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14 - Numbers - Novas Espécies - Laurann Dohner
14 - Numbers - Novas Espécies - Laurann Dohner
Numbers
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140
Mourn não está tão seguro de que falar com uma mulher humana
o ajudará a se curar, mas ele a deseja. É possível que ela possa chegar
a se converter em sua nova razão para viver.
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Capítulo Um
— É horrível.
Forçou um sorriso.
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— Isto não é divertido. Tinha que ir por aí?
— Não.
— Dana?
Queria que fosse certo, mas nem sempre era tão fácil quanto
falar. Realmente não queria que Paul se preocupasse.
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Ele empalideceu.
— Foi ali.
Estendeu a mão.
— Feito.
— O que?
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— São diferentes, mas de excelentes maneiras. Têm meu
respeito e sim, realmente gosto deles. Não iria querer viver em outro
lugar.
7
Os dois Nova Espécies que trouxeram o homem permaneciam
contra a parede, mantendo-se fora do caminho.
Ela vacilou.
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O médico examinou o crânio do paciente, sondando,
provavelmente comprovando as fraturas e lacerações.
— Genial.
— Isto é justo o que precisamos. Vai ficar irritado. Por favor, diga
para não se irritar. Vocês dois podem ir.
— Sim.
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Tentou não olhá-la fixamente. Esta mulher Nova Espécie era a
primeira que via de perto desde que chegou. Era bonita, com o cabelo
longo e escuro.
— Por quê?
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— Ajudou trabalhar nele. Eu também teria curiosidade. Provoca
brigas com outros machos, esperando que um deles o mate. Nós não
tiramos nossas vidas da forma como os humanos fazem. É uma
questão de orgulho.
Isto puxou uma fibra sensível de Dana, ouvir que ele perder a
mulher que amava. Sabia o que implicava o termo “companheira”
graças a algumas coisas que Paul se sentiu livre para contar. Alguns
Novas Espécies estavam casados, mas eles chamavam companheira
suas esposas. Não requeriam uma cerimônia, mas simplesmente
podiam compartilhar uma promessa de compromisso, assinar
documentos legais e fazê-lo oficial.
Paul franziu o cenho, olhou para Mourn e depois para ela. Seus
olhos se estreitaram.
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— Não acho que seja uma boa ideia. — Respondeu Dr. Harris. —
Ele não gosta de estranhos. Sua irmã poderia conversar com outros
Espécies se está curiosa sobre eles.
— Dana...
— Não. — Dr. Harris passou pela cama. — Não acho que seja
uma boa ideia.
— Não.
— Pode ficar.
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que acontecerá se falar com alguém sobre ele? Já ouviu demais.
Imagina o que a imprensa iria fazer com esta história?
Dana negou com a cabeça. — Disse que já fez isto antes. Que
dano poderia causar por falar com ele?
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— Sou uma Espécie e disse que está bem. Não precisamos ter
uma reunião para isto. Vamos almoçar como tínhamos planejado.
— Ouvi. Perdeu sua esposa. Acredite quando digo que não vai
acontecer. Obviamente, ele a amava muito. O último que irá querer é
sair com alguém. Receba-o de alguém que sabe.
— Não é por isso que quero falar com ele. Não estou procurando
uma pessoa tampouco. Isto poderia lhe ajudar de alguma forma. É
tudo.
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— Vou aos encontros que mamãe organiza.
— Nós dois sabemos que estes não contam. Apenas o faz para
tirá-la de cima de você e para que não te assedie.
— Certo. Devo dizer que tentei, mas não houve faísca. Ela não
pode me culpar por isto.
— Há bons homens por aí. Sou uma prova disso. — Ele sorriu.
— Não precisei sair com Becky desde o sétimo ano para ser um bom
marido. Nos conhecemos muito mais tarde e sou quase dez anos mais
velho que ela. Adoro o chão que pisa.
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disso é culpa minha. Estive realmente mal depois que Tommy morreu,
assim que não lutei contra ela tanto como deveria fazê-lo quando
assumiu o controle de alguns aspectos de minha vida. Simplesmente
não tinha forças ou vontade. É muito pior do que era quando éramos
crianças.
— Eu sei. Não podia esperar para sair dali por minha conta. Ela
nos ama. Não se pode negar isto, mas no manipula. Ficaria louco.
— Não foi tão bom assim o alistamento. Por isso que saí e agora
trabalho aqui. Sem mencionar que, uma vez que conheci Becky, não
queria que ela ficasse se preocupando comigo ou em ter que deixá-la
por meses quase sempre. Seguro como o inferno que não queria viver
perto da mamãe. Teria nos deixado loucos.
Ela o observou.
Ela assentiu.
— Entendo isto.
— Há alguém aqui?
— Certo. — Concordou.
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subir e descer. Seu olhar viajou sobre ele, tomando nota de que seus
braços mudaram de posição e as restrições pareciam tensas. Sentou-
se um pouco mais reta.
— Olá.
— Me solte.
— Pare.
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Ele a olhou e seus lábios carnudos se afastaram para revelar
alguns dentes afiados.
Se olhares matassem...
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— Quanto tempo se passou desde que perdeu sua companheira?
— Eu sei.
Ela vacilou.
— Não.
— Por quê?
— Tente.
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Dana se apoiou na grade e aproximou-se dele. Sentia-se muito
quente, como se estivesse com febre. Entrelaçou os dedos nos seus.
Ele não puxou ou tentou evitar o contato. Mas, não a puxou para se
apoderar dela, em troca, simplesmente pareceu suportar seu contato.
— Saia.
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Capítulo Dois
Dana olhou para cima, esperando ver seu irmão. Chegou como
um choque quando ficou olhando os olhos azuis iguais aos de um
gato. Mourn ainda tinha um curativo na testa, mas trocou de roupa.
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Usava uma camiseta negra de manga longa e uma calça cargo
também negra combinando. Seu ritmo cardíaco se reduziu, quando
percebeu que foi falar com ela, depois de tudo.
— Quer se sentar?
Olhou ao redor.
— Não.
Ele era um estranho. No entanto, não foi por isso que vacilou.
Perdeu a mulher que amava e a buscou para sair. Precisava de um
amigo, alguém com quem falar e queria estar ali para ele.
Então a observou.
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— Não vamos muito longe e ninguém nos verá. Poderiam me
procurar aqui já que sabem que passou tempo comigo.
— Não precisa.
— Aonde vamos?
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de pernas estava exposta, mas não lhe preocupava que Mourn
pudesse olhá-las lascivamente. Perdeu a mulher que amava e estava
triste por sua perda. Não era um asqueroso depravado. Apenas estava
de luto.
Fez uma pausa, mantendo seu rosto nas sombras para que ela
não pudesse ver sua expressão.
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Ela envolveu os braços ao redor de sua cintura e abraçou-o. A
brisa fria parecia soprar através de seu robe.
— De modo que, suponho que sente culpa pelo que ela sofreu.
Meu marido se aferrou à vida, sem importar a dor que sentia. Não
queria me deixar. Acho que lutou tanto para manter a respiração
todos os dias apenas porque sabia que ficaria devastada quando
morresse. Tinha câncer e se estendeu para o fígado, os rins e pulmões.
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— Use isto. Irá servir sobre o que está vestindo.
Ela vacilou.
— Isto faz com que seja pior. Eu sei. Não tenho pena de você.
Sobreviveu à morte dela. Isto te faz forte. Algumas pessoas se rendem.
Refugiam-se dentro de suas casas e nunca saem. Em conjunto,
deixam de viver. No entanto, não concordo com sua forma de interagir
com outras pessoas, se está iniciando brigas a socos com tipos que
são grandes o suficiente para te machucarem. Pode ser uma boa ideia
repensar seu plano e começar a falar em seu lugar.
Encolheu os ombros.
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— Poderia matá-la.
Seu tom revelou sua ira. A experiência deve ter sido ruim.
Entendia.
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novamente escondendo-se do mundo. Sua mãe daria um ataque, mas
na realidade não se preocupava com isso.
— Não é necessário.
— Está cansada?
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Isso a horrorizou.
— E seus amigos.
— Bom, tem uma amiga agora. Você é importante para mim. Não
se renda Mourn. Me deixe te ajudar. Sei que provavelmente sente
como se não houvesse nada melhor, mas se arrisque. Apenas tem que
se dar uma oportunidade. Não pode permitir que as coisas se
mantenham como estão.
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— É importante isso?
Levantou-se.
— Poderia caminhar.
— Obrigada.
— Não é.
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— Quer viver.
— Sua camiseta...
— Adoraria.
— Por quê?
31
***
32
do vento mudasse, revelando sua presença. Manteve-se nas sombras
até que estava longe da casa e de volta ao parque.
— Eu sei.
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— Sabe como se chama?
— Entendo.
Se agitou.
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— Exatamente. Fique irritado. Use isso para lidar com a perda.
Não conheci sua companheira, mas ela parecia valente. Fui
testemunha das mortes de dois de meus irmãos e tive que matar o
terceiro com minhas próprias mãos porque sua mente se rompeu.
Tinha que evitar que se convertesse em algo que ele desprezava. Era
meu sangue, mas ainda estou aqui. Eles teriam esperado que vivesse
minha vida. Ninguém lhes deu esta oportunidade. Não iria querer que
sua companheira abraçasse a liberdade, mesmo se você tivesse
morrido? Não iria esperar que continuasse adiante sem você?
— Ela lutou duro para viver. Não desonre sua memória jogando
fora o resto de sua vida. Ela te diria isso se pudesse.
— Não!
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— Não sei o que faria. Teria jurado que nunca iria me golpear
antes de hoje, no entanto, fez exatamente isso. Está sob nossa
proteção. Mantenha-se o mais longe possível dela.
Mourn vacilou.
— Isso disse.
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— Ele está morto.
— Isso depende. Vai fazer algo estúpido que possa irritar seu
irmão ou a mim?
— Não.
— Sim.
— Não. Ia correr.
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Capítulo Três
— Uau. Está ficando tarde. Não tem que trabalhar amanhã, Paul?
— Oh.
— Está cansada?
— Um pouco.
— Eu o verei de manhã.
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Foi até a porta de correr, abriu-a e entrou no pátio traseiro.
Dana olhou ao seu redor, com a esperança de que Mourn houvesse
chegado. Não o viu, mas levou um tempo para se adaptar a escuridão.
Um movimento perto da árvore mais próxima da mesa do pátio atraiu
sua atenção e sorriu quando Mourn saiu de entre as sombras.
Saudou com a mão e se aproximou.
— Olá.
— Usa sapatos.
— Está bem.
— Porque me carrega?
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— O que está acontecendo?
— Sim.
— Provavelmente.
— Não. Está ventando outra vez e será difícil para ele poder
pegar meu cheiro. Essa é outra razão pela qual a carreguei. Esfreguei
meus sapatos na grama para dificultar meu rastreamento. Você teria
deixado um rastro para que seguisse.
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— É um prédio de armazenamento para nossa equipe esportiva.
Vou acender a luz. Feche os olhos para que não incomode. Pode levar
uns segundos para se adaptar.
Ela abaixou a cabeça e fez o que lhe pedia. Ouviu o suave clique
de um interruptor e olhou, piscando algumas vezes. Não era uma luz
de teto brilhante, mas iluminava bastante para poder ver. As estantes
estavam ao longo da parede e um banco longo corria pela frente. Sob
o assento de madeira haviam várias caixas cheias de bolsas.
— Não danço. Ficaria com medo dos demais rirem de mim. Não
tínhamos acesso a música antes da liberdade. É novo.
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— E usa companheira? Dançava?
Dana assentiu.
— Entendo.
42
Ele olhou para o outro lado.
— Não.
— Número.
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Foi horrível para Dana. A mulher que Mourn amou estava
doente quando finalmente ganhou a liberdade e, provavelmente,
nunca desfrutou de nada disso. Em sua mente se formou a imagem
mental de uma lápide com apenas um número gravado. Era além de
trágico.
— Sinto muito.
— Não é culpa sua. Nem todos os humanos são iguais. Sei disso.
Não teve nenhum papel em sua morte.
— Não é.
Ele aproximou-se dela, mas não fez contato. Dana segurou sua
mão.
— Sinto culpa.
Ela assentiu.
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— Sabe a que me refiro. Dormir sozinho. Comer sozinho. O
silêncio é absolutamente horrível.
Dana assentiu.
— Prova?
— Eu também.
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— Tinha vontade de conversar com você hoje. Me deu um
propósito.
— Festa de autocompaixão?
— Talvez devesse.
— Então não seja. Diga que precisa de algo para fazer. Isto vai
lhe ajudar a começar a contar os dias novamente.
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— Tenho certeza que a ONE fará o necessário. Paul não pode
dizer nada além de coisas boas sobre eles.
— E o sexo?
Limpou a garganta.
— Seria incômodo.
— Concordo.
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— Tommy e eu estivemos juntos desde que éramos jovens. Ele
foi o único homem com quem saí. Foi meu primeiro beijo, meu
primeiro tudo. Meu último também.
Ela sorriu.
— Seu companheiro foi fiel? Ouvi que alguns humanos não são.
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Ela assentiu.
— Não acho que qualquer outra mulher possa querer ser minha
companheira. As fêmeas Espécies são resistentes ao compromisso.
Compartilham sexo com outros homens e não permitem ficarmos com
elas para dormir em suas camas. Sinto falta de tê-la ao meu lado.
— Inteligente.
— Você é grande.
— Dei a ela minha esteira para dormir e fiquei sobre ela depois
que dormiu. Gostava de abraçá-la. Acordava pela manhã e se afastava
de mim, no início. Levou um tempo para descobrir que não a
machucaria. Começamos a conversar. Longo entrou em calor.
49
— Calor?
— 140.
— Não sei por que nos deram números próximos. Mercile nunca
nos explicou. Podiam ter planejado nos deixar como companheiros
desde o princípio e apenas esperaram até sermos velhos o suficiente
antes de nos colocar na mesma cela.
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— Sabe quanto tempo ficaram juntos?
— A ONE?
— Sinto muito.
— Eu também.
51
Ele saiu do agarre de Dana e olhou as suas mãos que
descansavam nas coxas.
— Fui fraco.
— Mourn.
— Não.
52
— Uma almofada?
Ele sorriu.
***
— Apenas olhando-a?
— Conversar.
53
Mourn ficou rígido.
— Bom.
54
— Ninguém poderia se emparelhar à mim. Estou quebrado.
— Não.
— É humana.
55
— Dana não tem nenhuma queixa sobre seu companheiro. Ela o
amava. Ele era bom para ela.
— Isso não é o que quis dizer, mas estes pontos são válidos.
Estou falando de sexo.
— Não.
56
— Apenas tem que entrar devagar. São condenadamente
apertadas porque a maioria dos machos humanos não é do nosso
tamanho.
— Sim.
— Tenho um plano.
— Qual?
Darkness sorriu.
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Capítulo Quatro
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Ele riu entre dentes.
— Espere. — Disse.
Teria que levá-la para sua casa para que pudesse trocar de
roupa. Parou, liberou um braço e logo a inclinou em seu agarre. Ela
levantou a cabeça ao ouvir o som de uma porta próxima e o ruído dos
aspersores diminuiu. Estava completamente escuro até que se moveu,
provavelmente usando o cotovelo para golpear o interruptor de luz.
Olhou ao redor. Estavam no vestiário.
— Tudo bem?
Ela riu.
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Apenas tinha um leve hematoma ali e o corte desapareceu quase
por completo. Aproximou-se e esticou-se sobre uma estante alta ao
longo da parede, onde guardavam o material esportivo. Ele a olhou.
— É uma bandeira?
— Seu irmão não irá me dar às boas vindas dentro de sua casa.
— Vire-se.
— Estou decente.
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Talvez não voltasse se a acompanhasse novamente à casa de Paul
para trocar de roupa. Preferia ficar no vestiário com ele por um tempo
que enfrentar sozinha o quarto de hóspedes até o sono chegar.
— Não. Respeitei seus desejos. Sei que não quer que saiba que
estamos passando tempo juntos. Nossa mãe ligou hoje. Usei isto
como uma desculpa para estender minha visita aqui.
— Isto é estranho.
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musculoso, o estômago e os braços eram uma avalanche para a qual
não estava preparada. Estava escuro o suficiente no parque na noite
que lhe emprestou sua camisa, tanto que ela não conseguiu olhar
bem. A luz no interior do vestiário revelava cada detalhe. Tinha o
melhor corpo que jamais viu.
— Estamos secos.
— Sim, estamos.
— Um...
— Um...
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Queria fazê-lo. Esta era a parte confusa. Inclinou-se um pouco
para frente, mantendo contato visual. Não percebeu uma ameaça,
mas não podia ignorar seu tamanho e força. Qualquer outro homem a
teria feito sair correndo.
Ele era muito grande, mas ela não fez nenhum comentário ao
respeito.
— Está quente.
— Obrigada.
— E eu?
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Provavelmente era a interação mais estranha que teve com um
homem, mas era um Nova Espécie e eram muito diretos. Dana inalou,
fechando os olhos.
— Sim.
— Confio em você.
Isto era verdade. Tinham muito em comum. Ele lhe contou que
sua companheira foi a única mulher com a qual teve sexo. Não era
como se fosse um cara movendo-se por ela. Provavelmente era tão
inepto como seria ela nisto de fazer avanços sexuais.
Ele roçou sua bochecha contra a cabeça dela, uma leve carícia.
— Mais quente?
— Sim.
— Bom.
Ela lutou para pensar em algo para dizer. O primeiro que lhe
apareceu na cabeça saiu.
— Pedi um trabalho.
— Como foi?
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— Não foi ruim. Deixei alguns Espécies nervosos, mas
conversaram comigo.
— Muito bem.
Tinha uma ereção. Não havia dúvidas, não com isto apertado
contra a parte inferior de suas pernas, entre o traseiro e os joelhos,
onde estava sentada em seu colo. Sua respiração se acelerou e tentou
reduzir a velocidade. O medo não era a causa. Não acreditava que
fosse fazer algo mau com ela.
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conscientes de seu estado físico. Levantou o queixo e olhou fixamente
em seus olhos.
— Apenas o que?
Esperava uma resposta, mas o único que pode fazer foi olhá-lo
nos olhos.
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pressionada contra suas coxas por baixo do fino tecido da bandeira
não era algo que poderia ignorar.
— Sou um macho. Reajo a você. Isto não quer dizer que vou tirar
sua roupa e esperar que compartilhe sexo comigo.
Ele riu.
Dana olhou para ela. Ele a olhava como um leve sorriso. Sua
diversão era fácil de identificar.
— Sim. — Admitiu.
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— Não saberia como convencê-la a compartilhar sexo comigo.
Não é Espécie.
Disse isto antes, mas não sabia o que fazia quando estava longe
dela. As coisas poderiam ter mudado.
— Oh.
— Afeto você?
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— Gosta da minha aparência?
— Mourn?
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Isto a atordoou. Não estava irritada, simplesmente surpresa e
confusa.
— Oh.
— Companheira?
— Ainda está de luto por sua perda. Não se pode substituir uma
mulher com outra.
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— Não se sente atraída por mim.
— Estou.
— Está?
— É muito quente.
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Ela sorriu. Ele era um pouco ingênuo se esta foi a forma como
interpretou seu comentário.
73
Manteve seu agarre sobre ela.
— E a sua morreu.
Paul lhe disse uma vez que os Novos Espécies não tinham
encontros. Esta informação de repente tinha sentido. Mourn
simplesmente esperava que ela entrasse em cheio nesta relação.
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qualquer humano com o qual poderia se emparelhar novamente. Eles
não são tão sinceros como os Espécies ou tão fieis.
— Poderia ser.
— Eu...
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— Fala sério.
— Sim.
— Sejamos loucos.
— Certo.
— Pode ser que não funcione para os humanos, mas o faz com
os Espécies. Não está mais em seu mundo. É a irmã de Paul e ele é
feliz aqui. Poderia ser também.
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esperasse. Sabia isto de primeira mão, mas o medo de que estivesse
usando-a para substituir a mulher que perdeu era uma possibilidade
real. Era uma versão do luto. Se entrassem em uma relação muito
rápido, nada bom viria da mesma. Sua tentativa de ajudá-lo a se
curar poderia prejudicar ambos se ela não saísse de seu colo e lhe
impedisse cometer um erro.
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Capítulo Cinco
Não podia entender sua lógica. Não era nada parecida com a
companheira que perdeu e não queria que ela fosse embora. Seria
difícil aprender a viver com um ser humano, mas estava disposto a
fazer todo o necessário para que funcionasse. Dana era alguém com
quem podia falar e era a primeira mulher que reavivou seu desejo de
viver.
Também sentia uma boa dose de pura luxúria. Seu pau doía
como nada que pudesse se lembrar. Ansiava estar dentro dela, apesar
de sua preocupação em lhe causar dano. Teria que levar as coisas
muito devagar e usar cada parte de seu autocontrole. Dana não
parecia como se estivesse ansiosa para fazer sexo com ele e isto
significava continuar persuadindo-a para que lhe permitisse eliminar
esta bandeira de seu corpo.
— Me deixe te tocar.
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seu traseiro e agarrou o tecido entre suas coxas, deslizando-o para
cima. Sua conversa com Darkness sobre o sexo com as humanas se
repetia dentro de sua cabeça.
— Quero tirar sua roupa e enterrar meu rosto entre suas coxas.
Gostaria de me ter lambendo sua boceta? Eu ronrono. Sabe o que
significa isto?
Disse seu nome para se assegurar que ela soubesse que era a
fêmea em quem pensava. Ela assentiu. Foi leve, mas viu o movimento.
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Lambeu os lábios, notando como seu olhar caía para baixo em
sua língua.
Ela levantou o olhar para ele. Dana ficou muda, sem deixar de
olhá-lo aturdida. Era provável que tenha sido muito direto, mas não
via nenhum medo. Esta era a parte mais importante.
Uma vez que ela começou a falar, foi como se não pudesse evitar
que as palavras se derramassem.
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interesse. Não porque me lembra 139. Ouça bem e ouça minhas
palavras. Não é nada como ela. É parte da razão pela qual estou
intensamente atraído por você. Nunca conversei com ninguém com a
facilidade que converso com você. Não tive escolha quando me deram
139 como companheira, mas estou escolhendo você. Disse que
deixasse de lado a dor e tentasse viver. Isto é o que estou fazendo
neste momento, se permitir. Diga que sim. Dobre os joelhos e os
separe.
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— Fala de viver e continua animando-me a fazê-lo. — Usou os
polegares para acariciar sua pele. — Permita-me. Também disse que
aqueles humanos se sentiram vazios fazendo sexo. Não vou permitir
que isto aconteça com você. Ficarei dentro de você depois e tudo o
que sentirá será eu.
Ela vacilou.
— Muito tempo.
As fêmeas se esticam.
Ele nunca teve sexo com humanas, mas ouviu alguns machos
falando sobre o que aprenderam, no dormitório dos homens. Sabia
que era possível, já que alguns machos tomaram humanas como
82
companheiras. Teria que averiguar. Precisava prepará-la para o sexo
primeiro, no entanto.
Ele grunhiu, seu pau estava tão duro que doía. Queria estar
dentro dela. Estava muito molhada pela excitação. Era tentador
deslizar sua boca mais abaixo e usar sua língua para ver o grau de
tensão que encontraria e ter um melhor sabor dela, mas resistiu à
83
tentação. Precisava que ela gozasse primeiro. Então poderia desfrutar
desta experiência.
Sem culpa.
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Não lhe enganou. Estava mais preocupada com o que diria
Mourn e se as coisas seriam incômodas entre eles agora.
— Serei suave.
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levantar a cabeça e olhar seu pau, que ele deve ter agarrado com a
mão. No entanto, não o fez. Olhou-o fixamente nos olhos.
— Estou te machucando?
— Maldição. — Grunhiu.
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Tinha os olhos fechados, os lábios entreabertos mostrando os dentes.
Seus lindos traços se contorcendo, parecendo sentir dor e ao mesmo
tempo, era sexy.
— Desculpe.
— Por quê?
Não foi incômodo depois de terem sexo, como temeu. Sobre tudo
queria se assegurar que estava bem. Entendia isto de estar muito
excitado e não durar. Foi culpada disso também quando ele desceu
sobre ela.
— Como se sente?
Mourn duvidou.
— Decepcionado.
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— Sabia que lamentaria isto.
Da próxima vez.
— Uns minutos?
— Machucou-se?
— Gozei com tanta força que doeu. Acho que por causa dos
espasmos. Minhas bolas estão doendo um pouco, mas está
diminuindo.
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— Não entendi.
— Sim.
— Me ajuda a dormir.
Ele sorriu.
— Cada noite?
— Estou me recuperando.
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— Sim.
— Desta vez não gozarei até que você goze. Estou mais
preparado para o extraordinário que se sente.
— Oh Deus!
— É muito religiosa.
Queria perguntar por que seu sêmen era quente, uma vez que
recuperasse o fôlego e pudesse formar frases novamente. Retirou o
polegar de seu clitóris e caiu sobre ela, imobilizando-a com seu corpo.
Ela envolveu seus braços ao redor de seu pescoço e ele cumpriu sua
palavra, não a afastando, mas mantendo-os juntos.
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Abriu os olhos e ficou cativada pela forma como Mourn a olhava,
como se fosse alguém muito especial para ele. Poderia ser uma ilusão.
Ela poderia facilmente se apaixonar por ele e de fato, suspeitava que
já estivesse começando.
— Eu também.
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a toda velocidade em uma relação de viver juntos, saltar dentro com
ambos os pés.
Era difícil dizer não quando ele a olhava com estes magníficos
olhos e estava segurando-a, com seus corpos entrelaçados. Sua voz
rouca não facilitava as coisas. Tinha dificuldades para resistir. Era
também como conseguiu abrir suas pernas para ele, em primeiro
lugar. Nenhum homem jamais falou com ela desta forma e esta era
uma mudança a qual não poderia resistir.
— Vou ficar contigo esta noite, mas tenho que pensar sobre
morar com você. Isto é um grande passo, Mourn.
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Não mencionou que fazer sexo também era e ela estava tendo
um momento muito difícil para chegar a um acordo com o que
acabaram de fazer.
Ela vacilou.
— Sim.
— Sim.
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Era grande e sólido sob ela. Quente. Seus braços ao redor dela
se sentiam bem. Inclusive gostava de ouvir as batidas do coração sob
seu ouvido. Ele começou a acariciar suas costas. Isto se sentia muito
bem e relaxou ainda mais.
— Não é forte.
94
Capítulo Seis
— Eu também.
— Fico feliz que não fez isto. Não teria sido a melhor forma de
acordar.
Ele riu.
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— Não diga isto. — Ele se aproximou e afastou o cabelo do rosto.
— Prove durante sete dias. Eu a deixarei ir se não quiser ficar. Este é
um compromisso.
— Tenhamos um encontro.
— Por quê?
96
— Devido a que iniciou uma briga com eles?
Lembrou-se do nome.
— Sim?
— O que foi?
— Levá-las?
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— Ele tentou apoderar-se de uma mulher algumas vezes, mas os
machos impediram. É muito solitário. Apenas queria ter uma mulher
em casa e mantê-la.
Ele sorriu.
98
Ela sorriu.
— Não sei.
Ela assentiu.
— Sim.
99
— Me deixe falar quando chegarmos na casa. — Sentia-se
melhor preparada para lidar com Paul. — Não tenho nem ideia de
como fazer meu irmão entender por que passei a noite contigo, mas
farei meu melhor esforço. Apenas me prometa que não irá derrubar
Paul com um golpe. Nenhuma luta com ele. Não vai reagir bem
quando aparecermos ali. Provavelmente já descobriu que não estou
no quarto.
— Está machucada?
— Não.
100
de medo. No entanto, não usava uniforme. Em seu lugar, usava uma
calça jeans e uma camisa negra de botões.
— Darkness.
Darkness assentiu.
101
Ela apertou a mão de Mourn, agradecida por estar segurando-o.
Aquele imenso homem vestido de negro a assustava.
Darkness suspirou.
— Certo. Pode ser que queira falar com seu irmão. Esteve dando
voltas por sua sala e não quis se acalmar até que fosse encontrada. —
Olhou para Mourn. — Você fique de fora. Ele quer te golpear. Eu me
nego a permitir que lute com um ser humano, ainda mais este.
Darkness grunhiu.
102
— Tem razão. Eu cuido de Paul. Deveria tomar um banho antes
de ir trabalhar. Ficarei bem.
— Eu te verei logo.
103
concordou. Posso compreender se acha que me aproveitei dele, mas
juro que machucá-lo é a última coisa que quero.
— Está preocupado.
— Assim que estava com ele? Darkness disse que ele está se
encontrando com você todas as noites, depois que íamos dormir.
104
— Eu sou o mau? — Paul levantou os braços. — Acordei e não
estava aqui. Logo descubro que está mentindo e saindo com Mourn.
Disse que ficasse o mais longe possível dele. Não está bem da cabeça.
— Desculpe.
— Ela o deixa estável. Ele a vê como uma razão para viver. Não
lhe machucaria, tal como disse antes Paul. Ele tem muita raiva para
dirigir a qualquer pessoa relacionada com Mercile, mas que Espécie
não tem? É consciente de que sua irmã não é como eles. Está
interessado nela como mulher.
105
— Como sabe? Apenas passou algumas noites falando com ele.
Eu o conheço muito mais do que você e sou o que continua
enfaixando suas lesões. Tem vontade morrer.
— Uma merda. Está sendo ingênua, Dana. Não sabe nada sobre
os Espécies. Prefiro que se relacione com alguém da Zona Selvagem
que com Mourn. Nem sequer sabe o que isto significa, mas pelos
menos saberia que um deles nunca se voltaria contra você. Chama
Zona Selvagem por uma razão. Alguns deles são quase selvagens,
mas Mourn está louco. Perdeu sua companheira e enlouqueceu.
Ataca as pessoas que tentam serem suas amigas. Diabos, atacou o
homem em pé atrás de você. Olhe para Darkness. Apenas um louco
filho da puta iria começar uma briga com ele. É mais assustador que
uma merda. — Paul olhou por cima de sua cabeça. — Sem ofensas,
amigo.
106
— Não a toque com raiva.
— É verdade?
— Perdeu a cabeça?
Podia ver quão irritado que estava Paul. Odiava ser a causa disto.
— Não entenderia.
107
— Mourn me faz sentir. Sei que é irracional e há uns dias
provavelmente estaria pensando o mesmo que você. Não o conhece
como eu. Conversa comigo e eu também posso me abrir com ele.
Também não iria me machucar. Confio nele. É doce e realmente
maravilhoso, Paul. Não sei como explicar isto para que entenda, mas
quero tentar ter uma relação com Mourn.
— Sabia que iria desgarrá-lo e não havia nada que pudesse fazer
para consertar meus problemas. Sei que posso ter meu coração
partido se as coisas não saírem bem com Mourn, mas prefiro provar
isto a voltar para casa, para a vida que deixei para trás. É uma merda,
Paul. Mamãe tentando estabelecer-me com cada perdedor que pode
encontrar deixa tudo pior. Acha que Mourn está louco? Pelo menos
ele não vive no sótão da mãe ou faz exames ginecológicos na nossa
mãe.
— O que?
108
nada. Quero conhecer Mourn melhor e ver se podemos ser felizes
juntos. Tenho que fazer isto, infernos, quero fazer isto. Estou me
arriscando muito, mas adivinha? Isto é viver, em lugar de apenas
existir. Estou com medo e nervosa, isto poderia ser um desastre, mas
também estou excitada para ver aonde irá. Tenho certeza de que
estou me apaixonando por ele.
— Nós te apoiamos.
Paul ainda não parecia feliz, mas a ira estava sendo drenada.
Ele gemeu, aliciou seu controle sobre ela e deu um passo atrás.
109
— Mourn não me mordeu. Não dói nada.
— Não é para marcar território. Acho que é mais para ter o sabor
do sangue de sua companheira.
— Vou matá-lo.
— Acalme-se querido.
110
— Os Espécies não tem DST. São imunes. Apenas tem que usar
preservativos de agora para frente, se insistir em deixar este bastardo
de tocar, certo? — Olhou-a furioso. — Tenho que sair daqui. Não
posso conversar.
Dana suspirou.
— Sabia que não ficaria feliz ao descobrir sobre Mourn, mas não
esperava isto.
Isso ajudou.
— Obrigada.
— Por quê?
111
ONE de não repetir nada que descubra sobre eles. No entanto leio e
vejo televisão. Há rumores de que sua genética pode ser transferida
aos seres humanos através do sexo. — Sussurrou Becky, de repente
sorrindo. — É possível que cresça em você dentes, se for verdade.
Entrevistaram um médico com uma longa lista de credenciais e acha
que isto é possível.
— Não falei com Paul sobre este programa, porque me disse para
evitar este tipo de coisas. Fica irritado quando escrevem ou fazem
demonstrações sobre os Novas Espécies. Algumas delas são uma
merda total. Um destes programas de entrevista conversou com
alguns residentes locais que vivem a poucos quarteirões de Homeland.
Eles temem que a ONE os matem enquanto dormem, assim venderam
suas casas depois do que aconteceu na Reserva.
— Soam paranoicos.
112
— E são. A ONE nunca intimida ou força as pessoas a venderem
suas casas. Isto é mentira. — Becky a olhou. — Percebe que poderia
ter consequências se alguém descobrir que está saindo com Mourn,
verdade? Isso provavelmente é uma das razões porque Paul está tão
irritado.
— Não te invejo.
— Eu também não.
— Desde que Tommy morreu, quer dizer? Sim. Pensei que iria
ser uma situação incômoda, mas não foi assim.
— Não quero entrar em detalhes. Acha que não devo ficar aqui?
Não quero deixar Paul incômodo. Mourn me pediu para morar com ele.
Acho que não estou completamente pronta para isto ainda, mas teria
gostado de prolongar minha estadia aqui.
113
— Está tudo bem. Paul se acalmará. Nossa casa é sua pelo
tempo que desejar permanecer em Homeland.
— Trarei algo.
— Obrigada.
— Obrigada.
***
Mourn desejava que Dana houvesse aceitado viver com ele, mas
iriam passar mais tempo juntos. Darkness lhe enviou mensagens de
texto, justo depois que entrou em seu turno, dizendo que conseguiu
uma casa para ele. Mourn planejava fazer uma parada na Residência
dos homens depois do trabalho para pegar suas mochilas e depois ir
ao bar e buscar Dana. Isto lhe fez sorrir, pensando em vê-la logo.
114
Paul chegou atrás dele e Mourn grunhiu, preparando-se para se
defender caso o macho tivesse uma arma. Paul retirou um pacote que
escondeu sob a camisa e lhe ofereceu.
— Pegue isto.
— O que é?
Paul bufou.
— Obrigado.
115
Acordará com um gesso no corpo inteiro. Isto é muito pior que as
restrições. Fui claro?
— Não parta seu coração também. Tem certeza que é sério com
ela? Não é como suas mulheres, Mourn. Podem ter sexo com um
homem e serem amigos. Ela não leva esta merda muito casualmente.
Entendeu?
— Não quero ouvir isto. Ela precisa de alguém que junte sua
merda e este não é você. Dana passou pelo inferno e voltou. O último
que precisa é ter que cuidar de outro homem em seu caminho na vida.
Disse que queria ser enfermeira como eu até que Tommy foi
diagnosticado com câncer?
— Tem certeza?
116
Mourn observou Paul caminhar pela calçada, agradecido pelo
macho não ter ido lutar com ele. Olhou o pacote em sua mão e
suspirou. Teria que perguntar a alguém como usar estes
preservativos. Subiu no jipe e se dirigiu para o próximo prédio em
suas rondas. Viu Jinx conversando com uma fêmea que estava
olhando um e-mail. Aproximou-se deles.
— Claro.
— O que?
Jinx assentiu.
117
Capítulo Sete
Dana estava nervosa. Paul não tinha voltado durante todo o dia,
assim pensou que a estivesse evitando. Becky não deixava de olhar
para a porta também.
Becky sorriu.
— Estou.
— Que emocionante!
— Isso te incomoda?
118
— Uau. Não tinha nem ideia.
— Bem. E o seu?
119
mochilas na parte de trás e uma caixa entre elas para evitar que se
movesse. O cheiro de comida chegou ao seu nariz de modo que
adivinhou o que havia dentro. Ela olhou novamente para Mourn.
— Aonde vamos?
— Soa divertido.
Ela assentiu.
— Entendo.
— Um pouco.
— Por quê?
Ele sorriu.
120
— Realmente quero que durma comigo esta noite. Pense sobre
ficar.
Estas são as casas dos Espécies. Paul vive nas casas humanas.
Há mais casas ali. Homeland foi construído originalmente para ser
uma base militar. Ainda estava sendo construída quando fomos
libertados, assim foram capazes de desenhar algumas delas para
satisfazer nossas necessidades. Ouvi que estas foram construídas
para os oficiais do alto comando militar. Paul vive em uma área
destinada à família das tropas. As Residências se criaram para incluir
vários apartamentos destinados à privacidade, em lugar de grandes
quartos para abrigar muitos de nós.
121
Ele segurou seu olhar.
— Foi um suborno.
Encolheu os ombros.
122
estar era grande, com teto abobadado. Uma sala de jantar estava
escondida no lado esquerdo e pôde ver a cozinha pelo amplo portal.
— Gosta?
— Sim.
— Agradável.
— Fizeram isto?
Balançou a cabeça.
123
— Este será nosso quarto, se der seu consentimento para morar
comigo.
— Sinto muito.
124
— Apenas estou dizendo isto porque nem todas minhas
lembranças são boas. Nossos sonhos morreram com Tommy.
— Fico feliz que diga isto. Não quero voltar a passar por algo tão
horrível novamente.
— Saltar?
125
— Isto é muito legal. Não precisará de uma escada para limpar o
teto e os lustres.
Seus lábios se separaram e sua surpresa era clara. Ela não disse
nada.
— O que?
126
— Eu sei. Sinto que esteja irritada. Não era minha intenção te
colocar em risco. Não pensei nisto até hoje, quando seu irmão me
acusou de tentar deixá-la grávida de propósito. Isto não é verdade.
— Não. Fico feliz que o tenha feito. Não pensei sobre ser capaz
de te deixar grávida. Estava mais preocupado com o fato de ter medo
de mim ou de que fizesse algo incorreto, já que é humana. Perguntei a
um macho hoje como usá-los e levou-me ao bar para ensinar.
— Pensei que pudesse ter ido ali para se encontrar com uma
mulher e ter sexo com ela.
Ele grunhiu.
127
Balançou a cabeça.
— Não.
— Sabia disso.
— Volto logo.
— Obrigado.
128
a caixa e girou, voltando para a casa. Deixou cair a mochila dentro e
usou o pé para fechar a porta. Poderia pegar a outra mochila mais
tarde.
— Gosto de soda.
— Por quê?
Balançou a cabeça.
— É linda.
129
— Precisa de ajuda?
Dana lhe surpreendeu virando-se para ele. Ela tomou sua mão e
o olhou com um olhar de preocupação.
Ela vacilou.
Ele riu.
130
— Você não é como aquele homem, Vengeance, sobre o qual me
falou.
— Não, não sou. Sinto-me muito feliz por estar aqui comigo.
— Terá.
— Sei que é muito pedir que renuncie ao seu mundo pelo meu,
mas faria todo o possível para fosse feliz, Dana.
— Não entendo.
131
companheira. Não te abandonarei. Sou eu quem deve temer que vá
embora.
— Venha comigo.
— Aonde vamos?
— Ao nosso quarto.
132
Capítulo Oito
— Com pressa?
Endireitou-se.
— Sim.
— Acho que estou com medo de que tudo o que tenhamos seja
sexo.
— Não entendi.
133
— Conversamos e gostamos de passar tempo juntos. Espero
poder convencê-la, com o sexo, para que seja minha companheira.
Estou decidido a saber tudo sobre você. Quer voltar para a sala de
estar? Não temos que fazer sexo. Podemos conversar ou ver um filme.
Sentiu-se desgarrada.
Franziu o cenho.
— A luz a incomoda?
Ela riu.
Era muito doce. Não pôde afastar o olhar enquanto ele tirava a
camisa e logo passava pela cabeça a camiseta interior que usava. A
134
faixa em seu braço já não estava e os pontos também não.
Simplesmente deixaram uma marca vermelha. Sua capacidade para
se curar rapidamente ainda a impressionava.
— Quer me acompanhar?
— Sim.
Ele sorriu.
135
Era sexy quando a voz dele se aprofundava desta forma e via a
paixão em seus olhos. Quando olhou seu colo, a evidência de seu
desejo por ela era inconfundível. Seu pau estava realmente muito
duro. Abaixou a mão e a estendeu sobre seu peito. Ele inclinou a
cabeça para trás até que se deitou e colocou as mãos sob a cabeça.
— Sim.
— O quê?
136
pelos nervos. Agarrou-se a seus ombros, apertando-os apenas para
ter algo a que se agarrar e se segurar.
Ele beliscou seu mamilo duro como uma pérola, com os dentes,
mas não rompeu sua pele.
Ela riu.
— Entendo.
137
Ela negou com a cabeça e diminuiu o aperto de suas pernas,
onde o mantinha preso. Esperava que ele retrocedesse e a ajudasse a
se contorcer para tirar a calcinha, mas ele a surpreendeu quando
chegou dos lados e simplesmente a rasgou. Jogando longe o tecido.
— Eu te desejo. — Grunhiu.
— Deixe-me fazê-lo.
138
fosse uma coisa dos Espécies. Ela usou os dentes para rasgar o
envoltório e deslizou até a beirada da cama.
— O que foi?
— Sinto muito.
Ela observou seu pau duro. Parecia incômodo ter que usar algo
tão apertado.
— Tire-o.
— Não.
— Tire-o.
139
— Vou lidar com isto, para tê-la. Tentaremos isto.
— Está bem.
140
Não podia afastar o olhar de seu rosto. Era bonita ainda na
agonia da paixão e muito mais pelo que compartilharam. Doeu
quando ela sorriu e abriu os olhos para ele.
Ela é minha. Porque não pode ver isto? Devemos ficar juntos.
Ela riu.
— Bom.
141
— O que está errado?
Moveu os braços mais perto dos lados e a imobilizou sob ele com
mais firmeza. Apenas queria abraçá-la.
Ela lhe soltou e ele tirou o pau de seu corpo. Pensar em 139 lhe
amoleceu. Entrou no banheiro para tirar o preservativo e lavou as
mãos.
— O que foi?
— Não quero que substitua 139. Quero com você o que nunca
tive com ela.
142
Esperava que não ficasse irritada com suas palavras. Dana
parecia confusa. Precipitou-se antes que pudesse falar.
— Havia coisas que não eram corretas entre 139 e eu. Lamento
pensar nisto agora. Espero que não se irrite. Percebi que o que
compartilhamos é melhor do que o que eu tinha com ela.
— Quem é este?
143
que comigo e lhe pediu que a abraçasse enquanto morria. Doeu
profundamente, mas era o que ela queria, assim permiti que a
pegasse no colo e a segurasse contra o peito enquanto dava seu
último suspiro.
— Quem é Halpint?
— O que é um Presente?
144
— Halpint teme todos os machos. Foi maltratada pelo humano
que a possuía. Ainda assim segurou minha mão. Foi reconfortante.
— Não diria isto. Quero dizer, ele era bom para mim, mas
tivemos problemas também, Mourn. Todo mundo tem em uma relação.
145
— Quer ouvir alguns de meus problemas no casamento?
— Teve algum?
— Não. Tommy não era assim. Nunca teria me batido, nem nada
no estilo. Era apenas um pouco egoísta sobre algumas coisas. Na
verdade fazia piadas ao respeito e podia ser muito encantador para
conseguir que eu deixasse de lado minha irritação. Às vezes também
me irritava isso. Todos seus amigos esnobes lhe abandonaram logo
que perceberam que não iria vencer o câncer pela segunda vez. Senti-
me mal por ele, Mourn. Afinal, percebeu finalmente o que era
realmente importante. Isto nos deixou tempo juntos. Ele se esforçou
para me compensar.
146
— Não. — Ela balançou a cabeça e sorriu. — Isto não é ser
egoísta. É uma necessidade e está além de seu controle, Mourn. Não
pode se mudar para minha casa, precisamente. Sem mencionar que
gostei muito do que acabamos de fazer. Sendo um Espécie faz um oral
alucinante e... disse que tem o melhor corpo que já vi? É lindo em
todos os sentidos da palavra.
— Gosta do ronronar?
— Gosto.
Ele abaixou o olhar para suas coxas, que estavam abertas sobre
seu colo e alcançou sua boceta com o dedo. Olhou para cima, olhando
seu rosto.
147
Capítulo Nove
— Mourn disse que teve uma conversa com ele. Realmente Paul?
Sou adulta.
— Não iria me casar com ela. Deixei isto claro. Não tem nada a
ver.
— Sim, tem. Não chutei seu traseiro por sair com ela ou a
ameacei sobre o que faria se te machucasse. Você era adulto e
conhecia sua história. Eu lhe dei crédito suficiente por ser muito
inteligente para cair da armadilha de mel. Mourn realmente se
preocupa comigo.
Paul amaldiçoou.
148
— Sabia que contaria que o ameacei.
Isto a irritou.
— Tive que falar com ele sobre algo importante. Você não
entende.
149
— Não podia contar. Fiz um juramento, Dana.
Franziu o cenho.
150
— Que problemas teve com Tommy?
— Não.
— Supere.
Paul assentiu.
— Estou preocupado.
— Sim. Quer que fique com ele em vez de aqui? Não quero deixá-
lo irritado, se te sente incômodo comigo encontrando Mourn.
— Gostaria que não morasse com ele. Pode ficar todo o tempo
que quiser.
— Obrigada.
151
Ela levantou a mão e acariciou o lado de seu rosto. Ele
estremeceu quando ela o fez muito forte, a segunda vez.
Esfregou a bochecha.
— É má.
— Mamãe ligou esta manhã. Não vai gostar do que vou dizer.
— O que queria?
Limpou a garganta.
Pensou em como iria reagir sua mãe frente a uma relação com
um Nova Espécie.
— Tentei.
152
— Disse isto.
— Obrigada.
— Não!
153
— Não é engraçado. Tive que mudar tudo de volta e lhe disse
para não fazer novamente. Ela mostrou-se ferida e se queixou disso
com suas amigas, que me ligaram para dizer que estava chateada. E
eu? Quem entra na casa de alguém e faz isto?
— Nossa mãe.
— Pode dizer a ONE que lhe proíbam a entrada? Vão seguir com
nossa história de dizer que apenas pode ter um convidado de cada vez?
— Dana...
A suspeita se levantou.
— Não.
Ela lhe olhou, mas não viu nada de culpa. Era um mal
mentiroso.
— Acredito.
— Sinto muito.
— Pobre Becky.
154
são doces e amáveis. Não sabem que algumas delas são controladoras
e irritantes.
— Ela vai descobrir sobre Mourn e ficar louca. Vai fazer ou dizer
o que for necessário para conseguir que deixe de me ver, para que
volte a casa com ela.
— Quis dizer para mim e Becky. Mamãe pode ficar aqui por sua
conta. Não quero submeter minha esposa a nossa mãe em uma briga
verbal. Já sabe que ela vai gritar quando descobrir que está saindo
com um Nova Espécie.
— Não iria rir demais se fosse você, irmãozinho mais velho. Ela
vai se voltar para você e para sua esposa sobre ter os netos que estão
lhe negando quando acabar comigo.
— Merda.
***
155
Dana deu alguns golpes em sua coxa sentada junto a Mourn no
balcão da cozinha. Comiam pizza para o jantar. Simplesmente decidiu
soltar.
— Hum, isso não é uma boa ideia. Dissemos para ela que é
contra as regras ter a visita de mais de um membro da família ao
mesmo tempo.
— Não.
— Qual o problema?
156
— Ela vai ficar muito infeliz quando descobrir que estou saindo
com você. Não porque seja um Espécie. Mas porque significa que terei
que viver aqui, se ficarmos sérios. Gosta que fique perto dela.
Também colocou em sua mente que ela vai poder selecionar
pessoalmente meu próximo marido. Nem sequer tente dar sentido a
isto. É como ela é. Pode ser muito desagradável e será. Não quero te
submeter a ela. Acredite em mim. Estou fazendo um favor.
— Não. Não diga isto nuca mais. Nunca poderia viver com minha
mãe e você também não. Um de nós a mataria em uma semana.
Parecia confuso.
— Olhe, tive que fugir com Tommy para nos casarmos. Sabe por
quê? — Apressou-se a continuar antes que pudesse dizer algo. — Ela
atuou em nossas costas para convidar cerca de cem convidados,
mudou o cardápio de nossa recepção e pior foi quando descobri que
ligou também para a loja de noivas. Fingiu ser eu durante todo o
processo e lhes disse que já não queria o vestido que tinha escolhido
porque ela não gostou. Ordenou um diferente, um vestido que ela
escolheu. Suponho que pensou que no momento que descobrisse
seria muito tarde para fazer algo a respeito, mas para minha sorte,
liguei para revisar todas estas coisas. Fiquei muito irritada. Tommy e
eu cancelamos toda a coisa e voamos para Las Vegas com alguns
amigos. Paul se reuniu conosco ali, para que pudesse me levar ao
altar. Está é minha mãe, Mourn. É astuta, maliciosa e controladora.
Vai fazer ou dizer qualquer coisa para que reconsidere ficar comigo.
— Vou ao motel esta noite com Paul e tentar lidar com ela. Está
irritada porque fiquei aqui mais tempo. Tenho certeza que vai tentar
colocar a culpa em mim, mas não vou aceitar nada disso.
— Culpa?
157
— É uma profissional fazendo isto. Se queixará sobre o dinheiro
que perdeu por voar até aqui e como teve que dar uma olhada em
mim, porque acha que devo estar passando por uma crise ou algo
assim. É apenas uma estratégia para tentar conseguir que vá para
casa mais rápido. Não vou ceder ante ela.
— Exatamente.
— Por favor, não se irrite. Sinto muito por isto. Sei que havíamos
planejado passar a noite juntos. Importa se passar por aqui quando
voltar? Pode ser tarde. Gostaria de dormir contigo outra vez. Gostei
muito de te abraçar e acordar com você.
Ele sorriu.
158
— Sim, somos.
Ele agarrou a dela mão e puxou-a até que seus lábios beijaram a
palma. Abriu a boca e traçou levemente com a língua. Dana afastou-
se, rindo.
— Sei onde não o faz. — Seu olhar caiu em seu colo. — Esqueça
o jantar. Quero saboreá-la.
— Não me tente.
— Desejo.
— Não posso. Quero saber sobre seu dia e temos que comer.
Mantenha este pensamento até que volte mais tarde. Paul disse que
me pegaria em uma hora. Acho que teremos que nos disfarçar e pegar
um dos SUV emprestados para deixar Homeland. Ele disse que
teremos que sair cedo para andar ao redor e não sermos seguidos ao
motel.
Mourn grunhiu.
— Não.
159
manifestantes, mas estou aprendendo os protocolos de segurança
para manter nossos muros a salvo de violações.
— O que é isso?
— Fazem isto?
160
Comeu sua pizza, perdida em seus pensamentos. Mourn golpeou
seu braço e ela o olhou.
— Criminosas?
161
— Não são você. Eu quero você, apesar de que seja humana. —
Ele sorriu. — Você me atrai. Ninguém mais o faz.
— Desculpe.
— Irá te odiar apenas por onde vive. Homeland está muito longe
dela.
— Levante-se.
162
balcão com uma expressão curiosa. Dana gostou que simplesmente o
fizesse sem perguntar.
— Me cheire.
Inclinou-se e cheirou.
— Estou ovulando?
— Não percebo.
Ele grunhiu, mas não protestou quando ela abriu sua calça
freneticamente, empurrando-a para abaixo por suas coxas. Adorava o
tecido suave da cueca boxer negra que usava. Empurrou-a para baixo
e ficou feliz ao ver que ele estava a bordo quando viu que estava
excitado. Ela liberou seu pau e se esticou para agarrar seus ombros.
— Coloque-me no armário.
Ele a agarrou pela cintura e fez o que pedia. Ela enganchou suas
pernas ao redor de seus quadris e o soltou, com uma mão
empurrando sua saia. Abriu as coxas e olhou para baixo.
— Tinha razão. Isso funcionará. Fico feliz que seja tão alto.
163
Ela gemeu. Ele se afastou, terminando o beijo. Ambos estavam
excitados e respirando com dificuldade.
— Gosto muito mais de senti-lo sem isto. Disse que cheiro bem.
Vou falar com Paul sobre conseguir algo, mais tarde. Apenas tem que
me tomar. — Moveu sua boceta contra ele. — Agora.
Dana enganchou suas pernas mais alto, sem importar que sua
saia se amontoasse entre eles. Mourn ajustou seu agarre sobre ela
novamente, agora suas costas estava contra algo sólido. Segurou-a
pelos quadris enquanto continuava sacudindo seu mundo.
164
temor, já que este pequena mordida não a machucou. Apenas
aumentou sua excitação.
Ela riu.
— Mais tarde.
— Agora.
— O que é isso?
165
aparecer para me buscar. Não diga a ele que não usamos preservativo.
Vai ficar louco.
— Qualquer coisa.
— Sim.
Encolheu os ombros.
— Ainda não estou pronta para isto, assim que pode me cheirar
sempre antes de fazer sexo. Confio em que me conte se sente o cheiro,
certo?
166
— Isso é tudo o que preciso ouvir. Agora me deixe descer. Estou
com fome.
Ele riu.
Ele riu e a diversão brilhou em seus olhos. Ela soltou sua boca.
— Não é você. É ela. Não será agradável contigo uma vez que te
ver como uma ameaça. E o fará. Vai arruinar seus planos para mim,
que é me casar com alguém que ela aprove e que nunca peça que me
afaste dela.
— Acho que poderia fazê-la mudar de ideia e ficar feliz por nós
se disser o que sinto por você e explicar o que são companheiros. É
meu tudo, Dana. Isso nunca vai mudar.
167
— Volto logo. Vou usar seu banheiro.
— Nosso banheiro.
168
Capítulo Dez
Ela seguiu suas instruções, até mesmo levantou uma mão para
bloquear um lado de seu rosto.
169
— Ela te ama, estúpido. Não se queixou ao respeito. Era mais
uma advertência sobre o que teria que enfrentar se Mourn e eu nos
emparelharmos.
— Está limpo?
— Isso parece. Acho que vou pegar as ruas laterais para ter
certeza.
Ele riu.
— Eu sei.
— Vai ceder?
— Não.
170
— Melhorei nisto e estou motivada. Ignorou por completo o que
disse quando mencionei Mourn e eu como companheiros. Não pense
que não percebi.
— Sim. É na única coisa que penso. Queria que lhe desse uma
oportunidade. É assombroso.
Ele riu.
171
— Na verdade, não foi o melhor, mas passamos muito bem. Ela
me fez rir e acabei me apaixonando com força. Nem sequer estava
pronto para me acalmar, mas ela mudou tudo para mim.
— De verdade?
172
você decidir ser um imbecil. Você lhe incomodaria enquanto ele
estivesse trabalhando.
— Fará isto?
— Sim.
— Não é ilegal?
173
matar alguém. É melhor que uma permissão para portar uma arma
escondida. Meu traseiro está coberto.
— Sim.
Paul suspirou.
174
— É horrível. — Sua mãe apontou o espelho no teto. — Estou
com medo de que caia sobre mim enquanto durmo.
— Trouxe Dirk Hass comigo. Ele irá passar por aqui em quinze
minutos e conversar com você. Também comprei passagens para
irmos no primeiro voo para casa pela manhã.
175
Dana ficou tentada a ir embora.
— Disse que ficaria fora três dias. Tive que vir aqui buscá-la.
176
— Não. Não será. — Dana colocou as mãos nos quadris. — Não
vou voltar para casa ainda, mamãe. Não irei até estar pronta. Pode
levar seu ginecologista contigo... — Balançou a cabeça. — Nem sequer
sei o que dizer exceto que me sinto mal por tê-lo convencido. Não vou
nem mencionar que ele é vinte anos mais velho que eu. Deveria sair
com ele, se é tão bom partido. Vá para casa.
— Olá.
— Obrigada.
— Como se sente?
— Estou bem.
Não era culpa sua ter sido empurrado a este desastre, mas
alguém precisava ser sincero com ele.
— Dana!
177
— Está mentindo. — Sua mãe se adiantou e agarrou seu braço.
— Disse que estava com problemas. Inventou um namorado
imaginário.
— Está mentindo.
Deu a volta.
178
Ela saiu furiosa, batendo a porta. Quase tropeçou com um corpo
grande e retrocedeu, levantando queixo. O homem usava uma blusa
negra com capuz combinando com sua calça negra. Era um homem
grande e a tênue iluminação escondia seu rosto.
— Desculpe.
— Dana.
— Mourn?
— Vamos.
179
Alguns dos hospedes do motel fizeram seu caminho rapidamente
para seus quartos, provavelmente confundindo os dois guardas com
policiais. Dana planejava caminhar diretamente ao SUV no qual
Mourn chegou e pedir aos dois homens que voltassem para Homeland,
mas de repente Mourn puxou-a para baixo da escada e contra o
prédio.
— Está irritada.
— Minha mãe faz isto. Trouxe o Dr. Hass com ela. Pode acreditar?
É muito manipuladora.
— Ouvi quando lhe disse que planeja se mudar para cá. Isso
signific...?
— Dana!
— Merda.
180
— Não deixe que veja seu rosto. — Sussurrou Paul. — Apenas se
mantenha afastado.
Dana suspirou.
— Oh Deus meu!
— Chega.
181
Agarrou a mão estendida de Mourn e se aferrou a ela, para o
caso dele ter o mesmo impulso.
— É muito desagradável.
— Não com ele. Vou gritar para Dirk. Ele vai se desfazer deste
gentalha.
182
Dana observou os dois guardas girarem e voltar para o carro,
ocupando a mesma posição de antes.
— Não fale comigo desta forma. — Disse sua mãe, sem saber que
ele não falou com ela, já que estava de costas para o estacionamento.
— Ouviu isto Dana? É uma falta de respeito com sua mãe. É um
perdedor.
183
— Sim. — Seu tom suavizou. — Como poderia não estar? Você
me faz feliz.
Mourn grunhiu.
184
Dana riu, admirando abertamente sua pele exposta.
185
Mourn deixou Dana entrar primeiro e logo a seguiu. Puxou-a
para seu colo quando o motorista ligou o motor e o segundo escolta
colocou o cinto de segurança.
— Sinto muito.
— Sim, mas ela é sua mãe. Vamos ter que encontrar uma forma
de nos dar bem.
Ele riu.
— Adoraria.
— Sim.
186
— Promete?
— Sim.
Ele grunhiu.
— Oh.
— Obrigada.
Mourn puxou Dana contra seu peito e sorriu. Ela iria assinar os
papeis. Estava agradecido por ter insistido em deixar Homeland para
conhecer sua mãe. A experiência não foi tão bem como esperava, mas
o resultado final era tudo o que importava.
Valeu a pena discutir com Slade e conseguir que ele lhe enviasse
com os membros da equipe de trabalho para acompanhá-lo até o
motel.
187
Teve que dizer ao macho o quanto Dana significava para ele e
como queria que fosse sua companheira. Era importante que
impressionasse sua mãe, assim teria um obstáculo a menos para
superar antes de assegurar o acordo. Fazer frente à família de um
humano era importante e Slade compreendeu. Advertiu Mourn para
não começar nenhuma briga e ele teve que dar sua palavra.
— Não, mas gostaria de ser um, se isto ajudar sua mãe a aceitar
que somos companheiros.
— Diga.
— Não deixe que minha mãe o afete. Me apaixonei por você como
é. Não planejo viver como ela quer que faça. Você também não deveria.
Ambos seremos felizes assim. Vamos construir um futuro juntos. Ela
pode lidar com isso ou não fazer parte dele. E ponto.
— Entendo.
188
— Bom.
Ela riu.
189
Capítulo Onze
— Como foi com sua mãe ao conhecer Mourn e saber que está
com um Nova Espécie?
190
— Está com nossa mãe, explicando como não pode dizer a
ninguém que estou com Mourn e provavelmente está tentando
acalmá-la. Ela gosta de fazer as coisas à sua maneira.
— Acha que irá a imprensa para se queixar que está aqui com a
esperança de colocar pressão sobre nós para forçá-la a sair? Não
poderíamos fazer isto, mas gostaria de advertir nossa equipe de
relações públicas, se for possível.
— Felicitações.
191
— Vou avisar o escritório para redigir os documentos. Quer esta
noite ou pela manhã? Os que o fazem já estão em casa, mas posso
fazer uma ligação.
— Posso ajudar?
Ela riu.
192
— Vou comentar na próxima reunião.
193
Ela sorriu enquanto encostava-se à cama e inclinava para tirar
os sapatos e lançá-los. Não duvidou em tirar toda a roupa desta vez,
agora mais cômoda em ficar nua ante ele. A forma como Mourn a
olhava a fazia se sentir sexy e desejada.
— Venha aqui.
— Obrigada. — Disse.
— Por quê?
Ela sorriu.
— Por ser tão insistente para que fossemos mais que amigos.
Perguntava-me como iria passar através de cada dia e enfrentar outro.
Agora estou muito excitada pelo que vai acontecer depois. É tudo por
você.
Ela passou os dedos por seu rosto, até sua boca, roçando
levemente o polegar por seu lábio inferior.
194
— Alguém me falou sobre o karma. Estávamos programados
para que acontecessem coisas boas depois de tudo o que sofremos.
— É verdade.
Ela soltou seu cabelo e estendeu suas mãos sobre seu peito.
— E?
— Vai me saborear?
195
Dana não pôde se queixar quando Mourn deslizou por seu corpo,
arrastando beijos úmidos ao longo de sua garganta. Ela abriu as
coxas para dar-lhe espaço para adaptar seus quadris ali. Envolveu-os
com as pernas para mantê-lo no lugar, quando chegou a seus seios,
chupando levemente cada um deles.
— Eu te desejo agora.
— Sim!
— Como você.
— Eu te amo Dana.
— Eu também te amo.
196
que ambos pertenciam um ao outro. Aspirou seu cheiro,
compreendendo como os machos acreditavam que se convertiam em
viciados por suas companheiras. Ela cheirava melhor que um dia de
verão para ele. Inclusive melhor que a comida e que tudo o mais
agradável que jamais experimentou.
197
— É uma Espécie. É minha companheira.
Ela sorriu.
Ele entendia.
Ela sorriu.
— Sim, eu também.
198
— Gostaria que não usasse preservativos. Sem pressão, mas
será se acontecer, verdade?
— Sim.
Ele considerou.
— De verdade?
— É um romântico.
— Você me inspira.
199
— Adoraria ensinar tudo o que sei. Apenas tem que pedir. A
qualquer momento. Qualquer coisa.
— O que?
200
— Eu te amo, Dana.
Lentamente tirou seu pau semi duro dela e os virou para que ela
ficasse sobre seu corpo. Ela se acomodou sobre ele, acariciando seu
peito e os braços.
— Dana?
— Sim?
Ela sorriu.
Ele riu.
— Sim, somos.
201
Capitulo Doze
— Sei que teme a visita de sua mãe, mas ela não ficará conosco.
Nos sentimos mal por Paul, lembra?
— Eu te tenho.
202
— Não o faça. É normal. Estou saudável. Sabe isto, já que tem
Trisha me acompanhando cada dia.
Ele sorriu.
— Você é ótimo.
— Tento ser.
— É.
— Como se sente?
— Melhor.
203
— Estou.
Encolheu os ombros.
Ele riu.
Ela assentiu.
— Fomos abençoados.
204
***
205
927
Uma fêmea humana que afirma ter sido criada em Mercile exigiu
entrar em Homeland. Hero se apressa até o Centro Médico e se
encontra cara-a-cara com seu passado. Um olhar em Candi e a vida
que construiu desde que obteve a liberdade começa a desmoronar ao
seu redor.
206
Prólogo
Ajudou dizer seu nome formal, não o que ele a chamava desde
seu nascimento.
207
O canino grunhiu novamente. Christopher tinha certeza de que
o canino entendia muito mais do pretendia, apesar de sua negativa
em falar. Na realidade, apostaria a que o animalzinho falaria com sua
filha depois que passassem tempo o suficiente juntos. Mercile daria
as boas vindas à oportunidade de supervisionar sua interação e eles
iriam aprender exatamente como inteligentes eram estes pequenos
bastardos. Candace seria a chave para esta investigação. Era próxima
a idade do canino.
— Sim.
208
fogo ia em um ritmo alarmante. Ficou rígida em seus braços quando a
levantou e caminhou pelo corredor. Então choramingou. Abaixou o
olhar e soube sem lugar a dúvidas que ela compreendeu que acabava
de matar sua mãe.
— O quê?
Candace.
209
Corrigiu-se mentalmente. Tinha que se distanciar dela.
210
Capítulo Um
— Tenho uma notícia triste. Seu pai faleceu a uns dias de uma
embolia pulmonar. Acabo de ser informada.
211
inteligente. Nunca iriam deixá-la sair, nem sequer depois que ouviu
estas histórias na televisão. Penny as viu também. Nada mudou.
— Como se sente?
Isto irritou Candi. Ela suspeitou que algo estava cheirando mal
quando viu Justice North no noticiário, mas ninguém a libertou. A
princípio acreditou que Penny pudesse estar com medo de admitir
que ajudou a manter Candi em segredo, mas o tempo demonstrou
que não tinha bolas para fazer o correto. Agora sabia que nunca
haveria uma possibilidade de que isto acontecesse. Seu agarre se
apertou no plástico acolchoado da cadeira, mas relaxou antes que a
doutora percebesse. Trabalhou muito para se entregar agora, em um
ataque de ira.
212
teve que abandonar o país, depois que invadiram as instalações. Mas
ninguém pode me colocar no meio daquela bagunça. Me pagou bem
para mantê-la aqui. Me senti culpada por isso algumas vezes. Sabe
que velei por você, não? Garanti que nenhum dos enfermeiros ou
funcionários se metesse contigo.
Tinha que lhe dar algo de crédito por dizer finalmente a verdade,
no mínimo, ainda que suas razões fossem egoístas. Era uma vertigem
de culpa em uma tentativa lastimosa para se sentir melhor.
— Não posso deixar que saia daqui. Poderia contar o que fiz.
Nunca documentei as coisas que me disse nas sessões de terapia
sobre sua infância e isto iria parecer suspeito. Nunca permiti que
alguém mais trabalhasse contigo e pudesse olhar detalhadamente seu
histórico médico, se alguém realmente acreditasse em sua história.
Eu iria para a cadeia.
213
Candi bocejou novamente e levantou a mão para esfregar seus
olhos. Os sintomas do esgotamento eram mais fáceis de falsificar.
Estava se cansando de ouvir esta merda.
— Jorge? Marco? Entrem aqui. Ela está fora. Podem, por favor,
levá-la ao meu carro?
Candi sabia que foi Marco quem deslizou seus braços por baixo
dela, levantando-a da cadeira. Usava uma boa colônia que era sua
única lembrança de como poderia cheirar um dia de verão. Não era
como se realmente pudesse lembrar-se tanto. Era um dos poucos que
não odiava. Ele nunca a tocou ou disse coisas ruins.
214
— Seu carro? — Soava um pouco suspeito. — Porque não uma
ambulância? Assim é como habitualmente os transferimos.
215
Isto aterrorizou Candi. Uma picada da agulha e não teria
nenhuma oportunidade. Sentiu vontade abrir os olhos e lutar, mas se
conteve. Não havia como pudesse atravessar as portas fechadas e
estavam dentro do prédio. Jorge e Marco eram muito fortes. Eles a
derrubariam rápido e a submeteriam.
Um cinto de segurança.
Marco a soltou.
— Ficará bem.
216
— Tem certeza que não quer um de nós como acompanhante?
217
Houve um leve gemido novamente e então o ar fresco se foi. Uns
segundos mais tarde, o carro se adiantou e tomou velocidade. Candi
abriu os olhos levemente para olhar o assento traseiro do carro.
Estava presa no cinto de segurança na parte traseira direita do lado
do passageiro. A primeira vez que o carro fez uma curva, deixou que
girasse sua cabeça, o que lhe permitiu ver mais. Viajavam ao longo de
uma estrada rural. Uns poucos carros passavam.
Estou perto.
— O quê?
— Sabe o quê.
218
— Eles sempre olham. — Ele sorriu.
— Quero.
— Eu os ouvi conversando.
— Sobre o quê?
219
— Sim.
— Eu sei. E não, não senti medo. Este era seu plano, no entanto.
Simplesmente isto me fez entender porque de repente notei coisas sobre
você.
— Como o quê?
— Você sabe.
— Mais que tudo. Não gosto que apenas deixem nos ver uma ou
outra vez na semana. — Ela olhou ao redor do quarto que costumavam
compartilhar. — Sinto falta do nosso espaço. — Olhou-o nos olhos. —
Sinto falta de quando me abraçava enquanto dormíamos. — Lágrimas
encheram seus olhos. — Sinto falta de tudo em você.
220
concorde em permitir este experimento. — Sentiu ressentimento. —
Como se o que somos um para o outro não fosse nada.
— Obrigada.
Ela empurrou sua mão no colo, com vontade tocá-lo, em seu lugar.
Sentia falta de passar os dedos por seu sedoso cabelo.
221
para Candi seguir seu som. Ficou de olhos fechados todo o caminho,
com a mão perto da trava do cinto de segurança. Virou o pulso um
pouco até o polegar encontrar o fecho. Ela esperou imóvel e disposta.
Ela tinha dois minutos para explicar e tentou fazê-lo, seu coração
partido. Inclinou a cabeça para trás, gritando sua fúria forte o
suficiente para ferir seus ouvidos. Os músculos dele ficaram tensos
enquanto lutava e conseguiu romper uma das correntes no braço dela.
Um dos técnicos a agarrou pela cintura e levantou-a. Ela lutou.
— Não. Desça-me.
222
Eles não estavam ouvindo tampouco. O homem que amava soltou
um braço e agarrou a outra corrente que ainda o prendia como refém à
parede.
— Queime no inferno!
223
Capítulo Dois
— Alto!
— Senhorita, tem que dar a volta e sair. Não tem permissão para
se aproximar dos portões. Siga adiante.
224
— Soa como um humano. Aprendi algumas coisas ontem com
um caminhoneiro. Disse que a ONE dispõe de uma equipe de trabalho
que é humano. Quero falar com um Nova Espécie. Consiga-me um.
Paciência.
— Falarei com você. Soa como canino, mas isto pode ser
enganoso já que é provável que esteja irritado comigo.
— Que demônios?
Ela deu um passo mais, mas parou, sem olhar para longe do que
grunhiu baixo.
— Por muito que me doa dizer isto, porque realmente mal posso
suportar ficar presa atrás de outras portas, precisam me deixar entrar.
225
— Humano? Que demônios você acha que é?
226
— Pode dizer isto pelo som que faço?
O macho passou a faca para outro guarda e logo sua arma. Ele
se aproximou e lágrimas encheram seus olhos. Piscou-as, vendo-o
aproximar-se, não havia como passar despercebido a forma como um
felino se movia, e por fim algo familiar e bem-vindo. Parou perto.
Desejou poder ver seu rosto, mas o capacete de vidro negro era muito
escuro, muito turvo.
— Explique.
Cheirou-a.
— Não sou como você, mas fui criada ali. Um dos médicos
decidiu que gostaria de saber o que aconteceria se colocassem uma
garota humana de cinco anos em uma das celas com um macho
canino.
Ela o olhou.
227
acaba de cheirar. O médico encarregado dentro da Mercile morreu
também. Dois abaixo e muito mais para seguirem. Quero sua ajuda
para encontrar o resto dos técnicos e médicos. Precisam pagar pelo
que fizeram.
228
naquele momento e usaram minha decisão para romper sua mente.
Morreu gritando e enfurecido. — As lágrimas deslizaram por seu rosto.
— Ele pensou que eu o traí. Esta é a última lembrança que tenho do
macho que amava. Eles o mataram, mas sobrevivi para ver este dia.
Ajude-me a encontrar até o último bastardo que estava ali e fazê-los
pagar.
— Candi.
229
Candi se sentia perdida.
— Faremos isto.
Ela assentiu.
230
Lembrava-lhe 927, com este cabelo. As lágrimas encheram seus
olhos enquanto lhe olhava. Parou, suas escuras sobrancelhas
arqueadas.
— Ao Centro Médico.
— Por quê?
— Bom.
231
Era difícil confiar em alguém, mas olhando aqueles olhos felinos,
estava disposta a tentar. Jinx retirou a mão, tirou as luvas e as
deixou cair no chão. Ele aproximou-se dela novamente e suavemente
entrelaçou os dedos com os seus. Sua pele se sentia quente ao tato.
Um sorriso tímido curvou seus lábios.
— Talvez queira fazê-lo. Passou por muito, mas vai ficar bem.
Prometo.
***
232
— Diga a parte importante. — Insistiu Snow.
Destiny assentiu.
233
Hero entrou direto, caminhando rápido pelo corredor até as
salas de exame. Paul o chamou, mas ele não se incomodou em
responder. Dobrou a esquina e viu Jinx e Torrent apoiando-se contra
a parede do outro lado de uma porta fechada. Ambos viraram a
cabeça para olhá-lo.
— Não.
— Tudo bem. Bom, esta área está fora de limites. Não queremos
que ninguém assuste a fêmea. Passou por muito. Breeze vai levá-la à
Residência das mulheres assim que terminar o banho e se vestir. Eles
a tratam como se fosse uma Presente.
234
porque visitava seus pesadelos com frequência. Um grunhido escapou
de sua garganta e isto a sacudiu. Virou-se para ela enquanto olhava
diretamente em seus olhos.
— 927?
Ela estendeu a mão para ele, mas ele evitou seu contato
tropeçando para trás. Ela ficou paralisada.
235
ainda prendiam seus tornozelos. A longitude mal deixou que chegasse
a ela, mas conseguiu apertar o seu braço.
Mas ver sua queda e todo este sangue, o horrorizou. Ele fez isso
com ela.
— Ajudem!
236
estava junto à dela. Ele a sentia ali. Mais botas golpearam pelo
corredor e o alarme parou.
— O que fez?
Era o Dr. C.
— Você a matou.
O Dr. C lhe olhou com muito ódio. Segurava algo atrás de suas
costas.
237
O rugido sumiu, sua visão se limpou e retrocedeu até o presente
para se concentrar em Candi. Ela era real e estava viva. Outra
lembrança subiu à superfície. O cheiro que tinha neste dia e a razão
pela qual lutou contras as correntes.
— Hero?
Jinx deu uns passos para ele, mas parou. Hero olhava a fêmea,
com a boca aberta. Depois deu a volta e fugiu.
— Me deixe sozinho.
Não queria falar com Sunshine. Uma mão suave lhe acariciou o
cabelo.
— Hero?
— Estou aqui. Qualquer coisa que está errado, não está sozinho.
238
Ela continuou acariciando o cabelo dele, mantendo-se contra
seu lado. Se qualquer outro Espécie estivesse perto, permaneceriam
longe. Finalmente recobrou o fôlego, mas se negou a olhá-la. Não
tinha certeza de quanto tempo ficou ali, mas não se passou muito.
Tinha que se levantar.
— Obrigado.
239
Capítulo Três
— Está vivo.
— Jinx, traga a Dra. Trisha. Ela está mais branca que os lençóis.
Ela o fez.
— Está vivo.
Isto a desgarrou.
240
— Tenho que ir atrás dele. Tenho que encontrá-lo.
— Ele saiu como a alma que corre do inferno. Não acho que
queira vê-la.
— Preciso vê-lo.
— Afaste-se.
— Deite-se.
241
direção que acabava de fugir. Torrent apareceu, depois de perceber
seu engano.
Não havia carros. Ela correu para a rua. Quando seus pés
descalços golpearam o pavimento não lhe importou a leve dor. Queria
chegar às árvores. Sempre quis vê-las. As horas que passou
descrevendo-as quando eram crianças podiam significar algo para ele.
Eles a perseguiram e era mais que consciente de que poderiam pegá-
la facilmente. Todos os Espécies eram mais rápidos que os humanos,
mas lhe deixaram correr, mantendo-se perto.
242
Lembrou-se do nome da mulher.
— Breeze. — Sussurrou Jinx. — Isto pode não ser uma boa ideia.
Você não viu seu rosto.
— Obrigada.
243
— As mulheres são inferiores, verdade? — Grunhiu Breeze. — Se
não tem medo dela, tenha de mim. Ela pode estar abaixo do peso e
esquálida, mas eu não. Quer brigar?
— Diga isto a esta mão. Vou encontrar Hero para minha fêmea.
Ele pode dar-lhe de comer e ajudá-la a recuperar suas forças. Ela
comeria por ele mais que por um de nós. Ela o conhece. Não me
importa o que está mal com ele, vai se comportar como um macho.
— Encontrou-o?
— Sei que o faria. Ele gosta de ser chamado de Hero agora. Diga
em sua mente uma e outra vez. Odiamos os números. Certo? Lembra-
nos do tempo em Mercile e sabe o quanto era divertido ali. — Breeze
caminhou para ela. — Vamos. Iremos procurá-lo juntas.
244
— Obrigada.
— Por aqui.
245
Candi não se importava se os machos estivessem irritados.
Breeze iria levá-la até 927. Hero. Precisava aprender seu nome. Seu
instinto era confiar na fêmea canino. Caminharam pela calçada.
Outros a olhavam fixamente, mas ela sabia que tinham o direito.
Provavelmente não viam muitos humanos. Apenas se encontrou com
os guardas nos portões e os dois no Centro Médico... a mulher médica
e o enfermeiro.
— Gostei deles.
— O que é. Canino.
— Não sabe?
246
— Eles não permitiam meu acesso ao mundo. Prenderam-me
dentro de um quarto e fiquei drogada na maior parte do tempo.
— Isto será ruim. — Disse Jinx com voz rouca. — Posso sentir.
Candi sabia por que 927 reagiu desta forma. Não disse nada
com medo de eles mudarem de opinião e quisessem mantê-la longe.
247
Continuou repetindo este nome dentro de sua cabeça.
— Vá embora.
248
— Não estou brincando. Sei que costuma fazer isto, mas não
neste momento. — gritou Breeze. — Quer que machuque meu pé?
Não estou usando minhas botas de trabalho. Poderia quebrar o dedo
do pé. Abra.
Isto a frustrou, mas não tinha tempo para discutir. O macho que
conhecia não era bom em conter seu temperamento por muito tempo.
Podia ter apenas alguns segundos para acalmá-lo. Deu um passo
249
mais perto, mas ele levantou os lábios e grunhiu, mostrando os
dentes. Era uma advertência.
As lágrimas a cegaram.
— Acha que queria que isto acontecesse? Você era tudo o que
queria.
250
Ele não disse nada, mas esta raiva ardia em seu olhar, o
marrom desapareceu, mas na verdade pareciam negros como ela
imaginava que ficou seu coração. Isto partiu o seu em pedaços. A dor
que atravessou seu peito era quase tão ruim como o dia em que
disseram que estava morto. Ela o perdeu, por completo. Nunca iria
perdoá-la.
— Claro.
251
Queria a vingança por você, mas pode tê-la por sua conta. Entendo.
Faça, meu filhote.
Nunca mais.
252
Respirou fundo e vislumbrou este olhar fugaz e triste que
rapidamente borrou seu rosto.
— Sofreu?
253
Isto doeu profundamente. Tentou pensar, ser racional. E se
tivessem levado uma mulher e lhe dissessem que machucariam Candi
se não o fizesse? E se eles tivessem ameaçado a vida dela? Teria
montado outra? Seria possível sequer? Ela não era do sexo masculino,
no entanto. Poderia ser montada tanto se quisesse ou não. Disse que
sofreu. Isto rasgou suas entranhas por imaginar um macho tocando-a.
254
Um soluço escapou de seus lábios, sua dor evidente.
Hero se girou.
Ela assentiu.
— Sim.
Breeze retrocedeu.
Jinx se moveu.
255
Breeze grunhiu.
— Eu entendo.
— Pode me perdoar?
— Posso te abraçar?
— Não.
256
para saber que foi montada. Pertenceu a outro em lugar de a ele. Ao
menos, isto foi o que acreditou que estava ali para dizer.
— Preciso de tempo.
— Fazer o que?
— Não.
257
Seu silêncio pareceu dizer o que as palavras não podiam. Ela se
afastou e abraçou a cintura, inclinando-se um pouco como se
causasse dor física. Encontrava-se no meio da sala antes de poder
dominar a necessidade de consolá-la. Retrocedeu, suas mãos
apertadas em punhos.
— A corrente...
— Apenas queria chegar até você. Não era minha intenção bater
em sua cabeça.
Ele estremeceu.
258
— Queria me matar. Entendi. Ainda o faço.
— Fico feliz.
— Matei mulheres.
— Não acredito.
259
— Não o fiz porque odiasse os humanos ou esta mulher. Quebrei
seu pescoço.
260
— Não. Fomos capazes de sobreviver até que o companheiro de
Tammy nos encontrou.
261
Capítulo Quatro
Candi sabia que deveria ir embora. Não era bem vinda, mas não
podia encontrar o desejo de ir. O homem que amava estava em pé a
poucos passos de distância e o único que queria era se lançar em
seus braços. Era tudo com o que fantasiou, se pudesse voltar no
tempo antes de sua suposta morte. Isto a manteve forte quando se
sentia fraca, valente quando estava com medo e inteira quando sabia
que por dentro sua sanidade parecia estar fraturada em milhões de
pedaços. Conseguir vingança por sua derrota foi sua motivação para
viver e continuar lutando.
— Eu matei.
Ele não pareceu acreditar nela. Sua expressão era quase uma
careta, quase um cenho franzido.
— Matou?
Ainda não parecia convencido, mas não disse nada mais, apenas
a observou, seu olhar vagando para cima e para baixo em seu corpo.
Olhou para baixo, tentando ver o que via. Perdeu muito peso.
262
— Me mantiveram fortemente medicada na maioria do tempo.
Dormi durante muito tempo, acordando e dormindo. É difícil comer
quando nem sequer pode caminhar. Costumavam me dar injeções,
mas logo mudaram para comprimidos porque minhas veias já não
aceitavam agulhas. Tentei esconder a pílulas no primeiro momento,
sem saber que isto me deixaria doente.
— Está doente?
— Sim.
— Aprendeu?
263
Ele assentiu com a cabeça, parecendo refletir sobre algo.
— Claro.
— Ficava sozinha?
Ela assentiu.
— Sim. Desejava poder deslizar pelo ralo para escapar, mas eles
atuavam como se isto fosse realmente possível.
264
O músculo da mandíbula pulsou.
— Guardas masculinos.
— Sim.
Ele grunhiu.
— Abusaram de você?
— Isso é bom.
— Sim.
— Quem me substituiu?
265
— O que?
— Não é assim.
— Como é?
Não sabia para onde se dirigia, mas era para longe dela.
— Tenho que ir. — Ele deu um passo atrás. — Não esperava isto
e estou tendo um momento difícil pensando.
— Breeze?
— Sim?
266
Breeze a olhou e logo se aproximou dele. Ela invadiu seu espaço
pessoal, colocando uma mão sobre seu ombro e puxou-o para baixo o
suficiente para colocar seu rosto perto do dele. As palavras que
sussurrou ao seu ouvido eram muito baixas para ouvi-las, mas tudo o
que Candi notou foi que ele permitiu que a fêmea o tocasse. Isto a
rasgou. Não era ciúme, mas dor pela rejeição ao permitir que ela o
fizesse.
Ela acreditava.
267
— Eu sei.
— Ele te assusta?
— Posso ver isto. Apenas disse que seria melhor se ficasse aqui
em Homeland para cuidar de você. Ele é o macho que se criou com
você. Está muito frágil neste momento, Candi. Os anos de
medicamentos que te obrigaram a tomar e a falta de comida regular te
deixou com peso baixo e fraca.
Não podia negar estes fatos. Seu corpo não estava em melhor
forma, mas sua mente estava sólida.
— Sou forte por dentro. Comerei muito, justo como disse a Dra.
Trisha.
— Espere.
— O quê?
Silêncio.
— Tire seu traseiro disto. Tenho tudo sob controle. Minha fêmea,
minha decisão.
268
— A maioria dos machos teria te levantado e abraçado, se
recebesse uma fêmea que pensavam ter perdido. Provavelmente neste
momento eu estaria tentando acabar com as imagens mentais de
coisas que não quero ver, porque teria arrancado a roupa para
reivindicá-la, sem me importar com quem estivesse no lugar.
— Sou mais como você do que humana. Isto significa que sou
Espécie?
— O que?
— Não posso fazer com que me ouça se não quer ficar perto de
mim.
269
— Como isto?
— Não importa, não irá. Cortei suas asas. Nenhum piloto vai
levá-lo até lá. — Sorriu. — Hero não vai sair de Homeland.
Breeze sorriu.
— Não.
— Fez sexo apenas uma vez. Esqueci isto. Não quis ouvir
escondido, mas a audição canina é boa. Certo, tire sua roupa. Ele é
um macho com fortes sentimentos por você. A natureza cuidará do
resto.
— Talvez.
270
primeiro drogavam o macho. Deixava-os violentos e incapazes de
pensar. Preocupava-nos sobreviver sendo montadas quando estavam
assim e algumas ficaram gravemente feridas.
— Sinto muito.
271
Isto desejava, ainda que não tivesse muitas esperanças. Precisou
de coragem para abrir a porta, mas o fez, dando um passo dentro do
quarto.
O olhar dela foi para seu rosto. Estava furioso. Ela aceitou isto.
Breeze tinha alguns pontos muito válidos e sua própria ira surgiu. A
raiva era uma emoção que descobriu que trabalhava a seu favor às
vezes. Sobreviveu ao inferno, apenas pela oportunidade ir atrás dos
responsáveis pela morte de 927. Estava vivo e estavam no mesmo
lugar. Ele deveria querer abraçá-la tanto como ela queria estar em
seus braços.
Ele grunhiu.
272
— Certo. É Hero, um macho adulto. — Ela olhou seu peito, seus
braços. — Tão forte e resistente. — Encontrou seu olhar. — Pelo
menos parece desta forma, mas é um covarde.
— Diga que nunca pensa sobre o futuro que poderíamos ter tido
se este dia não tivesse acontecido. Tente imaginar como seria bom me
beijar e me reclamar. Eu penso nisso sempre.
— Quero tocá-lo.
273
— Foda-se.
— Não posso fazer isto. Foi muito duro perdê-la a primeira vez.
Custou anos juntar minha vida e encontrar a paz pelo que aconteceu
depois de sua morte.
— Não sei.
274
Ela já lhe disse por que e como sofreu. Agora ele tinha que dizer
a ela. Caminhou pelo pequeno espaço entre a cama e o armário,
mantendo-se afastado dela. Finalmente parou e levantou a cabeça.
— Você era minha. Sabia que isto iria me matar por dentro,
assim que... porque simplesmente não me deixou morrer?
— O que?
— Éramos jovens.
275
chão, onde os humanos permaneciam. Inclusive depois que o
soltaram, negou-se a aproximar-se dela. Dormiu no chão, em lugar de
compartilhar o colchonete. Não queria conversar com ela. Chorou e
suplicou, mas nada funcionou. Logo, em seu desespero, pensou em
um plano. Um plano que poderia funcionar tão bem como neste
momento.
276
Sua roupa emprestada do Centro Médico estava em um monte
em seus pés. Suas pernas estavam nuas todo o caminho até a metade
das coxas, onde uma de suas camisas de manga curta agora cobria
seu corpo. Tinha os braços acima da cabeça, esticados no alto. Mal
percebeu isto, já que sua camiseta abria-se dos lados, revelando um
quantidade de pele dos quadris para cima. Notou então porque seus
braços estavam no alto. Ela usou dois de seus cintos para prender
seus pulsos e os extremos estavam presos na parte superior da porta
fechada.
— O que...?
— Funcionou antes.
Ela sorriu.
277
— Tive que chamar os técnicos para soltá-la. — Lembrou. —
Deveria tê-la deixado ali. Ninguém quer ficar acorrentado a uma
parede.
— E se te deixar aí?
— Candi...
— Tomei algo de você, pela escolha que fiz. Realmente o fiz para
salvar sua vida. Sei que dói. Faria qualquer coisa para tomá-lo de
volta de pudesse. — Fez uma pausa. — Estou a sua mercê. Deixe-me
aqui ou me toque. Pode escolher agora.
278
— Sua mente não funciona corretamente.
Olhou para baixo. Ela estava muito perto. Podia cheirar o xampu
que usou e soube que escovou os dentes com algo com menta e
debaixo disso, seu cheiro feminino o chamava. Sempre o fez.
279
Havia muitas boas lembranças. O calor se estendeu através dele
enquanto continuava olhando-a, flashes de seu tempo juntos
regressando. Alguns medicamentos que Mercile testou em seu
sistema lhe causou danos, assim deitava a cabeça em seu colo
enquanto ela cantava em voz baixa e brincava com seu cabelo.
Contava histórias que o distraíam do seu sofrimento.
Observou seus traços. Ela era sua Candi. Podia ver algumas
mudanças. Umas poucas linhas estavam ao redor dos olhos e da boca.
Sua atenção desceu e seu pau ficou rígido. Seu peito encheu. Os
montes de aspecto suave de seus seios estavam claramente definidos
através do tecido fino de sua camisa.
Sua voz saiu rouca e ele grunhiu. Queria senti-la. Abriu a mão
sem pensar, quase tocando a pele que se revelava nas costelas.
Estava muito pálida e parecia muito suave. Ela arqueou as costas,
como se para animá-lo. Isto lhe inquietava. Levantou o olhar.
— Estou irritado.
— Eu sei.
— Poderia machucá-la.
280
— Lembra-se do que fez quando acordou depois da primeira vez
que te levaram para minha cela?
— Precisava de mim.
Ele apertou o agarre sobre ela justo por cima dos quadris e
retrocedeu um pouco para que seus corpos não ficassem
pressionados. Abriu os olhos, olhando-a.
281
— Vou levantá-la para soltar a pressão dos cintos. Deslize fora
deles. Não faça isto novamente. Alguma vez escuta? Ninguém quer
ficar preso a uma parede.
— Machucou a si mesma.
282
que não pudesse negar que era sua Candi. Ele ficou ali a abraçando e
permitindo que ela o abraçasse. Lembrou-se da primeira vez que
afirmou que ela era sua...
927 foi até Candi e a agarrou pela cintura. Ele a levantou do chão
e a levou para seu colchonete. Sentou-se, colocando-a em seu colo.
Cheirou-a para encontrar a fonte de sua dor. Não passou muito tempo.
Agarrou a camisa que usava e empurrou o tecido por seu braço. Uma
venda estava justo debaixo de seu pulso e a gaze branca estava
molhada de sangue.
— Tirou sangue porque acha que poderia não ser sua filha. Vai
comparar o que dele para ver se realmente sou. Ele disse coisas
horríveis sobre minha mãe.
— Lutou?
— Foi muito ruim, a agulha dói. — Bufou. — Ele disse que posso
ser uma bastarda. Isso significaria que não tenho pais, já que matou
minha mãe.
Ela era tão pequena e inofensiva. Enfurecia lhe que o Dr. C fosse
tão cruel com ela, por outra parte, a prendeu em uma cela com ele.
283
— Não importa se é seu sangue ou não. Eu também não tenho
pais. Chamam-me bastardo.
Ele apoiou o queixo sobre sua cabeça e a abraçou com mais força
contra o corpo.
— De verdade?
— Não sei.
284
— Não temos bolo e mamãe prometeu que compraria a boneca que
queria.
— Não posso comer tanto. Fico doente. E não quero que você sinta
fome mais tarde.
Ela girou a cabeça para olhar a câmera e logo para ele novamente.
Ele sorriu.
— Não o farei.
285
Capítulo Cinco
— O que te fizeram?
286
ajustou as pernas, mantendo-as ao redor de sua cintura e afundou o
rosto em seu pescoço. Ela aspirou, desfrutando simplesmente de
estar perto dele. Era sólido, grande, quente e vivo.
— Em alguns dias.
— Deveria se alimentar.
287
Ele grunhiu, sua irritação evidente. Soltou seu quadril e
envolveu os dedos na parte superior de cada braço, explorando o
ombro deste lado. Realmente gostou quando ele abaixou a mão e
deslizou entre a camisa e sua pele, passando a mão por cima de sua
coluna vertebral. Arqueou-se contra ele, pressionando os seios mais
apertados contra seu peito. Ficou imóvel e conteve a respiração.
Não sentia vergonha. Era 927. Esteve ali na primeira vez que
menstruou. Disse que sabia antes mesmo que ela...
288
Christopher entrou mais tarde esta noite. Estava furioso e exigiu
que a levassem para outra cela. A ordem traumatizou Candi. Lutou
contra ele. Apenas queria dormir com 927. Doía sua barriga e 927 a
distraía acariciando seu cabelo.
Cada mês depois disso, teve que sair da cela enquanto sangrava.
Christopher não permitia que 927 estivesse perto dela durante este
tempo. Odiava ficar sozinha na cela ao lado da dele, mas aprendeu a
tocar as paredes, para tranquilizá-lo que estava bem.
— O que há de errado?
— É necessário.
— Por quê?
— É por isto.
Evelyn teve outra conversa com ela. Ela repetiu a 927. Isto mudou
tudo. Não permitiram Candi voltar para a cela que compartilhava com
927, exceto o que chamava de horas de visita. Chorou cubos por ter que
dormir sem ele. Ele ficou furioso. Christopher não queria se arriscar a
que 927 e ela fizessem sexo. Disse que eram muito jovens e ele não
289
permitiria. Os técnicos deveriam observá-los e rara vez era permitido se
tocarem.
Três anos se passaram assim, até este fatídico dia quando Evelyn
se aproximou dela com o experimento de reprodução. Seu corpo mudou
durante este tempo. Seus seios cresceram e tinha pelo corporal. Ela
contou a 927, mas não foi capaz de mostrá-lo já que os técnicos a
teriam levado daí se tentasse tirar sua roupa...
Candi tirou sua mente das lembranças e olhou nos olhos de 927.
Estavam sozinhos, finalmente e ninguém podia impedi-los de fazer o
que quisessem.
— Cubra-os.
Ela sentiu algo sob seu traseiro, onde descansava em seu colo.
— Está duro.
— Cubra-os. — Grunhiu.
290
Aspirou pelo nariz, suas fossas nasais dilatadas.
— Inclinei-me.
— Sim?
— Levante-se.
— Quero ver.
291
— Temo que se sair de seu colo não vai deixar me aproximar
novamente.
Ela saiu de seu colo com pesar, parou de frente para ele e logo
deu a volta. Ele levantou a camisa que usava e passou sua outra
palma na parte de trás das coxas. Surpreendeu-a quando deslizou
fora da cama de joelhos e se inclinou um pouco para observá-la.
— Por quê?
292
— Vá para o banheiro. Dê-me uns minutos.
— Faça.
— Vou machucá-la.
Hero tremia.
Moveu-se rápido, mas ela nem sequer piscou quando suas mãos
repentinamente a agarraram pela cintura. Ele a levantou de sua
posição ajoelhada. Ela ofegou quando ele a colocou de costas no
suave colchão. Pulou uma vez e ficou imóvel, um pouco surpresa.
293
Uma porta se fechou e ela empurrou-se sobre o cotovelo. Ele se
foi. Olhando ao redor revelou que realmente a deixou sozinha no
quarto. As lágrimas encheram seus olhos um segundo mais tarde,
quando outra porta se fechou. Não somente deixou o quarto, ele
deixou seu apartamento. Virou-se de lado, levantou os joelhos e ficou
em uma bola apertada.
***
— Vou passear.
— Não há nenhuma.
— Surgiu algo.
294
— Não quero falar sobre isto. Peço desculpas, mas preciso ficar
sozinho.
Ela se afastou.
— O que aconteceu?
— Quem é ela?
Odiava ver a ira nos olhos de Kit. Era uma boa amiga. Inclusive
ficaram mais próximos recentemente, fazendo sexo algumas vezes.
295
Não lhe importou que não quisesse que um homem passasse tempo
com ela depois. Não queria ficar. Apenas segurou duas fêmeas nos
braços enquanto dormia. Uma delas era Candi e a outra sua amiga
Tammy. Ela tinha um companheiro e ele a abraçou para mantê-la a
salvo dos captores.
— Adiante.
— Macho teimoso.
— Deveria mordê-lo.
Balançou a cabeça.
296
— Não é um macho ruim Hero. Todos sabem por que matou
aquelas humanas em cativeiro. Isto não me transtorna da maneira
como faz com algumas de nossas fêmeas. A maior parte de nossa
espécie matou humanos e não foi com a intenção de misericórdia. Foi
para infringir sofrimento e se vingar. É esta sua maneira de ter
certeza de que não fique apegada a você, deixando-me plantada e com
o cheiro de outra sobre você? Não estou procurando um companheiro.
Apenas quero fazer sexo com apenas um macho por um tempo. Eu o
escolhi porque não é pegajoso e tem dor em seu coração. Somos
iguais desta forma.
— Não.
— Não o faço. É uma das fêmeas mais forte que conheço, Kit.
297
dizer. Não quero que me vejam como fraca. Se revele para mim. Me
diga porque deixa que te chamem Hero e porque está doendo.
Kit suspirou.
— É humana, mas foi levada para lá quando criança por seu pai.
Ele assassinou a mãe dela e ela foi testemunha. Queria se assegurar
que não pudesse falar com outros humanos. Sabia que Mercile não o
castigaria pelo que fez. Criou-se comigo dentro de nossa cela, como se
fosse um de nós. Tratei-a como minha companheira, mas seu pai a
levou para longe de mim e apenas permitia que passássemos tempo
juntos monitorados quando chegamos a idade que começou nossa
atração sexual.
298
tudo. Tudo isto me fez o que sou e finalmente tive um pouco de paz.
Agora se foi. Quero que volte a insensibilidade.
Seu corpo ficou mais rígido, mas Kit pareceu ignorar sua reação
ou tomá-lo como advertência.
— Vá com ela, Hero. Faça com que seu nome tenha significado,
em lugar de ser uma forma de torturar a si mesmo com a ironia dele.
Ainda hesitou.
299
Acho que esta é a expressão. Não é um covarde. Como ela não é.
Pertencem juntos. Vá.
Entrou e se virou.
— Eu...
— Porra.
300
Capítulo Seis
Percebeu que ainda tinha a foto nas mãos e olhou para baixo
antes de devolvê-la.
— Sim.
301
Desejava estar mais perto dele, mas ficou quieta para o caso de
ele decidir abandoná-la novamente.
— É minha casa.
— O que aconteceu?
— Não importa.
— Ela?
— Uma amiga.
— Não.
302
— Sim, quero.
— Posso cheirá-la.
— Está ferido.
303
Ele girou sua cabeça, grunhindo.
— Retroceda.
Ficou paralisada.
Ela não negou que era exatamente por isto que escolheu este
lugar.
Balançou a cabeça.
— O que?
Ele grunhiu.
— Estão bem.
304
deixou cair nele, pegou um de seus tornozelos e puxou seu pé para
olhá-lo.
Ele a soltou, mas logo a olhou com expressão séria. Ela seguiu
sua linha de visão e percebeu que a camisa que usava subiu um
pouco quando a deixou cair no sofá e levantou pelas pernas. Parte de
sua boceta estava exposta. Sua boca se apertou em uma linha
sombria quando ela levantou os olhos para ver sua reação. Ele ficou
quieto, sua atenção se concentrou ali.
— Não quero que sofra, meu filhote. Nunca. Por que diz isto?
Olhou para baixo entre suas coxas e congelou. Ela sabia o que
ele via, com suas coxas entreabertas e uma perna levantada. Estava
exposta novamente, mostrando sua boceta. Contemplou a opção de se
305
agachar para manter a camisa no lugar sobre ela, mas decidiu não
fazê-lo.
— Sim.
— Acha isto?
Isso doeu.
— Não sei. Está viva. Não sei como reagir ou o que pensar. Estou
tentando manter a calma, mas me sinto muito instável.
Ele se inclinou.
306
— Não diga isto. E não me chame de seu filhote.
A ira estava de volta em sua volta. Ela abaixou o olhar para seu
peito. A visão de sua pele bronzeada e nua através dos buracos da
camisa era uma boa coisa para se concentrar, em seu lugar.
307
— Eu te desejo. Este é o problema. — Grunhiu as palavras. —
Perco o controle quando se trata de você. Me faz sentir muitas coisas,
Candi. Sempre o fará. Uma vez quis matá-la sobre o outro macho.
Você era minha! Sabe por que fugi de você no quarto? — Não lhe deu
tempo de perguntar. — Fiquei com medo de machucá-la. Está fraca e
doente. Não posso montá-la. Fico furioso porque desejo isto.
— Fodida mentira.
— Que culpa?
— Nunca saberemos.
308
Algo disso começou a fazer sentido para ela.
— Eu te amo.
309
— Você estava ali para me abraçar depois que minha mãe
morreu. Você era o que me mantinha quente e me consolava cada
noite. Me deu uma razão para viver nesta cela. Me fez rir e sentir
coisas maravilhosas. A única razão pela qual estou viva hoje é porque
foi minha razão para lutar e continuar tentando escapar. Não se
atreva a menosprezar nada disso.
— Candi eu...
— Certo.
— Não vou montá-la até que esteja mais forte. Me ajude a fazer
isto se mantendo coberta.
Ele grunhiu.
— Sim.
310
— Mas tem que me ajudar a conseguir que melhore. Isso
significa descansar e dormir. Vou cuidar de você.
— Filhote?
Agachou.
— Esta é outra razão pela qual não vou montá-la neste momento.
Poderia deixá-la grávida.
Ela se surpreendeu.
— Oh não!
Emparelhados.
311
Ela o ouviu dizer isto.
— É minha, Candi.
Sentiu sua falta. Uma parte dela ainda temia dormir, com medo
de acordar dentro de seu quarto no manicômio. Alguns dos
medicamentos forçados em seu corpo lhe causaram sonhos e
alucinações muito realistas. Apertou o nariz contra o travesseiro de
927 e encontrou seu cheiro. Isto a ajudou a relaxar.
***
312
que sempre amou e com quem desejou ter um futuro. Agarre-a, meu
amigo. Esta é sua oportunidade de ser feliz.
Tammy vacilou.
313
— Quero, mas me preocupa não ser capaz de cuidar dela da
forma que precisa.
— Fará tudo bem. O velho Dr. Harris não tem um bom trato com
os pacientes e ele está de serviço aqui. Preciso dizer algo mais para
convencê-lo?
314
Ela era uma parte dele como uma de suas extremidades. Tirou a
camisa rasgada e a calça, mas vestiu uma cueca boxer.
Amava Candi. Sua vida foi solitária até que ela chegou a sua cela.
Não acreditou até então que pudesse aprender a confiar em alguém
completamente humano. Ela não era nada como os técnicos. Inclusive
saber que o Dr. C era seu pai não lhe dissuadiu de formar um vínculo
profundo com ela. Agora estava ali, viva e no lugar a que pertencia.
Ela não foi libertada quando ele foi, mas diferente dele, ela não
teria que navegar nessa nova vida por conta própria. Os amigos eram
fantásticos e ele os apreciava, mas uma companheira era alguém com
quem passar o resto de sua vida compartilhando cada momento. Não
havia dúvida de que Candi era sua. Ela sempre foi sua.
Seu corpo respondeu ao tê-la tão perto, mas ele ignorou seu pau
duro. Temia que pudesse machucá-la ou deixá-la grávida. Realmente
estava frágil. Fez uma nota mental para falar com alguém sobre o que
fazer com os humanos que a mantiveram presa. Tinham que pagar.
315
Capítulo Sete
Candi observou 927 com cuidado. Mudou toda sua atitude com
ela e ainda que o apreciasse se perguntou por que ficou tão cômodo
em aceitá-la em sua vida. Terminou o café da manhã que ele levou.
— Bom?
— Sobre tudo com farinha de aveia, ovos e muita sopa. Não era
muito bom. Mal comia carne, já que apenas me permitiam usar colher
de plástico.
Ela sorriu.
Ele sorriu.
316
— Desculpe. Estou ansioso para conseguir deixá-la bem. As
fêmeas da residência das mulheres estão assando algumas coisas
para você. Vão lhe dar uma torta, alguns bolos e biscoitos hoje.
Ela hesitou.
— Muito cedo?
— Está bem.
— Sabe o que é bom para ver com filmes? Pipoca. Não tenho,
mas conheço alguns machos que também gostam destas coisas. Irei
bater em suas portas e ver se têm algumas. Já volto.
317
— Pipocas?
Breeze sorriu.
— Entre.
— Compreensível.
— Acho que não. Deveria ter visto o enorme café da manhã que
me deu para comer e agora foi buscar algum tipo de guloseima.
Pipocas. Poderia me machucar com muita comida, em lugar de fazer
sexo comigo.
Breeze riu.
318
— Um belo esforço.
— Disse a ele?
— Sim, mas não me ouve. Ele me disse que poderia ter um bebê
e tem medo, em minha condição, poderia ser muito ruim.
— Não.
Breeze sorriu.
— Loção?
Breeze gemeu.
319
— Provavelmente é a única mulher Espécie que não sabe nada
sobre masturbação. Alguma vez viu um macho completamente nu?
— E o felino?
— Fechei os olhos. Ele me tomou por trás, assim não poderia ter
olhado mesmo se quisesse. E não queria.
— Obrigada.
320
quiser fazer isto. Não há nada para temer. Nossos homens realmente
gostam se coloca loção em suas mãos e esfrega acima e abaixo onde
ficam duros. Conte com um desastre quando gozar. Isso é normal.
Posso entender porque está com receio de fazer sexo contigo, mas
podem fazer coisas sem medo a ficar grávida. Teria que gozar dentro
de você para isto. Foi claro o suficiente?
— Sim.
— Breeze.
— Não muito.
— Disse que poderia passar meses antes que ganhe mais peso.
Girou, horrorizado.
321
— A carne será de ajuda. Cada refeição terá alguma.
Ela não disse nada. Ele estava na fase da negação sobre que
precisaria de tempo. Era seu primeiro dia em sua nova vida juntos.
Não queria discutir com ele. Tudo o que Breeze disse se repetiu em
sua mente. Seria muito mais fácil para ela mudar o plano de esperar
para montá-la que permitir que passasse tanto tempo.
Ele sorriu.
— Irei me apressar.
322
— Isto será divertido.
— Estou alegre.
— O quê?
Franziu o cenho.
— Por favor?
Ele grunhiu.
— Certo.
— Não se irrite.
Candi sorriu. Seu macho ficava lindo quando irritado. Pode ser
que não o admitisse, mas ela sabia por que estava. Esperava
323
frustração sexual. Olhou a almofada ao lado. Não a teria, se ela
tivesse algo a dizer a respeito. Apenas precisava que relaxasse antes
de tentar deixá-lo completamente nu.
— Obrigada.
Cheirava bem, mas não estava disposta a comer mais. Seu olhar
se fixou na enorme tela e teve que admitir sentir um pouco de emoção
ante a perspectiva de ver o filme. Simplesmente não tinha intenção de
vê-lo todo. Era apenas uma questão de tempo antes de Hero abaixar a
guarda. Então o golpearia.
324
melhores quando estivessem fora da cama. Estava errado. Desejava
tanto Candi que era tudo em que podia pensar.
Olhou para o filme, mas não pôde se concentrar nele. Isto era
novo. Viu-o dezenas de vezes e sempre desfrutou da história. No
entanto não tinha Candi junto dele. Ela riu novamente e passou a
mão desde seu peito até o estômago. Apertou os dentes quando seus
dedos acariciaram a pele um pouco mais perto da cintura da boxer.
Seu pau palpitou quando a imaginou deslizando esta mão mais para
baixo.
— Preciso de um banho.
— O quê? Agora?
— Agora.
Ela o cheirou.
— Oh.
325
Tirou a mão de seu quadril. Sentou-se e quando ela se afastou
dele, ficou em pé rápido e pronto para fugir. Candi pegou a cintura de
sua boxer.
— Espere.
Girou a cabeça para olhar para trás para ela, como o cenho
franzido, ainda sem virar o corpo.
— Me deixe ir.
— Sente-se.
Estava muito assombrado para fazer outra coisa a não ser olhar
entre o frasco e o sorriso em seu rosto.
— Sente-se.
Ela puxou sua boxer. Deslizou por seu quadril e pernas. Caiu ao
redor de seus tornozelos.
Ainda resistiu. Ela nunca lhe viu sem algo cobrindo seu pau.
Esse não seria o caso, se desse a volta. Sua mão acariciou seu
traseiro e ele grunhiu.
— Não, mas acho que posso descobrir com a sua ajuda. Gire
para mim ou se sente.
Ela sorriu.
326
Seus olhos se abriram e seus lábios também. Não disse nada
enquanto estudava seu pau. Ele também abaixou o olhar. Não estava
preso entre as coxas ou escondido agora. A mão dela se levantou e
roçou suavemente os dedos na parte de cima de seu eixo. Seus
joelhos enfraqueceram com este hesitante toque, mas se segurou. Ela
não parecia assustada.
— Sim.
— Parece irritado.
327
Ele assentiu com a cabeça. Não podia falar. As mãos dela eram
incríveis. Queria gozar apenas por saber que era ela e ver as mãos de
sua Candi dando-lhe prazer. Apertou os dentes até que sua
mandíbula doeu. Ela brincou com ele, acariciando acima e abaixo em
seu eixo, esfregando círculos sobre a ponta de seu pau, agarrando-lhe
um pouco mais firme para apertá-lo.
Teve que afastar o olhar de suas mãos para olhá-la nos olhos.
Ele gemeu quando ela colocou uma mão sobre a outra em seu
eixo e se apoderou de seu pau com mais força. Deslizou-as até a base
e logo acima até que passou o polegar pela ponta e logo para baixo
novamente. Ele inclinou a cabeça para trás e esticou os braços ao
longo do encosto do sofá, agarrando-o para não agarrar ela em seu
lugar.
328
— Desculpe.
— Por quê?
— Não. Quero fazê-lo uma e outra vez. Gosto de tocá-lo e ver seu
corpo reagir ao meu contato. Seus músculos se contraem e se movem
de uma maneira que me deixa dolorida. Gosto de ver esta expressão
em seu rosto. É quase como dor, mas não é. É sexy, meu filhote.
— Está dolorida?
Ela assentiu.
— Sim.
— Me mostre onde.
329
— Não gosta quando tiro a camiseta, mas me faz sentir assim
por todas as partes.
— Tire.
— Me mostre.
Ainda não via medo nela. Candi segurou o olhar com expectativa.
Então isto o tocou. Ela aceitaria qualquer coisa que desejasse porque
confiava nele. Suas mãos tremiam quando as abriu e as colocou
levemente nas coxas dela. Ela não estremeceu e nem se afastou.
Empurrou para cima, deslizando sobre sua pele e até seu estômago.
Fez uma pausa.
330
— Adoro suas mãos. Sente-se bem. Quase faz cócegas, mas não
pare.
Hero ficou mais audaz e passou o polegar sobre sua boceta. Sua
respiração acelerou, mas ela não protestou de forma alguma. Estava
contente por seu nariz não estar errado, quando passou o polegar
sobre a prova de sua excitação e espalhou a umidade por seu clitóris.
Parou um instante quando seu corpo ficou tenso, mas ela não tentou
331
se afastar. Colocou a prova como suportava seu contato com um
círculo na pequena protuberância com a parte suave da ponta de seu
polegar, a que estava justo acima da capa mais grossa de pele dura.
O sangue correu para seu pau já duro, mas ele ignorou seu mal
estar. Isto era sobre Candi, não sobre seu desejo de entrar nela. Ele
deslizou o polegar pelo clitóris e o passou pelo mel de sua excitação.
Adorava o quão molhada ela estava. Cobriu seu polegar e voltou ao
clitóris, acariciando de cima abaixo em vez de círculos. Candi gemeu
mais forte e os dedos agarraram o sofá.
332
polegar. Apertou a ponta do dedo contra a abertura de sua boceta e
introduziu em seu interior.
Porra.
333
Capítulo Oito
— O que há de errado?
— O que há de errado?
— Oh.
Ela olhou seu rosto, mas ele manteve os olhos fechados, apenas
silenciosamente de joelhos na frente dela.
334
Procurou freneticamente a loção, mas não a viu. Agachou e
fechou os dedos ao redor de seu eixo, mas rapidamente percebeu que
havia uma grande diferença entre ter a loção em sua mão e não ter
nada. Soltou um ruído rouco e ela parou.
— Não.
335
sobre ele e seu movimento, fez com que se esfregassem juntos de
modo que a ponta de seu pau deslizasse ao longo de sua boceta.
Sabia que ele não estava falando daquela grossa e dura parte de
seu corpo que ela continuava segurando. Mas de que iria romper sua
determinação de não montá-la. Era algo com o qual poderia viver. Ela
o desejava e ele a desejava. Às vezes os machos eram irracionais e
super protetores. Sabia que não iria lhe machucar, mesmo se ele não
soubesse.
— Candi!
336
Soava como se houvesse entrando em pânico e estivesse irritado
ao mesmo tempo e seu agarre em seus braços deixando hematomas.
Ela ignorou a leve dor e olhou seu pescoço, tão perto de sua boca.
Lambeu os lábios e levantou a cabeça o suficiente para chegar até ele.
Mordeu levemente e seu corpo estremeceu. Passou a ponta da língua
sobre a marca que deixou e um pouco mais abaixo na curva do ombro.
Mordeu mais forte ali, sabendo que não iria romper sua pele, mas o
faria reagir. Conhecia seu filhote.
— Me reclame.
Ser montada por seu macho lhe deu um êxtase que aumentou a
velocidade de seu pau dentro dela, esfregando contra seu clitóris,
aumentando as sensações que ameaçavam se apoderar dela.
337
Conhecia seu filhote. Tinha medo de machucá-la.
— É tão bom.
Mal era consciente dele empurrando sua mão dura contra seu
traseiro, mas detestou perdê-lo enquanto saia todo o caminho.
Manteve-se a segurando, no entanto, presa sob ele no sofá. Acabava
de retirar seu pau. Ao mesmo tempo, soltou um som que nunca ouviu
antes sair dele. Era quase um grunhido lastimoso.
— Sou.
— Não!
Desejava tranquilizá-lo.
338
— Não me machucou, meu filhote. Sabia que não o faria. Gostei
muito que me montasse. Quero fazê-lo todo o tempo.
Seu macho deslizou a mão entre ambos e tocou sua boceta, mas
não brincou com ela. Ele esfregou um lado, como se procurando algo.
Relaxou.
— O que?
— Venha comigo.
Realmente olhou para os dois. Ele era mais amplo e mais alto
que ela. Sua pele clara parecia pálida em comparação ao bronzeado
dourado. Não era culpa sua já que não lhe permitiam sair ao sol no
manicômio. Seu corpo estava muito magro, causado por todos os
medicamentos que a obrigaram a tomar e as poucas refeições que lhe
deram. Tinha que admitir que parecia muito frágil e pequena se
comparada a ele. Seu corpo parecia uma versão encolhida dos
dezesseis anos de idade, como quando estava em Mercile.
339
— Vou me preocupar até que esteja mais forte e saudável. Me
preocuparei inclusive então, porque é muito importante para mim.
Sua força interior e sua vontade são incríveis. É apenas que neste
momento estão contidas em um corpo frágil. Pode ver isso?
— Sim.
— Quanto é demais?
Hesitou.
— Eu te desagrado?
340
Ela começou a rir.
— Não acha que sou feia, mesmo com meus traços divertidos?
— Eu te amo.
— Eu também.
Ela sorriu.
— Eu gosto disto.
341
— Filme, pipoca e dormir. Irá comer muito quando acordarmos e
então será quando iremos considerar fazer sexo. Não antes.
— E se eu escorregar e cair?
Ele não respondeu e ela olhou para trás. Não estava no banheiro
com ela. Tinha fugido. Começou a rir. Poderia funcionar, mas não
quis ir muito longe e que ele se afastasse. Era seu macho. Um super
protetor com quem seria difícil lidar até que tivesse mais peso, mas
ele não era o único teimoso.
342
calça. Puxou por suas pernas e parou na porta do banheiro, ainda
que evitasse olhá-la se enxugando.
— Tenho que deixar nossa casa por uns minutos. Encontre uma
de minhas camisetas para vestir e logo voltarei.
— Não.
— Olá Hero.
— Felicidades.
— Tem preservativo?
— Em alguma parte.
— Entre.
— Obrigado.
— Não sabe?
343
— Banheiro. Está justo ao lado da maleta de primeiros socorros.
Usei a associação de palavras para lembrar onde coloquei. Volto logo.
— Aqui.
— Obrigado.
— Tudo bem.
— Imaginei, já que está fazendo sexo com ela. Estou feliz por
você. Há algo que possamos fazer?
— Temos problemas.
— O que houve?
344
— Breeze. — Ele franziu o cenho. — Qual o problema?
— Não podemos evitar por mais tempo, Hero. Por isso estamos
aqui. Gostaria que tivéssemos mais alguns dias, mas temos que lidar
com tudo neste momento antes que algum humano seja confundido
345
com Candi. Tem uma caça completa montada porque acreditam que é
uma mulher instável e perigosa que já matou uma vez.
Fury assentiu.
346
— Nunca permitiríamos que isto acontecesse. As autoridades
humanas não têm direito a assaltar nossas portas para tentar levá-la.
Encontrariam nossas forças se o fizessem. Gostaríamos de evitar isto.
Apenas estão esperando por nós para encher os espaços em branco.
Hero assentiu.
— Demorou muito.
— Não. Não tenha medo. Não há razão para tê-lo. Breeze apenas
tem que fazer algumas perguntas. A ONE está nos respaldando,
Candi. Eles não vão permitir que ninguém a afaste de mim. Os
humanos não têm direito a virem aqui. A polícia humana poderia
querer interrogá-la, mas lhes disse que não. Não vai ter que falar com
ninguém, exceto com Espécies.
— Certo.
347
— Me sinto a salvo com Breeze.
— Não o fará.
Ela deslizou de seu colo. Ele segurou sua mão e olhou por suas
pernas nuas.
— É apenas Breeze.
Ela sorriu.
— Sou sua.
— É minha.
— Estou crescendo.
348
Ficou em pé e lhe deu um puxão para levantá-la sobre seus pés. A
parte superior de sua cabeça somente chegava até seus ombros.
— Não estou!
— Isso dói?
— Tenho dez anos de idade agora, não sou um bebê. Tenho que
aprender a me proteger. Os técnicos não se aproximam de você, a
menos que te droguem primeiro. Comigo, apenas me agarram e me
arrastam pelo corredor, porque sabem que não posso causar muito
dano.
— Você não os tem. Não poderia romper sua pele com estas coisas
suaves.
Ela soltou-se de seu agarre e lhe lançou outro soco. Este lhe
acertou suas costelas e deu um passo atrás.
349
Ele negou com a cabeça.
— Uma humana?
A fúria o encheu.
— Supõe-se que não tenho que dizer a ninguém que sou sua filha.
Disse que apenas poucas pessoas sabem. Evelyn e alguns dos que
vigiam nossa cela.
— Não acredito.
Ele se aproximou e agarrou sua mão. Ele curvou sua própria mão
em uma posição com garras.
350
— Lute com isto. Use suas unhas. Não tem a força suficiente para
ferir com seu punho. — Levou sua mão até seu rosto. — Vá para os
olhos. — Desceu sua mão. — A garganta depois.
Soltou sua mão, inclinou-se para frente, agarrou a perna dela por
trás do joelho e dobrou, levando-o até entre suas pernas.
— Faça isto o mais forte que puder contra os machos. Irá derrubá-
los.
Ela assentiu.
— Eu te ensinarei.
— Obrigada.
— Preciso saber.
Era valente para ser tão pequena e fraca. Respeitava sua força
interior, mas assim era sua Candi. Sempre lhe assombrava. Agachou
um pouco e lhe deu um tapa com uma mão, assegurando de não fazer
contato.
351
ao instante se arrependeu quando ela ofegou. Agachou, preocupado de
que pudesse tê-la machucado.
— Está bem?
Ela sorriu.
Ele queria fazer isto. Nunca queria que ela precisasse usar nada
do que lhe ensinou. Endireitou-se e a ajudou a se levantar.
Ele riu e abriu a boca, lambendo os dedos dela junto aos seus
lábios. Ela tirou as mãos.
— Bom ponto.
— Tem certeza que quer aprender? Isto não será fácil e pode ser
que consiga hematomas quando trabalharmos mais duro para ensiná-
la a se defender. Não quero voltar a machucá-la, Candi.
Ela assentiu.
— Eu sei, mas tenho que aprender. Sou mais dura do que pensa,
927. Nem sempre está comigo quando me tiram da cela.
352
— Você é meu bebê. — Brincou. — Meu pequeno bebê.
Ela girou até ele e lhe acertou em baixo no abdômen. Ele grunhiu
e o esfregou. Isto a fez rir.
— Insisto.
353
Capítulo Nove
Ela sorriu.
— Vou te alimentar.
— Bem.
354
Parou e a levantou sobre o balcão, olhando-a nos olhos.
Ele grunhiu.
— Apenas diga.
355
— Localizaram o arquivo do assassinato de sua mãe. Estava sem
resolver. Consideram que a polícia ficará feliz em fechá-lo, uma vez
que descobrirem que foi testemunha do Dr. C matando-a e ao outro
homem. Também descobriram um reporte de desaparecimento seu. O
Dr. C teve que apresentá-lo, uma vez que a polícia lhe notificou sobre
o incêndio em sua casa e suas mortes. Seu corpo não foi localizado.
Disseram que era um procedimento padrão para um homem
apresentar uma denúncia e lhe faria parecer inocente por sequestrá-
la.
— Bom.
— Sim.
Ele sorriu.
— Não se desanime.
356
Virou a cabeça e o observou enquanto abria a porta de golpe.
Duas fêmeas estavam ali. Abriu mais a porta e entraram, carregando
grandes sacolas.
— Obrigado.
— De nada.
— Qual cheiro?
A felina sorriu.
357
uma casa para casais emparelhados. — Lançou lhe um olhar curioso.
— Porque não o fez?
Bluebird sorriu.
Sunshine riu.
Candi se emocionou.
— Obrigada.
— Eu pensarei. Obrigado.
358
Sunshine vacilou e olhou para Hero.
— Nossa casa.
O alívio em seu rosto era quase cômico, mas conseguiu não rir.
Isto ajudou a tomar a decisão.
— Me deixe te alimentar.
— Sim.
— Eu o farei.
359
***
— Calma.
— Ouvi algo.
360
— Não.
— Entendo.
— Volto logo.
Ela o viu entrar no banheiro e fechar a porta. Isto lhe deu tempo
suficiente para tirar a roupa que usava. Estava deitada na cama
quando ele voltou. Ela lhe sorriu quando ele grunhiu suavemente.
— Está nua.
361
— Não quero ter nada entre nós. Tire a roupa.
— É uma má ideia.
Não tinha certeza do porquê queria que fizesse isto, mas não
hesitou. Isto significava que suas pernas estavam quase diretamente
para cima já que ele estava muito perto dela. Surpreendeu-a quando
abriu os braços e abaixou a parte superior de seu corpo. Seus
calcanhares terminaram em suas costas em lugar de descansar
contra seus ombros. Agarrou suas coxas e abriu-as. Ela o olhou
fixamente, não se preocupando que quisesse olhar seu sexo. Ela
também adorava olhá-lo.
Molhou os lábios.
— Lembra o que fiz com minha mão? Vou fazer com minha boca.
Irá se sentir muito bem. Me deixe ouvir se desfrutar, Candi. É um
pouco diferente com os Espécies assim quero me assegurar de estar
fazendo o correto para você.
362
Parecia um pouco surpreendente, mas estava disposta a permitir
que seu filhote fizesse qualquer coisa com ela.
Ele riu.
— Sim.
— Quero te provar.
Ela assentiu.
— Qualquer coisa.
— Pronta?
— Sim.
Ela tentou relaxar quando ele inclinou a cabeça mais baixa e seu
hálito quente a tocou intimamente. Quando a língua dele a tocou,
estremeceu, mas apenas pela surpresa. Ele hesitou e a lambeu
novamente, sua língua era quente e úmida. Usando apenas a ponta
para colocar um pouco de pressão, concentrando-se em uma parte.
— Oh!
363
Queria usar os dedos para fodê-la enquanto lambia seu clitóris,
mas ela continuava tentando se afastar. Estava perto de gozar. Abriu
os olhos, olhando-a. A visão dela agarrando seus próprios seios,
apertando-os, o fez grunhir. Isto a enviou ao limite e ela chegou com
força ao clímax.
— Você é linda.
— Como você.
Olhou para baixo, quase sentindo culpa por querer estar dentro
dela. Simplesmente deveria ir ao banheiro e cuidar de suas próprias
necessidades. Candi pareceu ler sua mente, no entanto, quando ele a
olhou novamente. Ela levantou as pernas e as envolveu ao redor de
sua cintura. Apertou-as, tentando puxar sua metade inferior contra
ela.
364
fechar os olhos, a sensação era muito intensa para fazer outra coisa
que desfrutar do bom que era montar sua fêmea.
Ela riu.
— Adora meu nariz pequeno e que não posso ferir com meus
dentes planos.
— É verdade.
365
ventre contra o sexo dela, assegurando-se de esfregar contra seu
clitóris.
— Adoro o sexo.
— Sim.
— O que foi?
— Nada.
366
— Tenho que tirar isto. Volto logo.
— Não.
— Não.
367
— Compartilhamos amor e isto faz com que tudo seja especial
entre nós. Gosto de ser o primeiro em mostrar a você como beijar e
como se sente minha língua contra você. É como deveria ter sido.
— Sinto mais por você do que por qualquer uma, nem nunca o
farei. Esta é a verdade Candi. Não há comparação e não penso em
ninguém, exceto em você, quando nos tocamos. Você me satisfaz.
Nunca duvide disso. Gostaria que esquecesse este felino. Estou
tentando muito fazer o mesmo.
— Ele não tinha outra opção, também você não teve. Meu lado
racional sabe. Salvou minha vida. Nunca quero saber se ele está vivo
e sobrevivendo. Ficaria muito tentando a matá-lo de qualquer forma,
apenas por causa do ciúme.
368
Capítulo Dez
Sunshine assentiu.
— Sua fêmea parece muito mais saudável. Tem mais cor em sua
pele.
— Sim.
— Você também?
369
— Quem não quer impressionar nossas fêmeas? Também somos
competitivos. Queríamos que nossa casa parecesse mais limpa que a
delas. Sempre brincam sobre todos os hormônios masculinos que
cheiram quando vêm aqui.
— Isto talvez porque querem que se mude com sua fêmea para a
residência das mulheres. — Torrent sorriu. — Posso adivinhar quem
terminará movendo todos os móveis e aspirando por baixo. —
Apontou para Hero. — Você.
370
— Sim.
— Bom.
— Sim.
— Por quê?
371
Relaxou.
— Entendi.
— Certo.
Observou Torrent.
372
O macho se negou a olhá-lo nos olhos, movendo seu corpo no
mesmo lugar.
Balançou a cabeça.
— Não.
— Sinto muito.
— Eu o faço.
— Pensei em levar Candi ali, mas Tammy disse que seria melhor
mantê-la aqui por um tempo.
373
— Estará mais segura aqui em Homeland. Fizemos um
conferência telefônica ontem sobre os problemas que estamos
enfrentando na Reserva à medida que ampliamos nossos muros. A
segurança não é tão forte como deveria. Estamos deixando os muros
originais até que os mais novos possam ser construídos, mas tivemos
humanos infiltrando-se em algumas áreas que compramos. Um grupo
deles esteve acossando nossos vizinhos humanos.
— Por quê?
Torrent riu.
Isto alarmou Hero. Tammy era sua amiga, como era Valiant. Ele
também protegia seu filhote. Noble era seu afilhado. Tammy disse que
significa que se algo acontecesse a ela e seu companheiro, esperava
que ele criasse seu filho como próprio. Ele aceitou esta
responsabilidade com grande honra.
374
— Interesse instintivo?
— Precisa de ajuda?
— Está incomodada?
375
— Estou bem.
Candi a olhou.
— Estou impressionada.
— Claro.
— Estão aqui.
376
Midnight disparou um sorriso zombeteiro para Sunshine.
— Mmmmm.
— Está bom.
— O quê?
377
O felino levantou o lábio superior, fazendo um beicinho.
— Não.
— Aqui.
— Obrigado.
378
Rapidamente o comeu.
Sunshine assentiu.
— Não.
379
— Ela o ama. — Anunciou Midnight. — Provavelmente é um
conforto para ela que ele se preocupe tanto que queira estar com ela
tanto como possível. — Terminou de comer. — Preciso ir. Tenho que
trabalhar. Foi bom passar tempo contigo, Candi. — Olhou para
Bluebird. — Quer que te ajude com os pratos antes de ir?
— Descanse.
— Olá Candi.
380
— Esperei até que estivesse sozinha para me aproximar. Soube
que estava em Homeland e vim da Reserva, esperando que fosse a
mulher da qual falavam.
— Por favor? Não quero que morra ou que tenha que viver com
outra morte. Apenas precisa ir e nunca falar sobre isto. Não pense
nisso novamente. Esqueça. Eu o fiz.
Ele hesitou.
381
— Qualquer coisa que precisar, algo que possa fazer, entre em
contato comigo. Escolhi o nome Dreamer.
Andou pela sala sem saber o que fazer. Debatia-se entre dizer a
Hero a verdade ou ficar em silêncio. Uns minutos depois, a porta se
abriu e Hero entrou, com um sorriso no rosto.
— Sim.
Aproximou-se dela.
— Nada mais.
Ela o amava com todo coração. O último que queria era vê-lo
ferido ou irritado. As palavras para dizer quem a visitou se negaram a
sair.
382
— Eu sei. Gostaria de ser abraçada por você.
— Está bem?
— Venha aqui.
— Hero?
— Sim?
383
Mercile. Morreu depois que tudo sobre nós saiu a público. Ela sabia
que as autoridades iriam atrás dela e tinha família que sabia que
trabalhava ali. A maioria dos humanos se horrorizou ao saber sobre
nós e o que foi feito. Ela optou por tirar sua vida em lugar de aceitar
as consequências.
— Fico feliz que não esteja livre, mas isso me dói um pouco. —
Admitiu, um pouco confusa.
Ela assentiu.
384
— Obrigada. Estive completamente cheia de raiva durante todos
estes anos e o único em que pensava era vingança. Agora apenas
quero se feliz contigo.
— Eu te amo.
— Eu também te amo.
— Qualquer coisa.
385
Lágrimas encheram seus olhos.
— Então concordarei.
Ela sorriu.
— Por quê?
Ele sorriu.
— Bom.
Ele riu.
386
— Era uma pequena humana tão graciosa com seu pequeno
nariz empinado. Queria que tivéssemos uma mini réplica sua.
Beijou-a na cabeça.
387
Capítulo Onze
— Maldição!
— Disse que era uma má ideia ser preguiçosa por não querer
varrer. Você quem insistiu, assim tem que demonstrar.
388
— Por isso nos afastamos e não colocamos as mãos perto dele
quando está ligado. — Disse Halfpint. — Os humanos inventam
coisas loucas.
389
— Não sei o que são ou porque ter uma. — Admitiu Candi. —
Por isso não levantei a mão.
— Sim, estamos.
390
— Muito divertido. Sinto ter contado isto para vocês. Nunca vou
fazer isto novamente.
Rusty assentiu.
391
— Gosto de um bom sexo. O que posso fazer? Melhor falar
menos se a cama esta se movendo.
— Seu trabalho?
— Foda. — Murmurou.
392
— Puto, imbecil ou cabeçudo. Nunca sei como associar estas
coisas.
— Há muitos.
393
As fêmeas ao redor de Candi explodiram em gargalhadas. Não
entendia como era tão gracioso, mas ela se divertiam.
— Ouvi isso!
***
— O que acontece?
— Não podem nos obrigar a dar acesso a sua mulher. — Fury fez
uma pausa. — Deve falar com ela sobre o assunto. Eles implicaram
que não queriam incomodá-la de forma alguma.
394
Concordei com Kat e lhe pedi que se envolvessem. Eles estão a cargo
da investigação.
Fury assentiu.
— Isso foi o que pensei que diria, Hero. Ainda tínhamos que
perguntar.
Ficou em pé.
— Voltarei ao trabalho.
Justice concordou.
395
— Ela disse que seria do tipo de cola que derrete com água
quente, para que não cause dano permanente, mas é uma ameaça
efetiva. Não quero descobrir se é verdade.
Encolheu os ombros.
396
— Obrigado.
Hero assentiu.
— Meio-dia.
— O que há de errado?
— Não sei o que querem e isto não importa. Não podem fazer
nada contra você. É Espécie e não têm jurisdição sobre os terrenos da
ONE. Podem pedir coisas, mas isto não significa que tenhamos que
nos submeter.
397
Apoiou-se nele, permitindo que a segurasse. Ele seguiu seu
olhar pela janela. Não havia nada realmente para manter seu
interesse. Ela respirou fundo algumas vezes e finalmente falou.
Ficou rígido.
— O quê?
— Não.
398
um paciente no futuro se estiverem presos porque alguém está
pagando para mantê-los ali para esconder seus crimes. Posso não ser
a única pessoa internada em um hospital para esconder segredos.
399
— Também conheci Trisha e Kat. Há uma grande quantidade de
humanos como elas, também. Não odeiam ou temem os Espécies. São
boas fêmeas. Falaram sobre as outras companheiras e alguns dos
humanos que trabalham na ONE. São ótimas pessoas, Hero. Também
descobri que há aqueles que apoiam a ONE. Enviam cartas de amor
para nós e compram coisas em nossa web que foi projetado para
vender tudo o que puderem usar de apoio aos Novas Espécies, como
camisetas e fotos autografas por Fury e Justice. Eles estão fora das
portas em oposição contra os manifestantes, simplesmente para
exasperá-los.
Ele suspirou.
Ele o fez.
— Por quê?
400
— Ficarei louco se não forem amáveis.
— Eu entendo.
Ela sorriu.
— Sim.
— É lindo.
Franziu o cenho.
— Preciso.
— Vou ficar perto, mas não posso ficar dentro da sala. Fale com
eles aqui, em nenhum outro lugar. Atacarei se tentarem levá-la para
longe de mim. Tenha cuidado.
— O quê?
401
Ela o soltou e retrocedeu, oferecendo-lhe a mão.
— Venha aqui. Hoje aprendi algo que acho que irá gostar.
Abriu a boca para falar, apontar que tinha que tirar as botas
primeiro, mas ela puxou sua calça até os joelhos antes das palavras
chegarem. Seus dedos se fecharam na cintura de sua cueca boxer,
descendo-a lentamente até seu pau ficar livre.
— Candi?
— Sente.
402
Ela se ajoelhou e olhou fixamente seu pau. Seu corpo respondeu
a ela, quando estendeu as mãos sobre suas coxas, roçando mais
perto de seu sexo. Limpou a garganta e engoliu saliva.
Limpou a garganta.
Ela sorriu.
— Nunca?
403
tomando um pouco mais do seu eixo e arrastava a boca para cima.
Um grunhido escapou dele.
Balançou a cabeça.
— Não.
Ela sorriu.
— Bem?
— Muito bem.
— O que é isso?
404
Ela afastou a boca de seu pau, mas ficou por cima. Sua língua
ao redor da ponta. Seu olhar se levantou e olhou fixamente em seus
olhos. Sua mão deslizou para cima até seus próprios lábios,
acariciando o eixo em sintonia com suas lambidas. Começou a gozar
forte. Candi retrocedeu com a boca, mas usou a palma da outra mão
para cobrir a parte superior de seu pau enquanto continuava
acariciando-o.
— Minha vez.
— Me dê um minuto.
— Excelente.
405
suas coxas, empurrando-as mais abertas e fixando-as no lugar.
Adorava a forma como cheirava quando estava excitada. Abaixou o
rosto, colocando a boca diretamente sobre seu clitóris.
406
os quadris lentamente, permitindo que tivesse tempo para se adaptar
a ele. Candi virou a cabeça e a apoiou contra seu braço.
— O quê?
— Prometo.
Ajustou as pernas fora das dela para segurar suas coxas juntas
e colocou suas panturrilhas justo sob seus pés para evitar que fosse
capaz de se mover muito. Seus dentes arranharam levemente sua
pele, soltando beijos ao longo do ombro.
— Pronta?
— Sim.
— Estou te machucando?
407
— Assim é como deve ser.
408
Capítulo Doze
— Como se sente?
Ele riu.
Ela sorriu.
— Isso te preocupa?
409
— Não as ouvi.
— Morrendo de fome.
— Pegarei a comida.
Ele riu.
— Para onde?
— É uma surpresa.
— Eu o faço.
410
redor de sua cintura. Desejou que a houvesse tirado. Subiu
novamente na cama. Estendeu um pedaço para ela.
— Prove isto.
— O que é?
— Qual a surpresa?
411
alimentos. Todos trabalham juntos para gerir Homeland e a Reserva
sem problemas.
— Não tinham nem ideia de que não era um deles. Olhou nos
olhos daqueles com os quais lidei. Me afastei dos que me
intranquilizaram e me recusei a aceitar caronas se olhassem para
meu corpo mais do que meu rosto. Também falei com garçonetes,
mulheres que trabalhavam nas paradas de caminhões. Elas me
ajudaram a encontrar homens de confiança. Disseram que eram
clientes habituais e tinham famílias.
— Gosto disso.
— Adoro tocá-la.
Ele riu.
Lavou seu cabelo e por fim deu a volta quando terminou. Ela
abaixou o queixo para olhá-lo.
— Está duro.
— Não posso.
412
— Fora. Seque seu corpo e se vista. As roupas estão na mesa de
café. Encontre algo cômodo. Talvez fino, calça e uma camisa de
manga curta. Faz calor fora hoje.
Candi fez cara feia, mas pegou uma toalha do armário na parede
e seguiu suas instruções. Deixou-o e localizou a roupa que as fêmeas
levaram. Algumas Presente olharam em suas coisas para doar algo.
Escolheu uma calça de cor cinza claro e uma camisa de cor azul
escuro para usar. Também deixaram uns quantos pares de sapatos
para que experimentasse. Um par negro sem cadarços resultou
adequado. Levou as outras roupas para o quarto e as colocou na
parte de cima da cômoda.
— Parece perfeita.
— Você também.
— É um mandão.
— Sempre fui.
— Eu sei.
— Vamos.
413
Estava entusiasmada. Caminharam de mãos dadas para fora de
seu apartamento e pegaram o elevador para descer. Saudou os
homens que passavam tempo na sala de estar e sorriu para eles.
Levou-a para fora. O sol estava baixo no céu. Passou pelos carrinhos
e simplesmente caminhou pela calçada.
— Vai dançar?
Ele sorriu.
Lembrou-se!
— Eu te amo.
414
Beijou sua cabeça.
— As fêmeas sabiam?
— Eu as envolvi.
— Obrigada.
— Não importa.
— Isto é maravilhoso.
415
— Estou feliz. Justo antes que minha mãe morresse, planejamos
minha festa de aniversário. Contei a Hero tudo a respeito quando
éramos jovens. Às vezes, quando queria comer cenouras em Mercile,
tentava descrever a ele como era meu bolo favorito com elas. —
Segurou seu olhar. — É tão maravilhoso por fazer isto por mim.
— Vai ranger?
— Vamos descobrir!
— Candi?
— Prove.
416
Abaixou a cabeça, mas parou.
— Mmmmm.
***
— O que foi?
— E?
— Ama os animais.
417
— Significa que, se algum destes bons garotos não gostar dos
Espécies, ela vai ficar muito ofendida se disserem algo como meu
chefe me disse. Pensava que as mulheres também poderiam se
abaixar e ser tomadas por seus cachorros se estavam disposta a foder
com um Espécie. Imagine como caiu bem para mim. Ela vai querer
foder seu dia tanto como eu fiz com Mason. Isso significa que não vai
deixar uma rocha sem mover para buscar evidências que apoiem o
que Candi disse.
Ele sorriu.
— Tem razão.
— Sarcasmo?
418
— Ela estava dizendo que meu assassino estava louco, mas ele
estava fingindo. Eu sabia e ela deveria saber também. Rompeu-se
como um ovo. Ele era uma garoto rico de bom aspecto que paquerava
com ela e ela se apaixonou por aquele idiota. Eu descrevi exatamente
o que fez com as outras mulheres que estafou com seu encanto
mentiroso de merda e lhe mostrei fotos de suas vítimas. Disse que, se
enganou uma modelo de lingerie, quais eram as possibilidades de ir
sério com ela? Tenho confiança, mas vamos! Aquela modelo era tão
quente que fazia qualquer um gozar. Apostaria que ela pensou a
mesma coisa. Rompeu-se.
Encolheu os ombros.
— Hero iria lhe perguntar, mas não disse nada para a Segurança
ainda. Não estava interessado na ideia.
Ele riu.
419
— Provocador. Espere um pouco até depois que Candi abra seus
presentes e vamos para casa.
Começou a rir.
— Eu te darei um distintivo.
***
— Candi?
— Sim?
Estava nervoso, já que nunca acreditou que iria fazer algo como
isto. Ele se levantou de sua cadeira e se colocou de joelhos. Entregou-
lhe o presente e girou sua cadeira quando ela o pegou. Ela olhou o
presente e depois para ele.
420
— Por que está aí?
— Abra.
421
Ele riu e não se importou com todos olhando-o enquanto beijava
sua companheira. Aclamações e aplausos soaram por todo o lugar.
Afastou-se e sorriu.
— Bom trabalho.
Hero assentiu.
— Ela é minha. Isto foi apenas para que saiba que a aceito. Toda
ela. Sempre se sente inferior por causa de seu sangue humano.
Tentou muito duro ser mais forte, como se fosse Espécie.
— Não posso estar ali, mas estarei por perto. Poderia perder a
paciência se a irritarem.
Darkness assentiu.
422
— Kat não permitirá que a maltratem verbalmente. Minha
companheira tem temperamento e uma boca muito suja. Me preocupo
mais com o agentes do FBI saindo chorando.
Darkness assentiu.
423
Capítulo Treze
— Tem certeza que quer fazer isto? Alguns destes humanos com
trabalho de autoridade são puros idiotas. Estive antes em algumas
reuniões entre eles e a ONE. Tratam-nos como se fossemos crianças.
Podem ser grosseiros, vaidosos e atuar como se mentíssemos.
— Hero parecia irritado quando disse que iria com você. Porque
não permitiu que ele viesse?
Breeze assentiu.
— Certo Candi.
— É delicada.
424
— Por isto estou aqui.
— Sim. Exatamente.
— Obrigada.
Candi não sentia medo. Tentou avaliar qual dos dois era o líder.
A fêmea humana falou primeiro. Abriu um grosso expediente e tirou
uma foto, jogando-a sobre a mesa. Candi a olhou e levantou o olhar
sem tocá-la.
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— Esta é Penny Pess.
— Matou-a?
Candi assentiu.
— O que a polícia não pôde fazer foi comprovar isto. Tive nossos
agentes fazendo-o. Estabeleceram contato com todos os hospitais
dentro de um raio de trezentos quilômetros. Sabe o que descobriram?
— Não esperou uma resposta. — Não te esperavam em nenhum deles.
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Não estava disposta a correr este risco. Os humanos se negaram a me
ajudar em todo momento. Sabia que precisava chegar a Homeland.
Candi assentiu.
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Mercile e me deixou ali. Me mudaram dali para o hospital quando
tinha dezesseis anos.
— Por quê?
A porta de trás deles se abriu e Kat entrou. Ela usava uma calça
preta, uma camisa de botões dentro da calça e tinha um distintivo no
cinto. Aproximou-se das cadeiras do lado da mesa e se sentou.
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conversas com ela de coração para coração. Talvez traçou uma linha
no limite da maldade para sua própria carne e sangue. Poderia ter
sentido culpa sobre a merda que fez quando a levou para Mercile e a
deixou ali todos aqueles anos. Deveria perguntar a ele seus motivos,
mas está morto. Isso é como perguntar à vítima porque o era, porque
o assassino a escolheu. Continue.
— Três.
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cruéis assassinos. Tenho um computador com acesso à internet.
Estive vigiando. Eles estão revolvendo a merda. Seu chefe está tendo o
traseiro mastigado, o que significa que esta chegando por baixo da
linha dez vezes para aterrissar justo em seu escritório. Disse algo
errado até agora?
— Não.
— Estive onde você está. Por isso agora trabalho para a ONE. Fiz
uma escolha para fazer o correto sobre as pressões que recebi do meu
chefe. Além disso, não vou negar que aqui os benefícios são muito
melhores. Candi não é perigosa. É uma sobrevivente. Siga os fatos e
faça o correto. Não ficará popular, mas te ajudará a dormir melhor à
noite.
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— Estamos rastreando as finanças do hospital. Vai levar tempo,
mas a conta vinculada aos pagamentos do hospital, onde mantiveram
Candi, ajudará a averiguar onde poderia estar vivendo Christopher
Chazel. Garantiremos que a informação seja correta e se ele
realmente morreu.
Candi assentiu.
Kat estremeceu.
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— Vamos jogar no mesmo campo. O que acha? O que posso
fazer para ajudar a fazer este trabalho?
Garza sorriu.
Ela sorriu.
Kit grunhiu.
Breeze bufou.
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— Estava esperando uma luta com socos?
— Obrigada.
— Vou devolvê-la.
— Bom trabalho.
— Foi genial. Vou falar com Justice North sobre soltar alguns
fios para acessar a tudo o que o FBI tem.
— Eles a ouviram?
— Sim e acreditaram.
— Como se sente?
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Pareceu hesitar um pouco.
— Bem.
— Eu sei.
434
Ele a deixou sair e estreitou sua mão.
— Vamos.
435
Epílogo
— Claro.
— Como é sua visão com esta luz? Não está tão escuro como
costumava em nossa cela.
Ele a divisou perto da porta do quarto. Não era mais que uma
sombra escura no quarto. Tirou o colete e o deixou cair. Seu cinto e
sua arma foram o seguinte.
— Quer brincar?
— O que quer?
— Você, nua.
Endireitou-se.
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— Porque não?
— Venha me pegar.
— Não pode usar seus sentidos contra mim quando não tenho
os mesmos. Lembra?
— Gosto.
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— Posso tirar os preservativos? Trisha disse que estou bem.
Tenho alguns quilos mais do que ela queria que ganhasse.
— Sim.
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observá-la. Ela levantou os olhos e parou, inclinando um pouco a
cabeça.
— O que?
— Estou feliz.
— O que é?
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— Adoro fazer sexo.
Brincou com seu clitóris. Ela adorava sua língua, mas também
desfrutava quando usava os dentes inferiores para passar sobre ela.
Seus gemidos encheram o quarto e ele soltou uma de suas coxas,
alcançando de forma automática os preservativos na mesinha de
noite que sempre mantinha cheia. Os dedos roçaram neles, mas então
se lembrou que já não planejava usá-los.
A ideia de não ter nada entre eles e ser capaz de gozar dentro
dela, o deixou um pouco louco. Levantou-se e agarrou seus quadris,
virando-a.
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— Meu filhote. — Gemeu Candi.
— Eu também.
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— Sim, é verdade, meu filhote.
***
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