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Programação e Operação I

Centro de Usinagem
Comando GE Fanuc Series 0i-MC
 SENAI-SP, 2015

Trabalho elaborado pela Escola SENAI “Henrique Lupo”

Equipe Responsável: Alexandre Craveiro Bandinha

Rogério Marchitielle Labadessa

Coordenação Geral Clodoaldo da Costa

Maurício Coteco

Coordenação Clodoaldo da Costa

Maurício Coteco

Elaborador Marcelo Pereira de Santana

Editoração Leandro Costa Caccalano


Sumário
APRESENTAÇÃO....................................................................................................................................... 6
HISTÓRICO ............................................................................................................................................... 6
VANTAGENS DA MÁQUINA CNC ............................................................................................................. 7
DESVANTAGENS DA MÁQUINA CNC ....................................................................................................... 8
CARACTERÍSTICAS DAS MÁQUINAS CNC ................................................................................................. 9
Informações preliminares para a programação de Centros de Usinagem ........................................... 11
SISTEMA DE EIXOS ................................................................................................................................. 12
CONCEITOS BÁSICOS ......................................................................................................................... 12
PONTOS DE REFERÊNCIA ....................................................................................................................... 13
SISTEMA DE COORDENADAS ................................................................................................................. 14
COORDENADAS ABSOLUTAS ............................................................................................................. 14
FUNÇÃO G90 – COORDENADAS ABSOLUTAS .................................................................................... 15
COORDENADAS INCREMENTAIS........................................................................................................ 17
FUNÇÃO G91 – COORDENADAS INCREMENTAIS .............................................................................. 17
ESTRUTURA DO PROGRAMA C.N. ......................................................................................................... 18
FUNÇÕES PREPARATÓRIAS “G”......................................................................................................... 18
FUNÇÕES MISCELÂNEAS OU AUXILIARES “M” .................................................................................. 21
FLUXOGRAMA DE PROGRAMAÇÃO ...................................................................................................... 22
FUNÇÕES COMPLEMENTARES .............................................................................................................. 23
TEMPO DE ESPERA ............................................................................................................................ 23
BLOCO BARRADO “/”......................................................................................................................... 23
PARADA OBRIGATÓRIA – M00 .......................................................................................................... 23
PARADA OPCIONAL – M01 ................................................................................................................ 23
CORRETOR DO COMPRIMENTO DA FERRAMENTA – G43 e G49 .......................................................... 24
FUNÇÃO G53 – SISTEMA DE COORDENADAS DA MÁQUINA. ............................................................... 24
SISTEMA DE COORDENADAS DE TRABALHO – G54 a G59 .................................................................... 24
FUNÇÕES DE INTERPOLAÇÃO................................................................................................................ 25
G00 - POSICIONAMENTO RÁPIDO ..................................................................................................... 25
G01 - INTERPOLAÇÃO LINEAR ........................................................................................................... 25
INTERPOLAÇÃO CIRCULAR G02 / G03 ............................................................................................... 28
FUNÇÕES DE COMPENSAÇÃO DE RAIO DA FERRAMENTA.................................................................... 30
FUNÇÕES G40 / G41 / G42 ................................................................................................................ 30
FUNÇÕES R e C – Arredondamento de cantos e Chanfros.................................................................... 34
SUBPROGRAMA..................................................................................................................................... 36
OPERAÇÃO D800 – COMANDO Fanuc Series 0i-MC.............................................................................. 38
PAINEL DE EXIBIÇÃO.............................................................................................................................. 39
PAINEL DE PROGRAMAÇÃO .................................................................................................................. 40
PAINEL DE OPERAÇÃO ........................................................................................................................... 41
PAINEL DE EXECUÇÃO ........................................................................................................................... 43
LATERAL DO PAINEL DE COMANDOS .................................................................................................... 44
PAINEL REMOTO ................................................................................................................................... 44
LIGAR A MÁQUINA ................................................................................................................................ 45
REFERENCIAR MAGAZINE DE FERRAMENTAS ....................................................................................... 45
REFERENCIAR OS EIXOS DA MÁQUINA ................................................................................................. 45
MOVIMENTAR OS EIXOS USANDO O JOG CONTÍNUO .......................................................................... 45
MOVIMENTAR OS EIXOS USANDO O JOG INCREMENTAL..................................................................... 45
MOVIMENTAR OS EIXOS USANDO A MANIVELA .................................................................................. 45
MDI – ENTRADA MANUAL DE DADOS ................................................................................................... 46
EDIÇÃO DE PROGRAMAS....................................................................................................................... 47
CRIAR UM PROGRAMA NOVO........................................................................................................... 47
EDITAR UM PROGRAMA EXISTENTE ................................................................................................. 47
APAGAR UM PROGRAMA .................................................................................................................. 47
APAGAR TODOS OS PROGRAMAS ..................................................................................................... 48
EDIÇÃO SIMULTÂNEA ........................................................................................................................ 48
TESTE DE PROGRAMAS ......................................................................................................................... 49
TESTE DE SINTAXE ............................................................................................................................. 49
TESTE GRÁFICO.................................................................................................................................. 49
ALTERAR OS PARÂMETROS DO GRÁFICO .......................................................................................... 50
TESTE EM MODO DE AVANÇO DE ENSAIO – DRY RUN ..................................................................... 50
REFERÊNCIA DAS FERRAMENTAS – PRESET .......................................................................................... 51
REFERENCIAMENTO DAS FERRAMENTAS FEITO NA MÁQUINA........................................................ 51
CORREÇÃO DE DESGASTE DA FERRAMENTA ........................................................................................ 53
DEFINIÇÃO DO ZERO PEÇA .................................................................................................................... 53
DEFINIÇÃO DO ZERO-PEÇA NO VÉRTICE (EIXOS “X” E “Y”) ............................................................... 53
DEFINIÇÃO DO ZERO PEÇA NO CENTRO DA PEÇA................................................................................. 54
COMUNICAÇÃO DE DADOS ................................................................................................................... 55
FORMATAR O CARTÃO DE MEMÓRIA ............................................................................................... 55
CARREGAR UM PROGRAMA DO CARTÃO DE MEMÓRIA .................................................................. 55
SALVAR UM PROGRAMA NO CARTÃO DE MEMÓRIA ....................................................................... 56
EXECUÇÃO DE PROGRAMAS ................................................................................................................. 56
EXECUTAR UM PROGRAMA DA MEMÓRIA DA MÁQUINA ............................................................... 56
EXECUTAR A USINAGEM NO MEIO DO PROGRAMA ......................................................................... 56
EXECUTAR UM PROGRAMA DIRETO DO CARTÃO PCMCIA ............................................................... 57
ABORTAR A EXECUÇÃO DO PROGRAMA ........................................................................................... 57
INTERROMPER E CONTINUAR A EXECUÇÃO DO PROGRAMA ........................................................... 57
PARADA OPCIONAL DE EXECUÇÃO DE PROGRAMA ......................................................................... 58
OMISSÃO DE BLOCOS NO PROGRAMA COM BLOCO BARRADO “/” ................................................. 58
ALTERAÇÃO DE PARÂMETROS .............................................................................................................. 58
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 59
APRESENTAÇÃO

O Comando Numérico Computadorizado (CNC) é um equipamento eletrônico


utilizado principalmente no controle de máquinas - ferramenta no processo de manufatura
de peças. Comparadas às máquinas-ferramenta convencionais (manuais ou
semiautomáticas), essas com CNC proporcionam maior flexibilidade, precisão e
uniformidade na manufatura. Neste artigo serão abordados alguns conceitos básicos sobre
o CNC e máquinas - ferramenta com CNC, com o objetivo de criar uma visão introdutória
nesse assunto. Em outros artigos que se seguirão a este, serão detalhados alguns dos
principais subsistemas do CNC e máquinas - ferramenta, com enfoque mais forte no CNC.

Em termos simples, o objetivo de uma máquina - ferramenta com CNC é fazer com
que as ferramentas de corte ou usinagem sigam, automaticamente, uma trajetória pré-
programada através de instruções codificadas, com a velocidade da trajetória e a rotação da
ferramenta ou peça também pré-programadas. Há diversas formas de executar essa
programação, algumas manuais, outras auxiliadas por computador.

HISTÓRICO

Em 1947, John Parsons, da Parsons Corporation, iniciou experimentos com a idéia


de utilizar dados de curvatura de 3 eixos para controlar movimentos de ferramentas em
máquinas para a produção de componentes para a indústria de aviões. Em 1948, Parsons
foi contratado pela Força Aérea dos Estados Unidos para construir o que viria a ser o
primeiro comando numérico. Em 1951, o projeto foi assumido pelo MIT (Massachusets
Institute of Technology). Em 1952, o comando numérico ficou pronto e demonstrou que
movimentos simultâneos com 3 eixos eram possíveis, usando um controlador construído em
laboratório e um eixo árvore (spindle) vertical. Em torno de 1955, depois de alguns
refinamentos, o comando numérico tornou-se disponível para a indústria.

Os primeiros comandos numéricos eram programados a partir de fitas ou cartões


perfurados. Devido ao tempo e esforço necessários para editar programas em fitas,
posteriormente computadores foram introduzidos para auxiliar a programação.

Atualmente, diversos recursos existem para facilitar a programação, por exemplo:

- programas podem ser gerados diretamente a partir de um desenho de uma peça,


utilizando sistemas CAD/CAM (Computer Aided Design/ Computer Aided Manufacturing).

- programas podem ser gerados interativamente no próprio CNC, utilizando editores e


simuladores gráficos, ou diálogos para peças simples.

- programas podem ser gerados a partir de uma peça-modelo, através de digitalização


executada pelo CNC.
VANTAGENS DA MÁQUINA CNC

FLEXIBILIDADE
Esta é a maior vantagem das máquinas CNC em relação às máquinas automáticas,
controladas por cames e dispositivos mecânicos. As máquinas CNC podem ser rapidamente
reprogramadas para realizar outro tipo de operação. Nas máquinas automáticas, a
reprogramação é muito mais demorada e muito limitada devido à necessidade de se
mudarem os elementos mecânicos;

USINAGEM DE PERFIS COMPLEXOS


As máquinas CNC realizam operações tridimensionais (3D) de usinagem, que antes
eram impossíveis de se obter;

PRECISÃO E REPETIBILIDADE
Devido à elevada repetibilidade das máquinas, é possível usinar muitas peças com
as mesmas características dimensionais, sem desvios. Os componentes mecânicos (fusos
de esferas recirculantes, guias lineares, rolamentos pré-carregados, etc.) e o sistema de
controle da máquina CNC possibilitam atingir precisão na faixa de milésimos de milímetro;

MENOR NECESSIDADE DE CONTROLE DE QUALIDADE


Os custos com inspeção de peças são menores, devido à precisão e à repetibilidade.
É importante que a primeira peça produzida seja verificada cuidadosamente. Durante o
processo, é necessário somente verificar o desgaste das ferramentas, que pode ocasionar
desvios nas medidas desejadas;

MELHORIA DA QUALIDADE DA USINAGEM


Estas máquinas possibilitam o controle da rotação e da velocidade de avanço via
programa, o que permite obterem melhores acabamentos superficiais, especialmente no
torneamento, em que o uso da velocidade de corte constante é possível;

VELOCIDADE DE PRODUÇÃO ELEVADA

Devido à possibilidade de utilizar velocidades de posicionamento em vazio muito


elevado (acima de 10 m/min) e de fazer trocas automáticas de ferramentas, os tempos
mortos são minimizados e o tempo de usinagem é mais curto;

CUSTOS REDUZIDOS DE ARMAZENAMENTO


No passado, a economia de produção em massa requeria peças adicionais a serem
produzidas e armazenadas como excedentes no armazém, para garantir peças de
reposição. Isto porque era difícil reprogramar a produção de um tipo de peça quando o
desenho era modificado. O armazenamento de material representa capital parado. As

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máquinas CNC são muito flexíveis, tornando fácil e rápido reprogramar novo lote de produto,
dispensando o armazenamento de grande quantidade de peças de reposição;
Custos reduzidos de ferramental;

As máquinas convencionais requerem gabaritos e fixações especiais que são caros,


levam muito tempo para serem fabricadas e são difíceis de modificar. As máquinas CNC
não precisam de gabaritos: o comando controla o percurso da ferramenta. As fixações
necessárias e as ferramentas de corte são simples. Modificações no desenho da peça não
implicam modificações construtivas no ferramental, somente requerem alterações no
programa CNC.

DESVANTAGENS DA MÁQUINA CNC

ELEVADO INVESTIMENTO INICIAL


A fabricação com máquinas CNC requer investimentos consideráveis de capital;
Elevados custos de manutenção;
Para garantir a precisão da usinagem, os elementos mecânicos devem ser mantidos
em boas condições. O custo da manutenção mecânica preventiva dessas máquinas é maior
do que o das máquinas convencionais, por envolver elementos pneumáticos e hidráulicos
nos sistemas de troca de ferramentas e pallets, e os sistemas de lubrificação são especiais.
Da mesma forma, o custo de manutenção dos componentes eletroeletrônicos é também
maior do que o das máquinas convencionais.
Elevados custos de treinamento e salários;
Devido às características das máquinas CNC, os custos de treinamento com
programadores / operadores dessas máquinas bem como seus salários são superiores aos
custos envolvidos para máquinas convencionais.

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CARACTERÍSTICAS DAS MÁQUINAS CNC

ASPECTOS CONSTRUTIVOS
A incorporação de um computador máquina criou um novo horizonte para a
usinagem.
Para acompanhar esse avanço, vários elementos das máquinas foram modificados
para garantir as peças o padrão pretendido na usinagem. Para atender essa necessidade foi
preciso melhorar a rigidez, diminuir a inércia e o desgaste, como também melhorar a
precisão.
A - Estrutura das máquinas
As altas velocidades de corte e forças de usinagem exigem uma estrutura da
máquina muito mais estável e sem vibrações.
Este fator foi melhorado com bases mais nervuradas, enchimento com areia nos
espaços vazios e atualmente há fabricantes utilizando uma mistura de granito granulado
com resina epóxi para confecção de pequenas bases.
B - Fusos de esferas recirculantes.
Nas máquinas CNC há necessidade de se acelerar e desacelerar com rapidez e
obter paradas precisas.
A resposta rápida e imediata a um comando conseguiu-se com a aplicação dos fusos
de esferas recirculantes que trabalham com pequena folga e baixo atrito.

TIPOS DE ACIONAMENTO
O acionamento do eixo árvore pode ser feito através de um motor de corrente
alternada ou corrente contínua.
A - Corrente Alternada - a seleção de rotações é feita por uma caixa de
engrenagens. Há a disposição certo número de rotações.
B - Corrente Contínua - as rotações podem ser realizadas sem escalonamentos e
controladas através de um tacômetro.
O programador pode, nesse último caso, dentro do campo de rotações da máquina
utilizar qualquer rotação desejada.
Neste caso pode também ser usada velocidade de corte constante.
Sistemas de Medição.
Um sistema de medição envia ao comando, a posição real do carro a cada instante.

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Quando for atingida a posição memorizada no processador, o computador envia um
sinal ao motor que para imediatamente.
O dispositivo de medição pode ter dois tipos diferentes de escalas para o envio de
informações:
A - Sistema Absoluto de medição - Este sistema utiliza uma escala de medição em
forma binária, que a cada momento mostra a posição exata do carro em relação ao ponto
zero peça.
B - Sistema Incremental de Medição - Este sistema utiliza uma régua graduada onde
o sistema de medição efetua a contagem do número de campos que passam pelo sensor
durante o deslocamento do carro.
Neste sistema, cada vez que se liga a máquina é necessário conduzir o carro para
uma posição conhecida do comando chamado de “ponto de referência”, a partir deste ponto,
o comando tem meios de localizar o carro corretamente.
Em qualquer um dos dois sistemas descritos, a medição pode ser feita de forma
direta ou indireta:
1 - Medição Direta - utiliza uma escala de medição montada no carro ou na mesa da
máquina. Imprecisão dos eixos e dos acionamentos não tem efeito nos resultados da
medição, pois o sistema mostra a posição real do carro ou mesa.
2 - Medição Indireta - é utilizado um disco acoplado ao eixo da máquina.
Conforme o eixo gira, o sistema efetua a contagem dos campos gravados no disco.
Neste sistema as folgas interferem na medição.

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Informações preliminares para a programação de Centros de Usinagem

Requisitos necessários antes de programar

 Estudo do desenho da peça

Há necessidade de uma análise sobre a viabilidade de execução da peça em conta as


dimensões exigidas, sobremetal, ferramental necessário, fixação do material, etc.

 Estudo dos métodos e processos

Definir as fases de usinagem de cada peça a ser executada, estabelecendo assim o que
fazer e quando fazer.

 Escolha das ferramentas

A escolha de um bom ferramental é fundamental para um bom aproveitamento do


equipamento, bem como, a sua posição no magazine para minimizar o tempo de troca.

 Conhecer os parâmetros físicos da máquina e sua programação.

É preciso conhecer todos os recursos de programação disponíveis e a capacidade de


remoção de cavacos, bem como, rotação máxima e número de ferramentas, visando
otimizar a programação e operação.

 Definição dos parâmetros de corte

Em função do material a ser usinado, buscar juntos ao fabricante de ferramentas os dados


de cortes como avanço, rotação e profundidade de corte.

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SISTEMA DE EIXOS

Nas fresadoras existem três eixos de avanço, X, Y e Z, correspondendo em geral a


dois eixos que compõe o plano de trabalho, e um eixo que compõe a árvore principal (eixo
da ferramenta).
O eixo de coordenadas Z coincide em máquinas-ferramenta (conf. DIN 66217) com o
eixo da árvore principal.
Máquinas empregadas na usinagem de peças de forma muito complexas necessitam
de mais eixos definidos:
Eixos de avanço: U, V e W.
Eixos rotativos: A B e C.

CONCEITOS BÁSICOS

Ao término desta unidade você conhecerá os objetivos da Norma ISO 6983 e,


conhecendo a nomenclatura dos eixos coordenados, poderá realizar cálculos de
coordenadas cartesianas. Com esses conhecimentos, você estará preparado para assimilar
os conceitos específicos da estrutura da programação.
Norma ISO 6983.
A Norma ISO 6983 descreve o formato das instruções do programa para máquinas
de Controle Numérico. Trata-se de um formato geral de programação e não um formato para
um tipo de máquina específica. A flexibilidade desta norma não garante intercambialidade
de programas entre máquinas. Os objetivos desta norma são:
Unificar os formatos-padrões anteriores numa Norma Internacional para sistemas de
controle de posicionamento, movimento linear e contorneamento;

Introduzir um formato-padrão para novas funções, não descritas nas normas


anteriores;
Reduzir a diferença de programação entre diferentes máquinas ou unidades de
controle, uniformizando técnicas de programação;
Desenvolver uma linha de ação que facilite a intercambiabilidade de programas entre
máquinas de controle numérico de mesma classificação, por tipo, processo, função,
tamanho e precisão;
Incluir os códigos das funções preparatórias e miscelâneas;
NOTA: Esta norma dá suficiente liberdade ao fabricante da máquina CNC para adequar a
estrutura dos programas às diversas aplicações na máquina, portanto, é preciso observar
cuidadosamente o manual de programação.

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PONTOS DE REFERÊNCIA

PONTO ZERO DA MÁQUINA: M

O ponto zero da máquina é definido pelo fabricante da mesma. Ele é o ponto zero
para o sistema de coordenadas das máquinas e o ponto inicial para todos os demais
sistemas de coordenadas e pontos de referência.

PONTO DE REFERÊNCIA: R

Serve para aferição e controle do sistema de medição dos movimentos da máquina.


Ao ligar a máquina, sempre se deve deslocar o carro até esse local, antes de iniciar a
usinagem.
Este procedimento define ao comando a posição do carro em relação ao zero
máquina.

PONTO ZERO DA PEÇA: W

Este ponto é definido pelo programador e usado por ele para definir as coordenadas
durante a elaboração do programa. Recomenda-se colocar o ponto zero da peça de tal
forma que se possam transformar facilmente as medidas do desenho da peça em valores de
coordenadas.

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SISTEMA DE COORDENADAS
Todas as máquinas-ferramenta CNC são comandadas por um sistema de
coordenadas cartesianas na elaboração de qualquer perfil geométrico.
Para que a máquina possa trabalhar com as posições especificadas, estas têm que
ser declaradas em um sistema de referência, que corresponde aos sentidos dos
movimentos dos carros (eixos X, Y, Z).

O sistema de coordenadas da máquina é formado por todos os eixos existentes


fisicamente na máquina.

As direções dos eixos seguem a “regra da mão direita”, e devemos pensar que
programamos sempre a trajetória da ferramenta.

COORDENADAS ABSOLUTAS
No modo de programação em absoluto as posições são medidas da posição zero
atual (zero peça) estabelecido. Com vista ao movimento da ferramenta isto significa:

A dimensão absoluta descreve a posição para a qual a ferramenta deve ir.

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FUNÇÃO G90 – COORDENADAS ABSOLUTAS
As coordenadas absolutas são definidas através do código G90 e seus valores
sempre deverão estar em relação ao ponto zero da peça.

Eixo X; refere-se às medidas na direção longitudinal da mesa;

Eixo Y; refere-se às medidas na direção transversal da mesa;

Eixo Z; refere-se às medidas na direção vertical da ferramenta.

Exemplo:

Ponto Eixo X Eixo Y


P1 20 35
P2 50 60
P3 70 20

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Exercício

Faça a tabela de pontos utilizando o sistema de coordenadas absolutas. Cada


divisão vale 10 mm.

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COORDENADAS INCREMENTAIS

No modo de programação em incremental as posições dos eixos são medidas a


partir da posição anteriormente estabelecida.
Conforme o movimento da ferramenta isto significa:
A dimensão incremental descreve a distância a ser percorrida pela ferramenta a
partir da posição atual da mesma (após o último movimento).

FUNÇÃO G91 – COORDENADAS INCREMENTAIS

Coordenadas incrementais são definidas através do código G91 e seus valores


sempre serão obtidos em relação ao último posicionamento da ferramenta.

Exemplo:

Ponto Eixo X Eixo Y


P1 20 35
P2 30 25
P3 20 -40

Exercício

Faça o deslocamento, partindo da referência dada, contornando o perfil da peça a


seguir utilizando o sistema de coordenadas incrementais.

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ESTRUTURA DO PROGRAMA C.N.

Programa C.N. é a transformação do desenho da peça em códigos que são


interpretados pelo comando.
O programa C.N. é composto por uma sequência finita de blocos que são
memorizados pelo comando e executados de forma sequêncial.

O ............ Número do programa.


N ............ Número de blocos.
G ............ Funções Preparatórias.
X, Y, Z .... Dados de posição em valores absoluto ou incremental.
R ............ Raio.
C ............ Chanfro.
I, J, K ..... Parâmetros de arcos.
F ............. Avanço em mm/rot ou mm/min.
S ............. RPM.
T ............. Chamada de ferramenta.
M ............ Funções miscelâneas.
H ............ Corretor de altura da ferramenta.
D ............ Corretor do raio da ferramenta.
; .............. Fim de bloco.

FUNÇÕES PREPARATÓRIAS “G”

Um número seguido do endereço G determina o modo que uma determinada operação será
executada.

Os códigos G estão divididos em dois tipos:

a) Modal - O código G permanece ativo até que outro código do mesmo grupo seja
programado.

b) Não modal - O código G permanece ativo somente no bloco em que foi programado.

Exemplo:

N100 G01 X100 F1000


N110 Y30
N120 X40
N130 G00 Z15

O código G01 permanece ativo do bloco N100 até o bloco N120.


No bloco N130 ele é cancelado pelo código G00, pois pertencem ao Grupo 01.

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Abaixo segue uma tabela contendo as principais Funções Preparatórias (Códigos G)
aplicáveis à programação das máquinas da Linha D.

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NOTAS:

1 - Os códigos G marcados com * são ativados automaticamente ao se ligar a máquina.

2 - Os códigos G do grupo 00 não são modais

3 - Mais que um código G pode ser especificado no mesmo bloco, porém no caso de pertencerem ao
mesmo grupo, o código G especificado por último será o efetivado.

4 - Se qualquer código G do grupo 01 for especificado num ciclo fixo, este ciclo será automaticamente
cancelado e a condição G80 assumida. Entretanto, um código G do grupo 01 não é afetado por
qualquer código G de ciclo fixo.

20
FUNÇÕES MISCELÂNEAS OU AUXILIARES “M”

21
FLUXOGRAMA DE PROGRAMAÇÃO

Obs.: Os comentários existentes nos programas servem como mensagem ao operador e


devem estar entre parênteses.
Ex: (Fresa de 25 mm);

22
FUNÇÕES COMPLEMENTARES

TEMPO DE ESPERA

Com a função G04 é possível programar um tempo de espera.

Formato:

G04 X5 onde corresponde ao tempo em segundos.

BLOCO BARRADO “/”

Com esta função é possível inibir a execução de blocos no programa. Para utilizar
essa função é preciso acrescentar uma barra “/” no início do bloco e ativar a tecla BLOCK
DELET no comando da máquina.

PARADA OBRIGATÓRIA – M00

A função M00 é utilizada quando se deseja programar uma parada durante a


usinagem.

PARADA OPCIONAL – M01

A função M01 é análoga a função M00, porém para que ocorra a parada programada
é preciso que a tecla OPT STOP esteja acionada no painel da máquina.

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CORRETOR DO COMPRIMENTO DA FERRAMENTA – G43 e G49

Estas funções são utilizadas para ativar/desativar a compensação do comprimento da


ferramenta. Usando a partir da memória de correção através do endereço e número
correspondente (código H).

Formato:

G43 H__ Z__ (Ativa o corretor de comprimento na direção positiva).


G49 Z__ (Cancela o corretor de comprimento da ferramenta).

FUNÇÃO G53 – SISTEMA DE COORDENADAS DA MÁQUINA.

Esta função cancela o sistema de coordenadas de trabalho (G54, G55, ...) fazendo o
comando assumir o zero máquina como referência.

Formato:

G53 X___ Y___ Z___

Obs.: A função G53 não é modal e deve ser usada somente no modo de coordenada
absoluta G90.

SISTEMA DE COORDENADAS DE TRABALHO – G54 a G59

O zero peça é definido através do sistema de coordenadas de trabalho e possui cinquenta e


quatro posições que vai de G54 à G59 e G54.1 P1 à G54.1 P48.

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FUNÇÕES DE INTERPOLAÇÃO

G00 - POSICIONAMENTO RÁPIDO

Os eixos são movidos em um avanço rápido para certa posição com referência ao
zero do programa, ou a uma distância incremental partindo da posição atual, de acordo com
a função G90 ou G91 previamente estabelecida.
Se mais que um eixo for especificado no bloco, o posicionamento se fará inicialmente a 45
graus, completando posteriormente o eixo mais longo, se houver diferença entre ambos.
Nas máquinas da linha D, a velocidade de deslocamento em avanço rápido nos eixos
X, Y e Z é de 30 metros por minuto para todos os modelos.

Formato:
G00 X_____ Y_____ Z_____

X = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear X.


Y = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear Y.
Z = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear Z.

Observação: Deve-se ajustar o parâmetro 1401 bit 1.


= 0 para o deslocamento em G00 ser realizado sempre a 45º.
= 1 para o deslocamento em G00 atingir os eixos “X”e “Y” ao mesmo tempo.

G01 - INTERPOLAÇÃO LINEAR

Os eixos são movidos em avanço programado, especificado por F, para uma posição com
referência ao zero programa, ou a uma distância incremental partindo da posição atual, de
acordo com a função G90 ou G91 previamente estabelecida.
A velocidade máxima de avanço programável é de 15000 milímetros por minuto, ou seja, 15
metros por minuto.

Formato:
G01 X____ Y____ Z____ F____

X = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear X.


Y = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear Y.
Z = Coordenada do ponto final do movimento para o eixo linear Z.
F = Velocidade de avanço (mm/min ou mm/rotação).

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Exemplo
Faceamento da peça com dimensões de 150x100 mm com um cabeçote de Ø60 mm.
Velociade de corte = 180 m/min
Avanço = 0,15 mm/dente
Número de pastilhas = 6

N10 G17 G21 G90 G94


N20 G53 G0 Z0 H0
N30 T1 (Fresa 60 mm)
Cabeçalho

N40 M6
N50 G54 S954 M3
N60 G0 X-35 Y15 (A)
N70 G43 H1 Z5 PONTO X Y
A -35 15
N80 G1 Z0 F5000 B 185 15
N90 G1 X185 Y15 F858 (B) C 185 60
D -35 60
N100 G0 X185 Y60 (C)
Usinagem

E -35 105
N110 G1 X-35 Y60 (D) F 185 105
N120 G0 X-35 Y105 (E)
N130 G1 X185 Y105 (F)
N140 G53 G0 Z0 H0
Fim

N150 G53 G0 Y0
N160 M30

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Exercício
Faceamento da peça com dimensões de 150x100 mm com um cabeçote de Ø55 mm.
Velociade de corte = 250 m/min
Avanço = 0,15 mm/dente
Número de pastilhas = 6

N10 G17 G21 G90 G94


N20 G53 G0 Z0 H0
N30 T1 (Fresa 55 mm)
Cabeçalho

N40 M6
N50 G54 S_____ M3
N60 G___ X____Y____ (A)
N70 G43 H1 Z5
PONTO X Y
N80 G__ Z0 F5000 A
N90 G__ X____ Y____ F____ (B) B
C
N100 G__ X____ Y____ (C)
Usinagem

D
N110 G__ X____ Y____ (D) E
N120 G__ X____Y____ (E) F

N130 G__ X____ Y____ (F)


N140 G53 G0 Z0 H0
Fim

N150 G53 G0 Y0
N160 M30

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INTERPOLAÇÃO CIRCULAR G02 / G03

Esta função executa operação de usinagem de arcos pré-definidos através de uma


movimentação apropriada e simultânea dos eixos. Podem-se gerar arcos nos sentidos
horário (G02) e anti-horário (G03), permitindo produzir círculos inteiros ou arcos de círculo.
O ponto final do arco é especificado pelos endereços X, Y ou Z e pode ser expresso
como valor absoluto ou incremental dependendo da função G90 ou G91.
O centro do arco é especificado pelos endereços I, J, K para os eixos X, Y, Z
respectivamente. O valor numérico que segue I, J, K é um vetor que parte do ponto de início
do arco até o centro.

Formato:

G02 / G03 X___ Y___ R___ F___ ou G02 / G03 X___ Y___ I___ J___ F___

G02 - Interpolação circular sentido horário


G03 - Interpolação circular sentido anti-horário
X - Posição final do arco em X
Y - Posição final do arco em Y
Z - Posição final do arco em Z
I - Distância em X com sinal (+ -) do ponto de início ao centro do arco
J - Distância em Y com sinal (+ -) do ponto de início ao centro do arco
K - Distância em Z com sinal (+ -) do ponto de início ao centro do arco
R - Raio do arco (negativo para arco maior que 180 graus)
F - Velocidade de avanço ao longo do arco.

N10 G17 G21 G90 G94


N20 G53 G0 Z0 H0
N30 T1 (Fresa 10 mm)
N40 M6
N50 G54 S3000 M3
N60 G0 X46.47 Y15.85 (1)
N70 G43 H1 D1 Z3
N80 G1 Z-2 F100
N90 G2 X30 Y62.91 I-6.47 J24.15 F630 (2)
Ou
N90 G2 X30 Y62.91 R25 F630 (2)
N100 G0 Z3
N110 G53 G0 Z0 H0
N120 G53 Y0
N130 M30

28
Faça o exercício abaixo utilizando as funções G00, G01, G02 e G03:

Profundidade de corte 1 mm

N10 G17 G21 G90 G94 N190 G___ X_____ Y_____ (9)
N20 G53 G0 Z0 H0 N200 G___ Z___ F____
N30 T2 (Fresa 10 mm) N210 G___ X_____ Y_____ I____ J____ F____ (10)
N40 M6 N220 G___ X_____ Y_____ (11)
N50 G54 S3000 M3 N230 G___ X_____ Y_____ I____ J____ (12)
N60 G___ X_____ Y_____ (1) N240 G____ Z____ (Retração)
N70 G43 H2 D2 Z3 N250 G53 G0 Z0 H0
N80 G___ Z___ F100 N260 G53 Y0
N90 G___ X_____ Y_____ I____ J____ F____ (2) N270 M30
N100 G___ X_____ Y_____ (3)
N110 G___ X_____ Y_____ I____ J____ (4)
N120 G____ Z____ (Retração)
N130 G___ X_____ Y_____ (5)
N140 G____ Z____ F100
N150 G___ X_____ Y_____ F____ (6)
N160 G___ X_____ Y_____ (7)
N170 G___ X_____ Y_____ (8)
N180 G___ Z___ (Retração)

29
FUNÇÕES DE COMPENSAÇÃO DE RAIO DA FERRAMENTA

FUNÇÕES G40 / G41 / G42

As funções de compensação de raio de ferramenta foram desenvolvidas para facilitar a


programação de determinados contornos.
A compensação de raio de ferramenta permite corrigir a diferença entre o raio da
ferramenta programada e o atual, através de um valor inserido na página de corretor de
ferramenta.

G41 - Compensa a ferramenta à esquerda do material a ser usinado;


G42 - Compensa a ferramenta à direita do material a ser usinado;
G40 - Cancela a compensação do raio da ferramenta.

Exemplo
N10 G17 G21 G90 G94
N20 G53 G0 Z0 H0
N30 T1 (Fresa Ø8 mm)
N40 M6
N50 G54 S7000 M3
N60 G___ X_____Y_____ (1)
N70 G43 H1 D1 Z3
N80 G1 Z-1 F5000
N90 G___ G__ X____ Y_____ F1500 (2)
N100 G___ X_____ Y_____ (3)
N110 G___ X_____ Y_____ R___ (4)
N120 G___ X_____Y_____ (5)
N130 G___ X_____ Y_____ R___ (6)
N140 G___ X_____ Y_____ (7) PONTO X Y
1 -9 -9
N150 G___ X_____ Y_____ (8) 2 0 0
N160 G___ X_____ Y_____ (2) 3 0 80
N170 G___ G___ X_____ Y_____ (1) 4 20 100
N180 G53 G0 Z0 H0 5 90 100
6 100 90
N190 G53 G0 Y0 7 100 15
N200 M30 8 85 0

1) O plano de trabalho ( G17, G18 ou G19 ) deve ser definido antes de programar a função G41 ou
G42.
2) A compensação de raio é válida somente para as funções G00, G01,G02 e G03
3) O posicionamento inicial para compensação ou final para cancelamento só poderá ser feita através
das funções G01 e G00, nunca pelas funções G02 ou G03.
4) Para que a função de compensação de raio saiba qual é o valor do raio da ferramenta, deve-se
programar o código “D” com o número do corretor de raio de ferramenta no cabeçalho do
programa.

30
Exercício
N10 G17 G21 G90 G94
N20 G53 G0 Z0 H0
N30 T1 (Fresa Ø8 mm)
N40 M6
N50 G54 S7000 M3
N60 G___ X_____Y_____ (1)
N70 G43 H1 D1 Z3
N80 G1 Z-1 F5000
N90 G___ G___ X_____ Y_____ F1500 (2)
N100 G___ X_____ Y_____ (3)
N110 G___ X_____ Y_____ (4)
N120 G___ X_____Y_____ (5)
N130 G___ X_____ Y_____ R____ (6)
PONTO X Y
N140 G___ X_____ Y_____ (7) 1
N150 G___ X_____ Y_____ R____ (8) 2
N160 G___ X_____ Y_____ (2) 3
4
N170 G___ G___ X_____ Y_____ (1)
5
N180 G53 G0 Z0 H0 6
N190 G53 G0 Y0 7
N200 M30 8

31
Analise o desenho abaixo e faça a programação.

32
N10 G17 G21 G90 G94 N440 G54 S7000 M3
N20 G53 G0 Z0 H0 N450 G___ X_____ Y_____ (5)
N30 T1 (Fresa 55 mm_Faceamento) N460 G43 G0 H__ D__ Z3
N40 M6 N470 G___ Z___ F100
N50 T2 N480 G___ G___ X_____ Y_____ F1500 (6)
N60 G54 S2300 M3 N490 G___ X_____ Y_____ I____ J____ (6)
N70 G___ X_____Y_____ N500 G___ G___ X_____ Y_____ (5)
N80 G43 H1 D1 Z3 N510 G0 Z3
N90 G__ Z0 F5000 N520 G53 G0 Z0 H0
N100 G__ X_____ Y_____ F1380 N530 T4 (Fresa Ø16 mm_Acabamento)
N110 G__ X_____ Y_____ N540 M6
N120 G__ X_____Y_____ N550 T1
N130 G__ X_____ Y_____ N560 G54 S7000 M3
N140 G__ X_____ Y_____ N570 G___ X_____ Y_____ (5)
N150 G53 G0 Z0 H0 N580 G43 G0 H__ D__ Z3
N160 T2 (Fresa Ø25 mm_Desbaste) N590 G___ Z___ F100
N170 M6 N600 G___ G___ X______ Y______ F2100 (6)
N180 T3 N610 G___ X______ Y______ I____ J____ (6)
N190 G54 S5000 M3 N620 G___ G___ X______ Y______ (5)
N200 G___ X_____ Y_____ (A) N630 G0 Z____
N210 G43 G0 H__ D__ Z3 N640 G___ X______ Y______ (A)
N220 G___ Z___ F5000 N650 G___ Z___ F5000
N230 G___ G___ X_____ Y_____ F1500 (B) N660 G___ G___ X______ Y______ F2100 (B)
N240 G___ X_____ Y_____ (C) N670 G___ X______ Y______ (C)
N250 G___ X_____ Y_____ I____ J____ (D) N680 G___ X______ Y______ I____ J____ (D)
N260 G___ X_____ Y_____ (E) N690 G___ X______ Y______ (E)
N270 G___ X_____ Y_____ I____ J____ (F) N700 G___ X______ Y______ I____ J____ (F)
N280 G___ X_____ Y_____ (G) N710 G___ X______ Y______ (G)
N290 G___ X_____ Y_____ I____ J____ (H) N720 G___ X______ Y______ I___ J___ (H)
N300 G___ X_____ Y_____ (I) N730 G___ X______ Y______ (I)
N310 G___ X_____ Y_____ I____ J____ (B) N740 G___ X______ Y______ I____ J___ (B)
N320 G___ G___ X_____ Y_____ (A) N750 G___ G___ X______ Y______ (A)
N330 G___ Z___ N760 G___ Z___
N340 G___ G___ X_____ Y_____ (1) N770 G___ G___ X______ Y______ (1)
N350 G___ X_____ Y_____ (2) N780 G___ X______ Y______ (2)
N360 G___ X_____ Y_____ (3) N790 G___ X______ Y______ (3)
N370 G___ X_____ Y_____ (4) N800 G___ X______ Y______ (4)
N380 G___ X_____ Y_____ (1) N810 G___ X______ Y______ (1)
N390 G___ G___ X_____ Y_____ (A) N820 G___ G___ X______ Y______ (A)
N400 G53 G0 Z0 H0 N830 G53 G0 Z0 H0
N410 T3 (Fresa Ø16 mm_Desbaste) N840 G53 Y0
N420 M6 N850 M30
N430 T4
33
FUNÇÕES R e C – Arredondamento de cantos e Chanfros.

As funções de arredondamento de cantos e chanfros podem ser programadas entre os movimentos:

- Linear (G1) e Linear (G1);


- Linear (G1) e Circular (G2 ou G3);
- Circular (G2 ou G3) e Linear (G1);
- Circular (G2 ou G3) e Circular (G2 ou G3).

Formato:
,C___ (Chanfragem)
,R___ (Arredondamento)

Exemplo de chanfragem:

Exemplo de arredondamento de canto:

34
Exemplo de programação:

Chanfros não cotados 5 x 45°


N150 X_____ ,R___ (H)
N10 G17 G21 G90 G94 N160 G___ X____ Y_____ R___ ,R___ (I)
N20 G53 G0 Z0 H0 N170 G____ X_____ (J)
N30 T1 (Fresa Ø25 mm) N180 G___ X_____ Y_____ R___ (B)
N40 M6 N190 G___ G___ X_____ Y_____ (A)
N50 G54 S5000 M3 N200 G___ Z___
N60 G___ X_____ Y_____ (A) N210 G___ G___ X_____ Y_____ (2)
N70 G43 H__ D__ Z3 N220 Y_____ ,C___ (3)
N80 G___ Z___ F5000 N230 X_____ ,C___ (4)
N90 G___ G___ X_____ Y_____ F1500 (B) N240 Y_____ ,C___ (5)
N100 Y_____ ,R___ (C) N250 X_____ (6)
N110 X_____ ,R___ (D) N260 X_____ Y_____ (2)
N120 G___ X_____ Y_____ R___ ,R___ (E) N270 G___ G___ X_____ Y_____ (A)
N130 G___ X_____ ,R___(F) N280 G53 G0 Z0 H0
N140 Y_____ ,R___ (G) N290 G53 Y0
N300 M30

35
SUBPROGRAMA

O subprograma é utilizado quando precisamos repetir o mesmo padrão de usinagem.

Formato:

M98 Paaabbb ou M98 Pbbb Laaa

Onde:

aaa = Número de repetições

bbb = Número do subprograma

Exemplo 1:

Exemplo 2:

36
Faça a programação da peça abaixo, utilizando subprograma com cinco passes de 2 mm de
profundidade.

O0009 (PROGRAMA PRINCIPAL) O0010 (SUBPROGRAMA)


N10 G17 G21 G90 G94 N10 G91 G___ Z____ F1500
N20 G53 G0 Z0 H0 N20 G90 G___ G___ X_____ Y_____ (B)
N30 T2 (Fresa Ø25 mm) N30 ______________________ (C)
N40 M6 N40 ______________________ (D)
N50 T3 N50 ______________________ (E)
N60 G54 S5000 M3 N60 ______________________ (F)
N70 G___ X______ Y______ (A) N70 ______________________ (G)
N80 G43 H__ D__ Z3 N80 ______________________ (H)
N90 G1 Z0 F_____ N90 ______________________ (I)
N100 M98 P___ L___ N100 ______________________ (J)
N110 G53 G0 Z0 H0 N110 ______________________ (B)
N120 G53 Y0 N120 ________________________ (A)
N130 M30 N130 M99

37
OPERAÇÃO D800 – COMANDO Fanuc Series 0i-MC

O painel de comando possui a seguinte característica:

Painel de exibição

Painel de
Programação

Painel de Modo de
Trabalho

Painel de
Execução

38
PAINEL DE EXIBIÇÃO

39
PAINEL DE PROGRAMAÇÃO

40
PAINEL DE OPERAÇÃO

41
42
PAINEL DE EXECUÇÃO

43
LATERAL DO PAINEL DE COMANDOS

PAINEL REMOTO

Utilizado para movimentar os eixos X, Y e Z manualmente.

44
LIGAR A MÁQUINA

 Girar a chave geral posicionada atrás da máquina;


 Pressionar o botão CNC ON e aguardar a inicialização;
 Desativar os botões de emergência do painel remoto e comando;
 Abrir e fechar a porta da máquina;
 Pressionar a tecla RESET;
 Pressionar por alguns segundos o botão MACHINE ON.

REFERENCIAR MAGAZINE DE FERRAMENTAS

 JOG
 Fechar a porta da máquina e botão SETUP voltado para a esquerda.
 HOME ATC

REFERENCIAR OS EIXOS DA MÁQUINA

 HOME
 Fechar a porta da máquina e botão SETUP voltado para a esquerda.
 CYCLE START

MOVIMENTAR OS EIXOS USANDO O JOG CONTÍNUO

 JOG
 POS para visualizar a posição dos eixos
 Pressionar as teclas X, Y, Z ou A

MOVIMENTAR OS EIXOS USANDO O JOG INCREMENTAL

 INC JOG
 POS para visualizar a posição dos eixos
 Pressionar as teclas de incremento X1, X10 ou X100
 Pressionar as teclas X, Y, Z ou A

MOVIMENTAR OS EIXOS USANDO A MANIVELA

 ENABLE REMOTE PANEL


 POS para visualizar a posição dos eixos
 Selecione o eixo X, Y, Z ou A
 Selecione o avanço 1, 10, 100 ou 1000

ATENÇÃO: Para sair do modo Manivela é preciso posicionar o avanço em 0 e


pressionar novamente o botão ENABLE REMOTE PANEL.
45
MDI – ENTRADA MANUAL DE DADOS

O modo “MDI” é utilizado para a execução de operações simples como, por exemplo:
 trocar a ferramenta,
 ligar o eixo árvore,
 movimentar os eixos para uma determinada posição, etc.

É possível criar um programa com até 10 blocos, o qual é editado e executado no


mesmo formato que um programa normal.

Executar uma rotação com 2000 RPM girando o fuso no sentido horário.

 MDI
 PROG
 Softkey [ MDI ]
 Digitar as instruções desejadas. Exemplo: S2000M3
 EOB
 INSERT
 CYCLE START

Trocar a ferramenta através de MDI

 MDI
 PROG
 Softkey [ MDI ]
 Digitar: T01
 EOB
 M6
 EOB e INSERT
 CYCLE START

46
EDIÇÃO DE PROGRAMAS

CRIAR UM PROGRAMA NOVO

 Posicionar a chave “LOCK” para o lado direito.


 EDIT
 PROG
 Softkey [ DIR ] (para mostrar a tela do diretório).
 Digitar o Endereço “O”.
 Digitar o número do programa. Exemplo: O9090
 INSERT.
 Digitar o nome do programa entre parênteses. Exemplo: (PEÇA 1)
 EOB
 INSERT

EDITAR UM PROGRAMA EXISTENTE

 EDIT.
 PROG
 Softkey [ DIR ] (para mostrar a tela do diretório).
 Digitar o Endereço “O”.
 Digitar o número do programa existente
 Acionar [ PESQ O ] ou um dos cursores (←, ↑, → ou ↓)

APAGAR UM PROGRAMA

 Posicionar a chave de “LOCK” na posição de edição de programas.


 Acionar “EDIT”
 PROG
 Digitar o endereço “O” e o número do programa a ser apagado. Exemplo:O9090
 DELETE

47
APAGAR TODOS OS PROGRAMAS

 Posicionar a chave de “LOCK” na posição de edição de programas


 EDIT
 PROG
 Digitar: “O-9999”
 DELETE

EDIÇÃO SIMULTÂNEA

A edição simultânea é usada quando se deseja editar um programa enquanto outro


está sendo executado.

 Selecionar o programa a ser executado (capítulo 5.2)


 Executar o programa
 Softkey [ OPRT ]
 Softkey [ ED - SIM ]
 Softkey [ DIR ]
 Digitar o número do programa a ser editado. Exemplo “O2015”
 Acionar “INSERT” (para criar um novo programa) ou a Softkey “PESQ O” (para
selecionar um programa existente).

Obs.: Para sair da edição simultânea: [ OPRT ] e [ FIN – ED ]

48
TESTE DE PROGRAMAS

TESTE DE SINTAXE

Verifica a existência de alguma inconsistência no programa.

 Selecionar o programa
 AUTO
 PROG TEST
 RESET
 CYCLE START

TESTE GRÁFICO

É utilizado para verificar o gráfico da peça a ser usinada.

 Selecionar o programa.
 PROG
 AUTO
 PROG TESTE
 Softkey [ OPRT ]
 GRAPH
 Softkey [ PARAM ]
 Preencher os parâmetros para visualização do gráfico.
 Softkey [ GRAF ]
 CYCLE START

49
ALTERAR OS PARÂMETROS DO GRÁFICO

 Posicionar o cursor no campo “EIXOS”


 Digitar o número correspondente aos eixos desejados (XY=0, YZ=1, ZY=2,
XZ=3, XYZ=4, ZXY=5 e 2P=6).
 INPUT
 ESCALA
 Inserir o valor da escala (em porcentagem) da visualização da peça. Exemplo:
“80” e acionar “INPUT”.
 Posicionar o cursor no campo “CENTRO DO GRAFIC”
 Preencher a coordenada do centro do gráfico nos eixos “X”, “Y” e “Z” .
 Acionar “INPUT”.

TESTE EM MODO DE AVANÇO DE ENSAIO – DRY RUN

Este teste é utilizado para verificar a sequência de movimentos que a máquina irá
realizar durante a usinagem.

 Selecionar o programa.
 PROG TEST
 AUTO
 Pressionar a tecla “DRY RUN” por alguns segundos.
 Softkey [ OPRT ]
 Softkey [ REBOB ]
 CYCLE START

Obs.: Ao terminar os testes, desabilite as teclas “PROG TEST” e “DRY RUN”.

50
REFERÊNCIA DAS FERRAMENTAS – PRESET

A referência das ferramentas (PRESET) consiste em informar à máquina as


dimensões de raio e altura de cada ferramenta com os seus respectivos corretores
geométricos.

REFERENCIAMENTO DAS FERRAMENTAS FEITO NA MÁQUINA

Para referenciar a ferramenta na máquina é necessário tocá-la na superfície da


peça e fazer com que o comando meça a distância do ponto “zero-máquina” até o ponto
tocado.

1° Passo) Chamar a ferramenta 1 em MDI que será usada como ferramenta MÃE.

1. Fechar a porta da máquina.


2. Posicionar a chave SETUP para a esquerda.
3. MDI
4. PROG
5. Softkey [ MDI ]
6. Digitar: T1
7. EOB
8. Digitar M6
9. Pressionar a tecla EOB e INSERT
10. CYCLE START
11. RESET
12. Habilitar a manivela em ENABLE REMOTE PAINEL
13. Abrir a porta da máquina, pressionando o botão (OPEN CLOSE DOOR)
14. Posicionando a chave SETUP para a direita.
15. Fixar a ferramenta 1 no eixo árvore.
16. Encostar a ferramenta na face da peça.
17. OFFSET SETTING
18. Softkey [ CORRET ]
19. Zerar os corretores da ferramenta 1 pressionando 0 e INPUT.
20. [ TRAB ]
21. Posicionar o cursor no campo Z do G54 e digitar: Z0
22. Softkey [ MEDIR]
51
2° Passo) Chamar a ferramenta 2 no modo MDI.

1. Fechar a porta da máquina.


2. Posicionar a chave SETUP para a esquerda.
3. Sair do modo Manivela: Posicionar o seletor de avanço em 0 no painel remoto e
pressionar o botão ENABLE REMOTE PANEL.
4. MDI
5. PROG
6. Softkey [ MDI ]
7. Digitar T02 e pressionar a tecla EOB
8. Digitar M06
9. Pressionar a tecla EOB e INSERT
10. CYCLE START
11. RESET
12. Habilitar a manivela em ENABLE REMOTE PAINEL
13. Abrir a porta da máquina, posicionando a chave SETUP para a direita.
14. Fixar a ferramenta 02 no eixo árvore.
15. Encostar a ferramenta na face da peça.
16. OFFSET SETTING
17. Softkey [ CORRET ]
18. Posicionar o cursor no campo correspondente a coluna “COMPR” (em
“GEOMETRIA”) e na linha do número da ferramenta a ser referenciada.
19. Digitar: “Z” e acionar a Softkey [ INS. C. ]
20. Posicionar o cursor no campo correspondente a coluna “RAIO” (em
“GEOMETRIA”) da ferramenta a ser referenciada.
21. Digitar o valor do raio da ferramenta. Ex: “8”
22. INPUT

Obs.: Repetir o 2° Passo para as demais ferramentas.

52
CORREÇÃO DE DESGASTE DA FERRAMENTA

Para fazer a correção de desgaste de ferramenta deve-se:


 Acionar “OFFSET SETTING”
 Acionar “CORRET”
 Posicionar o cursor no campo correspondente a coluna “DESGASTE” e a
linha do número da ferramenta desejada, sendo em “COMP” para efetuar a
correção de altura e em “RAIO” a correção de raio de ferramenta.
 Digitar o valor da correção (+/-). Exemplo: - 0.1
 Acionar a softkey [ + INSER ]

DEFINIÇÃO DO ZERO PEÇA

DEFINIÇÃO DO ZERO-PEÇA NO VÉRTICE (EIXOS “X” E “Y”)

1° Passo) Chamar a ferramenta que será usada para determinar o zero peça.
 MDI
 PROG
 Softkey [ MDI ]
 Digitar T02 e pressionar a tecla EOB
 Digitar M06 e pressionar a tecla EOB
 Digitar um RPM. Exemplo: S1000M3
 Pressionar a tecla EOB e INSERT
 CYCLE START

2° Passo) Encostar a ferramenta na lateral da peça.


3° Passo) Definir o zero peça.

 Acionar “OFSSET SETTING”


 Acionar a softkey [ TRAB ]
 Selecionar o corretor desejado (de G54 a G59 ou de G54.1 P1 a G54.1 P48)
 Posicionar o cursor no eixo desejado (X ou Y).
 Digitar “X” (ou “Y” de acordo com o eixo a ser referenciado) e a soma do
valor do raio da ferramenta com o sobremetal na lateral da peça,
positivamente ou negativamente dependendo do posicionamento da
ferramenta. Ex: X-7
 Acionar a softkey [ MEDIR ].
 Repetir os mesmos procedimentos para zerar o outro eixo.

53
DEFINIÇÃO DO ZERO PEÇA NO CENTRO DA PEÇA

1° Passo) Chamar a ferramenta que será usada para determinar o zero peça.

 MDI
 PROG
 Softkey [ MDI ]
 Digitar T02 e pressionar a tecla EOB
 Digitar M06 e pressionar a tecla EOB
 Digitar um RPM. Exemplo: S1000M3
 Pressionar a tecla EOB e INSERT
 CYCLE START

2° Passo) Encostar a ferramenta na lateral da peça.

3° Passo) Zerar a coordenada RELATIVA.

 Acionar POS
 Acionar a Softkey [ REL ]
 Digitar “X” (ou “Y”, dependendo do eixo a ser zerado).
 Acionar a softkey [ ORIGEM ] (o valor X ou Y será zerado).

4° Passo) Subir a ferramenta no eixo Z e tocar a ferramenta na lateral oposta da


peça.

5° Passo) Definir o zero peça para o eixo X.

 Anotar o valor mostrado no campo RELATIVO.


 OFSSET SETTING
 Acionar a softkey [ TRAB ]
 Selecionar o corretor desejado (de G54 a G59)
 Digitar “X” mais a metade do valor anotado. Exemplo: se o valor anotado era
X150, deve-se digitar “X75”
 Acionar a Softkey [ MEDIR ]

Repetir os mesmos procedimentos para zerar o eixo Y.

54
COMUNICAÇÃO DE DADOS

No comando Fanuc 0i é possível fazer a comunicação através de duas portas: a


Serial (RS 232) e a PCMCIA. Para especificar qual será a porta de comunicação, deve-se
executar o procedimento abaixo:

 MDI
 OFFSET SETTING
 Softkey [ SETING ]
 Posicionar o cursor em “CANAL DE COMUN.”
 Digitar o número da porta de comunicação desejada, ou seja, digitar 0,1,2 ou 3 para
comunicação serial (RS 232) ou digitar 4 para comunicação via porta PCMCIA.
 INPUT

Atenção: Devido às incompatibilidades dos Sistemas Operacionais Windows e FANUC, é


necessário formatar o dispositivo PCMCIA ou CompactFlash, no próprio CNC antes de usá-
lo. Isto deve ser feito somente uma vez.

FORMATAR O CARTÃO DE MEMÓRIA

 MDI
 SYSTEM
 Softkey [ PMC ]
 Softkey [ I/O ]
 Softkey [ M-CARD ]
 Softkey [ FORMAT ]
 Softkey [ EXEC ]

CARREGAR UM PROGRAMA DO CARTÃO DE MEMÓRIA

 EDIT
 PROG
 Softkey [ + ] até exibir [ CARD ].
 Softkey [ CARD ]
 Softkey [ OPRT ]
 Softkey [ F READ]
 Digitar o número que será carregado (coluna da esquerda). Exemplo: “1”
 Acionar a softkey [ DEF. F ]
 Digitar o número com que o programa será carregado. Exemplo: O2015
 Softkey [ DEF. O ]
 Softkey [ EXEC]

55
SALVAR UM PROGRAMA NO CARTÃO DE MEMÓRIA

 EDIT
 PROG
 Softkey [ + ] até exibir [ CARD ]
 Softkey [ CARD ]
 Softkey [ OPRT ]
 Softkey [ TRANSM]
 Digitar um nome para o arquivo. Exemplo: TESTE
 Softkey [ NOME F ]
 Digitar o número do programa que será enviado. Exemplo: 2015 (para o programa
O2015).
 Softkey [ DEF. O ]
 Softkey [ EXEC]

EXECUÇÃO DE PROGRAMAS

EXECUTAR UM PROGRAMA DA MEMÓRIA DA MÁQUINA

Atenção : Antes de executar o programa certifique-se que o mesmo foi devidamente testado
e que todo o processo de preparação de máquina foi realizado (preset, zero-peça, simulação
gráfica, etc.), eliminando assim qualquer possibilidade de colisão.

 Selecionar o programa.
 AUTO
 RESET
 Softkey [ TUDO ]
 SING BLOCK
 Posicionar o botão de avanço em 10%
 CYCLE START

Atenção: Verificar em cada posicionamento da ferramenta a distância que falta para a


ferramenta atingir a coordenada programada.

EXECUTAR A USINAGEM NO MEIO DO PROGRAMA

 EDIT
 Selecionar o programa.
 RESET
 Digitar o código da ferramenta que será utilizada. Exemplo: T02
 Pressionar o cursor “↓”
 AUTO
 Posicionar o botão de avanço em 10%
 CYCLE START

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EXECUTAR UM PROGRAMA DIRETO DO CARTÃO PCMCIA

 Configurar o canal de comunicação.


 Colocar o PCMCIA na máquina.
 Acionar a tecla DNC (aparecerá a mensagem RMT no canto esquerdo do vídeo.
 PROG
 Softkey [ + ] até exibir a softkey [ DNC CD]
 Softkey [ DNC CD ] ( irá aparecer no vídeo os programas contidos no cartão
PCMCIA)
 Digitar o número do arquivo (coluna da esquerda). Exemplo: 5
 Softkey [ DNC ST ] (O nome do programa selecionado aparecerá em frente de “DNC
FILE NAME”.
 Posicionar o botão de avanço em 10%
 CYCLE START

ABORTAR A EXECUÇÃO DO PROGRAMA

 CYCLE STOP
 RESET

INTERROMPER E CONTINUAR A EXECUÇÃO DO PROGRAMA

A execução do programa pode ser interrompida para a troca de pastilha, limpeza de


peça ou outro motivo que justifique a parada da usinagem.

1) Parar os eixos:

 CYCLE STOP” (pára os eixos X, Y e Z)

2) Afastar a ferramenta:

 ENABLE REMOTE PANEL


 No painel remoto, selecionar o avanço por pulsação (X1, X10 ou X100)
 No painel remoto, selecionar o eixo que será movimentado (X, Y ou Z)
 Girar a manivela com o botão de segurança pressionado para afastar a ferramenta.

3) Parar o eixo-árvore:

 SPDL STOP (pára o eixo-árvore)

4) Continuar a usinagem da peça:


 AUTO
 Posicionar o botão de avanço em 10%
 CYCLE START

57
PARADA OPCIONAL DE EXECUÇÃO DE PROGRAMA

Esta função ativa uma parada pré-definida no programa, através da função M01.
Para que a função M01 gere uma parada de programa deve-se acionar a tecla “OPT
STOP” antes da leitura desta função.

OMISSÃO DE BLOCOS NO PROGRAMA COM BLOCO BARRADO “/”

Para que o comando ignore todos os blocos precedidos do caractere “/” (“barra”)
devese acionar a tecla “BLOCK DELET” antes do início da execução do programa.

ALTERAÇÃO DE PARÂMETROS

ATENÇÃO: A ALTERAÇÃO DE PARÂMETROS DA MÁQUINA INFLUI NO SEU DEVIDO


FUNCIONAMENTO, PORTANTO, A MUDANÇA DE QUALQUER ITEM DEVE SER FEITA
CUIDADOSA E CRITERIOSAMENTE.

 MDI
 OFSSET SETTING
 Softkey [ SETING ]
 Posicionar o cursor até o campo “Escrita Param.”.
 Digitar: “1”.
 INPUT

ATENÇÃO: Após alterar os parâmetros, deve-se bloquear novamente a escrita


deparâmetros digitando “0” em “Escrita Param”, na página “DEFIN.”.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Artigo, de 31 de Julho de 2013. Comando Numérico Computadorizado. Disponível


em: http://goo.gl/MSWmJe Acesso em: 02 Junho 2015.

FANUC. Manual de Programação e Operação Série 0i-MC. São Paulo, [2004]. Manual
n°T13653

INDÚSTRIAS ROMI S/A. Manual de Programação e Operação Comando Fanuc 0i-MC. São
Paulo [s.d.]. Manual n° T22182C

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 6983: Numerical


Control of Machines. Program format and definition of addess words. Suiça, [1982].

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