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Biossegurança na coleta e transporte da Amostra

O presente manual de biossegurança laboratorial


da TB é adaptado do Manual de Segurança
Biológica em Laboratório, OMS, Genebra,
2004, 3ª edição2. O conteúdo deste manual
é o resultado de uma consultoria técnica entre
a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os
Centros de Prevenção e Controlo das Doenças dos
Estados Unidos (CDC), em Setembro de 2008,
uma reunião do Grupo de Peritos da OMS em
biossegurança, relacionada com procedimentos
de diagnóstico em laboratórios da TB (Abril de
2009) e o consenso alcançado por revisores
externos independentes (Agosto de 2011).

Boas Práticas de Biossegurança


As boas práticas de biossegurança incluem medidas como lavar as mãos após
manipular as amostras, tratamento de toda amostra como potencialmente
patogênica, uso de roupas de proteção no laboratório, e evitar a formação de
aerossóis. É proibido comer, beber, fumar e aplicar cosméticos nas áreas de
trabalho, e a entrada de pessoas estranhas no laboratório é proibida. A limpeza
da bancada de trabalho é feita com álcool a 70% e, em caso de derramamento
de material orgânico, é necessário isolar a área e proceder com a desinfecção
correta. É importante sempre notificar acidentes dentro do laboratório ao chefe
imediato.

Biossegurança na Realização da Baciloscopia

A pesquisa do bacilo álcool-ácido-resistente (baciloscopia) é, atualmente, a


técnica mais utilizada no Brasil, não apenas para o diagnóstico, mas também
para o controle do tratamento. Desde que executada corretamente em todas as
suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos, com resultado em até
48 horas.

Amostras respiratórias
Escarro

É orientado que os laboratórios que realizam apenas baciloscopia (laboratório


nível I) a utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs), fazer esfregaços
em cabine de segurança biológica ou na bancada, desprezar o papel e todo
resínuo em balde para posterior autoclavação, descontaminar a bancada com
hipoclorito de sódio, tratar a amostra com mesmo quantidade de hipoclorito de
sódio a 5%, centrifugar a amostra e do sedimento preparar os esfregaços em
lâminas de vidro, descartar de maneira apropriada os resíduos biológicos e
todos os técnicos devem ter treinamento em baciloscopia e biossegurança.
Para laboratórios que realizam também a cultura (laboratório nível II) além das
medidas já citadas, o laboratório deve:
– Processar todas as amostras em uma CSB classe II A2.
– Limitar a entrada de pessoas na área reservada para a manipulação dos
materiais.
– Treinar todos os profissionais nas técnicas de cultura e identificação de M.
tuberculosis.

Biossegurança na realização da cultura


Métodos para tratamento das amostras para cultura

As amostras que apresentam flora microbiana associada devem ser tratadas


para eliminar os micro-organismos contaminantes, que se desenvolvem mais
rápido que as micobactérias e impedem seu crescimento. O tratamento é feito
com agentes químicos aos quais as micobactérias são conhecidamente mais
resistentes e que também reduzem a viscosidade do material. Espécimes
provenientes de cavidades fechadas, tais como os líquidos orgânicos não
necessitam ser descontaminados, desde que tenham sido colhidos
assepticamente e colocados em recipiente estéril.

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