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USO INTERNO E EXTERNO

Instrução de Trabalho nº. 320


Versão nº.02 de 05/01/2022

Assunto: Diretrizes de Segurança e Medidas Organizativas para Atividades com


Risco Elétrico

Áreas de Aplicação
Perímetro: Brazil
Função Staff: -
Função de Serviço: -
Linha de Negócios: Infrastructure & Networks

CONTEÚDO

1. OBJETIVOS DO DOCUMENTO E ÁREA DE APLICAÇÃO ..................................................................... 3

2. GESTÃO DA VERSÃO DO DOCUMENTO .............................................................................................. 4

3. UNIDADES RESPONSÁVEIS PELO DOCUMENTO ............................................................................... 4

4. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 5

5. POSIÇÃO DO PROCESSO COM RELAÇÃO A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................... 7

6. SIGLAS E PALAVRAS-CHAVE ................................................................................................................ 7

7. DESCRIÇÃO DO PROCESSO ............................................................................................................... 12


7.1 Guia Rápido .................................................................................................................................... 12
7.2 Planilha de Perigos e Riscos .......................................................................................................... 16
7.3 Considerações Preliminares ........................................................................................................... 16
7.3.1. Papeis e Responsabilidades....................................................................................................... 19
7.3.2. Comunicação Operativa ............................................................................................................. 22
7.3.3. Local de Trabalho ....................................................................................................................... 22
7.3.4. Ações Operativas em Equipamentos (Manobras) ...................................................................... 24
7.3.5. Ferramentas, Equipamentos e Dispositivos ................................................................................ 25
7.4 Documentação Relativa ao Trabalho.............................................................................................. 25
7.4.1. Entrega do Trabalho: .................................................................................................................. 29
7.4.2. Planejamento da Execução dos Trabalhos: ................................................................................ 31
7.4.3. Aprovação dos Trabalhos ........................................................................................................... 33
7.4.3.1. Plano de Trabalho Rede Energizada (Trabalhos em Tensão) ................................................ 34
7.4.3.2. Plano de Trabalho Rede Desenergizada (Trabalhos Sem Tensão)........................................ 34
7.4.4. Execução das Atividades Autorizadas ........................................................................................ 39
7.5 Trabalhos em Tensão em Instalações Elétricas (AT / MT / BT)...................................................... 39
7.5.1. Trabalho em Tensão AT / MT ..................................................................................................... 39
7.5.2. Trabalho em Tensão BT ............................................................................................................. 40
7.5.3. Organização do Trabalho ........................................................................................................... 41
7.5.3.1. Unidades Responsáveis pelo Planejamento e Execução do Trabalho ................................... 41
7.5.3.2. Funções de Trabalho .............................................................................................................. 42

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7.5.3.2.1 Responsabilidades e tarefas do Responsável pela Intervenção ............................................. 43


7.5.3.2.1.1 Substituição do Responsável pela Intervenção .................................................................. 45
7.5.3.2.2 Responsabilidades e Tarefas do Encarregado de Trabalhos ................................................. 46
7.5.3.2.3 Responsabilidades e Tarefas do Pessoal Operativo .............................................................. 48
7.5.4. Execução de Atividade em Tensão (Rede Energizada).............................................................. 48
7.5.5. Recomendações para Execução de Manobras .......................................................................... 52
7.5.6. Comunicação Durante a Execução da Atividade ........................................................................ 53
7.5.7. Delimitação e Entrega da Área de Trabalho ............................................................................... 53
7.6 Trabalhos em Redes Elétricas Desenergizadas ............................................................................. 54
7.6.1. Zona Protegida ........................................................................................................................... 54
7.6.2. Zona de Trabalho ....................................................................................................................... 55
7.6.3. Condições Especiais................................................................................................................... 55
7.6.4. Organização do Trabalho ........................................................................................................... 56
7.6.4.1. Unidades Responsáveis pelo Planejamento e Execução dos Trabalhos sem Tensão ........... 56
7.6.4.2. Funções de Trabalho .............................................................................................................. 58
7.6.4.3. Contexto Meteorológico .......................................................................................................... 58
7.7 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) ............ 58
7.8 Política de Consequências ............................................................................................................. 59

8. ANEXO ................................................................................................................................................... 59
8.1 Anexo Externo ................................................................................................................................ 59

RESPONSÁVEL DE INFRAESTRUTURA E REDES BRASIL


Gino Celentano

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1. OBJETIVOS DO DOCUMENTO E ÁREA DE APLICAÇÃO


Este documento define os procedimentos e provê diretrizes para atingir as condições de segurança do
trabalho necessárias para a realização de atividades de trabalho em condição de rede Energizada e rede
Desenergizada (rede isolada e aterrada) em instalações elétricas de Alta Tensão (AT), Média Tensão (MT) e
Baixa Tensão (BT) sob responsabilidade da Linha de Negócio de Infraestrutura e Redes Brasil. Neste
propósito, o documento fornece diretrizes mínimas a serem adotadas que representam as melhores práticas
para a realização das atividades de trabalho com e sem tensão nas redes elétricas.
Este documento se aplica a Infraestrutura e Redes Brasil, em suas correspondentes áreas (concessões de
distribuição de energia elétrica), aos empregados próprios e a todas as empresas contratadas e
subcontratadas pelo grupo Enel no Brasil.
Este documento localiza a Policy n° 441 “Infrastructure and Networks Safety Requirements and Organizational
Measures During Electrical Works Guidelines” e visa especificar:

 As Unidades de Responsabilidades envolvidas nas ações de planejamento e execução dos trabalhos


com e sem tensão nas redes elétricas e respectivas funções no processo;
 Os requisitos mínimos de documentação, necessário para realizar o planejamento, a organização e
a coordenação da execução segura das atividades de trabalho com e sem tensão nas redes elétricas;
 Os requisitos mínimos e configurações de segurança do trabalho necessárias para a realização das
atividades de trabalho com e sem tensão nas redes elétricas;
 Diretrizes para manutenção dos riscos elétricos mapeados, sob controle (especificamente de choques
elétricos e arcos elétricos) durante os trabalhos na rede elétrica.

No que se refere à autorização e organização para trabalhos sem tensão (redes desenergizadas - isolada e
aterrada), os temas acima estão complementados em maior nível de detalhe na Instrução de Trabalho WKI-
OMBR-OeM-21-1346-EDBR - Diretrizes e Responsabilidades para Trabalhos Programado e
Emergencial em Rede Desenergizada.
A presente política aplica-se ao Grupo Enel no que diz respeito à sua atuação no Brasil, de acordo com as
leis, regulamentos, acordos coletivos e normas de governança aplicáveis, incluindo a Lei Geral de Proteção
de Dados, que em qualquer situação, prevalecem sobre as disposições contidas neste documento.
A Lei Geral de Proteção de Dados, Lei n°. 13.709/2018 (LGPD) e GDPR (Regulamento U.E. 2016/679 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de abril de 2016), regulamentam o tratamento de dados pessoais.
A LGPD define que tratamento é toda operação realizada com dados pessoais, como as que se referem a
coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição,
processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação,
modificação, comunicação, transferência, difusão ou extração, bem como que Dados Pessoais são todas as
informações relacionadas a uma pessoa natural (pessoa física), que possa torna-la identificada ou
identificável (tais como: nome, CPF, endereço, nome de familiares, perfil de consumo, geolocalização, número
de Unidade Consumidora, etc., os quais de forma isolada, ou associada com dois ou mais, possam identificar
direta, ou indiretamente, um titular de dados pessoais).

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Os Tratamentos de Dados Pessoais realizados durante as atividades descritas neste documento, deverão
estar devidamente mapeados no sistema de registro de tratamento de dados pessoais do Grupo Enel,
conforme a Instrução Operacional nº. 3341 - Gerenciamento de Registro de Tratamento de Dados Pessoais
e deverão ocorrer em consonância com as regras de Proteção De Dados Pessoais, GDS e Segurança da
Informação do Grupo Enel, estabelecidas nas respectivas Políticas e Procedimentos internos, listados no item
4 deste documento.
Este documento deve ser aplicado em até 45 dias a partir da data de publicação.

2. GESTÃO DA VERSÃO DO DOCUMENTO

Versão Data Descrição das mudanças


Emissão da Instrução de Trabalho.
01 28/09/2021 Este documento cancela e substitui a Instrução Operacional Brasil nº. 2247 -
Atividades com Risco Elétrico Infraestrutura e Redes Brasil.
 Inserção do texto de Tratamento de Dados no item 1;
 Inserção e revisão dos documentos listados no item 4;
 Inserção de palavras chaves do LGPD no item 6;
 Revisão e complementação de conteúdo do item 7.1 - Guia rápido;
02 05/01/2022  Complementação do conteúdo geral, com acréscimo de novas diretrizes nos
itens 7.2, 7.3.1, 7.3.2, 7.3.3, 7.3.4, 7.4, 7.4.1, 7.4.3.1, 7.4.3.2, 7.5.3.2, 7.5.4,
7.5.5, 7.5.6, 7.5.7 e 7.6;
 Criação dos itens 7.6.4.3 e 7.8 com demais renumerações posterior;
 Exclusão do item 8.2 Lista de Participantes.

3. UNIDADES RESPONSÁVEIS PELO DOCUMENTO


Responsável pela Elaboração do Documento:
 Operação e Manutenção Brasil;
 Saúde, Segurança e Meio Ambiente Brasil.

Responsável pela Autorização do Documento:


 Operação e Manutenção Brasil;
 Saúde, Segurança e Meio Ambiente Brasil;

 Sistema de Qualidade e Processos Brasil.

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4. REFERÊNCIAS
 ABNT IEC 60050-151:2001 - Vocabulário Eletrotécnico Internacional – Part 151 – Dispositivos
elétricos e magnéticos;
 ABNT IEC 60050-651:1999 – Vocabulário Eletrotécnico Internacional – Part 651 – Trabalhos em Linha
Viva;
 ABNT IEC 60743:2013 – Trabalhos em Linha Viva – Terminologia para Ferramentas, Dispositivos e
Equipamento;
 Código de Ética do Grupo Enel;

 EN 50110-1:2004 - Operation of Electrical Installations;


 SER-HSEQ-HeS-18-0093-INBR - Diretrizes de Qualidade, Segurança, Saúde e Meio Ambiente para
as Empresas da Infraestrutura e Redes Brasil para Empresas Contratadas;
 SER-HSEQ-HeS-20-0228-EDBR - Diretrizes de Perfil de Competências para Composição de
Equipes, Formação Profissional e Capacitação;
 SER-HSEQ-HeS-21-0308-EDBR - Aquisição e Gestão de Equipamento de Proteção Individual e
Coletivo- EPI/EPC;
 IEC60038 - IEC Standard Voltages;
 WKI-HSEQ-HeS-17-0003-INBR - Habilitação de Acesso a Áreas de Risco;

 WKI-HSEQ-HeS-17-0023-INBR - Segurança em Eletricidade;


 WKI-HSEQ-HeS-21-0319-INBR - Aplicação das 5 Regras de Ouro;

 WKI-HSEQ-HES-17-0002-INBR - Aterramento de Redes Desenergizadas;


 WKI-HSEQ-HeS-21-0323-EDBR – Gestão de Trabalho Seguro e Risco Integrado Pré-APR e APR.

 WKI-HSEQ-HSE-17-0015-INBR - Ensaios de Equipamentos Isolados;


 WKI-OMBR-NOM-21-1403-INBR - Manutenção em Redes Energizadas de Distribuição MT/BT;

 WKI-OMBR-OeM-18-0001-EDBR - Comunicação Operativa Brasil;


 WKI-OMBR-OeM-21-1346-EDBR - Diretrizes e Responsabilidades para Trabalhos Programado e
Emergencial em Rede Desenergizada;
 WKI-OMBR-OeM-21-1367-EDBR - Trabalho em Proximidades de Redes Energizadas e Interferência
com Rede Elétricas;
 Instrução Operacional Brasil n°. 1831 - Diretrizes de operação com equipamentos de telecontrole e
modos automatizados, e de operações para gestão de falhas da rede de MT;
 Instrução Operacional Brasil nº. 3340 – Metodologia para Processo de Avaliação de Impacto na
Proteção de Dados;

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 Instrução Operacional Global nº. 1107 – Infraestrutura global e instruções operacionais de redes
sobre atividades de medição e teste
 Instrução Operacional Global nº. 3207 – Requisitos de segurança de infraestrutura e redes globais e
medidas organizacionais para o processo de gerenciamento de interferência e atividades de obras
complexas;
 Instrução Operacional Brasil nº. 3341 – Gerenciamento de Registro de Tratamento de Dados
Pessoais;
 Instrução Operacional Global nº. 944 - Cyber Security Risk Management Methodology;

 ISO 14001: Sistemas de Gestão Ambiental - Requisitos com orientação para uso;
 ISO 45001: Sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional - Requisitos;

 ISO 9001: Sistemas de Gestão da Qualidade - Requisitos;


 Manual RACI de Infraestrutura e Redes Global;

 Norma Regulamentadora Brasileira NR 06: 2018 – Equipamento de Proteção Individual – EPI;


 Norma Regulamentadora Brasileira NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;

 Plano de Tolerância Zero à Corrupção;


 Policy nº. 1042 – Gerenciamento de Incidentes de Segurança de Dados Pessoais;

 Policy nº. 241 – Gestão de Crises e Incidentes Brasil;


 Policy nº. 243 - Segurança da Informação;

 Policy nº. 25 – Management of Logical Access to IT Systems;


 Policy nº. 33 – Information Classification and Protection;

 Policy nº. 344 - Application of the General Data Protection Regulation (EU Regulation2016/679) within
the scope of the Enel Group;
 Policy nº. 347 – Policy Personal Data Breach Management;

 Policy nº. 37 - Enel Mobile Applications;


 Política de Direitos Humanos da Enel;

 Política Integrada de Qualidade, Saúde e Segurança, Meio Ambiente e Anticorrupção;


 Política nº. 441 - Safety Requirements and Organizational Measures During Electrical Works
Guidelines;
 Política Stop Work do Grupo Enel;
 Procedimento Organizacional nº. 1626 – Aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais no
âmbito das Empresas do Grupo Enel;

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 Procedimento Organizacional nº. 34 - Application Portfolio Management;


 Procedimento Organizacional nº. 35 - GDS Initiatives Planning and Activation;
 Procedimento Organizacional nº. 36 - Solutions Development & Release Management;

 Procedimento Organizacional nº. 375, Gestão da Informação Documentada;


 Procedimento Organizacional nº. 551, “Governança de documentos organizacionais relacionados ao
processo”;
 PRODIST - Módulo 6 - Procedimentos Operativos do Sistema de Distribuição;

 Programa de Conformidade Global da Enel (EGCP).

5. POSIÇÃO DO PROCESSO COM RELAÇÃO A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL


Value Chain: Health, Safety, Environment and Quality
Macro Process: Integrated Management System
Process: Integrated Management System

6. SIGLAS E PALAVRAS-CHAVE

Siglas e Palavras-Chave Descrição


Análise Preliminar de Risco - É a metodologia técnica de antecipação do trabalho
a ser executado, permitindo a identificação dos riscos envolvidos, propiciando
APR
condições para controlá-los ou conviver de forma segura quando da realização de
uma atividade
Alta Tensão - Qualquer conjunto de níveis de tensão nominal entre 30/35 kV e 230
kV tensão operacional nominal entre as fases. Nota: O valor limite entre Média
AT
Tensão e Alta Tensão depende das circunstâncias locais e históricas ou do uso
comum.
Baixa Tensão - Qualquer conjunto de níveis de tensão nominal superiores a 50 V
BT
e até 1 kV em Corrente Alternada (CA) / 1,5 kV em Corrente Contínua (CC).
Coberturas protetoras isolante para linhas e redes de MT e BT. Permite a
Cobertura flexível ou
cobertura de condutores, cruzetas, isoladores, estruturas de suporte de fusíveis,
cobertura protetora
e outros elementos de rede.
Parceira (ou Empresa Empresa que executa uma atividade ou parte desta por meio do engajamento de
Contratada) seus recursos humanos, equipamentos e materiais em nome da ENEL BRASIL.
Desenho ou esquemático que visa direcionar as condições/alterações que irão
Croqui ocorrer na instalação elétrica, assim como descrever detalhes da disposição do
local de trabalho (arruamento, traçado da rede, vegetação, e outros detalhes).

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Siglas e Palavras-Chave Descrição


Dado Pessoal é qualquer informação relacionada a pessoa natural identificada ou
identificável, tais como nome, número de identificação, dados de localização, um
Dado Pessoal identificador online ou a um ou mais dos elementos característicos de sua
identidade física, fisiológica, genética, mental, econômica, cultural ou social (veja
também Categorias especiais de dados pessoais).
No contexto de proteção de dados, merece especial atenção a categoria de dado
pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação
a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado
referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado
a uma pessoa natural. Esses dados são definidos pela LGPD como Dados
Pessoais Sensíveis.
 Dados genéticos: dados pessoais relativos às características genéticas,
hereditárias ou adquiridas de uma pessoa física que fornecem informações
Dados Pessoais Sensíveis unívocas sobre a fisiologia ou sobre a saúde de tal pessoa física, e que
(incluindo biométricos e resultam designadamente da análise de uma amostra biológica da pessoa
referentes à Saúde) física em questão;
 Dados biométricos: dados pessoais resultantes de um tratamento técnico
específico relativo às características físicas, fisiológicas ou
comportamentais de uma pessoa física que permitam ou confirmem a
identificação única dessa pessoa, tais como foto, vídeo, imagens da face
ou dados de impressão digital.
Dados relativos à saúde: dados pessoais relacionados com a saúde física ou
mental de uma pessoa física, incluindo a prestação de serviços de saúde, que
revelem informações sobre o seu estado de saúde.
Dispositivo portátil utilizado para detectar e informar ao usuário se um objeto tem
uma carga elétrica de forma confiável e/ou a presença de energia elétrica ou
Detector de tensão
ausência de tensão operacional para verificar se a instalação está pronta para a
aplicação do(s) conjunto (s) de aterramento(s).
Conjunto de componentes usados para interligar condutores para aterramento ou
curto-circuito, ou instalações e redes de aterramento e curto-circuito.
Dispositivo de aterramento Obs. 1: O dispositivo de aterramento e curto-circuito inclui grampos, cabos e
e curto-circuito barras, e possivelmente clusters.
Obs. 2: O dispositivo de aterramento e curto-circuito pode ser do tipo monofásico
ou multifásico.
Pessoa que, mediante salário, põe a sua força de trabalho à disposição de
Empregado comum
outrem.
É considerado profissional legalmente habilitado o empregado previamente
Empregado Habilitado qualificado (comprovar conclusão de curso específico na área elétrica) e com
registro no competente conselho de classe.

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Siglas e Palavras-Chave Descrição


Equipamento de Proteção Coletiva - É o equipamento que é utilizado de forma
EPC coletiva, destinado a proteger a saúde e a integridade física dos profissionais que
trabalham em ambientes que apresentam riscos.
Equipamento de Proteção Individual - É todo dispositivo ou produto, de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes
de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. Um equipamento de proteção
individual pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de
EPI
forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. O uso
deste tipo de equipamentos só deve ser contemplado quando não for possível
tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se
desenvolve a atividade.
Qualquer conjunto de componentes utilizado pelos trabalhadores com o intuito de
Equipamentos
executar uma atividade de trabalho específica.
Estado no qual as partes condutoras encontram-se em potencial elétrico
Equipotencialidade
substancialmente iguais.
General Data Protection Regulation - Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 27 de abril de 2016, relativo à proteção das pessoas
GDPR
naturais, no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre circulação
desses dados; e que revoga a Diretiva 95/46 / CE.
Todos os equipamentos elétricos utilizados na geração, transmissão, conversão,
distribuição e uso de energia elétrica. NOTA: Também estão inclusas fontes de
Instalação elétrica
energia tais como baterias, capacitores e todas as demais fontes de
armazenamento de energia.
Instalação elétrica ou item de uma instalação elétrica que não é objeto das
Instalação elétrica
atividades de trabalho, mas que pode causar um perigo elétrico para os
interferente
empregados que estão executando atividades de trabalho nas proximidades.
Isolar completamente o circuito, abrindo ou desconectando os dispositivos,
criando uma separação física capaz de suportar as diferenças de tensão
previstas entre o dispositivo ou circuito e os demais circuitos.
Isolar Nota: Os condutores protegidos (rede compacta) são considerados condutores
nus para efeito de toque, de modo que quando da execução de manutenção em
condição de rede energizada, eles deverão estar perfeitamente protegidos
através de coberturas isolantes apropriadas para o nível de tensão da instalação.
Lei Geral de Proteção de Dados - Lei Brasileira nº 13.709/18 promulgada em 14
de agosto de 2018, posteriormente alterada pela Lei 13.853/19, que dispõe sobre
o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural
LGPD
ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os
direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da
personalidade da pessoa natural.

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Siglas e Palavras-Chave Descrição


Lugar (es) ou área (s) onde a atividade de trabalho é realizada ou tenha sido
Local de trabalho realizada. No caso de trabalho na rede em condição de rede desenergizada
equivale ao local delimitado pela Zona de Trabalho.
Atividades de Medição Todas as atividades para medir dados físicos dentro de instalações elétricas.
Média Tensão - Qualquer conjunto de níveis de tensão nominal superior a 1 kV e
inferior a um valor entre 30 kV e 100 kV.
MT Nota: O valor limite entre média e alta tensão depende das circunstâncias locais e
históricas ou do uso comum. No entanto, a banda de 30 kV a 100 kV normalmente
contém o limite aceito.
Todas as atividades, incluindo atividades de trabalho necessárias, para permitir o
funcionamento da instalação elétrica.
Operação Nota: Essas atividades incluem assuntos como a mudança, controle,
monitoramento de verificação da instalação elétrica, inspeção e manutenção.
Essas atividades incluem tanto trabalho elétrico e quanto o trabalho não elétrico.
Fonte de possíveis lesões ou danos à saúde na presença de energia elétrica de
Perigo elétrico
uma instalação elétrica.
Documento que especifica as modalidades / etapas de execução segura dos
trabalhos previstos dentro de um Plano de Trabalho, detalhando todas as
informações sobre medidas de segurança, modos de intervenção, os
Plano de Intervenção (PI)
equipamentos a serem utilizados e os EPI a que serão utilizados.
Emitido pela Unidade Responsável pela Execução das atividades e aprovado pela
Unidade Responsável pela Gestão dos trabalhos.
Documento que especifica as operações a serem realizadas na instalação elétrica
(medidas de segurança necessárias), fim de permitir a realização segura das
atividades de trabalho, e as demais informações sobre a configuração da
instalação a serem mantidas durante as atividades de trabalho.
Plano de Trabalho (PT) Em outras palavras, tem o objetivo de planejar e organizar a segurança da
instalação elétrica objeto da atividade de trabalho.
É emitido / validado pela Unidade Responsável pela Gestão das Atividades de
Trabalho e Encaminhado à Unidade Responsável pela Operação para gestão
operativa.
Empregado qualificado e autorizado, presente no local de execução das
atividades, responsável por coordenar as ações dos Encarregados de Trabalho
sob sua responsabilidade, e centralizar as comunicações e autorizações
Responsável pela relacionadas à coordenação das atividades pelo Centro de Operação, bem como
Intervenção exercendo no contexto da intervenção, a função de supervisão. Seu nome deve
estar no Banco de Dados de Pessoal Autorizado.
No caso de trabalhos em rede desenergizada, esta figura assume a identificação
de Responsável pelo Desligamento.

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Siglas e Palavras-Chave Descrição


Rc Raio circunscrito radialmente de delimitação da Zona Controlada.
Risco elétrico Risco de lesões de origem elétrica.
Rr Raio circunscrito radialmente de delimitação da Zona de Risco.
Mecanismos de comunicação que fornecem informações ou instruções sobre
Sinalização de Saúde e
saúde ocupacional e segurança do trabalho por meio uma placa, cor, sinal
Segurança
iluminado ou acústico, comunicação verbal ou sinal manual.
Interligação de partes condutoras que proporcionam uma ligação equipotencial
Sistema de ligação entre estas.
equipotencial Obs.: Se um sistema de ligação equipotencial estiver aterrado, ele fará parte de
um arranjo de aterramento.
Pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de
Titular dos Dados Pessoais tratamento. Ele / ela entendido como uma pessoa natural identificada ou
identificável.
São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os
profissionais habilitados, com anuência formal da empresa. A empresa deve
Trabalhador Autorizado
estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a
abrangência da autorização de cada trabalhador.
É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições,
simultaneamente:
a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado
e autorizado; e
Trabalhador Capacitado
b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado. A
capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições
estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela
capacitação.
Trabalhador qualificado, que foi habilitado pela empresa para realizar o tipo de
trabalho em tensão que vai desenvolver, após a verificação de perfil e passando
Trabalhador habilitado em os testes de conhecimentos e habilidades, sua capacidade de fazê-lo
trabalhos em linha corretamente, de acordo com as instruções de trabalho estabelecidas. A avaliação
energizada é repetida periodicamente conforme regulamentação.
A autorização é concedida por escrito, é renovada periodicamente e é revogada
quando a avaliação não for aprovada.
Trabalho em que o empregado habilitado para tal atividade entra em contato
instalação elétrica (ou parte desta) em condição de rede não desenergizada (rede
energizada ou com risco de ser acidentalmente energizada), de forma deliberada
Trabalho em tensão (rede
ou ingressa na Zona de Risco com partes de seu corpo ou com ferramentas,
energizada)
equipamentos ou dispositivos que ele esteja manuseando.
Obs.: Em baixa tensão, o trabalho em tensão é realizado pelo empregado, quando
este faz contato com partes nuas em tensão. Em média e alta tensão, o trabalho

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Instrução de Trabalho nº. 320
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Assunto: Diretrizes de Segurança e Medidas Organizativas para Atividades com


Risco Elétrico

Áreas de Aplicação
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Siglas e Palavras-Chave Descrição


em tensão é realizado pelo trabalhador quando este entra na Zona de Risco,
independentemente do empregado entrar ou não em contato com partes nuas em
tensão.
Nota: para fins desta Instrução, se considera rede em tensão, toda rede / parte de
rede elétrica na qual não foi implementada as medidas de segurança necessárias
para caracterizar rede como desenergizada (Regras de Ouro).
Atividade de trabalho cuja instalação elétrica liberada para intervenção é
considerada desenergizada, mediante a aplicação sequencial de procedimentos
Trabalho sem tensão (rede
apropriados (05 Regras de Ouro). Estas atividades são executadas após a
desenergizada)
realização de todas as medidas de segurança para evitar o perigo elétrico de
energização.
Toda operação realizada com dados pessoais, como as que se referem a coleta,
produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão,
Tratamento distribuição, processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação,
avaliação ou controle da informação, modificação, comunicação, transferência,
difusão ou extração.
UT Unidade Territorial Operacional (AT, MT e BT).
A Zona de Trabalho é delimitada pela instalação elétrica a qual uma ou mais
equipes estejam realizando serviços programados ou não programados, esta zona
estará protegida através da instalação de aterramentos temporários e sinalizações
Zona de Trabalho
de delimitação de área física de trabalho. Uma Zona de Trabalho sempre estará
contida em uma Zona Protegida, porém mais de uma Zona de Trabalho pode estar
dentro de uma Zona Protegida.
A Zona Protegida é toda área isolada de uma instalação elétrica devido a
atividades programadas ou não programadas, delimitada pelos pontos de
Zona Protegida
seccionamento da instalação elétrica devidamente abertos, impedidos e
sinalizados. Em uma Zona Protegida conterá uma ou mais zonas de trabalho.

7. DESCRIÇÃO DO PROCESSO

7.1 Guia Rápido

REQUISITOS OBRIGATÓRIOS PARA EXECUÇÃO SEGURA DOS TRABALHOS

Como regra geral, toda intervenção (execução de manobra e/ou atividades de reparos) de
qualquer natureza na rede elétrica está condicionada à coordenação prévia com o Centro de
Operação, seguindo o protocolo de comunicação operativa. Não ausência de comunicação
direta da Equipe de execução campo com o Centro de Operação deverá ser estabelecido
Centros Intermediários de comunicação ou garantida as condições de delega de ação (nos
termos deste documento), como condição para a realização da intervenção.

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Todo trabalho executado na rede elétrica, independente da condição e natureza das atividades
(incluindo em suas proximidades), está condicionado a emissão de documentação autorizativa,
bem como deve ser garantido o registro de todos os protocolos de entrega de responsabilidades
entre as figuras envolvidas no processo.
Para todo serviço de campo, deve-se realizar o preenchimento da Análise Preliminar de Riscos
(APR). As medidas de segurança (definição da Zona Protegida / Zona de Trabalho) devem ser
claramente registradas no Plano de Trabalho, analisando todos os possíveis riscos de
interferência, inclusive entre responsabilidades.
Em toda equipe, deve ser definido previamente um representante único (Responsável pela
Intervenção) para realizar a comunicação com o Centro de Operação.
As atividades programadas solicitadas ao Centro de Operação, de qualquer natureza, devem
ser adequadamente planejadas pela Unidade Solicitante (Unidade Responsável pela Gestão
dos Trabalhos).
A execução das atividades programadas deve seguir rigorosamente, o planejamento realizado,
não admitindo adequações no contexto da execução dos trabalhos.
No planejamento da atividade, devem ser observados os requisitos quanto à organização das
equipes:
 Para trabalhos com equipes de UMA MESMA EMPRESA atuando na mesma Zona
Protegida / local de Trabalho: Responsável Supervisor (Responsável pela Intervenção)
da empresa envolvida na execução da intervenção.
Adicionalmente, na definição da figura do Responsável Supervisor (Responsável pela
Intervenção) na situação em pauta deve ser levado em consideração também a
quantidade de equipes envolvidas na atividade, a quantidade de locais de trabalho, bem
como o aspecto logístico (proximidade) entre os locais de trabalho / Zonas de trabalho,
conforme detalhado no documento.
 Para trabalhos com equipes de EMPRESAS DISTINTAS atuando na mesma Zona
Protegida / Local de Trabalho: Responsável Supervisor (Responsável pela Intervenção)
profissional Enel.

Nota: Por empresa, entende-se Parceira (Contratada) ou Unidade Organizativa Enel.

As responsabilidades de cada figura ou Unidade devem ser rigorosamente obedecidas na


execução do trabalho. A substituição das figuras definidas no planejamento inicial da atividade
deve obedecer às determinações deste procedimento, com destaque para necessária garantia
do repasse pleno do contexto situacional do trabalho ao profissional que assume
responsabilidades no trabalho autorizado.

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Aplicar a POLÍTICA DE STOP WORK DO GRUPO ENEL

 Criação de Zona Protegida / Zona de Trabalho / Local de trabalho: Sempre que houver
casos de inconsistência e/ou divergências entre documentações e situação de campo
e/ou rede;
 Extrapolação dos limites de responsabilidades das figuras e/ou áreas;

 Inobservância da documentação autorizativa, responsabilidades e organização do


trabalho definida nos documentos de referência;
 Inobservância do protocolo de comunicação ou comunicação ineficaz;
 Na execução de atividades de reparos de natureza “COMPLEXAS” nos termos do
documento;

 Na execução de atividades de reparos que exija mudança de padrão ou configurações


da rede;
 Planejamento da atividade de forma ineficaz ou incompleta.
Para Trabalhos Programados: qualquer falha no planejamento enseja a paralisação da atividade, exigindo
novo planejamento segundo o rito de programação.
Para Trabalhos Emergenciais: somente podem seguir em frente após a garantia de que podem ser efetuados
com segurança, sendo necessário para tal, a designação de profissional supervisor externo para suporte à
atividade (nos termos deste documento).

REQUISITOS DE DOCUMENTAÇÃO

Trabalhos Programados em regra devem ter também uma análise prévia (Pré-APR), assim
como o Plano de Intervenção (PI) – Responsabilidade da Unidade Responsável pela execução
dos trabalhos.
O Plano de Intervenção (PI) é necessário também para os trabalhos em subestações e redes
de alta tensão, inclusive para trabalho emergencial.
O Plano de Trabalho (PT) é obrigatório para todos os tipos de intervenção. É o documento onde
são definidas as medidas de segurança necessárias para a execução segura dos trabalhos.
No caso de Trabalhos Emergenciais, a formalização do documento consiste nos registros
operativos do Centro de Operação (CO).
Todo trabalho de teste, atividades de medição e prova em rede desenergizada deve apresentar
um Planejamento de trabalho específico.
Deve ser evitado autorização de trabalho em Zonas Protegidas com equipamento/dispositivo
de seccionamento compartilhado. Se estritamente necessário, apenas de forma programada e
com a designação de supervisor específico.

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EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, COLETIVA (EPI, EPC) & FERRAMENTAL

Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção de 1° Nível (Checklist) de todos os
Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva (EPI/EPC).
Somente utilizar os EPI’s, EPC’s & Ferramentais específicos para a realização da atividade em
segurança, de acordo com as classes de tensão de cada circuito de média e/ou baixa tensão.

REDES DESENERGIZADAS - 5 REGRAS DE OURO

 Regra 1: Desligar, Seccionar;


 Regra 3: Constatar, Testar;
 Regra 2: Impedir, Bloquear;
 Regra 4: Equipotencializar, Aterrar;
 Regra 5: Sinalizar, Delimitar.

A utilização das 5 Regras de Ouro é obrigatória


todas as vezes que houver a necessidade de
qualquer tipo de intervenções em Rede Desenergizada. Qualquer intervenção para a qual a
rede não tenha sido colocada nas condições acima, deve ser considerada como trabalho em
rede energizada, exigindo para tanto os requisitos de pessoal, equipamentos e técnicas para
este tipo de atividade.
Cada etapa deve ser cumprida e registrada no APP. O REGISTRO É OBRIGATÓRIO.
A aplicação das regras de Ouro para criação da Zona Protegida e posteriormente Zona de
Trabalho deve ser em conformidade com a Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HeS-21-0319-
INBR- Aplicação das 5 Regras de Ouro, seguindo o protocolo de comunicação operativa
estabelecido na Instrução de Trabalho WKI-OMBR-OeM-18-0001-EDBR - Comunicação
Operativa Brasil.
O não cumprimento das orientações previstas nesta instrução é considerado FALHA
GRAVÍSSIMA;

REDES ENERGIZADAS – TRABALHO EM LINHA VIVA

Antes da execução de serviços em linha viva, providencie o bloqueio do religamento


automático.
Para trabalhos em linha viva em rede MT, deve ser garantida a extração da função
religamento automático em toda a cadeia elétrica à montante do local de trabalho, até
o interruptor da subestação.

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Observar as distâncias mínimas de segurança para a execução de trabalhos nas


proximidades das instalações elétricas energizadas não isoladas, medidas desde o ponto
mais próximo com tensão até qualquer parte extrema do trabalhador, como seu próprio corpo,
ferramentas ou elementos que estejam sendo utilizados nos movimentos voluntários ou
acidentais.

# ACIDENTE ZERO, NOSSO COMPROMISSO DE TODOS OS DIAS

LEMBREM-SE: Os Procedimentos de Segurança são ferramentas de gestão que têm


como intuito e/ou objetivo em garantir a integridade física de nossos empregados próprios e
parceiros, definindo regras e/ou etapas de segurança e operacionais, a serem seguidas.
Vale ressaltar que os Procedimentos de Segurança devem estar sempre disponíveis para
consulta, e a disponibilidade não exime a realização de treinamentos específicos para a
execução das atividades.
O conhecimento deste documento não dispensa a leitura e/ou interpretação da Instrução de
Trabalho na íntegra, e tem caráter de suporte ilustrativo para os pontos críticos da atividade.

7.2 Planilha de Perigos e Riscos

Este documento descreve o processo de autorização e organização do Trabalho nas redes elétricas AT, MT
e BT. Os perigos e riscos relativos às atividades do processo encontram-se detalhados nas correspondentes
Instruções de Trabalho que descrevem a atividade em detalhe.

7.3 Considerações Preliminares

As Unidades, funções de trabalho e documentação definidas nesta Instrução de Trabalho são consideradas
necessárias para a realização das atividades, identificadas dentro da estrutura Organizativa I&N. Em qualquer
caso, estas devem ser claramente identificadas quando estes tipos de atividades forem realizados.
Esta Instrução de Trabalho juntamente com aquelas outras que complementam o escopo do conteúdo, devem
servir de referência mínima em caso de informações a serem fornecidas às empresas contratadas e
subcontratadas que compartilhem o mesmo tipo de atividades em Infraestruturas e Redes Brasil.
A identificação de perigos elétricos e a avaliação subsequente são os primeiros passos obrigatórios para
avaliar os riscos relacionados e, portanto, para gerenciar atividades em condições seguras / controladas.
Uma avaliação dos riscos elétricos deve considerar pelo menos os seguintes elementos:
 Condições meteorológicas (chuva, vento, descargas atmosféricas, luminosidade e outros) e sua
evolução;
 Conformidade com a legislação pertinente, em particular os regulamentos e normas de trabalho
elétrico;
 Documentos exigidos (definidos pela legislação local e pela Enel);
 Duração e horário do trabalho;

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 Equipamentos de proteção individual (EPI) e coletivos (EPC), equipamentos e ferramentas


necessários;
 Identificação e avaliação de perigos, e consequentemente medidas eficazes de controle;

 Interferências, em particular com outras atividades ou instalações não incluídas no âmbito dos
trabalhos, assim como entre responsabilidades;
 Nível de competência exigido para as atividades;

 Nível de supervisão exigido;


 Procedimentos de emergência, evacuação e resgate.

A complexidade da instalação elétrica ou de parte desta, deve ser avaliada em todas as intervenções, pelo
Responsável designado pela Intervenção, antes do início da atividade.
A avaliação da complexidade da instalação elétrica para atividades programadas em condição normal é
formalizada por meio da Análise Preliminar de Risco prévia à execução de cada atividade (Pré-APR e/ou
APR), apontando os potenciais riscos e possíveis dificuldades que podem ser encontradas por qualquer
empregado envolvido, em termos de Instrução de Trabalho à sua disposição, equipamentos, treinamento e
experiência. Em relação às atividades programadas urgentes, apesar de não ser possível a realização da
visita previa / Pré-APR em todos os casos, sempre que possível deve ser priorizado a realização.
Para as atividades emergenciais (e programados urgentes sem visita prévia), esta avaliação se dá em geral
através da realização da APR nos instantes antes da realização da intervenção, em todo caso, realizada de
forma a obter uma análise mais exaustiva possível dos riscos e correspondentes medidas de controle.
Tanto nos trabalhos programados (AT/MT/BT), quanto nos trabalhos de emergência para o nível de tensão
AT, a complexidade da instalação é ratificada no correspondente Plano de Intervenção (PI), onde serão
detalhadas todas as etapas da atividade a ser realizada na rede elétrica.
A preparação das atividades de trabalho a ser realizadas em instalações elétricas em qualquer condição
(definição das medidas de segurança) devem ser sempre registradas por escrito pela Unidade Responsável
por esta atribuição. De forma prioritária devem ser planejadas com antecedência (trabalho programado),
respeitando as particularidades de cada atividade, com a elaboração e emissão da documentação descrita
neste documento e Instruções correlacionadas ao tema.
No planejamento da atividade e na correspondente avaliação dos riscos deve ser levado em consideração os
conceitos de Zona Controlada (ZC) e Zona de Risco (ZR) conforme detalhados a seguir:

Tabela 01 - Descrição de Zona Controlada e Zona de Risco

Descrição Ilustração
Zona Controlada - Todas as atividades de trabalho em que um trabalhador entra com
ZC parte de seu corpo, uma ferramenta ou com qualquer objeto na zona de controle, sem
ingressar na zona de risco.
ZR Zona de Risco - Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive

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Descrição Ilustração
acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja
aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e
instrumentos apropriados de trabalho; Espaço ao redor de partes energizadas nas quais o
nível de isolamento para evitar perigo elétrico não é garantido ao chegar ou entrar nele sem
medidas de proteção.
O limite externo da Zona de Risco (ZR) em tensão é identificado como Raio circunscrito
radialmente de delimitação, Rr e Rc.

Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre.

Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco (controlada e livre), com


interposição de superfície de separação física adequada.

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Descrição Ilustração

Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre

7.3.1. Papeis e Responsabilidades

Os profissionais envolvidos na realização da atividade de trabalho específica devem ter o perfil e habilitação
profissional adequado PARA CADA TIPO DE ATIVIDADE, em conformidade com as Especificações Técnicas
de Serviços - SER-HSEQ-HeS-18-0093-INBR - Diretrizes de Qualidade, Segurança e Saúde da Infraestrutura
e Redes Brasil para Empresas Contratadas e SER-HSEQ-HeS-20-0228-EDBR - Diretrizes de Perfil de
Competências para Composição de Equipes, Formação Profissional e Capacitação, e a Instrução de Trabalho
WKI-HSEQ-HeS-17-0003-INBR - Habilitação de Acesso a Áreas de Risco.
Todos os itens de habilidades profissionais, autorização para trabalho (com e sem tensão), treinamentos
teórico e prático, devem ser reconhecidos e executados de acordo com as disposições desta Instrução de
Trabalho, e em conformidade com a Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HeS-17-0003-INBR - Habilitação de
Acesso a Áreas de Risco.
O processo de formação para a aquisição de competências profissionais para uma tarefa específica e/ou para
a capacidade de trabalho em tensão (todos os métodos desta modalidade de trabalho) deve ter como objetivo
a obtenção dos conhecimentos técnicos e profissionais adequados, através de módulos de formação teórica,
formação prática em ambiente controlado e coaching em situações reais de trabalho.

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Em relação aos conhecimentos mínimos para cada tipo de habilitação profissional, estes constam na
Especificação Técnica de Serviços SER-HSEQ-HeS-20-0228-EDBR - Diretrizes de Perfil de Competências
para Composição de Equipes, Formação Profissional e Capacitação, que devem ser adquiridos para a
obtenção do perfil de empregado qualificado ou instruído, tal como definido no presente documento.
As condições e os modos para reconhecer a habilitação para exercer cada função definida para o processo
constam nas Especificações Técnicas de Serviços - SER-HSEQ-HeS-18-0093-INBR - Diretrizes de
Qualidade, Segurança e Saúde da Infraestrutura e Redes Brasil para Empresas Contratadas e SER-HSEQ-
HeS-20-0228-EDBR - Diretrizes de Perfil de Competências para Composição de Equipes, Formação
Profissional e Capacitação.
Todas as atividades de formação devem ser documentadas, os registros controlados em conformidade com
as normas Enel aplicáveis, e devem incluir uma avaliação do nível de compreensão, devendo ser aplicado
também com ação de complementação e reciclagem, periodicamente bem como sempre que houver alteração
relevante nos procedimentos.
São reconhecidos os seguintes perfis profissionais, conforme definidos neste documento:
 Empregado Instruído;

 Empregado Qualificado.

O perfil profissional é adquirido e depois reconhecido para atividades específicas a realizar (uma tarefa): por
exemplo, um empregado qualificado para atividades de manutenção das redes de média tensão (MT) e baixa
tensão (BT), ou um empregado instruído para a execução de atividades de inspeção e operação nas
instalações eléctricas de alta tensão (AT), média tensão (MT) e baixa tensão (BT).
As condições de empregado qualificado ou instruído para a execução de trabalhos elétricos são condições
mínimas preliminares e correspondem a perfis profissionais específicos. Os requisitos para estes perfis são
baseados nos seguintes 03 (três critérios) fundamentais:
 Educação / treinamento: refere à compreensão das instalações eléctricas relativas à sua atividade
profissional, às regras e normas de segurança conexas e aos perigos associados aos trabalhos
elétricos a executar;
 Experiência profissional adquirida: refere ao conhecimento das situações que caracterizam
determinadas tipologias de trabalho, incluindo aquelas não recorrentes;
 Características pessoais: são relativas às qualidades de equilíbrio, atenção, precisão e confiabilidade.

O profissional deve satisfazer todos os critérios acima mencionados para ser definido como um empregado
qualificado.
O profissional pode já possuir as competências necessárias para a atribuição do perfil (formação/experiência
prévia) e, por conseguinte, pode não necessitar de eventual processo de formação específico. Neste caso,
estas competências devem ser avaliadas antecipadamente, com referência às competências mínimas
esperadas descritas neste documento, a fim de provar a posse efetiva do conhecimento necessário.

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Um profissional é definido como um empregado instruído, se não cumprir integralmente todos os critérios
acima mencionados, porém cumprir cada um deles pelo menos parcialmente, e em qualquer caso a um nível
básico. Diz respeito a um perfil profissional em evolução para a condição de empregado qualificado de acordo
com a atividade de trabalho específica a ser realizada.
Se um profissional ainda não possuir os conhecimentos mínimos para qualificá-lo como empregado
qualificado ou ainda Instruído, estes devem ser adquiridos através de atividades de formação que devem ser
documentadas e incluir uma avaliação do nível de compreensão, em conformidade com a Instrução de
Trabalho WKI-HSEQ-HeS-17-0003-INBR - Habilitação de Acesso a Áreas de Risco.
Um empregado é considerado um empregado comum se não satisfizer os critérios mencionados para
qualificá-lo como profissional Instruído.
Tendo em conta os requisitos pessoais exigidos aos empregados para o reconhecimento dos perfis
profissionais, as condições adjudicadas a empregados qualificados ou instruídos podem também falhar ao
longo do tempo se, para um determinado tipo de trabalho elétrico, um profissional deixar de satisfazer esses
requisitos.
A complexidade da instalação elétrica objeto da atividade de trabalho e a natureza da atividade de trabalho
devem ser avaliadas antes do início da atividade, de modo que entre outros aspectos relevantes a serem
considerados, seja feita a escolha adequada dos empregados com o perfil adequado para todas as figuras
definidas para o processo, e que estejam todos para tanto, habilitados.
Toda intervenção da rede elétrica AT, MT e BT em qualquer condição deve ser confiada ao um profissional
qualificado e habilitado designado no Plano de Trabalho, Responsável pela Intervenção.
Para a execução do trabalho em tensão (rede energizada / não isolada), o profissional deve possuir as
aptidões técnicas e práticas (conhecimentos teóricos e experiência prática) para realizar o trabalho específico,
bem como também estar apto e autorizado para a sua execução, sendo esta autorização de acordo com o
nível de tensão de instalação que é objeto da atividade de trabalho. A capacidade de trabalhar em tensão
também implica um conjunto de qualidades pessoais que o profissional deve possuir.
A condição de empregado habilitado ou instruído, bem como a capacidade de trabalho em tensão em todos
os níveis de tensão, deve ser revista periodicamente, com frequência definida na Especificação Técnica de
Serviços SER-HSEQ-HeS-20-0228-EDBR - Diretrizes de Perfil de Competências para Composição de
Equipes, Formação Profissional e Capacitação, obedecendo as normas e regulamentações brasileiras
aplicáveis.
No que diz especificamente às figuras envolvidas no processo de planejamento, autorização e execução dos
trabalhos em rede desenergizada (sem tensão), tanto o detalhamento do processo quanto as correspondentes
funções de cada figura estão descritos na Instrução de Trabalho WKI-OMBR-OeM-21-1346-EDBR - Diretrizes
e Responsabilidades para Trabalhos Programado e Emergencial em Rede Desenergizada.
As figuras em referência e suas respectivas atribuições são igualmente aplicáveis aos trabalhos em rede na
condição energizada, resguardada os devidos ajustes decorrentes da particularidade de cada tipo de
intervenção.

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7.3.2. Comunicação Operativa

Os meios a serem adotados para as comunicações durante os trabalhos, as diretrizes para uma comunicação
eficaz bem como os protocolos específicos a serem observados estão definidos na Instrução de Trabalho
WKI-OMBR-OeM-18-0001-EDBR - Comunicação Operativa Brasil.
Vale destacar que a aplicação das medidas de segurança, em especial das Regras de Ouro para autorização
de trabalho em condição de rede desenergizada deve seguir o protocolo de comunicação estabelecido,
garantindo inicialmente a criação adequada da Zona Protegida e posteriormente da (s) Zona (s) de Trabalho
no interior da primeira.

7.3.3. Local de Trabalho

A localização e a demarcação do local de trabalho em campo são ações obrigatórias em todos os tipos e
condições de trabalho, bem como de níveis de tensão, sendo responsabilidade direta do Responsável
designado pela execução da atividade. No caso de trabalhos em rede desenergizada esta atribuição é
exercida pelo Encarregado de Trabalhos definido por cada Zona de Trabalho, sob a vigilância do
correspondente Responsável pelo Desligamento. Para trabalhos em tensão, esta atribuição também recai
sobre o Encarregado de Trabalhos designado no Plano de Trabalho, responsável pela condução da
intervenção no local dos trabalhos, igualmente sob vigilância do correspondente Responsável pela
Intervenção.
Em todo caso, os riscos associados ao contexto do local de trabalho devem ser previamente identificados
(Análise Preliminar de Riscos – APR), analisados e mitigados / eliminados. Adicionalmente devem ser
observadas as diretrizes estabelecidas na Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HSE-17-0086-INBR- Sinalização
Viária.
A organização dos trabalhos para intervenção em redes elétricas é um fator importante a ser observado
especialmente quando houver duas ou mais equipes a intervir na mesma Zona Protegida, observado também
a quantidade de equipes envolvidas na intervenção e aspecto logístico (distância entre locais de trabalhos).
No que diz respeito às disposições sobre a organização das equipes para trabalhos em rede desenergizada,
as diretrizes estão ratificadas e detalhadas na Instrução de Trabalho WKI-OMBR-OeM-21-1346-EDBR -
Diretrizes e Responsabilidades para Trabalhos Programado e Emergencial em Rede Desenergizada.
Ao localizar o local de trabalho, o responsável designado (Encarregado de Trabalhos) deve adotar medidas
para controle dos riscos elétricos e não elétrico associados a esta área (APR), registrando a análise dos riscos
elétricos em meio físico ou digital em conformidade com a Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HeS-21-0323-
EDBR – Gestão de Trabalho Seguro e Risco Integrado Pré-APR e APR, assim como aplicando as
determinações da Instrução de trabalho WKI-HSEQ-HeS-21-0319-INBR - Aplicação das 5 Regras de Ouro,
incluindo para os trabalhos tipo programados.
O local de trabalho deve ser registrado nos controles do correspondente Centro de Operação responsável
pela operação da instalação objeto da intervenção, e representado nos Sistemas de operação da rede elétrica.
Em trabalhos sem tensão (rede desenergizada), a Zona de Trabalho deve ser suficientemente ampla, de
modo a permitir a realização dos trabalhos sem riscos devido a proximidades de outros elementos em tensão
(ou com possibilidade ainda que eventual de serem energizados). Para isto, caso haja rede energizada em

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Assunto: Diretrizes de Segurança e Medidas Organizativas para Atividades com


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proximidade que comprometa a execução da atividade ou ofereça risco à segurança, esta deve ser
desenergizada e colocada em condições de segurança. Caso contrário, a metodologia para os trabalhos no
local de trabalho (Zona Controlada) deve ser aplicada considerando a rede em tensão – em conformidade
com as diretrizes descritas na Instrução de Trabalho WKI-OMBR-O&M 21-1367-INBR - Trabalho em
Proximidade de Redes Energizadas e Interferência com redes elétricas, para evitar que a Zona de Risco seja
alcançada. Adicionalmente, deve ser sempre garantida a máxima equipotencialização da rede e seus
elementos (condutores fase, condutor neutro e estruturas de rede).
Para serviço programado se estas condições acima não foram previstas no correspondente Plano de
Trabalho, este serviço deve ser cancelado.
Após a liberação da atividade, a condição da instalação elétrica localizada no local de trabalho não deve ser
modificada. A instalação elétrica deve estar na condição prevista para que o trabalho seja executado de
maneira segura. Qualquer necessidade de alteração: em se tratado de trabalhos programados, a falha no
planejamento ensejará o cancelamento da programação. Já para trabalhos tipo emergencial, exigirá um novo
planejamento completo da atividade, ainda que no contexto de tempo real [Realização de novo procedimento
APR, readequação da documentação (destacando a alteração e correspondente impacto na realização do
trabalho), representação nos sistemas operativos e realinhamento entre as figuras envolvidas]. De acordo
com a complexidade do contexto em campo e da atividade, deve ser mobilizado supervisor externo, para
suporte nas análises e decisões, nos termos desta Instrução de Trabalho.
Somente pessoas autorizadas devem acessar o local de trabalho, sendo responsabilidade do Encarregado
de Trabalhos garantir tal controle. Vale ressaltar que para os trabalhos programados, no início das atividades
autorizadas na rede elétrica, cada Encarregado de Trabalhos envolvido deve garantir o devido recolhimento
dos cartões de vida dos membros de sua equipe, como medida de controle sobre o pessoal com acesso
autorizado ao local de trabalho. Obviamente o mesmo controle deve ser realizado quando da anulação /
devolução do local de trabalho ao Centro de Operação para normalização da rede. As diretrizes deste
procedimento estão detalhadas na Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HSE-17-0003-INBR - Habilitação de
Acesso a Áreas de Risco.
Dado as características e dinâmica das atividades de trabalho emergencial, enquanto à espera de uma
solução digital para suporte no controle em questão, não é obrigatório a recolha dos cartões de vida dos
membros da equipe pelo Encarregado de Trabalho, não eximindo-o, no entanto, de garantir mecanismos de
controle eficaz sobre o pessoal sob sua responsabilidade.
Todos os envolvidos na execução das atividades de trabalho autorizados devem constar em uma base de
dados devidamente controlada pelas Unidades de Gestão de Parceiros e HSEQ, com acesso para consultas
viabilizado por qualquer figura relevante do processo, sobretudo ao Centro de Operação e Unidade
Responsável pela gestão das atividades.
A liberação das instalações ao Responsável designado pela Intervenção, assim como o ato de devolução da
instalação elétrica após a execução das atividades autorizadas devem ser registradas nos sistemas
operativos do correspondente Centro de Operação responsável pela operação da instalação objeto da
intervenção. Adicionalmente, todas as ações de delegação e transferência de responsabilidades no âmbito
do trabalho autorizado devem ser registradas por escrito entre as partes (sempre registradas no Plano de
Intervenção, onde aplicável), com a correspondente comunicação da situação ao Centro de Operação
(igualmente registrado no Plano de Trabalho).

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No que diz especificamente ao processo de planejamento, autorização e execução dos trabalhos em rede
desenergizada (sem tensão), tanto o detalhamento do fluxo do processo, definição das figuras envolvidas e
correspondentes funções, documentação aplicável e demais requisitos aplicáveis, estão descritos na
Instrução de Trabalho WKI-OMBR-OeM-21-1346-EDBR - Diretrizes e Responsabilidades para Trabalhos
Programado e Emergencial em Rede Desenergizada.

7.3.4. Ações Operativas em Equipamentos (Manobras)

Como regra geral, todas as manobras em regime normal, de urgência ou emergência nas redes elétricas AT,
MT e BT devem ser realizadas sob as ordens do Centro de Operação correspondente.
Apenas em situações específicas, é admitido exceções:

 Manobras de urgência, realizadas por profissionais conhecedor da instalação e equipamento


envolvido, diante de riscos graves iminente, em que não se admite o tempo mínimo para coordenação
prévia com o Centro de Operação. Neste caso, a intervenção pode ser realizada, se limitando
unicamente ao comando de abertura do equipamento para eliminar a situação de risco, informando
de imediato a situação em detalhes ao correspondente Centro de Operação.

 Ações de Operação delegada, excepcionais, expressamente definidas e limitadas unicamente às


condições prévias acordadas com o Centro de Operação. A excepcionalidade das ações de operação
delegadas se aplica:
o Quando da impossibilidade de estabelecimento, no contexto da ação operativa, de
comunicação direta entre Centro de Operação e equipes em campo. A ação delegada pode
ser direta com a equipe de campo, ou através de centros intermediários, prévio e devidamente
constituído pelo Centro de Operação;
o Despacho “em lista” (inclui atividades despachadas de forma automática) para ações de
testes (limitado unicamente ao teste de normalização, após inspeção prévia, seguindo as
diretrizes para manobra conforme o tipo do equipamento) em elementos de proteção não
supervisionados (exemplo, chaves fusíveis), em contexto de emergência na operação da rede
elétrica.
o Nas atividades de manutenção (programado / emergencial) envolvendo apenas unidades
consumidoras (a partir do ponto de conexão do ramal de ligação). A aplicação das medidas
de segurança neste caso também é responsabilidade autônoma das equipes envolvidas.
Caso necessário a colocação da rede BT em condição de rede desenergizada (aplicação das
Regras de Ouro), ou ainda envolvimento de ações na rede MT, se faz necessário a
coordenação com o Centro de Operação, seguindo o protocolo de comunicação estabelecido.

As ações delegadas devem ser registradas previamente por escrito, com transmissão através de ferramenta
de comunicação disponível (e confirmação de recebimento).
Para o caso de comunicação telefônica, a ação ou comando emitido pelo Centro de Operação deve ser
registrada por escrito pela parte receptora no meio à sua disposição (Identificação da Instalação e
equipamento, ação de comando, condições associadas, e demais informações relevantes repassadas pelo
Centro de Operação), e sempre, confirmado as informações escritas, conforme diretrizes para comunicação

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operativa eficaz constantes na Instrução de Trabalho WKI-OMBR-OeM-18-0001-EDBR – Comunicação


Operativa Brasil.
É vedada a delegação de ações de manobras e autorizações de intervenção em uma mesma ação.

7.3.5. Ferramentas, Equipamentos e Dispositivos

As ferramentas, equipamentos e dispositivos devem cumprir os requisitos impostos pelas Normas Nacionais
e Internacionais, conforme aplicável. Dependendo do nível de tensão, determinados elementos devem ser
aprovados, certificados, ou periodicamente testados (equipamento calibrado) e verificados, se exigido pelas
Normas Técnicas aplicáveis. Consequentemente, eles devem ser devidamente identificados e acompanhados
da documentação que indique que estão em bom estado de funcionamento.
Para testes de isolação elétrica deve ser atendida a Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HSE-17-0015-INBR -
Ensaios de equipamentos isolados.
Cada Encarregado de Trabalhos deve verificar os equipamentos, ferramentas, veículos, máquinas e demais
itens a serem empregados na atividade, sendo sua responsabilidade controlar as condições adequadas de
funcionamento e emprego, comunicando a necessidade de recuperar ou substituir qualquer material,
ferramenta ou dispositivo que não possa ser utilizado adequadamente. No entanto, cada profissional (pessoal
operativo) envolvido na atividade também tem responsabilidade concomitante, devendo verificar sempre,
antes de iniciar qualquer trabalho, se os equipamentos, ferramentas e equipamento de proteção individual
(EPI) e coletivos (EPC) usados estão nas condições adequadas, e reportar ao correspondente Encarregado
de Trabalhos qualquer observação relevante, especialmente sob a ótica da segurança.

7.4 Documentação Relativa ao Trabalho

Todo trabalho executado na rede elétrica, independente da condição e natureza das atividades, está
condicionado a emissão de documentação autorizativa, bem como deve ser garantido o registro de todos os
protocolos de entrega de responsabilidades entre as figuras envolvidas no processo.
Prioritariamente, os trabalhos na rede elétrica devem ser executados condicionados a um planejamento prévio
específico, ainda que não atenda os prazos estabelecidos para atividades programadas de natureza normal.
As evidências de realização do planejamento das atividades devem ser registradas em documentação
específica, conforme detalhado a seguir.
Como regra geral, a documentação relacionada à organização e autorização dos trabalhos deve ser distinta
em se tratando de trabalhos em rede desenergizada versus trabalho em rede energizada (em tensão), com
planejamento específico para cada uma delas. A definição do tipo de Plano de Trabalho (em tensão / sem
tensão) está associado à condição requerida para rede objeto da intervenção.
No entanto, podem ocorrer situações particulares em que as duas condições de trabalho podem ser
necessárias de forma conjunta / correlacionada (ainda que para trabalhos programados), sendo que nestes
casos, a utilização da documentação autorizativa e a organização do trabalho pode ser estruturada conforme
abaixo, considerando a realidade da operação nas empresas Brasil:
 Trabalho em rede desenergizada, porém com intervenção em rede energizada (em tensão) como
ação necessária para constituição de Zona Protegida, em instalações de mesmo nível de tensão:

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Plano de Trabalho único em rede desenergizada, emitido pela Unidade interessada na intervenção,
constando o detalhamento e sequenciamento das atividades a serem realizadas para criação da Zona
Protegida (e posterior anulação), incluindo a intervenção em rede energizada. Na emissão do Plano
de Trabalho deve estar claro a necessidade de intervenção em linha viva como requisito para criação
da Zona Protegida, com a designação nominal de responsáveis por ambos os locais de trabalho
(Encarregados de Trabalhos). Todas as atividades de trabalho previstas no Plano de Trabalho devem
estar sob a responsabilidade de um Responsável pelo Desligamento único, formalmente identificado
no documento autorizativo, que por responsabilidade da atribuição, deve se fazer presente durante
toda a duração do trabalho.

Exemplo: abertura (e posterior fechamento) de jamper em derivação MT para constituir Zona Protegida,
evitando a desenergização de parte troncal da rede.

Figura 01 - Gráfico da correlação entre trabalhos rede desenergizada versus rede energizada – Aspecto documental

Convém destacar que no contexto da operação, as ações de abertura de jamper na rede elétrica são
executadas seguindo os procedimentos de manobras. Adicionalmente, é valido mencionar que nas redes
aéreas, o secionamento por meio da abertura de jamper é considerado efetivo, após um distanciamento
mínimo entre as partes seccionadas, equivalente ao cumprimento do isolador da rede em questão.
Adicionalmente, medidas devem ser tomadas nestes casos, para evitar contatos acidentais e fortuitos,
produzidos pelo vento ou movimentação mecânica dos cabos.
 Trabalho em rede energizada (em tensão) condicionado ao desligamento da rede no nível de tensão
inferior, associada ao local de trabalho: Plano de Trabalho único em rede energizada, emitido pela
Unidade interessada na intervenção, constando o detalhamento e sequenciamento das atividades a
serem realizadas, incluindo a criação / anulação da Zona Protegida na rede no nível de tensão inferior.
Na emissão do Plano de Trabalho deve estar claro a necessidade de colocação da rede associada

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em condição desenergizada, como requisito para a segurança dos trabalhos. Todas as atividades de
trabalho previstas no Plano de Trabalho devem estar sob a responsabilidade de um Responsável pela
Intervenção único, formalmente identificado no documento autorizativo, que por responsabilidade da
atribuição, deve se fazer presente durante toda a duração do trabalho.
Exemplo: substituição de postes em condição de rede MT energizada, exigindo, porém, para tal
atividade, o desligamento da rede BT associada.
 Trabalho em rede desenergizada (sem tensão) condicionado à implementação de ações de
segurança na rede energizada em nível de tensão superior à tensão da rede objeto da intervenção
(zona de interferência): Plano de Trabalho único em rede desenergizada, emitido pela Unidade
interessada na intervenção, constando o detalhamento e sequenciamento das atividades a serem
realizadas, incluindo as medidas de segurança necessárias para serem implementadas na rede
associada.
Neste caso específico, as condições seguras para a execução dos trabalhos estão detalhadas na
Instrução de Trabalho WKI-OMBR-OeM 21-1367-INBR - Trabalhos em Proximidade de Redes
Desenergizadas e Interferência entre redes elétricas, para evitar que a Zona de Risco seja alcançada.
Exemplo: Intervenção com desligamento em rede BT, porém com rede MT associada em tensão,
porém com restrição quanto à operação dos dispositivos de religamento automático dos interruptores
à montante do local de trabalho (desabilitados).

Em tais casos, onde estão envolvidas equipes especializadas em trabalhos de natureza distintas (rede
energizada e rede desenergizada), caso a supervisão e coordenação dos trabalhos (Responsável pela
Intervenção) venha a ser exercida por um dos Encarregados de Equipe relacionados na atividade, esta função
é atribuída ao profissional responsável pela atividade principal do Plano de Trabalho. Assim sendo, caso o
trabalho seja dentro de uma Zona Protegida / Zona de Trabalho, a função é assumida pelo responsável pela
equipe executora da atividade em rede desenergizada. Por sua vez, caso o trabalho principal seja em linha
viva (com o desligamento apenas como condição para viabilização do trabalho principal), a função é assumida
pelo responsável pela equipe executora da atividade em rede energizada.
Em todas as autorizações de trabalho, a condição de realização da intervenção deve ser analisada de forma
criteriosa na fase de planejamento e aprovação dos trabalhos, ainda que se tratar de trabalhos autorizados
em condição de emergência. A prioridade é por gerenciar trabalhos correlacionados, em condição
programada.
Na emissão do Plano de Trabalho em qualquer das situações mencionadas, deve estar claro todas as
medidas de segurança adicionais para realização dos trabalhos em segurança, mencionando de forma clara
além das medidas de segurança, a sequência de implementação destas (ou ressaltando a necessidade de
observância do protocolo de comunicação operativa), o local exato da atividade e o tipo de cada intervenção.
Para cada atividade, equipes adequadas com pessoal qualificado, ferramentas e maquinários específicos
devem ser designados. No caso de emissão de Planos de Trabalhos específicos para cada tipo de intervenção
(rede em tensão versus rede sem tensão), deve ser garantido a vinculação entre ambos os documentos,
assim como a vinculação entre as atividades nestes previstas, inserindo condicionantes claros na execução
sequencial das atividades. Em todo caso, deve ser designado a figura responsável pela supervisão e
coordenação de ambas as atividades (Responsável pela Intervenção).

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Em relação à responsabilidade pela aprovação de Plano de Trabalho (gestão operativa) que envolver
intervenção em instalações de diferentes níveis de tensão, e tais instalações forem operadas por Centros de
Operação distintos, a aprovação do documento deve envolver ambos os Centro de Operação (ou unidades
de Pré-Operação), de acordo com o limite de suas correspondentes atribuições, porém sob coordenação do
Centro de Operação responsável pela rede de maior nível de tensão.
Exemplos: trabalhos sem tensão na rede BT, porém exigindo desligamento de parte de rede MT ou ainda
com intervenção em tensão no nível MT. A exceção é quando a intervenção na rede de nível de tensão
superior à rede objeto da intervenção, não envolver manobras, e sim apenas ações de gestão operativa
(exemplo, extração da função de religamento automático), situação que é então coordenada pelo Centro de
Operação responsável pela rede objeto da intervenção, ainda que em nível de tensão inferior.
Uma cópia do Plano de Trabalho deve ser encaminhada para ambos os Centros de Operação.
Intervenções na rede elétrica de natureza diária (não contínua) devem considerar a emissão de um Plano de
Trabalho para cada dia de trabalho previsto, admitindo também a implementação de um controle específico
e diário sobre as medidas de segurança, vinculado ao Plano de Trabalho, a ser validado antes do início das
atividades solicitadas, durante o período de vigência da programação. Tal condição deve ser cumprida, ainda
que as informações de segurança e responsabilidade permaneçam inalteradas ao longo do período da
sequência de intervenções.
Como já mencionado no documento, um dos requisitos a ser validado no protocolo de autorização dos
trabalhos diz respeito à data e duração da intervenção, devendo ser cancelado pelo Centro de Operação a
programação solicitada fora do escopo do planejamento. Porém, no caso específico de Intervenção em rede
energizada, considerando a dinâmica dos trabalhos e necessidade de otimização das ações de processo, é
permitido a autorização do Plano de Trabalho programado (Normal e Urgente para os quais foram efetuadas
visita prévia no local de trabalhos / Pré-APR) em até 05 dias corridos, após a data de encerramento previsto
no documento (sempre, mediante análise prévia sob a ótica da operação em tempo real), mantida todas as
demais condições do planejamento inicial.
Ainda sob a ótica da otimização das atividades, é admitido a possibilidade de aproveitamento (duplicação) do
documento referente aos Planos de Trabalho programado, tanto em rede energizada quanto em rede
desenergizada (Normal e Urgente para os quais foram efetuadas visita prévia no local de trabalhos / Pré-
APR), por até 30 dias após a data prevista para conclusão da programação original. Neste caso, deve ser
observado que a nova data de execução deverá estar condicionada ao tempo de validade da correspondente
Pré-APR, e que a duplicação do formulário recompilado, deve gerar novo número identificativo. Caso não
atenda este critério, o processo deverá ser retomado às etapas iniciais, entrando novamente na esteira de
programação, segundo o fluxo padrão.

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Figura 02 - Possíveis status que o Plano de Trabalho pode assumir no contexto da tramitação End-to-End

Nos acessos às instalações elétricas (subestações e redes), para as atividades sem intervenção direta na
rede, ou que não envolvem acesso ou risco de acesso à zona de risco (situações em que está assegurado o
atendimento à distância mínima de segurança), não se faz necessário o uso do Plano de Trabalho (rede
desenergizada / rede energizada), exigindo, porém, a autorização prévia para realização dos trabalhos por
meio de Ordem de Serviço (ou Ordem de Trabalho), conforme modelo adotado em cada Área de Concessão
I&N.
Exemplo de atividades que se enquadram neste quesito: inspeções termográficas, limpeza de faixa, limpeza
de pátio, coleta de amostras de óleo de transformadores de força, instalação de equipamentos em estruturas
da rede elétrica (telecontrole, bancos de capacitores entre outros), e outras ações similares.
Tanto a Empresa parceira / Unidade Enel de Execução quanto à Unidade Enel responsável pela Gestão das
atividades necessárias na rede elétrica (programado e emergencial) devem manter registros de toda a
documentação aplicável no processo de autorização das intervenções na rede elétrica, por tempo mínimo de
05 anos (Planos de Intervenções, Planos de Trabalhos, Análises de Intervenções e APR).
De um modo genérico, as etapas de execução dos trabalhos na rede são apresentadas a seguir, com a
correspondente documentação necessária:

7.4.1. Entrega do Trabalho:

Ação de comunicação formal por parte da Unidade de Gestão das Atividades (Unidades Operacionais ou ND
por exemplo), de uma demanda específica de trabalho na rede elétrica para a Unidade de Execução
designada (Contratista ou mesmo unidade de execução Enel).

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Trabalho Programado:
No que se refere aos trabalhos programados (Regime Normal), a entrega do Trabalho ocorre através de
formulário que contenha as informações mínimas constantes no Anexo 1 – Formulário de Entrega de
Trabalho, devidamente preenchidos por profissionais da Enel responsáveis pela programação de serviços /
obras de cada Unidade Solicitante. A identificação deste registro deve seguir o modelo:
 ETR-HH - XXXX--YYYY-0001 (ZZZZ)
Onde,
HH: nível de tensão da rede objeto da atividade de trabalho (AT / MT / BT);
XXXX: sigla da Unidade solicitante (Conforme organização Enel);
YYYY: sigla / identificação da empresa Parceira;
ZZZZ: Informações complementares, não obrigatórias, de acordo com o interesse da Unidade emitente.

Após preenchido, o documento precisa ser assinado pelo elaborador e pelo aprovador (que deve possuir um
nível hierárquico igual ou acima do elaborador), ambos profissionais do quadro de pessoal Enel, os quais
podem assumir outras funções no processo (por exemplo de Solicitante de Desligamento ou Responsável
pela Instalação Elétrica em um trabalho programado em rede desenergizada), sem qualquer prejuízo, desde
que possua as habilitações e qualificações necessárias.
O arquivo deve ser enviado na forma digital para a parceira que irá executar o serviço.
Deve ser mantido controle dos formulários gerados por cada Unidade, vinculando no mínimo a identificação
sequencial do formulário de Entrega de Trabalho, o nome da Parceira, o número do contrato, o responsável
pelo envio, data de envio, número do Plano de Intervenção e a data de aprovação, sendo que as duas últimas
informações devem ser atualizadas após o recebimento do Plano de Intervenção (PI).
Na descrição do Serviço, deve ser identificado todos os serviços que devem ser executados, informar projeto
e revisão (se aplicável) e de forma indubitável a localização correta (ou mais próximo possível) do local de
realização do serviço, acompanhado de imagens, diagramas unifilares elétricos e/ou croquis, se necessário
para esclarecimento e elevação da compreensão.

Nota: É OBRIGATÓRIA a entrega dos diagramas unifilares elétricos ATUALIZADOS em se tratado de


atividades em subestações AT/MT.

Adicionalmente devem ser inseridas premissas e restrições aplicáveis para planejamento eficaz da etapa de
execução da atividade. Se, para realização da atividade for necessário mais de uma Contratada, a Unidade
solicitante deve definir o Responsável pela Intervenção e registrar como observação relevante.
Quando o serviço for realizado por uma única contratada, o formulário deve ser entregue somente ao
Responsável pelo Planejamento da Parceira. Quando o serviço for ser realizado por mais de uma Contratada,
a Unidade solicitante deve enviar o formulário para ambas as empresas, bem como para o profissional
designado como Responsável pela Intervenção (Responsável pelo Desligamento no caso de Trabalhos sem
tensão).

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De acordo com a complexidade dos serviços a serem realizados, cada Unidade solicitante deve estabelecer
reuniões de coordenação periódicas ou pontuais, para apoiar no planejamento do serviço ou realizar o
acompanhamento para execução do serviço.
Trabalho Emergencial:
Para os trabalhos de natureza de Urgência e Emergência, a Entrega de Trabalho ocorre pela atribuição da
equipe ao evento na rede elétrica, pelo Centro de Operação. Dado as características e dinâmicas destas
atividades, ficam suprimidas do processo a ação de envio do formulário de Entrega de Trabalho.

7.4.2. Planejamento da Execução dos Trabalhos:

Trabalho Programado:
Após o recebimento do formulário de Entrega de Trabalho encaminhado pela Unidade solicitante ENEL, a
empresa parceira / Unidade de Execução Enel deve iniciar as ações de preparação e planejamento da
execução segura e eficaz da atividade de trabalho.
Para atividades programadas (normal e urgente), o planejamento da atividade de trabalho deve incluir sempre
que possível, a visita prévia ao local de trabalho, com o correspondente levantamento de dados e a análise
prévia da atividade e dos riscos envolvidos, efetuando então o preenchimento do formulário Pré-APR,
conforme diretrizes definidas na Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HSE-17-0006-INBR - Gestão de Trabalho
seguro e Risco Integrado – Pré-APR e APR, tanto para serviços de manutenção quanto para as obras. As
situações que permitem a dispensa da visita prévia são:
 Situações programadas urgentes, nas quais os prazos não permitem cumprir tal ação (sob decisão
da Unidade gestora Enel).
 Atendimento emergenciais, dado à dinâmica da atividade e o contexto da operação em tempo real.

Em todo caso, esta condição deve ser ressaltada nos documentos de planejamento da execução da atividade.
Adicionalmente quando da execução, o responsável designado para a intervenção deve ter esta situação em
mente, de forma a considerá-la para fortalecimento das análises de riscos na data dos trabalhos.
Concluída a fase da Análise prévia da Intervenção (para os casos aplicáveis), a empresa parceira deve
preencher o formulário constante do Anexo 2 – Plano de Intervenção (PI) e enviá-lo para validação por parte
da Unidade da Enel responsável pela gestão da atividade de trabalho (Unidade solicitante). Importante
destacar que a Parceira deve levar em consideração na elaboração do Plano de Intervenção (PI) todas as
premissas e restrições contidas no formulário de Entrega da correspondente atividade a ser executada, sendo
que o seguimento para as fases seguintes está condicionado à manifestação favorável (validação) por parte
do Responsável pela Instalação Elétrica ou empregado por este delegado, sobre o planejamento realizado,
devendo fazer constar no documento as adequações ou observações que julgar necessárias.
É responsabilidade da parceira realizar o planejamento responsável e exaustivo da atividade buscando
identificar riscos potenciais, analisar viabilidade de execução do serviço, facilidade de acesso,
equipamentos/maquinários necessários para execução, quantidade de profissionais e qualificações
necessárias, registrando no correspondente Plano de Intervenção (PI) se a visita prévia foi ou não realizada,
com o devido embasamento quando esta não acontecer.

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As seguintes informações mínimas devem estar disponíveis no âmbito de um Plano de Intervenção (PI):
 Descrição ordenada das etapas do trabalho (operações);
 Diagramas, desenhos ou gráficos típicos da instalação onde os trabalhos serão executados
(trabalhos programados);
 Equipamentos necessários para a execução dos trabalhos;
 Intervenção a realizar.

Quando a atividade de trabalho envolver duas ou mais parceiras no mesmo local de trabalho / Zona Protegida,
cada uma deve realizar a sua análise previa de intervenção e elaborar o respectivo Plano de Intervenção (PI)
referente às respectivas atividades sob responsabilidade.
Em todo caso, após a consolidação e validação do Plano de Intervenção (PI) pela Unidade Enel responsável
pela Gestão das atividades de trabalho, o Responsável designado pela Intervenção deve divulgar e esclarecer
junto ao cada Encarregado de Trabalhos envolvido (caso sejam figuras distintas) acerca dos procedimentos
de execução e segurança que devem ser adotadas por todos os membros da equipe ou equipes.
Dependendo da complexidade dos serviços a serem realizados, a unidade solicitante Enel deve estabelecer
reuniões de coordenação periódicas ou pontuais, para apoiar no planejamento do serviço ou realizar o
acompanhamento para execução do serviço, garantido o devido registro em Ata específica.
A identificação do Plano de Intervenção (PI) deve seguir o modelo:
 PI-HH - XXXX-YYYY-0001 (ZZZZ)
Onde,
HH: nível de tensão da rede objeto da atividade de trabalho (AT / MT / BT);
XXXX: sigla da Unidade solicitante (Conforme organização DSO);
YYYY: sigla / identificação da empresa Parceira;
ZZZZ: Informações complementares, não obrigatórias, de acordo com o interesse da Unidade emitente.

Trabalho Emergencial:
Para os atendimentos demandados em condições emergenciais, a preparação da Plano de Intervenção
(Anexo 2) continua sendo requisito obrigatório para trabalhos na rede AT, a ser preenchido pela equipe
designada para a execução dos trabalhos em campo através do responsável designado para a Intervenção,
garantido o encaminhamento à Unidade Responsável pela Gestão dos trabalhos (Unidade Enel gestora da
equipe / contrato) bem como ao correspondente Centro de Operação, para conhecimento e embasamento da
emissão do Plano de Trabalho Emergencial e demais documentações de gestão operativa necessárias (Ticket
autorizativo de Serviço, Ordem de Manobras, etc.).
Deve ser ressaltado, que adicionalmente na fase de execução, antes de cada atividade a ser realizada,
independentemente de se tratar de trabalhos programados ou emergencial, esta deve ser precedida

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imediatamente antes, da realização da Análise Preliminar de Riscos (APR), em conformidade com as


diretrizes da Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HSE-17-0006-INBR - Realização e aplicação da Pré APR.

7.4.3. Aprovação dos Trabalhos

Todo e qualquer trabalho na rede elétrica em qualquer nível de tensão bem como em qualquer condição está
condicionado à emissão do Plano de Trabalho (PT) correspondente. Trata-se de documento (s) de segurança
sobretudo, emitido (s) pela Unidade Responsável pela Gestão das Atividades de Trabalho, o qual define as
operações a serem executadas na instalação elétrica (medidas de segurança necessárias para constituição
de uma Zona Protegida e correspondentes Zonas de Trabalho associadas), a fim de permitir a realização
segura das atividades de trabalho, e outras informações sobre as configurações que devem ser mantidas
durante essas atividades de trabalho. Em outras palavras, tem o objetivo de planejar e organizar a segurança
da instalação elétrica objeto da atividade de trabalho.
O Plano de Trabalho é transmitido à Unidade Responsável pela Operação da Instalação Elétrica que para
trabalhos programados corresponde à Unidade responsável pelo planejamento elétrico e energético do
sistema no qual a instalação elétrica está associada, e para trabalhos emergenciais corresponde ao Centro
de Operação (Sala de operação em tempo real). Esta Unidade possui a responsabilidade pela gestão
operativa dos trabalhos, isto é verificar a compatibilidade das obras previstas no Plano de Trabalho com os
requisitos de operação da rede e confirmar a viabilidade dessas obras com as referências temporais
especificadas, delegando o funcionamento da instalação elétrica (ou parte dela) delimitada na solicitação, à
pessoa designada para o efeito no Plano de Trabalho na fase de execução. Na fase de avaliação e aprovação
do Plano de Trabalho, pode ser solicitado o envio do Plano de Intervenção para complementar as análises e
respaldar as decisões.
O resultado positivo da verificação de compatibilidade requerida para aprovação do Plano de Trabalho não
significa a aprovação do conteúdo do documento no que diz respeito às questões de segurança, que são
responsabilidade principal da unidade que emite este documento.
Como desdobramento da fase de aprovação do Plano de Trabalho, o Centro de Operação prepara toda a
documentação de gestão operativa necessária, como por exemplo a Ordem de Manobra, tratativas formais
com outras empresas concessionárias de distribuição e transmissoras com as quais a instalação interessada
é compartilhada, garantindo sempre a vinculação de tais documentos ao correspondente Plano de Trabalho.
Toda a documentação relativa ao escopo do trabalho a ser realizado deve ser encaminhada pela Unidade
Enel Solicitante da Intervenção à Unidade Responsável pela Execução (parceira ou unidade Enel), uma vez
que são indispensáveis para a execução segura da atividade.
O Plano de Trabalho diferirá em relação ao trabalho programado e emergencial, quanto às responsabilidades
pela elaboração, validação e registro, porém é item obrigatório no qual constará as informações relevantes,
entre elas, sempre as medidas de segurança aplicáveis para garantia da execução segura dos trabalhos.
Deve ser destacado que a condição do Plano de Trabalho (Trabalho em rede energizada / rede
desenergizada) está associado às características da atividade a ser realizada, sendo requisito que as equipes
designadas, equipamentos e medidas de segurança sejam adequadas para o propósito da intervenção.

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7.4.3.1. Plano de Trabalho Rede Energizada (Trabalhos em Tensão)

Para trabalho em tensão, a autorização em referência (Plano de Trabalho) deve apresentar esta identificação
da condição de trabalho em tensão, e conter minimamente as seguintes informações, independentemente da
condição dos trabalhos (Programados versus emergencial):
 A data e duração dos trabalhos;
 Descrição das atividades para as quais o profissional está autorizado no que diz respeito aos métodos
de trabalho, níveis de tensão, tipos de instalações, e demais itens aplicáveis;
 Identificação dos números de contato (principal e suplente) do Encarregado de Trabalhos e
Responsável pela Intervenção e/ou Supervisor;
 Nome dos profissionais envolvidos na atividade (figuras relevantes no processo de tramitação do
documento) bem como função certificada destes profissionais.
Deve ser predisposto campos para controle de responsabilidade, para o caso de eventual
necessidade de substituição das figuras no transcurso da execução da atividade;

 Assinatura (validação) por parte das figuras envolvidas (Responsável pelo Desligamento e
Responsável pela Instalação Elétrica), assim como campos específicos para viabilizar as ações de
delegação de responsabilidade e substituição de figuras durante a execução dos trabalhos;
 O local (trecho de rede) onde serão efetuados os trabalhos (os trechos devem estar limitados ao
alcance de um determinado equipamento de proteção);
A identificação do local no contexto emergencial deve ser validada pelo Centro de Operação através
da conferência das informações de identificação dos equipamentos em campo no sistema operativo
(OMS);
 Os equipamentos com função DRA a serem desabilitadas / bloqueadas (incluindo referência a
documentos de tratativas com outras partes em caso de interconexões de sistemas).

No caso Brasil, o Plano de Trabalho formal (meio físico ou digital) é aplicado para todos os Trabalhos
Programados em condição de rede energizada AT, MT e BT. No caso dos trabalhos emergenciais, as
tratativas são realizadas no contexto da operação em tempo real, com a validação de todas as informações
necessárias (requeridas para um Plano de Trabalho, conforme indicado acima) pelo meio de comunicação
disponível, para aprovação da intervenção e autorização para execução dos trabalhos. Deve ser garantido o
registro por escrito nos sistemas de suporte de operação (Ticket do evento / Ocorrência), de todas as medidas
de segurança necessárias para execução segura da atividade, tratadas entre as partes envolvidas (Centro de
Operação e Solicitante / Responsável pela Intervenção).

7.4.3.2. Plano de Trabalho Rede Desenergizada (Trabalhos Sem Tensão)

Os Planos de Trabalho se diferem de responsabilidade e formalidades entre Trabalho Programado e Trabalho


Emergencial. No entanto, independente do formulário e instrumento utilizado, deve ser sempre considerado
como requisito mínimo, o registro das seguintes informações no momento de sua elaboração, para todas as
intervenções em condição de rede desenergizada (sem tensão):

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 Identificação única da instalação ou parte (s) da mesma, objeto da atividade de trabalho e, quando
aplicável, das instalações elétricas nas proximidades ou interferentes;
 Descrição clara das atividades de trabalho a serem realizadas;

 Data e hora - duração definida para a execução do trabalho;


 Identificação clara da correspondente Zona Protegida e Zona (s) de Trabalho – Incluindo a
identificação dos pontos de aterramento que definem os limites de cada Zona de Trabalho.
Garantir as informações necessárias para localizar, de forma indubitável, os pontos onde é necessário
a execução dos desligamentos (seccionamentos), para a plena desenergização do(s) item(ns) da
instalação elétrica a serem desligados e protegidos por causa de trabalhos ou interferências;
 Diagrama do circuito elétrico da parte da instalação afetada pelas atividades de trabalho e / ou
interferindo com tais.
Garantir layout do local de trabalho ou croqui, se necessário, com o objetivo de mostrar a localização
das instalações elétricas que são objeto das atividades de trabalho, ou estão interferindo, ou estão
nas proximidades. Sempre que necessário, deve ser indicado também a área de trabalho e a via para
o acesso de qualquer veículo a ser empregado;
 Disposições relativas à inserção ou exclusão de proteções e automatismos, se necessário;

 Nome dos profissionais envolvidos na atividade (figuras relevantes no processo de tramitação do


documento) bem como função certificada destes profissionais.
Necessário identificar as figuras envolvidas (nome do solicitante e validador do Plano de Trabalho
(Solicitante de Desligamento e Responsável pela Instalação Elétrica), Responsável pelo
Desligamento, Encarregado de Trabalhos, bem como as correspondentes Unidades Organizativas a
que pertencem;
 Assinatura (validação) por parte das figuras envolvidas (Responsável pelo Desligamento e
Responsável pela Instalação Elétrica), assim como campos específicos para viabilizar as ações de
delegação de responsabilidade e substituição de figuras durante a execução dos trabalhos;
 Identificação dos números de contato (principal e suplente) do Encarregado de Trabalhos e
Responsável pela Intervenção e/ou Supervisor.
Deve ser predisposto campos para controle de responsabilidade, para o caso de eventual
necessidade de substituição das figuras no transcurso da execução da atividade;
 Referência ao correspondente Plano de Intervenção (PI) preparado pela Unidade Responsável pela
execução dos trabalhos.

Plano de Trabalho Programado:


No caso específico Brasil, o Plano de Trabalho formal (meio físico ou digital) é aplicado para todos os
Trabalhos Programados em condição de rede desenergizada AT, MT e BT, e inclui os dados requeridos
acima, os quais constam nos seguintes documentos:

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 Formulário de Solicitação de Desligamento (Plano de Trabalho) (específico para cada empresa, de


acordo com o sistema operativo aplicável), com os dados requeridos para a clara interpretação da
atividade e seus correspondentes limites, figuras e responsabilidades envolvidas;
 Diagrama / croqui com a identificação da correspondente Zona Protegida e Zona de Trabalho,
correlacionado à correspondente Solicitação de Desligamento (Plano Trabalho) – Podendo ser
inserido dentro do Plano de Trabalho ou ainda enviado como anexo, garantida a devida vinculação
entre ambos.
 Registros de Controle de Responsabilidades sobre Zona Protegida e Zona (s) de Trabalho (s) - A
serem preenchido no transcurso da execução da atividade autorizada.

A Pré-APR (análise de riscos no local da atividade, realizada quando do planejamento das atividades
programadas) também pode ser adicionada ao “pacote” de documentos de programação, para auxílio no
entendimento do contexto da atividade em campo, não sendo, porém, obrigatório. Vale destacar que as
condições de rede, as medidas de segurança definidas, o local do trabalho e demais informações registradas
no Plano de Trabalho / Plano de Intervenção tomam como input os dados registrados na Pré-APR, sendo
atribuição do Responsável pela Instalação Elétrica validar o complaince entre tais documentos no momento
da validação do Plano de Trabalho e prévio ao envio para a Unidade de Pré-Operação (Gestão de
Intervenções) de O&M.
O Responsável pelo Desligamento, assim como os Encarregados de Trabalhos que estiverem envolvidos no
trabalho programado devem possuir - meio físico ou digital (app) - esta documentação, encaminhada
previamente pelo Solicitante de Desligamento ou Responsável pela Instalação Elétrica.
Destaca-se de forma relevante para a análise eficaz do Plano de Trabalho (Solicitação de Desligamento)
(Normal e Urgente), a necessidade de registrar de forma indubitável as informações necessárias relativas ao
desligamento por parte do Solicitante de Desligamento / Responsável pela Instalação para permitir uma
análise completa da intervenção solicitada, por parte do Centro de Operação correspondente. A seguir, se
apresenta um detalhamento de alguns itens do Plano de Trabalho a serem levados em consideração no
momento da elaboração do referido documento:
 Instalações:
Define exatamente a instalação elétrica a ser desligada, onde se está planejando a execução de
trabalhos. O encaminhamento do Pedido de Desligamento (Plano de Trabalho) ao Centro de
Operação deve vir acompanhado da identificação do trecho da instalação elétrica onde os trabalhos
serão executados, contendo todas as informações necessárias, tais como: as identificações precisas
das instalações envolvidas e local (is) de trabalho com a representação dos elementos de manobra
(ou pontos precisos) que devem ser abertos (pontos de seccionamento de todas as possíveis fontes
de tensão) para a delimitação da instalação a ser desligada (Zona Protegida), bem como também da
representação de todos os pontos de aterramento e em equipotencialização, os quais delimitarão
cada Zona de trabalho. Todas estas informações devem estar representadas sobre o sistema elétrico
cartesiano georreferenciado de cada concessão de distribuição (traçado da rede e elementos
associados).

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Na identificação das informações relativas ao desligamento programado sobre o esquema de rede,


deve ser empregado cores ou traços distintos (devidamente legendado) para representar os
elementos de manobra que delimitam a Zona Protegida, assim como a Zona de Trabalho com seus
correspondentes pontos de aterramentos.
Para casos, em que se fizer necessário a solicitação do desligamento fora dos sistemas operativos,
os mesmos requisitos de delimitação da Zona Protegida e Zona de Trabalho devem ser identificados,
e em caso de dificuldade de interpretação, o Solicitante de Desligamento / Responsável pela
Instalação Elétrica e o Centro de Operação devem estabelecer uma identificação adequada em
comum acordo, visando evitar qualquer possibilidade de erro.
Os pontos de aterramentos que delimitam cada Zona de Trabalho associado a um determinado
desligamento Programado devem ser identificados codificação numérica específica, começando a
partir do número 1. A representação gráfica deve ser em conformidade com a Norma NBR-IEC 60417
- Standardization Graphical Symbols for Use on Equipment.
Quando os trabalhos a serem realizados envolver transformador de potência e/ou instalação BT, o
Solicitante de Desligamento deve definir no desligamento, a instalação MT a ser interrompida assim
como também a rede BT envolvida no contexto do trabalho, para garantir a correta análise do pedido
com a devida segurança (gestão de interferências).
 Trabalhos Previstos:
Os trabalhos ou alterações a serem efetuados na rede devem ser indicados e descritos, detalhando
de modo expresso, os aspectos funcionais que podem variar na instalação no final da execução da
intervenção.
 Datas e Horários:
As datas e horários devem ser preenchidos de acordo com o cronograma planejado, observando os
prazos mínimos para registro da Solicitação de Desligamento (Plano de Trabalho).
 Observações:
Todas as informações adicionais necessárias para a correta e segura análise da Solicitação de
Desligamento (Plano de Trabalho) devem ser registradas quando da emissão do documento. Em
especial, é necessário detalhar os procedimentos de execução dos trabalhos, necessários para
garantir uma proteção eficaz contra possíveis retornos tensão, inclusive pela rede Baixa Tensão (BT).
 Anexos:
Devem ser agregadas informações necessárias para o esclarecimento ao Centro de Operação
(Unidade de Pré-Operação) quanto aos trabalhos a serem desenvolvidos em forma de anexo à
Solicitação de Desligamento programado, incluindo o croqui com pontos de aterramentos definindo a
Zona de trabalho e pontos de seccionamentos definindo a Zona Protegida.
Outros documentos que forem necessários para elucidação do desligamento e dos trabalhos a serem
realizados podem ser inseridos, como a Análise Prévia dos riscos elétricos e não elétricos (por
exemplo, Pré-APR) por meio de verificações efetuadas “in loco”.

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Não havendo modificações no esquema de rede, apenas alterações em alguma característica da


instalação, pode ser exigido apenas o envio das informações técnicas a respeito, coordenadas entre
as partes envolvidas.
Os anexos devem ser verificados pelo Responsável pela Instalação Elétrica (ou profissional
delegado), devidamente identificados (comprovados por assinatura ou aprovação por perfil), de forma
a garantir as corretas ações no desligamento e na qualidade do documento, tanto quanto à parte
técnica assim como de segurança.

Plano de Trabalho Emergencial:


Conforme descrita na Instrução de Trabalho WKI-OMBR-OeM-21-1346-EDBR - Diretrizes e
Responsabilidades para Trabalhos Programado e Emergencial em Rede Desenergizada, a definição dos
limites da Zona Protegida / Zona de Trabalho no trabalho emergencial é realizada pelo Centro de Operação
com base nas informações recebidas e disponíveis nos sistemas operativos bem como comunicadas pelas
Equipes em Campo. A execução das manobras e ações para criação (ou anulação) da Zonas Protegidas é
realizada de forma coordenada entre o Operador do Centro de Operação e o pessoal operativo (Equipes de
Campo / Operador Local) através do meio de comunicação formal estabelecido, seguindo os procedimentos
conforme sequência definida na Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HeS-21-0319-INBR - Aplicação das 5
Regras de Ouro, seguindo os procedimentos constantes nas Instruções de Trabalho dedicadas a cada ação
(regra de ouro), e em conformidade como o protocolo de comunicação operativo definido na Instrução de
Trabalho WKI-OMBR-OeM-18-0001-EDBR – Comunicação Operativa Brasil.
Antes do início da criação da (s) Zona (s) de Trabalho deve ser garantido o alinhamento / confirmação com o
Responsável pelo Desligamento definido para a intervenção, quanto aos limites da correspondente Zona
Protegida, caso as manobras não tenham sido efetuadas / presenciadas por este.
O Plano de Trabalho Emergencial nas áreas de concessão de distribuição brasileiras é constituído pelo
conjunto de comunicação específica, estruturada, registrada e devidamente controlada (macro, mensagem
de texto ou contato por voz e rádio), que deve incluir os dados mínimos requeridos, e que compõem as
informações necessárias para a definição clara e segura da Zona Protegida e Zona (s) de Trabalho (s)
associadas à (s) falha (s) identificada (s) e identificação dos riscos potenciais. De forma específica, o Plano
de Trabalho para Trabalho Emergencial é composto dos seguintes documentos:
 Comunicação entre o Responsável pelo Desligamento e Centro de Operação para a definição clara
sobre os limites da Zona Protegida e Zona (s) de Trabalho (s) associadas;
 Formulários de Entrega de Responsabilidade por Zona Protegida e Zona (s) de Trabalho (s) – A serem
utilizados na gestão dos trabalhos na fase de execução;
 Realização da Análise dos Riscos (elétricos e não elétricos), prévio à execução dos trabalhos
necessários, através do preenchimento do formulário APR;
 Registros dos dados do evento nos sistemas operativos / Ordem de Serviço (ticket da Incidência),
contendo as informações reportadas entre o Responsável pelo Desligamento e Centro de Operação.

A espera de concluir o processo de convergência para um modelo de aplicação comum de sistemas de


distribuição nas 04 (quatro) Áreas de Concessão I&N Brasileiras, é de responsabilidade de cada O&M Local

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definir e publicar localmente um documento (Manual de Uso) que oriente claramente quanto ao uso do sistema
operativo aplicável para registro e tramitação do Plano de Trabalho, contendo todas as orientações quanto
ao preenchimento das informações necessárias, garantido em todo caso a observância das diretrizes
descritas neste documento.

7.4.4. Execução das Atividades Autorizadas

Uma vez aprovado o Plano de Trabalho, e no transcurso do tempo até a data planejada (para trabalhos
programados), não houver justificativa relevante que enseje o cancelamento ou reprogramação, na data e
horário previsto, as ações operativas serão realizadas bem como as medidas de segurança implementadas,
viabilizando a execução segura da intervenção.
No que diz especificamente ao processo de planejamento, autorização e execução dos trabalhos em rede
desenergizada (sem tensão), o detalhamento do fluxo do processo, a definição das figuras envolvidas e
correspondentes funções, documentação adicional aplicável especificamente na fase de execução das
atividades, e demais requisitos aplicáveis, estão descritos na Instrução de Trabalho WKI-OMBR-OeM-21-
1346-EDBR - Diretrizes e Responsabilidades para Trabalhos Programado e Emergencial em Rede
Desenergizada.

7.5 Trabalhos em Tensão em Instalações Elétricas (AT / MT / BT)


7.5.1. Trabalho em Tensão AT / MT

É considerada instalação em tensão, toda aquela que NÃO está com uma Zona de Trabalho adequadamente
constituída, ou seja, não foi implementada as medidas de segurança para a execução de trabalhos em
condição de rede desenergizada (sem tensão).
Existem vários métodos de trabalhos adaptados ao tipo de serviço e as condições da estrutura. Sendo estes,
Método à Distância e Método ao Contato, em classes de média tensão.

Método à Distância
O princípio básico deste método é manter uma distância mínima de segurança em relação a linhas e
equipamentos sob tensão, utilizando instrumentos adequados para o efeito. Esta distância de segurança é
regulada a nível local e tem em conta a distância elétrica acrescida de uma distância para ter em conta
diferentes fatores incontroláveis que, durante a execução do trabalho em tensão, podem afetar a distância
entre o profissional e as partes com potencial diferente do potencial do profissional (por exemplo, movimentos
involuntários ou inexatidão na avaliação das distâncias).
Neste método, o profissional executa um trabalho sob tensão isolado do contato da instalação elétrica por
meio de varas de manobras isolantes e do potencial do solo por meio de andaime isolado, plataforma isolada,
degrau isolado e escada.
As varas de manobra isolantes têm um comprimento e diâmetro adequados ao nível de tensão para nível de
isolamento adequado e resistência mecânica para estas intervenções.

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Método ao Contato
Neste método, o profissional realiza um trabalho sob tensão, invadindo a Zona de Risco em tensão com partes
do corpo protegidas por equipamentos de proteção individual e coletiva – EPI/EPC, realizando a atividade
isolado do potencial da linha por meio de luvas, mangas e coberturas de proteção; além disso, como medida
adicional de proteção por duplo isolamento, o profissional também é isolado do solo (em uma cesta aérea
isolada, plataforma auxiliar isolada, andaime dielétrico ou escada dielétrica).
A restrição deste método está na classe de tensão onde a luva e mangas isolantes estão limitadas a 34,5 kV.

7.5.2. Trabalho em Tensão BT

Atualmente, existem dois métodos de trabalho sob tensão reconhecidos, que dependem da posição do
operador em relação às partes sob tensão e dos meios utilizados para evitar o perigo eléctrico:

Método à Distância em trabalhos em tensão em instalações de baixa tensão


O princípio básico deste método é manter uma distância mínima de segurança em relação a linhas e
equipamentos sob tensão, utilizando instrumentos adequados para o efeito. Esta distância de segurança é
regulada a nível local e tem em conta a distância elétrica acrescida de uma distância para ter em conta
diferentes fatores incontroláveis que, durante a execução do trabalho em tensão, podem afetar a distância
entre o operador e as partes com potencial diferente do potencial do operador (por exemplo, movimentos
involuntários ou inexatidão na avaliação das distâncias).
Neste método, o operador executa um trabalho sob tensão isolado do potencial do solo (escada isolada, cesta
aérea) por meio de varas isolantes.
As varas isolantes têm um comprimento e diâmetro adequados ao nível de tensão e resistência mecânica
para estas intervenções.

Método ao Contato em trabalhos em tensão em instalações de baixa tensão


Neste método, o operador realiza um trabalho sob tensão, invadindo a zona de trabalho sob tensão com
partes do corpo protegidas por equipamentos de proteção individual - EPI; nestas circunstâncias, o operador
realiza a atividade isolado do potencial da linha por meio de luvas, mangas e revestimento de proteção.
A restrição deste método está na classe de tensão onde as luvas e mangas isolantes estão limitadas a 1 kV.
Esta Instrução de Trabalho leva em consideração apenas o trabalho a uma distância segura e o trabalho ao
contato direto, que são os métodos normalmente usados para realizar atividades de trabalho em tensão em
instalações de baixa tensão. A conexão ou desconexão de linhas de Baixa Tensão - BT estão entre as
atividades tipicamente realizadas por meio do método de trabalho a distância segura. Novas conexões,
instalação, remoção ou substituição de medidores, ou conexão ou desconexão de junções em caixas de
desconexão ou caixas de derivação, emenda de cabos estão entre as atividades realizadas por meio do
método de trabalho ao contato direto.

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7.5.3. Organização do Trabalho

Para a execução dos trabalhos em tensão, é necessário adoptar os procedimentos de trabalho de execução
planejados especificamente, levando em consideração os fatores de segurança do trabalho e as condições
da infraestrutura na qual é feita a intervenção.
Antes de iniciar qualquer atividade (planejada ou não planejada) em tensão, é necessário ter uma autorização
formal, aprovado pelo correspondente Centro de Operação (Plano de Trabalho em tensão).

7.5.3.1. Unidades Responsáveis pelo Planejamento e Execução do Trabalho

03 (Três) Unidades são identificadas para a execução de trabalho em tensão:


1. Unidade Responsável pela Gestão dos Trabalhos a serem executados:
Esta Unidade tem normalmente as seguintes responsabilidades:
a) Aprovar o Plano de Intervenção preparado pela Unidade Responsável pela execução dos
trabalhos;
b) Atuar como elo entre o Encarregado de Trabalhos e as demais funções durante o trabalho;
c) Cumprir as leis e instruções de trabalho;
d) Partilhar os métodos de trabalho e a organização selecionados com a Unidade Responsável pela
execução dos trabalhos;
e) Preparar e redigir o documento de planejamento dos trabalhos e da sua organização (Plano de
Trabalho em tensão).

No contexto organizativo Enel, as atribuições desta Unidade nos trabalhos programados são exercidas pelas
Unidades Territoriais (UT) e Unidades de ND, através de seus pontos focais disponíveis continuamente, quem
é responsável pela organização executiva das atividades de trabalho e pela preparação e elaboração do
documento que contém os modos de execução segura do trabalho (Plano de Trabalho em tensão).
Nos trabalhos emergenciais também é obrigatório a elaboração do respectivo Plano de Trabalho em tensão,
porém neste caso pelo Centro de Operação com base nas informações recebidas das Equipes de Campo.
2. Unidade Responsável pela Operação da Instalação Elétrica:
Esta Unidade tem normalmente as seguintes responsabilidades:
a) Aprovar o Plano de Trabalho ao responsável pela execução dos trabalhos preparado pela Unidade
Responsável pela Gestão dos Trabalhos, com a respectiva autorização para iniciar os trabalhos;
b) Entregar a instalação, na forma prevista no Plano de Trabalho ao responsável pela execução dos
trabalhos, com a respectiva autorização para iniciar os trabalhos;
c) Receber a conclusão do trabalho por parte do executor da Unidade Responsável pela execução
do trabalho.

No contexto organizativo Enel, as atribuições desta Unidade são exercidas pelos correspondentes Centros
de Operação responsável pela instalação objeto da intervenção.

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3. Unidade Responsável pela execução dos trabalhos


Esta unidade, representada pelas equipes que realizam as intervenções demandadas sobre a rede
elétrica, tem normalmente as seguintes responsabilidades:
a) Executar os trabalhos;
b) Para o caso de trabalhos com empregados próprios, designar os operadores e o encarregado da
obra. No caso de trabalhos executados por uma empresa contratada, deve designar os trabalhos
a serem executadas pela mesma;
c) Preparar o documento contendo os modos de execução segura do trabalho (Plano de
Intervenção);
d) Propor melhorias e possíveis interferências dos trabalhos requisitando alteração de projeto quanto
aplicável;
e) Verificar a disponibilidade de Instruções de Trabalho, equipamentos de proteção individual,
equipamentos de apoio relacionados com a correta execução dos trabalhos;
f) Verificar a formação, competência e autorização dos membros das equipes de trabalho, conforme
a Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HSE-17-0003-INBR - Habilitação de Acesso a Áreas de Risco;
g) Verificar preliminarmente e partilhar com a Unidade Responsável pela gestão dos trabalhos, o
planejamento do trabalho e a organização dos mesmos mediante uma inspeção de análise previa
no local de intervenção.

7.5.3.2. Funções de Trabalho

De forma similar à organização definida para os trabalhos em condição de rede desenergizada, as seguintes
funções devem estar estruturadas em qualquer trabalho em condição de rede elétrica energizada:
 Solicitante da Intervenção: figura pertencente à Unidade Responsável pela Gestão dos Trabalhos, e
possui a função de registrar o Plano de Trabalho nos sistemas operativos, e suportar toda a gestão,
tramitação do documento, sempre sob delegação do correspondente Responsável pela Instalação
Elétrica. Pode ser empregado Parceiro;
 Responsável pela Instalação Elétrica: figura também pertencente à Unidade responsável pela Gestão
dos Trabalhos, assume a responsabilidade principal por validar as informações (controle em segundo
nível), em especial quanto às medidas de segurança inseridas no Plano de Trabalho pelo Solicitante
da Intervenção;
 Centro de Operação: Unidade Responsável pela Operação da rede elétrica, representada pelos
Operadores do Centro de Operação, ou profissionais da unidade de Pré-Operação (Gestão de
Intervenção);
 Responsável pela Intervenção: figura pertencente à Unidade Responsável pela Execução dos
Trabalhos, responsável pela coordenação das atividades no âmbito do local de trabalho e
centralização das comunicações operativas com o Centro de Operação;

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Instrução de Trabalho nº. 320
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Assunto: Diretrizes de Segurança e Medidas Organizativas para Atividades com


Risco Elétrico

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 Encarregado de Trabalhos: figura também pertencente à Unidade Responsável pela Execução dos
Trabalhos, responsável pela coordenação das atividades de trabalho junto ao pessoal operativo.

Durante uma atividade de trabalho, cada instalação elétrica deve ser colocada sob a responsabilidade de um
Responsável pela Intervenção, função assumida pelo Encarregado de Trabalhos ou Supervisor designado.
Tais funções são inerentes às atribuições da Unidade Responsável pela Execução dos Trabalhos. Nenhum
trabalho é realizado caso tal figura não for designada e autorizada.
Nos casos de trabalhos programados o Responsável pela Intervenção deve seguir as disposições definidas
no planejamento do Plano de Trabalho para permitir que o trabalho seja realizado.
Nos casos de trabalhos emergenciais o Responsável pela Intervenção deve alinhar junto com o
correspondente Centro de Operação as disposições para permitir que o trabalho seja realizado, tais como
bloqueio do circuito ou do equipamento, realização da APR e a definição do ponto de intervenção.
O controle do acesso à área de trabalho é da responsabilidade do Encarregado de Trabalhos.
A Unidade Responsável pela execução dos trabalhos pode designar um Supervisor técnico responsável pelo
planejamento e concepção dos trabalhos, ou outras atividades destinadas a apoiar ou integrar as atividades
do Encarregado de Trabalhos.
Os empregados para a realização de uma atividade de trabalho específica devem atender ao perfil profissional
adequado a esta atividade em conformidade com a Especificação Técnica de Serviços SER-HSEQ-HeS-18-
0093-INBR - Diretrizes de Qualidade, Segurança, Saúde e Meio Ambiente para as Empresas da Infraestrutura
e Redes Brasil para Empresas Contratadas.
As atividades de trabalho em tensão em instalações elétricas devem ser designadas aos empregados que
sejam habilitados, qualificados, reconhecidos como aptos e autorizados para a sua execução, de acordo com
as disposições constantes em conformidade com a Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HSE-17-0003-INBR -
Habilitação de Acesso a Áreas de Risco. O controle de acesso, através do controle sobre os Cartões de Vida
é responsabilidade de cada Encarregado de Trabalhos em seu respectivo local de trabalho.
As condições e os modos para reconhecer a habilitação para exercer a função de Encarregado de Trabalhos
estão na Especificação Técnica de Serviços SER-HSEQ-HeS-18-0093-INBR - Diretrizes de Qualidade,
Segurança, Saúde e Meio Ambiente para as Empresas da Infraestrutura e Redes Brasil para Empresas
Contratadas.
A complexidade da instalação elétrica objeto da atividade de trabalho e a natureza da atividade de trabalho
devem ser avaliadas antes do início da atividade, de modo que seja feita a escolha adequada do empregado
habilitado.

7.5.3.2.1 Responsabilidades e Tarefas do Responsável pela Intervenção

Entre as atividades, o Responsável pela Intervenção (Supervisor Técnico) deve:


 Discutir com a Unidade responsável da solicitação da Intervenção a execução dos trabalhos antes,
durante e após a conclusão dos trabalhos, tomar nota das observações recebidas, se as houver, e
resolver qualquer problema que surja;

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 Manter-se atualizado sobre os procedimentos de gestão técnica e administrativa do trabalho;


 Planejar, organizar e supervisionar as atividades de trabalho;
 Prestar apoio regular à execução dos serviços pelas equipes, avaliar a qualidade do serviço, o
desempenho e a produtividade das equipes.
 Verificar a eficácia das comunicações com o Centro de Operação responsável pelo Operação da
Instalação objeto da intervenção, assim como com os correspondentes Encarregados de Trabalho
sob sua supervisão;
 Garantir a retirada das equipes, e autorizar o retorno de automatismos e funções de religamento,
sempre que as equipes não estiverem mais atuando na rede elétrica.
 Ser referência única para comunicação operativa com o Centro de Operação e para coordenação das
atividades em campo.
Se faz necessário, nos trabalhos em condição de rede energizada, que esta figura esteja presente no
local das atividades, e com visibilidade das equipes envolvidas. Por esta condição, se admite a
condição de mais de uma local de trabalho simultâneo em uma mesma zona de alcance de
equipamento de proteção.

As atribuições do Responsável pela Intervenção e Encarregado de Trabalhos podem ser exercidas pela
mesma pessoa, ou seja, o Responsável pela Intervenção bem como o Encarregado de Trabalhos programado
podem ser a mesma pessoa, tanto empregado próprio ou terceiro, exigindo, porém, a definição formal desta
condição no Plano de Trabalho.
Nos casos de trabalhos envolvendo equipes de uma mesma empresa atuando em toda a extensão da
área de trabalho prevista no Plano de Trabalho, devem ser observadas as seguintes condições:

 No caso de um único Local de Trabalho:


o Até duas equipes trabalhando no mesmo Local de Trabalho: função pode ser assumida por
um dos Encarregados de Trabalho envolvidos na intervenção (de forma cumulativa com a
função de Encarregado de Trabalhos);
o Três (03) ou mais equipes trabalhando no mesmo Local de Trabalho: função deve ser
assumida por profissional capacitado e qualificado da empresa envolvida na execução da
intervenção, externo à composição das equipes.

 No caso de Locais de Trabalho (com até duas equipes em cada ponto) dentro da mesma área de
trabalho prevista no Plano de Trabalho, e com proximidade logística:
o Até dois (02) Locais de Trabalho: função pode ser assumida por um dos Encarregados de
Trabalho envolvidos na intervenção (de forma cumulativa com a função de Encarregado de
Trabalhos);
o Três (03) ou mais Locais de Trabalho: função deve ser assumida por profissional capacitado
e qualificado da empresa envolvida na execução da intervenção, externo à composição das
equipes.

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 No caso de Locais de Trabalho dentro da mesma área de trabalho prevista no Plano de Trabalho,
porém distantes entre ambas:
o Dois (02) ou mais Locais de Trabalho: função deve ser assumida por profissional capacitado
e qualificado da empresa envolvida na execução da intervenção, externo à composição das
equipes.

Para trabalhos com equipes de empresas distintas atuando ao longo da extensão da área de trabalho
prevista no Plano de Trabalho: Responsável Supervisor (Responsável pela Intervenção) profissional
Enel.

7.5.3.2.1.1 Substituição do Responsável pela Intervenção

Em uma programação, após o envio do Plano de Trabalho validado pelo Responsável pela Instalação Elétrica,
ao Centro de Operação, pode surgir a necessidade de substituição do Responsável pela Intervenção por
motivos de força maior (seja na fase de aprovação ou mesmo após aprovado).
O Solicitante da Intervenção, de forma delegada pelo Responsável pela Instalação Elétrica, é responsável
também por esta gestão junto ao a Unidade Responsável pela Operação (Unidade de Pré-Operação),
observando a seguinte definição:
 Havendo motivos justificados, a substituição do Responsável pela Intervenção pode ser efetuada em
até 24 horas antes do início da programação.
O Solicitante da Intervenção deve garantir por parte do Responsável pela Intervenção substituído,
que o novo Responsável pela Intervenção está informado plenamente sobre as condições
estabelecidas no Plano de Trabalho aprovado. Não sendo possível o repasse das informações sobre
a intervenção do Responsável pela Intervenção que sai para o novo entrante, o Solicitante da
Intervenção Programada deve se encarregar do repasse pleno ao novo Responsável pela
Intervenção, sobre as condições estabelecidas no Plano de Trabalho.
 A alteração no Plano de Trabalho pode ser efetuada diretamente pela Unidade Responsável pela
Gestão dos trabalhos ou ainda pela Unidade Responsável pela operação (sob demanda), de acordo
com a gestão local.

A alteração em questão deve também ser comunicada ao (s) correspondente (s) Encarregado (s) de
Trabalhos envolvidos, seja pelo Solicitante da Intervenção, bem como pelo Responsável pela Intervenção que
assume a programação. O Plano de Trabalho correspondente deve conter os registros desta alteração de
responsabilidade, visível a todas as partes interessadas.

Nota: Não é admitido substituição do Responsável pela Intervenção em TEMPO INFERIOR ÀS 24 HORAS
ANTES DO INÍCIO DA INTERVENÇÃO. No entanto, para a programação não ser cancelada, uma equipe
suplente pode assumir toda a responsabilidade, caso esta esteja indicado no Plano de Trabalho (através de
seu correspondente Responsável pela Intervenção). Do contrário, ensejará o imediato cancelamento da
programação.

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Após o início das atividades previstas no Plano de Trabalho, também por motivos de força maior, pode surgir
a necessidade de substituição do Responsável pela Intervenção. Do mesmo modo, o Solicitante da
Intervenção (delegado pelo Responsável pela Instalação Elétrica) é responsável também por esta gestão
junto ao Centro de Operação, observando a seguinte definição:
 O Solicitante da Intervenção deve garantir por parte do Responsável pela Intervenção que saí, que o
novo Responsável pela Intervenção está informado plenamente sobre as condições estabelecidas no
Plano de Trabalho em andamento. Não sendo possível o repasse das informações sobre a
intervenção do Responsável pela Intervenção que sai para o novo entrante, o Solicitante da
Intervenção envolvido deve se encarregar do repasse pleno ao novo Responsável pela Intervenção,
sobre as condições estabelecidas no Plano de Trabalho.
A alteração em questão deve também ser comunicada ao (s) correspondente (s) Encarregado (s) de
Trabalhos envolvidos, seja pelo Solicitante da Intervenção, bem como pelo Responsável pela
Intervenção que assume a programação.
Adicionalmente, a mudança de responsabilidade deve ser registrada nos documentos associados ao
Plano de Trabalho (PT), bem como no Plano de Intervenção (PI) quando aplicável, nos campos
específicos para esta ação.
No momento da assunção de responsabilidades pelo novo Responsável pela Intervenção no âmbito
do local de trabalhos previsto no Plano de Trabalho programado em andamento, este deve contatar
ao correspondente Centro de Operação, momento no qual novamente são repassados as condições
de segurança e aspectos operativos a serem tidos em consideração, bem como podem ser
confirmados outros dados constantes no formulário na Solicitação da Intervenção, se julgado
necessário pelo Operador do Centro de Operação.

O Centro de Operação não possui autonomia para “negociação” relativa à substituição de responsabilidades,
de forma direta com os profissionais executores da atividade.

7.5.3.2.2 Responsabilidades e Tarefas do Encarregado de Trabalhos

O Encarregado de Trabalhos, que em regra corresponde ao Encarregado / Chefe de Turma, é responsável


pela execução dos trabalhos operacionais de acordo com as indicações estabelecidas preventivamente.
A capacidade de liderança e a capacidade de iniciativa deste papel determinam a qualidade e a produtividade
do trabalho, bem como a eficiência e a segurança das pessoas. O Encarregado de Trabalhos deve:
 Receber o planejamento e a programação do trabalho a ser executado, para o qual está designado;

 Verificar se a atividade de trabalho pode ser realizada em conformidade com os regulamentos e


normas locais. É sua responsabilidade, analisar preliminarmente a documentação recebida referente
ao trabalho, ainda que digital e no dia da execução, verificar as condições no terreno, a data de
execução, a descrição do trabalho previsto e a composição da equipe. Se as condições no campo
não forem as esperadas (por exemplo, devido a modificações no sistema realizadas na rede ou
condições climáticas adversas), pode decidir não iniciar ou suspender a execução dos trabalhos. A
análise do trabalho a ser executado deve alcançar todas as diferentes fases necessárias, verificando

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a sequência correta das operações e a adequação dos equipamentos e ferramentas ao tipo de


trabalho;
 Assegurar as condições físicas e mentais da equipe para realizar as tarefas atribuídas. Contatar a
unidade de atribuição caso um membro da equipe apresente problemas que impossibilite correta
prestação de serviços e/ou o equilíbrio de toda a equipe ou grupo técnico. Em particular, o profissional
que não se encontre em condições psicofísicas adequadas não deve realizar o serviço;

 Verificar se o(s) profissional(is) que vai(vão) realizar a atividade de trabalho em tensão está(estão)
autorizado(s) para esse tipo de trabalho e, se necessário, dependendo da abordagem específica
adotada em nível local, se possui (possuem) tal autorização no local de trabalho;
 Verificar os equipamentos, comunicando a necessidade de recuperar ou substituir qualquer material,
ferramenta ou dispositivo que não possa ser utilizado; verificar o equipamento coletivo;
 Inspecionar a condição de uso dos Equipamentos de Proteção Individual, Coletiva e Ferramental,
Viaturas, Câmera, Habilitação de acesso à Rede, bem como providenciar a substituição quando
constatado sem condição de uso por danos ou em casos de ensaios dielétricos fora de validade;
 Coordenar e supervisionar o tratamento e a gestão dos equipamentos, assinalando os cuidados
especiais a adotar para a sua utilização e conservação;
 Realizar a reunião preparatória com os profissionais da equipe que executarão a atividade: partilhar
o Plano de Intervenção com o pessoal da equipe, dar as orientações úteis sobre a execução dos
trabalhos e definir as tarefas de cada um. Informar aos profissionais sobre o trabalho a ser executado,
os modos de execução, as medidas de segurança adotadas e as precauções a serem adotadas
durante a atividade de trabalho;
 Realizar a Análise Preliminar dos Riscos – APR em frente a câmera. Garantir que a câmera esteja
filmando a atividade bem como garantir a utilização do APP5RO nos casos que forem necessários.
Antes do início da atividade de trabalho, o Encarregado de Trabalhos é responsável também por verificar
todas as disposições mencionadas, sendo que se não for possível garantir o cumprimento de tais disposições,
não deve autorizar a execução da atividade de trabalho em tensão. Adicionalmente, no decorrer da execução
das atividades deve:
 Iniciar os trabalhos e efetuar a sua supervisão e coordenação, tomando nota da sua correta execução
e verificando, no início e durante a atividade, se as condições estabelecidas no Plano de Intervenção
e APR subsistem;
 Garantir o controle de acesso do pessoal operativo ao local de trabalho, sendo tal ação através do
controle sobre os cartões de vida, quando de trabalhos programados;
 Gerir sugestões, discutir os detalhes e esclarecer quaisquer questões questionáveis relevantes para
a execução dos trabalhos;
 Comunicar ao Responsável pela Intervenção o término dos serviços realizados no campo e entrega
da rede, informando o estado da mesma para a Operação;

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 No final dos trabalhos, certificar-se de que o sistema é deixado em condições adequadas e seguras
para a retomada do serviço regular e devolver a instalação ao Centro de Operação;
 Comunicar, de imediato, aos Supervisores e Técnicos de Segurança qualquer incidente que ocorram
com sua equipe, bem como as situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de
outras pessoas;
 Aplicar Stop Work, sempre que necessário.
O Encarregado de Trabalhos conduz as operações a partir do solo e deve supervisionar, e não participar da
execução da (s) atividade (s), ainda que parcial.

De forma similar ao que está definido em relação ao Responsável pela Intervenção, deve ser garantido o
registro da transferência de responsabilidade entre Encarregados de Trabalhos no âmbito de cada local de
trabalho, quando houver necessidade justificada de substituição desta figura, no transcurso da intervenção.

7.5.3.2.3 Responsabilidades e Tarefas do Pessoal Operativo

 Participar da reunião de equipe que se realiza antes de cada execução do trabalho, prestando atenção
às tarefas atribuídas, ao planeamento do trabalho e à programação delineada pelo Encarregado de
Trabalhos;
 Fazer sugestões e manter-se informado sobre todos os detalhes, para que não tenha dúvidas sobre
a tarefa atribuída;
 Verificar sempre, antes de iniciar qualquer trabalho, se os equipamentos, ferramentas e equipamento
de proteção individual - EPI usados estão nas condições adequadas;
 Realizar a tarefa atribuída de acordo com os procedimentos de trabalho estabelecidos e as
orientações acordadas com o Encarregado de Trabalhos;
 Ajudar a garantir a segurança pessoal e coletiva da equipe;
 Utilizar os equipamentos, ferramentas e equipamento de proteção individual - EPI com o máximo
cuidado para evitar danos, e em conformidade com a Instrução de Trabalho - WKI-HSEQ-HSE-18-
0085-INBR - EPI_EPC;
 Informar imediatamente quaisquer irregularidades ao Encarregado de Trabalhos;
 Não usar colares, anéis ou objetos metálicos (moedas, chaveiros, cintos com partes metálicas) ou
transportar objetos inflamáveis, fósforos, isqueiros ou celulares;
 Fazer utilização da Stop Work se for necessário.

7.5.4. Execução de Atividade em Tensão (Rede Energizada)

A execução de atividades em linha viva na rede elétrica deve observar as diretrizes definidas em Instruções
de Trabalho especificas.

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No caso de trabalhos em média tensão, devem ser executadas em conformidade com a Instrução de Trabalho
WKI-HSEQ-HSE-18-0102-INBR - Manutenção em Redes Energizadas de Distribuição nas classes de tensão
de 11,4 kV a 34,5 kV.
Deve ser destacado que no caso de linhas MT faz se necessário a desabilitação (bloqueio) da função de
religamento automático (DRA) em toda a cadeia de equipamentos de proteção que possuem esta função, do
local de trabalho até a cabeçeira da linha MT (interruptor de Subestação), incluindo os casos em que o local
de trabalho estiver à jusante de equipamento de proteção tipo fusível (chave fusível).

Figura 02: Exemplo Gráfico das medidas de segurança para trabalhos em rede energizada

Para o caso da rede AT, análise similar sobre possibilidade de sobreposição / interferência de alcance de
proteções com lógica de religamento associado, deve ser realizada antes da autorização para intervenção na
rede (destaque para configurações de linhas AT operando em paralelo).
Em todo caso, havendo conexões de fontes de suprimento de outras partes (Outros empresas
concessionárias de distribuição, geradores, e outras fontes de energia), as devidas tratativas operativas
devem ser garantidas por parte do Centro de Operação no processo de aprovação do Plano de Trabalho, de
forma a garantir a efetiva desabilitação das funções de religamento automático / automatismos, bem como
evitar qualquer tentativa de religamento manual sem prévia coordenação entre as partes.
A liberação de trabalhos em condição de rede energizada (em tensão) implica na desabilitação das lógicas
de automatismos (por exemplo, Self Healing) nos casos em que estiver presente.
Tal condição de trabalho (serviços em linha viva) deve ser refletida nos sistemas SCADA (TAGs ou
anotações), bloqueando a tentativa de normalização não intencional por parte do operador no Centro de
Operação.
Sempre que possível, os relés de proteção devem ter configurados a função “Hotline” ou “modo linha viva”
(função para habilitação da atuação por curva instantânea). Onde possível ação por telecomando, deve ser
habilitado tal função em pelo menos no dispositivo de proteção mais próximo à montante do ponto de trabalho
da equipe.
As condições de segurança definidas acima se aplicam também de modo similar para trabalhos em condição
de rede energizada à montante de equipamentos de proteção tais como Religadores Monofásicos (Fusesaver,

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TripSaver), Religadores Trifásicos, Chave Fusível Religadora e Seccionalizadores, devendo também ser
garantido em tais equipamentos a condição de possibilidade de operação única (bloqueio da possibilidade de
religamento automático).
Em caso de indisponibilidade da supervisão dos equipamentos de proteção, deve ser garantida a extração da
função de religamento localmente. Em todo caso, a condição de função de religamento desabilitada deve
estar claramente identificada nos controles operativos à disposição do Centro de Operação, com mecanismos
de bloqueio ou alerta de tentativas de habilitação da função ou fechamento não intencional do equipamento
(em caso de abertura acidental durante a execução dos trabalhos).
Do ponto de vista da qualidade do serviço, e faz necessário observar as seguintes diretrizes:
Se tal indisponibilidade for identificada na fase de planejamento da intervenção, deve ser exigido das equipes
especializadas, a normalização da comunicação do equipamento antes da autorização para trabalho. É ainda
responsabilidade concomitante da Unidade Responsável pela Gestão dos Trabalhos, do Responsável pela
Intervenção assim como do Centro de Operação, no dia anterior à data da intervenção, verificar a condição
de disponibilidade de comunicação dos equipamentos, e adotar ações para viabilização da autorização em
rito normal. Sugere-se nestes casos a desativação da função de proteção do equipamento sem supervisão,
com vistas para evitar abertura do mesmo durante os trabalhos, e impacto nos indicadores de continuidade.
O religamento de uma instalação que esteja entregue para execução de trabalhos em tensão somente é
permitido após contato do Centro de Operação com o respectivo Encarregado de Trabalhos. Por este motivo,
o Plano de Trabalho deve obrigatoriamente constar o máximo de possibilidade de contato entre as partes.
Adicionalmente as equipes devem possuir equipamentos que identifiquem a ausência e tensão na rede
elétrica sob intervenção, buscando de forma proativa contactar com o Centro de Operação, informando sobre
a situação, ainda que absolutamente normal.
Para situações de mais de uma local de trabalho simultâneo em uma mesma zona de alcance de equipamento
de proteção, ou em uma mesma instalação (exemplo, linha MT), o religamento da instalação após desarme
ocorrido no transcurso da atividade, somente é possível após a coordenação do Centro de Operação com
todos os Responsáveis por cada Intervenção.
Uma vez que a viabilidade do trabalho é avaliada positivamente e a preparação do trabalho é concluída, a
fase de execução do trabalho pode ser iniciada. Durante esta atividade é necessário assegurar que os
trabalhos sejam realizados conforme previamente estabelecido, através da implementação das medidas de
prevenção e proteção fornecidas.
Ao realizar trabalhos com instalações em tensão (energizadas), o Encarregado de Trabalhos responsável por
este tipo de serviço deve solicitar ao Centro de Operação a autorização para início das atividades, que é
concedido apenas após o bloqueio do religamento automático e bloqueios de automatismos da instalação
elétrica onde é executado o serviço, conforme definido previamente no Plano de Trabalho em tensão.
No caso de trabalhos programados, a equipe deve informar o número de uma Ordem de Serviço Programada
(Plano de Trabalho) e unidade cadastral onde serão realizados os trabalhos, e assim o Centro de Operação
efetuará as ações operativas sobre os equipamentos para os quais devem ser bloqueados o religamento e
bloqueio de automatismos necessários para a execução do serviço.
No caso de Trabalhos emergencial, a Equipe de Campo deve informar a Unidade Cadastral, repassando os

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detalhes da condição da rede bem como da extensão e gravidade do dano / avaria, para a devida preparação
do Plano de Trabalho, neste caso pelo Centro de Operação.
Após a conclusão, a equipe deve informar o Centro de Operação, o qual procederá então com as tratativas
necessárias para a inserção do religamento e dos automatismos necessários nos equipamentos onde foram
previamente retirados.
Nos serviços em rede energizada (em tensão), as condições meteorológicas devem ser as mais favoráveis
possíveis. Conforme as condições em que o tempo se apresentar a equipe deve seguir as seguintes
orientações:
Tabela 02 - Condições meteorológicas

Condições Meteorológicas Método de Trabalho Procedimento da Turma


À distância
Tempo Bom O trabalho pode ser iniciado e concluído.
Ao contato
O trabalho não deve ser iniciado, mas as operações
À distância
em fase final podem ser concluídas.
Chuva Fraca
O trabalho não deve ser iniciado e as operações em
Ao contato
andamento devem ser interrompidas.
Chuva Forte Neblina À distância O trabalho não deve ser iniciado e as operações em
Tempestade Ao contato andamento devem ser interrompidas.
À distância Verificar se a situação permite a execução ou a
Vento
Ao contato continuidade dos trabalhos.

Outros aspectos importantes a serem observados para a realização de intervenção em tensão na rede
elétrica:
 A desconexão ou corte de condutores sujeitos a estresse mecânico não é permitido, a menos que
este estresse seja previamente eliminado pelos meios adequados (efeito mola);
 No caso específico de atividades de trabalho realizadas por meio de contato direto: as peças
energizadas que são objeto da atividade de trabalho devem ser incluídas na zona de intervenção e
devem estar localizadas somente em frente à face do operador;
 As peças em potencial diferente (fases, neutro, massas) que se encontrem na zona de intervenção
devem ser separadas por meio de mantas isolantes;
 O estado dos componentes que são objeto da atividade de trabalho deve excluir o perigo de quebras
e deslocamentos das peças metálicas energizadas, bem como o perigo de curto-circuito;
 Verificar, por meio de possíveis especificações de controle/verificação, se houver, a integridade e,
portanto, a possibilidade de uso seguro de todos os equipamentos, ferramentas, instrumentações e
EPI necessários à execução da atividade específica.
 Verificar se o profissional que realiza a atividade de trabalho em tensão utiliza o EPI e o equipamento
exigido.

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 Verificar se o (s) profissional (is) que executa (m) a atividade (s) de trabalho em tensão pode trabalhar
em um local estável com as duas mãos livres.
 Verificar se as massas que não estão protegidas contra contato indireto (por exemplo, possíveis cabos
de suporte metálico) e com as quais o operador pode entrar em contato durante a atividade de
trabalho não estão energizadas.
 Verificar se não existem outras peças energizadas que sejam acessíveis a uma distância menor do
que a DV (assim como a DL) dentro da área de trabalho e, se não, adotar a medida preventiva e de
proteção necessária (por exemplo, coberturas isolantes).

 Verificar se a área de trabalho está livre de obstáculos e encontra-se marcada adequadamente (por
exemplo, com barreiras plásticas, estacas, fitas de sinalização etc.). Somente o Encarregado de
Trabalhos e os empregados autorizados para este trabalho têm permissão para ingressar nesta zona.
 Verificar se os riscos (incluindo de incêndio e explosão) foram eliminados.

Se durante uma fase do trabalho se verificar que é necessário modificar o que foi previamente estabelecido,
isto deve ser realizado antes da execução do trabalho em questão, através de um novo planejamento (Novo
Plano de Trabalho).
Se uma atividade de trabalho tiver que ser suspensa, o Encarregado de Trabalhos deve tomar todas as
medidas necessárias para deixar a instalação e os equipamentos em condição de segurança.

7.5.5. Recomendações para Execução de Manobras

A ação de bloqueio da função de religamento automático dos equipamentos de proteção também deve ser
realizada em ações de manobras de operação em equipamentos de seccionamento em rede em condição
energizada (chaves seccionadoras, chaves faca monopolar, IMS telecomandado e outros), levando em
consideração os tempos de neutralização de setup nos interruptores, o tipo de equipamento assim como as
condições da manobra a ser executada.
Nos casos de manobras em que se faz necessário desabilitar (bloqueio) a função de religamento automático,
é exigido tal ação pelo menos no primeiro equipamento de proteção à montante do local de manobra. O
detalhamento de tais condições encontra-se descrito na Instrução Operacional n°. 1831 - Diretrizes de
operação com equipamentos de telecontrole e modos automatizados, e de operações para gestão de falhas
da rede de MT.
Deve ser ressaltado que as ações de abertura ou fechamento de jamper, assim como desconexão / reconexão
de grampo de linha viva e outras similares, do ponto de vista do processo, são consideradas ações de
manobras, exigindo por tanto a necessária coordenação das ações com o Centro de Operação (ainda que de
forma delegada).
Sob condições climáticas adversas, os riscos de trabalho em redes elétricas aumentam, devendo a equipe
analisar as condições e informar ao correspondente Centro de Operação. Como regra geral, é proibido realizar
operações (manobras) na rede elétrica envolvendo intervenção manual / local em equipamentos energizados,
sob condições climáticas adversas. Em relação às operações manual / local em equipamentos não
energizados, a equipe atribuída na manobra deve realizar uma análise completo dos riscos quando da

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Assunto: Diretrizes de Segurança e Medidas Organizativas para Atividades com


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realização da APR, incluindo a avaliação exaustiva do contexto ambiental / climático. Deve se destacar que
sob condições climáticas adversas e severas, a operação não deve ser iniciada e as operações em
andamento devem ser interrompidas ou suspensas até que se tenha condição segura para execução. Como
exemplo de situações climáticas adversas se destaca como exemplo, o contexto de fortes ventos que
provoquem instabilidade do pessoal na posição de trabalho ou deslocamento dos condutores e elementos
utilizados”, chuvas intensas com limitação de visibilidade e locomoção, além da situação de possibilidade de
descargas atmosféricas.

7.5.6. Comunicação Durante a Execução da Atividade

Quando são realizados trabalhos com risco elétrico, as comunicações devem ter determinadas características
para garantir a segurança. As comunicações cumprem basicamente três finalidades:
 Documentar a informação transmitida e recebida para que possa ser utilizada pelos empregados que
operam posteriormente;
 Permitir a possível avaliação de responsabilidade;

 Transmitir com segurança informações entre os operadores que operam simultaneamente.

A interação constante e permanente entre o Responsável pela Intervenção e o Centro de Operação deve ser
assegurada através do estabelecimento de meios de comunicação adequados e eficazes. Os sinais ou
alertas não se enquadram na categoria de comunicação.
Em caso de não disponibilidade absoluta destes meios, o trabalho não é realizado, exigindo estabelecer
Centros Intermediários de comunicação ou garantida as condições de delega de ação (nos termos deste
documento), como condição para a realização da intervenção.
O contato entre o Responsável pela Intervenção e o Centro de Operação no início dos trabalhos deve
corresponder também a um teste de efetividade da comunicação. E sempre que houver deslocamentos
significativos dentro da área autorizada no Plano de Trabalho, um novo teste de comunicação deve ser
realizado, partindo do Responsável pela Intervenção, no local dos trabalhos, para confirmar o atendimento a
este quesito.
Para evitar erros quando a informação é transmitida verbalmente, o destinatário deve repetir a informação ao
remetente, que deve confirmar que foi corretamente recebida e compreendida.
A comunicação também entre o Encarregado de Trabalhos e profissionais sob sua coordenação deve ser
também sempre de forma eficaz, protocolar, em todo garantido o devido entendimento por parte do receptor
através da conformação de entendimento da mensagem emitida.
Apenas o Encarregado de Trabalhos dará autorização aos profissionais sob sua responsabilidade, para iniciar
a atividade de trabalho.

7.5.7. Delimitação e Entrega da Área de Trabalho

A delimitação da área de trabalho deve ser definida e claramente identificada na Instrução de Trabalho WKI-
HSEQ-HSE-18-0086-INBR - Sinalização viária.

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Ao estabelecer o local de trabalho, o Encarregado de Trabalhos assegura a adoção das medidas para o
controle dos riscos elétricos dentro desta área (mas não noutro local).
Após a entrega, as condições elétricas da instalação dentro do local de trabalho não devem ser modificadas,
e devem estar nas condições previstas para executar o trabalho com segurança. Qualquer alteração deve ser
acordada com o responsável da Unidade Responsável pela execução dos trabalhos.
Tanto a entrega da instalação como a sua devolução deve ser documentada. Soluções alternativas à
documentação de entrega só são permitidas se esta nova solução atingir um nível equivalente de
confiabilidade e rastreabilidade.

7.6 Trabalhos em Redes Elétricas Desenergizadas

Uma instalação elétrica ou parte dele é considerada desenergizada somente após a implementação efetiva
das medidas de segurança necessárias para definir uma Zona Protegida e Zona de Trabalho (aplicação das
regras de Ouro).
Para garantir o cumprimento das 05 Regras de Ouro, é importante que a equipe de trabalho conheça a
instalação elétrica e localize a área onde a intervenção será realizada para determinar com clareza a Zona
Protegida e a Zona de Trabalho. A equipe de trabalho deve identificar os pontos de instalação elétrica onde
cada uma das etapas das cinco regras de ouro é aplicada e selecionar os respectivos equipamentos e
elementos de proteção individual (EPI) a serem utilizados.
A seguir, estão apresentadas de forma resumida as medidas de segurança necessárias para definir uma Zona
Protegida / Zona de Trabalho. Deve ser destacada, no entanto, que a sequência das ações necessárias para
a implementação de uma Zona Protegida, seguida em sequência de uma Zona de Trabalho, as diretrizes a
serem observadas em cada etapa bem como as Instruções de Trabalho que detalham as diretrizes de
implementação de cada regra aplicável estão descritas na Instrução de Trabalho WKI-OMBR-OeM-21-1346-
EDBR - Diretrizes e Responsabilidades para Trabalhos Programado e Emergencial em Rede Desenergizada.

7.6.1. Zona Protegida

A Zona Protegida é toda área isolada de uma instalação elétrica devido a atividades programadas ou não
programadas, delimitada pelos pontos de seccionamento da instalação elétrica devidamente desligados,
constatado ausência de tensão, impedidos de reenergização, e sinalizados.
Para a criação da Zona Protegida, o Centro de Operação coordenará com as Equipes em Campo / Operador
Local a realização dos seguintes passos:
a) Executar Análise Preliminar de Risco (APR) e registrar em meio físico ou digital;
b) Implementar as medidas de sinalização viária (onde aplicável), em cada ponto onde é efetuado as
ações mencionadas nos itens seguintes:
c) Desligar (seccionar), sob a coordenação do Centro de Operação todas as possíveis fontes de
fornecimento;
d) Constatar ausência de tensão (comprovar);
e) Adotar medidas para evitar reconexões indesejadas (bloquear) e colocar placas de sinalização, capas

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ou outro dispositivo nos pontos de seccionamento. Garantir também proteção adequada em


decorrência de interferências elétricas.

7.6.2. Zona de Trabalho

Nos trabalhos em rede desenergizada, após a criação da Zona Protegida, o Centro de Operação coordenará
com o Responsável pelo Desligamento a criação da (s) Zona (s) de Trabalho necessárias para realização das
atividades de intervenção na rede elétrica.
Uma Zona de Trabalho sempre estará contida em uma Zona Protegida e mais de uma Zona de Trabalho pode
estar dentro de uma Zona Protegida.
A implementação das medidas de segurança é responsabilidade do correspondente Encarregado de
Trabalhos definido para cada Zona de Trabalho, e seguirá resumidamente os seguintes passos:
a) Localizar a instalação elétrica, ou parte desta, que é objeto da atividade de trabalho;
b) Realizar Análise Preliminar de Risco (APR) e registrar em meio físico ou digital;
c) Constatar ausência de tensão para confirmar iniciar as intervenções;
d) Realizar o aterramento e curto-circuito das instalações elétricas;
e) Sinalizar, também com a instalação de impedimentos físicos, para demarcar o local de trabalho.

Deve ser destacado que ainda que todas as medidas de segurança tenham sido implementadas
adequadamente, antes de iniciar as atividades de trabalho ainda que em rede desenergizada (bem como no
decorrer dos trabalhos), o Encarregado de Trabalhos deve verificar se as condições atmosféricas e ambientais
são adequadas para realizar a atividade de trabalho, considerando a possibilidade de redução das
propriedades isolantes, redução de visibilidade e prejuízo à movimentação dos profissionais, etc.

7.6.3. Condições Especiais

A definição prévia das necessárias medidas de segurança (fase de planejamento da execução da atividade)
assim como a efetiva implementação destas, seguindo a documentação, organização e responsabilidades
definidas neste documento (e complementares) é requisito obrigatório em qualquer tipo de trabalho na rede
elétrica, incluindo atividades em circuitos de regulação auxiliar, transmissão remota, telecontrole, medição,
sinalização de alarme, etc.
Para a realização de atividades sem tensão em circuitos auxiliares de regulação, transmissão remota, controle
remoto, sinalização de alarme, etc., o curto-circuito e a ligação à terra dos condutores não é requisito
obrigatório, porém sem prejuízo da implementação das demais medidas de segurança necessárias
identificadas na fase de planejamento (ainda que de curto prazo) pelo profissional responsável pela execução
da tarefa.
Para realizar atividades nos circuitos de medição (alimentados pelos circuitos secundários de TC e TP), é
necessário garantir que em nenhum caso, a conexão do terminal aterrado secundário falhe. Adicionalmente:

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 Os circuitos secundários dos transformadores de corrente (TC) nunca devem ser interrompidos.
Para desconectar dispositivos alimentados por transformadores de corrente, seus terminais
secundários devem primeiro ser curto-circuitados;
 Os circuitos secundários dos transformadores de tensão (TP) nunca devem ser curto-circuitados.
Para desconectar os dispositivos alimentados pelos Transformadores de tensão, seus terminais
secundários devem ser isolados.

7.6.4. Organização do Trabalho

A complexidade da instalação elétrica (ou estrutura(s) desta) objeto da atividade de trabalho deve ser avaliada
pelo Responsável pelo Desligamento / Encarregado de Trabalhos antes do início de tal atividade, por meio
da Análise Preliminar de Risco (APR) apontando as possíveis dificuldades que podem ser encontradas por
qualquer empregado envolvido, em termos de instrução de trabalho à sua disposição, equipamentos,
treinamento e experiência.
A preparação das atividades de trabalho a serem realizadas em instalações devem ser feitas por escrito e
previamente para trabalhos programados, respeitando as particularidades de cada uma, com a elaboração e
emissão da documentação. Cada Área de Concessão I&N pode possuir uma formalização de documento,
mas se deve incluir as informações requeridas nesta Instrução Operacional.

7.6.4.1. Unidades Responsáveis pelo Planejamento e Execução dos Trabalhos sem Tensão

03 (Três) Unidades são identificadas para a execução de trabalho sem tensão:


1. Unidade Responsável pela Gestão das Atividades de trabalho:
De forma macro, as responsabilidades relativas a esta Unidades são:
a) Elaborar e preparar o documento que contém o planejamento do trabalho e seus arranjos
organizacionais (Plano de Trabalho);
b) Planejar as etapas necessárias para desconectar ou reconectar a instalação elétrica, indicando a
Zona Protegida e Zona de Trabalho;
c) Planejar e programar as atividades de trabalho.

No contexto organizativo Enel, as atribuições desta Unidade nos trabalhos programados são exercidas pelas
Unidades Territoriais Operacionais (UT) e Unidades de ND quem é responsável pela organização executiva
das atividades de trabalho e pela preparação e elaboração do documento que contém os modos de execução
segura do trabalho (Plano de Trabalho em tensão).
Nos trabalhos emergenciais, as atribuições desta unidade de responsabilidade recaem (provisoriamente)
sobre o Centro de Operação com base nas informações recebidas das Equipes de Campo.
2. Unidade Responsável pela Operação da Instalação Elétrica
De forma macro, as responsabilidades relativas a esta Unidades são:
a) Aprovar o plano de trabalho elaborado pela Unidade Responsável pela Gestão das Atividades,
verificando sua compatibilidade com a configuração da rede e os impactos decorrentes da

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atividade proposta;
b) Realizar as atividades operacionais destinadas a alterar o estado de uma instalação elétrica.
(Desconectar e conectar);
c) Realizar alterações da automação e proteção da rede (modificação das configurações de
proteção elétrica, inibição de reconexões automáticas, etc.) por Telecontrole, ou localmente por
meio de um profissional autorizado;
d) Liberar a instalação elétrica especificada no plano de trabalho para o empregado indicado
(Responsável pelo Serviço ou Encarregado/Chefe de Turma), e apenas com relação às atividades
operacionais necessárias para desconectar ou reconectar a instalação elétrica para o trabalho,
pelo tempo especificado no plano de trabalho. (Operação e Manutenção).

No contexto organizativo Enel, as atribuições desta Unidade são exercidas pelos correspondentes Centros
de Operação responsável pela instalação objeto da intervenção.
3. Unidade Responsável pela execução dos trabalhos

Esta unidade, representada pelas equipes que realizam as intervenções demandadas sobre a rede elétrica,
tem normalmente as seguintes responsabilidades:
a) Verificar preliminarmente e partilhar com a Unidade Responsável pela gestão dos trabalhos, o
planejamento do trabalho e a organização dos mesmos mediante uma inspeção de análise previa
no local de intervenção;
b) Preparar o documento contendo os modos de execução segura do trabalho (Plano de
Intervenção). Esta unidade é responsável pela organização executiva das atividades de trabalho
e pela preparação e redação do Plano de Intervenção, documento contendo os modos de
execução segura do trabalho. No caso de atividades de trabalho realizadas por Contratistas, o
Plano de Intervenção é emitido pelo próprio Contratista.
c) Para o caso de trabalhos com empregados próprios, designar os operadores e o encarregado da
obra. No caso de trabalhos serem executados por uma empresa contratada, deve designar os
trabalhos a serem executadas pela mesma;
d) Verificar a disponibilidade de Instruções de Trabalho, equipamentos de proteção individual,
equipamentos de apoio relacionados com a correta execução dos trabalhos;
e) Executar os trabalhos;
f) Verificar a formação, competência e autorização dos membros das equipes de trabalho, conforme
a Instrução de Trabalho WKI-HSEQ-HSE-17-0003-INBR - Habilitação de Acesso a Áreas de
Risco;
g) Propor melhorias e possíveis interferências dos trabalhos requisitando alteração de projeto
quanto aplicável.

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7.6.4.2. Funções de Trabalho

Durante uma atividade de trabalho, as instalações elétricas devem ser colocadas sob a responsabilidade de
um empregado, o Responsável pelo Desligamento (Zona Protegida) e Encarregado de Trabalhos (Zona de
Trabalho). Nenhum trabalho deve ser realizado se estes agentes não forem designados no Plano de Trabalho
específico.
O detalhamento de todo o fluxo do processo de autorização de trabalhos em rede desenergizada AT, MT e
BT, seja programado ou emergencial, desde a etapa do planejamento, autorização e execução dos trabalhos,
assim como a definição das figuras envolvidas e correspondentes funções, documentação aplicável e demais
requisitos aplicáveis, estão descritos na Instrução de Trabalho WKI-OMBR-OeM-21-1346-EDBR - Diretrizes
e Responsabilidades para Trabalhos Programado e Emergencial em Rede Desenergizada.

7.6.4.3. Contexto Meteorológico

Sob condições climáticas adversas, é proibido realizar trabalhos na rede elétrica ainda que em condição de
rede desenergizada, não devendo ser iniciado, ou para o caso de trabalhos em andamento, ser interrompidos,
ou suspensos até que se tenha condição segura para execução. Diante deste cenário adverso, cada
Encarregado de Trabalhos deve realizar uma análise completa dos riscos, tanto quando da realização da APR
no início da atividade, quanto no transcurso da execução da intervenção, quando da mudança do contexto
meteorológico. Como exemplo de situações climáticas adversas se destaca como exemplo, o contexto de
fortes ventos que provoquem instabilidade do pessoal na posição de trabalho ou deslocamento dos
condutores e elementos utilizados”, chuvas intensas com limitação de visibilidade e locomoção, além da
situação de possibilidade de descargas atmosféricas.

7.7 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)

Para a execução de trabalhos em tensão e sem tensão, são necessárias ferramentas, equipamentos e
dispositivos que devem ser aprovados, certificados ou periodicamente testados e verificados, e verificados
visualmente antes do uso.
Os EPIs e EPCs a serem utilizados nas fases/situações específicas para o atendimento das condições de
segurança, juntamente com os equipamentos/ferramentas que garantem a proteção por duplo isolamento,
encontram-se listados em Instruções de Trabalho específicas para cada tipo de atividade por nível de tensão.
A seleção da classe de tensão do EPI/EPC deve ocorrer conforme tabela a seguir:
Tabela 03 - Classes de tensão de equipamentos com propriedades isolantes

Classe Tensão máxima de Uso (Volts)


0 1.000
1 7.500
2 17.000
3 26.500
4 36.000

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7.8 Política de Consequências

As diretrizes, estrutura, documentação, funções e responsabilidades e demais requisitos definidos neste


documento bem como nas demais Instruções de Trabalho associadas ao processo de Autorização e
Organização dos Trabalhos na rede Elétrica Enel Brasil deverão ser seguidas de forma rigorosa por todos
envolvidos em trabalhos na rede elétrica, tanto em condição de rede energizada quanto em rede
desenergizada, considerando as particularidades de cada trabalho.
O descumprimento de qualquer requisito, assim como a omissão dos papéis e responsabilidades inclusive no
nível de gestão e supervisão enseja a aplicação da Política de Consequências do Grupo Enel, representado
pelas cláusulas dos contratos e demais normativas aplicáveis.

8. ANEXO

8.1 Anexo Externo

 FOR-HeS-0001-EDBR_v1 - Entrega de Trabalho;

 FOR-HeS-0002-EDBR_v1 - Plano de Intervenção (PI);


 TPL-HeS-0001-EDBR_v1 - Guia Rapido_Diretrizes de Segurança e Medidas Organizativas para
Atividades com Risco Elétrico.

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