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ATIVIDADE PRÁTICA

Curso: Técnico em Segurança do Trabalho


Módulo: III
Disciplina: Higiene do Trabalho
Professor: Rogério Geraldo Souza
Alunos: Célia Aparecida, Cleide Márcia, Elciane Paula, Gisele Silva, Júnior Carlos, Kelly
Aguiar, Maíra Gabriele, Pábula Franciele e Warlis Vinícius.

Riscos Físicos
Temperaturas extremas

Calor

Mecanismos de regulação calórica

Os mecanismos de regulação calórica interna do corpo humano tratam de manter


no corpo uma temperatura constante de 37°C. A pele e os tecidos subcutâneos são
mantidos em uma temperatura constante pelo sangue circulante. A temperatura do
sangue se deve ao calor proveniente da energia liberada pelas células quando estas
queimam o alimento (um processo que requer um suprimento constante de alimento
e oxigênio). O excesso é eliminado, sendo normal que o corpo perca
constantemente calor através dos pulmões e da pele.

No caso de exposição ao calor ambiental excessivo, o organismo produz mais calor


e utiliza esses mecanismos de regulação para perder mais calor e manter constante
a sua temperatura. Em primeiro lugar, se produz dilatação dos vasos sanguíneos da
pele e dos tecido subcutâneos e se desvia parte importante do fluxo sanguíneo para
essas regiões superficiais. Há um aumento concomitante do volume sanguíneo
circulante devido a contração do baço e diluição do sangue circulante com líquidos
extraídos de outros tecidos. Esses ajustes circulatórios favorecem o transporte de
calor do centro do organismo até a superfície. Simultaneamente, se ativam as
glândulas sudoríparas, derramando líquido sobre a pele (suor) para eliminar calor
por evaporação.

Exposição Ocupacional

Os efeitos da sobrecarga térmica (ou estresse térmico), que um trabalhador está


submetido em uma área de trabalho quente, dependem de fatores ambientais e de
características individuais do trabalhador, tais como idade, peso e, condicionamento
físico, especialmente do aparelho cardiocirculatório. Entre os fatores ambientais
devem ser considerados a temperatura, a umidade, o calor radiante (sol, fornos) e a
velocidade do ar.

As ocupações com maior risco de exposição ao calor incluem os cozinheiros,


padeiros, fundidores de metais, fabricantes de vidros, mineiros, entre outros. Os
riscos aumentam com a umidade elevada, que diminui o efeito refrescante da
sudorese, e com o esforço físico prolongado, que aumenta a quantidade de calor
produzido pelos músculos.

A exposição prolongada ao calor excessivo pode causar um aumento da


irritabilidade, fraqueza, depressão, ansiedade e incapacidade para concentrar-se.
Nos casos mais graves, pode ocorrer alterações físicas tais como desidratação,
erupção (vesículas roxas na área afetada da pele) e câimbras (espasmos e dor nos
músculos do abdômen e das extremidades).

Esgotamento por calor

Ocorre quando a perda contínua de fluidos, através da transpiração, não é


compensada pela ingestão de líquidos e sais. O trabalhador continua transpirando
em profusão mas apresenta palidez, fraqueza, dor de cabeça, tonturas e náuseas. A
temperatura corporal se apresenta normal ou ligeiramente elevada e a pele torna-se
úmida, fria e pálida ou avermelhada.

Intermação ou hipertermia

A intermação ou hipertermia é a ocorrência mais grave na exposição ocupacional ao


calor e decorre da falha do mecanismo interno do organismo para regular sua
temperatura interna. A transpiração cessa e o organismo perde a capacidade de
liberar o excesso de calor. A temperatura corporal aumenta para 41°C ou mais e a
pele torna-se seca, quente e vermelha ou azulada. Os sintomas incluem dor de
cabeça, náuseas, confusão mental, delírio, perda da consciência, convulsões, coma
e, se não tratada oportunamente, pode até levar a morte.
Limites de tolerância ao calor

No caso de exposição excessiva ao calor, os limites são aqueles constantes do


Anexo nº 3 da NR-15 da Portaria 3214/78. Em geral, é necessário a implementação
de procedimentos para uma adequada reidratação e reposição salina, através da
ingestão de sal e água. Vestimentas adequadas devem ser utilizadas. A reposição
de líquido e sais perdidos pelo suor pode ser realizada pela ingestão de bebidas e
alimentos levemente salgados. A pele deve ser refrescada com água fria.

Frio

Mecanismos de regulação

Quando o corpo está exposto ao frio ocorre o oposto do que ocorre em situações de
calor excessivo. Os vasos sanguíneos periféricos (pele e extremidades) se
contraem para reduzir a perda de calor no ambiente, o que resulta numa queda
brusca da temperatura da pele, dos dedos das mãos e dos pés, das orelhas e do
nariz. Dessa forma, mais sangue é enviado para os órgãos vitais como o coração e
o cérebro.

Exposição ocupacional

As ocupações com maior risco de exposição ao frio são os trabalhadores em


câmaras frigoríficas, trabalhos à céu aberto no clima frio, nos serviços de
refrigeração, entre outros. Quando há congelamento dos tecidos, em torno da
temperatura de –1°C, ocorre alteração da estrutura celular e necrose dos tecidos. O
primeiro sinal de lesão por frio é uma sensação aguda de pontada, adormecimento
e anestesia dos tecidos atingidos. A necrose por frio pode produzir desde uma lesão
superficial com mudança da cor da pele, anestesia transitória, até o congelamento
de tecidos profundos com isquemia persistente, trombose, cianose profunda e
gangrena.

Lesões causadas pelo frio

Hipotermia: todo o corpo esfria até uma temperatura potencialmente perigosa.


Atinge principalmente as pessoas muito idosas ou muito jovens expostas ao ar frio
(ventos) ou imersão em água fria. Os sintomas são graduais e sutis, ocorrendo
movimentos lentos e desordenados, confusão mental, alucinações, perda da
consciência e morte por parada cardíaca e respiratória.

Geladora (congelamento parcial): partes da pele congelam, sofrem lesões


superficiais mas não são lesadas de modo permanente. As áreas congeladas da
pele ficam brancas e firmes e, em seguida, edemaciadas (inchadas) e dolorosas.
Posteriormente, a pele pode descamar, como ocorre nos casos de queimadura
solar.

Congelamento: alguns tecidos do corpo são realmente destruídos. As mãos e pés


expostos são as partes mais vulneráveis. A lesão causada pelo congelamento é
consequência da diminuição do fluxo sanguíneo e da formação de cristais de gelo
nos tecidos. No congelamento, a pele fica hiperemiada (vermelha), edemaciada
(inchada) e dolorosa e, em seguida, preta. As células nas áreas congeladas
morrem. Dependendo da extensão do congelamento, o tecido afetado pode
recuperar-se ou pode gangrenar.

PRESSÕES ANORMAIS

Trabalhos sob condições de alta pressão

Exposição ocupacional

Os trabalhos sob condições de alta pressão (condições hiperbáricas) ocorre em


atividades ou operações sob ar comprimido ou em trabalhos submersos (mergulho).

Efeitos tóxicos

A atmosfera contém habitualmente cerca de 20% de oxigênio, sendo que o


organismo humano está adaptado para respirar o oxigênio atmosférico a uma
pressão em torno de 160mmHg ao nível do mar. A esta pressão, a molécula que
transporta o oxigênio aos tecidos, a hemoglobina, encontra-se praticamente
saturada (98%). A medida que aumenta a pressão, como a hemoglobina está já
saturada, uma quantidade significativa de oxigênio não é consumida e entra em
solução física no plasma sanguíneo. Se essa exposição se prolonga pode produzir,
a longo prazo, uma intoxicação pelo oxigênio. Os seres humanos, na superfície
terrestre, podem respirar 100% de oxigênio de forma contínua durante 24-36 horas
sem nenhum risco. Após esse período, sobrevém a intoxicação pelo oxigênio (efeito
de Lorrain-Smith). Os sintomas de toxicidade pulmonar são principalmente a dor no
peito (retroesternal) e a tosse seca. A pressões superiores a 2 (duas) atmosferas, o
oxigênio produz toxicidade cerebral, podendo provocar convulsões. A
susceptibilidade a convulsão varia consideravelmente de um indivíduo para outro. A
administração de anticonvulsivantes pode evitar as convulsões por oxigênio mas
não reduz a lesão cerebral ou da medula espinhal.

Controle médico

É exigido cuidadosa compressão e descompressão, de acordo com as tabelas do


Anexo nº 6 da NR-15 da Portaria 3214/78. O trabalho sob condições de alta pressão
só é permitido para trabalhadores com mais de 18 (dezoito) e menos de 45
(quarenta e cinco) anos de idade. Antes de cada jornada de trabalho, os
trabalhadores deverão ser inspecionados pelo médico, sendo que o trabalhador não
poderá sofrer mais de uma compressão num período de 24 horas. A duração do
período de trabalho sob ar comprimido não poderá ser superior a 8 horas, em
pressões de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm², a 6 horas em pressões de trabalho de 1,1 a
2,5 kgf/cm², e a 4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm². Nenhum
trabalhador pode ser exposto à pressão superior a 3,4 kgf/cm². Após a
descompressão, os trabalhadores são obrigados a permanecer, no mínimo, por
duas horas, no local de trabalho, cumprindo um período de observação médica.
Como é possível a ocorrência de necrose óssea, especialmente nos ossos longos, é
também obrigatória a realização de radiografias de articulações da coxa e do ombro,
por ocasião do exame admissional e posteriormente a cada ano.

Trabalhos sob Condições de Baixa Pressão

Nos trabalhos em grandes altitudes, como no caso dos aeronautas, a medida que
se ganha altura sobre o nível do mar a pressão total do ar ambiental e a
concentração de oxigênio vão diminuindo gradualmente. O efeito é um menor aporte
de oxigênio aos tecidos do corpo humano (hipóxia), sendo que o organismo, em
resposta, adota medidas compensatórias de adaptação fisiológica (“aclimatação”),
especialmente o aumento da frequência respiratória. A tolerância à altura varia de
um indivíduo para outro e, em geral, a adaptação deve melhorar após 2 a 3 dias de
exposição. Todavia, a hipóxia grave pode exercer diversos efeitos nocivos para o
organismo humano. O órgão mais sensível à falta de oxigenação é o cérebro e os
sintomas mais comuns são a irritabilidade, a diminuição da capacidade motora e
sensitiva, alterações do sono, fadiga muscular, hemorragias na retina e, nos casos
mais graves, edema cerebral e edema agudo do pulmão.

RADIAÇÕES
Definição

Radiação é toda energia que se propaga em forma de onda através do espaço.


Neste conceito de radiação se inclui a luz visível, a infravermelha, a ultravioleta, as
ondas de rádio e televisão, o infrassom, o ultrassom, a eletricidade e os raios X.

Radiações Ionizantes

Radiação ionizante é a radiação eletromagnética com energia suficiente para


provocar mudanças nos átomos em que incide (ionização), como é o caso dos raios
X, dos raios alfa, beta e gama, e dos materiais radioativos. A radiação é medida em
várias unidades diferentes. O roentgen (R) mede a quantidade de radiação no ar. O
gray (Gy) é a quantidade de energia que realmente é absorvida por qualquer tecido
ou substância após uma exposição à radiação.
Efeitos biológicos

Os efeitos biológicos da radiação ionizante ocorrem quando a radiação transfere


energia para as moléculas das células dos tecidos expostos. Como resultado desta
interação, as funções das células podem deteriorar-se de forma transitória ou
permanente e ocasionar inclusive a morte das mesmas. A gravidade da lesão vai
depender do tipo de radiação, da dose absorvida, da velocidade de absorção e da
sensibilidade do tecido em relação à radiação. Os órgãos mais sensíveis são
aqueles envolvidos com a formação do sangue e o sistema gastrintestinal.

Exposição do corpo inteiro

Doses altas de radiação podem provocar a morte em poucos minutos.

Doses da ordem de 100 gray produzem falência do sistema nervoso central,


provocando desorientação espaço-temporal, perda de coordenação motora,
distúrbios respiratórios, convulsões, estado de coma e, finalmente, morte, que
ocorre algumas horas após a exposição.

Doses da ordem de dezena de gray, observa-se síndrome gastrintestinal,


caracterizada por náuseas, vômito, perda de apetite, diarreia intensa e apatia. Em
seguida surgem desidratação, perda de peso e infecções graves, sendo que a morte
ocorre poucos dias mais tarde.

Doses da ordem de alguns gray acarretam a síndrome hematopoiética, decorrente


da inativação das células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas) e,
principalmente, dos tecidos responsáveis pela produção dessas células ( a medula
óssea).

Exposição de áreas específicas do corpo

A exposição de áreas específicas do corpo produzem danos locais e imediatos nos


tecidos. Os vasos sanguíneos das zonas expostas são lesados, alterando as
funções dos órgãos, podendo levar a necrose e gangrena. Como consequências
secundárias aparecem mudanças degenerativas nas células, sendo que o efeito
retardado mais importante é o aumento da incidência de leucemia e de câncer,
especialmente de pele, tireoide, pulmão e mama.

Limites de tolerância

De acordo com a legislação específica em vigor, o Anexo 5 da NR-15 da Portaria


3214/78, nas atividades onde trabalhadores possam ser expostos a radiações
ionizantes, os limites de tolerância e os controles básicos para a proteção do
homem, são os constantes da Norma CNEN-NE-3.01: “Diretrizes Básicas de
Radioproteção”.

Radiações Não Ionizantes

Radiação não ionizante engloba toda a radiação e os campos do espectro


eletromagnético que não tem energia suficiente para provocar mudanças nos
átomos em que incide. A linha divisória entre as radiações ionizantes (altas
frequências) e as radiações não ionizantes (baixas frequências) é a freqüência da
luz solar (luz visível). No espectro eletromagnético, abaixo da luz visível está a
radiação infravermelha. Mais abaixo se encontra uma ampla variedade de
radiofrequências (micro-ondas, radio celular, televisão, rádio FM e AM, ondas
curtas) e, no extremo inferior, os campos com frequência de rede elétrica.

Radiação Ultravioleta

Presente na luz solar, na maioria das lâmpadas e na solda a arco. A radiação


ultravioleta da luz solar é essencial para a síntese de vitamina D na pele e em
outros aspectos fisiológicos da vida humana. Entretanto, pode ocasionar uma
variedade de efeitos patológicos, como queimaduras, mudanças de pigmentação da
pele, alterações imunológicas e neoplasias. A exposição excessiva é mais
prejudicial para os olhos e para a pele, onde provoca uma série de alterações. A
radiação UV pode provocar desde o eritema (“queimadura solar”) até o aumento da
incidência de câncer de pele. Nos olhos, a maior parte da radiação é absorvida pela
córnea, conjuntiva e cristalino, provocando queratite e conjuntivite, que aparece
poucas horas após uma exposição excessiva e normalmente regride em um a dois
dias. A exposição prolongada pode contribuir para a formação de cataratas. A
exposição ocupacional mais importante ocorre entre os soldadores e entre os
trabalhadores que atuam na intempérie, como os trabalhadores rurais, os
pescadores, os operários da construção civil, entre outros.

Radiação Infravermelha

Presente na luz solar, nas lâmpadas de filamento de tungstênio e em numerosos


processos industriais que utilizam fontes de calor, como os padeiros, sopradores de
vidro, operários de altos fornos, trabalhadores de fundição e metalurgia, bombeiros,
entre outros. Da mesma forma que a radiação ultravioleta, a infravermelha é mais
prejudicial para a pele e para os olhos. Na pele, pode provocar queimaduras. Nos
olhos, contudo, devido a transparência dos meios oculares, a radiação
infravermelha afeta mais a retina.

Campos de radiofrequência e micro-ondas


A radiação de radiofrequência é encontrada em aplicações muito conhecidas, tais
como as emissões de rádio e televisão, comunicações (telefonia fixa e móvel,
radiocomunicação), radar, entre outros. A exposição pode provocar aquecimento
dos tecidos do organismo, levando a queimaduras, formigamentos (parestesias) e
alterações da sensibilidade de mãos e dedos, irritação ocular e aquecimento e mal
estar nas pernas. A emissão de radiação eletromagnética ocorre nos dois
componentes de um sistema de telefonia celular, isto é, tanto no uso dos telefones
celulares como junto às antenas radiobase. As ondas eletromagnéticas emitidas são
absorvidas pelo organismo humano e podem causar efeitos biológicos. A questão
ainda não foi devidamente esclarecida mas inúmeros estudos epidemiológicos em
andamento parecem indicar a relação entre câncer cerebral e o uso de telefones
móveis.

Campos elétricos e magnéticos

Presentes principalmente na geração, distribuição e uso da energia elétrica. No


caso de exposição a campos elétricos e magnéticos, estudos epidemiológicos
parecem indicar riscos excessivos de leucemia, de tumores cerebrais e de câncer
de mama (em homens), especialmente entre os eletricistas que atuam em
subestações e em redes de alta tensão e entre os condutores de veículos elétricos.
Outras pesquisas tem apontado um maior risco de doenças cardiovasculares,
alterações do sono, depressão e suicídio entre esses trabalhadores. Estudos sobre
a exposição de trabalhadores em terminais de vídeo ainda não são conclusivos.

VIBRAÇÃO
Informações gerais

As vibrações transmitem-se ao organismo segundo três eixos espaciais (x, y, z),


com características físicas diferentes, e cujo efeito combinado é igual ao somatório
dos efeitos parciais. O homem percebe vibrações compreendidas entre uma fração
do hertz (Hz) e 1.000 Hz, sendo que os efeitos sobre o seu corpo diferem segundo a
frequência. As consequências das vibrações no corpo humano dependem
basicamente de quatro fatores: pontos de aplicação no corpo, frequência das
oscilações, aceleração das oscilações e duração da ação.

Exposição ocupacional

No ambiente industrial é frequente a ocorrência simultânea de ruído e vibrações.


Contudo, estes dois agentes podem causar efeitos diferenciados sobre o corpo do
trabalhador. Enquanto o ruído desenvolve sua ação sobre o aparelho auditivo, as
vibrações afetam zonas mais extensas do corpo, inclusive a sua totalidade. A
repetição diária das exposições a vibrações no local de trabalho pode levar a
agravos à saúde do trabalhador, sendo que o tipo de agravo é diferente para as
diversas partes do corpo mais sujeitas às vibrações:
Oscilações verticais

Penetram no corpo que está sentado ou de pé sobre bases vibratórias (veículos,


plataformas de trabalho) e levam preferencialmente à manifestações de desgaste na
coluna vertebral tais como hérnias e lombalgias. No caso de frequências muito
baixas (inferiores a 1 Hz), o mecanismo de ação das vibrações centra-se nas
variações de aceleração provocadas no aparelho vestibular do ouvido, provocando
o “mal dos transportes” que se manifesta por náuseas e por vômitos. As vibrações
de baixas e médias frequências (de alguns Hertz a algumas dezenas de Hertz)
podem gerar patologias diversas ao nível da coluna vertebral, do aparelho digestivo,
da visão, da função respiratória, da função cardiovascular, além de inibição de
reflexos.

Oscilações de ferramentas

Ocorrem principalmente com o uso de equipamentos motorizados (motosserras,


martelos pneumáticos) e provocam lesões nas mão e braços do trabalhador, como a
Doença de Raynaud (“dedos mortos”), entre outras. Os trabalhadores mais atingidos
são os trabalhadores dos setores de mineração, extração de madeiras e construção
civil.

Avaliação e controle

Na avaliação das vibrações devem ser adotados os critérios da ISO – Organização


Internacional para a Normalização, sendo que o procedimento genérico é similar à
avaliação do ruído ambiental. Os instrumentos mais utilizados para a medição das
vibrações são os acelerômetros e os analisadores de frequência. É importante medir
a aceleração em função das frequências, considerar a exposição diária a que os
trabalhadores estão expostos e comparar os valores ponderados com os
estabelecidos pelas normas.

O controle das vibrações pode ser obtido através de três processos básicos:
redução das vibrações na origem, diminuição da transmissão de energia mecânica a
superfícies potencialmente irradiantes e redução da amplitude de vibração das
superfícies irradiantes. Se as providências anteriores não forem suficientes,
recomenda-se proteger individualmente o trabalhador com certos equipamentos
como botas e luvas, que ajudam a absorver as vibrações.

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