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UNIDADE II

Cinesioterapia

Profa. Dra. Cintia Freitas


Fortalecimento – raciocínio clínico

 A capacidade de realizar esforços seja no trabalho, no lazer, na vida diária ou nos esportes é
dependente das qualidades da aptidão física.
 Os elementos fundamentais do desempenho muscular relacionados à aptidão física incluem
a força, a potência e a resistência muscular à fadiga.
 Quando uma ou mais dessas áreas está comprometida, podem-se desenvolver as limitações
funcionais.
Fortalecimento – raciocínio clínico

 Força muscular: produzida a partir da contração de um músculo ou grupo de músculos.


 Exercício de fortalecimento: conhecimento da anatomia muscular associado à cinesiologia.
 Anatomia muscular: origem e inserção, ação primária ou principal de um músculo.
 Posicionamento do exercício para que essa ação seja executada.
 Biomecânica: possibilita que o exercício seja realizado respeitando-se a integridade das
estruturas articulares a fim de se evitar lesão durante o exercício.
 Torque muscular, alavancas e amplitudes de movimento irão influenciar a produção de força
nos exercícios. Músculos del hombro (fijadores)
Torque decorrente
Fonte: essa do bíceps
foto de autor Bíceps braquial
desconhecido (agonista)
está
licenciado em
CC BY-SA-NC

Torque
Tríceps braquial Braquial (sinergista) decorrente
(antagonista) Flexión del codo da barra
Fonte: livro-texto
Fortalecimento – raciocínio clínico

 Fortalecimento do quadríceps na cadeira extensora com amplitude controlada.

 Proteção articular.

 Amplitude de movimento e força.

Fonte: livro-texto
Contração muscular

 A contração muscular ocorre a partir dos impulsos eletroquímicos enviados do sistema


nervoso central para o músculo.
 Os motoneurônios alpha α localizados no corno anterior da medula enviam as informações
recebidas do córtex motor por meio das unidades motoras.
 Unidade motora: motoneurônio alpha e o conjunto de fibras musculares por ele inervadas.
 A contração muscular produz força.

Fonte: https://j.gifs.com/q7BnXG.gif
Unidades motoras e tipos de fibras musculares

 Motoneurônios “fásicos”: acionados Medula espinal

rapidamente com sequências curtas. Nervo periférico


 Motoneurônios “tônicos” são acionados Rapidamente fatigável
(FR: Tipo lix) Músculo esquelético
lenta, porém continuamente.
 Tipo I: contração lenta, força baixa,
resistência à fadiga. Contração Ritmo de fadiga

 Tipo II a: contração rápida, força Rápida e resistente à fadiga


moderada, resistência à fadiga. (FR: Tipo lla)

 Tipo II x: contração rápida, alta força, Fibras rápidas


glicolíticas
fadiga rápida.
Contração Ritmo de fadiga

Lenta
(FR: Tipo l) Fibras rápidas
óxidativo-glicolíticas

Contração Ritmo de fadiga

Fibras lentas
Fonte: livro-texto oxidativas
Tipos de contração muscular

 Todos os tipos de
contração muscular
produzem força.
Tensão MM Abaixamento
lento

Tensão MM

Isométrica Concêntrica Excêntrica


Fonte: livro-texto
Tipos de contração muscular e produção de força

Torque (N - m)
Excêntrica

Isométrica

Concêntrica

Ângulo (rad)
Fonte: livro-texto
Tipos de cadeias cinéticas

 Cadeia cinética: uma combinação de várias articulações organizadas sucessivamente.


 Cadeia cinética aberta: sistema que combina articulações organizadas sucessivamente, no
qual o segmento terminal pode mover-se livremente.
 Cadeia cinética fechada: uma condição na qual o segmento distal encontra considerável
resistência externa que impede ou restringe seu movimento livre.

Fonte: livro-texto
Interatividade

 Identifique para cada exercício abaixo qual músculo está sendo fortalecido.
 Você precisará ter em mente as ações musculares principais dos MMSS e MMII.
1 2 3

Fonte: livro-texto
4 5 6
Resposta

1. Infraespinal e redondo menor.


2. Deltoide posterior, romboides, trapézio, tríceps braquial.
3. Deltoide médio e flexores do cotovelo.
4. Glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata.
5. Isquiosurais.
6. Quadríceps e glúteo máximo.
Princípios do treinamento resistido

Qual característica do desempenho muscular você deseja desenvolver?


 Força, hipertrofia, resistência ou potência.

Os princípios mais importantes da progressão de um treinamento resistido são:


 especificidade;
 sobrecarga (intensidade);
 variação.
Especificidade

 Tipo de exercício.
 As ações musculares e os grupos musculares envolvidos.
 A velocidade do movimento.
 Padrões de tarefas motoras.
 A amplitude de movimento e o padrão de movimento.
 Sistemas de energia envolvidos.
 Intensidade.
 Volume de treinamento (frequência, repetições e séries).

Fonte: livro-texto
Sobrecarga progressiva

 A sobrecarga representa a intensidade (carga prescrita) do exercício.


 Sobrecarga progressiva é o aumento gradual do estresse colocado sobre o corpo durante o
treinamento do exercício.
 Ao longo de um programa de exercícios, a quantidade de carga usada ou o volume deverá
ser ajustado.
 Para que um músculo possa sofrer ganhos e adaptações no seu desempenho, ele precisa
ser desafiado.

Fonte: livro-texto
Variação

 Alteração de uma ou mais variáveis do treinamento resistido ao longo do tempo.


 Para permitir a geração de estímulos que tornem os exercícios mais desafiadores e eficazes.
 O corpo humano se adapta rapidamente ao programa de treinamento resistido.
 Aumentar a carga do exercício.
 Aumentar o número de exercícios.
 Variar os tipos de exercícios.
Treinamento e ganho de força

 Como ocorre o ganho de força fisiologicamente?


 Adaptação neural: maior recrutamento de unidades motoras.
 Adaptação estrutural: ganho de massa muscular (hipertrofia).

Pool de
motoneurônios

miofibrila
sarcoplasma

Fibra muscular

Músculo miofibrila
Fibra muscular
Hipertrofia
sarcoplasmática
Fonte: Stlab
Fonte: livro-texto
Treinamento e ganho de força

 Ganho de força ao longo


do tempo. Força

Quase todos os atletas


Quase engajados em

Progresso
todos os treinamento de força
estudos de
treinamento
Neural

Hipertrofia

Duração do treinamento

Fonte: livro-texto 8 semanas 30 semanas


Interatividade

 Paciente pós-operatório de
ligamento cruzado anterior se
encontra na 2ª semana de pós-
operatório.
 Nessa fase são indicados
exercícios isométricos.
 Elabore uma sequência de
exercícios isométricos.
 Para os músculos do quadril
e do joelho.
 Para o paciente realizar deitado.
Resposta

 Exemplos de
exercícios de
fortalecimento
isométrico.

Fonte: livro-texto

Fonte: livro-texto Fonte: https://www.drmarcelotostes.com/joelho/ligamentos/


ligamento-cruzado-anterior-lca
Organização da sessão de treinamento

 Séries.
 Repetições.
 Carga.
 Repouso.
 Tipo de exercício.
 Número de exercícios.
 Sequência dos exercícios.
 Frequência.

Fonte: livro-texto
Treino de resistência muscular à fadiga

 Objetivo terapêutico: desenvolver resistência muscular localizada.

 Condutas: o músculo deverá ser estimulado a contrair vencendo uma carga repetidas vezes
ou manter uma contração muscular por um período de tempo.

 Elementos principais do treinamento: contrações musculares de baixa intensidade, cargas


baixas, numerosas repetições e um tempo prolongado para que o músculo consiga
desenvolver trabalho no sentido de resistir à fadiga.
Treino de resistência muscular à fadiga
Freq.
Nível Modo Séries Rep. Carga Repouso Velocidade
sem.

leve
iso, conc, exc
baixa à
Iniciante uni, bil 1a3 10-15 40–70% <1min 2a3
moderada
multi, mono
1 RM

leve
iso, conc, exc
baixa à
Intermediário uni, bil 1a3 10-15 40–70% <1min 3a4
moderada
multi, mono
1 RM

leve
iso, conc, exc 10-25
moderada à
Avançado uni, bil 1a3 ou 40–70% 1-2min 4a6
rápida
multi, mono mais
1 RM

Fonte: American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance
training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc. 2009, v. 41, n. 3, p. 687-708.
Treino de força

 Objetivo terapêutico: desenvolver força muscular.

 Condutas: movimentar cargas durante um número relativamente baixo de repetições ou um


curto período de tempo.

 Elementos principais do treinamento: cargas pesadas (resistência) em um número


relativamente baixo de repetições ou por um curto período de tempo.
Treino de força

Freq.
Nível Modo Séries Rep. Carga * Repouso Velocidade
sem.

iso, conc, exc*


1-2min
uni, bil mono, 60-70% < carga baixa à
Iniciante multi 1a3 8-12 2a3
2-3min moderada
pesos livres 1 RM
> carga
Máquinas

iso, conc, exc


1-2min
uni, bil 60-70% < carga
Intermediário mono, multi 1a3 8-12 3a4 moderada
2-3min
pesos livres 1 RM
> carga
Máquinas

iso, conc, exc


1-2min
uni, bil 80 - baixa,
< carga
Avançado mono, multi 1a3 8-12 100% 1 4a6 moderada e
2-3min
pesos livres* RM rápida
> carga
Máquinas

Fonte: American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance
training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc. 2009, v. 41, n. 3, p. 687-708.
Treino de potência

 Objetivo terapêutico: desenvolver potência muscular.

 Condutas: o treinamento de potência associa força com altas velocidades.

 Elementos principais do treinamento: em programas de treinamento de potência, a


velocidade do movimento é a variável mais frequentemente manipulada. Em outras palavras,
é a rapidez com que o trabalho é realizado, isto é, a rapidez com que um músculo se contrai
e produz uma força resultante.
Treino de potência
Freq.
Nível Modo Séries Rep. Carga * Repouso Velocidade
sem.

30-60%
1-2min
conc, 1 RM(MS) < carga
Iniciante 1a3 3-6 2a3 rápida
excmulti* 0-60 % 2-3min
> carga
1 RM (MI)

30-60%
1-2min
conc, 1 RM(MS) < carga
Intermediário 1a3 3-6 3a4 rápida
excmulti* 0-60 % 2-3min
> carga
1 RM (MI)

30-60%
1-2min
conc, 1 RM(MS) < carga
Avançado 1a3 3-6 4a5 rápida
excmulti* 0-60 % 2-3min
> carga
1 RM (MI)

Fonte: American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance
training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc. 2009, v. 41, n. 3, p. 687-708.
ATÉ A PRÓXIMA!

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