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Higiene Ocupacional

Capítulo III: Temperatura


Extremas

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor

O calor é um risco físico presente em uma série de atividades


profissionais desenvolvidas na indústria siderúrgica, de vidro, têxtil,
alimentícia entre outras que apresentam processos com liberação de
grandes quantidades de energia térmica.

O homem trabalhando em ambientes de altas temperaturas sofre de


fadiga, seu rendimento diminui, ocorrem erros de percepção e
raciocínio e aparecem sérias perturbações psicológicas que podem
conduzir a esgotamento e prostrações.
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor

Mecanismos de Troca Térmica:

Condução: Troca térmica entre dois corpos em contato, de


temperaturas diferentes. Para o trabalhador, essas trocas são muito
pequenas, geralmente por contato do corpo com ferramentas e
superfícies.

Barra metálica

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Calor

Mecanismos de Troca Térmica:

Radiação: Todos os corpos aquecidos emitem radiação infravermelha,


que é o chamado “calor radiante”. O infravermelho, sendo uma
radiação eletromagnética não ionizante, não necessita de um meio
físico para se propagar. As trocas por radiação entre o trabalhador e seu
entorno, quando há fontes radiantes severas, serão as preponderantes
no balanço térmico e podem corresponder a 60% ou mais das trocas
totais.
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Calor

Mecanismos de Troca Térmica:

Convecção ou Condução-Convecção: Troca térmica que se realizada


como no caso da condução, somente que neste caso, um dos corpos é
um fluido. Para o trabalhador, essa troca ocorre com o ar à sua volta.

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Calor

Mecanismos de Troca Térmica:

Evaporação: Evaporação é a mudança de fase de um líquido para vapor,


ao receber calor. É a troca de calor produzida pela evaporação do suor,
por meio da pele. O suor recebe calor da pele, evaporando e aliviando
o trabalhador.
A quantidade de água que já está no ar é um limitante para a
evaporação do suor; ou seja, quando a umidade relativa do ambiente é
de 100%, não é possível evaporar o suor, e a situação pode ficar crítica.
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Calor

Dados importantes da relação do corpo humano com o calor:

O calor produzido pelo organismo, varia consideravelmente segundo a


atividade física desenvolvida;

A condução-convecção e a radiação, podem implicar um ganho ou uma


perda de calor pelo organismo, conforme a temperatura da pele seja
mais baixa ou mais alta que a temperatura do ar;

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Calor

A evaporação do suor na superfície do corpo, implica necessariamente


em uma perda de calor.

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Calor – Equipamentos

Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro


de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de
mercúrio comum. Termômetro de
mercúrio comum
Termômetro
Globo

Termômetro de bulbo
úmido

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Calor – Equipamentos

Termômetro de Globo — uma esfera oca de cobre de


aproximadamente 1 mm de espessura e com diâmetro de 152,4 mm ou
6”. A esfera é pintada externamente de preto fosco, um acabamento
altamente absorvedor da radiação infravermelha.

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Calor – Equipamentos

O sensor de temperatura posicionado no centro da esfera de cobre,


com fixação que garanta a hermeticidade do sistema, impedindo a
existência de fluxo de ar do interior do globo para o ambiente e vice-
versa.

A esfera é pintada externamente de preto fosco, um acabamento


altamente absorvedor da radiação infravermelha.

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Calor – Equipamentos

Termômetro de bulbo úmido natural — dispositivo constituído de:

✓ sensor de temperatura revestido com um pavio tubular branco,


confeccionado em tecido com alto poder de absorção de água,
como, por exemplo, algodão, mantido úmido com água destilada,
por capilaridade;
✓ reservatório de água com volume de água destilada suficiente para
manter o pavio úmido por capilaridade durante todo o período de
medição
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Calor – Equipamentos

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor – Equipamentos

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Calor – Equipamentos

Termômetro de bulbo seco — sensor de temperatura do ar protegido


da radiação solar direta ou daquelas provenientes de fontes artificiais
por meio de dispositivos que barrem a incidência da radiação e
permitam a livre circulação de ar ao seu redor. Teremos, dele, portanto,
a temperatura do ar;

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Calor NR 15 Antiga

A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo


Úmido Termômetro de Globo" - IBUTG definido pelas equações que se
seguem:

Ambientes internos ou externos sem carga solar:


IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Ambientes externos com carga solar: onde:


tbn = temperatura de bulbo úmido natural
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco.
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Calor NR 15 Antiga

As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o


trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.

Com descanso no próprio local de trabalho

Limites de Tolerância
Com descanso em outro local

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Antiga

Limite de tolerância com descanso no próprio local de trabalho.


Em função do IBUTG obtido, do tipo de atividade e o regime de
trabalho, o Limite de Tolerância será:

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Calor NR 15 Antiga

Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para


todos os efeitos legais;

O tipo de atividade é determinado pelo quadro abaixo.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Antiga

Limite de tolerância com descanso em outro local.


Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente
termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou
exercendo atividade leve.

Neste caso é necessário calcular o metabolismo média ponderada e o


IBUTG média ponderada para uma hora.

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Calor NR 15 Antiga

Metabolismo Média Ponderada

Onde:
Mt= Metabolismo no local de trabalho;
Tt= Tempo no local de trabalho;
Md= Metabolismo no local de descanso;
Td= Tempo no local de trabalho.

Tt+ Td= 60 minutos


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Calor NR 15 Antiga

Metabolismo Média Ponderada

Onde:
IBUTGt= IBUTG no local de trabalho;
Tt= Tempo no local de trabalho;
IBUTGd= IBUTG no local de descanso;
Td= Tempo no local de trabalho.

Tt+ Td= 60 minutos


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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Antiga

Após o cálculo do Metabolismo Médio Ponderado entra-se na tabela a


seguir e encontra-se o IBUTG máximo.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Antiga

Para os valores encontrados de M, intermediários aos valores


constantes na tabela acima, será considerado o IBUTGMÁX relativo à M
imediatamente mais elevada (NHO – 06).

Confronta-se com o IBUTG e se IBUTGMax ≥ IBUTG, o limite de tolerância


não foi ultrapassado.

Caso contrário IBUTGMax < IBUTG, o limite de tolerância foi


ultrapassado.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Quadro 1

até 25,0

26,8 a 28,0

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Quadro 2 Quadro 3

100
30,0

220

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

NHO 06
(Antes de 2017)

(Após 2017)

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Antiga

Exemplo 8 : O resultado da medição de calor em determinada indústria,


sem carga solar externa e com trabalho contínuo, foi:

Temperatura de bulbo úmido natural: 24,7ºC


Termômetro Globo: 32,7ºC
Atividade: Leve, contínua.

Verifique se a atividade é insalubre.

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Riscos Físicos Capítulo IV: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Antiga

Exercício 11 : O resultado da medição de calor de um trabalhador ao ar


livre, com carga solar externa e atividade contínua foi:

Temperatura de bulbo úmido natural: 25,6ºC


Temperatura de bulbo seco: 29,8ºC
Termômetro Globo: 36,8ºC
Atividade: Pesada, contínua.

Verifique se a atividade é insalubre.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Antiga

Exemplo 9 : O resultado da medição de calor em determinada indústria,


sem carga solar externa e com descanso no próprio local de trabalho,
foi:
Atividade Trabalhando: Em movimento, trabalho moderado de
empurrar ou levantar – ( 50 minutos)
Atividade em Descanso: Em pé sem movimentação – ( 10 minutos).
Resultado das Medições
Temperatura de bulbo úmido natural: 24,7ºC
Termômetro Globo: 32,7ºC
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Antiga
Exercício 12: Em uma indústria petroquímica foram realizadas medições de exposição
ao calor para os operadores de determinada unidade, que alternam seu trabalho ao ar
livre com exposição a carga solar e na sala de controle climatizada artificialmente. Com
essas informações e os resultados das medições calcule o IBUTG e conclua se a
atividade é insalubre.
Local de Trabalho – Unidade XYZ
De pé, trabalho moderado em Tempo de
TBS TBN TG
máquina ou bancada, com alguma Exposição (Min)
movimentação. 25 38,5 31,2 41,2

Local de Trabalho – Sala de Controle


Tempo de
Sentado com movimentos moderados TBS TBN TG
Exposição (Min)
de braços e tronco
35 23,9 17,6 24,9
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Antiga
Exercício 13: O resultado da medição de calor de uma determinada atividade em uma
indústria, sem carga solar externa e com descanso em outro local, foi:
Local de Trabalho (45 min):
Temperatura de bulbo úmido natural: 27,2ºC;
Termômetro Globo: 36,6ºC;
Atividade: De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma
movimentação.
Local de Descanso (15 min):
Temperatura de bulbo úmido natural: 21,8ºC;
Termômetro Globo: 32,5ºC;
Sentado em repouso.
Com esses dados verifique se a exposição ultrapassou o limite de tolerância.
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Antiga
Exercício 14: O resultado da medição de calor de uma determinada atividade em uma
indústria, sem carga solar externa e com descanso em outro local, foi:
Local de Trabalho (45 min):
Temperatura de bulbo úmido natural: 25,2ºC;
Termômetro Globo: 34,6ºC;
Atividade: Trabalho contínuo de transportar manualmente sacas de 50 Kg de farinha à
uma distância de 40 metros;

Local de Descanso (15 min):


Temperatura de bulbo úmido natural: 21,8ºC;
Termômetro Globo: 30,5ºC;
Sentado em repouso.

Verifique se a exposição ultrapassou o limite de tolerância.


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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Anexo 3 - Calor
NR 9 NR 15
Portaria MTP n.º 426, de 07 de Portaria SEPRT n.º 1.359, de 09
setembro de 2021 de dezembro de 2019

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor – Nível de Ação

NR 9

Para o calor não havia, até 8 de dezembro de 2019, nível de ação.

A partir de 9 de dezembro de 2019, o calor passa a ter Nível de Ação

Anexo 3, Quadro 1.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 9 Anexo 3

1. Objetivos
2. Campo de Aplicação
3. Responsabilidades da Organização
4. Medidas de Prevenção
5. Aclimatização
6. Procedimentos de Emergência

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 9 Anexo 3

A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na


metodologia e procedimentos descritos na Norma de Higiene
Ocupacional - NHO 06 (2ª edição - 2017) da Fundacentro, nos seguintes
aspectos:

a) determinação de sobrecarga térmica por meio do índice IBUTG -


Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo;

b) equipamentos de medição e formas de montagem, posicionamento


e procedimentos de uso dos mesmos nos locais avaliados;
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 9 Anexo 3

c) procedimentos quanto à conduta do avaliador; e

d) medições e cálculos.

A taxa metabólica deve ser estimada com base na comparação da


atividade realizada pelo trabalhador com as opções apresentadas no
Quadro 3 deste anexo.

O quadro 3 do anexo 3 da NR 9, corresponde ao quadro 2 do anexo 3 da NR 15.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 9 Anexo 3

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 9 Anexo 3

Medidas preventivas

Sempre que os níveis de ação para exposição ocupacional ao calor,


estabelecidos no Quadro 1 forem excedidos, devem ser adotadas pelo
empregador, uma ou mais das seguintes medidas:

a) disponibilizar água fresca potável (ou outro líquido de reposição


adequado) e incentivar a sua ingestão; e

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Calor NR 9 Anexo 3

Medidas preventivas

b) programar os trabalhos mais pesados (acima de 414W –


quatrocentos e quatorze watts), preferencialmente nos períodos com
condições térmicas mais amenas, desde que nesses períodos não
ocorram riscos adicionais.

Para os ambientes fechados ou com fontes artificiais de calor, o


empregador deverá, além das medidas citadas, fornecer vestimentas
de trabalho adaptadas ao tipo de exposição e à natureza da atividade.
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 9 Anexo 3

Medidas corretivas

As medidas corretivas visam reduzir a exposição ocupacional ao calor a


valores abaixo do limite de exposição.

Quando ultrapassados os limites de exposição estabelecidos no Quadro


2, devem ser adotadas pelo empregador uma ou mais das seguintes
medidas corretivas:
a) adequar os processos, as rotinas ou as operações de trabalho;
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 9 Anexo 3

Medidas corretivas

b) alternar operações que gerem exposições a níveis mais elevados de


calor com outras que não apresentem exposições ou impliquem
exposições a menores níveis, resultando na redução da exposição;
c) disponibilizar acesso a locais, inclusive naturais, termicamente mais
amenos, que possibilitem pausas espontâneas, permitindo a
recuperação térmica nas atividades realizadas em locais abertos e
distantes de quaisquer edificações ou estruturas naturais ou artificiais.
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 9 Anexo 3

Medidas corretivas

Para os ambientes fechados ou com fontes artificiais de calor, além das


medidas já citadas, empregador deverá:
a) adaptar os locais e postos de trabalho;
b) reduzir a temperatura ou a emissividade das fontes de calor;
c) utilizar barreiras para o calor radiante;
d) adequar o sistema de ventilação do ar;
e) adequar a temperatura e a umidade relativa do ar.
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Calor NR 9 Anexo 3

Medidas corretivas

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO,


previsto na Norma Regulamentadora nº 7, deve prever procedimentos
e avaliações médicas considerando a necessidade de exames
complementares e monitoramento fisiológico quando ultrapassados os
limites de exposição previstos no Quadro 2 desse anexo e caracterizado
risco de sobrecarga térmica e fisiológica dos trabalhadores expostos ao
calor.
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Calor NR 9 Anexo 3

Medidas corretivas

Fica caracterizado o risco de sobrecarga térmica e fisiológica com


possibilidade de lesão grave a integridade física ou a saúde dos
trabalhadores:
a) quando não forem adotadas as medidas citadas deste anexo; ou

b) quando as medidas adotadas não forem suficientes para a redução


do risco.
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Calor NR 9 Anexo 3
Quadro 2

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 9 Anexo 3

Aclimatização

Para atividades de exposição ocupacional ao calor acima do nível de


ação, deverá ser considerada a devida aclimatização descrita no
PCMSO.

Quando houver a necessidade de elaboração de plano de


aclimatização, devem ser considerados os parâmetros previstos na NHO
06 da Fundacentro ou outras referências técnicas emitidas por
organização competente.
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Calor NR 15 – Anexo 3

O anexo 3 (Limites de Tolerância para Exposição ao Calor) não se aplica


a atividades ocupacionais realizadas a céu aberto sem fonte artificial de
calor.

Calor NR 9 – Anexo 3
Para atividades em ambientes externos sem fontes artificiais de calor,
alternativamente ao previsto nas alíneas “b”, “c”, e “d” do item 3.3,
poderá ser utilizada ferramenta da Fundacentro, para estimativa do
IBUTG, se disponível.
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Calor NR 9 Anexo 3 x Calor NR 15 Anexo 3


Comentários:

A NR 9 em seu anexo 3, sobre a exposição ao Calor, não segrega a exposição do


trabalhador apenas a fontes artificiais, isto porque esta norma tem por objetivo a
prevenção de doenças (medidas preventivas e corretivas), diferentemente da NR 15 que
tem por objetivo o pagamento do adicional de insalubridade.
Dessa forma, para a preservação da saúde do trabalhador é necessária a avaliação
(medições e cálculos) do calor em ambientes externos com carga solar.

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Calor NR 15 Anexo 3

A avaliação quantitativa (somente sem carga solar externa) do calor


deverá ser realizada com base na metodologia e procedimentos
descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO 06 (2ª edição - 2017)
da FUNDACENTRO nos seguintes aspectos:

a) determinação de sobrecarga térmica por meio do índice IBUTG -


Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo;

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Anexo 3

b) equipamentos de medição e formas de montagem, posicionamento


e procedimentos de uso dos mesmos nos locais avaliados;

c) procedimentos quanto à conduta do avaliador; e

d) medições e cálculos.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Anexo 3

São caracterizadas como insalubres as atividades ou operações


realizadas em ambientes fechados ou ambientes com fonte artificial de
calor sempre que o IBUTG (médio) medido ultrapassar os limites de
exposição ocupacional estabelecidos com base no Índice de Bulbo
Úmido Termômetro de Globo apresentados no Quadro 1 (IBUTGmáx) e
determinados a partir da taxa metabólica das atividades, apresentadas
no Quadro 2, ambos deste anexo.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Anexo 3

M [kcal/h] = 0,859845 x M [W]

Para valores de M intermediário, adota-se o IBUTGMáx aquele


relativo à M imediatamente mais elevada.
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Anexo 3

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Anexo 3

O Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo Médio – IBUTG e a Taxa


Metabólica Média - M, a serem considerados na avaliação da exposição
ao calor, devem ser aqueles que, obtidos no período de 60 (sessenta)
minutos corridos, resultem na condição mais crítica de exposição.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Anexo 3

A taxa metabólica deve ser estimada com base na comparação da


atividade realizada pelo trabalhador com as opções apresentadas no
Quadro 2 deste Anexo.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Anexo 3

Os limites de exposição ocupacional ao calor, IBUTGmáx, estão


apresentados no Quadro 1 deste anexo para os diferentes valores de
taxa metabólica média (M).

As situações de exposição ocupacional ao calor, caracterizadas como


insalubres, serão classificadas em grau médio.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Anexo 3
Comparação do IBUTGmáx:
M(Kcal/h) M(W) M(W) IBUTGmáx IBUTGmáx
NR 15 Antiga NR 15 Atual adotado ºC ºC

M [kcal/h] = 0,859845 x M [W]


175 203 205 30,5 30,1
200 233 236 30,0 29,4
250 290 294 28,5 28,3
300 349 353 27,5 27,4
350 407 414 26,5 26,6
400 465 467 26,0 26,0
450 523 526 25,5 25,4
500 582 582 25,0 24,9

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Anexo 3

A caracterização da exposição ocupacional ao calor deve ser objeto de


laudo técnico que contemple, no mínimo, os seguintes itens:

a) introdução, objetivos do trabalho e justificativa;


b) avaliação dos riscos, descritos no item 3.2 do Anexo n° 3 da NR 09;
c) descrição da metodologia e critério de avaliação, incluindo locais,
datas e horários das medições;

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Anexo 3

d) especificação, identificação dos aparelhos de medição utilizados e


respectivos certificados de calibração conforme a NHO 06 da
Fundacentro, quando utilizado o medidor de IBUTG;
e) avaliação dos resultados;
f) descrição e avaliação de medidas de controle eventualmente já
adotadas; e
g) conclusão com a indicação de caracterização ou não de
insalubridade.
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06

Cálculo do IBUTG:

a) Para ambientes internos ou para ambientes externos sem carga


solar direta:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
b) Para ambientes externos com carga solar direta. (NR 9)

IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 tg + 0,1 tbs

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06

Aclimatização:

Adaptação fisiológica decorrente de exposições sucessivas e graduais


ao calor que visa reduzir a sobrecarga fisiológica causada pelo estresse
térmico.
A aclimatização deve ser específica para o nível de sobrecarga térmica a
que o trabalhador será submetido e, consequentemente, para a qual
deverá estar adaptado.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06

Aclimatização:

A aclimatização requer a realização de atividades físicas e exposições


sucessivas e graduais ao calor, dentro de um plano, que deve ser
estruturado e implementado sob supervisão médica, para que, de
forma progressiva, o trabalhador atinja as condições de sobrecarga
térmica similares àquelas previstas para o sua rotina normal de
trabalho.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06

Aclimatização:

São considerados não aclimatizados os trabalhadores:

✓ que iniciarem atividades que impliquem exposição ocupacional ao


calor;
✓ que passarem a exercer atividades que impliquem exposição
ocupacional ao calor mais críticas do que aquelas a que estavam
expostos anteriormente;
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06

Aclimatização:

✓ que, mesmo já anteriormente aclimatizados, tenham se afastado da


condição de exposição por mais de 7 (sete) dias;
✓ que tiverem exposições eventuais ou periódicas em atividades nas
quais não estão expostos diariamente.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06

Aclimatização:

Para exposições ocupacionais abaixo ou igual ao nível de ação, não é


necessária a aclimatização. Neste caso, o trabalhador não aclimatizado
pode assumir de imediato a rotina normal de trabalho.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06

Aclimatização:

Para exposições acima do nível de ação, deve ser realizado um plano de


aclimatização gradual. Neste caso, o trabalhador inicia suas atividades
cumprindo um regime de trabalho mais ameno, que deve ter como
ponto de partida os valores do nível de ação, sendo a sua exposição
elevada progressivamente até atingir a condição da exposição
ocupacional existente na rotina de trabalho (condição real).

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06

Aclimatização:

Trabalhadores já aclimatizados que passarem a exercer atividades que


impliquem condições de exposição mais severas deverão ser
submetidos à aclimatização adicional.

O plano de aclimatização deve ser elaborado a critério médico em


função das condições ambientais, individuais e da taxa de metabolismo
relativa à rotina de trabalho.
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06

Medições:

A avaliação da exposição ao calor é feita por meio da análise da


exposição de cada trabalhador, cobrindo-se todo o seu ciclo de
exposição.

A avaliação será realizada no pior intervalo de 60 minutos corridos que


pode ocorrer na jornada;

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Calor NHO 06

Medições:

Havendo dúvidas quanto ao período de 60 minutos corridos de


exposição mais desfavorável, este pode ser identificado por meio de
avaliação que cubra um período de tempo maior, envolvendo, se
necessário, toda a jornada de trabalho. No entanto, a determinação do
IBUTG e da M para caracterização da exposição ocupacional deve ser
feita com base no período de 60 minutos identificado como mais
desfavorável.
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06
Medições:

Devem ser realizadas medições em cada situação térmica que compõe


o ciclo de exposição a que o trabalhador fica submetido. Ressalta-se
que o número de situações térmicas pode ser superior ao número de
pontos de trabalho, visto poderem ocorrer duas ou mais situações
térmicas distintas no mesmo ponto.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06
Medições:

Situação térmica: cada parte do ciclo de exposição na qual as


condições do ambiente, que interferem na carga térmica a que o
trabalhador está exposto, podem ser consideradas estáveis.

Ciclo de exposição: conjunto de situações térmicas ao qual o


trabalhador é submetido, conjugado às diversas atividades físicas por
ele desenvolvidas, em uma sequência definida.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06
Medições:

As leituras das temperaturas devem ser iniciadas após a estabilização


do conjunto (≈ 25 minutos) na situação térmica que está sendo avaliada
e repetidas a cada minuto. Devem ser feitas no mínimo 5 leituras, ou
tantas quantas forem necessárias, até que a variação entre elas esteja
dentro de um intervalo de ± 0,4 °C. Os valores a serem atribuídos ao tg,
ao tbs e ao tbn correspondem às médias dessas leituras, obtidas no
intervalo considerado.
Material elaborado por Edison C. F. Nogueira
Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor

Conceito:

tbn ≤ tbs ≤ tg

tbn = tbs umidade = 100%

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06
Medições:

Avaliações de eventuais situações de exposição cujos “60 minutos mais


críticos” apresentem variações significativas nas condições térmicas
podem ser realizadas mediante amostragem dos parâmetros
necessários à determinação do IBUTG. Neste caso, o IBUTG da
exposição pode ser obtido pela média de, no mínimo, 20 (vinte)
medições consecutivas realizadas em intervalos de tempo fixo, dentro
dos 60 minutos mais críticos da exposição.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06
Medições:

Se ocorrerem diferenças significativas entre as leituras, um número


maior de medições poderá ser necessário de modo a minimizar a
influência das flutuações.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor
Medição e cálculo do Calor em ambiente fechado, sem fonte artificial e
trabalho dinâmico: (Sugestão do autor)
✓ Traça-se imaginariamente diagonais na área onde será feita a avaliação;

✓ Marca-se os locais onde serão feitas as medições (1, 2, 3, 4 e 5);

✓ Mede-se Tbn e Tg em cada ponto, no mínimo de 5 medições;

✓ Soma-se todos os valores de Tbn e Tg de cada ponto e assim teremos um total


de 25 mediçõs de Tbn e 25 medições de Tg ;

✓ Tirar a média dos valores de Tbn e Tg medidos e estes valores é que serão usados
para o cálculo do IBUTG do ambiente.
Material elaborado por Edison C. F. Nogueira
Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Medição e cálculo do Calor em ambiente fechado, sem fonte


Calor artificial e trabalho dinâmico: (Sugestão do autor)

Área onde
será realizada
a avaliação
2 1

3 4

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06
Medições:
Fatores que influenciam nas medições:
Temperatura ambiente:
A temperatura ambiente influencia diretamente no ganho ou perda de
calor, quando é maior ou menor que a temperatura da pele;

Umidade relativa do ar:


Quanto maior a umidade relativa do ar, menor será a possibilidade de
regulação térmica do corpo, pois não haverá evaporação;
Material elaborado por Edison C. F. Nogueira
Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor Tabela Para o Cálculo da Umidade Relativa


Tbs Tbs - Tbn
A umidade relativa pode 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 12 14 15 16 17 18
15 100 88 78 69 61 53
ser medida através de 16 100 88 79 69 61 54 48
17 100 88 79 70 62 54 48 42
higrômetros ou obtidas 18 100 89 79 70 62 55 40 44
19 100 89 79 71 63 56 50 44 38
através de ábacos ou 20 100 89 80 71 63 57 51 45 39
21 100 89 80 72 63 57 51 45 40 35
tabelas com os valores do 22
23
100
100
90
90
81
81
72
72
64
65
58
58
52
42
46
46
41
41
36
37
Tbs e Tbn. 24
25
100
100
90
91
81
82
72
74
65
67
58
60
52
54
47
48
42
43
37
38
33
33 28
26 100 92 84 76 68 61 55 49 44 39 34 30 25
27 100 93 85 78 70 63 56 50 45 40 35 31 26 21
28 100 93 86 79 71 65 57 51 45 41 36 32 27 23 18
29 100 93 86 80 73 66 59 53 47 42 37 33 28 24 20
30 100 93 86 80 73 66 59 53 47 42 37 32 28 24 20
31 100 93 87 80 74 68 62 56 50 45 40 34 31 26 22 19 14
32 100 93 87 80 74 68 62 57 51 46 41 36 31 27 23 20 16 20 12
33 100 93 87 81 74 68 63 58 52 47 42 38 33 29 25 21 17 13 10
34 100 94 87 81 75 69 63 59 54 49 44 39 34 30 26 22 19 14 12
35 100 94 88 82 76 70 64 59 54 49 44 40 36 32 28 23 20 17 13
40 100 94 88 83 77 72 67 62 57 53 48 44 40 36 32 29 26 22 19
Fonte: Higiene Ocupacional – Brevigliero, Possebon, Spinelli – Editora Senac, 2006

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06

Velocidade do ar:
O aumento da velocidade do ar sempre facilita a perda de calor por
evaporação.
Para obter a velocidade do ar, temos que utilizar um anemômetro.

Calor radiante:
O calor radiante contribui significativamente para a elevação da
sobrecarga térmica.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NHO 06
Tipo de atividade:
Quanto mais intensa for a atividade física, maior será o calor
produzido pelo metabolismo.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Legislação Previdenciária
Instrução Normativa INSS/Pres. Nº 77, de 21 de Janeiro de 2015.

Art. 281. A exposição ocupacional a temperaturas anormais, oriundas


de fontes artificiais, dará ensejo à caracterização de atividade exercida
em condições especiais quando:
III - a partir de 1 de janeiro de 2004, para o agente físico calor, forem
ultrapassados os limites de tolerância definidos no Anexo 3 da NR-15
do MTE, sendo avaliado segundo as metodologias e osprocedimentos
adotados pelas NHO-06 da FUNDACENTRO, sendo facultado à
empresa a sua utilização a partir de 19 de novembro de 2003, data da
publicação do Decreto nº 4.882, de 2003.
Material elaborado por Edison C. F. Nogueira
Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Legislação Previdenciária
Instrução Normativa INSS/Pres. Nº 77, de 21 de Janeiro de 2015.

Parágrafo único. Considerando o disposto no item 2 da parte que trata


dos Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de
trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de
prestação de serviço do Anexo 3 da NR-15 do MTE e no art. 253 da CLT,
os períodos de descanso são considerados tempo de serviço para todos
os efeitos legais.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Nova
Exemplo 10: Um operador de forno demora 3 minutos para carregar o forno, a seguir
aguarda o aquecimento por 4 minutos, fazendo anotações em um local distante do
forno, para depois descarregá-lo durante 3 minutos.
Temperatura próximo ao forno:
Temperatura de bulbo úmido natural: 30ºC;
Termômetro Globo: 38ºC;
O trabalho é realizado em pé, com movimentos moderados com os braços.

Temperatura em local distante:


Temperatura de bulbo úmido natural: 26ºC;
Termômetro Globo: 32ºC;
Neste local o trabalhador faz anotações sentado
Verifique se a exposição ultrapassou o limite de tolerância.
Material elaborado por Edison C. F. Nogueira
Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Nova
Exercício 15: O resultado da medição de calor em determinada indústria, sem carga
solar externa, para uma área onde os colaboradores passaram por período de
aclimatização, está apresentado a seguir:

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Calor NR 15 Antiga
Exercício 16: Em uma indústria petroquímica foram realizadas medições de exposição
ao calor para os operadores de determinada unidade, que alternam seu trabalho ao ar
livre com exposição a carga solar e na sala de controle climatizada artificialmente. Com
essas informações e os resultados das medições calcule o IBUTG e conclua se a
atividade é insalubre.
Local de Trabalho – Unidade XYZ
De pé, trabalho moderado em Tempo de
TBS TBN TG
máquina ou bancada, com alguma Exposição (Min)
movimentação. 25 38,5 31,2 41,2

Local de Trabalho – Sala de Controle


Tempo de
Sentado com movimentos moderados TBS TBN TG
Exposição (Min)
de braços e tronco
35 23,9 17,6 24,9
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio
O frio é um risco físico que está presente em algumas atividades como
indústrias alimentícias, Frigoríficos, Supermercados entre outras.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio NR 15
As atividades ou operações executadas no interior de câmaras
frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que
exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada
no local de trabalho.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio CLT Art 253


As atividades ou operações executadas no interior de câmaras
frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que
exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada
no local de trabalho.
Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do
presente artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira
zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e
Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas
quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus).
Material elaborado por Edison C. F. Nogueira
Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio CLT Art 253

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO SECRETARIA DE


SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

PORTARIA N.º 21, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1994

“Define o mapa oficial do Ministério do Trabalho para


atender o disposto no art. 253 da CLT”.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio CLT Art 253

Art. 1º O mapa oficial do Ministério do Trabalho, a que se refere o art.


253 da CLT, a ser considerado, é o mapa “Brasil Climas” – da Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE da SEPLAN,
publicado no ano de 1978 e que define as zonas climáticas brasileiras
de acordo com a temperatura média anual, a média anual de meses
secos e o tipo de vegetação natural.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio CLT Art 253

Art. 2º Para atender ao disposto no parágrafo único do art. 253 da CLT,


define-se como primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa
oficial do MTb, a zona climática quente, a quarta zona, como a zona
climática sub-quente, e a quinta, sexta e sétima zonas, como a zona
climática mesotérmica (branda ou mediana) do mapa referido no art.
1º desta Portaria.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio CLT Art 253


Quente: 1ª, 2ª e 3ª ZC

Sub Quente: 4ª ZC

Mesotérmico
(Brando/Mediano):
5 e 6ª ZC
https://geoftp.ibge.gov.br/informacoes_ambientais/climatologia/mapas/brasil/Map_BR_clima_2002.pdf
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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio CLT Art 253

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio CLT Art 253

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio CLT Art 253

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio CLT Art 253 Nordeste

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio NR 29
29.3.16.2 - A jornada de trabalho em locais frigorificados deve
obedecer a seguinte tabela:
Faixa de Temperatura Máxima Exposição Diária permissível para pessoas adequadamente
do bulbo seco (Tbs vestidas para exposição ao frio.
em ºC)
15,0 a -17,9* Tempo total de trabalho no ambiente frio de 6 horas e 40 minutos,
12,0 a -17,9** sendo quatro períodos de 1 hora e 40 minutos alternados com 20
10,0 a -17,9*** minutos de repouso e recuperação térmica fora do ambiente frio.
-18,0 a -33,9 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 4 horas alternando-se 1
hora de trabalho com 1 hora para recuperação térmica fora do
ambiente frio.
(*) faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática quente, de acordo com o mapa oficial do IBGE.
(**) faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática sub-quente, de acordo com o mapa oficial do IBGE.
(***) faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática mesotérmica, de acordo com o mapa oficial do IBGE.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio NR 29

Faixa de Temperatura Máxima Exposição Diária permissível para pessoas adequadamente


do bulbo seco (Tbs vestidas para exposição ao frio.
em ºC)
-34,0 a -56,9 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 1 hora, sendo dois
períodos de 30 minutos com separação mínima de 4 horas para
recuperação térmica fora do ambiente frio.
-57,0 a -73,0 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 5 minutos sendo o
restante da jornada cumprida obrigatoriamente fora de ambiente frio.
Abaixo de -73,0 Não é permitida a exposição ao ambiente frio, seja qual for a
vestimenta utilizada.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira


Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio NR 36

36.13.1 - Para os trabalhadores que exercem suas atividades em


ambientes artificialmente frios e para os que movimentam
mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa,
depois de uma hora e quarenta minutos de trabalho contínuo, será
assegurado um período mínimo de vinte minutos de repouso, nos
termos do Art. 253 da CLT.

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Riscos Físicos Capítulo III: Temperaturas Extremas

Frio NR 36

36.13.1.1 - Considera-se artificialmente frio, o que for inferior, na


primeira, segunda e terceira zonas climáticas a 15º C, na quarta zona
a 12º C, e nas zonas quinta, sexta e sétima, a 10º C, conforme mapa
oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Material elaborado por Edison C. F. Nogueira

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