faixa A (Anisotrópica – dupla refração a luz)

FI FA FI
Miosina Actina
M

Z ZH Z
Sarcômero (l = 2,5 m)
Unidade contrátil do músculo que compreende
um conjunto entrelaçado de proteínas contráteis
grossas (miosina) e finas (actina).

Actina
Composta por proteínas reguladores – tropomiosina

troponina
Tropomiosina - 2 cordões de actina fibrosa (forma de
Hélice – actina F
Cada cordão é composto de cerca de 200 moléculas
de actina globular (proteína com 374 aminoácidos)
Troponina – formato globular com TN-T/TN-C/TN-I
Miosina

l0

Tensão ativa no
sarcômero em função do
seu % de comprimento
em repouso l0
=60% l0

Actina

=160% l0
Teoria do
Deslizamento dos filamentos

Quando o Ca+ é liberado no músculo pela


estimulação neuroquímica, inicia-se o processo de
encurtamento do músculo.
O sarcômero encurta quanto a miosina “caminha”
pela actina, formando pontes transversas entre a
cabeça da miosina e um local próprio no filamento
de actina.
A quantidade de força é proporcional ao número
de pontes transversas formadas.
Organização das fibras

 O formato e arranjo das fibras determinará se o


músculo é capaz de gerar grandes forças ou se tem
voa capacidade de encurtamento.

Músculos Fusiformes: fibras em paralelo


menor capacidade de força
Músculos Peniformes: fibras em posição oblíquas
maior capacidade de força
Secção Transversal

Corte anatômico Corte fisiológico

 A força do músculo depende da soma dos


diâmetros (50 N/cm2)de suas fibras e do
ângulo de inserção das mesmas.
Tipos de fibras

Fibra do tipo I > Oxidativas

Fibra do tipo II > Glicolítica

Tipo IIa = glicolítica/oxidadativa


Tipo IIb = glicolítica

Força Força
I II

Tempo Tempo
Força vs Tipos de Fibras
1> Carga de trabalho leve

2> Carga média


Força

3> Carga elevada

Tipo IIb

Tipo IIa

Tipo I
1 2 3

Nº Unidades Motoras
Fibra Tipo II

Fibra Tipo I
Interdependência entre tempo e
intensidade do exercício físico
Propriedades
do tecido muscular esquelético
IRRITABILIDADE: responde a estímulos
- tecido altamente excitável
CONTRATIBILIDADE: capacidade de encurtar – a
média de encurtamento é de 57%.

EXTENSIBILIDADE: capacidade de estender além do


comprimento de repouso – depende do tecido
conectivo.

ELASTICIDADE: capacidade de retornar ao comprimento


de repouso após remoção da força de alongamento.
Papel do músculo

Movimentador Primário e
Movimentador Assistente

Agonista e Antagonista

Estabilizadores e
Neutralizadores

SINERGIA
Exemplos

O deltoide é o agonista, já que é o


responsável pelo movimento de
abdução. O grande dorsal é o
antagonista já que resiste ao
movimento de abdução. O trapézio age
como estabilizador segurando a
escápula para que o movimento ocorra
e o redondo menor age como
neutralizador a fim de evitar a rotação
externa ou qualquer rotação interna
produzida pelo grande dorsal.
(HAMILL e KNUTZEN, 1999).
Componentes Mecânicos
Modelo

CEP
Ponta do Músculo
EC
CES

CEP – Elemento elástico em


paralelo
CES - Elemento elástico em
série
EC - Elemento contrátil
Ações Musculares

Ação Isométrica – o músculo está ativo (tensão),


porém sem mudança de posição
articular.

Ação Concêntrica – o músculo gera tensão


ativamente, com encurtamento visível.

Ação Excêntrica – o músculo fica sujeito a um


torque externo maior que o interno.
Ações Musculares

 A maioria dos movimentos para baixo, a menor que


sejam muito rápidos, são controlados por uma ação
excêntrica dos músculos antagonistas.
 As ações excêntricas e concêntricas são usadas
seqüencialmente para maximizar a energia e o
desempenho muscular. Essa função muscular natural
é conhecida como ciclo alongamento-encurtamento.
 As ações excêntricas são capaz de gerar maior
quantidade de torque por uma amplitude de
movimento considerada.
a
350 N

b d
450 N 140%
c
100%
b
c a
550 N

W- 0 W+
d Velocidade
650 N
McGinnis, 2002
Comparações
Torque, N-m

Excêntrica

Isométrica

Concêntrica

Ângulo, rad.
Enoka, 1988
Ângulo de tração
 = ângulo de inserção OR= componente
rotatório
OS= componente
estabilizador
OM= bíceps braquial
M R


Cotovelo P
S O
Tensão
Ângulo articular e Tensão

Ângulo

30º 180º
 A maior tensão é obtida com o cotovelo em 90º!
Hay e Reid, 1982
Curva força-velocidade 
Contração isométrica
Força

0
Lenta Velocidade de Rápida
encurtamento
Curva comprimento-tensão
Tensão
Tensão
Isométrica

ativa total
Tensão
passiva

Incremento
ativo

0 % l0
50 100 150
Comprimento
VO2 vs Carga de Trabalho
Consumo de O2

3,5 Vo2 (1x min-1)

2,5

1,5

0,5

500 1000 1500


Kpm x min-1
Asmusse, 1952
Restrições Estruturais

Mola Amortecedor

Elementos Elementos
Elásticos Viscosos

Alongamento Alongamento
Elástico Plástico
Propriocepção
Eletromiografia - EMG

Eletrodos de superfície Sinal EMG


Exercício de
Acomodação Dinâmica

Esforço
Y

X Esforço
Y
X

Peso

Peso
Biopsia Muscular
FIM

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